Buscar

APOSTILA DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

REDE JURIS. DIREITO ADMINISTRATIVO. PROF. BRUNO PONTES (bclpontes@hotmail.com)
1. Princípios Constitucionais do Direito Administrativo e conceitos de Direito Administrativo. 
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
“Conjunto de normas e princípios que regem a atuação da Administração Pública” (Odete Medauar)
“Ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem” (Bandeira de Mello)
“Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado” (Hely Lopes Meirelles)
“Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública” (Di Pietro)
“Conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividade a que devem servir” (Carvalho Filho)
 (*) Regência de atividades do contencioso judicial não entram no conceito de Direito Administrativo, como leis que regulam liminares contra a Fazenda Pública e reclamação por descumprimento de Súmula Vinculante pela AP.
(*) Taxinomia (natureza jurídica): Direito Público: “Direito Administrativo é o Direito Constitucional concretizado”
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Juventude (ramo recente)
Aparecimento no fim do Século XVIII e início do Século XIX (após constitucionalismo moderno)
Descodificação 
Codificações parciais: Lei 9.784/99; Código Aeronáutico (Lei 7.565/86); Código das Águas (Decreto 24.643/34); Código Florestal (Lei 12.651/12)
Influência parcial da jurisprudência
Fonte do Direito no Brasil é a lei: “Civil Law”
Adoção do contencioso judicial (na França: contencioso administrativo)
CONSTITUCIONALIZAÇÃO
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
“Função administrativa” como principal ponto do conceito de Direito Administrativo
Atividades comuns (em nome próprio) e atividades funcionais (em nome alheio)
Interesse público primário e secundário
CONCEITO DE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: 
Aquela exercida pela Administração Pública ou quem lhe faça as vezes, preponderantemente pelo Poder Executivo, em nome da coletividade, com caráter infralegal e mediante prerrogativas instrumentais. 
- Exercício da função administrativa por todos os Poderes (típicas e atípicas)
- Diferenças entre função do Poder Executivo e função do Poder Judiciário
Repartição horizontal dos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário; Repartição vertical dos poderes: Federação)
De ofício/Provocado. Sem definitividade/Definitividade)
Núcleo da função típica do Judiciário: definitividade; Núcleo da função típica do Executivo: mérito do ato discricionário)
- Atividade infralegal (sem inovação primária; só “inovação secundária”)
Ato administrativo não prevalece sobre a lei; exceção: “reserva de administração”
Decreto autônomo
- Prerrogativas: atributos do ato administrativo (“APITE”)
Administração Pública em sentido objetivo (material) e em sentido subjetivo (formal)
- Sentido Material (Objetivo ou Funcional): NATUREZA DA ATIVIDADE E O SEU REGIME JURÍDICO (“atividade concreta do Estado para satisfazer interesses coletivos”). “Funções administrativas”
- Sentido Formal (Subjetivo): ÓRGÃOS E PESSOAS JURÍDICAS QUE EXERCEM ATIVIDADE ADMINISTRATIVA (“são aqueles identificados pelo ordenamento jurídico como integrantes da Administração Pública”). Sujeito ativo das funções administrativas
- Sentido adotado pelo Direito brasileiro: FORMAL. Adota o Material para identificar 04 atividades: a) serviço público; b) polícia administrativa; c) fomento; d) intervenção.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA E FUNÇÃO DE GOVERNO
Função de governo: 
Ato de condução dos altos interesses do Estado 
Competência extraída diretamente da Constituição; 
Ampla discricionariedade; 
Afastamento do controle judicial
Só Poder Executivo
Exemplos: Decretação de guerra e paz; intervenção federal; sanção e veto
(*) Estabelecimento de políticas públicas é função administrativa ou função de governo?
