Buscar

Claudio Roberto Ribeiro Junior Desafios para um professor reflexivo

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Claudio-Roberto-Ribeiro-Junior-Desafios_para_um_professor_reflexivo.pdf
 
 
O Desafio de ser 
Um professor reflexivo 
 No século XXI 
Tecnologias na sala de aula 
 Como ensinar em um mundo 
Cada vez mais conectado? 
 ALUNO MULTIMÍDIA 
 A CONSTRUÇÃO DO APRENDIZADO 
 EM UM MUNDO DIGITAL 
Claudio Roberto Ribeiro Junior 
Sorocaba - SP 2015 
 
 
Sumário 
 
1 - Apresentação................................................................................................................3 
2 - Os maiores desafios para um professor reflexivo.........................................................4 
3 - Estimular a leitura matemática......................................................................................6 
4 - Concepções de professores sobre a relação entre leitura e matemática.....................7 
5 - Ensino de matemática esbarra nos problemas de leitura.............................................8 
6 - Como acompanhar o aprendizado do aluno?...............................................................9 
6.1 - Utilização de instrumentos de acompanhamento.........................................................9 
6.2 - Análise da organização do plano de recuperação........................................................9 
7 - Reflexões pedagógicas sobre o ensino e aprendizagem de matemática.....................10 
8 - As situações didáticas de matemática..........................................................................11 
9 - O uso de tecnologias em sala de aula..........................................................................12 
10 - Tecnologias nas aulas de matemática..........................................................................13 
10.1- Tecnologias em aula melhora o rendimento..................................................................14 
11 - Tipos de tecnologias utilizadas nas escolas..................................................................16 
12 - Pontos positivos para a tecnologia................................................................................18 
13 - O que dificulta o uso da tecnologia na escola...............................................................19 
14 - Nem tudo são maravilhas no uso das tecnologias na educação...................................20 
14.1- Um caminho a seguir com muita cautela.......................................................................20 
15 - Referências bibliográficas..............................................................................................21 
 
 3 
 
Apresentação 
Este trabalho tem como objetivo nortear a reflexão do professor sobre a sua prática do-
cente no dia a dia, bem como, mostrar a evolução do processo ensino aprendizagem nas es-
colas públicas e as expectativas do novo rumo da educação. Elementos que dificultam a inclu-
são de recursos tecnológicos na sala de aula, as dificuldades encontradas para capacitação 
dos professores para trabalhar com tecnologia e segurança para trabalhar com dados pesso-
ais nos meios interligados a rede mundial. 
Diagnosticar os aspectos e dimensões do conhecimento e da prática profissional a ser 
trabalhada e melhorada, requer muita reflexão da própria prática docente e qual o foco do seu 
trabalho. As melhorias vão acontecendo na medida em que colocamos em prática tudo que 
idealizamos, dando um passo de cada vez. Mas o mais importante, dê um passo!. E não pare 
por aí. Continue caminhando com foco no aprendizado dos alunos. 
O Professor Reflexivo [Conhecer sua prática] Uma das dificuldades encontrada hoje pela 
grande maioria dos profissionais da educação, é a reflexão da própria prática docente, uma vez que, 
a formação deste profissional o remete as práticas utilizadas por professores que fizeram parte da 
sua formação.” Que nem sempre é uma boa referência. 
Os maiores desafios para 
um professor reflexivo! 
Mudar a prática de ensino do professor tradicional, numa prática de ensino reflexivo, não 
é nada fácil!. 
Nossas escolas possuem salas de aula heterogenias e uma única linha de trabalho pode 
não estar próxima da realidade dos nossos alunos. No modelo de ensino tradicional so-
mente o professor transmite o conhecimento aos alunos, considerado o detentor do saber, 
onde o aluno era ouvinte e “aprendia” por memorização. Durante muito tempo, a melhor 
fonte de informações era o professor, mas com as novas tecnologias, o aluno tem um 
grande número de informações ao seu dispor e o professor deixou de ser o detentor do 
saber e, sim, o mediador do conhecimento. No ensino construtivista o professor não é vis-
to como único detentor do conhecimento, o estudante constrói o conhecimento através de 
formulação de hipóteses e da resolução de problemas. O objetivo do construtivismo é que 
o aluno adquira autonomia. As disciplinas são trabalhadas em uma relação mais próxima 
com os alunos e envolve fatores interdisciplinares. O construtivismo foi idealizado para a-
cabar com as provas, porém as escolas construtivistas na sua grande maioria realizam as 
provas normalmente. 
 5 
 
