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TGP 
“Função estatal jurisdicional, assumindo o Estado o dever e o poder de julgar as 
pretensões apresentadas pelo integrante da sociedade que se diz violado num 
direito material.” 
“É o direito processual, portanto, o conjunto de normas e princípios que estuda 
essa atividade substitutiva do Estado (jurisdição) e a relação jurídica que irá 
desenvolver-se entre as partes litigantes e o agente político (juiz) que exerce a 
função jurisdicional.” 
Quatro elementos do direito processual é “jurisdição, ação, exceção ou defesa e 
processo.” 
“LIDE - Conflito de interesses, qualificado pela existência de uma 
pretensão resistida. 
 PROCESSO - instrumento à disposição do cidadão para a solução de 
seus conflitos de interesses pela intervenção substitutiva do Estado-
juiz.” 
“JUIZ NATURAL - é aquele investido regularmente na jurisdição (investidura) e 
com competência constitucional para julgamento do conflito de interesses a ele 
submetido.” 
“O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
Toda decisão ou sentença judicial está sujeita, como regra, a um reexame por 
instância superior, provocado por recurso da parte possivelmente prejudicada com 
o ato judicial.” 
“A jurisdição é inerte, vedado o seu exercício de ofício, devendo ser sempre 
provocada pelas partes, seja no processo civil, seja no processo penal. 
No âmbito do processo civil, destinado, normalmente, à composição de interesses 
disponíveis e bens privados, temos que o ajuizamento e o prosseguimento da ação 
passam pelo crivo discricionário do autor (disponibilidade da ação civil). 
Já no processo penal, como regra, a ação é indisponível, incumbindo 
obrigatoriamente ao Ministério Público o oferecimento de denúncia, desde que 
presentes indícios de autoria e prova da materialidade do delito.” 
AUTOTUTELA - “A primeira forma de composição de conflitos de interesses, 
surgida quando da ausência de um Estado organizado, com poder insuficiente 
para coibir os homens de buscar a solução de suas lides através da lei do mais 
forte e subjugo forçado do mais fraco.” “ordenamentos jurídicos preveem a 
possibilidade de o ofendido agir imediatamente para repelir a injusta agressão, 
ante uma situação de urgência. São os exemplos do desforço imediato nas 
possessórias e do penhor legal, legitima defesa. 
AUTOCOMPOSIÇÃO - “A diferença entre a autocomposição e a autotutela reside 
justamente na ausência de sujeição forçada de um dos litigantes, e, ainda hoje em 
nosso ordenamento, são previstas as três formas conhecidas” 
“a) Renúncia (CPC, art. 269, V). Nesses casos o que se diz titular de um direito 
material violado abre mão definitiva e voluntariamente de sua pretensão, pondo fim 
ao litígio de forma unilateral, por não mais desejar a obtenção do bem da vida.” 
b) Reconhecimento jurídico do pedido (CPC, art. 269, II). É o inverso da 
renúncia, já que nessa hipótese o réu, livremente e sem qualquer sujeição forçada, 
submete-se à pretensão material do adversário, pondo fim ao conflito através da 
entrega espontânea do bem da vida pertencente ao autor.” 
“c) Transação (CPC, art. 269, III). Por essa forma de composição, o autor renuncia 
parcialmente à sua pretensão material, enquanto o réu reconhece a procedência 
da parte não renunciada, entregando espontaneamente parte do bem da vida, 
chegando ambos a um denominador comum.” 
“TUTELA JURISDICIONAL (CPC, ART. 269, I) Como já visto, quando o Estado se 
organizou e adquiriu poder de decidir e sujeitar os cidadãos ao cumprimento 
dessas decisões, surge a tutela jurisdicional. É ela, portanto, a composição obtida 
pela intervenção dos órgãos jurisdicionais, substituindo a vontade das partes na 
decisão do litígio, através de uma sentença de mérito que aplique o direito material 
previsto na norma genérica de conduta ao caso concreto.” 
“um dever do Estado de solucionar todo e qualquer tipo de lide submetida a seu 
crivo, posto que inexistente para os cidadãos outra forma de solução forçada do 
conflito. É o dever constitucional de que nenhuma lesão de direito deixará de ser 
apreciada pelo Poder Judiciário.” 