“O Poder Executivo exerce, além da função administrativa, a denominada função política de governo – como, por exemplo, a elaboração de políticas públicas, que também constituem objeto de estudo do direito administrativo” (ERRADA – CONCURSO ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/MS – 2013 – CESPE)
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estado: ente abstrato (povo, território e governo soberano)
Governo: cúpula diretiva dos altos interesses do Estado
Administração Pública: conjunto de órgãos, entidades e agentes estatais no exercício de função administrativa
(*) 
- A administração pública(letras minúsculas), também conhecido como “poder executivo” (letras minúsculas), é atividade concreta(defesa do interesse público perante casos concretos); 
- Poder Público é a força do Estado (coerção) (entes federativos e suas entidades); 
- Fazenda Pública: Estado em Juízo (empresas estatais – SEM e EP – não estão incluídas no conceito de Fazenda Pública, salvo quando prestam serviços públicos – atividade econômica em sentido amplo)
ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIALISTA, BUROCRÁTICA E GERENCIAL
Evolução:
Administração Patrimonialista:
Confusão entre o público e o privado
Estado absolutista: Luis XIV (2638-1715): “o Estado sou eu”.
Ausência de controle e da coisa pública
Administração burocrática:
Rompimento com o patrimonialismo
Estado liberal e controle do Estado
Legalidade, moralidade, impessoalidade, hierarquia, meritocracia, formalismo
Início de concursos públicos (Governo Vargas, Década de 1930)
CF/88: controle, sistema de freios e contrapesos, Tribunais de Contas, LIMPE, estabilidade, concurso público, licitação
Administração gerencial
Absorção de valores da iniciativa privada (metas, produtividade, resultado)
Década de 1990 (Desestatização: Lei 8.031/90 e revogação pela Lei 9.491/97: Programa Nacional de Desestatização)
EC 06/95: autorização e concessão da pesquisa e lavra de recursos minerais, e seu aproveitamento; EC 08/95: autorização, permissão e concessão dos serviços de telecomunicações; EC 09/95: permissão para União contratar empresas estatais ou privadas para realizar atividades relacionadas ao petróleo (pesquisa, lavra, transporte marítimo, enriquecimento etc.)
EC 19/98: princípio da eficiência; perda do cargo por avaliação periódica de desempenho; escola de governo para formação e aperfeiçoamento de servidor público (promoção somente com participação); participação do usuário na administração pública, com regulação das reclamações e avaliação periódica da qualidade dos serviços; ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades por contrato de gestão (fixação de metas de desempenho)
“Terceiro setor” ao lado do primeiro setor (Estado) e do segundo setor (mercado). Entidades da sociedade civil em colaboração com o Estado sem fins lucrativos – entidades paraestatais: empresas qualificadas com fins filantrópicos e OS;serviços sociais autônomos; entidades de apoio (fundações, associações e cooperativas), OSCIP´s
“Estado em rede”: gestão participativa: democracia participativa; protagonismo do cidadão e da sociedade civil organizada; orçamento participativo; 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Primárias (diretas): Lei
Secundárias (indiretas): Doutrina, Jurisprudência, Costume
(*) Costume (convicção generalizada da obrigatoriedade) e praxe administrativa (rotina burocrática que se repete, porém dispensável) (“fontes inorgânicas” de Diogo Figueiredo)
(*) Súmulas vinculantes e decisões com efeitos vinculantes: fontes primárias.
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Sistema do contencioso judicial (“jurisdição una”; sistema “inglês”.
- Brasil, CF/88, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do PoderJudiciário lesão ou ameaça a direito;
- Cláusula pétrea (art. 60, §4º, IV)
Sistema do contencioso administrativo(“dupla jurisdição”; sistema francês)
- França:
Justiça Administrativa e Justiça Judiciária. Conflito julgado pelo Tribunal de Conflitos (08 juízes)
Justiça Administrativa: cúpula é o Conselho de Estado; 2ª instância formada por 08 Cortes Administrativas; 1ª instância: juízes administrativos
Justiça Judiciária: cúpula é o Conselho de Cassação (87 Conselheiros); 2ª instância formada por 35 Cortes de Apelação; 1ª instância formada por magistrados de carreira e dividida em Tribunais de Grande Instância – julgamentos colegiados –Tribunais de Instância – julgamentos individuais – e Tribunais Especializados
- Preponderância de um sistema: flexibilização na França: litígios no Judiciário sobre estado e capacidade das pessoas, propriedade privada e atividades administrativas de caráter privado
- Brasil: CF/67, com redação dada pela EC 01/69, arts. 110/111:lei poderia criar contencioso administrativo e atribuir competência para julgar litígio sobre relações de trabalho de servidores da União e suas entidades
EC 7/77, art. 203: contencioso administrativo, sem poder jurisdicional, para questões fiscais e previdenciárias, inclusive acidentes de trabalho (jurisdição condicionada ao exaurimento prévio das vias administrativas, desde que sem exigência de garantia de instância e com julgamento no prazo máximo de 180 dias)
- Exceções/flexibilizações atuais ao sistema do contencioso judicial:
Jurisdição constitucionalmente condicionada (art. 217, §1º):“O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei”.
