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Fundamentos de Gestão_FACE II_Resumo das aulas 1 ate 6

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos de Gestão 
Aula 1 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Aline Eberspacher 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá aluno, é com muita satisfação que iniciamos juntos esta disciplina que 
busca entender os Fundamentos de Gestão. Quando pensamos em uma 
empresa, naturalmente nosso pensamento é direcionado ao gestor desta 
organização. E a partir desse pensamento, podemos perceber a abrangência 
dos temas dessa disciplina. 
Você já parou para pensar que sua vida é dirigida, controlada e envolvida 
por organizações? E como isso nos interessa, estudaremos as definições de 
organização no primeiro tema desta aula. Para que uma organização consiga 
sobreviver em um mercado tão competitivo, ela precisa ser eficiente e eficaz. 
Mas qual a diferença entre esses conceitos? Falaremos disso no segundo tema. 
E para finalizar, faremos uma viagem no tempo, onde buscaremos a etimologia 
e o significado da palavra “administração”. Sem esquecer de explanar as funções 
e as habilidades do gestor, é claro. 
Como gestor é importante conhecer para decidir corretamente, concorda? 
E para conhecer precisamos estudar. Adentrando nesse incrível mundo do 
conhecimento da gestão, você irá entender a gênese da administração. E por 
meio dela, entenderá o funcionamento de diversos tipos de organizações, desde 
a que você trabalha até as demais, que fazem parte do seu cotidiano. 
Fique por dentro desses temas assistindo à apresentação da professora 
Aline Eberspacher no material online 
Contextualizando 
Se você fosse indagado sobre “O que é uma Organização”, o que você 
responderia? Uma organização poderia ser a empresa em que você trabalha; o 
modo de distribuição de tarefas em sua rotina doméstica; a associação de 
moradores do bairro; uma Igreja; ou ainda, uma função administrativa. Assim 
percebe-se que a palavra organização passa a ter alguns significados e você, 
como futuro gestor precisa dominá-los, já que a “Administração é um todo do 
qual a organização é uma das partes” (CHIAVENATO, 2003). 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
De certo modo, podemos dizer que, a organização é o objeto da 
administração. Também podemos dizer que a administração é um dos aspectos 
fundamentais que diferenciam as organizações de outras formas de sistemas 
sociais. Ou seja, enquanto no passado a sociedade era constituída de pequenos 
sistemas sociais desorganizados, nos dias atuais, conforme afirmam Prestes 
Motta e Bresser Pereira (1980), quem domina o panorama social contemporâneo 
são as organizações, sendo elas cada vez maiores e com estruturas melhores. 
Dificilmente o seu dia a dia estará isento de organizações, pois são elas 
que coordenam o seu trabalho, o seu estudo, seus interesses e suas 
reivindicações (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 1980). Sem dúvida, 
as organizações estão em nossa volta, do momento do nosso nascimento, em 
hospitais, à nossa morte, em cemitérios, ou seja, sempre estamos “absorvidos 
pelas organizações”, por isso nos tornamos uma “sociedade de organizações” 
(PERROW, 1991). Todavia, não seria mais fácil dizer que vivemos em um mundo 
de empresas? Aliás, são as empresas o objeto de atuação da administração, 
não é mesmo? Na verdade, essa ideia é falha, pois apesar de toda empresa ser 
uma organização, nem toda organização é uma empresa. Quer saber por quê? 
O termo “empresa” é limitado, pois caracteriza um tipo específico de 
organização, a de natureza econômica. Também temos organizações com 
outras finalidades, tais como repartições públicas, igrejas, clubes, Organizações 
Não-Governamentais (ONGs), sindicatos, etc. Todos estes exemplos se referem 
a organizações, e todas elas precisam de administração e de seus processos 
como o planejamento, a organização, a direção e o controle. 
Qual a razão da existência de uma organização? A organização existe 
para que as tarefas que uma pessoa não pode realizar sozinha sejam realizadas 
por várias, de forma eficaz e eficiente (HALL, 2004). Mais adiante, voltaremos a 
estes termos. Por hora, basta entender que eles representam os bons resultados 
de um trabalho coletivo pensado conscientemente para o atingimento de 
objetivos específicos. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Vamos fazer um exercício? Pense em todas as atividades que você 
participa durante o dia. Quais dentre elas, se é que existe alguma, não são 
influenciadas por uma organização? Por exemplo: este material foi preparado 
pela Uninter, e provavelmente você o está lendo por causa de algum tipo de 
exigência organizacional de sua carreira. O meio de transporte que você utilizou 
para chegar até o trabalho, a faculdade ou sua casa, foi fabricado em um 
ambiente organizacional. Até mesmo em seus momentos de lazer você precisa 
de organizações para tornar o seu divertimento maravilhoso (HALL, 2004). 
Prestes Motta e Bresser Pereira (1980) declaram a importância do estudo das 
organizações ao afirmar que elas caracterizam a sociedade moderna, pois uma 
das características desta época é o grande número de organizações em relação 
aos demais tipos de sistema social. 
Para Laumann e Knoke (1978), a sociedade vive em um “estado 
organizacional”. Hall (2004) afirma que é necessário que as organizações sejam 
estudadas de forma que seja possível entender a sociedade e o que acontece 
nela. Para Prestes Motta e Bresser Pereira (1980), a relevância do entendimento 
e estudo das organizações também reside na sociedade em que vivemos, 
principalmente pelo fato das organizações serem responsáveis pela formação 
do homem moderno e pelo desenvolvimento econômico, político e social dos 
países. 
Problematização 
“Copacabana Palace mudou para sobreviver” 
“O barulho das marretas denuncia. O vizinho está em obras. A reforma é 
num endereço conhecido e já dura 17 anos: Copacabana Palace. As 
transformações, porém, não se restringem às fachadas e a infraestrutura. Desde 
1989, o hotel passou por um processo de reestruturação, fundamental para a 
sobrevivência do negócio. 
A despeito de sua história repleta de glamour, tradição, sofisticação e dos 
serviços impecáveis que atraiu personalidades como Orson Wells, Carmem 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Miranda, príncipe Charles e princesa Diana, Bill Clinton, Robert De Niro, entre 
outros, desde 1923, o “Copa” ficou imerso em uma crise a partir dos anos 1970. 
Faltava investimento, gestão profissional e a concorrência com redes 
internacionais relegaram o hotel a competir com similares de três estrelas. 
“A palavra decadência é um pouco forte, mas não encontro outro adjetivo 
para explicar a situação encontrada aqui”, diz Philip Carruthers, Gerente-geral do 
Copacabana Palace e representante do grupo Orient-Express no Brasil, que 
comprou o hotel da família Guinle em 1989. Na época, o hotel era um senhor de 
69 anos na UTI. Para chegar aos 83 transpirando saúde e vigor, Carruthers 
promoveu um choque de gestão, uma reforma comercial e financeira, de 
marketing e do prédio, da fachada aos elevadores com a vida útil ultrapassada. 
Até hoje, foram investidos US$ 60 milhões. O grupo renegociou contratos com 
fornecedores e operadoras de viagem, focou seus esforços na vocação de luxo 
do hotel, no turismo de lazer e no mercado externo. “O hotel já nasceu com 
características únicas. Não tinha o que inventar aqui. O objetivo era trazer de 
volta o glamour”, afirma o executivo em entrevista ao Mundo do Marketing. “Não 
consideramos que as mudanças estão terminadas, pois é umciclo que não 
termina. Só assim vamos nos manter na ponta”, ressalta o Gerente. Sim, o “Copa” 
está na ponta e os ilustres visitantes estão de volta. 
As contas foram equilibradas em 1995 e em 1997 o hotel apresentou o 
primeiro lucro. Isso só aconteceu porque, depois de todas as mudanças 
realizadas, o “Copa” pôde cobrar por uma experiência única. “A diária média hoje 
é de US$ 340,00, enquanto na década de 1960 estava em torno de US$ 60,00”, 
explica Carruthers. “O hotel tem uma história que não foi inventada através de 
estratégias de marketing, mas que é uma grife”, completa. O reposicionamento 
do Copacabana Palace também tem como missão a melhoria contínua. “O que 
está bom hoje, amanhã pode não estar”, aponta o Gerente que coloca mais de 
dois funcionários para cuidar de cada um dos 225 apartamentos e suítes do hotel. 
 