Um grande desafio para maioria dos pro-
fessores, pois, não se pode ser formador , 
se não levar o outro a reflexão. Os meios 
avaliativos devem ser utilizados para colher 
dados sobre a aprendizagem dos alunos e 
estar em consonância com as habilidades 
trabalhadas em aula. O professor deve ter 
ciência do que busca de informações sobre 
seus alunos ao formular uma avaliação. 
Um meio eficiente de trabalhar com os dados obtidos a partir de uma avaliação, uma vez 
que seja definido o foco, teremos como reorganizar e replanejar as aulas de acordo com os 
resultados obtidos. Ao replanejar as próximas aulas, as mesmas não podem comprometer o 
desenvolvimento do currículo, nem o avanço dos alunos que não estão com as habilidades 
em defasagem. Talvez, um meio alternativo seria Otimização do tempo didático, abordando 
as habilidades estruturantes. 
O segredo da renovação de nossas escolas, no sentido de se adaptarem às novas exigências da formação e da educação, do ensino e da aprendizagem, 
em mudanças profundas e aceleradas, passa por uma mudança qualitativa, radical, dos professores. Não se trata apenas de saber mais, mas de um saber 
qualitativamente diferente que assenta numa atitude e numa maneira de ver diferentes (ALARCÃO e TAVARES, 2003). 
Como lembram Alarcão e Tavares (2003) na epígrafe acima, é preciso que os professores 
construam um saber qualitativamente diferente, assentado em atitudes e maneiras de ver 
diferentes para que a escola possa ser renovada. Acreditamos que pela reflexão, individual 
e coletiva, sobre a prática docente é possível chegarmos a esse saber qualitativamente dife-
rente, pois reconhecemos o professor como a figura central no processo educativo, mas es-
tendemos esta responsabilidade de aprendizado também ás instituições, seus demais ato-
res e gestores, recomendando empenharem seu esforço entusiasmo e criatividade e partici-
parem ativamente do processo educativo. Desse modo, vemos a escola como um local de 
permanente aprendizagem de todos os atores em contínua interação produtiva. 
 
 
Estimular a leitura matemática 
Atualmente, o principal desafio para os pais e profes-
sores é estimular o gosto e a prática da leitura em 
seus filhos e em seus alunos. Muitas vezes, tanto em 
casa quanto na escola faltam iniciativas que favore-
çam a aprendizagem, não somente o simples ato de 
transmitir seus conhecimentos, tolhendo na
criança 
sua criatividade, curiosidade e desenvoltura. 
Tudo isso atrapalha, atrasa e desestimula os alunos em seu aprendizado, dificultando e im-
pedindo que a educação alcance o avanço esperado, tornando-a cada vez mais uma prática 
enfadonha e fadada ao fracasso. 
Por isso é necessário elaborar projetos e metodologias que despertem nos alunos interesse, 
que os estimule e desenvolvam habilidades de pensamento. Sem dúvida a leitura e a Mate-
mática, juntas na sala de aula, podem ser um forte apelo ao lúdico e um envolvente desafio 
para a criança. Isso permite que ela desenvolva capacidades de interpretar, analisar, sinteti-
zar e descrever tudo aquilo que sente e observa no seu cotidiano escolar. 
A comunicação ajudará no desenvolvimento matemático, favorecendo a compreensão dos 
conteúdos na vida dos alunos e, facilitando que se tornem leitores assíduos, facilitando a 
compreensão dos conteúdos propostos em sala de aula, levando o aluno a levantar hipóte-
ses, criar e resolver problemas, estimulando o raciocínio por meio do lúdico. 
Para aprender a ler, as crianças devem ver formas de empregar a leitura para 
ampliar os seus objetivos e interesses. Se a linguagem escrita tem significado para 
as crianças, elas aprenderão da mesma maneira que aprenderam a usar a lingua-
gem falada. As histórias são importantes e de grande ajuda especialmente porque 
as crianças aprendem muito sobre leitura com os autores—, mas também são 
importantes as placas, os rótulos e os outros casos de escrita que a cercam em 
seus ambientes. As crianças devem ser bem aceitas nos clubes de alfabetização 
para que possam receber todos os tipos de demonstração e colaboração de que 
precisam para tornarem-se leitores também. (SMITH: 1999, p. 125). 
 7 
 
