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Aula 02 Controle Externo TCU ESTRAT

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Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014
Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves - Aula 02
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Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014
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AULA 02
Olá pessoal!
Nosso objetivo nesta aula é cobrir o seguinte assunto:
s Tribunal de Contas da União: competências
constitucionais
As principais competências do TCU são retiradas diretamente da 
Constituição. Além dessas, outras tantas podem ser encontradas na 
legislação infraconstitucional. Nesta Aula 02, estudaremos as 
competências presentes no texto constitucional e na Aula 03 veremos as 
demais.
Seguiremos hoje o seguinte sumário:
SUMÁRIO
Competências atribuídas ao TCU pela Constituição.........................................................................3
Competências do art. 71 da CF............................................................................................................... 3
Competência do art. 72, §1°................................................................................................................... 54
Competência do art. 74, §2°................................................................................................................... 55
Competência do art. 161, parágrafo único..........................................................................................57
Controle de constitucionalidade pelos Tribunais de Contas............................................................61
RESUMÃO DA AULA...................................................................................................................................66
Questões comentadas na Aula...............................................................................................................68
Gabarito........................................................................................................................................................76
Ao final temos o resumo e as questões que foram comentadas no 
decorrer do texto, seguidas do gabarito.
Preparados?! Constituição, LO/TCU e RI/TCU a postos?! 
Então, aos estudos!
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COMPETÊNCIAS ATRIBUÍDAS AO TCU PELA CONSTITUIÇÃO
Na Constituição Federal, as competências do TCU estão expressas, 
fundamentalmente, no art. 71, seus incisos e parágrafos. Há, porém, 
outros dispositivos na Carta Magna que conferem atribuições específicas 
para a Corte de Contas, como o art. 33, §2°, art. 72, §1°, art. 74, §2° e 
art. 161, parágrafo único.
Além disso, o STF reconhece a competência do TCU para apreciar, no 
exercício de suas atribuições, a constitucionalidade das leis e dos atos do 
Poder Público.
Nesta aula, vamos estudar tudo isso!
COMPETÊNCIAS DO ART. 71 DA CF
Leitura obrigatória:
CF, art. 71
O caput do art. 71 da CF dispõe:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o 
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
O dispositivo informa que, para auxiliar o exercício do controle 
externo a cargo do Congresso Nacional, o TCU possui competências 
próprias e privativas, enumeradas nos incisos seguintes, atribuições 
que, frise-se, não podem ser desempenhadas por nenhum outro órgão ou 
Poder, nem mesmo pelo Congresso e suas Casas.
Então, compete ao TCU:
Emitir parecer prévio sobre as contas prestadas pelo Presidente da República
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu 
recebimento;
O TCU aprecia - não julga! - as contas anuais do Presidente da 
República e emite parecer prévio. O prazo para emissão do parecer
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prévio é de até 60 dias a contar do recebimento das contas pelo 
Tribunal. O procedimento é o seguinte1:
1. O Presidente da República apesenta ao Congresso, no prazo de 60 dias após 
a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior 
(CF, art. 84, XXIV);
2. O Congresso envia as contas para análise do TCU (não há prazo previsto na 
CF);
3. No prazo de 60 dias a contar da data de seu recebim ento, o TCU aprecia as 
contas, na forma de um parecer prévio, aprovado pelo Plenário do 
Tribunal, que é enviado ao Congresso;
4. No Congresso, as contas e o parecer prévio do TCU são considerados pela 
Comissão Mista de Orçamento (CMO) na elaboração do seu parecer, que 
conclui por Projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, §1°, I). O parecer 
prévio do TCU não vincula o parecer da CMO; e
5 . O Plenário do Congresso Nacional julga as contas do Presidente da 
República ao deliberar sobre o referido Projeto de Decreto Legislativo (CF, 
art. 49, IX).
Assim, por força do art. 49, IX da CF, compete privativamente ao 
Congresso Nacional o julgamento das contas do Presidente da 
República. O TCU somente as aprecia e emite parecer prévio, enquanto o 
parecer para julgamento é dado pela CMO, na forma de projeto de 
Decreto Legislativo. O Plenário do Congresso Nacional julga as contas 
do Presidente da República ao deliberar sobre tal projeto de Decreto 
Legislativo.
Quem ju lga as contas do Presidente da 
República é o Congresso Nacional.
O TCU apenas em ite parecer prévio.
As contas prestadas pelo Presidente da República constituem as 
chamadas contas de governo, de natureza política, que propicia uma 
visão macro do desempenho da economia e das políticas sociais, em 
confronto com as normas constitucionais, legais e regulamentares.
1 Lima (2011), com adaptações.
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Contas de governo é o con jun to de docum entos por m eio do qual o chefe do 
Poder Executivo subm ete os resultados gerais do exercício finance iro -orçam entá rio , 
orig inados dos seus atos de governo ou atos políticos, de sua estrita com petência, a 
julgamento político do Poder Legislativo .
Segundo o art. 36, parágrafo único, da Lei Orgânica do TCU, as 
contas prestadas pelo Presidente da República consistirão nos balanços 
gerais da União e no relatório do órgão central do sistema de controle 
interno do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos de que trata 
o art. 165, §5° da CF, que são os seguintes:
■ orçamento fiscal referente aos Poderes, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
■ orçamento de investimento das empresas em que o Poder 
Público, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social 
com direito a voto;
■ orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público.
Detalhe interessante é que as contas de governo não devem trazer 
apenas informações sobre a gestão do Poder Executivo, mas também 
dados sobre as atividades administrativas dos demais Poderes,
fazendo com que o relatório elaborado pelo TCU componha um panorama 
de toda a Administração Pública Federal, de modo a subsidiar o 
julgamento a ser efetuado pelo Congresso Nacional. Isso porque o 
Presidente da República não presta contas unicamentecomo chefe de um 
dos Poderes, e sim como responsável geral pela execução orçamentária 
da União. Tanto é assim que a aprovação política das contas 
presidenciais pelo Congresso Nacional não libera os responsáveis diretos 
pela gestão financeira das inúmeras unidades orçamentárias do próprio 
Poder Executivo do julgamento de suas contas específicas por parte do 
Tribunal de Contas, como veremos adiante. 2
2 Aguiar e Aguiar (2008, p. 17)
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O caput do art. 56 da LRF dispõe que as contas 
prestadas pelo Chefe do Poder Executivo inclu irão, além 
das suas, as dos presidentes dos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do chefe do M in is té rio Público, 
as quais receberão parecer prévio, separadam ente , do Tribunal de Contas. Assim, a 
Lei prevê vários pareceres prévios a serem em itidos pelo TCU, um para o presidente 
de cada órgão.
Entretanto, o re fe rido d ispositivo da LRF encontra-se suspenso, em caráter 
liminar, pelo STF (ADIn 2.238-5). Por esse m otivo , o TCU, no m om ento , em ite 
parecer prévio exclusivamente em relação às contas do Presidente da República, 
que são ju lgadas pelo Congresso Nacional, com o previsto na Constitu ição.
As contas dos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do 
Chefe do M in is té rio Público, ao contrário , em vez de serem ob je to de pareceres 
prévios individuais, são e fe tivam ente julgadas pelo TCU, por força do art. 71, II da CF 
e em consonância com a decisão do Supremo.
Não obstante, o re la tó rio e laborado pelo TCU sobre as contas de governo, que 
acompanha o parecer prévio, contem pla in form ações sobre os demais Poderes e o 
M in is té rio Público, com pondo assim um panorama de toda a Adm inistração Pública 
Federal.
Na ú ltim a revisão do RI/TCU, em 2012, o tex to da norma fo i adequado à situação 
ora vigente, a lte rando as referências que fazia às Contas do Governo da República 
para Contas do Presidente da República (ver T ítu lo VI, Capítulo II, art. 221 a 229 do 
RI/TCU). Inclusive, fo i revogado o §1° do art. 221, que, nos moldes da LRF, dizia que 
as contas de governo inclu iriam , além das contas do Presidente da República, as 
contas dos presidentes dos demais Poderes e do chefe do M in is té rio Público.
Dessa form a, o Regimento In te rno deixou de re ferir-se a vários pareceres e 
passou a considerar apenas um parecer prévio, em itido exclusivam ente sobre as 
contas do Presidente da República.