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6 
“O consumidor procura por um serviço diferenciado. Por isso, tudo é feito para 
superar a expectativa do cliente”, diz. 
Fonte: https://casesdesucesso.files.wordpress.com 
Após a leitura do estudo de caso sobre o Copacabana Palace, reflita: 
quais foram as ações tomadas pela direção do Hotel para reestruturar o negócio? 
Depois de elaborar a sua resposta, confira as considerações da professora Aline 
Eberspacher sobre esta questão no seu material digital. 
Este case nos apresenta conceitos que iremos tratar nesta rota: as 
funções do gestor (planejamento, organização, direção e controle), as 
habilidades do gestor (técnica, humana e conceitual) e a eficiência e a eficácia 
organizacional. Pronto para começar? 
Tema 1: Organizações: Definição 
Antes de entendermos o conceito de “organização” do ponto de vista da 
Administração, é importante diferenciarmos os principais conceitos de 
organização. Conforme já mencionado, na ciência da Administração, há duas 
formas básicas de considerar este termo: quanto à entidade social e quanto à 
função administrativa. A entidade social é sinônimo do empreendimento criado 
para atingir à objetivos pré-estabelecidos (como as empresas que constituem um 
empreendimento criado para dar lucro, nos moldes do capital, ou um hospital 
público criado para atender a população em seus problemas de saúde), 
enquanto que a função administrativa faz parte do processo administrativo, ou 
seja, a alocação de recursos e estruturação das responsabilidades em uma 
gestão. 
Analise as frases, a seguir, e entenda melhor esses dois sentidos da 
palavra “organização”. 
 A organização em que trabalho é excelente; 
 A Igreja Católica é uma organização muito antiga; 
 A organização de minha empresa é funcional; 
 
 
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7 
 É preciso modificar a organização do departamento de engenharia. 
Assim, torna-se evidente que o sentido de “organização” nas duas 
primeiras frases não é o mesmo que nas últimas. Em sua primeira acepção, 
organização é um tipo de sistema social, é uma instituição objetivamente 
existente, enquanto que, no segundo sentido, organização é a forma pela qual 
determinada coisa se estrutura, é inclusive o modo pelo qual as organizações 
em seu primeiro sentido se ordenam (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 
1980). Agora nosso foco está em entender a Organização enquanto entidade 
social. Vamos lá? 
Etzioni (1964) define organização como “entidade social ou agrupamento 
humano que é criada objetivando metas específicas”. 
Já para Daft (2008) “organizações são entidades sociais orientadas por 
metas, projetadas como sistemas de atividade deliberadamente estruturados e 
coordenados e ligadas ao ambiente externo”. 
Ou seja, a organização é conceituada como uma entidade social que está 
direcionada para o cumprimento de objetivos pré-determinados. Quer alguns 
exemplos? Veja quais são os objetivos das seguintes organizações. 
Instituição de Ensino: o objetivo de uma instituição de ensino é formar 
seus alunos para o mercado e para a vida. 
Hotel: o objetivo de um hotel é atender hóspedes oferecendo bons 
serviços, de forma a atingir sua capacidade máxima de ocupação dos leitos. 
Prisão: o objetivo de uma prisão é manter presos condenados pela justiça, 
salvaguardando seus direitos civis e garantindo segurança para o resto da 
população. 
Então, entendemos o conceito de organização do ponto de vista de 
entidade social. Mas, em sua opinião, grupos como família, amigos, povos, 
tribos, entre outras, seriam organizações? Para responder este questionamento, 
é preciso diferenciar o uso dado ao termo “organizações sociais”. 
Quando se fala de organizações sociais refere-se às maneiras pelas quais 
a conduta humana se organiza socialmente, sendo que dois aspectos básicos 
 
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8 
estão presentes: a estrutura das relações sociais em um grupo ou coletividade e 
as crenças e orientações compartilhadas que unem os membros da coletividade 
e guiam sua conduta (BLAU; SCOTT, 1970). 
Vamos a um exemplo: sua turma da faculdade está indo fazer uma visita 
técnica aos estúdios da instituição. Vocês são um grupo, pois há toda uma 
relação social que os une em uma estrutura social (as relações de estudo, a 
instituição de ensino, a amizade...), enfim vocês são diferentes de passageiros 
de um ônibus qualquer, que não possuem nenhuma estrutura de relação social 
estabelecida. Toda sociedade tem uma estrutura social e uma cultura complexa, 
que serve para organizar a conduta humana dentro da coletividade. 
Contrastando com a organização social que aparece sempre que seres 
humanos vivem juntos, existem organizações estabelecidas, deliberadamente, 
para um certo fim. Se a conquista de um objetivo requer um esforço coletivo, 
funda-se uma organização destinada a coordenar as atividades de incentivo para 
que unir as pessoas e conquistar esse objetivo. Por exemplo: fábricas são 
estabelecidas para que se produzam mercadorias que possam ser vendidas com 
lucro, e os operários organizam sindicatos para aumentarem seu poder de 
barganhar com os patrões. 
Nesses casos, as finalidades a serem atingidas, as regras a que os 
membros da organização devem obedecer e a estrutura da posição que define 
as relações entre eles (esquema organizacional) não surgiram espontaneamente 
durante o curso da interação social, mas foram designadas conscientemente, a 
priori, para antecipar e guiar a interação e as atividades (BLAU; SCOTT, 1970). 
Ou seja, existem organizações que foram criadas para atingir a objetivos 
específicos, de modo que “como a característica distinta dessas organizações é 
a de que elas foram formalmente estabelecidas com o propósito explícito de 
conseguir certas finalidades, usa-se o termo ‘organizações formais’ para 
designá-las” (BLAU; SCOTT, 1970), critério esse que a distingue da organização 
social em geral. 
 
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9 
O aspecto formal da organização foi destacado por Max Weber, sociólogo 
alemão e pioneiro da Teoria Burocrática. Segundo Hall (2004), para Weber, a 
natureza formal das organizações vem da divisão de trabalho e da hierarquia de 
autoridade que define estritamente quem serão os indivíduos designados para a 
função. Além disso, para Weber, a definição de organização reside em realizar 
“um tipo específico e contínuo de atividades direcionadas à um propósito [...] As 
organizações são criadas para fazer algo” (WEBER, 1947, p.151-152 apud 
HALL, 2004). 
“O formalismo (...) expressa-se no fato de que a autoridade deriva de um 
sistema de normas sociais, escritas e exaustivas, que definem com precisão as 
relações de mando e subordinação, distribuindo asatividades a serem 
executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados. Sua 
administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza 
através de documentos escritos” (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 
1980). 
Por fim, sua missão aqui, enquanto estudante e futuro gestor, é 
reconhecer o papel das organizações formais para o pensamento administrativo, 
tendo em vista que ela ainda se faz presente em nosso dia a dia e suas 
características foram fundamentais para a ordem estrutural e o progresso de 
nossas empresas. 
Leitura Obrigatória: 
Leia: HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e 
resultados. 8. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Capítulo 1: O Impacto das 
organizações. p. 1-24 
Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre este assunto? Então, 
assista à explicação da professora Aline Eberspacher no material online. 
Saiba Mais 
Quer se divertir um pouco? Então assista um trecho de um episódio do 
programa “Junto e Misturado”, da Rede Globo, em que são retratadas as 
 
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10 
disfunções da burocracia, que é a representação máxima da formalidade nas 
organizações. 
https://www.youtube.com/watch?v=W0rbXSBbbiU 
Em seguida, para ampliar essa discussão, reflita sobre a organização que 
você trabalha. Ela apresenta características que se assemelham à Organização 
Formal? Se sim, quais são elas? Se não, quais são as características que as 
diferenciam? 
Tema 2: Eficiência e Eficácia 
A eficiência não é uma necessidade atual, ela existe desde a Antiguidade. 
No Egito faraônico, para as grandes construções das pirâmides, Tyldesley 
(2005) relata que a necessidade de eficiência nas pedreiras já era um fator de 
atenção. O autor cita, como exemplo, a Pirâmide de Degraus de Djoser. 
O faraó Djoser (2.636 a 2.611 a.C.) reinou no período em que o Egito não 
enfrentava carência de mão-de-obra e poderia solicitar, caso quisesse, ajuda de 
todo camponês sadio no reino, para a construção das pirâmides de Degraus de 
Djoser. A única limitante na época, para a construção das pirâmides, seria o 
fornecimento de blocos de pedras. Apesar disso, a construção se tornou uma 
grande prova de uma administração eficiente, tendo em vista que o Faraó 
conseguiu deter total controle sobre os recursos de sua edificação e, mesmo 
frente as limitantes construiu o que ficou conhecido como o primeiro edifício 
monumental em pedra do mundo. 
 Como definir Eficiência? 
Bio (1996) define eficiência como o modo correto de fazer as tarefas. Para 
o autor, uma organização só é eficiente quando alcança a meta de volume de 
produção com a menor quantidade de recursos gastos possíveis, ou seja, ao 
menor custo por unidade produzida. 
Megginson, Mosley e Pietri Júnior (1998) seguem o mesmo raciocínio, 
pois, para os autores, a eficiência é um conceito matemático, é a relação entre 
o insumo e o produto (input e output). Ou seja, um administrador eficiente faz 
produtos, com melhores resultados de produtividade e desempenho em relação 
 