Lei do “Habeas Data” (Lei 9.507/97, art. 8º):petição deve estar instruída com recusa administrativa ou decurso do prazo
Lei da Súmula Vinculante (Lei 11.417/06, art. 7º, §1º): descumprimento de SV pela Administração Pública, reclamação no STF só após esgotamento das vias administrativas
Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/09, art. 5º, I):não cabe MS contra ato objeto de recurso administrativo com efeito suspensivo
Lei da Conciliação Prévia para demanda trabalhista coletiva (Lei 9.958/00 – art. 625-D da CLT):“ Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria”.
Prévio requerimento no INSS (RE 631.240/MG - 2014)
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Conjunto de normas (princípios e regras) que tipificam o Direito Administrativo, baseado na supremacia do interesse público sobre o particular e na indisponibilidade do interesse público.
Regime jurídico diferenciado do regime jurídico que norteia a atividade administrativa: equilíbrio entre poderes e deveres administrativos (prerrogativas e sujeições)
“Regime jurídico da Administração Pública”: regime de direito público e de direito privado que rege a Administração Pública
“Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público significa o mesmo que dizer que seu objeto está restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público” (ERRADA – CONCURSO ANALISTA JUDICIÁRIO DO TRE/MS – 2013 – CESPE)
TENDÊNCIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
(por Alexandre Mazza)
Constitucionalização
Desapropriação (arts. 5º, XXIV, 182 e 184)
Requisição (art. 5º, XXV)
Processo administrativo (art. 5º, LIV, LV e LXXVIII)
Organização administrativa (arts. 18 e ss.)
Princípios da Administração Pública (art. 37)
Cargos, empregos e funções (art. 37, I)
Concurso público (art. 37, III e IV)
Entidades descentralizadas (art. 37, XIX)
Improbidade administrativa (art. 37, §4º)
Responsabilidade do Estado (art. 37, §6º)
Servidores públicos (art. 39)
Estado de Direito (art. 1º)
Contratos de gestão (art. 37,§8º)
Deslegalização (art. 21, XI; art. 177, §2º, III)
Sistema do contencioso judicial (art. 5º, XXXV)
Força normativa, ativismo judicial e maior controle sobre o ato administrativo (inclusive mérito)(tredestinação; teoria dos motivos determinantes; proporcionalidade...) (controle de políticas públicas; direito à nomeação nos concursos públicos e maior controle sobre exames psicotécnicos);
Ampliação do sentido de lei (sentido material – legalidade/juridicidade)
Fortalecimento da parceria entre a Administração Pública e o particular (aumento de concessões, permissões e autorizações; incremento de terceirizações; entes de cooperação: paraestatais (Sistema “S”) e terceiro setor (OS´s, OSCIP´s, Parcerias Voluntárias)
Petrificação 
Temas administrativos decorrentes das cláusulas pétreas (art. 60, §4º)
Periodicidade dos mandatos eletivos (art. 60, §4º, III)
Legalidade administrativa (arts. 60, §4º, IV c/c art. 5º, II)
Desapropriações com ressarcimento prévio justo e em dinheiro (arts. 60, §4º, IV e 5º, XXIV)