JURISDIÇÃO - “Portanto, a jurisdição é definida como sendo o poder-dever do 
Estado de aplicar o direito ao caso concreto submetido pelas partes, através da 
atividade exercida pelos seus órgãos investidos (juízes).” 
“A jurisdição tem por características a aplicação do direito material, após 
provocação das partes, as quais não obtiveram êxito em resolver seus conflitos 
amigavelmente (escopo de atuação do direito), e a substitutividade, consistente em 
atuar no lugar das partes e de maneira obrigatória.” 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO 
Inevitabilidade: uma vez ativada pelas partes, a jurisdição é forma de exercício do 
poder estatal, e o cumprimento de suas decisões não pode ser evitado pelas 
partes, sob pena de cumprimento coercitivo (tutela executiva). 
Indeclinabilidade: é preceito constitucional que nenhuma lesão de direito deixará 
de ser apreciada pelo Poder Judiciário. Se o Estado exige dos seus cidadãos a 
observância da obrigatoriedade da jurisdição, tem ele o dever de solucionar os 
conflitos de interesse quando provocado” 
“Investidura: o Estado atua por meio de seus órgãos. E assim sendo, somente os 
agentes políticos investidos do poder estatal de aplicar o direito ao caso concreto 
(julgar) é que podem exercer a jurisdição.” 
“Indelegabilidade: como a jurisdição é investida após preenchimento de rigorosos 
critérios técnicos, tem-se que não pode ser objeto de delegação pelo agente que a 
exerce com exclusividade.” 
“Inércia: por decorrência do princípio da ação, a jurisdição não pode ser exercida 
de ofício pelos agentes detentores da investidura, dependendo ela sempre da 
provocação das partes.” 
“Aderência: o exercício da jurisdição, por força do princípio da territorialidade da 
lei processual deve estar sempre vinculado a uma prévia delimitação territorial. 
Unicidade: muito embora se fale em jurisdição civil e penal, Justiça Federal e 
Estadual, na realidade esse poder-dever é uno e indivisível. As divisões 
decorrentes de sua repartição administrativa entre os diversos órgãos só têm 
relevância para o aspecto de funcionalidade da justiça, não retirando da jurisdição 
sua natureza una.” 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA E VOLUNTÁRIA 
Contenciosa - “é a atividade inerente ao Poder Judiciário, com o Estado-juiz 
atuando substitutivamente às partes na solução dos conflitos, mediante o 
proferimento de sentença de mérito que aplique o direito ao caso concreto.” 
 
Voluntária - Já a jurisdição voluntária não é, na realidade, jurisdição na específica 
acepção jurídica do termo, correspondendo mais a uma administração pública de 
interesses privados. Na chamada jurisdição voluntária, portanto, não existem 
partes litigantes, mas simples interessados na produção dos efeitos do negócio 
jurídico formal; não existe também sentença de mérito, com aplicação do direito ao 
caso concreto, mas mera homologação formal do acordo de vontades, após 
constatada pelo juiz a presença dos requisitos legais e formais atinentes à espécie. 
AÇÃO - “A ação é usualmente definida como sendo o direito público subjetivo 
abstrato, exercido contra o “Estado-juiz, visando a prestação da tutela 
jurisdicional.” 
A ação, portanto é o direito ao exercício da atividade jurisdicional. A ação como 
direito é dirigida contra o Estado, tem como instrumento o processo, através do 
qual irá o Estado pronunciar-se a respeito da demanda, proferindo seu julgamento. 
Portanto, prestando a tutela jurisdicional (CINTRA, GRINOVER, DINAMARCO, 
2000). 
“A análise do que vem a ser a prestação da tutela jurisdicional nos indica a forma 
como o Judiciário resolve os conflitos de interesses, ou seja, aplicando o direito ao 
caso concreto, através do proferimento de uma sentença de mérito (tutela 
cognitiva); coagindo o devedor ao cumprimento de suas decisões (tutela 
executiva);ou concedendo uma garantia processual da eficácia dos futuros 
processos de conhecimento ou de execução (tutela cautelar).” 
“CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES 
 
DE CONHECIMENTO - “Visa levar ao conhecimento do Judiciário os fatos 
constitutivos do direito alegado pelo autor e obter uma declaração sobre qual das 
partes tem razão, mediante a aplicação e especialização da norma material ao 
caso concreto. Conforme a natureza jurídica da sentença de mérito solicitada 
(pedido imediato), subdivide-se a ação de conhecimento em:” 
a) “Meramente declaratória. A pretensão do autor limita-se à declaração da 
existência ou inexistência de relação jurídica ou da autenticidade ou falsidade 
de documento (CPC, art. 4º), sem que se pretenda compelir o réu à prática de 
qualquer ato subsequente à prolação da sentença de mérito. O autor satisfaz 
sua pretensão com a mera declaração judicial, não sobrevindo necessidade de 
execução da decisão.”EX: investigação de paternidade (ex tunc) 
b) “Constitutiva ou desconstitutiva. O autor busca não só a declaração de seu 
direito violado, mas também uma consequente modificação, criação ou 
extinção de uma relação material preexistente. Exs.: anulação de ato jurídico e 
rescisão de um contrato. Por visarem a alteração da situação jurídica 
preestabelecida, seja criando uma nova, seja modificando ou extinguindo a 
antiga, seus efeitos serão gerados sempre para o futuro (ex nunc).” 
c) “Condenatória. A pretensão do autor consiste não só na declaração de que 
possui o direito material, mas também na fixação sequente de uma obrigação 
de dar, fazer, não fazer ou pagar quantia em dinheiro a ser imposta ao réu, a 
qual, se não cumprida, gera ao autor o direito de exigir do Estado-juiz que faça 
valer coativamente sua decisão (execução). Exs.: cobrança, nunciação de obra 
nova e petição de herança. As ações condenatórias têm efeito retroativo (ex 
tunc) à data da constituição em mora do devedor.” 
“EXECUÇÃO - É a ação de provimento jurisdicional eminentemente satisfativo do 
direito do credor, decorrente da inevitabilidade da jurisdição. Visa, através de atos 
coativos incidentes sobre o patrimônio ou, por vezes, sobre a própria pessoa do 
devedor, um resultado equivalente ao do adimplemento da obrigação que se 
deveria ter realizado. Tem cabimento sempre que o credor esteja munido de um 
título executivo, o qual pode ser uma sentença de cunho condenatório (judicial) ou 
documentos que tragam consigo presunção legal de liquidez e certeza da 
obrigação inadimplida (extrajudicial). 
“CAUTELAR- visa a concessão de uma garantia processual que assegure a 
eficácia da ação de conhecimento ou de execução. Não se destina à composição 
dos litígios, mas sim a garantir que as demais modalidades de ação sejam eficazes 
em sua finalidade (sentença de mérito e satisfação do credor), mediante a 
concessão de uma medida de cautela que afaste o perigo decorrente da demora 
no desenvolvimento dos processos principais. 
MONITÓRIA - “Tem ela por finalidade o recebimento de quantia certa ou entrega 
de coisa fungível, após a expedição de um mandado de pagamento, à semelhança 
da ação de execução. 
LITISCONSÓRCIO 
que nada mais é do que a pluralidade de demandantes e demandados em um 
processo. Toda vez que mais de um sujeito pleiteia em seu favor a tutela 
jurisdicional, ter-se-á litisconsórcio. 
São quatro as formas de se classificar o litisconsórcio: Quanto à posição, quanto à 
sua formação, quanto ao regime de tratamento dos litisconsortes, e quanto ao 
momento de sua formação. 
Quanto à sua posição, o litisconsórcio pode ser ativo, passivo ou misto. 
Ocorre litisconsórcio ativo quando, em um processo, houver diversos autores 
demandando em face de somente um réu. Há litisconsórcio passivo quando 
somente um autor demanda em face de vários réus. Por fim, há litisconsórcio misto 
quando diversos autores demandarem em face de diversos réus. 
Quanto à sua formação, o litisconsórcio pode ser necessário ou facultativo. 