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11 
aos insumos utilizados para sua produção. Para Daft (1999), a eficiência é 
limitada na medida em que trata das características internas da organização. 
“Eficiência organizacional é o volume de recursos utilizados para produzir uma 
unidade de produto. Ela pode ser medida como a razão entre as entradas e as 
saídas”. 
Para o autor, uma organização apenas pode ser considerada eficiente 
quando é capaz de alcançar um determinado nível de sua produção com uma 
menor utilização de recursos que a concorrente.Entretanto, nas organizações, a 
eficiência é tão importante quanto a eficácia. Chiavenato (1994) lembra que toda 
organização deve ser desenvolvida a partir dos conceitos de eficácia e eficiência. 
Eficácia é uma medida normativa do alcance dos resultados, enquanto 
eficiência é uma medida normativa da utilização dos recursos nesse processo. 
(...) A eficiência é uma relação entre custos e benefícios. Assim, a eficiência está 
voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou 
executadas (métodos), a fim de que os recursos sejam aplicados da forma mais 
racional possível. (Chiavenato, 2004). 
Chiavenato define eficiência como relação entre custo e benefício, e 
eficácia como o melhor alcance de seus resultados. Daft (1999) declara que, por 
vezes, a eficácia pode ser conduzida pela eficiência, mas que em algumas 
organizações os dois conceitos não têm relação, podendo a empresa não 
alcançar suas metas (lucro). Por exemplo, uma empresa pode produzir produtos 
de baixa demanda e ser altamente eficiente, desde que tenha uma produção 
com custos reduzidos, ou então, em sua ineficiência, alcançar bons lucros. O 
importante aqui é que o conceito de eficiência fique bem claro. Eficiência é o 
método, os meios para se atingir determinados fins, trata-se de todo o esforço e 
dedicação que temos para que atinjamos um resultado desejado. 
E o que significa Eficácia? 
Eficácia para Frasson (2001) é a capacidade de atingir as metas e 
objetivos já estabelecidos e para Cohen e Franco (1998) é o grau de alcance dos 
objetivos no projeto em determinado período, independente dos custos. Para 
 
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12 
Wagner III e Hollenbeck (2006), eficácia organizacional é a meta do desempenho 
da organização, é o alcance de seus objetivos ou alvos, como rentabilidade, 
participação no mercado, crescimento, qualidade, estabilidade e eficiência. 
Eficácia diferencia-se de efetividade no momento que o último é a 
capacidade de promover os resultados desejados através do método de 
execução, independentemente das falhas de orientação e especificação dos 
objetivos (MARINHO; FAÇANHA, 2001) ou seja, efetividade é a capacidade de 
produção de mudanças duradouras e significativas aos beneficiários 
(FRASSON, 2001). Para Albuquerque (2010), se uma organização não atinge 
suas metas, não cumpre seus propósitos e é ineficaz. 
Castro (2006) declara que a organização eficaz é aquela preocupada com 
os fins e para alcançar os seus objetivos foca nos seus aspectos externos. Uma 
empresa que escolhe a solução certa para uma necessidade ou problema, como 
colocar o volume de um produto de acordo com a necessidade de seus clientes, 
por exemplo, é considerada uma organização eficaz (BIO, 1996). 
Para Chiavenato (1994), a organização não deve ser analisada apenas 
no aspecto de eficácia como também de eficiência, pois eficácia é a 
normatização dos resultados alcançados e eficiência os custos e benefícios 
relacionados. Chiavenato (1994) ainda exemplifica os dois conceitos: eficácia é 
ganhar o jogo de futebol, enquanto eficiência é jogar com arte. 
Assim sendo, um funcionário que atinge todas as metas estipuladas pelo 
empregador é um empregado eficaz, pois atingiu seus objetivos; um funcionário 
que atrasa para entregar suas metas, porém não comete erros durante o 
processo e ainda economiza os insumos é eficiente, mas não eficaz. Ou seja, 
eficiência e eficácia andam juntas, mas não são necessariamente requisitos uma 
para a outra. É possível ser eficiente, sem ser eficaz e vice e versa. Analise as 
principais características da eficiência e da eficácia. 
Eficiência Eficácia 
Ênfase nos meios Ênfase nos resultados 
Fazer corretamente as coisas Fazer as coisas certas 
 
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13 
Resolver problemas Atingir objetivos 
Salvaguardar os recursos Otimizar a utilização dos recursos 
Cumprir tarefas e obrigações Obter resultados 
Treinar os subordinados Dar eficácia aos subordinados 
Manteras máquinas Máquinas em bom funcionamento 
 Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2004 
Em suma, uma organização eficaz é aquela que faz as coisas certas, 
tendo seus objetivos alcançados. Uma organização eficiente é aquela que 
realiza os objetivos com a menor quantidade de recursos gastos possíveis, ou 
seja, eficiência é a relação entre custo e benefício e eficácia é o melhor alcance 
dos resultados. 
Leitura Obrigatória: 
Diante do exposto, leia o artigo: 
 CASTRO, R. B. de. Eficácia, Eficiência e Efetividade na 
Administração Pública. In: Encontro da associação nacional de pós-graduação 
e pesquisa em administração, 30, Salvador, 2006. Anais... Salvador: 30 
EnANPAD, 2006. 
Fique por dentro dos principais aspectos da eficiência e da eficácia 
assistindo à explanação da professora Aline Eberspacher no material digital. 
Saiba Mais 
Quer entender ainda mais sobre este conteúdo? No vídeo, indicado a 
seguir, Raniere Rodrigues, diretor geral da Drucker Society of Brazil, explica o 
papel da eficiência na Administração Moderna. Não perca! 
http://www.administradores.com.br/tv/adm-talks/quem-foi-peter-
drucker/5/ 
 
 
 
 
 
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14 
Ferramenta 
Na tentativa de explicar aos meus alunos as diferenças entre eficiência e 
eficácia muitas vezes recorro à metáfora do médico tipo “mauricinho”, o qual 
bem vestido e apresentável tentou justificar a morte de um paciente aos seus 
parentes. Ele alegou que a operação transcorrera na mais absoluta tranquilidade 
e os equipamentos funcionaram perfeitamente, mas, infelizmente, o paciente não 
resistiu. Trata-se de um médico eficiente; ou seja, fez tudo certinho, embora não 
tenha alcançado o resultado (recuperação do paciente). 
Nesse momento, outro médico acaba de sair do centro cirúrgico com o 
guarda-pó completamente manchado de sangue, com o estetoscópio pendurado 
apenas de um lado, todo suado e totalmente descabelado. 
Ao observar sua aparência, os familiares do paciente que estava sendo 
operado por ele se desesperaram. Porém, o médico desalinhado informou-os que 
o paciente se recuperava e estava em perfeitas condições. Trata-se de um médico 
eficaz; ou seja, faz a coisa certa e obteve o resultado. 
Fonte: http://ogerente.com.br/rede/gestao-empresarial/eficiencia-e-eficacia-nas-
empresas 
Tema 3: Administrar: Etimologia e Significado 
Você já pensou qual é a origem e o significado da palavra 
“administração”? A administração como conhecemos hoje é o resultado da 
história e da integração de vários indivíduos que pensaram a organização da 
sociedade e das atividades humanas, entre eles engenheiros, sociólogos, 
economistas e até mesmos empresários. A soma de cada conhecimento 
produzido em épocas diferentes permite ao administrador atual explorar melhor 
suas técnicas e habilidades, entendendo como e porque cada princípio 
administrativo surgiu. 
Assim, responda a seguinte pergunta: você sabe o que é Administração? 
Esta é uma palavra muito utilizada por nós, mas nem sempre conhecemos 
 
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15 
realmente o significado das palavras que usamos, não é mesmo? Quer uma 
dica? Antes de tudo, é preciso saber o significado desta palavra. 
Etimologia: origem da palavra 
Etimologia é o estudo da origem da palavra, algo que é feito pelos 
linguistas para conhecer melhor como os termos evoluem a partir da primeira 
vez que eles foram ditos. É importante conhecer a origem de uma palavra para 
entender o que ficou deste significado inicial, mas também, o que mudou com o 
passar do tempo e porquê. 
É muito comum que as palavras evoluam com a sociedade. À medida que 
as coisas vão se tornando mais complexas, as palavras que as retratam 
precisam incorporar novos significados e sentidos. Foi exatamente isso que 
aconteceu com a palavra “administração”. 
A palavra administração tem origem no latim, do termo administer um 
conjugado de dois termos: “Ad” que significa “direção para”, “tendência”, “junto 
de” e “Minister” que é um termo comparativo de inferioridade, em que o sufixo 
“ter“ representa subordinação e obediência. Assim sendo, administer, na Roma 
Antiga, era aquele que realizava uma função de direção sob o comando de 
outrem. 
 
A palavra “administração” era expressa no latim como administratione, 
que segundo Dicionário Michaelis significa: ato de administrar; governo; direção 
de estabelecimento; casa onde se trata de assuntos de administração pública ou 
particular. 
 
