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CRIMINOLOGIA 13/08/2015 Resumo de Criminologia – Lélio Braga Calhau Nosso crime de cada dia - Gevan de Almeida Função do direito Penal Proteção dos bens jurídicos; Garantir os bens tutelados pelo direito; É proibido o uso de analogia no direito penal – In malam partem. Crimes contra o patrimônio Art. 155 “furto”; Art.157 “roubo”; Crimes contra vida Art.121 “homicídio”; Art.126 “aborto”; Em casos de risco a vida da gestante; Resultado de estupro; Liberdade sexual Art. 213 “estupro”; Criminologia Estuda: Crime/delito; Criminoso/ delinquente; Vitima criminal; As causas sociais dos crimes; Controle social do delito Informal - Preventiva Famílias; Escolas; Igrejas; Formal - Repressiva Penitenciárias; Delegacias e etc... 20/08/2015 Conceito: É a ciência empírica e interdisciplinar que tem por objeto o crime, o delinquente, a vitima e o controle social do delito(...) e que aporta uma informação valida e constatada e confiável sobre a gênese a dinâmica e as variáveis do crime, contemplando este como fenômeno individual e como problema social comunitário. Assim como sua prevenção eficaz, as formas e estratégias de reação e as técnicas de intervenção positiva do infrator. (Antonio Garcia Pablos de Molina. “Tratado de criminologia 2ºed, 1994) Característica: interdisciplinaridade. Funções principais Explicar e prevenir o crime; Intervir na pessoa do crime; Avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime; Classificação histórica: Período pré-cientifico – (da antiguidade até beeccaria/lobroso) Período cientifico; A criminologia passo a existir com o surgimento da Escola Clássica: na idade média destacava-se a influência e o poder político da igreja (há uma confusão entre pecado e delito). Sobressai a obra do marquês de beccaria “dei delitti e dele pene.” (1764) como o manifesto da abordagem liberal do direito criminal. Beccaria procurou fundamentar o direito de punir e definir critérios de sua utilidade a partir do contrato social. O positivismo criminológico segue no fim do século XIX com a “scuola Positiva” que foi encabeçada por Lobroso, Garofalo e Ferri. Surge como critica e alternativa a criminologia clássica. A scuola positiva italiana segue 2 direções: A antropológica de Lobroso; A sociológica de Ferri; A teoria de Lombroso proveio da pesquisa craniométricas de criminosos (400 autopsias e 6000 analises de delinquentes vivos): método empírico. Sua famosa tipologia é a do “delinquente nato”. No brasil, tivemos o médico e sociólogo Raimundo Nina Rodrigues (1862 – 1906) na argentina o grande seguidor de Lombroso foi o médico José Ingenieros. Ferri, na sociologia criminal, acentua a importância dos fatores sociológicos e culturais da delinquência. A escola francesa de Lyon, destacava-se Lacassagne. A tese desta escola é a de que “o criminoso é um micróbio ou vírus, algo inócuo, até que o adequado ambiente o faz eclodir. ” O meio social desempenha papel importante relevante e se junta ‘A predisposição criminal do indivíduo. ’ Ou seja: A predisposição e meio social fazem o criminoso. Sociologia criminal: Durkheim: “Esse fenômeno, o crime, é um traço generalizado das sociedades, ligado as condições gerais da visa coletiva, logo mostra-se “normal”, mas que o excesso não implique prejuízos ‘a sociedade’. Há um limite que não deve ser ultrapassado. Tarde: Da muita importância aos condicionamentos sociais e ‘a imitação, teoria antecipada da aprendizagem, tem efeitos negativos e também positivos como o bom exemplo dos cidadãos. No fim do século XIX surge, ainda, a criminologia socialista em sentido amplo: Explica o crime a partir da natureza da sociedade capitalista. Sua crença baseia-se no desaparecimento sistemático ou redução do crime depois de instaurado o socialismo. 27/08/2015 Principais características da moderna criminologia Parte da caracterização do crime como “problema” – face humana e dolorosa do crime; Amplia o âmbito tradicional da criminologia (Adiciona a vítima e o controle social ao seu objeto) Acentua s orientação “prevencionista” do saber criminológico, diante da obsessão repressiva explicita de outros modelos convencionais; Substitui o conceito “trancamento” (conotação clínica e individualista) por “intervenção” (conotação maia dinâmica, complexa e pluridimensional, mais próxima da realidade criminal). Destaca a análise e avaliação dos modelos de reação ao delito como um dos objetos da criminologia; Não renuncia, porém, a uma análise etiológica do delito v(desvio primário) no marco do ordenamento jurídico como referência última; Substituição da expressão “combate a crime” por “controle da criminalidade”, expressão neutra, mais jurídico como referência última; Substituição da expressão “combate a