Segundo o Regimento Interno do TCU, o parecer prévio emitido pelo 
Tribunal é conclusivo no sentido de exprimir se as contas prestadas pelo 
Presidente da República representam adequadamente as posições 
financeira, orçamentária, contábil e patrimonial em 31 de dezembro, bem 
como sobre a observância dos princípios constitucionais e legais que 
regem a administração pública federal. Nesse sentido, o parecer prévio
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deve conter registros sobre a observância às normas constitucionais, 
legais e regulamentares na execução dos orçamentos da União e nas 
demais operações realizadas com recursos públicos federais, em especial 
quanto ao que estabelece a lei orçamentaria anual (RI/TCU, art. 228).
Para cumprir o prazo de 60 dias previsto na Constituição, o RI/TCU 
determina que o relatório e o projeto do parecer prévio sobre as Contas 
do Presidente da República serão apresentados ao Plenário do TCU pelo 
relator dentro do prazo de 50 dias a contar do recebimento das contas 
pelo Tribunal (RI/TCU, art. 223). O relator, no caso, é o ministro do TCU 
encarregado de presidir a análise das contas. Todo ano, na primeira 
sessão ordinária do Plenário do mês de julho, é sorteado o ministro relator 
das Contas do Presidente da República relativas ao exercício subsequente 
(RI/TCU, art. 155). Assim, no início de julho de 2014, foi sorteado o 
relator das Contas relativas a 2015, que serão apreciadas pelo Tribunal 
para emissão de parecer prévio em 2016. Vale ressaltar que somente 
ministros titulares podem relatar as Contas do Presidente da República. 
Os Auditores (Ministros-Substitutos) não podem.
O relatório elaborado pelo ministro relator, que acompanha o 
parecer prévio, deve conter informações sobre o (RI/TCU, art. 228, §2°):
■ Cum prim ento dos programas previstos na lei orçam entária anual quanto à 
leg itim idade, eficiência e econom icidade, bem com o o a ting im ento de metas e 
a consonância destes com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçam entárias;
■ Reflexo da adm in istração financeira e orçam entária federal no 
desenvolv im ento econôm ico e social do País.
■ Cum prim ento dos lim ites e parâm etros estabelecidos pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal.
O parecer prévio emitido pelo TCU pode ser pela aprovação, com ou 
sem ressalvas e recomendações, ou pela rejeição das contas. Todavia, 
embora o parecer prévio seja conclusivo, é meramente opinativo, não 
vinculando o parecer da CMO e muito menos o julgamento a cargo do 
Congresso Nacional.
O parecer prévio em itido pelo TCU sobre as 
contas do Presidente da República é 
meramente opinativo e, por isso, não vincula o 
ju lgam ento a cargo do Congresso Nacional.
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Vale lembrar que, caso o Presidente da República não preste as 
contas, compete à Câmara dos Deputados tomá-las (art. 51, II, da CF).
Para finalizar o assunto, segue um texto bastante elucidativo acerca 
da natureza e da finalidade do parecer prévio emitido pelo Tribunal de 
Contas. O texto foca na realidade dos Tribunais de Contas dos Estados, 
mas suas ideias centrais também valem para o TCU:
Tribunais de Contas dos Estados é analisar as prestações de contas dos governos 
municipais e estaduais e sobre elas em itir parecer prévio.
O nome "parecer prévio" se justifica pelo fa to de ele representar uma posição 
prelim inar do órgão de controle externo, a qual deverá, ainda, ser apreciada pelos 
Parlamentos - Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas, respectivamente. 
Assim, os TCEs não julgam as contas de Prefeitos e Governadores, mas, com base em 
um relatório específico, contendo a análise sobre as prestações de contas dos titu lares 
do Poder Executivo, em item parecer pela aprovação ou rejeição das contas, o qual, 
necessariamente, será submetido à votação dos representantes do povo. No caso dos 
municípios, a posição do TCE expressa pelo parecer prévio só poderá ser revertida pela 
Câmara Municipal mediante votação de, no mínimo, 2/3 dos seus membros. Quando se 
tra ta r de contas estaduais, a reversão poderá se dar pela maioria simples dos votos dos 
Deputados Estaduais.
No caso do exame das contas do Governo do Estado, o Tribunal de Contas elabora, 
prim eiram ente, um relatório técnico com apreciação geral e fundamentada da gestão 
orçamentária, patrim onial, financeira, operacional, ambiental, econômica e fiscal do 
exercício. Esse relatório, que verifica também se as operações estão de acordo com os 
princípios de contabilidade pública e se foram atendidos os lim ites de gastos nas áreas 
da educação, saúde e pessoal, estabelecidos constitucionalmente, é encaminhado ao 
titu la r do Poder Executivo para sua manifestação.
Posteriormente, o Plenário do TCE debatee vota a matéria, aprovando o parecer 
prévio que será encaminhado à Assembleia Legislativa. Caberá aos Deputados Estaduais, 
então, a aprovação, com ou sem ressalvas, ou a rejeição das contas anuais do Governo. 
Nesse sentido, a análise global da gestão pelo TCE, de natureza técnica e inform ativa, 
serve de base para o ju lgam ento político-adm inistrativo, cuja competência, conforme 
determ ina a Constituição do Estado, é do Poder Legislativo.
3 Retirado do Parecer Prévio sobre as contas do Governador do RS, relativo ao exercício de 2011. 
Disponível no site do TCE-RS ou clicando aqui.
O QUE É O PARECER PRÉVIO 3
tome nota!
De acordo com a ordem constitucional, uma das funções dos
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r o v a !
1. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) Em observância ao princípio constitucional da 
independência dos poderes, as contas referentes à gestão financeira e 
orçamentária dos Poderes Legislativo e Judiciário não são incluídas nas contas 
prestadas anualmente pelo presidente da República, sobre as quais cabe ao TCU 
emitir parecer prévio.
Comentário: O erro do quesito está na expressão “não são incluídas". 
Embora o TCU emita parecer prévio exclusivamente em relação às contas do 
Presidente da República, o relatório elaborado pelo Tribunal relativo às contas 
de governo contempla informações sobre a gestão financeira e orçamentária 
dos demais Poderes e o Ministério Público, compondo assim um panorama de 
toda a Administração Pública Federal. Sobre o assunto, vale apresentar 
informação presente no relatório emitido pelo TCU sobre as contas da 
Presidente da República relativa ao exercício de 2011, disponível no site do 
Tribunal:
Registro que o TCU emite parecer prévio apenas sobre as contas prestadas pela 
Presidente da República, pois as contas atinentes aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao 
Ministério Público não são objeto de pareceres prévios individuais, mas efetivamente 
julgadas por esta Corte de Contas, em consonância com a decisão do Supremo Tribunal 
Federal, publicada no Diário da Justiça de 21/8/2007, ao deferir Medida Cautelar no 
âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2.238-5/DF. O Relatório sobre as 
Contas do Governo da República contempla, não obstante, informações sobre os demais 
Poderes e o Ministério Público, compondo assim todo um panorama da administração 
pública federal.
Para fins didáticos, vamos ver a justificativa que o Cespe apresentou 
para a manutenção do gabarito após os recursos:
Recurso indeferido. De acordo com o art. 56, 'caput', da Lei Complementar n° 101, de 2000 
(Lei de Responsabilidade Fiscal), "As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo 
incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer 
prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas". Em Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (n° 2.238-5), o STF indeferiu liminar relativa ao art. 56 em 
julgamento de 12/02/2003, e indeferiu medida cautelar, por unanimidade, em 
julgamento de 08/08/2007, referente ao dispositivo legal mencionado. Assim sendo, as 
contas do Presidente da República incluem toda a gestão do governo federal, abarcando, 
portanto, os Poderes Legislativo e Judiciário. Não é por outro motivo que a Lei Orgânica do
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TCU determina, em seu art. 36, parágrafo único, que as contas do Presidente consistirão 
nos balanços gerais da União e no relatório sobre as leis de que trata o § 5°, do art. 165, 
da CF.
Primeiramente, vale destacar que o art. 56, caput da LRF, encontra-se 
sim suspenso cautelarmente pelo STF, ao contrário do que afirma a banca em 
sua justificativa. É só verificar o trecho do relatório do TCU sobre as contas 
da Presidente da República reproduzido acima, no qual o Tribunal faz 
referência à decisão do Supremo que deferiu a medida cautelar no âmbito da 
ADI 2.238-5/DF. Ademais, em consulta ao site do STF, verifica-se que a 
decisão citada pela banca, proferida em 8/8/2007, que teria indeferido a 
cautelar, foi retificada no dia seguinte, 9/8/2007, confirmando o deferimento da 
medida e a consequente suspensão do art. 56, caput da LRF. Veja:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR N° 101, DE 04 DE MAIO DE 2000 (LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL). MEDIDA PROVISÓRIA N° 1.980-22/2000. Lei Complementar 
n ° 101/2000.