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16 
É interessante entender que, na origem, a administração significava a 
capacidade de comandar em nome de alguém. 
Vamos pensar no significado atual do termo “ministro”, que é uma palavra 
muito próxima do termo etimológico conjugado minister. O ministro, no governo, 
administra em nome do presidente ou do chefe de estado. Mesmo na religião, o 
ministro administra em nome de um interesse maior (a Igreja ou o ministério 
divino). Isso significa dizer que a função da administração é alcançar os objetivos 
estabelecidos por interesses de outro, seja ele um rei ou, principalmente, uma 
coletividade. 
E o que significa a palavra “administração”? 
Intuitivamente ou empiricamente as práticas relacionadas à administração 
sempre estiveram presentes na história da humanidade. Vamos refletir? Pense 
no modelo mais primitivo de sociedade: as sociedades tribais. Neste tipo de 
agrupamento humano, predominavam as atividades voltadas para a 
autoprodução que visa a subsistência, ou seja, tudo que era consumido vinha da 
própria produção. 
Nesta sociedade, destacava-se o papel do chefe militar, que geralmente 
era o guerreiro com mais habilidades. Conforme apontam Vizeu e Gonçalves 
(2010), além do comando militar, a este líder cabia exercer as funções de 
organizar sua tribo, planejar as ações de caça, pesca, criação, entre outras, e 
ainda dirigir e controlar os membros da tribo em suas atividades cotidianas. 
Assim sendo, ainda que de modo intuitivo, sob responsabilidade destes líderes 
residiam como funções básicas para a sobrevivência de suas tribos o 
planejamento, a organização, a direção e o controle das mesmas. 
À medida que as sociedades tribais se tornaram maiores, sua 
necessidade por mais administração também cresceu. E com tal complexidade, 
o corpo militar destas civilizações careceu de ordenação e estruturação mais 
elaboradas. E é justamente na constituição das estratégias da Antiguidade, nos 
grandes exércitos, que os conceitos de gestão passaram a ser cada vez mais 
necessários. 
 
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17 
Imagine a dificuldade em organizar um exército com milhares de 
soldados, alimentando-os e deslocando-os por centenas e milhares de 
quilômetros. É possível empreender tal feito sem adequadas maneiras de 
planejamento, organização, comando, coordenação e controle? A ordem e a 
estrutura requeridas fizeram surgir a necessidade de um comando sólido, e o 
general passou então a ser “peça chave” para a eficaz organização do corpo 
militar. Neste sentido, como sugerem Vizeu e Gonçalves (2010), o general nada 
mais era do que o administrador do exército. Sejam em sociedades tribais ou 
nas civilizações da Antiguidade, onde destacam-se as atividades militares, seja 
nas sociedades atuais e mesmo em atividades comuns de nosso dia a dia, o 
planejamento, a organização, a direção e o controle se fazem presentes. 
Na Administração, tais conceitos foram apresentados pela primeira vez 
por Henri Fayol, considerado o pioneiro da Teoria Clássica da Administração. 
Para ele, a Administração era um processodinâmico que compreenderia cinco 
funções interligadas: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Mais 
tarde, as funções comandar e coordenar foram consideradas partes de um 
mesmo processo, denominado como direção. Para os administradores 
alcançarem os objetivos definidos pela organização, é preciso executar cada 
uma destas funções, que são inter-relacionadas (SOBRAL; PECI, 2013). 
 
Considerando a importância dos quatro processos do PODC, a 
Administração pode ser definida como o conjunto das atividades integradas que 
realiza estes quatro processos. Para Chiavenato (2004), na busca de alcançar 
os objetivos globais de maneira eficiente e eficaz, a Administração é todo o 
 
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processo de planejamento, organização, direção e controle das ações 
organizacionais. 
Os autores das teorias administrativas, e em especial Fayol, empregaram 
o termo “função” para definir os fundamentos essenciais do trabalho 
administrativo, ou seja, as atividades associadas aos processos de 
planejamento, organização, direção e controle. Dito de outra forma, as funções 
administrativas são adotadas para relacionar “a atuação do administrador ao seu 
contexto de trabalho, ou seja, mostrar o resultado do seu trabalho administrativo 
para a sua unidade organizacional” (TEIXEIRA, 1981). 
Leitura Obrigatória: 
CARAVANTES, G.R.; PANNO, C.C; KLOECKNER, M.C. Administração: 
teoria e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. Cap. 19- A 
organização, a Administração e o Administrador (p.383-390). 
No material online a professora Aline Eberspacher explica 
detalhadamente os principais aspectos da etimologia e do significado da palavra 
“administração”. Não perca! 
Saiba Mais 
Quer conhecer melhor o meio de organização da sociedade tribal? Clique 
no link a seguir! 
http://sociologia-ifma.blogspot.com.br/2012/04/o-trabalho-na-sociedade-
tribal.html 
Para ver a aplicação das funções administrativas no cotidiano das 
empresas assista ao filme: “Chocolate”, e analise de que forma a personagem 
principal faz uso das funções administrativas em seu novo negócio. 
Acesse o trailer deste filme (em inglês) clicando no link a seguir! 
https://www.youtube.com/watch?v=zH3dNtJGcn8 
Tema 4: Funções do Administrador/Gestor 
O Conceito de Planejamento 
Lewis Carroll, autor do célebre romance infantil de “Alice no País das 
Maravilhas”, já dizia que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho 
 
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serve”. Pois bem, para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, em 
primeiro lugar é importante que se faça um bom planejamento. 
O planejamento corresponde a uma função administrativa que vem antes 
das outras (organização, direção e controle). Na realidade é difícil separar e 
sequenciar as funções administrativas, mas pode-se considerar que, de maneira 
geral, o planejamento aparece na ponta do processo. Planejar faz parte de 
qualquer processo, e seu objetivo é estabelecer um caminho que será seguido 
durante a execução de um projeto. 
Tomemos como exemplo um planejamento familiar que visa ter filhos. O 
primeiro ponto é quantificar o objetivo, definir com clareza, quantos filhos, 
quando e como, em seguida há de se considerar as etapas: gravidez, 
acompanhamento da gestação, nascimento, o cuidar e educar, e ainda, há que 
se considerar a situação econômica e a capacidade do casal para instalar 
adequadamente o seu filho. 
Assim, planejamento é a ideia de futuro, ele envolve a capacidade de 
estimar tendências e acontecimentos prováveis, prescrevendo situações 
desejadas e o que deve ser feito para concretizá-las, de modo a antecipar os 
efeitos e consequências para a organização. Então, ao pensarmos em uma 
organização, podemos dizer que ela sempre precisará de um planejamento que 
direcione e impulsione o seu desenvolvimento e garanta a sua prosperidade de 
forma sustentável e contínua. 
O planejamento consiste na especificação dos objetivos a serem 
atingidos, na definição das estratégias e ações que permitem alcançá-los, e no 
desenvolvimento de planos que integrem e coordenem as atividades da 
organização. O planejamento permite que os administradores e trabalhadores 
tenham sua ação orientada para determinados objetivos, permitindo-lhes 
concentrar sua atenção no que é mais importante para a organização (SOBRAL; 
PECI, 2013). 
Planejamento é a definição dos objetivos e metas, e as ações pretendidas 
para sua realização, antecipando tendências e acontecimentos prováveis, de 
 
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forma que se estime consequências e efeitos para a organização e seja possível 
um controle do futuro. Segundo Fayol, a função da administração nesse 
momento é a de prever e traçar um programa de suas ações ao visualizar o 
futuro (CHIAVENATO, 2014). Para o sucesso do planejamento empresarial, o 
gestor precisa saber aonde a empresa quer chegar, e traçar os objetivos a serem 
alcançados, pois cabe a ele escolher o caminho a ser seguido pelos 
colaboradores e pelas partes envolvidas. 
A ausência de planejamento pode levar a grandes inconvenientes. Vejam, 
por exemplo, o caso mais amargo em nossa memória, a Copa do Mundo que 
ocorreu no Brasil em 2014, quando estádios, aeroportos, estradas, hotéis, ainda 
estavam em fase de construção nas vésperas da Copa, quase inviabilizando a 
realização da mesma. Outro exemplo recente é a falta de água em São Paulo, 
que se tornou aguda no fim de 2014. Como explicar que um país como o Brasil, 
o segundo maior detentor de água doce do mundo, passe por um período de 
racionamento de água, em um dos maiores sistemas de captação e tratamento 
de água, que é o sistema Cantareira, da cidade de São Paulo? A ausência de 
planejamento, somados a falta de uma política de novos investimentos para 
aumentar a captação e, ainda, uma diminuição das chuvas ocasionaram esse 
racionamento (MENTOR, 2014). 
Desse modo, é preciso que se saiba que com o planejamento adequado, 
a organização maximizará os resultados e minimizará as deficiências. Através 
desses aspectos, o planejamento procura proporcionar a empresa uma situação 
de eficiência e eficácia. 
O Conceito de Organização 
Diferentemente do conceito de planejamento, o conceito de Organização 
pode confundir em relação a sua especificidade. Primeiro, porque é muito 
comum as pessoas confundirem organização e planejamento. É claro que existe 
muita proximidade entre ambos os conceitos, afinal, fazem parte de um mesmo 
sistema; entretanto, organização se difere do planejamento em certos pontos 
fundamentais. 
 
