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Apostila Tecido Ósseo

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Histologia
Tecido Ósseo
Christian Natã Melo
Recife
2014
Histologia
Tecido Ósseo
Do mesmo modo que o tecido cartilaginoso, o hematopoietico e o adiposo, o tecido
ósseo também é um tipo de tecido conjuntivo especializado. Formado basicamente por
três tipos de células e por uma matriz extracelular (MEC) extremamente rígida, suas
funções resumem-se às seguintes:
 Sustentação e proteção do corpo, em especial, de partes moles;
 revestimento da medula óssea, local onde se encontram células totipotentes que
formarão a maioria das células sanguíneas;
 reservatório corporal dos íons fosfato (PO3-4), cálcio (Ca2+), etc..
Daremos uma abordagem primeiramente nas células que compõem o tecido ósseo
para, em seguida, chegar na matriz óssea, nos tipos de ossos e, finalmente, nos
processos de formações dos mesmos, as ossificações.
 Células Ósseas
○ Osteoblasto: célula cuja aparência se assemelha a um célula colunar
quando ativa. De início, reveste todo o espaço em que a ossificação
ocorrerá. É formada por células osteogênicas localizadas no periósteo
(camada de tecido conjuntivo que reveste toda a extensão óssea por fora).
Tem como função a produção da matriz óssea orgânica ou, em outras
palavras, osteoide; o qual é composta pelos mesmos componentes
encontrados na MEC de outras variações de tecido conjuntivo (colágeno tipo
I, glicoproteínas e proteoglicanos). Além destes, também produz
osteocalcina e osteopontina (estimuladores de osteoblastos ativados por
ação da vitamina D), osteonectina (auxiliar na deposição de cálcio no osso)
e sialoproteína óssea. Após determinado tempo de atividade, tende a se
achatar e a ficar preso na matriz óssea já calcificada. A partir desse estágio,
o osteoblasto passa a ser osteócito.
○ Osteócito: célula sucessora do osteoblasto. Carcateriza-se pela atividade
metabólica reduzida em relação a seu predecessor. Está localizada em
lacunas bem achatadas, dispostas de forma concêntrica dentro do ósteon
(sistema de Havers). Entre essas lacunas é possível encontrar canalículos [1],
estruturas repletas de junções comunicantes que possibilitam a troca iônica
e a nutrição entre osteócitos.
[1]: não confundir com canais de Volkmann, que serão discutidos posteriormente. 
○ Osteoclasto: são células gigantes que, diferentemente das células
mencionadas anteriormente, têm origem na medula óssea, fazendo parte da
linhagem monocitária. A eles, cabe a maior parte da remodelagem óssea [2].
Essa remodelagem ocorre pela criação de um ambiente acidificado na
matriz óssea, o que será seguido por uma ação da H+-ATPase, enzima que
destroi a matriz óssea inorgânica (hidroxiapatita) e que será sucedido pela
catepsina K, protease responsável pela degradação da matriz orgânica do
tecido ósseo. Ao realizar a desmineralização óssea, o osteoclasto passa por
uma mudança na sua morfologia e passará a apresentar microvilos do tipo
borda-em-escova, o que aumentará a zona de abrangência da célula sobre
o tecido. Esse processo formará também as chamadas lacunas de Howship,
espaço depressivo gerado na matriz pela ação osteoclástica. 
[2]: o fenômeno será regulado a partir de um sistema de feedback (retroalimentação) negativo por
substâncias como a calcitonina, liberada pela glândula tireoide, e pela vitamina D.
 Matriz Óssea
Como já foi dito nessa apostila, de acordo com sua constituição, temos dois tipos
de matriz óssea que estão presente em uma única matriz física: 
○ Inorgânica: formada pelos íons cálcio, fósforo e pequenas quantidades de
íon bicarbonato (HCO3-), íon magnésio (Mg2+), íon potássio (K+) e íon citrato.