(...)
XXVI - Art. 56, caput: norma que contraria o inciso II do art. 71 da Carta Magna, tendo 
em vista que apenas as contas do Presidente da República deverão ser apreciadas pelo 
Congresso Nacional.
(...)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, indeferiu a medida cautelar relativamente ao 
artigo 56, caput, e, por maioria, deferiu a cautelar quanto ao artigo 57, ambos da Lei 
Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000, vencido o Senhor Ministro Ilmar Galvão 
(Relator), que a indeferia. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Impedido o Senhor 
Ministro Gilmar Mendes. Lavrará o acórdão o sucessor do Ministro Ilmar Galvão, o Senhor 
Ministro Carlos Britto, que não participou da votação. Ausentes, justificadamente, os 
Senhores Ministros Celso de Mello e Erp s Grau. Plenário, 08.08.2007.
Decisão: Fica retificada a decisão proclamada na assentada anterior para constar que, 
quanto ao artigo 56, caput, da Lei Complementar n° 101/2000, o Tribunal, à 
unanimidade, deferiu a cautelar, nos termos do voto do Relator. Ausente, nesta 
assentada, o Senhor Ministro Eros Grau. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. 
Plenário, 09.08.2007.
Portanto, a última decisão do Supremo sobre o assunto confirma a atual 
suspensão cautelar do art. 56, caput da LRF. Não obstante, ressalto que, a 
meu ver, a questão está mesmo errada, mas pelas razões que expus no início 
desse comentário, e não pela justificativa da banca.
Gabarito: Errado
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2. (TCU - ACE 2005 - Cespe) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete julgar as 
contas prestadas anualmente pelo presidente da República, em 60 dias a contar de 
seu recebimento.
Comentário: O TCU não julga as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República. De acordo com o art. 71, I da CF, o Tribunal deve 
apreciá-las, mediante parecer prévio, em até 60 dias a contar do seu 
recebimento. O julgamento é competência do Congresso Nacional (CF, art. 49 
IX). No âmbito do TCU, compete privativamente ao Plenário do Tribunal 
deliberar sobre o parecer prévio relativo às Contas do Presidente da 
República (RI/TCU, art. 15, I, “ a” ). Tal parecer é conclusivo, no sentido da 
aprovação ou rejeição das contas, porém não vincula o julgamento efetuado 
pelo Congresso. Observe ainda que, no plano federal, a comissão mista de 
senadores e deputados (CMO) também emite parecer sobre as contas 
prestadas pelo Presidente da República (CF, art. 166, §1°, I).
Gabarito: Errado
3. (TCDF - ACE 2012 - Cespe) De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de 
competência desse tribunal julgar as contas do governador do DF e elaborar 
relatório sintético a esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro 
relator — antes de se pronunciar sobre o méritodas contas — ordena a citação dos 
responsáveis.
Comentário: Por simetria com o disposto na Constituição Federal, o 
julgamento das contas dos Chefes do Poder Executivo nas demais esferas de 
governo compete ao Poder Legislativo local, após parecer prévio emitido pelo 
Tribunal de Contas competente. No caso do Distrito Federal, de que trata o 
comando da questão, o julgamento das contas do governador compete à 
Câmara Legislativa do DF e não ao TCDF, daí o erro. O TCDF, a exemplo do 
TCU, apenas emite parecer prévio.
Gabarito: Errado
4. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) Ao julgar irregulares as contas do chefe do Poder 
Executivo, o TCU, no exercício de suas competências, deverá ajuizar as ações civis 
e penais cabíveis.
Comentário: O quesito está errado. A competência para julgar as contas 
do chefe do Poder Executivo Federal, ou seja, do Presidente da República, é 
do Congresso Nacional, e não do TCU. O TCU apenas emite parecer prévio 
que subsidia, porém não vincula, o julgamento a cargo do Legislativo (CF, art. 
49, IX; art. 71, I).
Registre-se que o TCU deve representar ao Poder competente quando
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tiver conhecimento, no exercício de sua jurisdição, de abusos sujeitos à ação 
civil ou penal (CF, art. 71, XI). A apuração e o julgamento de tais ilícitos são da 
competência do Poder Judiciário, estando fora da esfera de atuação do 
Tribunal de Contas. Portanto, o quesito também erra ao afirmar que o TCU 
“deverá ajuizar as ações civis e penais cabíveis”.
Gabarito: Errado
5. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe) Cabe ao TCE/RS julgar as contas a serem 
prestadas anualmente pelo governador do estado e pelos prefeitos municipais, nos 
termos da Lei Orgânica do TCE/RS.
Comentário: O Tribunal de Contas não julga as contas do Chefe do Poder 
Executivo. Apenas emite parecer prévio. Quem julga é o Poder Legislativo, 
nas respectivas esferas de governo, ou seja, Congresso Nacional (Presidente 
da República), Câmara Legislativa (Governador de DF), Assembleias 
Legislativas (Governadores dos Estados) e Câmaras Municipais (Prefeitos dos 
Municípios).
Gabarito: Errado
6. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe) O parecer prévio sobre as contas prestadas 
anualmente pelo governador do DF à Câmara Legislativa deve obrigatoriamente 
incluir recomendação pela aprovação ou pela rejeição das contas, de acordo com a 
forma prevista em regulamento.
Comentário: A assertiva está correta. O parecer prévio emitido pelo 
Tribunal de Contas a respeito das contas do Governador deve ser conclusivo, 
isto é, deve incluir recomendação objetiva indicando se as contas merecem 
ser aprovadas ou rejeitadas.
Gabarito: Certo
7. (TCU - AUFC 2013 - Cespe) fêão competências do TCU a análise técnico- 
jurídica e o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da 
República e a emissão de pareceres gerais.
Comentário: A questão está errada. Como se vê, esse é um assunto 
batido nas provas do Cespe. Nos termos do art. 71, I da CF, o TCU não julga 
as contas do Presidente da República, e sim emite parecer prévio.
Gabarito: Errado
8. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) Caso sejam constatadas irregularidades nas 
contas do presidente da República, o TCU deverá emitir parecer prévio pela 
rejeição dessas contas, o que tornará o chefe do Poder Executivo inelegível para as 
eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à emissão da referida peça
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técnica.
Comentário: A primeira parte do quesito está correta (Caso sejam 
constatadas irregularidades nas contas do presidente da República, o TCU 
deverá emitir parecer prévio pela rejeição dessas contas...), uma vez que, nos 
termos do RI/TCU (art. 228), o parecer prévio do Tribunal será conclusivo. 
Entretanto, o parecer prévio do TCU, por si só, não torna o chefe do Executivo 
inelegível, como afirma a parte final do item. A decisão sobre a inelegibilidade 
compete à Justiça Eleitoral. O parecer do TCU é meramente opinativo.
Gabarito: Errado
9. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O orçamento de investimentos das empresas 
estatais integra a prestação anual de contas do chefe do Poder Executivo federal.
Comentário: O quesito está correto. Segundo o art. 36, parágrafo único 
da LO/TCU, as contas do Presidente da República consistirão nos balanços 
gerais da União e no relatório do órgão central do sistema de controle interno 
do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos de que trata o §5° do 
art. 165 da CF, dentre os quais se encontra o orçamento de investimentos das 
empresas estatais, juntamente com o orçamento fiscal e o orçamento da 
seguridade social.
Gabarito: Certo
10. (TCU - ACE 2005 - Cespe) De acordo com as normas infraconstitucionais, o 
TCU tem competência para julgar as contas dos gestores da administração federal 
direta e indireta. Mas, em relação às contas de governo da República, o Tribunal 
deve apenas apreciá-las e emitir parecer prévio, pois cabe ao Congresso Nacional 
julgá-las com base nos pareceres emitidos pela Comissão Mista de Planos, 
Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional de que trata o art. 166 
da Constituição Federal.
Comentário: A competência para o TCU julgar as contas dos gestores da 
administração federal direta e indireta provém da própria Constituição (CF, 
art. 71, II) e não da legislação infraconstitucional, daí o erro do quesito. Da 
mesma forma, a Constituição determina que o julgamento das contas 
prestadas pelo Chefe do Executivo Federal (contas do Presidente da 
República) é de competência do Congresso Nacional (CF, art. 49, IX), cabendo 
ao TCU apenas apreciá-las e emitir parecer prévio (CF, art. 71, I). Norma 
infraconstitucional não pode alterar tais competências do TCU e do 
Congresso.