Concepções de professores sobre a 
relação entre leitura e matemática 
Na escola, não raro, predomina a crença segundo a qual a le i tura é uma pro-
pr iedade exclusiva da Língua Portuguesa, tendo em vista ser esta a d iscip l ina 
diretamente responsável pelo ensino da le i tura e escr i ta da l íngua materna. 
Alguns docentes de outras discip l inas até reconhecem a necessidade da le i tu-
ra na compreensão dos conceitos referentes à sua área de conhecimento; e-
les, porém, l imitam-se a apresentar as dif iculdades, mas não se sentem na 
responsabi l idade de t rabalhá - las, visto que na sua concepção esse problema 
não se refere à sua discip l ina. A le i tura como uma das vias de acesso aos co-
nhecimentos produzidos histor icamente ainda é vista, na escola, por muitos 
educadores, como separada do processo de ensino e de aprendizagem das 
di ferentes áreas do saber (MORAES, 2008). 
Na prá t ica pedagóg ica do ens ino de 
m atem át ica , a s i t uação não é d i f e rente . 
Ve jam os o segu in te exem plo re la tado 
por um a pro fessora durante o processo 
fo rm at ivo rea l i zado num a Of ic ina Peda-
góg ica de Matem át ica . Após o pro fessor 
t raba lhar com um a var iedade de prob le-
m as , que nada m ais são que exerc íc ios 
ar i tm ét icos repet i t i vos , ao propor ou t ra 
s i tuação sem elhante , os a lunos , an tes 
m esm o de le rem o enunc iado, ques t io -
nam : 
― Va i ser de m ais ou de m enos? 
Os pro fessores cons ideraram esse 
ques t ionam ento inqu ie tante , porque, 
após tan to t raba lho com os a lunos , e les 
não conseguem em pregar a operação 
adequada para a reso lução do prob le-
m a. A jus t i f i ca t iva apresentada pe los 
docentes é de que o a luno tem d i f icu l -
dades de decod i f icação e com preensão 
da l íngua esc r i t a . 
Assim, nas aulas de matemát ica, o professor precisa invest igar d i ferentes 
métodos de ensino que favoreçam a resolução de exercíc ios e problemas, 
por meio da anál ise e síntese. Ao resolver um problema pela pr imeira vez, o 
contato com os conceitos envolvidos será genérico, não diferenciado. Aos 
poucos, com o crescente contato do suje i to com o problema, as compara-
ções e as re lações entre os conceitos serão estabelecidas e, possivelmente, 
a general ização acontecerá. 
 
 
Os resultados da Prova ABC, apl icada pela ONG Todos Pela Educação em 
escolas públ icas e part iculares do país, também mostram que o aprendizado 
de matemát ica anda lado a lado com o de escr i ta — até porque as boas es-
colas oferecem ensino ef ic iente em ambas as áreas. A Prova ABC de 2012 
aval iou 54 mi l cr ianças de 2º e 3º anos do ensino fundamental . Metade resol-
veu questões de le i tura e metade, de matemát ica. Todas f izeram a prova de 
escr i ta. Anal isando os dados, a ONG observou que, quanto maior é a nota da 
redação, mais perto o a luno chega dos 175 pontos, rendimento considerado 
sat isfatór io, na prova de matemát ica. 
Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela 
Educação, é correto dizer que, para estudar mate-
mática, a “competência leitora” é fundamental. 
— A criança que está sendo avaliada pela sua com-
petência matemática e esbarra na leitora não conse-
gue sequer ser avaliada. É uma barreira inicial — 
argumenta Priscila. — O ensino de matemática deve 
estar ligado à leitura, à contextualização. O objetivo 
é preparar o aluno para a vida. E a vida não vai dar 
equações prontas para ele. 
Em avaliações como o Pisa, o Brasil vai mal tanto em matemática como em leitura. O pa-
ís ficou abaixo da média em todas as disciplinas na edição 2012 do programa, que tam-
bém mede a competência dos alunos em ciências. No ranking das 65 economias globais, 
o Brasil ocupa a 58ª colocação geral. 
Assim como no Pisa, as questões da olimpíada do Impa têm enunciados que criam situa-
ções possíveis do cotidiano e pedem uma resolução. Quase sempre, o aluno precisa in-
terpretar o texto e identificar que conteúdo matemático deve ser empregado. Muito mais 
do que um evento para revelar prodígios com números, a OBMEP tem como função prin-
cipal disseminar o bom ensino da disciplina na rede pública do país. 
De aco rdo com Druck (2006) , ex -pres iden te da Soc iedade Bras i le i r a de Ma temát ica 
“a qua l idade do ens ino da Ma temát ica a t ing iu , t a lvez, seu ma is ba ixo n íve l na h is tó -
r ia educac iona l do pa ís ” . 
Ensino de Matemática esbarra nos problemas de leitura 
 9 
 