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Organização é a função da administração que faz a distribuição das 
tarefas e dos recursos entre os membros da organização, define quem tem 
autoridade sobre quem e quando e onde devem tomar decisões. A organização 
procura distribuir o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros da 
organização para que estes alcancem os objetivos estabelecidos eficientemente. 
O resultado do processo de organização é a estrutura organizacional (SOBRAL; 
PECI, 2013). 
É pela organização que a estrutura da empresa é definida, onde distribui-
se as tarefas e recursos e define-se a autoridade dos membros de forma a 
alcançar os objetivos e permitir que os resultados e metas organizacionais sejam 
atingidos com eficiência. Podemos entender estrutura organizacional como “a 
distribuição, em várias linhas, de pessoas entre posições sociais que influenciam 
os relacionamentos entre os papéis dessas pessoas” (BLAU, 1974). 
Para Chiavenato(2014), a estrutura organizacional estabelece uma 
cadeia de comando, que são as posições da organização interligadas por uma 
linha de autoridade e que define a subordinação. É dentro desta função que se 
estabelece o organograma de uma empresa, uma representação gráfica que é 
utilizada para representar a sua estrutura e deixar claro seus níveis hierárquicos. 
Outra confusão que se faz a respeito da organização é o fato desta 
palavra representar tanto o processo administrativo (a ação) quanto a coisa que 
se administra (o objeto). 
A ausência de organização gera impactos para a estrutura das empresas. 
Um exemplo clássico brasileiro é sentido na gestão do serviço público, onde 
percebe-se ausência de políticas de gestão de pessoas, o sucateamento de 
maquinários e equipamentos, a precariedade dos prédios públicos, ausência 
absoluta de mecanismos de controle de estoques e do desempenho de veículos, 
dentre outros. 
O Conceito de Direção 
Dentro do processo administrativo, o próximo conceito é a Direção. 
Depois de ser feito um planejamento de onde se pretende chegar e estabelecer 
 
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a organização, é preciso que as ações estipuladas aconteçam da forma 
esperada. Para tanto, é preciso mobilizar os esforços das pessoas, e esta é a 
essência da direção. 
Dirigir significa liderar, motivar e coordenar os trabalhadores no 
desenvolvimento de suas tarefas e atividades. Dirigir também significa selecionar 
o canal de comunicação mais adequado e resolver conflitos entre os 
subordinados. É uma função que exige mais ação do que o planejamento ou a 
organização. O responsável por uma equipe ou grupo, o líder, tem a 
responsabilidade de proporcionar um ambiente propício à execução de um 
trabalho de qualidade e no qual os trabalhadores se sintam satisfeitos. 
(SOBRAL; PECI, 2013) 
Assim, dos três conceitos de PODC até agora apresentados, o mais 
prático, baseado na ação, é o da Direção. Para Sobral e Peci (2013), a direção 
é a função relacionada com a tomada de decisões e a responsável por fazer com 
que as ações realizadas fiquem alinhadas com o planejamento. Por esse motivo 
a comunicação e as outras habilidades interpessoais que melhoram as relações 
entre o subordinado e o líder são tão importantes. 
Direção é a função administrativa de gerir a organização à medida em que 
esta executa os planos ativamente. Um diretor é comparável a um piloto dirigindo 
seu avião para um objetivo, ou um capitão na ponte de comando do navio, à 
medida em que navega em direção ao porto. Do mesmo modo, na fase 
“operacional”, a administração empenha-se em dirigir e motivar a organização à 
medida em que esta procura ativamente converter os planos em resultados 
(JUCIUS; SCHLENDER, 1972; apud TEXEIRA). 
Ou seja, a direção é quem dará o norte de ação para a organização. 
Então, podemos dizer que direção é sinônimo de execução, pois é esta que 
converterá o planejamento e a organização em resultados. Alguns autores 
também costumam dizer que a essência da direção é a liderança. Na verdade, 
a grande habilidade de bons líderes é justamente a capacidade de motivar as 
pessoas em relação aos objetivos esperados. Sejam em uma organização formal 
 
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ou mesmo em uma situação comum do dia-a-dia, os verdadeiros líderes dão o 
rumo para seus liderados. 
A direção possui alguns princípios definidos, sendo eles: unidade de 
comando (em que cada subordinado tem seu superior), delegação (tarefas e 
responsabilidades designadas), amplitude de controle (que limita a quantidade 
de membros supervisionados por cada líder) e coordenação ou relações 
humanas (que trata dos esforços individuais para o alcance de um objetivo). 
(CHIAVENATO, 2014). Um exemplo de ausência de direção é percebido 
principalmente em empresas familiares, quando a direção é obrigada a se afastar 
por algum motivo grave (doença, falecimento, etc.) e os demais membros se 
perdem na condução da organização, podendo levar à falência da mesma. 
Qual é a sensação que você sente quando seu chefe não está presente 
na empresa? Liberdade, leveza? O conceito de liberdade deve ter passado por 
sua imaginação, tendo em vista que quando não temos alguém para nos 
observar e orientar os nossos passos, tendemos a nos sentir mais livres e soltos, 
o que pode nos levar, muitas vezes, a nos perder em nossas atividades 
rotineiras, pois se não há cobrança, não há resultados imediatos, concordam? 
O Conceito de Controle 
Após todas as demais funções da administração serem realizadas, é 
necessário verificar as ações para visualizar se os rumos da organização estão 
de acordo com o planejamento. 
O controle é a função da administração que assegura que os objetivos 
estão sendo alcançados. Consiste na monitoração e na avaliação do 
desempenho da organização, na comparação deste com os objetivos planejados 
e na correção dos desvios verificados. (SOBRAL; PECI, 2013). 
A função de controle envolve: a definição de medidas de desempenho, a 
verificação sistemática do desempenho efetivo, a comparação entre os padrões 
e objetivos planejados e o desempenho efetivamente observado, e, finalmente, 
o estabelecimento de medidas corretivas, no caso da verificação de desvios 
significativos. É por meio da função de controle que a organização se mantém 
 
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no rumo pretendido ou planeja mudanças (SOBRAL; PECI, 2013). Trata-se de 
uma checagem das ações tomadas para comparar com os objetivos e conferir 
se as metas estipuladas serão atingidas, de forma que estas ações possam ser 
corrigidas ou melhoradas. Controle é a função administrativa de regular e 
restringir as atividades. O piloto e o capitão alcançaram o porto certo? E o 
fizeram em tempo hábil? E com um mínimo ou justificável desvio da rota 
planejada? E foram levados em consideração os desejos dos passageiros? Ou 
seja, após a execução (direção) é preciso analisar os resultados obtidos, de 
modo a observar se o planejamento, organização e a direção foram devidamente 
executados, e caso necessário readequar o rumo da organização, iniciando 
novamente o PODC. 
Para Mockler (1984), controle é um esforço para comparar o padrão, os 
planos e as metas com o desempenho e determinar se o mesmo está de acordo, 
e caso não esteja, tomar a ação corretiva necessária na garantia dos recursos 
serem utilizados com eficácia e eficiência. 
Por exemplo, a verificação diária da quantidade de itens produzidos por 
funcionário em uma linha produtiva. Toda semana o supervisor precisa verificar 
os níveis de produção, e com estes dados, decidir por manter o ritmo de trabalho 
(caso as metas sejam cumpridas) ou realizar ações corretivas (caso a produção 
esteja aquém do necessário). Neste caso, a ausência de controle levaria a 
perdas financeiras altíssimas, pois a produção poderia estar além da quantidade 
necessária à venda, gerando acúmulo de estoques na empresa, o que 
proporcionaria prejuízos financeiros ainda maiores. 
Os conceitos “Planejar”, “Organizar”, “Dirigir” e “Controlar” são referentes 
às funções do gestor. E você como gestor, pratica essas funções junto à sua 
equipe? Agora que você já sabe a diferença e a importância destes conceitos, é 
só colocá-los em prática na sua vida. Pense nisto! 
Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 5. ed. 
Barueri. SP: Manoela, 2014. 
 