Gabarito: Errado
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11. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O TCU apreciará as contas prestadas pelo 
presidente do Supremo Tribunal Federal, consolidadas às contas dos respectivos 
tribunais, mediante parecer prévio, ao qual caberá recurso, inclusive patrimonial, 
quanto à adequação.
Comentário: A questão está errada. O TCU emite parecer prévio apenas 
em relação às contas do Presidente da República. Todas as demais contas 
submetidas ao TCU, inclusive as do Supremo Tribunal Federal, relativas às 
atividades administrativas da Suprema Corte, são efetivamente julgadas.
Ademais, observe que a assertiva fala em “ recurso” quanto à adequação 
do parecer prévio. Nas normas de controle externo, não há previsão de 
recurso contra o parecer prévio emitido pelo TCU, haja vista seu caráter 
opinativo, que não lhe confere capacidade de afetar direito subjetivo de 
terceiros.
Gabarito: Errado
12. (TCE/BA - Procurador 2010 - Cespe) Cabe exclusivamente ao Congresso 
Nacional apreciar e julgar anualmente as contas de governo, consideradas em seu 
sentido mais amplo.
Comentário: A exclusividade conferida pela Constituição ao Congresso 
Nacional refere-se apenas ao julgamento das contas do Presidente da 
República (CF, art. 49, IX). Também as apreciam o TCU, que emite parecer 
prévio (CF, art. 71, I), e a Comissão mista de Senadores e Deputados (CMO), 
que emite parecer, na forma de projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, 
§1°, I). Portanto, a palavra “ apreciar” torna o quesito incorreto.
Gabarito: Errado
13. (TCU - ACE 2004 -Cespe) Os tribunais de contas devem emitir parecer prévio, 
separadamente, sobre as contas prestadas pelos chefes do Poder Executivo, pelos 
presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo chefe do 
Ministério Público. Já sobre as contas dos tribunais de contas, o parecer deve ser 
proferido pela comissão mista de orçamento ou equivalente das casas legislativas 
estaduais e municipais.
Comentário: A assertiva está de acordo com o texto da LRF. A primeira 
frase se refere ao caput do art. 56, que foi suspenso liminarmente pelo STF, 
em consonância com a decisão publicada no Diário da Justiça de 21/8/2007, 
no âmbito da ADIn 2.238-5/DF. Portanto, à época do certame, era correta a 
afirmação de que os tribunais de contas devem emitir parecer prévio, 
separadamente, sobre as contas prestadas pelos chefes do Poder Executivo, 
pelos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo 
chefe do Ministério Público. Contudo, agora, o Tribunal de Contas emite
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apenas um parecer prévio, relativo às contas do Chefe do Executivo, em 
consonância com a decisão do STF, que é liminar, diga-se de passagem, mas 
está em vigor. Para não haver confusão, vamos alterar o gabarito oficial.
Vale lembrar, contudo, que o relatório elaborado pelo Tribunal sobre as 
contas do Chefe do Poder Executivo contempla informações sobre as 
atividades administrativas dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério 
Público, compondo um panorama de toda a Administração Pública.
Já a segunda frase, se refere ao §2° do art. 56 da LRF, que não foi 
suspenso na referida ADIn. O Supremo somente suspendeu o caput do art. 56. 
Portanto, permanece correto que, sobre as contas dos tribunais de contas, o 
parecer deve ser proferido pela comissão mista de orçamento (CMO) ou 
equivalente das casas legislativas estaduais e municipais, segundo o art. 56, 
§2° da LRF.
Gabarito: Errado
14. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) No exame das contas prestadas anualmente pelo 
presidente da República, o TCU, ao verificar irregularidades graves, poderá impor 
sanções ao chefe do Poder Executivo, sem prejuízo da apreciação dessas mesmas 
contas pelo Congresso Nacional.
Comentário: O TCU exerce sua função opinativa ou consultiva ao emitir 
parecer prévio sobre as contas do Presidente da República, mas não a 
sancionatória. O julgamento é competência do Congresso Nacional, na 
qualidade de representante do povo, e possui caráter político. Busca verificar, 
entre outros aspectos, se o Chefe do Executivo cumpriu ou não o programa 
de governo aprovado pelo Legislativo nos planos plurianuais. Em tese, a 
sanção no caso de rejeição das contas deveria ser imposta pelo povo, nas 
eleições subsequentes. Além disso, a rejeição das contas pode ensejar:
■ Abertura de processo de impeachment, nos termos do art. 85 da CF;
■ Inelegibilidade do gestor, na forma da Lei Complementar 64/1990;
■ Consequências legais no que concerne à prática de atos de improbidade 
administrativa (Lei 1.079/50).
Todavia, nenhuma dessas sanções é imposta pelo Tribunal de Contas. 
No parecer prévio emitido pelo Tribunal apenas são formuladas 
recomendações, se for o caso.
Registre-se que os Tribunais de Contas podem impor sanção aos Chefes 
do Poder Executivo em outros processos de controle externo que não as 
contas de governo. Por exemplo, se o Chefe do Executivo deixar de divulgar 
ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o Relatório de
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Gestão Fiscal (RGF) nos prazos previstos, o Tribunal poderá multá-lo, por 
força do art. 5°, I, §§ 1° e 2° da Lei 10.028/20004, já que a emissão do RGF é de 
responsabilidade desse Chefe de Poder, conforme art. 54, I da LRF. Contudo, 
a sanção será aplicada em processo específico, de auditoria ou 
representação, por exemplo, e não no processo que examina as contas de 
governo para emissão do parecer prévio.
Outro exemplo são os convênios firmados com a União em que o Chefe 
do Executivo local (Governador e Prefeito) é signatário do ajuste e, nessa 
condição, contribui, por ação ou omissão, para a ocorrência de prejuízo ao 
erário. No caso, seria instaurado um processo de tomada de contas especial, 
a ser julgado pelo TCU (considerando que os recursos do convênio tenham 
origem federal), no qual o Chefe do Executivo local poderá ser condenado a 
ressarcir o prejuízo, além de sofrer alguma sanção.
Gabarito: Errado
15. (TCE/AC - ACE 2008 - Cespe) As contas anuais do presidente da República 
são consolidadas e julgadas primeiramente pela Câmara dos Deputados e depois 
pelo Senado Federal. Caso sejam rejeitadas, poderão implicar processo de 
impeachment.
Comentário: As contas anuais do Presidente da República são julgadas 
pelo Congresso Nacional, e não por suas Casas, separadamente (CF, 49, IX) 
daí o erro do quesito. Não obstante, é correto que, caso as contas sejam 
rejeitadas pelo Congresso Nacional, poderão implicar processo de 
impeachment (CF, art. 85).
Gabarito: Errado
16. (TCE/PE - Procurador Consultivo 2004 - Cespe) Se o TCE/PE considerasse 
irregulares as contas de um governador, tal fato, por si só, não produziria qualquer 
consequência direta, nem sanção direta.
Comentário: O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas em relação 
às contas do chefe do Poder Executivo, apesar de ser um subsídio 
importante, possui natureza consultiva, opinativa, isto é, não vincula o 
julgamento a ser efetuado pelo Poder Legislativo. Tampouco resulta em 
sanção direta. Portanto, o quesito está correto.
Gabarito: Certo
17. (TCU - ACE 2008 - Cespe) As contas dos dirigentes dos Poderes e órgãos da 
administração pública federal deverão ser encaminhadas, anualmente, ao TCU, 
dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa.
4 Lei 10 .028/2000 - Lei de Crimes Fiscais: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/Leis/L10028.htm
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Comentário: As contas dos dirigentes dos Poderes e órgãos da 
administração pública federal deverão ser encaminhadas ao TCU dentro dos 
prazos definidos em ato normativo do Tribunal (RI/TCU, art. 192). A questão 
procurou confundir o candidato, pois o prazo de 60 dias após a abertura da 
sessão legislativa é o prazo de que dispõe o Presidente da República para, 
anualmente, apresentar suas contas referentes ao exercício anterior ao 
Congresso Nacional (CF, art. 84, XXIV).
Gabarito: Errado
18. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Na sua missão de apreciação das contas anuais 
dos dirigentes da República, o TCU emitirá parecer prévio específico para cada 
Poder, inclusive para o Ministério Público Federal, impreterivelmente até a data do 
recesso subsequente ao do recebimento dessas contas.