Requisição administrativas e suas garantias (art. 60, §4º, IV e 5º, XXV)
Inviabilidade do contencioso administrativo (art. 60, §4º, IV e 5º, XXXV)
Devido processo legal (art. 60, §4º, IV, 5º, LIV e LV)
Decorrências da separação de poderes (art. 60, §4º, III: reserva de iniciativa de leis pelo Executivo; cargos de livre nomeação e exoneração; princípio da reserva da administração; controle de políticas públicas; aplicação da proporcionalidade pelo Judiciário para controlar pena no processo disciplinar)
Decorrências da Federação (art. 60, §4º, I: repartição de competências; federalismo cooperativo; entidades transfederativas (associação pública: art. 241 e Lei 11.107/2005)
Codificações parciais
Código Florestal (Lei 12.621/2012)
Código de Minas (Decreto-Lei 227/67)
Código de Caça (Lei 5.197/67)
Código de Águas (Decreto 24.643/34)
Código Aeronáutico (Lei 7.565/86)
Código de Processo Administrativo (Lei 9.784/99)
Fuga para o Direito Privado
Absorção de institutos, conceitos e formas do Direito Privado (Arbitragem – Lei 9.307/96 e redação dada pela Lei 13.129/15; contratos de gestão; locação)
Relativização dos supraprincípios
Objetivização das teorias
Substituição dos aspectos subjetivos e volitivos pelos aspectos objetivos e concretos (boa-fé objetiva para análise da moralidade; responsabilidade objetiva; motivos determinantes; objetivismo na tredestinação)
Colaborativismo
Participação do usuário na Administração Pública
Parceria com o particular (PPP´s, entes de cooperação)
Diluição da responsabilidade estatal
Responsabilidade subsidiária do Estado (concessões e permissões; terceirização)
Quinquenização de prazos
Prescrição das dívidas passivas da União (Decreto 20.910/32)
Decadência para anulação (Lei 9.784/99, art. 54)
Prescrição das ações punitivas da Administração no exercício do poder de polícia (apuração de infração à legislação)(Lei 9.873/99)
Personificação dos contratos administrativos
“Pejotização” contratual (pessoas jurídicas específicas para temas contratuais específicos)
Lei 11.079/04 (parceria público-privada), art. 9º: Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
Lei 11.107/05 (consórcios públicos), art. 6º:O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
Inversão das fases licitatórias
Julgamento das propostas antes da habilitação 
Lei 10.520/02 – Pregão; 
Lei 8.987/95, art. 18-A com redação dada pela Lei 11.196/05 – Concorrência para concessões; 
Lei 12.232/10 – licitação e contratação de publicidade; 
Lei 12.462/11, art. 12 – Regime Diferenciado de Contratação)
Desagencificação
Declínio do modelo de agências reguladoras
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
CONCEITO E IMPORTÂNCIA
Princípios administrativos são osvalores normativos fundamentais que influenciam o Direito Administrativo.
“Abstração indutiva”: indução de regras.
“Informam e enformam”: esclarece como devem ser as condutas e demais normas; dão a forma estrutural da Administração
Diferença com regras.