Como acompanhar o aprendizado dos alunos? 
Para iniciar, é importante que os gestores reflitam sobre as ações específicas que podem ser 
desenvolvidas pelos gestores da escola (PC e Diretor) e os professores para auxiliar os alunos a 
avançarem em suas aprendizagens, a saber: 
Utilização de instrumentos de acompanhamento: 
 Planejamento do professor e planejamento das ATPC; 
 Registros; 
 Portfólios (de duas naturezas - atividades de alunos e de professores); 
 Mapas de sondagem; 
 Relatórios; 
 Análise de rotina; 
 Caderno volante ou piloto, plano emergencial da própria escola, listagem nominal dos alunos 
que estão sendo acompanhados, no plano de recuperação da escola, controle de faltas, en-
tre outros... 
Análise da organização do plano de recuperação: 
 Formação de grupos de apoio; 
 Organização do processo de recuperação, com foco nos diferentes aspectos envolvidos 
(horário e número de alunos de recuperação; os anos atendidos; formação de turmas, de a-
cordo com os problemas detectados e a disponibilidade de espaço e recursos humanos da 
escola); 
 Organização da sala de aula (ex. formação de agrupamentos produtivos, utilização de materi-
ais diversos, otimização no uso dos espaços) e da escola no atendimento aos alunos com 
dificuldades
de aprendizagem. 
 
 
Reflexões pedagógicas sobre o ensino e aprendiza-
gem da Matemática. 
 A Matemática é estudada tanto pelas suas aplicações práticas como pelo seu interesse teó-
rico. Algumas pessoas, e não só os matemáticos profissionais, consideram que a essên-
cia dessa disciplina reside na sua beleza e no seu desafio intelectual. Para outros, incluindo 
muitos cientistas e engenheiros, o valor essencial da Matemática é a sua aplicação à pró-
pria atividade. (SACRAMENTO, 2008; VASCONCELOS, 2009). 
Buscando uma forma de se entender o porquê de o ensino da Matemática 
ser pouco satisfatório, percebe se que, apesar de alguns esforços terem sido já desenvolvidos 
por parte dos docentes, o ensino da referida disciplina não tem sido considerado pelos pro-
fessores com a profundidade, serenidade e bom senso necessários. Vasconcelos (2009, p. 12) 
avalia e tenta solucionar este quadro, ponderando da seguinte forma: 
Não se muda o ensino da Matemática de um dia para o ou-
tro. É necessário um planejamento a médio e longo pra-
zo, uma execução paciente ao longo de muitos anos, com 
a participação ativa indispensável de todas as pessoas 
com relação direta ou indireta com o ensino da Matemática. 
 11 
 
As situações didáticas de Matemática 
O ensino de Matemática avança apoiado em pesquisas didáticas na área. O professor já tem 
disponíveis atividades cientificamente reconhecidas em diferentes blocos de conteúdo, como 
o de Números e Operações e o de Geometria e Medidas. 
No centro dos estudos aparece a resolução de problemas. Cada vez mais, pesquisadores re-
forçam a ideia de que a disciplina não pode ser reduzida a um conjunto de procedimentos me-
cânicos e repetitivos. "Hoje a base das aulas está em levar a turma a construir diversos cami-
nhos para chegar aos resultados", explica Daniela Padovan, autora de livros didáticos. O in-
teressante é que durante esse processo haja registro, discussões e explicações sobre os ca-
minhos encontrados. 
Tendo por base a resolução de problemas, as atividades devem levar o aluno a debater e 
criar estratégias para chegar a uma resposta 
Daniela diz que, quando a classe é chamada a resolver desafios e a discutir ideias, o trabalho 
começa a fazer sentido para todos. "É essencial entender a operação e o porquê dos procedi-
mentos adotados", avalia. Outras atividades que aproximam os conteúdos da Matemática da 
vida real são o cálculo mental e as estimativas 
O que o aluno aprende: A construir 
estratégias pessoais de cálculo e a se decidir, 
em várias situações, pela mais eficaz. Ela 
adquire ainda hábitos de reflexão sobre os 
cálculos e dispõe de meios permanentes de 
aproximação e controle sobre o que obtém 
usando técnicas como o algoritmo. Ao estimar 
resultados, consegue fazer a autocorreção: se 
a resposta fica muito distante da estimativa, 
algo está errado. 
 