O litisconsórcio necessário decorre de imposição legal (como na ação de 
usucapião) ou da natureza da relação jurídica (como em uma ação de anulação de 
casamento). Nesta hipótese, impõe-se a presença de todos os litisconsortes. A 
ausência de algum deles resulta na falta de legitimidade dos que estiverem 
presentes e na extinção do processo sem resolução de mérito. 
O Litisconsórcio facultativo é aquele que se forma em função da vontade de quem 
propõe a demanda. Neste caso, a formação do litisconsórcio não é obrigatória. 
 
TUTELA JURISDICIONAL 
O direito à tutela jurisdicional passa assim, a ser visto como o direito à efetiva 
proteção do direito material, a ser prestada pelo Estado, tanto através do legislador 
como do juiz, sobre os quais paira o dever de se comportar de acordo com o direito 
fundamental à efetividade da tutela jurisdicional. 
Tutela meramente declaratória - Quando se fala em ação meramente 
declaratória, estaremos tratando por parte do autor, da busca por um provimento 
que venha a eliminar qualquer crise de incerteza que recaia sobre qualquer relação 
jurídica de direito material na qual esteja ele inserido. Por exemplo, podemos citar 
a ação que visa provimento declarativo sobre a existência ou não de uma divida, 
de um dever. 
Tutela constitutiva - O autor busca não só a declaração de seu direito violado, 
mas também uma consequente modificação, criação ou extinção de uma relação 
material preexistente. Exs.: anulação de ato jurídico e rescisão de um contrato. Por 
visarem a alteração da situação jurídica preestabelecida, seja criando uma nova, 
seja modificando ou extinguindo a antiga, seus efeitos serão gerados sempre para 
o futuro (ex nunc).” 
Tutela condenatória - Através da tutela condenatória irá o juiz proferir 
mandamento a parte vencida, isto é, a sentença irá impor ao réu uma prestação 
em favor do autor. No entanto esta tutela por si só não garante a satisfação da 
pretensão do autor, uma vez que esta prestação deverá ser exercida pelo réu 
ainda sem a presença da força do estado, ela apenas garante ao autor titulo que 
lhe confere de fato o direito a satisfação de tal pretensão, para tanto terá ele que 
buscar através de outra ação a satisfação desta pretensão. 
Tutela executiva - Através desta forma de tutela o vencedor da ação condenatória 
poderá como foi dito no item anterior, efetivamente garantir sua satisfação, para 
isso terá ele que mais uma vez buscar perante o estado-juiz tal provimento. De 
posse do titulo executivo judicial, ou mesmo sendo ele extrajudicial como exemplos 
pujantes na doutrina o cheque ou mesmo o contrato, o autor ira demonstrar a 
certeza da obrigação por parte do réu, solicitando ao Estado-juiz que invada a 
esfera patrimonial do mesmo recrutando bens capazes de satisfazer sua 
pretensão. 
TUTELAS DE URGÊNCIA 
É do conhecimento geral que a ação cautelar, é conhecida como sendo 
instrumento do instrumento, não visa à tutela do direito propriamente dito, mas sim 
assegurar a proteção da efetividade do próprio processo no qual se pleiteia a 
proteção a tal direito material. 
Tutela cautelar - A tutela cautelar, como já foi exposto ao se falar de tutela de 
urgência, tem por escopo garantir não a satisfação do direito material sobre qual 
versa o litígio, mas sim a efetividade da tutela jurisdicional pleiteada na ação 
principal, daí falar-se que a cautelar é instrumento do instrumento, como assevera 
Bedaque (2001): [...] A tutela cautelar, todavia, é instrumento da tutela jurisdicional, 
[...]. 
Tutela antecipada - Também denominada de tutela antecipatória de cognição 
sumária, é também forma de tutela de urgência, difere da cautelar no tocante a que 
naquela a tutela visa a efetividade da tutela jurisdicional objeto da ação principal, já 
nesta a tutela pleiteada trata-se da que é objeto da ação principal. 
