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Direito Eletrônico 
 
Prof. Marcos Vinicius Monteiro de Oliveira 
 
 
Direito Digital 
 
Conceito – consiste na evolução do próprio Direito, abrangendo todos os princípios 
fundamentais e institutos que estão vigentes e são aplicados até hoje, assim como 
introduzindo novos institutos e elementos para o pensamento jurídico, em todas as suas 
áreas. 
 
- Os novos profissionais do Direito são os responsáveis por garantir o direito à 
privacidade, a proteção do direito autoral, do direito de imagem, da propriedade 
intelectual, dos royalties, da segurança da informação, dos acordos e parcerias 
estratégicas, dos processos contra hackers, etc. Para isso, o Direito Digital deve ser 
entendido e estudado de modo a criar novos instrumentos capazes de atender a esses 
anseios. 
 
- Historicamente, todos os veículos de comunicação que compõem a sociedade 
convergente passaram a ter relevância jurídica a partir do momento em que se tornaram 
instrumentos de comunicação de massa, pois a massificação do comportamento exige 
que a conduta passe a ser abordada pelo Direito, sob pena de criar insegurança no 
ordenamento jurídico e na sociedade. Ex: imprensa, o telefone, o rádio, a televisão e o 
fax. 
 
- Com a Internet não há diferença: não existe um Direito da Internet, assim como não há 
um direito televisivo ou um direito radiofônico. Há peculiaridades do veículo que 
devem ser contempladas pelas várias áreas do Direito, mas não existe a necessidade da 
criação de um Direito específico. 
 
- No Direito Digital prevalecem os princípios em relação às regras, pois o ritmo de 
evolução tecnológica será sempre mais veloz que o da atividade legislativa. Por isso, a 
disciplina jurídica tende à auto-regulamentação, pela qual o conjunto de regras é criado 
pelos próprios participantes diretos do assunto em questão com soluções práticas que 
atendem ao dinamismo que as relações de Direito Digital exigem. 
 
- No Direito Digital deve haver a publicação das “normas digitais” no formato de 
disclaimers, como já fazem os provedores, ou seja, estar publicada na página inicial a 
norma à qual se está submetido, sendo ela um princípio geral ou uma norma-padrão 
para determinada situação. 
 
- A velocidade das transformações é uma barreira à legislação sobre o assunto. Por isso 
qualquer lei que venha a tratar dos novos institutos jurídicos deve ser genérica o 
suficiente para sobreviver ao tempo e flexível para atender aos diversos formatos que 
podem surgir de um único assunto. 
 
- O Direito Digital traz a oportunidade de aplicar dentro de uma lógica jurídica uniforme 
uma série de princípios e soluções que já vinham sendo aplicados de modo difuso – 
princípios e soluções que estão na base do chamado Direito Costumeiro. Esta coesão de 
pensamento possibilita efetivamente alcançar resultados e preencher lacunas nunca 
antes resolvidas, tanto no âmbito real quanto no virtual, uma vez que é a manifestação 
de vontade humana em seus diversos formatos que une estes dois mundos no contexto 
jurídico. Logo, o Direito Digital estabelece um relacionamento entre o Direito 
Codificado e o Direito Costumeiro, aplicando os elementos que cada um tem de melhor 
para a solução das questões da Sociedade Digital. 
 
- No Direito Costumeiro, os elementos que estão a amparar o Direito Digital são: a 
generalidade, uniformidade, a continuidade, a durabilidade e a notoriedade 
(publicidade) – Fator tempo – analogia e arbitragem. 
 
- O Direito Codificado é a base predominante (lei) – finalidade social. 
 
- O Direito Digital (Internet) tem por base o princípio de que toda relação de protocolo 
hipertexto-multimídia, por ação humana ou por máquina, gera direitos, deveres, 
obrigações e responsabilidades. Logo, seja aplicado as leis atuais, seja recorrendo ao 
mecanismo da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, o Direito 
Digital tem o dever de regulamentar essas relações e intermediar os conflitos gerados 
por elas. 
 
- As características do Direito Digital, são as seguintes: celeridade, dinamismo, auto-
regulamentação, poucas leis, base legal na prática costumeira, o uso da analogia e 
solução por arbitragem.

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