	REGRAS
	PRINCÍPIOS
	Situações concretas
Casos homogêneos
Comandos de definição
	Situações abstratas
Casos heterogêneos
Comandos de otimização
	Resolução dos conflitos e interpretação pelos métodos tradicionais
Gramatical, Histórico, Sistemático, Lógico, Teleológico
Hierárquico, Temporal, Especial
	Resolução das colisões e interpretação pela ponderação e novos métodos de interpretações
	Dimensão de validade
Caráter do “tudo ou nada”
Antinomia Jurídica Própria
	Dimensão de valor
Caráter de “prima facie”
Antinomia Jurídica Imprópria
	Expressa
	Expresso ou implícito
	Menor necessidade de interpretação
	Maior necessidade de interpretação
	Menor ativismo judicial
	Maior ativismo judicial
CARÁTER MATERIAL E FORMAL
(*) Princípios ritualísticos (formais) e finalísticos (materiais)
Ritualísticos: controla as formas de atuação da ADM
Finalísticos: controla os fins de atuação da ADM
L: formal (controle da forma prevista em lei) 
I: material (controle da finalidade da atuação)
M: material (controle da conduta ética)
P: formal (controle da forma dos atos)
E: material (controle do resultado)
SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
“Postulados/Bipolaridade 
Supremacia do interesse público sobre o particular
Indisponibilidade do interesse público
(*) Supraprincípios tentam equilibrar os poderes da Administração (supremacia) e os direitos do administrado (indisponibilidade) 
(*) Os demais princípios são derivações
SUPREMACIA (FINALIDADE PÚBLICA):
Coletividade é mais importante que a individualidade (supremacia decorre do caráter instrumental da AP)
Causa desigualdade jurídica entre AP e administrado (poderes administrativos)
Princípio da legalidade e supremacia: na elaboração e na aplicação da lei deve haver supremacia do interesse público
Supremacia e interesse público primário e secundário: supremacia do primário
Supremacia cria prerrogativas para a AP:
Desapropriação e Requisição de bens,
Convocação de particulares e Poder de polícia,
Prazos processuais em dobro
Presunção de legitimidade; 
Impenhorabilidade 
Impossibilidade de usucapião; 
Rescisão unilateral de contrato
Cláusulas exorbitantes; 
Exigibilidade; autoexecutoriedade; imperatividade; 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
Expresso no art. 2º da Lei 9.784/99: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência
O agente público é dono do interesse público por ele defendido? (regra da irrenunciabilidade dos poderes e indisponibilidade do patrimônio público).
Irrenunciabilidade expressa na Lei 9.784/99, art. 2º, p. único, II: “atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização legal”.
Para alienar, outorgar concessão, transigir, renunciar só com autorização legal.
(*) Relativização legal da indisponibilidade: 
- Lei 10.259/01, art. 10, p. único (transação no JEF)
- Lei 9.569/97, art. 1º (delegação do AGU para autorização de acordos até R$ 500.000,00)
- Lei 8.987/95, art. 23 (arbitragem nos contratos de concessão de serviço público)
- Lei 11.079/2004, art. 11, III (arbitragem nos contratos de parcerias público-privadas)
- Lei 9.307/96 com redação dada pela Lei 13.129/2015 (publicação em 27.05.2015 e vigência 60 dias depois: em 27.07.2015) (possibilidade da ADM utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, sempre de direito e com publicidade)
Licitação e concurso público são consequências da indisponibilidade. 
LEGALIDADE
Governo das leis (Estado de Direito/Segurança Jurídica)
Legalidade e reserva legal 
Fundamentos constitucionais:
Art. 37, “caput: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte”
Art. 5º, II: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”
Art. 84, IV: “Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”
Sentido negativo (primazia da lei) e sentido positivo (reserva legal) 
Atos administrativos não podem contrariar a lei (negativo)
Atos administrativos só podem ser praticados após autorização legal (positivo) 
(*) Consequências do sentido positivo da legalidade para o Direito Administrativo: 
- Decreto não pode inovar na ordem jurídica; 
- Autoexecutoriedade apenas quando previsto em lei ou em emergências; 
- Existência de norma geral proibitiva implícita (indisponibilidade)
- Ato administrativo não cria direitos
Legalidade e juridicidade: art. 2º, p. único, I: “atuação conforme a lei e o Direito” (“bloco de legalidade”)
Exceções à legalidade:
Medida Provisória (art. 62, CF)
Estado de Defesa (art. 136, CF)
Estado de Sítio (art. 137, CF)
Decreto Autônomo (art. 84, IV)
“Compete privativamente ao Presidente da República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos” (Art. 84, VI, com redação dada pela EC 32/2001)
(*) O poder regulamentar do CNJ e do CNMPseriam exceções ao princípio da legalidade? STF: poder normativo originário (exceção ao sentido estrito de legalidade)