 
O uso de tecnologias em sala de aula 
TDICs, tecnologias Digitais de informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível 
imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, 
internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma 
infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimen-
tos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação 
com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança 
quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber 
utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos? 
Nove dicas para usar bem a tecnologia 
 
O INÍCIO: Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas 
digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas. 
 
O CURRÍCULO: No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia 
e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas. 
 
O FUNDAMENTAL: Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de 
texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo. 
 
O ESPECÍFICO: Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções 
elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula. 
 
A AMPLIAÇÃO: Para avançar no uso pedagógico das TDICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo 
(programa de inclusão digital do MEC) são boas opções. 
 
O AUTODIDATISMO: A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os 
tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos. 
 
A RESPONSABILIDADE: Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o 
nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica. 
 
A SEGURANÇA: Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. 
Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura. 
 
A PARCERIA: Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é 
sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma. 
 13 
 
Tecnologias nas aulas de Matemática 
Nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na disciplina, centrado na 
resolução de problemas. Estratégias como cálculo mental, contas com algoritmos e criação 
de gráficos e de figuras geométricas com lápis, borracha, papel, régua, esquadro e compasso 
seguem sendo essências para o desenvolvimento do raciocínio matemático. 
 
Entretanto, saber usar calculadoras e conhecer os princípios básicos de planilhas eletrônicas 
do tipo Excel são hoje demandas sociais. Você deve introduzir esses recursos nas aulas - 
mas com o cuidado de pontuar que eles não fazem mágica alguma. Ao contrário, sua 
utilidade se aplica apenas a situações específicas. "O professor deve mostrar que eles são 
importantes para poupar tempo de operações demoradas, como cálculos e construções de 
gráficos, quando o que importa é levantar as ideias mais relevantes sobre como resolver a 
questão", defende Ivone Domingues, coordenadora pedagógica da Escola da Vila. 
 
Enquanto as propostas com calculadora parecem estar mais disseminadas (é comum em 
várias escolas, por exemplo, utilizá-las para conhecer propriedades do sistema de numeração 
ou validar contas), o trabalho com planilhas eletrônicas ainda ensaia os primeiros passos. 
Vale a pena considerar o uso desses aplicativos, já que eles permitem aliar vários conteúdos: 
coleta de dados, inserção de fórmulas algébricas para cálculos, elaboração de tabelas e 
tratamento da informação (leia a sequência didática no quadro ao lado). 
 
É importante que as atividades incluam desafios que questionem e ampliem o conhecimento 
da turma: o que acontece com os resultados da tabela se modificarmos um dos dados 
da fórmula? E com o gráfico, caso troquemos os valores da tabela? Para mostrar dados 
cuja soma chega a 100%, qual o tipo mais adequado de gráfico: o de colunas, o de linhas 
ou o de pizza? " Nessas explorações, o aluno aprende a controlar melhor as alternativas de 
r e s o l u ç ã o q u e a f e r r a m e n t a o f e r e c e , a r g u m e n t a I v o n e . 
 
Por fim, na área de Espaço e Forma, a mesma economia de tempo - dessa vez, na 
construção de figuras - é possibilitada por programas como o GeoGebra (disponível 
gratuitamente em www.geogebra.org) e o Cabri Gèométre
(pago), que deixam a garotada 
analisar as propriedades de sólidos e planos, movimentando-os, marcando pontos ou 
traçando linhas sem a necessidade de redesenhar. 
 