Tutela inibitória- Esta forma de tutela tem por objetivo, proteger o direito, a 
pretensão antes que efetivamente venha ser lesado ou mesmo ameaçado. É, 
portanto, forma preventiva de tutela. Faz jus a lição de Marinoni (2000): 
A tutela inibitória, configurando-se como tutela preventiva, visa a prevenir o ilícito, 
culminando por apresentar-se, assim, como uma tutela anterior à sua prática, e 
não como uma tutela voltada para o passado, como a tradicional tutela 
ressarcitória. 
TUTELA DE EVIDÊNCIA 
O Código de Processo Civil de 1973, prevê a possibilidade de antecipação de 
tutela nos casos em que se evidenciar pedido incontroverso e comportamento 
abusivo e protelatório do réu no processo, dentro deste conceito fundamentado na 
urgência, o CPC prevê também a concessão deste instituto com base na 
evidência do direito alegado pelo autor, mais especificamente, Estão abarcadas 
nestas hipóteses de tutela antecipada fundada na evidência do direito, tutela da 
evidência materializada nas liminares das ações monitórias (art. 1102-B) e ações 
de depósito (art. 902) e, especialmente, embora prevista externamente ao CPC, na 
liminar do mandado de segurança, pois neste a evidência do direito está 
consubstanciada no direito líquido e certo sob o qual se funda a ação Lei 12.016 
de 2009. Porém, nem sempre se consegue demonstrar o direito com evidencia 
neste caso o pedido é negado 
MEDIAÇÃO ( Lei N° 13.140, de 26/06/2015) 
É uma forma de solução de conflitos em que um terceiro neutro e imparcial auxilia 
as partes a conversar, refletir, entender o conflito e buscar, por elas próprias, a 
solução. Nesse caso, as próprias partes é que tomam a decisão, agindo o 
mediador como um facilitador. Nas Centrais e Câmaras de Conciliação, Mediação 
e Arbitragem, a mediação será feita simultaneamente com a conciliação, sobretudo 
quando o conflito tiver como causa preponderante problema de ordem pessoal, 
emocional ou psicológica (incompatibilidade de gênios, raiva, sentimento de 
vingança ou de intolerância e indiferença), mas sempre com assistência do 
conciliador até que se esgote a possibilidade de uma reaproximação afetiva das 
partes, sem prejuízo de este formalizar um acordo que encerre o conflito nos seus 
aspectos jurídico-patrimoniais. Na mediação não é necessário interferência, ambas 
partes chegam a um acordo sozinhas, se mantém autoras de suas próprias 
soluções. 
CONCILIAÇÃO 
É uma forma de solução de conflitos em que as partes, por meio da ação de um 
terceiro, o conciliador, chegam a um acordo, solucionando a controvérsia. Nesse 
caso, o conciliador terá a função de orientá-las e ajudá-las, fazendo sugestões de 
forma que melhor atendam aos interesses dos dois lados em conflito. Nas Centrais 
e Câmaras de Conciliação, Mediação e Arbitragem, a conciliação será feita 
simultaneamente com a mediação, sobretudo quando o conflito tiver como causa 
preponderante problema de ordem jurídica ou patrimonial, mas sempre com 
assistência do mediador até que se esgote a possibilidade de as partes celebrarem 
um acordo que encerre essa demanda, com a formalização do respectivo termo de 
transação ou compromisso arbitral. É o conciliador, pela sua formação jurídica, que 
a conduz até a formalização do acordo. Diferentemente do mediador, o conciliador 
tem a prerrogativa de sugerir uma solução. 
ARBITRAGEM (Lei N° 13.129, de 26/05/2015) 
É uma forma de solução de conflitos em que as partes, por livre e espontânea 
vontade, elegem um terceiro, o árbitro ou o Tribunal Arbitral, para que este resolva 
a controvérsia, de acordo com as regras estabelecidas no Manual de 
Procedimento Arbitral das Centrais de Conciliação, Mediação e Arbitragem. O 
árbitro ou Tribunal Arbitral escolhido pelas partes emitirá uma sentença que terá a 
mesma força de título executivo judicial, contra a qual não caberá qualquer 
recurso, exceto embargos de declaração. É, o árbitro, juiz de fato e de direito, 
especializado no assunto em conflito, exercendo seu trabalho com imparcialidade 
e confidencialidade. 