Comentário: Como já comentado, face à suspensão cautelar do caput do 
art. 56 da LRF, o TCU, assim como os demais Tribunais de Contas, emite 
parecer prévio exclusivamente em relação às contas do Chefe do Poder 
Executivo. Portanto, em relação às contas anuais dos demais dirigentes da 
República, o TCU não emite parecer prévio, e sim julga. Assim, as contas do 
dirigente responsável pela gestão administrativa do Ministério Público Federal 
são julgadas pelo TCU e não somente objeto de parecer prévio. Ademais, o 
prazo para o TCU emitir o parecer prévio é de 60 dias a contar de seu 
recebimentopelo Tribunal, e não até a data do recesso subsequente.
Gabarito: Errado
19. (TCE/BA - Procurador 2010 - Cespe) Os tribunais de contas se revestem da 
condição de juiz natural das contas anuais prestadas pelos chefes do Poder 
Executivo, cabendo-lhes processar e julgar as autoridades competentes.
Comentário: Quem julga as contas dos chefes do Poder Executivo, nas 
esferas federal, estadual e municipal, é o Poder Legislativo, representado pelo 
Congresso Nacional, pelas Assembleias Legislativas e pelas Câmaras 
Municipais, respectivamente. Não é competência dos tribunais de contas, que 
apenas emitem parecer prévio. Assim, a expressão, “ processar e julgar” 
macula o quesito.
Gabarito: Errado
20. (TCU - ACE 2005 - Cespe) A Câmara dos Deputados não detém competência 
privativa própria no exercício do controle externo.
Comentário: O quesito está errado, pois compete privativamente à 
Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do Presidente da 
República quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias
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após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 51, II).
Gabarito: Errado
21. (TCU - ACE 2005 - Cespe) Nos termos da Constituição Federal de 1988, o 
TCU pode apreciar contas de governo de autarquia territorial e emitir parecer prévio.
Comentário: Segundo o art. 33, §2° da CF, as contas do Governo do 
Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do 
TCU. Portanto, a emissão de parecer prévio sobre as contas do Governo do 
Território é uma competência do TCU somente, não extensível aos demais 
tribunais de contas. O procedimento é o mesmo que o das contas do 
Presidente da República. O TCU emite parecer prévio, no prazo de 60 dias a 
contar de seu recebimento. O julgamento fica a cargo do Congresso Nacional, 
após parecer da CMO.
Gabarito: Certo
22. (TCE/ES - Auditor 2012 - Cespe) Uma das incumbências do tribunal de contas 
do estado é a emissão de parecer prévio sobre as contas de prefeito municipal, que 
deverá ser aprovado ou rejeitado pela câmara municipal, sempre por maioria 
absoluta. Sendo divergente a posição dos vereadores, o parecer do tribunal deixará 
de prevalecer por decisão de três quartos dos membros da câmara municipal.
Comentário: Primeiramente, cabe enfatizar que a competência para emitir 
o parecer prévio sobre as contas de prefeito municipal é do Tribunal de 
Contas responsável pelo controle externo do Município, o qual, na maior parte 
dos casos, é o Tribunal de Contas do Estado. Nos Estados da Bahia, Ceará, 
Goiás e Pará, todavia, esse parecer compete ao respectivo Tribunal de Contas 
dos Municípios (órgão de controle externo estadual responsável pelo controle 
externo de todos os Municípios do Estado), enquanto que nos Municípios do 
Rio de Janeiro e de São Paulo, o parecer prévio sobre as contas do Prefeito 
compete ao respectivo Tribunal de Contas Municipal. Em todos os casos, o 
julgamento das contas compete à respectiva Câmara de Vereadores.
Quanto à assertiva, o erro está na expressão “aprovado ou rejeitado pela 
câmara municipal, sempre por maioria absoluta”, eis que o parecer prévio só 
poderá ser rejeitado por decisão de dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, nos termos do art. 31, §2° da CF:
§2° - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito
deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
Gabarito: Errado
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Julgar as contas dos responsáveis por recursos públicos e dos causadores de 
prejuízo ao erário
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo 
ao erário público;
Pelo dispositivo acima, o TCU iulaa as contas:
s dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens 
e valores públicos, da administração direta e indireta; e
s dos que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade 
de que resulte dano ao erário.
Aqui não se trata apenas de elaborar relatórios ou emitir parecer. Em 
relação às contas prestadas pelos administradores públicos ou pelos que 
causam dano ao erário, o TCU efetivamente profere um julgamento, 
decidindo se as contas são regulares, regulares com ressalva ou 
irregulares, com base nos elementos apresentados. Nenhum outro órgão 
ou Poder possui competência para avaliar e julgar a gestão daqueles que 
administram o patrimônio público federal.
As contas submetidas pelos administradores públicos a cada exercício 
financeiro para exame e julgamento do TCU constituem as chamadas 
contas de gestão, que proporcionam uma visão pontual da gestão 
levada a efeito pelos responsáveis. Possui caráter estritamente técnico.
Contas de gestão é o con jun to de docum entos pelo qual os gestores públicos 
subm etem os resultados específicos da adm in istração financeira, posta em prática 
m ediante seus atos adm in istra tivos de gestão orçam entária , financeira, patrim on ia l e 
operacional, a exame e julgamento do Tribunal de Contas5.
Importante ressaltar que se submetem ao julgamento ordinário anual 
do TCU as contas dos responsáveis de toda a Administração Pública 
Federal, direta e indireta, de qualquer Poder.
Por sua vez, as contas dos causadores de prejuízo ao erário são ditas 
contas especiais, de caráter eventual, prestadas para apuração de
5 Aguiar e Aguiar (2008, p. 19).
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determinado fato que provocou dano ao patrimônio público, identificação 
dos responsáveis e quantificação do prejuízo. Nos casos de contas 
especiais, além das contas dos gestores públicos, também se submetem 
ao julgamento eventual do Tribunal as contas de entidades privadas e 
de pessoas não vinculadas à Administração Pública que tenham 
concorrido para dar causa a prejuízo ao erário. É o caso, por exemplo, de 
uma Organização Não-Governamental que receba repasse do Poder 
Público Federal e não destina os recursos para os fins devidos.
Repare que o TCU julga as contas das pessoas (responsáveis),
não as contas do órgão/entidade, nem as pessoas em si. As pessoas, por 
seu turno, são responsáveis pela gestão e pela prestação de contas, 
respondendo pessoalmente por eventuais desvios ou irregularidades e, 
por isso, podem ser penalizadas pelo Tribunal e, ainda, serem chamadas a 
recompor o prejuízo causado. Com efeito, a responsabilidade do 
administrador relativamente aos atos e fatos de sua gestão é estritamente 
pessoal, só recebendo quitação após o julgamento do Tribunal.
O conceito de responsáveis que podem ter as contas julgadas é 
bastante amplo, conforme vemos no parágrafo único do art. 70 da CF:
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e 
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza pecuniária.
Assim, responsável é qualquer agente público que tenha atribuição 
de administrar recursos financeiros e patrimoniaisde órgão ou entidade; 
por exemplo: membros de comissão de licitação, membros de órgão 
colegiado que, por determinaçã® normativa, seja responsável por atos de 
gestão; dirigente de unidade administrativa; gerente responsável pela 
gestão patrimonial; ordenador de despesas etc.
O conceito compreende, ainda, aqueles que, mesmo não sendo 
administradores ou responsáveis diretos por atos de gestão, possam ter 
contribuído, por ação ou omissão, para a ocorrência de perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Inclui-se aí, além de 
agentes públicos, qualquer pessoa física ou jurídica de natureza privada.
Portanto, todos os administradores e demais responsáveis por 
dinheiros, bens e valores públicos têm o dever de prestar contas, isto é, 
precisam demonstrar se a aplicação dos recursos públicos que tiveram sob 
sua responsabilidade foi boa e regular.
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Aqui, pode ser feito um link com a jurisdição do TCU que estudamos 
na aula passada. As pessoas que estão sob a jurisdição do TCU estão 
sujeitas a ter suas contas apreciadas e julgadas pelo Tribunal, mediante a 
constituição de processos de contas ordinárias, extraordinárias ou 
especiais, conforme o caso.