(*) Podem ser impostas normas diretamente para os “extranumerários”, sem lei? Relação especial de sujeição (alunos de universidades públicas e usuário de biblioteca pública)
IMPESSOALIDADE
Atuação mirando o interesse público, “sem olhar a quem” (finalidade pública)
Art. 2º, p. único, III, Lei 9.784;99: critério de “objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades”
Dever de imparcialidade para impedir discriminações (perseguições) e privilégios (favoritismo)
(*) Suspeição e impedimentos nos processos administrativos (consequência da imparcialidade) 
(*) STF não admite ação de indenização só contra o agente causador do dano (teoria do órgão e atuação impessoal)
Subprincípio da impessoalidade: vedação da promoção pessoal (art. 37, §1º, CF/88)
“A publicidade (*) dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
(*) Sentido de propaganda, e não princípio da publicidade
(*) STF veda:
- Batizar logradouro público com nome de parente
- Imprimir logomarcas em equipamentos ou uniformes oficiais (imagens que simbolizam políticos)
- Inclusão de slogans de partido político em atos governamentais
MORALIDADE
Fundamentos constitucionais:
Art. 37, caput
Art. 5º, LXXII: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”
Art. 85, V: crime de responsabilidade do Presidente os atos que atentarem contra a “probidade administrativa”
Art. 37, § 4º: “os atos deimprobidade administrativaimportarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da açãopenal cabível”
Moralidade é requisito de validade do ato administrativo
Moralidade administrativa e moralidade comum
A moralidade do agente público não é baseada na moralidade comum da sociedade (exige padrões éticos e boa-fé na conduta administrativa: boa ou má administração)
Art. 2º, p. único, IV, Lei 9.784/99: “atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”
Moralidade administrativa e improbidade administrativa
Tipicidade (Lei 8.429/92)
Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva
Subjetiva (crença ou convicção): investiga a intenção e o desconhecimento da ilicitude
Objetiva (conduta): investiga o comportamento (irrelevância da intenção)
Moralidade administrativa mede-se pela boa-fé objetiva
Moralidade como um dos fundamentos da SV 13 (antinepotismo)
Teorias sobre a relação entre normas morais e normas jurídicas
Teoria dos círculos 
Círculos independentes: desvinculação do direito com a moral (Kelsen). Direito não reflete a moral? 
Círculos concêntricos (mínimo ético): direito contido na moral (Betham/Jellinek) (Ovo: clara é a moral e a gema é o direito). Todo direito reflete a moral?
Círculos secantes: interseção entre direito e moral (Pasquier) (concordância e discordâncias eventuais entre as normas jurídicas e as normas morais). 
PUBLICIDADE
Divulgação oficial dos atos administrativos
(*) Divulgação na Voz do Brasil satisfaz? Não: STF, RE 71.652,
Publicidade e transparência
Exceções constitucionais: sigilo em caso de risco para:
Segurança do Estado (art. 5º, XXXIII);
Segurança da sociedade (art. 5º, XXXIII) e;
Intimidade/privacidade do cidadão (art. 5º, X).
Publicidade como requisito de eficácia do ato administrativo (STF)
EFICIÊNCIA
Administração gerencial (resultados; valores da iniciativa privada)
Consequências da EC 19/98:
Art. 41, III - possibilidade de perda do cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar e assegurada a ampla defesa
Art. 39, §2º - obrigação da União, Estados e DF de manterem escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados; 
Art. 37, §3º - participação do usuário na administração pública direta e indireta, com disciplina fixada em lei e regulação das reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços e do acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
 Art. 37, §8º - possibilidade de ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, por contrato de gestão, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: o prazo de duração do contrato, os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes e a remuneração do pessoal.
Melhores resultados por meio da lei (eficiência não afasta legalidade)
Parcerias da Administração Pública com particulares:
- Lei 11.079/2005: PPP
- Lei 9.897/99: Concessões
- Lei 9.790/99: Parceria com OSCIP´s
- Lei 9.637/98: Qualificação de OS´s
CONTINUIDADE
Vedação da interrupção de serviços públicos (continuidade ou permanência; obrigatoriedade da função administrativa)
Princípio que incide na figura do “Estado prestador” (quando amplia a esfera privada de interesses – serviços prestados para população e usuários). Não incide no poder de polícia, na atividade econômica e no fomento
Previsão expressa para prestação de serviços dos concessionários e permissionários: art. 6º, §1º, Lei 8.987/95, porém: “Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade”.