ATOS DO JUIZ 
ATIVIDADE PROCESSUAL DO JUIZ 
 No comando do processo, o juiz está dotado de duas espécies de poderes: 
i) o de dar solução à lide; 
ii) o de conduzir o feito segundo o procedimento legal, resolvendo todos os 
incidentes que surgirem até o momento adequado à prestação jurisdicional. 
 Durante a marcha processual e no exercício de seus poderes de agente da 
jurisdição, o juiz pratica atos processuais de duas naturezas: 
a) decisórios; e 
b) não decisórios. 
 Nos primeiros, há sempre um conteúdo de deliberação ou de comando. Nos 
últimos, há apenas função administrativa, ou de polícia judicial. 
 ATOS DECISÓRIOS 
 Conforme a natureza do processo (de cognição ou de execução), os atos do 
juiz podem ser divididos em: 
a) atos decisórios propriamente ditos; e 
b) atos executivos. 
 Nos atos decisórios, visa-se a preparar ou obter a declaração da vontade 
concreta da lei frente ao caso sub iudice. 
 Já nos atos executivos, procura-se a realização efetiva da mesma vontade, 
através de providências concretas sobre o patrimônio do devedor, para satisfação 
do direito do credor (atos, por exemplo, que ordenam a penhora, a arrematação, a 
adjudicação etc.). 
 A enumeração dos atos decisórios do juiz está feita pelo próprio Código, que, 
no art. 162 - CPC, os classifica em: 
a) sentença; 
b) decisão interlocutória; 
c) despachos; 
DEFINIÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS DO JUIZ 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
 Decisão, em sentido lato, é todo e qualquer pronunciamento do juiz, 
resolvendo uma controvérsia, com o que abrange, em seu significado, as próprias 
sentenças. 
 A decisão interlocutória, porém, tem um conteúdo específico, diante do 
conceito que o Código lhe emprestou de maneira expressa. Corresponde, assim, 
ao ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente (art. 162, § 
2º - CPC). 
DESPACHOS 
 Despachos são as ordens judiciais dispondo sobre o andamento do processo, 
também denominadas despachos ordinatórios ou de expediente. 
 Com eles não se decide incidente algum, tão somente, se impulsiona o 
processo que tanto podem ser proferidos ex officio, como a requerimento das 
partes. 
 Deve-se, a propósito, lembrar que, pela sistemática de nosso Código, o 
processo começa sempre por iniciativa da parte. Não há instauração ex officio da 
relação processual. Mas, uma vez provocada a atividade jurisdicional pela parte 
interessada, o processo desenvolve-se por impulso do juiz, independentemente de 
nova provocação do litigante (art. 262 - CPC). 
 São exemplos de despachos ordinatórios: o que recebe a contestação, o que 
abre vista para parte, o que designa data para audiência, o que determina 
intimação dos peritos e testemunhas etc. 
 É importante distinguir entre despacho e decisão, porque do primeiro não 
cabe recurso algum (art. 504 - CPC), enquanto desta cabe sempre agravo de 
instrumento (art. 522). 
 Para tanto, deve-se considerar despachos de mero expediente que visem 
unicamente à realização do impulso processual, sem causar nenhum dano ao 
direito ou interesse das partes. 
 Caso, porém, ultrapassem esse limite e acarretem ônus ou afetem direitos, 
causando algum dano (máxime se irreparável), deixarão de ser de mero 
expediente e ensejarão recurso. Configurarão, na verdade, não despachos, mas 
verdadeiras decisões interlocutórias. 
 Para liberar o juiz do peso inútil de despachos meramente ordinatórios e sem 
qualquer conteúdo valorativo, como os relativos à juntada e à vista obrigatória, a 
Lei n. 8.952/94, acrescentou ao art. 162 o § 4º, para permitir que o escrivão ou 
secretário, de oficio, os pratique. 
SENTENÇA 
 Realmente, só ocorre a decisão interlocutória quando a solução daquestão 
incidente não leva ao encerramento do feito, que sob pena de nulidade, deverá ser 
adequadamente fundamentada (Constituição Federal, art. 93, IX e art. 165 - CPC). 