Juntos, esses íons estarão presentes no osso na forma de hidroxiapatita
[Ca10(PO4)6(OH)2], substância cristalina que, em conjunto com as fibras
colágenas da MEC, tornará o tecido altamente rígido e inflexível.
○ Orgânica: constituída por proteoglicanos, glicoproteínas e, principalmente
por fibras colágenas do tipo I. Essas fibras são distinguíveis na microscopia
de luz porque estão disponíveis em conformações diferentes entre si em
lamelas (regiões interlacunares) e nas regiões da MEC que não
compreendem o sistema de Havers, chamadas de sistema intersticial ou
osso não-lamelar[3].
[3]: apesar de ocorrer conformações diferentes, deve-se lembrar que as fibras colágenas
apresentam-se regulares apenas no ósteon, o que torna o conjunto de todos estes o denominado
osso lamelar. A característica não é vista no osso não-lamelar, em que o colágeno encontra-se
irregular. 
 Tipos de Ossos
Macroscopicamente temos duas classificações de ossos que podem ser utilizadas:
○ De acordo com a consistência[4]:
■ Osso Compacto: região do osso formado por massa absolutamente
sólida e sem cavidades. Constitui a região externa do osso.
■ Osso Esponjoso: região mais interna do tecido ósseo. É repleta de
cavidades por onde a medula óssea é perpassada.
[4]: apesar de suas diferenças gritantes, o tecido ósseo é equivalente nos dois tipos.
○ De acordo com a área em que se encontra:
■ Epífise: extremidades do osso.
■ Diáfise: corpo do osso.
■ Metáfise: entre epífise e diáfise.
Levando em conta o contexto microscópico, temos apenas uma classificação, a
qual distingue ossos lamelares dos não-lamelares, cujas características foram citadas
anteriormente. Faz-se necessário agora mencionar algumas estruturas presentes no osso
lamelar:
○ Ósteon (sistema de Havers): estrutura circular que representa a unidade do
osso lamelar.
○ Lacuna: espaço onde o osteócito se localiza interiormente.
○ Lamela: áreas entre as lacunas compostas por matriz óssea.
○ Cimento: parede que delimita o sistema de Havers.
○ Canal Central (canal de Havers): cavidades dispostas longitudinalmente por
onde passam vasos sanguíneos que nutrem o tecido.
○ Canal Perfurante (canal de Volkmann): cavidades semelhantes ao canal
central, só que arranjados transversalmente.
Convém destacar que, recobrindo o tecido ósseo tanto externa quanto
internamente temos dois tecidos de natureza predominantemente conjuntiva. São o
periósteo[5] e o endósteo, respectivamente. Esses dois tecidos nos ajudarão a definir as
divisões do osso não-lamelar, que são as seguintes:
○ Sistema Circunferencial Externo: região do osso não-lamelar em contato
com o periósteo.
○ Sistema Circunferencial Interno: região do osso não-lamelar em contato com
o endósteo.
○ Sistema Intermediário: região do osso não-lamelar encontrada próxima ao
ósteon.
[5]: no periósteo existem as fibras de Sharpey, que são fibras de natureza colágena que “colam” o tecido
ósseo ao mesmo.
 Ossificações
O processo de ossificação tem duas variantes e cada uma possui uma série de
eventos intrínseca a ele. Vamos observar e analisar as duas:
○ Ossificação Intramembranosa[6]: é predominante na vida embrionária, na
formação dos ossos do crânio e após lesões ósseas. Forma basicamente o
osso não-lamelar. O processo de ossificação começa com a diferenciação
de células mesenquimais totipotentes que darão origem aos osteoblastos.
Estes, por sua vez, secretam os componentes do osteoide que, em seguida,
será mineralizada, deixando o osteoblasto na forma de osteócito. O tecido
ósseo formado terá presença maior de osso enponjoso. As partes do
mesênquima inalteradas se tornarão o periósteo e o endósteo.