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25 
Agora é com a professora Aline Eberspacher! No material online ela 
explica com detalhes as funções do administrador. Confira! 
Tema 5:O Gestor e o CHA 
Já observamos que a vida acontece através das organizações, sejam elas 
lucrativas ou não. Nascemos, vivemos e convivemos em organizações. Por isso 
é importante destacar que as empresas, e as organizações, precisam de 
gestores. E o desempenho do gestor não depende somente da sua formação 
técnica, mas também depende de algumas habilidades. 
Segundo Maximiano (2008) “as habilidades são competências que 
determinam o grau de sucesso do gerente no cargo e na organização”. Para o 
renomado pesquisador Robert L. Katz, que se aprofundou nas teorias de Fayol, 
as habilidades gerenciais podem ser divididas em três categorias. Clique nos 
botões, a seguir, e conheça cada uma delas. 
Habilidade Técnica: a habilidade técnica é referente ao conhecimento 
específico que o gestor deve ter em relação à função que desempenha. 
Conhecimentos, métodos e equipamentos necessários para a realização da 
tarefa, estão dentro desta especialidade. Por exemplo, um diretor comercial 
necessita conhecer bem o produto, o preço de venda, os canais de distribuição, 
os clientes e os mercados e as técnicas de venda. 
Habilidade Humana: a habilidade humana, como o próprio nome diz, 
envolve o lado humano. Significa compreender as pessoas, suas necessidades, 
seus interesses e suas atitudes. É a capacidade de entender, liderar e trabalhar 
com pessoas. Por exemplo, um diretor comercial também deve se preocupar em 
conhecer sua equipe, ouvir suas necessidades e tentar encontrar a melhor 
maneira de motivá-los. 
Habilidade Conceitual: a habilidade conceitual envolve a capacidade de 
relacionar, compreender e lidar com a complexidade de dados da organização, 
e de usar o intelecto para formular estratégias. Ou seja, criatividade, 
planejamento, raciocínio abstrato e entendimento do contexto fazem parte desta 
 
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habilidade. Por exemplo, um diretor comercial deverá saber utilizar as 
informações da empresa para planejar o aumento de suas vendas. 
Katz diz que essas três habilidades são fundamentais. Entretanto, 
segundo ele, quanto mais próximo da gestão de primeira linha o gestor estiver, 
mais ele precisará de habilidades técnicas. Ao mesmo tempo, a habilidade 
humana é mais demandada pelos gestores de nível intermediário. E as 
habilidades conceituais são demandas pelo gestor superior. Em suma, o nível 
de habilidades necessárias a cada gestor segue a seguinte tabela. 
 
É importante também estudar a abordagem das habilidades gerenciais 
pesquisadas de H. Mintzberg. Segundo ele, a formação do gerente reside no 
desenvolvimento das habilidades, que precisa ir além da transmissão de 
conhecimentos e do oferecimento de oportunidades para os outros crescerem. 
Mintzberg associa as habilidades do gestor com papéis gerenciais que ele 
mesmo criou. (MAXIMIANO, 2008). As habilidades propostas por Mintzberg são 
oito. 
 Habilidade de relacionamento com colegas: nessa categoria está toda 
a capacidade de estabelecer e manter relações formais e informais 
com os colegas, especialmente do mesmo nível hierárquico, para 
atender a seus próprios objetivos ou servir a interesses recíprocos. 
 Habilidade de liderança: essa habilidade é necessária para a 
realização das tarefas que envolvem a equipe de subordinados do 
gerente: orientação, treinamento, motivação, uso da autoridade. De 
acordo com Mintzberg, as habilidades dessa categoria estão 
associadas intimamente com a personalidade do gerente. 
 
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 Habilidade de resolução de conflitos: incluem-se nessa categoria a 
habilidade interpessoal de arbitrar conflitos entre pessoas e a 
habilidade de tomar decisões para resolver distúrbios. A utilização 
dessas habilidades produz tensão. Portanto, essa habilidade exige 
outra: a tolerância a tensões. 
 Habilidade de processamento de informações: para Mintzberg, os 
estudantes e praticantes da administração devem aprender a 
construir redes informais e desenvolver habilidades de comunicações, 
como expressar eficazmente suas ideias e falar oficialmente como 
representante de uma organização empresarial. 
 Habilidade de tomar decisões em condições de ambiguidade: em sua 
maior parte, as situações que o gerente enfrenta não são 
estruturadas. São situações imprevistas, que precisam ser 
diagnosticadas e que exigem do gerente a capacidade de decidir, e 
até mesmo se é preciso decidir. Além disso, o gerente não lida com 
uma decisão de cada vez. Frequentemente, o gerente enfrenta 
inúmeros problemas e precisa tomar muitas decisões em curtos 
períodos. Ambiguidade é o que acontece quando o gerente tem 
poucas informações para lidar com essas situações. Para Mintzberg, 
a ambiguidade é inerente a muitas decisões gerenciais. 
 Habilidade de alocações de recursos: os gerentes lidam com recursos 
limitados que devem ser usados para atender a necessidades que 
concorrem entre si. Eles devem decidir a quais atividades alocar seu 
tempo, ou a quais projetos alocar funcionários. Assim, a habilidade de 
alocação de recursos fornece ao gerente os critérios para a definição 
de prioridades a fim de que as escolhas sejam as melhores. 
 Habilidade empresarial: segundo Mintzberg, essa habilidade envolve 
a busca de problemas e oportunidades e a implementação controlada 
 
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de mudanças organizacionais. Embora as escolas de administração 
dediquem pouca atenção a esse assunto, é possível criar o clima para 
encorajar o espírito empresarial. 
 Habilidade de introspecção: para Mintzberg, essa habilidade 
relaciona-se com a capacidade de reflexão e autoanálise. O gerente 
deve ser capaz de entender seu cargo e seu impacto sobre a 
organização. Para Mintzberg, a capacidade de aprender com a 
própria experiência está acima de qualquer outra técnica de 
aprendizagem. 
Leitura Obrigatória: 
Fique por dentro do assunto, lendo o texto “Administrador: habilidades e 
características”, do site Administradores, que está disponível no link a seguir. 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/administrador-
habilidades-e-caracteristicas/13089/ 
O que será que a professora Aline Eberspacher tem a dizer sobre as 
habilidades do administrador? Descubra no seu material digital. 
Saiba Mais 
O equilíbrio entre as competências é a base da distinção entre o papel do 
maestro e o do cirurgião na atividade dos gerentes. O “gerente maestro” é capaz 
de fazer um conjunto de pessoas produzir um resultado coletivo, utilizando 
técnicas que ele conhece. Porém, nesse caso, as pessoas são mais 
competentes que seu gerente na dimensão técnica. Outro exemplo disso é o 
técnico de futebol. Ele não joga, nem é bom jogador, mas isso não o impede de 
administrar a equipe. A competência dos “gerentes maestros” é dirigir a equipe, 
e não executar a tarefa. Muitos cargos gerenciais, especialmente na média e alta 
administração, exigem esse tipo de gerente. 
 O “gerente cirurgião” está na situação oposta. Ele é o especialista que se 
cerca de assistentes ou auxiliares, e desempenha o papel de técnico principal e 
o de chefe de uma equipe ao mesmo tempo. Outro exemplo disso é o piloto de 
 
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avião, que é também o chefe da tripulação. Esse papel é característico nos 
supervisores de equipes técnicas situadas na base da pirâmide organizacional. 
Setores de pesquisa, desenvolvimento de produtos, sistemas de informações, 
projetos de arquitetura e engenharia são algumas situações que exigem os 
chamados “gerentes cirurgiões”. 
Fonte: Adaptadode https://pt.scribd.com 
Na Prática 
Agora é com você! 
Busque um projeto, uma atividade ou algo que necessite de 
Planejamento, Organização, Direção e Controle e reflita como cada um desses 
processos pode ser elaborado de forma eficiente e eficaz. 
Quer algumas dicas de como vencer este desafio? 
 Busque livremente uma atividade, como uma partida de futebol, por 
exemplo. 
 Planeje cada processo, considerando a data, hora e local do evento; 
participantes e coparticipantes; material necessário, tempo e destaque 
nas regras. 
 Prepare um organograma dos participantes, descrevendo a 
responsabilidade de cada um deles, tanto no jogo como no evento. 
 Determine as regras especiais (diferentes da do jogo em si) pelo bom 
relacionamento no evento e para a garantia de diversão. 
 Aplique essas regras, bem como deve ser a orientação aos demais. 
 Aponte no cronograma o controle do evento. 
 Aponte as falhas durante cada processo. 
No material online, a professora Aline Eberspacher traz algumas 
considerações sobre esta atividade. Acesse-o! 
 
 
 
 
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Síntese 
O que achou dos conceitos apreendidos nesta rota? Aposto que ficou 
surpreso em saber como tais teorias são aplicadas ao seu dia a dia, tanto na 
vida pessoal quanto profissional, certo? 
 Como você viu, intuitivamente ou empiricamente as práticas relacionadas 
à administração sempre estiveram presentes na história da humanidade. E na 
prática administrativa é importante que você saiba que o planejamento significa 
a previsão das ações futuras, que a organização é a estruturação da rotina 
organizacional, que a direção é sinônimo de mobilização de pessoas (seja as 
liderando, motivando ou coordenando) e que o controle é o contínuo 
acompanhamento do processo para mantê-lo sempre no rumo organizacional. 
Você aprendeu que também chamamos de organização a empresa, a 
repartição pública, a Igreja, a fábrica, a loja, a padaria, ou seja, o sistema social 
e produtivo que se pretende organizar. E que, desta forma, existem organizações 
que foram criadas para atingir a objetivos específicos, sendo que, para atingi-
los, elas foram organizadas formalmente por meio de diretrizes, normas e 
regulamentos. E por fim você aprendeu as funções e as habilidades do gestor, e 
como elas são importantes tanto para o seu desenvolvimento profissional como 
para a empresa. Para finalizar, assista à síntese do professor Aline Eberspacher 
a respeito dos temas abordados nesta rota. Basta acessar o seu material online. 
Referências 
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Atlas, 1996. p. 20-23. 
BLAU, P.; SCOTT, W.R. Organizações Formais: uma abordagem 
comparativa. São Paulo: Atlas, 1970. 
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Administração, 30, 2006, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD, 2006. 
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. 
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HALL, R.H. Organizações: estruturas, processos e resultados. 8ª ed. 
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MAXIMIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração: da revolução 
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PRESTES MOTTA, F.C.; BRESSER PEREIRA, L.C. Introdução à 
Organização Burocrática. 2ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1980. 
SCATENA, M.I. Ferramentas para a Moderna Gestão Empresarial. 2 
ed. Curitiba: IBPEX, 2011. 
VIZEU, F.; GONÇALVES, S.A. Pensamento Estratégico: origens, 
princípios e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. 
TYLDESLEY, J. Pirâmides: a verdadeira história por trás dos mais 
antigos monumentos do Egito. 1ª ed. São Paulo: Globo, 2005. 
 