 O titular do interesse em conflito (sujeito da lide) tem o direito subjetivo (direito 
de ação) à prestação jurisdicional, a que corresponde um dever do Estado-juiz (a 
declaração da vontade concreta da lei, para pôr fim à lide). 
 É através da sentença que o Estado satisfaz esse direito e cumpre o dever 
contraído em razão do monopólio oficial da justiça. 
 A sentença, portanto, é emitida como prestação do Estado, em virtude da 
obrigação assumida na relação jurídica processual (processo), quando a parte ou 
as partes vierem a juízo, isto é, exercerem a pretensão à tutela jurídica. 
 São elas, tradicionalmente, classificadas em: 
a) sentenças terminativas; 
b) sentenças definitivas; 
 Terminativas põem fim ao processo, sem lhe resolverem, entretanto, o mérito 
(casos de extinção do processo previstos no art. 267). 
 Após elas, subsiste ainda o direito de ação, isto é, o direito de instaurar outro 
processo sobre a mesma lide, já que esta não chegou a ser apreciada. 
 Definitivas são as sentenças que decidem o mérito da causa, no todo ou em 
parte, e, por isso, extinguem o próprio direito de ação. Após essa forma de julgado, 
não é mais possível às partes a propositura de nova demanda judicial sobre a 
mesma lide, porque nela se encontrou solução definitiva. 
 Conceitua-se sentença definitiva, o ato decisório do juiz, que em primeiro grau 
de jurisdição, conclui a fase cognitiva do processo. 
ATOS NÃO DECISÓRIOS 
 Com o conceito de despacho, pretendeu o Código abranger todo e qualquer 
ato praticado pelo juiz no processo que não fosse tido como sentença ou decisão 
interlocutória. 
 São atos que o juiz pratica sem natureza decisória, como a presidência de 
audiências (art. 446, I - CPC), a ouvida de testemunhas (art. 410 - CPC), a colheita 
direta e pessoal de outras provas (art. 446, II - CPC), a inspeção judicial de 
pessoas e coisas (art. 440 - CPC) etc. 
 Além daqueles outros atos chamados pela doutrina de "atos administrativos 
do processo", como os derivados do poder de polícia em audiência, poder 
disciplinar sobre serventuários da justiça etc. 
FORMA DOS ATOS DECISÓRIOS 
 "Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e 
assinados pelos juízes" (art. 164 - CPC). 
 Quando proferidos oralmente em audiência ou sessão de julgamento, "o 
taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e 
assinatura" (art. 164, segunda parte). 
 Devem as sentenças e acórdãos conter os requisitos previstos no art. 458 - 
CPC, isto é, o relatório, a fundamentação e o dispositivo. 
 As demais decisões, ou seja, as decisões interlocutórias, reclamam apenas 
fundamentação, embora essa possa ser concisa (art. 165 - CPC). 
 Os despachos são proferidos sem que o juiz tenha de invocar fundamentos 
ou motivos, posto que se limitam ao objetivo de dar andamento ao processo. 
 Os atos dos juízes singulares, para validade, dependem, efetivamente, da 
assinatura do autor da decisão. Mas, com relação aos acórdãos, que representam 
deliberações dos tribunais (órgãos coletivos), não é essencial que sejam assinados 
por todos os julgadores, para produzir sua eficácia normal. 
 A lavratura do acórdão é sempre ato posterior à sessão de julgamento. Se 
houver ulterior impedimento do relator ou de algum julgador, outro juiz elaborará o 
acórdão e justificada será a não assinatura do faltoso. 
LITISPENDÊNCIA 
“Ocorre a litispendência quando se reproduz ação idêntica a outra que já está em 
curso. As ações são idênticas quanto têm os mesmos elementos, ou seja, quando 
têm as mesmas partes, a mesma causa de pedir (próxima e remota) e o mesmo 
pedido (mediato e imediato). A citação válida é que determina o momento em que 
ocorre a litispendência (CPC 219 caput). Como a primeira já fora anteriormente 
ajuizada, a segunda ação, onde se verificou a litispendência, não poderá 
prosseguir, devendo ser extinto o processo sem julgamento do mérito (CPC 267 
V).”

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