Por fim, vale mencionar a Súmula TCU n° 90, pela qual o parecer 
prévio, emitido pelo TCU, e a aprovação pelo Congresso Nacional das 
contas anuais do Presidente da República não isentam os responsáveis 
por bens, valores e dinheiros públicos de apresentarem ao TCU as 
respectivas prestações de contas para julgamento pelo Tribunal. Assim, 
por exemplo, as contas do responsável pelo DNIT estão sujeitas ao 
julgamento do TCU mesmo se as contas do Presidente da República, nas 
quais foram apresentados e avaliados aspectos relacionados à 
infraestrutura rodoviária do país, já tenham sido aprovadas pelo 
Congresso.
A lógica aqui é a seguinte: ao julgar as contas de governo, o Poder 
Legislativo faz uma análise política, verificando, basicamente, se o Chefe 
do Executivo cumpriu o plano de governo aprovado pelo Legislativo nos 
planos plurianuais, leis orçamentárias e demais normas legais. O 
Executivo é que faz a gestão geral do orçamento, descentralizando 
créditos e recursos financeiros, inclusive para os demais Poderes. Por isso 
é que as contas de governo apresentam informações sobre toda a 
Administração Pública, mas o julgamento efetuado pelo Legislativo recai 
apenas sobre o Chefe do Executivo.
Enquanto o julgamento político das contas de governo está a cargo 
do Poder Legislativo, o julgamento técnico da gestão administrativa de 
todos os Poderes (inclusive o Executivo), objeto das contas de gestão, 
é atribuição do Tribunal de Contas.
Assim, por exemplo, o TCU julga as contas do gestor responsável 
pelo Ministério da Educação, integrante do Poder Executivo, assim como 
julga as contas do gestor responsável pela administração da Câmara dos 
Deputados, independentemente do resultado do julgamento das contas de 
governo.
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As contas de governo têm com o responsável apenas o 
FIQUE ----------------- ----------►atçnto! d ° Executivo e possuem caráter político, sendo
- ju lgadas pelo Poder Legislativo. Já as contas de gestão
possuem caráter técnico e têm com o responsáveis todos os servidores com
atribuições administrativas nas unidades da Adm inistração Pública, de todos os 
Poderes, sendo ju lgadas pelo Tribunal de Contas.
Os procedimentos e demais características do julgamento de contas 
no âmbito do TCU será nosso objeto de estudo na Aula 05.
N • ' ■ k ESSA CAI .
I na prova!
23. (TCE/PE - Auditor de Contas Públicas 2004 - Cespe) Se determinada 
pessoa, ainda que não seja servidora pública, encontra-se na administração de 
bens da União, compete ao TCU julgar atos por ela praticados de que resulte 
prejuízo ao erário público.
Comentário: A interpretação da parte final do art. 71, II da CF, referente 
ao julgamento das contas dos causadores de dano ao erário, deve ser feita em 
conjunto com o parágrafo único do art. 70, da seguinte maneira:
Compete ao TCU julgar as contas de qualquer pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre 
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, 
em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária e que, 
satisfazendo essas condições, der causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.
Portanto, conforme a interpretação acima, se determinada pessoa, ainda 
que não seja servidora pública, encontra-se na administração de bens da 
União, é certo que compete ao TCU julgar os atos por ela praticados de que 
resulte prejuízo ao erário. Perceba que, nesse caso, os fatos determinantes 
para que a pessoa não vinculada à Administração Pública se submeta ao 
julgamento do TCU são: (i) administrar bens da União; e (ii) causar prejuízo ao 
erário.
Caso somente a condição (i) fosse satisfeita, a pessoa ainda estaria 
obrigada a prestar contas dos recursos públicos administrados.
Nesse caso, porém, a prestação de contas ao TCU seria indireta, por 
intermédio das contas ordinárias do órgão da União que lhe repassou os 
recursos, o qual é responsável por assegurar a boa e regular aplicação das 
verbas repassadas. O TCU não julgaria as contas da pessoa diretamente, pois 
não havendo dano ao erário, não seria instaurado um processo de tomada de
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contas especial; o Tribunal julgaria apenas as contas ordinárias do órgão que 
transferiu as verbas.
Gabarito: Certo
24. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Entre as atribuições do TCU, destaca-se o 
julgamento das contas prestadas pelos administradores públicos e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos federais, que demonstrem 
prejuízo ao erário. Conforme o entendimento doutrinário e jurisprudencial, essas 
decisões vinculam a administração pública.
Comentário: A questão está correta. O julgamento das contas dos 
administradores e demais responsáveis que demonstrem prejuízo ao erário 
(tomadas de contas especiais) é competência própria e privativa do TCU (CF, 
art. 71, II). Nem mesmo o Poder Judiciário pode reformar um julgamento de 
contas proferido pelo TCU. Essa é jurisprudência do STF: “No julgamento das 
contas de responsáveis por haveres públicos, a competência é exclusiva dos 
Tribunais de Contas, salvo nulidade por irregularidade formal grave ou 
manifesta ilegalidade.” Por isso, é correto afirmar que a decisão do Tribunal 
no julgamento de contas vincula a Administração Pública.
Gabarito: Certo
25. (TCE/AC - ACE 2008 - Cespe) Considerando que é competência exclusiva do 
Congresso Nacional julgar as contas dos poderes da União, é correto afirmar que 
as contas do Poder Legislativo, referentes à atividade financeira desse poder, 
devem ser julgadas pelo próprio Poder Legislativo, com parecer prévio do TCU.
Comentário: Ao falar em contas referentes à atividade financeira, a 
questão se refere às contas de gestão, cujo julgamento compete ao TCU, e 
não ao Congresso Nacional (CF, art. 71, II). Ademais, diante da suspensão 
cautelar do caput do art. 56 da LRF, somente as contas de governo 
apresentadas pelo chefe do Poder Executivo serão julgadas pelo Poder 
Legislativo. Aliás, vale ressaltarque não existem outras contas de governo 
(por exemplo, “ contas de governo do Legislativo” ou “ contas de governo do 
Judiciário” ); contas de governo são só as apresentadas pelo Chefe do 
Executivo. As contas dos demais órgãos e autoridades de todos os Poderes 
(que são contas de gestão) serão julgadas pelo Tribunal de Contas.
Gabarito: Errado
26. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O julgamento das contas prestadas pelos 
administradores públicos federais é de competência exclusiva do Congresso 
Nacional.
Comentário: O item está errado, pois o julgamento das contas dos
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administradores públicos, as chamadas contas de gestão, é competência 
própria e privativa do Tribunal de Contas, nos termos da CF, art. 71, II, não 
podendo ser exercida por nenhum outro órgão ou Poder.
A única exceção consiste nas contas de gestão de alguns Tribunais de 
Contas Estaduais, as quais são julgadas pelo Poder Legislativo local, nos 
termos da respectiva Constituição. Um exemplo conhecido é o TCDF, cujas 
contas são julgadas pela Câmara Legislativa do DF. Cabe ressaltar que essa 
sistemática (Legislativo julga as contas do TC) não segue o modelo 
estabelecido na CF (TC julga suas próprias contas), mas sua legitimidade e 
constitucionalidade foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal6.
Gabarito: Errado
27. (Câmara dos Deputados - Analista 2012 - Cespe) Cabe ao Congresso 
Nacional, como órgão titular do controle externo, julgar, em caráter definitivo, as 
contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos.
Comentário: O quesito está errado, pois a competência para julgar, em 
caráter definitivo, as contas dos administradores e demais responsáveis por 
dinheiros, bens e valores públicos é exclusiva do Tribunal de Contas da 
União, nos termos do art. 71, II, da CF. O Congresso Nacional, embora titular 
do controle externo, não pode substituir a Corte de Contas nesse mister.
Gabarito: Errado
28. (TRF/5 - Juiz Substituto 2007 - Cespe) O controle externo da Administração 
Pública - contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial - é tarefa 
atribuída ao Poder legislativo e ao tribunal de contas. O primeiro, quando atua 
nessa seara, o faz com o auxílio do segundo, que, por sua vez, detém 
competências que lhe são próprias e exclusivas e que, para serem exercidas, 
independem da interveniência do Ppder legislativo. Como os prefeitos municipais 
assumem dupla função, política e administrativa, ou seja, a tarefa de executar 
orçamento e o encargo de captar receitas e ordenar despesas, submetem-se a 
duplo julgamento: um político, perante o parlamento, precedido de parecer prévio; o 
outro, técnico, a cargo da corte de contas e que pode gerar um julgamento direto 
com imputação de débito e multa.
Comentário: Essa questão é um resumo do que vimos até aqui sobre 
controle externo da administração pública no Brasil e o julgamento de contas. 