 
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Fundamentos de Gestão 
Aula 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Aline Eberspacher 
 
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Conversa Inicial 
Seja bem-vindo estimado aluno! Nesta aula nós viajaremos no tempo e 
apreenderemos mais algumas teorias administrativas. 
Começamos a primeira parada da nossa viagem no começo do século 
XX, com as grandes transformações que ocorreram na sociedade. Nela, você 
conhecerá a Administração Científica e seu principal pensador Frederick Taylor. 
Depois, você estudará as ideias do empresário Henry Ford, criador da marca de 
automóveis Ford. Foi ele quem desenvolveu a linha de produção, que busca a 
otimização de tempo. Na sequência estudará as ideias de Henri Fayol, que se 
preocupou com a estrutura da empresa. Ele é o pioneiro em apresentar as 
funções do administrador e a divisão estrutural da empresa. 
Em um terceiro momento, iremos abordar a Teoria da Burocracia, 
baseada nas ideias do sociólogo, jurista e economista alemão Max Weber. Além 
disso, você aprenderá sobre o modelo japonês da administração (e um pouco da 
história da empresa Toyota, já que ela é a grande referência desse modelo de 
gestão). E para finalizar, estudaremos as escolas de qualidade por meio dos 
principais pensadores da qualidade total. Venha aprender e descobrir as 
principais teorias administrativas que transformaram o modo de administrar uma 
empresa, e continuam influenciado os grandes gestores até os dias de hoje! 
Bons Estudos! 
Assista à contextualização da professora Aline Eberspacher sobre esse 
assunto no material online. 
Problematização 
Pense no seu cotidiano, no seu modo de agir. Analise seu local de 
trabalho e faça uma análise de suas atividades diárias. Depois, liste cinco delas 
e reflita em como você as desempenha, verificando os elementos necessários 
para a execução de cada uma. Quanto tempo você leva de deslocamento? 
Esses materiais estão próximos de você? Como você os utiliza? Quanto tempo 
você necessita para realizar cada atividade? 
 
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Após essas anotações, analise a possibilidade de desenvolver essas 
atividades de modo mais prático e produtivo. Para orientá-lo nesta proposta, a 
professora Aline Eberspacher passa algumas dicas interessantes no seu 
material online. Confira! 
Tema 1: Taylor e Ford 
A produção em alta escala, por meio do processo de produção em série, 
nem sempre existiu. Você sabe quais foram os administradores, empresários e 
pensadores que impulsionaram o surgimento deste tipo de produção? Então, 
venha viajar no tempo e conhecer a história dos princípios administrativos 
através das principais ideias do administrador Frederick Taylore do empresário 
Henry Ford. 
Quem foi Taylor? 
O americano Frederick Winslow Taylor nasceu em 1856, na Pensilvânia, 
e faleceu em 1915. Filho de uma família abastada financeiramente, apesar de 
ter sido aprovado no curso de Direito de Harvard, optou por se tornar um 
trabalhador manual. Ele aprendeu o ofício de torneiro, em um fábrica de bombas 
hidráulicas onde trabalhou entre os anos de 1874 e 1878. Durante esse período, 
começou a observar o desempenho dos colaboradores e o “corpo-mole” que 
faziam durante o processo produtivo. A análise de Taylor incluía a relação entre 
os gerentes e os funcionários, principalmente de como a má relação entre eles 
prejudica a produtividade. 
Em 1878, Taylor começou a trabalhar na usina siderúrgica Midvale. Iniciou 
sua carreira como trabalhador e terminou como engenheiro chefe, lá 
permaneceu durante 12 anos. Enquanto trabalhava na empresa Midvale (1878 
e 1890), Taylor observou alguns problemas no processo produtivo que acabaram 
o inspirando em suas pesquisas. 
 Não havia uma noção clara da divisão de trabalho da administração 
nem do trabalhador; 
 Não havia incentivos para o trabalhador melhorar seu desempenho; 
 
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 Muitos trabalhadores não faziam suas funções; 
 As decisões dos administradores eram apoiadas em intuições e 
palpites; 
 Não havia integração entre os departamentos das empresas; 
 Os trabalhadores não tinham aptidão para as tarefas que realizavam. 
 Havia conflitos entre supervisores e operários sobre a quantidade de 
produção. 
Essas observações de Taylor sobre o desempenho dos funcionários, 
remuneração ou mesmo falhas administrativas, permitiram o início do Movimento 
da Administração Científica, que teve início na Sociedade Americana dos 
Engenheiros Mecânicos (ASME), fundada em 1880, da qual Taylor era sócio e 
chegou a presidente. 
A Administração Científica é marcada por três fases. Na primeira fase, a 
preocupação de Taylor era referente ao salário pago aos trabalhadores. Na 
época o pagamento era realizado por dia ou peça produzida. Em ambos os casos 
isso desmotivava o trabalhador. Se a remuneração fosse por dia produzido, a 
quantidade produzida não era considerada; e se a remuneração fosse por peça 
produzida, o valor de cada peça poderia ser reduzido com o aumento da 
produção. Esse contexto desmotivava o trabalhador, pois ele não obtinha 
vantagens em produzir mais. 
Em 1895, Taylor apresentou uma proposta de remuneração de piece rate 
system (sistema de pagamento por peça). A ideia era estudar o tempo exato de 
produção de cada peça por meio da divisão das tarefas, o cronometrar da 
montagem e registro das informações. A partir disso, pôde ser definido o tempo 
padrão de produção dos elementos básicos. Esse procedimento foi chamado de 
Sistema de Administração de Tarefas. 
A Administração Científica surgiu com o estudo do tempo, ou seja, a 
determinação da duração de cada atividade (quanto tempo leva e o quanto custa 
 
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para a empresa). A partir deste estudo, foi possível determinar o tempo médio 
de produção. Na segunda fase da pesquisa, as experiências profissionais de 
Taylor permitiram realizar observações sobre o comportamento humano e o 
rendimento da produtividade dos trabalhadores, bem como a necessidade de 
aprimoramento na seleção dos funcionários. 
A seguir, algumas constatações de Taylor: 
 O trabalhador deve ser remunerado conforme a sua produtividade; 
 Para aumentar a produtividade, é necessário um estudo do tempo de 
produção do trabalhador; 
 É necessário realizar uma seleção científica dos funcionários, ou seja, 
o trabalhador deve estar preparado para a tarefa que ele realizará; 
 É necessário treinar cientificamente os funcionários, para que todos 
realizem suas atividades de modo padrão; 
 A produtividade na empresa aumentará se houver um ambiente de 
cordialidade entre funcionários e gerentes. 
Na terceira fase, em 1911, Taylor lança o livro “The Principles of Scientific 
Management” (Princípios da Administração Científica) e apresenta as técnicas 
da administração científica, que são: 
 O estudo dos tempos e movimentos; 
 A padronização de ferramentas e instrumentos; a padronização de 
movimentos e a conveniência de uma área de planejamento; 
 A inserção dos cartões de instrução, o sistema de pagamento de 
acordo com o desempenho e o cálculo de custos. 
Em suas pesquisas sobre a administração científica, Taylor apresenta a 
importância de separar a administração do processo de fabricação. O 
planejamento é responsabilidade da administração e a execução é 
 