Derivações normativas da continuidade:
- Direito de greve: somente nos limites definidos em lei específica (CF, art. 37, VII)
- Interrupção da execução do contrato pelo particular só no caso de inadimplência superior a 90 dias (Lei 8.666/93, art. 78, XV)
- Intervenção na concessionária para garantir continuidade da prestação de serviços (art. 32 da Lei 8.987/95)
- Ocupação provisória de bens, pessoa e serviços para garantir serviços essenciais (Lei 8.666/93, art. 58, V)
- Reversão de bens do concessionário (art. 36 da Lei 8.987/95)
- Encampação (resgate/retomada) (art. 37, Lei 8.987/95)
AUTOTUTELA
Controle interno (“sindicabilidade” pela revogação e anulação)
Art. 53 da Lei 9.784/99: “A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos” (STF, Súmulas 346 e 473)
Autotutela e tutela ministerial
MOTIVAÇÃO
Art. 2º, p. único, VII, Lei 9.784/99: “indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão”
Art. 50 da Lei 9.784/99: “Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:”
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.”
(*) Quais atos que dispensam motivação?
Motivação evidente (gesticulação de policial)
Motivação inviável (sinais de trânsito)
Nomeação e exoneração de cargos comissionados
(*) Art. 50 afasta dúvida quanto à necessidade de motivação para atos discricionários
Previsão constitucional federal: para decisões administrativas dos Tribunais (art. 93, X). 
Teoria dos motivos determinantes
(*) Se apenas um dos motivos não se verifica, não se aplica a teoria
Motivo, Motivação e Causa: 
Motivo: fato que autoriza o ato administrativo
Motivação: redução a termo do motivo (formalização da explicação)
Causa: nexo proporcional entre o motivo e o conteúdo (coerência entre o motivo e o resultado: demolição de uma casa por conta de pintura descascada?)
(*) Motivação posterior causa nulidade do ato?
Sim (deve ser simultânea, ou imediatamente depois)
(*) O que é motivação aliunde?
Motivação “per relationem”: art. 50, §1º, da Lei 9.784/99:  “A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato”.
Motivação contextual: no corpo da decisão
	
Proporcionalidade e Razoabilidade
Implícito: art. 5º, LIV: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal
Outros fundamentos constitucionais:
Art. 5º, V – direito de resposta proporcional ao agravo;
Art. 5º, XLVI – individualização da pena = proporcionalidade entre o crime e suas circunstâncias com a pena;
Art. 7º, IV – salário mínimo proporcional às necessidades básicas;
Art. 45, “caput” e §1º – proporcionalidade entre o número de Deputados e a população do Estado;
Art. 71, VIII – multa do TCU “proporcional ao dano causado ao erário”
Devido processo legal substancialConceito: conduta sensata, racional, sem abuso, coerente, equilibrada, justa, legítima, moderada (normalidade para o homem médio)
Origem: Direito Administrativo (exercício do poder de polícia).