O detalhe é em relação aos prefeitos, que são julgados duplamente, pelas 
Câmaras Municipais (julgamento político) e pelos Tribunais de Contas 
(julgamento técnico). Diferentemente, na esfera federal e na estadual, o
6 Ver ADI 1.178-8/DF
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Presidente da República e os governadores somente são submetidos ao 
julgamento político do respectivo Poder Legislativo.
Com efeito, os prefeitos, diferentemente dos governadores e do 
Presidente da República, também são responsáveis diretos por atos de 
gestão, ou seja, são ordenadores de despesa. Numa linguagem mais clara, 
eles também "assinam cheques". Veja, por exemplo, uma das competências 
do prefeito de São Paulo, expressa na LO do Município:
Art. 70 Compete ainda ao Prefeito:
VI - administrar os bens, a receita e as rendas do Município, promover o
lançamento, a fiscalização e arrecadação de tributos, autorizar as despesas e os
pagamentos dentro dos recursos orçamentários e dos créditos aprovados pela
Câmara Municipal;
Esse tipo de atribuição não faz parte do rol de competências dos 
governadores e do Presidente da República. Estes últimos apenas exercem a 
função de direção superior da administração (assim como os prefeitos), 
consubstanciada na elaboração e coordenação da execução das políticas 
públicas e programas governamentais, cuja prestação de contas é feita 
mediante as contas de governo, julgadas pelo Legislativo. Os prefeitos, por 
sua vez, além da direção superior da administração municipal, também são 
responsáveis diretos por atos de gestão, como visto acima, cuja prestação de 
contas é feita mediante as contas de gestão, julgadas pelo Tribunal de Contas. 
Daí o duplo julgamento a que são submetidos. O gabarito da questão, 
portanto, é certo.
Ressalte-se, porém, que esse entendimento, perfilhado pela doutrina e 
pelos próprios Tribunais de Contas, não é pacífico no STF. Existem decisões 
nas quais a Suprema Corte não reconheceu a competência do Tribunal de 
Contas para julgar as contas de gestão do Prefeito. A título de exemplo, veja 
trecho de notícia do site do STF7:
"Somente à Câmara de Vereadores - e não ao Tribunal de Contas - assiste a 
indelegável prerrogativa de apreciar, mediante parecer prévio daquele órgão técnico, as 
contas prestadas pelo prefeito municipal. Não se subsume, em consequência, à noção 
constitucional de julgamento das contas públicas, o pronunciamento técnico- 
administrativo do Tribunal de Contas, quanto a contratos e a outros atos de caráter 
negocial celebrados pelo chefe do Poder Executivo" , afirmou o ministro .
Segundo o relator, o procedimento do Tribunal de Contas, referente à análise 
individualizada de determinadas operações negociais efetuadas pelo chefe do Poder 
Executivo, tem o claro sentido de instruir o exame oportuno, pelo próprio Poder Legislativo 
- e exclusivamente por este - , das contas anuais submetidas à sua exclusiva apreciação.
7 Referente à RCL 13.890, RCL 13.921 e RCL 13.956.
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"Não tem sido diversa a orientação jurisprudencial adotada pelo Egrégio Tribunal Superior 
Eleitoral, cujas sucessivas decisões sobre o tema ora em análise ajustam-se a esse 
entendimento", concluiu .
Recentemente, o STF se manifestou novamente sobre o assunto. 
Vejamos excerto da notícia publicada no site da Corte em 9/7/2014:
Nelas [ADI 849, 1779 e 3715], o Supremo decidiu que, em analogia ao que dispõe a 
Constituição Federal em seu artigo 71, inciso I, sobre a apreciação das contas do chefe do 
Poder Executivo Federal, cabe aos tribunais de contas estaduais apenas "apreciar e emitir 
parecer prévio" sobre as contas prestadas anualmente por chefe do Poder Executivo 
estadual ou municipal, cabendo ao respectivo Legislativo (Assembleia Legislativa ou 
Câmara Municipal) a competência para "julgar" essas contas.
Portanto, a jurisprudência atual do STF é no sentido de que o Tribunal de 
Contas não tem competência para julgar as contas dos Prefeitos, em 
nenhuma hipótese, muito embora alguns atos praticados pelo chefe do 
Executivo Municipal tenham a natureza de atos de gestão. Na visão da 
Suprema Corte, por simetria com a norma constitucional aplicável ao plano 
federal, o Tribunal de Contas apenas emite parecer prévio em relação às 
contas do Prefeito; o julgamento é competência privativa da Câmara 
Municipal.
Penso serdifícil (não impossível) a banca cobrar essa peculiaridade da 
esfera municipal na prova do TCU. De qualquer forma, vale o conhecimento!
Gabarito: Certo
29. (CGU - AFC 2012 - ESAF) As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o)
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Senado Federal.
e) Supremo Tribunal Federal.
Comentário: O art. 71, II da CF, que trata do julgamento das contas de 
gestão, preceitua:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o 
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao 
erário público;
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Portanto, quaisquer contas de gestão que envolvam recursos públicos 
federais são julgadas pelo TCU, inclusive as dele próprio, referentes às suas 
atividades administrativas (contratação de pessoal, aquisição de bens etc), 
cujos responsáveis são os servidores da Secretaria e o Presidente do 
Tribunal. Por isso, correta apenas a alternativa “ c” .
Vale ressaltar que o §2° do art. 56 da LRF, que não foi suspenso pelo 
STF, determina que a CMO emita parecer sobre as contas do TCU.
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo
previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1 o do art. 166 da
Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.
Perceba que o Poder Legislativo não julga as contas do Tribunal. A CMO 
apenas emite um parecer. Os gestores do TCU recebem quitação do próprio 
Tribunal e não do Congresso Nacional. E o TCU não precisa aguardar o 
parecer da CMO para julgar suas próprias contas, pois esse parecer não 
vincula o julgamento. Na verdade, ante a suspensão do caput do art. 56, não 
tem qualquer função prática. O que acaba acontecendo é que o TCU envia 
suas contas para a CMO quase que a "título de conhecimento".
Por fim, saliente-se que essa sistemática (TC julga suas próprias contas) 
não necessariamente é replicada nas demais esferas de governo. No DF, por 
exemplo, as contas do TCDF são julgadas pela Câmara Legislativa, conforme 
disposto na Lei Orgânica distrital. Nesse caso, o TCDF não se pronuncia 
sobre suas próprias contas. Seus gestores recebem quitação da Câmara 
Legislativa. E o parecer emitido pela comissão equivalente à CMO possui uma 
função mais efetiva, que é subsidiar o julgamento a cargo do Parlamento. 
Como vimos, o STF já apreciou o assunto e não viu problemas.
Há ainda o caso dos Tribunais de Contas dos Municípios, responsáveis 
pelo controle externo dos municípios do Estado (existentes na BA, CE, GO e 
PA). Segundo entendimento do STF na ADI 687, tais tribunais, por serem 
órgãos estaduais, devem prestar contas perante o Tribunal de Contas do 
Estado, e não perante a Assembleia Legislativa. Dessa forma, por exemplo, os 
gestores do TC dos Municípios da Bahia devem prestar contas perante o 
TCE/BA, e não perante o próprio TC dos Municípios da Bahia ou à Assembleia 
Legislativa, e assim sucessivamente.
Gabarito: alternativa “ c”
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Apreciar, para fins de registro, a legalidade de atos de pessoal
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas 
e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório;
Os atos de pessoal praticados no âmbito da administração direta ou 
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, estão sujeitos a registro, implicando a apreciação de sua 
legalidade pelo Tribunal de Contas, da seguinte forma:
O TCU aprecia a legalidade, para fins de registro:
s dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta.
s das concessões de aposentadorias, reformas e pensões.
Porém, o TCU não aprecia a legalidade, para fins de registro:
s das nomeações para cargo de provimento em comissão.
s das melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e 
pensões que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório.
Apreciar para fins de registro significa que todo ato de admissão de 
pessoal ou de concessão de aposentadorias, reformas e pensões somente 
se completará com o respectivo registro pelo TCU. Efetuado o registro, o 
ato é confirmado; caso contrário, o ato é desconstituído. Assim, se o 
Tribunal considerar ilegal a aposentadoria concedida a um servidor, por 
não preencher os requisitos de tempo de serviço, por exemplo, o registro 
do ato será negado e o órgão de origem deverá cessar o pagamento dos 
proventos.