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responsabilidade da fábrica (Maximiano, 2011). Taylor salienta que para a 
maioria das pessoas os interesses dos empregadores e empregados são 
antagônicos. Entretanto, para a Administração Científica os interesses de ambos 
são únicos e com a mesma direção. A prosperidade do empregador não pode 
existir a longo prazo se não for acompanhado pela prosperidade do empregado. 
Para Taylor, a Administração Científica consiste em 4 princípios básicos: 
planejar, preparar, controlar e executar. 
Princípio do Planejamento: substituir a improvisação pela ciência por meio 
do planejamento do método. 
Princípio de Preparo: selecionar e preparar os trabalhadores de acordo 
com suas aptidões para produzir mais e melhor. 
Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o 
mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e 
segundo o plano previsto. 
Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as 
responsabilidades, para que a execução do trabalho seja mais disciplinada. 
Taylor é considerado o pai da Administração Científica. Seu trabalho e 
suas contribuições foram direcionadas para o processo produtivo e a execução 
de tarefas. Para aprofundar a sua aprendizagem assista ao filme “Tempos 
Modernos” de Charles Chaplin, que demonstra o dia a dia de uma fábrica. 
Acesse-o no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=ieJ1_5y7fT8 
Henry Ford 
Agora vamos abordar a história e as ideias de Henry Ford, o empresário 
que deixou uma grande contribuição à prática da produção em série. Ele foi o 
fundador da marca de carro Ford e criador da linha de montagem. Que tal 
entendermos o contexto em que isso ocorreu? Vamos novamente viajar no 
tempo, e conhecer um pouco dessa história. 
O americano Henry Ford (1863-1947) nasceu no estado de Michigan, 
iniciou sua vida profissional como mecânico, e posteriormente, tornou-se 
 
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empresário. Projetou um modelo de carro, e em 1899, fundou sua primeira 
fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada. Em 1903 fundou a “Ford 
Motor Company” e entre 1905 e 1910 promoveu uma das grandes inovações 
industriais: as linhas de montagem. Ford também ficou conhecido como o 
inventor do carro popular. No início do século XX os carros já não eram novidade, 
mas eram acessíveis apenas às pessoas com maior poder aquisitivo, pois eram 
caros e cada um deles era fabricado artesanalmente. 
Quando a Ford adotou a primeira linha de montagem, os funcionários não 
precisavam de tanta qualificação, pois ao lado da esteira rolante cada funcionário 
adicionava uma peça ao corpo do carro. 
 
O barateamento foi brutal, o modelo T que originalmente era vendido a 
800 dólares, teve o preço reduzido para 290 dólares. Ford aumentou o salário 
dos trabalhadores para 5 dólares ao dia. Afinal, isso também estimularia o 
consumo e vendas deautomóveis. 
Quer conhecer uma famosa frase de Ford que se eternizou na história da 
indústria? 
“O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta." Henry 
Ford. 
 
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Essa famosa frase faz referência ao Ford Modelo T, que era produzido 
apenas na cor preta. Você sabe o porquê da escolha dessa cor? A tinta preta 
era a única com secagem mais rápida no mercado de 1913. 
Propostas de Ford 
Além de seu nome estar ligado à criação da linha de montagem, Henry 
Ford foi quem mais elevou os dois princípios da produção em massa: a 
fabricação de peças padronizadas e o trabalho especializado (MAXIMIANO, 
2005). A linha de montagem adotada por Ford objetivava agilizar o trabalho para 
possibilitar o aumento da produção. Essa racionalização proporcionou uma linha 
de montagem que permite a produção em massa, com as seguintes 
características de padronização: o maquinário, o material, a mão-de-obra, o 
design do produto e o custo mínimo (CHIAVENATO, 2004). 
Segundo Maximiano (2005), a produção em massa se baseia em peças 
padronizadas e na especialização do trabalhador. 
Peças padronizadas: 
 Máquinas especializadas; 
 Sistema universal de fabricação e calibragem; 
 Controle da qualidade; 
 Simplificação das peças; 
 Simplificação do processo produtivo. 
Trabalhador especializado: 
 Uma única tarefa (ou um pequeno número); 
 Posição fixa dentro de uma sequência de tarefas; 
 O trabalho vem até o trabalhador; 
 As peças e as máquinas ficam no posto de trabalho. 
 
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Sobre os princípios da produção em massa, Maximiano (2005) destaca 
que para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de 
calibragem para todas as peças em todo o processo de manufatura. Isso gerou 
o que atualmente conhecemos como controle da qualidade. 
Ford também buscou tornar o processo produtivo mais simplificado, com 
a diminuição do número de peças de seus produtos. Por exemplo, o bloco do 
motor de seus automóveis era uma única peça fundida, enquanto que o motor 
dos produtos concorrentes era constituído de várias peças separadas. 
Na produção em massa, cada etapa do processo produtivo é realizada 
por um trabalhador diferente, assim, cada pessoa e cada grupo tem uma tarefa 
fixa dentro de um processo bem definido. Por isso, as qualificações do 
trabalhador se resumem aos conhecimentos para a execução de uma 
determinada tarefa. Sob uma perspectiva crítica, podemos considerar isso como 
um trabalho alienado, em que o trabalhador não tem controle do processo 
produtivo e nem dos resultados do seu trabalho. 
Segundo Chiavenato (2004), Ford adotou três princípios para acelerar a 
produção: o princípio da intensificação, o princípio da economicidade e o 
princípio da produtividade. Veja quais são os objetivos de cada um. 
Princípio da Intensificação: diminuir o tempo de duração da produção com 
a utilização imediata dos equipamentos e matérias-primas, e a rápida colocação 
do produto no mercado. 
Princípio da Economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque de 
matéria-prima em transformação, para que o automóvel fosse pago à empresa 
antes do prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. 
Princípio da Produtividade: aumentar a capacidade de produção do 
homem por meio da especialização e da linha de montagem. 
Na atualidade, as linhas de montagem carregam todos os tipos de 
produtos, em diferentes níveis e estágios. Engenheiros de produção e outros 
profissionais da área continuam estudando e analisando formas de tornar a 
produção mais eficiente. Hoje temos robôs, computadores, cronômetros, 
 
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sistemas de vídeo, mas na essência os princípios da linha de montagem 
concebidos por Ford continuam vivos. 
Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9. ed. Barueri, 
SP: Manole, 2014. (p. 55-80) 
 Quer saber mais sobre as influências de Taylor e Ford na Administração? 
Então, confira a explicação da professora Aline Eberspacher no material online! 
Saiba Mais 
Para conhecer um pouco mais a história de Ford, assista ao filme “Ford, 
o Homem e a Máquina” disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=oTxWtcWB07w 
Tema 2: Fayol e o Processo Administrativo 
Você percebeu que até agora só estudamos o processo produtivo? A 
maior preocupação naquela época era referente ao que nós chamamos de “chão 
de fábrica”, ou seja, no modo de produção. Contrapondo-se a essa concentração 
de conhecimentos, Henri Fayol estudou e analisou a estrutura da empresa e 
apresentou a divisão organizacional e a função do administrador, temas que até 
então não haviam sidos abordados. 
Quem foi Henry Fayol? 
O francês e engenheiro de minas Henry Fayol (1841-1925), iniciou sua 
carreira profissional em 1860, em uma empresa metalúrgica e de produção de 
carvão. Aposentou-se na mesma empresa em 1918, onde ingressou em 1888 
(SCATENA, 2012). Fayol foi contemporâneo à Taylor, contudo diferentemente 
deste (que trabalhou nos níveis operacionais da fábrica) Fayol começou na 
cúpula administrativa, buscando a definição das funções administrativas, que, 
segundo ele, era a habilidade mais requerida pela direção de uma organização 
(KWASNICKA, 2009). Seu trabalho foi considerado uma das maiores 
contribuições para o campo da gerência e da administração. 
Em 1908 publicou “Os Princípios da Administração” em que mostra as 
possibilidades de formar administradores e criar o ensino formal de 
 
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administração. Nesta obra ele também trata de forma mais clara os cinco 
elementos primários da administração: prever, organizar, comandar, coordenar 
e controlar (POCCC). Para Fayol, a administração é uma atividade comum a 
qualquer empreendimento humano, a qual exige planejamento, organização, 
direção, coordenação e controle. Assim, ele considerava que todos deveriam 
estudá-la, o que demandaria a estruturação, e consequentemente o ensino, de 
uma Teoria Geral da Administração. 
 Para cumprir esse objetivo, Fayol criou e divulgou sua própria teoria e 
dividiu a empresa em seis atividades (ou funções) que são: função técnica, 
função comercial, função financeira, função segurança, função contabilidade e 
função administração. Veja os principais elementos de cada uma delas. 
Função Técnica: produção e manufatura 
Função Comercial: compra, venda, troca 
Função Financeira: procura e utilização de capital 
Função Segurança: proteção da propriedade e das pessoas 
Função Contabilidade: registro de estoques, balanços, custos, 
estatísticas 
Função Administração: planejamento, organização, direção, 
coordenação e controle. 
Fayol fortalece o papel do gerente e sua capacidade de tomar decisões, 
estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes 
da organização, a fim de que as atividades de previsão, organização, comando, 
coordenação e controle tenham uma sequência apropriada. 
Por fim, complementa sua teoria com a proposição de 14 princípios para 
uma administração eficaz, que são as diretrizes que devem orientar a ação dos 
administradores. Quer conhecê-los? Então, clique no link a seguir! 
http://172.16.0.8/dev/designer/vivi/ccdd_grad/nucleoComum/fundamento
sGST/a2/includes/pdf/fayol.pdf 
 
 
 
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Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria

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