 Magna Carta de 1215, art. 25: 
“Um possuidor de bens livres não poderá ser condenado a penas pecuniárias por faltas leves, mas pelas graves e, não obstante isso, a multa guardará proporção com o delito, sem que, em nenhum caso, os prive dos meios de subsistência” 
Proporcionalidade e razoabilidade: preocupação com meios utilizadose o excessopela Administração: art. 2º, p. único, VI, da Lei 9.784/99: “adequação entre meios e fins, vedada imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público”
Exemplos de ferimentos ao princípio da razoabilidade:
Ordem do Ministério da Previdência para aposentados com mais de 80 anos comparecerem no INSS
Edital que exige nível superior para concurso de gari
Eliminação de candidato a médico por ter tatuagem
Multa de um milhão de reais por queimada de meio hectare
Edital de concurso dar mais pontos para exercício de função pública do que pós-graduação
Edital de concurso prever critério de desempate a titularidade do serviço para o qual se realiza o concurso 
Nomeação parcial de candidatos, negativa de prorrogação de validade do concurso e lançamento de novo edital de concurso
Postulado normativo (serve para interpretar e aplicar os outros princípios)
Subprincípios
ADEQUAÇÃO (capacidade do meio utilizado provocar o resultado pretendido)
NECESSIDADE (não existência de outro meio disponível)
PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO (custo-benefício)
Proporcionalidade também para atos discricionários
Igualdade
Tratamento igual da AP àqueles que se encontram em situação equivalente
Justa razão para a diferenciação: fator de discriminação (idade, sexo, nível de escolaridade etc.) coerente com princípios fundamentais
Igualdade formal (perante a lei) e material (na lei)
Fundamentação aristotélica para:
Reserva de vagas para portadores de deficiência
Pontuação especial no vestibular para egressos de escola pública
Tempo menor para mulher se aposentar
Tratamento diferenciado para idosos e crianças/adolescentes
Constitucionalidade das Cotas (ADPF 186)
Prova de condicionamento físico para policiais
Prazos diferenciados para Fazenda Pública
Validade de concurso regional (STJ, RMS 28751)
Inconstitucionalidade de lei que veda realização de concurso para estagiário (ADI 3795)
Impossibilidade de remarcação de teste físico no concurso, por problema temporário de saúde (STF, RE 630733)
Impossibilidade de teste físico diferenciado para cada faixa etária (RE 523737)
Constitucionalidade de prisão especial de advogado (HC 93391)
Reserva de dia diferente do sábado para realização de prova por Adventista do Sétimo Dia (“sabatista”) (STF: Repercussão Geral – RE 611874 – 2011; CNJ: contra diferenciação de data diferenciada – PCA 00036578620142000000 e PCA 0005544-13.2011.2.00.0000)
Impossibilidade de reserva de dia diferente para Judeus no ENEM: Decisão monocrática do Min. Gilmar Mendes: (STA 389 – 2009)
Súmula 683: “O limite de idade para inscrição em concurso público só se legitima em face do artigo 7º, inciso XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido
Limite de idade deve estar previsto em lei que rege o cargo (AI 460131)
ARE 678112 (2013): manteve no concurso limite de idade de 18 a 32 anos para policial, conforme previsão em lei estadual
AI 720.259 (2011) ARE 809533 (2014): afastou limite de idade (35 anos) para concurso de médico militar
ARE 581251 (2011): afastou qualquer limite de idade para cargos relacionados à saúde 
AI 156.537: afastou limite de idade (45 anos) para cargo de professor
CJN, PCA 347: afastou limite de idade para concurso da magistratura (pendência da ADI 5329 no STF contra Lei do DF que fixa entre 25 e 50 anos para ingresso na carreira)
Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”
OUTROS PRINCÍPIOS:
FINALIDADE: 
- art. 2º, p.único, II, Lei 9.784/99: “atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei”
- Inerente à legalidade e sinônimo de impessoalidade
- Sentido: 
Finalidade geral (veda uso de prerrogativas para defesa de interesse alheio ao interesse público); 
Finalidade específica (veda ato diferente daquele previsto em lei – tipicidade)
- Desvio de finalidade (tredestinação): Na desapropriação, causa retrocessão (desfazimento da desapropriação)
“Tredestinação lícita”: Art. 519, do Código Civil: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”
- Adoção da teoria objetiva (comportamento): se o ato foi para prejudicar ou beneficiar alguém, mas atingiu o interesse público, é válido. Teoria subjetiva foca apenas a intenção/vontade
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
Art. 37, §6º: 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
ART. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Art. 2º, p. único, XIII, Lei 9784/99:“interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação”
- Princípio da segurança jurídica sentido objetivo
- Princípio da segurança jurídica em sentido subjetivo (confiança legítima)
Teoria dos atos próprios (autovinculação/autolimitação administrativa): A Adm. Púb. não pode promover alterações repentinas em seus posicionamentos (“nemovenire contra factumproprium”)
- Art. 54 da Lei 9.784/99: “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé);
PRINCÍPIO DA HIERARQUIA
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

Outros materiais