Segundo a jurisprudência do STF, os atos sujeitos a registro possuem 
natureza de atos administrativos complexos, que somente se 
aperfeiçoam com o registro no Tribunal de Contas. Já para parte da 
doutrina, é ato composto, visto que opera efeitos imediatos quando de 
sua concessão pelo respectivo órgão, devendo o Tribunal de Contas
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apenas ratificá-lo ou não. Porém, o entendimento que prevalece é o do 
STF.
O TCU aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, compreendendo as admissões 
de empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), da mesma forma que os servidores estatutários, regidos pela 
Lei 8.112/1990. Aprecia também as admissões em caráter temporário, 
geralmente realizadas por empresas públicas e sociedades de economia 
mista. As nomeações para cargo em comissão e função de 
confiança constituem a única exceção, sendo dispensadas da apreciação 
pelo TCU para fins de registro em vista da precariedade do vínculo com a 
Administração, pois são de livre nomeação e exoneração. Vale ressaltar, 
contudo, que tais nomeações somente não são submetidas a registro,
mas continuam sujeitas às demais formas de fiscalização do 
Tribunal, como auditorias e inspeções, pois, apesar de serem de livre 
nomeação e exoneração, devem observância aos ditames constitucionais e 
legais. Na apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, o 
TCU avalia, fundamentalmente, se foi obedecido o princípio do concurso 
público e se não está havendo acumulação ilegal de cargos.
Quanto às concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
o dispositivo somente alcança os benefícios que são pagos com recursos 
do Tesouro Nacional aos servidores públicos federais, civis e militares ou 
seus beneficiários. Assim, o TCU não aprecia as aposentadorias dos 
empregados públicos das empresas públicas e sociedades de economia 
mista, integrantes da administração indireta, concedidas à conta do 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que obedece a regime 
específico.
É desnecessário novo registro se houver melhoria posterior que 
não altere o fundamento legalda concessão do benefício como, por 
exemplo, se houver aumento dos proventos do aposentado por conta da 
revisão geral de remuneração prevista no art. 37, X da CF, ou por conta 
da extensão de alguma gratificação concedida aos servidores ativos. 
Entretanto, se, por exemplo, esse mesmo aposentado for beneficiário de 
decisão judicial determinando a revisão do seu tempo de serviço e o 
consequente recálculo de proventos, houve alteração do fundamento do 
ato concessório, de modo que a renovação do registro torna-se 
necessária.
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30. (TCU - ACE 2005 - Cespe) O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, 
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório.
Comentário: Comentário: A assertiva está correta, pois reproduz 
literalmente o art. 71, III da Constituição. Por isso é importante que os 
principais dispositivos da legislação sejam lidos durante o estudo, pois não 
são raras as questões em que a banca exige o texto “ seco” da Lei.
Gabarito: Certo
31. (TCU - ACE 2005 - Cespe) Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a 
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração 
direta e indireta, mas essa atribuição não se estende às nomeações para cargo de 
provimento em comissão.
Comentário: De acordo com o art. 71, III da Constituição Federal, todo ato 
de admissão de pessoal, a qualquer título, da administração direta e indireta, 
deve ser submetido ao TCU, a fim de que o Tribunal aprecie a legalidade para 
fins de registro. A única exceção refere-se às nomeações para cargos de 
provimento em comissão, que são de livre nomeação e exoneração, e não se 
sujeitam a registro.
Gabarito: Certo
32. (TCE/RO - ACE 2013 - Cespe) O ato inicial de concessão de aposentadoria de 
servidor do estado de Rondônia estará sujeito à apreciação do TCE/RO, para fins 
de registro ou exame.
Comentário: O quesito está correto. O Tribunal de Contas aprecia a 
legalidade, para fins de registro, das concessões iniciais de aposentadorias, 
reformas e pensões na administração direta, autárquica e fundacional, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do 
ato concessório inicial. No que tange às concessões iniciais, apenas não são 
submetidas a registro as aposentadorias dos empregados públicos da 
administração indireta concedidas à conta do Regime Geral de Previdência 
Social (empresas públicas e sociedades de economia mista). Como o 
enunciado fala em “ servidor do estado” , pode-se entender que se trata de
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servidor da administração direta, cuja aposentadoria, portanto, está sujeita à 
apreciação do Tribunal de Contas para fins de registro.
Gabarito: Certo
33. (TCU - ACE 2007 - Cespe) O Tribunal de Contas da União (TCU) aprecia a 
legalidade do ato concessivo de aposentadoria e, encontrando-se este em 
conformidade com a lei, procede a seu registro. Essa apreciação é competência 
exclusiva do TCU e visa ordenar o registro do ato, o que torna definitiva a 
aposentadoria, nos termos da lei. Entretanto, se, na apreciação do ato, detectar-se 
ilegalidade, não compete ao TCU cancelar o pagamento da aposentadoria, inclusive 
para respeitar o princípio da segregação.
Comentário: O quesito está correto. Nos termos do art. 71, III da CF, a 
competência para conceder ou negar registro ao ato concessivo de 
aposentadoria é exclusiva dos Tribunais de Contas, dentro da respectiva 
jurisdição. Para tanto, o Tribunal aprecia se a concessão seguiu ou não os 
requisitos legais e regulamentares, como tempo de serviço, tempo de 
contribuição etc. Segundo a jurisprudência do STF, o registro pelo TCU 
aperfeiçoa o ato ou, em outras palavras, torna a aposentadoria definitiva. 
Entretanto, conforme o art. 262 do RI/TCU, quando o ato de aposentadoria, 
reforma ou pensão for considerado ilegal pelo Tribunal, o órgão de origem é 
responsável por cessar o pagamento dos proventos ou benefícios no prazo de 
15 dias contados da ciência da decisão que negou o registro, sob pena de 
responsabilidade solidária da autoridade administrativa omissa.
Gabarito: Certo
34. (TCU - Auditor 2006 - Cespe) No ano de 2006, foram encaminhados ao TCU, 
para fins de registro, atos de admissão de pessoal e aposentadoria de magistrados 
e servidores de um tribunal regional, integrante do Poder Judiciário federal. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.
Os atos de admissão de pessoal, bem como os atos de concessão de 
aposentadorias, inclusive de magistrados, praticados no âmbito do tribunal regional 
em questão, devem ser encaminhados ao TCU para fins de registro. Entretanto, 
fogem a qualquer controle exercido pelo TCU as nomeações para cargos de 
provimento em comissão, bem assim as alterações de aposentadoria que não 
alterem o fundamento legal do ato concessório.
Comentário: O TCU aprecia a legalidade para fins de registro de qualquer 
admissão de pessoal efetuada no âmbito da administração pública, direta ou 
indireta, de todos os Poderes, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão (CF, art. 71, III). Assim, os atos de admissão de 
magistrados devem ser encaminhados ao TCU para fins de registro, uma vez 
que são precedidos de concurso público, não se tratando de cargo de livre
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nomeação e exoneração (CF, art. 93, I).
Entretanto, é errado dizer que as nomeações para cargos de provimento 
em comissão fogem de qualquer controle exercido pelo TCU. Tais nomeações 
apenas não são submetidas a registro, mas, apesar de serem de livre 
nomeação e exoneração, estão sujeitas a algumas regras, como por exemplo, 
a impossibilidade de nomeação de parentes até 3° grau da autoridade 
nomeante (Súmula Vinculante n° 13 do STF) ou a observância dos limites da 
LRF para gastos com pessoal. Assim, o TCU pode realizar uma auditoria em 
determinado órgão e verificar se as nomeações para cargos de provimento em 
comissão estão ou não de acordo com a lei. Veja, por exemplo, a recente 
fiscalização do TCU8 na folha de pagamento do Senado Federal e da Câmara 
dos Deputados que determinou a suspensão de parcelas acima do teto 
constitucional recebidas por ocupantes de cargos em comissão ou funções 
de confiança.
Por fim, quanto à impossibilidade de o TCU exercer qualquer controle 
sobre as alterações de aposentadoria que não alterem o fundamento legal do 
ato concessório, vale mencionar que o Tribunal pode rever sua decisão que 
determinou o registro, dentro do prazo de 5 anos, se verificado que o ato viola 
a ordem jurídica, ou a qualquer tempo, no caso de comprovada má-fé (RI/TCU, 
art. 260, §2°). Assim, por exemplo, se for verificada má-fé, mesmo não 
havendo alteração no fundamento legal da concessão, o TCU poderá, dentre 
outras medidas, cancelar o registro e aplicar alguma sanção ao responsável.
Gabarito: Errado

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