[6]: um exemplo clássico de ossificação intramembranosa temos nas fontanelas, partes moles do
crânio encontradas em recém-nascidos. Se devem ao fato de ter uma membrana conjuntiva que se
ossifica tardiamente. 
○ Ossificação Endocondral: é o estilo de ossificação gerada a partir de um
moldede cartilagem hialina menor que o osso original. Costuma ocorrer
após a ossificação intramembranosa e é o responsável pela formação dos
ossos longos e curtos. Primeiramente, a cartilagem sofre degeneração com
degradação da MEC e morte de condroblastos. As lacunas deixadas por
estas células servirão de passagem para vasos sanguíneos, com posterior
enrijecimento da MEC e migração de células osteogênicas. Em ossos
longos, o primeiro sinal de um osso formado é o colar ósseo, estrutura que
preenche todo o tecido cartilaginoso em um tecido mais rígido gerado por
ossificação intramembranosa. Com isso, mais MEC é mineralizada, mais
condrócitos são mortos e a angiogênese será mais frequente. O resultado
será o centro primário, uma região já considerada um tecido ósseo e que
cresce longitudinalmente até ossificar a diáfise por completo. Na epífise,
ocorrerão os centros de ossificação secundária, cujo crescimento será
sempre radial. A cartilagem presente na região, ou cartilagem epifisária,
ficará reduzida, mas só será inteiramente ossificada durante a vida adulta [7].
Ela pode ser dividida em cinco zonas:
■ Zona de Repouso: zona de cartilagem hialina sem alteração.
■ Zona de Proliferação: zona com rápida mitose de condrócitos e com
células achatadas e dispostas longitudinalmente.
■ Zona de Cartilagem Hipertrófica: zona com condrócitos volumosos
pela grande quantidade de glicogênoo e lipídeos e que sofrem
apoptose.
■ Zona de Cartilagem Calcificada: zona onde a morte dos condrócitos
por apoptose tem fim e onde a MEC encontra-se completamente
mineralizada.
■ Zona de Ossificação: zona de completa ossificação.
Basicamente, o processo será sempre o mesmo que ocorreu
anteriormente. Teremos uma MEC com mineralização constante, espaços
liberados por condrócitos que serão ocupados por células osteogênicas e
mais osteoblastos sendo gerados a partir desse esquema.
[7]: essa é a principal explicação para o crescimento longitudinal durante a puberdade.
Fotografias das Lâminas (Tecido Ósseo)
Aula Prática
 Osso em Desgaste (A fresco, PAS: 40x)
 periósteo (camada mais 
 escura)
 endósteo (camada mais 
 clara)
 canal de Havers (pontos 
 pretos maiores dentro do 
 ósteon)
 sistema circunferencial 
 externo (sempre junto ao 
 periósteo)
 sistema circunferencial 
 interno (sempre junto ao 
 endósteo)
 Osso em Desgaste (A fresco, PAS: 100x)
ósteon - sistema de Havers 
(procurar forma circular. 
Provavelmente será 
apontado onde ficaria o 
cimento)
lamela (regiões 
esbranquiçadas do ósteon)
lacuna (pontos pretos 
menores dentro do ósteon)
sistema intermediário 
(regiões esbranquiçadas fora
do ósteon)
 
 Osso Descalcificado (HE, PAS: 100x)
periósteo
endósteo
matriz (observar área rósea)
 sistema circunferencial 
interno
 sistema circunferencial 
externo
 Osso Descalcificado (HE, PAS: 400x)
sistema de Havers (espaços
brancos pequenos)
osteócitos (observar células
nucleadas)
Referências Bibliográficas
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José. Tecido Ósseo. In: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO,
José. Histologia Básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 8. p.
131-148. 
KIERSZENBAUM, Abraham L.; TRES, Laura T.. Tecido Conjuntivo. In: KIERSZENBAUM,
Abraham L.; TRES, Laura T.. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução à
Patologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Cap. 4. p. 111-149.
FIORE, Mariano S. H. di. Atlas de Histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2001. (232).

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