crime” por “controle da criminalidade”, expressão neutra, mais adequada a criminologia; O método criminológico: Empirismo Analise observação indução O método utilizado pela criminologia é o empírico, busca-se a analise, e através da observação conhecer o processo, utilizando-se da indução para depois estabelecer suas regras . é o oposto do método dedutivo utilizado no direito, penal. A criminologia é uma ciência do ser, empírica. o direito penal uma ciência cultural do dever ser, normativa (lógico – abstrato-dedutivo): vai da regra geral para o “caso concreto”. Indutivo - analisa dados e induz conclusões. É empírico de observação da realidade para após analises, retirar dessas experiências as suas consequências. EMPIRISMO ANALISE OBSERVAÇÃO INDUÇÃO OBJETO DA MODERNA CRIMINOLOGIA DELITO DELIQUENTE VITIMA CONTROLE SOCIAL Repare: Na época de Beccaria, a investigação era apenas o crime. Depois com escola positiva e Lombroso e seus seguidores, objeto de estudo passou a ser o delinquente (durante muito tempo foram só o delito e o delinquente.) Porém, da metade do sec. XX até a atualidade passamos a ter uma ampliação do objeto de estudo, com mais dois pontos: vítima e controle social. 10/09/2015 Objeto da criminologia Crime/delito; Vítima criminal; Controle social; Crime/delito: uma lesão daquela parte do sentido moral que consiste nos sentimentos altruístas fundamentais ( piedade / probidade) segundo o padrão medio em que se encontram as raças humanas superiores, cuja medida é necessária para adaptação do indivíduo “ a sociedade “. (Garofalo) Essa é a figura do “delito natural”. Para a sociedade criminal. Crime/delito é: “ uma conduta desviante ou desvio.” A conduta desviante seria aquela que infringe o padrão de comportamento esperado pela população num dado momento. 17/09/2015 Vitima criminal: O estudo da vítima criminal tem grande valor para o direito penal. A vítima passou por três fases: A primeira “idade de ouro”, a vítima era muito valorizada, respeitada. Depois com o estado sendo responsável pelo conflito social, assumindo seu monopólio, houve uma neutralização da vítima, que passou a ser tratada como uma testemunha de segundo escalão, pois aparentemente ela teria interesse direito na condenação. Por último, de 1950 para cá, entremos na fase de redescobrimento da vítima, onde a importância da vítima é retornada sob um ângulo mais humano por parte do estado. Na metade do sec XX o estudo da vítima se intensifica e surge uma nova disciplina ( ou ciência): VITMOLOGIA. Fala-se em vitimização Primaria: É o prejuízo derivado do crime em si. Secundária: São os danos psíquicos, físicos, econômicos, ou seja , sofrimento adicional que a dinâmica da justiça criminal com suas mazelas, provoca nas vítimas. Terciária: Surge da falta de amparo dos órgãos públicos e da ausência de receptividade social em relação a vítima. CIFRAS NEGRAS: São os crimes que não chegam a ser conhecidos e não são partes cdas estatísticas uma vez que não são denunciados pelas vítimas. 22/10/2015 Controle social Desde a tenra idade sofremos influência da sociedade. Somos educados por nossos pais a agir de uma formaou de outra. A mídia, o meio escolar e outros grupos colaboram com essa aprendizagem das regras sociais. De forma lenta e gradual vamos aprendendo essas regras que se espera que sigamos. A socialização nunca é perfeita. Para estimular Os membros relutantes as organizações sociais desenvolvem sanções sociais, denominadas “controles sociais” Há estudos que examinam esses “meios que a sociedade aplica para pressionar o indivíduo a adotar um comportamento conforme os valores sociais e, assim garantir uma convivência pacífica.” O controle social é exercido de várias formas: pode e ser tênue, discreto ou pode chegar ao ponto de levar uma pessoa a ser presa pela prática de um delito. A sociedade recorre ao controle social, “um conjunto de sanções negativas e positivas, especificadas no processo de socialização” para ter certeza de que os indivíduos e as instituições irão adaptar sua conduta a padrões ou modelos normativos, (...) que as levam a seguirem um padrão de comportamento que faz com que sejam mais aceitas ou não pela sociedade. O desrespeito à essas normas sociais pode criar um estigma negativo na pessoa. Classificação: Difuso – fiscaliza toda a sociedade. Controle social Localizado – controle intenso de grupos. Controle social – Formal (repressivo, secundário) exercido pelos agentes do estado: poder judiciário, ministério público, polícias, administração penitenciária. Informal (preventivo, primário) exercido pela sociedade civil: família, escola, clubes, igrejas, grêmios/associações filosóficas , ambiente de trabalho, opinião pública.
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