Aula 03 Teoria quantitativa da moeda

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Disciplina: Teoria Macroeconômica I
Prof. Elson Cedro Mira
elsonmira@hotmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
TEORIA QUANTITATIVA DA 
MOEDA 
A EQUAÇÃO DE TROCAS
Versão de Irving Fisher
MV ≡ PT
 Onde:
 M = Quantidade de moeda
 V = Velocidade de circulação da moeda
 P = Nível geral de preços
 T = Número de Transações (variável determinada 
pela oferta) 
• “T” inclui tanto as vendas e compras de bens 
produzidos no período como de bens produzidos 
em momentos anteriores e de ativos financeiros
• “V” é definida ex-post. Por isso essa relação é 
uma identidade.
• Se PT = $3.600 bi e M= $300 bi
M
PT
V 
12
300
3600
V
Outra Versão (se restringe às transações em 
termos de renda)
MV ≡ Py 
• Onde:
– M = Quantidade de moeda
– V = Velocidade-renda da moeda (número de 
vezes em que, na média, a moeda é utilizada em 
transações que envolvem a produção corrente –
renda)
– P = Nível geral de preços
– Y = Produção corrente (produto real) 
• Todos os valores de equilíbrio dos elementos da 
equação de trocas, com exceção do nível de 
preços, são determinados por forças externas à 
equação de trocas
• O nível de preços varia diretamente de acordo com 
a quantidade de moeda em circulação (M) = “teoria 
quantitativa da moeda”
– A quantidade de moeda é controlada 
exogenamente pelas autoridades monetárias
• O valor de equilíbrio da velocidade é determinado 
por fatores institucionais: hábitos, tecnologias de 
realização dos pagamentos na sociedade, período 
médio de pagamentos, uso de cartões de crédito...
– No curto prazo “V” é fixo
• Como o volume de produto é fixado pela oferta, tem-
se “y” fixo

yPVM 
M
y
V
P 
A abordagem de Cambridge (saldos de caixa) -
Elaborada por Marshall e Pigou
• Também considera a relação proporcional entre a 
quantidade exógena de moeda e o nível agregado 
de preços, porém menos mecanicistas
• A moeda só é mantida pelos indivíduos se seu 
retorno, em termos de conveniência e segurança, 
exceder a renda perdida (atividades produtivas) e a 
redução na satisfação
• A demanda por moeda corresponde a uma fração 
da renda e da riqueza
Md = k P y 
• A demanda por moeda ( Md ) corresponde a uma 
proporção ( k ) da renda nominal, e o nível de 
preços ( P ) multiplicado pela renda real (y )
• “k” é fixo no curto prazo (como na formulação de 
Fisher)
• Em equilíbrio oferta e demanda de moeda se 
igualam
ykPMM d 
• A quantidade de moeda determina o nível de preços 
(como na abordagem fisheriana) 
• O enfoque de Cambridge avançou e relação à de 
Fisher ao perceber a teoria quantitativa como uma 
teoria da demanda por moeda
yP
k
M 
1
Como a moeda afeta o nível de preços 
(considerando o enfoque de Cambridge):
t Ocorrência
t0 Economia em equilíbrio
t1 Duplicação na quantidade de oferta de moeda
Inicialmente há um excesso de oferta de moeda em relação à 
demanda por moeda
Os indivíduos utilizam o excesso de oferta de moeda de forma
alternativa em consumo e investimento
O aumento na demanda por bens e serviços pressiona os preços,
elevando-os
“Moeda demais à procura de uma quantidade limitada de bens”
Como “y” e “k” são constantes o novo equilíbrio só ocorrerá com a
duplicação dos preços
Há uma duplicação da renda nominal e dos preços