 
Uso de tecnologia no ensino melhora em 32% rendimento em matemática e 
física, aponta estudo 
Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da UNESP (Universidade Estadual Paulista) mos-
trou que o uso de ferramentas tecnológicas educativas melhoram em 32% o rendimento dos 
alunos em matemática e física em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositi-
va em sala de aula. 
O estudo Objetos de Aprendizagem em Sala de Aula: Recursos, Metodologias e Estratégias 
para a Melhora da Qualidade de Ensino foi desenvolvido durante dois anos e avaliou o de-
sempenho de 400 estudantes de oito turmas de 2º e 3° anos do ensino médio da escola esta-
dual Bento de Abreu, em Araraquara, no interior de São Paulo. 
Para tanto, as aulas foram divididas entre expositivas e atividades que contavam com o que 
a pesquisa chama de objetos de aprendizagem, ou seja, recursos tecnológicos que permitem 
a interação com o conteúdo, como animações, simulações e jogos. Um desses games, por 
exemplo, ensinava análise combinatória. Nele, os alunos precisavam analisar quantas possi-
bilidades de roupa Susana, a bonequinha animada, poderia usar para ir à balada. Já em ou-
tro, usavam o jogo para organizar diferentes times de futebol para aprender sobre arranjo. 
Diante da experiência, a pesquisa mostrou que os estudantes com menor desempenho em 
sala de aula obtiveram maior rendimento com o uso das ferramentas tecnológicas. Aqueles 
com média cinco, ou abaixo desse valor, melhoraram em 51% seu desempenho em física e 
matemática. Já aqueles com média acima de cinco, obtiveram um ganho médio de 13%. 
"Isso mostra que os alunos que têm maior dificuldade de aprendizagem são os mais benefici-
ados pelo uso dessa tecnologia. Esses índices evidenciam a importância de olhar com mais 
atenção para a criação e difusão de recursos que ajudem a inovar as metodologias didáticas" 
diz Silvio Fiscarelli, coordenador do projeto e responsável pelo departamento de didática da 
UNESP. 
Tecnologias em aula melhora rendimento 
 15 
 
Nova fase 
Por conta dos bons resultados, neste ano terá início uma versão mais ampla do proje-
to, que agora passa a ser apoiado com recursos financeiros da Fapesp (Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O número de alunos atingidos subirá pa-
ra 600 e a pesquisa contemplará os três anos do ensino médio. Também será expandi-
da a quantidade de disciplinas: além de matemática e física, os professores usarão as 
ferramentas em português, química e filosofia. 
Além disso, diferentemente da versão anterior, os alunos não vão mais precisar se 
deslocar ao laboratório de informática. Serão fornecidos 35 notebooks para que as ati-
vidades sejam realizadas dentro da sala de aula. "Essa será também uma possibilida-
de de comparar os alunos que usavam o laboratório com os que irão usar os computa-
dores em sala de aula. Assim poderemos também verificar se há algum impacto com a 
mudança", diz Fiscarelli. 
Outro diferencial desta nova fase será a capacitação dos professores e a entrega de 
bolsas-auxílio aos seis professores participantes do projeto – diferentemente, da pri-
meira etapa, em que não contavam com nenhuma espécie de formação ou pagamento. 
Ao longo do ano, serão oferecidas seis capacitações sobre o uso de notebooks na sala 
de aula, o que são os objetos de aprendizagem e como utilizá-los em cada uma das 
áreas. Para dar sustentabilidade à iniciativa, Fiscarelli afirma que também serão cria-
dos roteiros (do professor e do aluno) para orientar os professores interessados em re-
plicar a metodologia. 
De acordo com ele, a iniciativa surge como um know-how antecipado à expansão da 
tecnologia em sala de aula, que normalmente foca na entrega de equipamentos sem 
pensar antes no conteúdo. "Antes de fornecer quais equipamentos é preciso pensar 
primeiro não no hardware, mas no software. Não adianta levar uma lousa digital para a 
sala de aula se não tiver por trás um bom software". 
 
 
 17 
 
Computadores 
 
Vídeo e Equipamentos Digitais 
 
Apresentação das Tecnologias da Informação 
 
Software (Programas) 
 
Tecnologias adaptativas 
 
Os alunos geralmente aprendem as habilidades básicas da informática, tais como digitação formatação 
de documento, e o uso da Internet na escola. Na escola, muitas vezes, tem um laboratório de informáti-
ca com um mínimo de dois computadores para uso dos alunos. A maioria das escolas têm laboratórios 
muito maiores e instrutores para ensinar e auxiliar os alunos com os computadores. Alguns alunos tra-
zem seus próprios laptops para a escola e os usam para tomar notas e trabalhos completos em vez de 
usar os tradicionais caneta e papel. Em um número crescente de escolas, os laptops são fornecidos 
para uso dos alunos em sala de aula. 
Os professores usam vídeos e DVDs para fornecer informações suplementares para muitas de suas 
lições. Os estudantes também podem usar câmeras digitais e dispositivos de gravação digital para tra-
balhar em projetos para várias classes. Os alunos, por vezes, gravam apresentações, documentários, 
paródias de comerciais ou relatórios orais. Muitas vezes, eles podem editar vídeos usando software de 
edição de computador, podem fazer o upload desses projetos e publicá-los no site da sua escola ou 
sites como o YouTube. 
Os meios que os professores estão apresentando seu material está evoluindo para incluir as tecnologi-
as interativas. Os estudantes podem fazer testes e professores podem classificá-los em computadores 
específicos. Os professores podem usar projetores sofisticados que são ligados a diferentes meios de 
comunicação, como os laptops dos alunos para apresentações. Os professores também estão fazendo 
uso de lousas interativas. Esses quadros, que tomam o lugar das tradicionais quadros de giz ou qua-
dros brancos, ligadas ao computador do professor e permitem apresentações de material, a apresenta-
ção de materiais didáticos e acesso direto à Internet e recursos online. 
O software educacional é liberado em uma base frequente e inclui programas que ensinam de tudo, 
desde artes à matemática. Os alunos podem aprender álgebra com exemplos exibidos e em seguida 
acessam a etapa de resolução de problemas até dominar todos os componentes. O software avalia os 
pontos fortes e fracos do aluno e pode adaptar e praticar aulas para essas áreas. Um software similar 
existe para artes da linguagem, ciências e estudos sociais. Ele também desempenha um grande papel 
na aprendizagem de segundas línguas. 
Os estudantes com necessidades especiais podem se beneficiar de tecnologias adaptáveis que são 
projetados para ajudá-los e facilitar ainda mais a aprendizagem. Por exemplo, o software de reconheci-
mento de voz permite que os alunos que são cegos ou incapazes de usar um computador tradicional e 
sistema de software para utilizar computadores e outros dispositivos. Legendas podem ser usadas em 
dispositivos de vídeo e dispositivos de assistência para ajudar as pessoas com dificuldades auditivas e 
acompanhar nas salas de aula. 
Tipos de tecnologia utilizada nas Escolas 
 
 
 19 
 
 
 
Um caminho a seguir com muita cautela... 
 Alguns problemas resultantes do uso de tecnologias conectadas a rede mundial podem gerar 
muita dor de cabeça para seus usuários. As informações compartilhadas na rede podem ser alvo 
fácil para hackers que utilizam de dados pessoais
roubados, para uso indevido. Todo cuidado é 
pouco quando há a super exposição na internet. 
Seja prudente e nunca dê informações pessoais em sites ou redes sociais. Dados e imagens 
compartilhados na rede mundial deixam de ser seguros e podem ser utilizados por qualquer pes-
soa que tenha acesso ao que você publica. 
Segurança não é brincadeira quando se 
trata de adicionar informações pessoais em 
local onde qualquer pessoa conectada 
pode acessar estas informações. 
Mantenha o foco no aprendizado dos alunos 
e nunca deixe de acreditar que todos os 
nossos alunos aprendem de maneiras e 
tempos diferentes. Por isso necessitamos 
explorar outros caminhos que levem nossos 
alunos a reflexão e compreensão dos temas 
abordados em aula. Independente dos recursos e metodologias utilizadas, temos que trabalhar 
com as dificuldades apresentadas de maneira que a aprendizagem seja eficiente. 
 21 
 
Referências bibliográficas: 
D’AUGUSTINE, Charles H. Métodos modernos para o ensino da matemática. Tradução por 
Maria Lúcia F.E.Peres. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. 
VASCONCELOS, Cláudia Cristina. Ensino aprendizagem da matemática: velhos proble-
mas, novos desafios. Revista Millenium n o 20. São Paulo, 2009. 
SACRAMENTO, Ivonete. Palestra 17 – Dificuldades de aprendizagem em Matemática –
 19 de Setembro - I Simpósio Internacional do Ensino da Matemática – Salvador-
Ba - 18 a 20 de setembro de 2008. 
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 5ª a 8ª 
séries: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998. 
Sites: 
Revista Nova Escola: http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/
multipla-escolha-parte-reportagem-capa-427107.shtml 
Uol Educação: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/02/04/uso-de-tecnologia-no-ensino-
melhora-em-32-rendimento-em-matematica-e-fisica-aponta-estudo.htm

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais