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UTI - REVISÃO OAB - CERS FILOSOFIA DO DIREITO ESCOLAS DE FILOSOFIA DO DIREITO Antes do Século I até o final do Século XVIII (Revolução Francesa), nós tivemos todas as espécies de jusnaturalizamos. No início do Século XIX surge a ideia do positivismo. A partir do início só Século XIX vai surgir diferentes escolas para dizer o que seria o direito no ponto de vista positivista. Escola de Exegése Uma escola positivista é a Escola Exegése – a lei é a única fonte do direito; o direito ou o juiz é a boca da lei, ou seja, o juiz não pode por meio da interpretação criar direito, isso porque tinha muita influência do iluminismo (Montesquieu – separação dos três poderes). O método mais utilizado aqui era o Método Gramatical. Vai dizer que todo direito é criado pelo Estado. Escola do Historicismo Jurídico ou da História do Direito Após a Escola de Exegése surgiu a Escola Historicismo Jurídico ou Escola da História do Direito (Savignir) – o direito tem como fonte os costumes e não a lei. Essa escola vai defender a Teoria da Interpretação e vai oferecer como método o Método Histórico de Interpretação, ou seja, tentar interpretar a vontade do legislador no momento em que ele criou a lei. E a seguir sistematizar esses Métodos de Interpretação. Aqui vai dizer que o direito é criado pela sociedade civil na medida que ela se auto organiza (normas consuetudinárias). Escola do Sociologismo Jurídico Escola do Sociologismo Jurídico – o direito não é uma ciência, a real e efetiva ciência era a sociologia jurídica, aqui o direito é um departamento da sociologia jurídica, um desdobramento, por isso se apresenta como uma ciência auxiliar. O grande nome aqui é o Emilio Durkain, pai do positivismo. O positivismo jurídico (somos nós seres humanos que criamos as normas porque queremos criar segundo nossa vontade – e será que todas essas normas são justas? Esse é o grande problema do positivismo jurídico, exemplo disso foi os campos de concentração de Hitler, estava tudo dentro da lei) não é o mesmo que positivismo civil. O direito para essa escola não passava de um fato social, o jurista estuda os fatos sociais (práticas habituais, corriqueiras que com o passar do tempo se consolidam e passam a ser costumes), dois grandes juristas Leon Digueui, François Geni. Positivismo jurídico é aquela ideia em que o direito foi criado pelo homem e a seguir imposto pelo homem; está em constante processo de transformação; pretende-se que seja um direito local. Jusnaturalismo o homem não interferiu no processo de criação; o direito natural não admite uma constante transformação, é imutável; pretende-se que seja um direito universal. No final do Século XIX surge Hans Kelsen, que vai sustentar que o direito tem que ser estudado a partir do normativismo jurídico– o direito é uma ciência pura, porque o direito só estuda normas, o direito não está preocupado se a norma é justa ou não, o jurista estuda as normas para controlar o comportamento humano, e a sociologia quer explicar o comportamento humano. O direito quer controlar o comportamento humano através de uma ameaça de sanção. No final do Século XX, Bobbio com o passar dos anos vai dizer que pode controlar o comportamento humano se impor uma premiação, é a chamada a sanção premial, uma benéfice. A gente estuda direito para: controlar o comportamento humano, para decidir conflito e para viabilizar a convivência e sociedade. Tudo isso passa pela NORMA, ou seja, é a norma que dá a possibilidade de fazer tudo isso. Após a segunda guerra mundial Kelsen foi muito criticado, a teoria de Kelsen justificava a criação dos campos de força na Alemanha, por isso foi muito criticado. A partir disso, começa um movimento Gustav Radbruch, ele vai insinuar uma ideia que vai ser um divisor de águas: temos que buscar um terceiro caminho, que seria PÓS-POSITIVISMO JURÍDICO, e dentro desse “pós”, que significa superar o positivismo jurídico, onde vão aparecer diversos autores. DIR. ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PJ DE DIREITO PÚBLICO As pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. BENS PÚBLICOS Os bens jurídicos da pessoa jurídica pública são bens públicos e são impenhoráveis, não são oneráveis; são imprescritíveis (não admite usucapião) – o STJ vem dizendo que é mera detenção a utilização do bem público; possui inalienabilidade relativa, porque a princípio o bem público é inalienável, para alienar são necessários quatro requisitos: a) desafetação; b) declaração de interesse público; c) avaliação; d) licitação; se o bem for imóvel, além desses quatro requisitos é necessário a autorização legislativa. CONTRATOS São 5 cláusulas exorbitantes, significa que nesses contratos a administração pública goza de supremacia: a) Poder de alteração Unilateral do contrato: ainda que o particular não concorde, por motivo de interesse público, o estado pode alterar o contrato. Pode se dar quanto ao projeto (ex.: trocar uma escada por uma rampa) e sobre a quantidade (queria três caixas de som e quero quatro), em até 25%, e em contratos de reforma pode ser alterado em até 50% para mais, para menos não (reforma gasta mais do que a gente pensa), essa alteração unilateral gera o direito do particular de revisão contratual. Contudo, se eu acrescento 25% na quantidade de caixas, porém haja o que houver não pode ser aumentado o valor do contrato b) Rescisão Unilateral: a administração termina o contrato hora que ela quiser por dois motivos: a) se não tem mais interesse público (encampação da concessão); b) inadimplemento do particular (caducidade da concessão). Em ambos os casos tem que ser garantido o contraditório e ampla defesa. Em ambos os casos o Estados pega para ele todos os bens da concessionária que estavam atrelados ao serviço, indenizando a empresa, isso se chama reversão de bens. Nos contratos de concessão de serviço público (transporte, telefonia), que são regulamentados pela lei 8987, é possível também a rescisão unilateral por esses dois motivos. Nesses contratos quem paga o serviço da empresa somos nós que utilizamos o serviço através dos serviços. COMPETÊNCIA DO ATO ADMINISTRATIVO A competência é irrenunciável, imprescritível e improrrogável. Apesar de tudo se admite delegação (estender a competência – mesma hierarquia ou inferior) e avocação (tomar para si temporariamente a competência – somente hierarquia inferior) de competência. Quem pratica o ato responde pelo ato, não interessa quem delegou ou avocou (Súmula 510, STF). Existem três vedações para delegação e avocação: edição de atos normativos, decisão de recurso hierárquico, competência exclusiva. CONTROLE A administração pública sofre triplo controle: súmula 473, STF – o poder tem poder/dever de rever seus próprios atos, o qual seria o controle interno, mas é possível um controle externo feito pelo judiciário (controle de legalidade e depende de provocação) e legislativo (se divide no controle parlamentar direto e em controle pelo tribunal de contas). Tribunal de Contas: Art. 70, CR – a titularidade é do Congresso, mas o congresso conta com o apoio do tribunal de contas. Em relação ao TCU, não compete julgar as contas da Dilma, ele dá um parecer que será encaminhado ao congresso, a quem compete julgar (controle parlamentar direto). Com relação aos outros administradores, aí sim compete ao TCU realizar essa fiscalização. Quanto à eficácia das decisões do TCU, o TCU pode aplicar multas e suas decisões são títulos executivos extrajudiciais. DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO Alguns serviços o Estado presta diretamente (ex.: saúde, segurança pública), essa prestação é feita diretamente pelos entes federativos (União, estados, municípios e df), eles prestam esses serviços de forma centralizada. O Estado deve ser eficiente, mas de que forma? Especializando-se! Ou seja,transferindo a execução da atividade para pessoas especializadas na execução dessa atividade, e isso se chama descentralização. Para garantir essa especialização e consequente eficiência, em alguns momentos o Estado transfere a prestação do serviço dele para outra PJ, isso chama-se descentralização. O Estado sai da prestação centralizada e descentraliza para particulares (contratos de concessão, permissão de serviço público) ou para entidades da administração indireta ou administração descentralizada (autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista). Só tem um problema! Mesmo quando o Estado presta um serviço diretamente ele tem que ser eficiente! Por isso, em alguns momentos o Estado tem que se especializar internamente, daí ele cria órgãos internos e distribui as competências internamente entre esses órgãos. Essa distribuição interna de competência para órgãos e agentes de uma mesma pessoa jurídica é chamada de desconcentração, aqui não há transferência de prestação de serviço, a desconsideração decorre da hierarquia e ocorre internamente. Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica, não é titular de direitos e obrigações, não tem patrimônio, por isso não se pode propor ação contra a prefeitura, contra o SUS, pois são órgãos da administração, não possuem personalidade jurídica, tem que propor ação contra o município, contra a união. Alguns órgãos têm capacidade processual, se a lei assim estabelecer, personalidade jurídica nem pensar. As entidades da administração indireta não, elas seguem quatro regras básicas: 1) os entes da administração indireta são PJ, titulares de direitos e obrigações, não se confundem com os entes da administração direta responsáveis pela sua criação; 2) dependem de lei específica para que sejam criados A lei específica cria as autarquias e autoriza a criação das fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Quando a lei cria não precisa registrar os atos constitutivos, a criação se dá com a publicação da lei. Essa própria lei especifica já define a finalidade da pessoa jurídica que está sendo criada, a entidade da administração indireta, desse modo se sujeita a um controle exercido pelos entes da administração direta, chamado controle finalístico, porque a entidade da administração direta vai verificar se o ente descentralizado está cumprindo a finalidade para a qual ele foi criado; são sinônimos de controle finalístico: tutela administrativa, vinculação, supervisão ministerial. Esse controle não decorre da hierarquia e da subordinação. Os entes da administração indireta são 4: autarquias (PJ de dir. público, ou seja, tem regime de fazenda pública, então imunidade tributária e tudo que tem direito), fundações públicas (podem ser de direito público ou privado) e as empresas estatais públicas ou de sociedade de economia mista (são PJ de direito privado, ou seja, não gozam de nenhuma prerrogativa pública, de estado). Existem 3 diferenças entre empresas estatais públicas e sociedade de economia mista: 1) capital: na empresa pública o capital é 100% público, do estado, das entidades da administração direta e indireta. Na sociedade de economia mista não, o capital é misto, mas a maioria do capital pertence ao poder público; 2) forma societária: a empresa pública pode ser criada sob qualquer forma societária admitida em direito. A sociedade de economia mista só pode ser criada sob forma de SA; 3) competência: ações propostas contra a empresa pública é competência da justiça federal. Ações propostas contra a sociedade de economia mista é de competência da justiça estadual. Ambas possuem regime híbrido, ou seja, não gozam de nenhuma prerrogativa pública, de estado, mas se submetem a todas as limitações do estado. DESAPROPRIAÇÃO É forma originária de aquisição de propriedade, isso significa que o bem desapropriado ele chega na mão do estado novinho, livre e desembaraçado, como se não tivesse pertencido a ninguém. O Estado adquire esse bem livre de qualquer ônus, qualquer direito que recaia sobre o bem já era, ficou sub-rogado no valor da indenização. A base constitucional para a desapropriação é o art. 5º, XXIV, CR, o qual diz que a desapropriação é possível por utilidade ou necessidade pública, interesse social mediante pagamento de indenização em dinheiro, prévia e justa. Dois requisitos: interesse público e indenização em dinheiro. A desapropriação é feita em duas fases: 1) declaratória, em que o Estado declara a utilidade pública ou interesse social e 2) indenização. A declaração é feita a princípio pelos entes federativos ou por meio de decreto ou por meio de lei de efeitos concretos. Daí, declarou a utilidade pública ou interesse social o bem ainda não passa para o Estado, só passa depois do pagamento da indenização. Mas essa declaração gera algumas consequências: a) permite ao Estado penetrar no bem, não para tomar mas para fazer medições, avaliações, fixar o valor do bem; b) ocorre fixação do estado do bem, é o poder público dizendo “meu querido eu quero o bem no estado que ele está, não faça nenhuma melhoria porque eu não pago”, a ideia é que a administração não paga nenhuma melhoria após feita a declaração. Tem exceção: as benfeitorias necessárias, as benfeitorias úteis desde que autorizadas, essas serão indenizadas mesmo feita após a declaração; c) o particular se submete a um monte de restrição sem ganhar nada ainda, por isso essa declaração tem um prazo de caducidade, esse prazo depende da declaração, se for de utilidade ou necessidade pública o prazo é de 5 anos, se for declaração de interesse social o prazo é de 2 anos. Não podendo fazer a declaração sob o mesmo bem no prazo de um ano, somente após o período de um ano pelo menos, é o período de carência. Feita a declaração, entramos na fase de indenização, executória, de promover a desapropriação, que significa pagar e entrar no bem, pode ser feito pelo próprio ente federativo, mas também é possível ser feita pela administração indireta, por consórcios, por concessionárias. A execução pode ser feita mediante acordo na via administrativa, é um acordo em relação ao valor indenizatório, se o particular não concordar com o valor aí a execução ocorre na via judicial, que quem promove e o ente público. AGENTES PÚBLICOS Agente público é todo mundo que trabalha para o poder público. Servidores públicos efetivos eles podem ocupar, prover seus cargos públicos, é possível ocupar esse cargo de algumas formas: provimento originário e provimento derivado. Provimento originário, é o provimento de origem, o sujeito está ingressando pela primeira vez na carreira, que ocorre com a aprovação em concurso e após com a nomeação. O provimento originário se dá com a nomeação, mas a investidura se dá com a posse, ou seja, ele se investe na qualidade de servidor no momento em que toma posse, tem o prazo de 30 dias para tomar posse, nem que seja por procuração especifica. Depois que toma posse tem 15 dias no máximo para entrar em exercício no cargo, não pode ser por procuração, se não entrar em 15 dias ele é exonerado do cargo. Provimentos derivados, são os provimentos que derivam do provimento originário e depois vai prover outros cargos na mesma carreira, não existe provimento derivado entre carreiras diferentes, isso não pode ocorrer sem aprovação em concurso, é inconstitucional qualquer forma de provimento que permita um servidor de sair de uma carreira e ir para outra sem concurso. Há várias hipóteses de provimentos derivados: a) promoção: não é possível ascensão porque muda de carreira como era permitido antigamente; b) readaptação: ocorre quando o servidor sofre uma limitação na capacidade física ou mental e por isso ele precisa ser readaptado em outro cargo; c) reversão: é o retorno ao cargo público do servidor aposentado (ex.: aposentado por invalidez); d) reintegração: ocorre quando houver anulação do ato de demissão – e se tiver B no cargo de A, B será reconduzido para o seu cargo de origem sem direito a indenização;o sujeito que está sendo reintegrado terá direito a indenização de tudo que deixou de ganhar; e) recondução: é o retorno do servidor ao cargo anterior sem direito a indenização, esse retorno pode acontecer em duas situações: quando há a reintegração do anterior ocupante do cargo; quando houve inaptidão em estágio probatório em outro cargo; f) aproveitamento: é o retorno do servidor que estava em disponibilidade (querido vá pra casa, se eu precisar eu te chamo), a disponibilidade é remunerada de forma proporcional ao tempo de serviço, o sujeito será obrigatoriamente reaproveitado quando disponível seu cargo. RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Por uma única infração pode ensejar sanções de natureza penal, civil e administrativa. Essas instâncias são independentes entre si, ou seja, pode ser punida em uma, absolvida em outra, punido em todas e acumular sanções. Exceção: A lei define que se o sujeito for absolvido em esfera penal por inexistência do fato ou negativa de autoria, aí ele obrigatoriamente será absolvido na esfera civil ou administrativa. LICITAÇÃO Existem várias modalidades de licitação, mas veremos aqui a diferença entre “concorrência” e “pregão”. A concorrência se inicia, terminada a fase interna, ela começa publicamente com a publicação do edital, a lei diz que o edital deve ser publicado em diário oficial e jornal de grande circulação, os dois. Publicou o edital, já tem que marcar a data para abrir os envelopes de proposta e documentação dos licitantes, e aí nesse momento, qualquer cidadão pode impugnar o edital, desde que este cidadão faça até o quinto dia útil anterior à data marcada para abertura dos envelopes. Se o sujeito for licitante, ele pode impugnar o edital até o segundo dia útil para abrir os envelopes, o prazo é maior, uma vez que é contado de trás para frente. Alterado o edital, tem que publicar de novo, sem exceção. E aí, neste caso, deve se abrir o prazo de intervalo mínimo para proposta e documentação. Se a alteração não modificar o conteúdo da proposta, não precisa abrir o prazo novamente para apresentação de propostas e documentação, mas tem que publicar a licitação de novo. Publicou o edital, abre-se a fase de habilitação dos licitantes, não se pode exigir nenhum requisito de habilitação que seja indispensável para o contrato, senão é fraude a licitação. Os requisitos para habilitação jurídica é o CNPJ, registro, qualificação técnica necessária para a execução do contrato, qualificação econômico financeira – tem que demonstrar que tem dinheiro para executar o contrato, adequação ao contrato, regularidade fiscal e ainda regularidade trabalhista, demonstrada por meio da certidão negativa de débitos trabalhistas. Com todos os requisitos preenchidos, o licitante está habilitado, estará inabilitado se faltar algum requisito. Passa a fase de habilitação, abre-se o prazo para recurso, que é de 5 dias úteis, com efeito suspensivo. Depois classifica as propostas de acordo com o edital, que traz critérios objetivos. Terminada a essa fase também abre-se o prazo para recurso de 5 dias, com efeito suspensivo. Após vem a homologação, se a autoridade verificar algum vício pode anular ou revogar a licitação por motivo de interesse público superveniente, com direito a recurso com prazo de 5 dias uteis. Se a licitação for homologada, abre-se a fase de adjudicação, nesta fase o poder público ainda não é obrigado a contratar com o licitante, mas a adjudicação vincula o poder público, pois caso a administração resolva contratar, só poderá contratar com o vencedor da licitação. O licitante vencedor em até 60 dias é obrigado a celebrar o contrato com o poder público sob pena de sanções, se o licitante ainda não aceitar celebrar o contrato neste prazo, a administração pública vai para o segundo colocado, o qual não fica obrigado a cumprir a proposta do primeiro oferecida pelo primeiro colocado que rejeitou assinar o contrato. No Pregão muda tudo! As fases são invertidas para dar maior celeridade ao procedimento. Depois da publicação, primeiro se classifica as propostas para depois habilitar, e primeiro adjudica para depois homologar. A fase de declaração tem um detalhe, depois das propostas apresentadas, a lei diz que passa para o lance verbal: a menor proposta e todas que não passarem de 10% em relação a menor proposta, com número mínimo de 3 propostas além da menor para os lances verbais. DIR. PENAL E PROCESSUAL PENAL FEMINICÍDIO Não é necessariamente matar mulher, é o homicídio qualificado pelo fato da vítima ser mulher e ser morta em decorrência da violência doméstica e familiar. Se ficar comprovado que o indivíduo matou uma mulher porque ele despreza o sexo feminino é também aplicado o feminicídio. O sujeito passivo, a vítima do feminicídio só pode ser mulher, agora o sujeito ativo, o autor pode ser tanto homem quanto mulher. E os trangêneros? Para fins de direito penal, não leva-se em conta o sexo social, somente o sexo natural. A competência para o feminicídio é de quem? É de competência do tribunal do júri, não importando se foi consumado ou tentado. Um juiz praticou um feminicídio, mas ele é juiz, se ele é juiz, ele tem prerrogativa de função do tribunal de justiça se for juiz de direito, e, portanto, tem-se uma exceção a prerrogativa do tribunal do júri. Mas e se fosse um vereador? O vereador não tem prerrogativa de função fixada na CR, vai depender do estado se ele tem ou não prerrogativa, porém isso não prevalece sob a competência do tribunal do júri (Súmula Vinculante 721). Vereador praticou crime doloso contra a vida, vai para o júri. E se o cara for deputado estadual? Há divergências, mas a doutrina majoritária, o deputado estadual é julgado pelo tribunal de justiça. Quanto maior a prerrogativa maior o tombo, e quem tiver junto acompanha (Súmula 704, STF). A posição majoritária, se o juiz praticasse um crime de roubo com o motorista dele, os dois seriam julgados no TJ. Mas se ele praticar um crime doloso contra a vida, o juiz vai para o Tribunal de Justiça e o motorista vai para o júri, vão se separar. SEQUESTRO RELÂMPAGO x EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO A diferença NÃO ESTÁ NO LAPSO TEMPORAL em que a vítima perdura em cativeiro. A diferença está em A QUEM os sequestradores irão pedir o dinheiro. No Sequestro Relâmpago o dinheiro é exigido da própria vítima (ex.: sequestrar a vítima e leva-la pelos bancos para sacar o dinheiro). Na Extorsão Mediante Sequestro, os sequestradores exigem de outrem, de terceira pessoa diferente do capturado. PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS Se você tem uma sentença que condenou o réu a pena mínima, pode acontecer da acusação recorrer buscando o aumento da pena ou em favor do réu. O MP recorre buscando a piora da situação do réu, quando só existe recurso da defesa a situação do réu ou fica na mesma ou melhora, não pode piorar. Também está proibida a reformatio in pejus indireta, que é quando a defesa recorre da decisão e o tribunal vê que é caso de nulidade e devolveu o processo para o primeiro caso, e o juiz de direito vê que é caso de piorar a situação do réu. Não interessa o motivo está proibida a reformatio in pejus indireta e direta. Vamos imaginar que o réu foi denunciado por homicídio qualificado, pronunciado por homicídio qualificado e ele foi a júri por homicídio qualificado. A defesa recorreu e o tribunal entendeu que era homicídio simples. E agora? Posição do STF e do STJ, vai ficar na sentença o art. do homicídio qualificado, mas o juiz não pode dar a pena maior que oito anos, ou seja, tá proibido a reformatio in pejus também no tribunal do júri. CRIME DE VIOLAÇÃO SEXUAL E CRIME DE ASSÉDIO SEXUAL Assédio Sexual – se consuma com o constrangimento, só pode vir de cima pra baixo (chefe para empregado). Violação sexual mediante fraude ou estelionato sexual – indivíduo oculta seu real propósito para iludir a pessoa para obter vantagens sexuais (ex.: Miguel se faz de Jorge para pegar a Lu). Não há a prática do crime por mentiras (ex.: o cara mentiu que era rico e que ia casar com amoça). Prazo para prescrição de crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes se inicia quando a vítima completa 18 anos de idade, segundo a Lei Joana Maranhão (12.650/12), ou seja, esta contagem inicial de prazo só é válida para crimes praticados depois da entrada em vigor desta lei. TRANSAÇÃO PENAL E SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO Súmula Vinculante 35 – cria uma situação nova em relação ao descumprimento da transação penal. Cabe ao MP avaliar se o réu merece a proposta da transação, o réu merece, o juiz homologou e o réu descumpriu, e aí? Descumprindo a transação, o MP pode continuar a investigação ou oferecer a denúncia. Se o réu merecer a proposta de transação e o MP não propor, o juiz não pode propor de ofício, o juiz remete ao Procurador Geral. A transação cabe em crimes de pequeno potencial ofensivo (pena máxima de dois anos ou inferior), entre outros requisitos que o réu tem que ter. Na Suspensão Condicional do Processo não interessa se a infração é ou não de menor potencial ofensivo, eu verifico a pena mínima, se for igual ou inferior a um ano cabe suspensão. No entanto, em crimes que a pena for só de multa cabe suspensão condicional do processo ainda que a pena seja maior de um ano. MAS SÓ SE FOR MULTA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO Quando um crime pode ser considerado como meio executório para prática de outro delito inicialmente desejado, o crime fim engloba o crime meio (ex.: falsificar documentos para praticar estelionato, o delito de estelionato engloba o delito de falsificação de documentos). MOMENTO CONSUMATIVO DO FURTO E DO ROUBO Tanto o STF quanto o STJ entendem que o momento consumtativo deverá ser aferido com base na teoria da apreensão. O furto e o roubo estarão consumados no momento da subtração da coisa alheia móvel, ainda que o agente delituoso não consiga ter a posse mansa e pacífica do bem. Mesmo que ele sequer consiga sair do local do roubo ou do furto. O fato de haver sistema de vigilância no local do crime não torna a prática do crime impossível. O latrocínio é o roubo qualificado pelo resultado morte da vítima, pena de reclusão de 20 a 30 anos. Configurará latrocínio quando ficar claro que a intenção inicial do agente era roubar. No momento em que emprega a violência e ele mata a vítima, sem querer a morte a da vítima, é isso que caracteriza o latrocínio. O crime de latrocínio não é de competência do tribunal do júri, pois trata de crime patrimonial e não crime doloso contra a vida. O momento consumativo do latrocínio é quando a vítima morre, ainda que os bens não cheguem a ser subtraídos. ESTELIONATO CONTRA AUTARQUIA Terá aumento de 1/3 da pena, trata-se de crime permanente, isso significa dizer que a consumação desse delito vai acontecer no momento que o beneficiário recebeu o primeiro pagamento indevido e a permanência desse crime vai se estender até o momento que ele receber o último pagamento. Impacta no termo inicial de contagem do prazo prescricional, o prazo só começa a fluir quando o agente parar de receber. DIR. EMPRESARIAL NOME EMPRESARIAL É aquele elemento que identifica o empresário, a sociedade empresária e a EIRELI. O nome empresarial vai identificar “o todo”. O nome empresarial adquire proteção quando é registrado na junta comercial, se já houver um nome igual não pode registrar. O nome empresarial é inalienável. MARCA – LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL Tem a função de identificar aqueles produtos e serviços oferecidos por outras sociedades. A marca adquire proteção quando registrada no IMPI (autarquia federal), a proteção da marca é nacional, mas no seu ramo de atividade específico. Mas não sempre, pois pode se tratar de uma marca de alto renome (ex.: mc donalds), quando se tratar de marca de alto renome, essa marca estará protegida em qualquer ramo de atividade e cabe ao INPI outorgar o status de auto renome às marcas. CONTRATO DE FRANQUIA Quando eu quiser minimizar o meu risco, porque eu pego todo o prestígio, know how, o dono dará todo funcionamento do negócio e isso diminui o meu risco. O contrato de franquia tem que ser sempre escrito, não necessariamente registrado, o franqueador tem que oferecer ao franqueado a circular de oferta de franquia (COF) dentro de um prazo: 10 dias antes da assinatura do contrato, do pré-contrato ou do pagamento de qualquer taxa. TÍTULOS DE CRÉDITO Principalmente endosso e aval. Imagina que eu vou passar um cheque pra Carla e a Carla vai passar esse cheque pra outra pessoa, como ela vai fazer isso? Pelo endosso, uma simples assinatura no verso do cheque, mas ela tem que transferir tudo, não pode endosso parcial. O Aval é uma garantia própria para o título de crédito, eu poderia ser o avalista do cheque da Carla, eu poderia ser avalista só de uma parte do cheque? Posso!! O CC diz que é vedado, mas a lei especial (lei do cheque) autoriza, lei especial prevalece sob lei geral, então aval parcial pode! Faturização é um contrato mercantil que envolve duplicatas, o faturizado não responde pela inadimplência dos títulos faturizados. LEI DE FALÊNCIA O administrador judicial pode ser pessoa física ou jurídica e tem direito a uma remuneração, se essa remuneração for em função das suas atribuições em processo de falência em uma microempresa ou empresa de pequeno porte, a remuneração será de 2% dos bens (art. 24, §5º, Lei de Falência). Cinco anos sobre requisitos da recuperação judicial. SOCIEDADE LIMITADA Deliberação de sócios – o que foi deliberado na sociedade limitada vincula a todos os sócios, ainda que ausentes - arts. 1071 a 1076. S/A – Consórcio. Consórcio não conta com personalidade jurídica, não há presunção de solidariedade entre os sócios. Imagine que tem 3 sócios, A tem 30% do capital, B tem 30% e C tem 40%, é permitido exclusão do sócio? Um dos requisitos para exclusão extrajudicial é que se tenha maioria dos sócios que detém mais da metade do capital social, portanto A e B podem excluir C da sociedade. Porém, judicialmente C pode excluir B da sociedade sem a maioria dos sócios detendo mais da metade do capital. SOCIEDADE COOPERATIVA Sociedades de natureza civil, por isso não pode ter falência decretada, mas pode ser constituída mesmo sem capital. A sociedade cooperativa embora seja uma sociedade de natureza civil deve ser registrada no Cartório de Registro de Empresa Civil – arts. 1093, 1094, 1095 e 1096, CC. As cooperativas são sociedades de pessoas. Nas cooperativas são intransferíveis as quotas à terceiros estranhos, existe uma vinculação entre os sócios, eles querem saber se são pessoas idôneas, pessoas com histórico de bons pagadores. Esses atributos interessam numa sociedade cooperativa. O liame pessoal une os sócios nas cooperativas. Uma sociedade empresária não pode ser constituída sem capital. CAPACIDADE É possível a constituição da sociedade entre marido e mulher, desde que não estejam casados na comunhão universal de bens ou separação obrigatória de bens, o primeiro para evitar a confusão de patrimônio dos cônjuges e a segunda para evitar a ocorrência de fraude. EIRELI Temos que o empresário individual responde com o seu patrimônio pessoal, o patrimônio pessoal fica exposto, mas hoje é possível que uma pessoa sozinha desenvolva atividade empresária sem expor seu patrimônio pessoal, através de uma EIRELI – art. 44, 980-A, 1.033, CC. Capital mínimo para constituição da EIRELI é de 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país. ESTABELECIMENTO COMERCIAL O estabelecimento comercial sempre será uma das principais garantias dos credores. A alienação do estabelecimento comercial é também chamada de “trespasse” e tem que estar de acordo com o art. 1145, CC. Para alienar o estabelecimento comercial é necessário, em regra, pagar todos os credores ou se não pagar, ter patrimônio para pagá-los, mas se não pagar todos os credores e não possuir patrimônio para pagá-los, também há possibilidade de alienar o estabelecimento comercial com a assinatura de autorização unânime dos credores, a autorização também pode ocorrerde maneira tácita, se os credores não se manifestarem quanto à venda no prazo de 30 dias. SOCIEDADES COLIGADAS – ESPÉCIES Na sociedade em nome coletivo todos os sócios deverão ser necessariamente pessoas físicas. É possível que uma sociedade seja sócia de outra, isso chama-se coligação societária e são divididas em espécies. As espécies são classificadas em razão do nível de participação das sociedades. Os níveis de participação que vão determinar – arts. 1097, 1098, CC: a) sociedades controladas: A e B são uma sociedade. A possui quotas da sociedade B, essas quotas são referentes a mais de 50% do capital da sociedade B, controlando-a. b) sociedades filiadas: A e B são uma sociedade. A possui quotas da sociedade B, essas quotas existem na razão de 10% ou mais do capital da sociedade B, mas não chega ao tempo de controla-la, a sociedade B é filiada. c) sociedades de simples participação: A e B são uma sociedade. A detém menos de 10% do capital da sociedade B. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA É demonstrada a confusão patrimonial, o que é da PJ pode ser transferida para a PF de modo que seja possível alcançar o patrimônio do devedor. Desconsideração da personalidade jurídica inversa, é obrigação da PF, mas está desviando patrimônio para PJ ou vice-versa. DIR. DO CONSUMIDOR RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC Ocorre por duas formas: 1) Vício (art. 18, 19, 20, 23, 26, CDC) – é intrínseco, é inadequação, impropriedade, recai no próprio produto ou serviço, tem prazo decadencial para propor uma ação – 30 dias para serviços ou produtos não duráveis ou 90 dias para serviços ou produtos duráveis. 2) Fato (art. 12, 13, 14, 27, CDC) – extrínseco, se um produto me causou um problema, um dano que recaiu sobre mim, ocorre um fato (estava falando no celular e ele explodiu e eu fiquei surda), prazo prescricional de 5 anos para propor uma ação. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA Tenho duas modalidades no CDC: 1) ART 6º, VIII – inversão ope in iudicis – aquela em que ocorre análise do critério subjetivo do julgador, ou seja, o juiz pode inverter o ônus da prova se houver verossimilhança ou o consumidor for hipossuficiente. 2) Art. 12, §3º, II; 14, §3º, 38 - inversão ope lege – aquela que não ocorre análise do critério subjetivo do julgador, ou seja, o juiz tem que inverter o ônus prova, ele deve inverter. Não há a escolha do juiz, ele tem que inverter. PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DOS DANOS O CDC tem um caráter preventivo e repressivo, ele busca prevenir um dano e reparar um dano que o consumidor vier a sofrer. Temos o dano material ou patrimonial, que dividimos em lucro cessante (é aquilo que a pessoa deixou de ganhar) e dano emergente (é a perda do patrimônio já existente). Temos o dano moral, que é a violação de um dos direitos da personalidade. Súmulas 37, 227, 370, 385, 387, 388 e 403, todas do STJ – todas acerca do dano moral. Teoria da Perda de Uma Chance – é a perda de uma chance séria e real, aquele que perde uma chance terá direito de reclamar tanto danos morais quanto danos patrimoniais. PROTEÇÃO CONTRATUAL Art. 46 – Princípio da Transparência Máxima, o qual diz que o consumidor só fica vinculado ao cumprimento do contrato se houver a transparência máxima, que é fruto da boa-fé objetiva. Se esse contrato for ambíguo, contraditório, obscuro, nós devemos nos atentar a ideia do art. 47 – o princípio da interpretação mais favorável ao consumidor, pouco importando a natureza do contrato, se é paritário, se é de adesão, nós teremos um fato, uma interpretação mais favorável ao consumidor. Art. 49 - Direito de arrependimento é um direito potestativo seu de exercício do arrependimento para as compras feitas fora do estabelecimento comercial, onde não há o contato físico com a coisa, você pode refletir por 7 dias, mas não pode usar o produto ou o serviço, esses sete dias é para você refletir. Você pode exercer o seu arrependimento, independentemente se o produto tem algum vício ou não. CLAUSULAS ABUSIVAS São nulas de pleno direito, é fato que podem elas ser conhecidas de ofício. Mas tem uma súmula boxxxxta 381, do STJ, que diz que nos contratos bancários o juiz não pode conhecer de ofício uma clausula abusiva no contrato bancário. Banco manda, juiz obedece. OFERTA A oferta quando publicisada ela vincula? Não!! A oferta vincula desde que seja suficientemente precisa (ex.: processar a red bull porque eu não ganhei asas). É preciso saber que o que é uma publicidade enganosa e publicidade abusiva (art. 36 e 37, CDC). Não se aceita a publicidade subliminar em nosso código (Jequiti no meio da Usurpadora). CONSUMIDOR E FORNECEDOR Temos dois tipos de consumidores: o consumidor padrão (art. 2º - toda pessoa física ou jurídica que adquire um produto como consumidor final); e consumidor por equiparação (Ex.: fui atropelada por um caminhão da coca cola, eu não estava bebendo a coca cola). De um lado temos o consumidor e de outro o fornecedor. Se eu vendi um carro para B, é uma relação de consumo? Não, pois não há habitualidade. Se eu sou vendedor de carro com habitualidade mesmo sem CNPJ, haverá uma relação de consumo. BANCO DE DADOS Súmulas 323, 359, 385 e 404, todas do STJ. Antes do nome do consumidor ser inserido no SERASA ele tem que ser notificado e não é necessária essa notificação por aviso de recebimento. DIR. HUMANOS INCIDENTE DE DESLOCAMENTO – Art. 109, CR O Procurador Geral da Rep é o único competente para fazer o deslocamento. Isso veio para trazer mais celeridade para o processo que envolva grave crime que viole direitos humanos, o PGR pode pedir ao STJ que remeta o processo para a instância federal, federalizando, portanto, o julgamento do crime. - Art. 5, §3º, CR – trata sobre direitos humanos que se passarem por dois turnos com 3/5 dos votos terão força de emenda constitucional – Ex.: tratado para pessoas com deficiência. Os tratados que não passarem por esse crivo terão status de norma supralegal, abaixo da CR, mas acima da legislação ordinária. Em dezembro de 2014, a Comissão da Verdade apresentou um relatório sobre os anos da ditadura, essa comissão foi criada em razão de um dos projetos de direitos humanos, programa nacional número 3, o qual estabeleceu que havia o direito a memória, em recuperar os dados da ditadura, e em seguida a Dilma criou a Comissão da verdade que apresentou um relatório. DECLRAÇÃO UNIVERSAL DE DIR. HUMANOS DE 1948 Ela não tem status de tratado, convenção ou acordo. Ela foi aprovada pela assembleia geral da ONU, portanto esta declaração tem status de resolução, ela tem duas características: a) universalidade – significa que a declaração se aplica a todas as pessoas independentemente de sexo, cor, idade; b) indivisibilidade – porque a declaração se aplica a todas as pessoas independentemente e ela não faz separação entre os direitos de primeira (liberdade, pública, civil, política), segunda (direitos sociais) e terceira geração (direitos difusos). PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA – A Convenção Americana de Dir. Humanos. O Brasil incorporou o pacto de San Jose no ano de 1992, pelo Decreto 678, ao incorporar esse pacto nós também aceitamos o papel fiscalizador da Comissão interamericana de direitos humanos, mas só manifestamos adesão ao papel contencioso da Corte Interamericana no ano de 1998. O indivíduo não pode acessar diretamente a Corte Interamericana de Dir. Humanos. Ele pode acessar a diretamente a Comissão Interamericana. A Comissão Interamericana realiza o papel de filtro, fiscaliza o cumprimento do pacto de San Jose, as denúncias individuais são apresentadas perante essa comissão, e quando é recebida essas denúncias informando que um estado teria violado o Pacto de San Jose, a comissão tem três possibilidades para agir: 1) arquivar a denúncia por entender que não é caso de prosseguir com a denúncia; 2) pode realizar uma composição amigável com o estado denunciado; 3) remeter a denúncia a corte interamericana de direitos humanos. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas ou entidades não-governamentallegalmente reconhecida em um ou mais estados membros da organização, pode apresentar a comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta convenção por um estado parte. Para que uma petição seja recebida pela comissão interamericana, existem alguns requisitos: 1) para que um indivíduo comprovar o esgotamento dos recursos da jurisdição interna – porque a fiscalização internacional é complementar, o indivíduo tem que tentar primeiro resolver suas questões no plano interno. Essa não é uma regra absoluta, é possível que a comissão receba a denúncia sem esgotamento, quando tiver a comprovação de que a justiça, a polícia, em âmbito nacional não estão cumprindo suas funções; 2) a denúncia deve ser apresentada no prazo de 6 meses, a contar da notificação da decisão definitiva do que transitou em julgado; 3) a matéria objeto da denúncia não pode estar pendente de outro processo de solução internacional - não se admite litispendência internacional; 4) não se admite decisão apócrifa – sem assinatura. A corte interamericana produz uma sentença definitiva e inapelável, essa sentença não é uma sentença estrangeira, não é homologada pelo STJ. É uma sentença internacional e segundo boa parte da doutrina e da jurisprudência, essa sentença será executada perante a justiça federal de primeiro grau. DIR. CONSTITUCIONAL - A CR fala de poder em três acepções: Primeira acepção: poder significando soberania. A CR diz que todo poder emana do povo, isso significa que vivemos em uma democracia. Esse é o primeiro significado do poder, não existindo divisão, o poder é UNO e INDIVISÍVEL. Segunda acepção: Terceira acepção: poder significa função - A função do legislativo é inovação da ordem jurídica, criando a lei, as espécies de lei estão no art. 59, CR. - O legislativo da união, ou seja, o congresso nacional é bicameral: câmera dos deputados e senado da república. Nos estados e nos municípios o legislativo é unicameral. - Requisito para ser deputado federal é ter 21 anos. Para ser senador é de 35 anos. Esses requisitos são condições para poder receber votos. - Na câmara dos deputados nós temos representantes do povo (povo são os brasileiros natos e naturalizados). - Cada estado possui no mínimo 8 deputados federais e no máximo 70, o número de deputados federais leva em conta o número da população. - Senadores são representantes dos estados e do DF, por mais que existam diferenças geográficas e econômicas, no concerto nacional elas são iguais, por isso cada estado possui 3 senadores. - Mandato dos deputados federais são de 4 anos e dos Senadores são de 8 anos. Quatro anos é o a CR chama de legislatura, o mandato do legislador portanto são duas legislaturas. A legislatura ela se divide em 4 sessões legislativas. CPI Três requisitos para se criar uma CPI (art. 58, §3º): a) assinaturas de 1/3 dos deputados e senadores; b) A CPI precisa respeitar a reserva legal. A CPI não pode tudo, em tese, tudo que o juiz pode a CPI pode. Existem exceções: uma delas é a Reserva Constitucional de Jurisdição: só juiz pode e CPI não pode - expedir mandado de prisão (prisão em flagrante qualquer um do povo pode); expedir mandado de busca e apreensão; expedir mandado de interceptação telefônica (a CPI pode oficiar para a empresa telefônica para obter os dados telefônicos). CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 97 – princípio da reserva de plenário: para que um tribunal possa declarar a inconstitucionalidade de uma lei é necessário o voto da maioria. O juiz de primeiro grau não precisa consultar ninguém, esse princípio só se aplica quando estamos em plenário. Características do controle concentrado – nenhuma das ações admitem desistência do pedido. O rol de legitimados do art. 103, são divididos em especiais/temáticos e universais. O amigo da corte pode participar de todas as ações do controle concentrado como instrumento de legitimidade, para pluralizar o debate constitucional. Além da legitimidade precisa de capacidade postulatória? Quem precisa de advogado são os incisos VIII e IX. Sistema Difuso: a) legitimados - qualquer pessoa física ou jurídica diante de um caso concreto; b) efeito: a decisão só repercute no patrimônio jurídico das partes (efeito inter pars) – exceção art. 52; c) qualquer juiz pode declarar inconstitucionalidade; d) objeto de controle: qualquer lei ou ato normativo federal, estadual, municipal, distrital. Sistema Concentrado: a) legitimados – art. 103, CR, divididos em especiais e universais; b) efeito: erga omnes e não há necessidade de atuação do senado; c) somente o STF pode declarar a inconstitucionalidade; d) objeto: lei ou ato normativo federal ou estadual – porém cuidado com as leis do DF e com a ADPF. SÚMULA VINCULANTE O art. 103-A traz três requisitos: a) a matéria constitucional deve ser amadurecida; b) é preciso que haja controvérsia judicial com o tema da súmula; c) quórum necessário para produção que são 2/3 dos ministros, de um total de 8 ministros. Súmula vinculante pode ser objeto de controle constitucionalidade? O STF tem decidido que súmula vinculante não pode ser objeto de nenhuma das ações de inconstitucionalidade, pois já tem instrumento próprio para isso, que é um requerimento administrativo de revisão de súmula. O descumprimento de uma súmula vinculante gera uma ação: Reclamação constitucional (fofoca). Tem prazo para ajuizar uma reclamação constitucional? Pode violar coisa julgada? A reclamação não pode violar a coisa julgada. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Federalismo – República - Presidencialismo Dentro do nosso território quantos centros que manifestam poder existem? Vivemos um estado composto, nossa forma de estado é uma federação. Nossa forma de estado é uma cláusula pétrea? Sim. Nossa forma de governo é República, e isso é uma cláusula pétrea? Não, mas é para muitos autores uma limitação material implícita ao poder de reforma da nossa CR. Presidencialismo, uma única pessoa exercendo a função executiva. A CR divide o que a união, os estados e os municípios podem fazer. Art. 22, I, CR – direito penal, processo penal, direito do trabalho, civil, são matérias que a CR reservou a União. O §Ú diz que uma lei complementar pode autorizar que os estados e o DF possam tratar de assuntos reservados a União, requisitos – lei complementar, poder delegado, casos específicos daquele estado. Art. 18 - nossos entes federativos são União, Estados, Municípios, DF todos gozam de autonomia, o Território não é considerado ente federativo, assim como Brasília, que é apenas a capital do nosso país. Art. 18, §2º - Os territórios podem vir a ser criados por meio de uma lei complementar. Art. 18, §3º - Os estados podem ser criados por meio de desmembramento, subdivisão, através de plebiscito e no senado federal, se aprovado pela população diretamente interessada, será formado por meio de lei complementar federal. Art. 18, §4º - Para criar novos municípios há necessidade de plebiscito, se a população concordar, o município será criado por meio de lei estadual, num período fixado por uma lei complementar federal. Art. 19 - princípios que servem ao equilíbrio federativo, é vedado a União, Estados, Municípios e DF estabelecer cultos religiosos – pois vivemos em um país laico; recusar fé aos documentos públicos – os documentos públicos gozam de fé pública, são presumidos verdadeiros; e criar distinção entre brasileiros ou preferências entre si – em nome do princípio da igualdade os brasileiros devem ser tratados da mesma forma. DIREITOS FUNDAMENTAIS E GARANTIAS Art. 5º, XVI: direito de reunião, direito de expressão coletiva, que se denegado gera possibilidade de impetração do mandado de segurança. Requisitos constitucionais para que esse direito possa ser realizado: a reunião precisa ser pacífica, sem arma, em locais aberto ao público, não há necessidade de autorização, é exigido a comunicação, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local. É o direito de manifestações públicas, passeatas. Art. 5º,XXIV: cuida da desapropriação, que é a forma mais violenta de intervenção do Estado na propriedade privada, a desapropriação deve ser feita mediante pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro, essa desapropriação não está ligada a função social da propriedade, vai acontecer por ato do poder público desde que haja interesse social, necessidade, utilidade pública Art. 5º, XXV: requisição administrativa, não é o mesmo que desapropriação, na desapropriação há a efetiva transferência da propriedade do particular para o Poder Público. Na requisição há uso daquele bem pelo poder público, no caso de iminente perigo público, com indenização posterior, se houver prejuízo comprovado. Art. 5º, XLVII: trata das penas, não haverá penas perpetuas, penas de trabalho forçado, penas cruéis, penas de banimento, e em regra, não terá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. NACIONALIDADE Art. 12, §2º - em regra, a lei não pode estabelecer distinção de tratamento entre brasileiros natos e naturalizados. Há quatro situações em que é possível fazer essa discriminação: a) 12, §3º - devem ser brasileiros natos aqueles que ocuparem cargo de presidente da república e cargos importantes de segurança nacional; b) 89, VII – a participação popular direta no conselho da república deve ser composta apenas de brasileiros natos; c) 5º, LI – não há extradição de brasileiro nato, o naturalizado pode ser extraditado, caso pratique um crime comum antes da nacionalização ou caso esteja envolvido em tráfico de entorpecentes, não interessando se foi antes ou depois da naturalização. O inciso LII, diz que ninguém será extraditado por crime político ou de opinião. d) 222 – a propriedade de empresa jornalística, som e imagem deve pertencer à brasileiros natos, os brasileiros naturalziados devem comprovar viver no brasil mais de 10 anos. DIREITOS POLÍTICOS Art. 14, §3º - Condições de elegibilidade: para o indivíduo concorrer a cargos políticos devem ter acumuladamente os seguintes requisitos: nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral; filiação partidária; idade mínima 3530-2118 (presidente/senador – governador - deputados/prefeitos – vereador); domicílio eleitoral na circunscrição. Nem todos que são capazes ativamente podem possuir a capacidade passiva, ou seja, nem todos que podem votar, podem ser eleitos (ex.: os analfabetos). Mas todos que podem ser eleitos, podem votar. PROCESSO LEGISLATIVO - Vai postar tabela no instagram @flavia_bahia - EC: 2 turnos de votação em cada casa do congresso nacional, em cada um dos turnos a EC precisa receber pelo menos 3/5 dos votos dos respectivos membros para ser aprovada. Não há iniciativa popular para apresentação de proposta de EC. - L.O: quórum de maioria simples - L.C: quórum de maioria absoluta - Aceitação das acusação contra o presidente da república: seja por crime comum ou crime de responsabilidade, há a necessidade de juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, e a aceitação da acusação depende da aprovação de 2/3 dos deputados. - E também é de 2/3 para condenar o Presidente da República por crime de responsabilidade perante o Senado Federal - Para aprovar súmula vinculante: 2/3 dos ministros do STF - Para modulação de efeitos temporais da decisão da corte sobre o controle de constitucionalidade: quórum de 2/3 - Para criação de CPI: necessidade de 1/3 das assinaturas dos deputados, se for criada apenas no âmbito da Câmara; 1/3 assinatura dos senadores, se for criada apenas no Senado. É preciso que haja um fato determinado e que o prazo seja certo. - Declaração de Inconstitucionalidade pelos Tribunais – princípio da reserva de plenário: para que haja declaração de inconstitucionalidade no âmbito dos tribunais é preciso respaldo do voto da maioria absoluta dos membros do tribunal ou de seu órgão especial. - Impeachment: art. 86 - julgamento do presidente da república por crime de responsabilidade, admissibilidade da acusação pela câmara depende do quórum de 2/3 dos deputados, se aceita a acusação por esse quórum, se por crime comum quem julga é o STF, se por crime de responsabilidade, quem julga é o Senado. - Crime de responsabilidade: art. 85 – atos do presidente da república que atentem contra a CR; que atentem contra a existência da União; o livre exercício do Poder Legislativo, Judiciário, do MP, dos poderes constitucionais das unidades da federação; infrações político-administrativas etc. - Art, 52, §ú: quem julgara o presidente da república, em caso de crime responsabilidade é o Senado, a condenação será proferida com 2/3 dos votos; quem funcionará como presidente do julgamento será o Presidente do STF. A condenação consistirá em: perda do cargo, com inabilitação, por 8 anos, para o exercício da função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. As sanções são cumulativas: perda do cargo + inabilitação por 8 anos para o exercício da função pública. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Há dois sistemas de controle: difuso e concentrado. O difuso pode ser feito por qualquer juiz ou tribunal, no bojo dos inúmeros processos, qualquer pessoa pode provocar o judiciário, ou seja, qualquer pessoa tem legitimidade ativa; é feita na via incidental, de defesa, porque a inconstitucionalidade é questionada de forma incidental, não é o ponto principal da ação, é mera causa de pedir; os efeitos são inter pars. O concentrado está nas mãos apenas do STF, para proteger a CR, os legitimados para propor as ações de inconstitucionalidade estão no art. 103, CR, são divididos em especiais/temáticos e universais; o objetivo das ações é a realização do controle; os efeitos são erga omnes. ÉTICA – EAOAB QUADROS OAB É formada pelo quadro de advogados e pelo quadro de estagiários. Para fazer parte do quadro de advogados é necessário (art. 8): a) capacidade civil; b) tem de levar o diploma ou certidão de graduação em direito – e pelo art. 23 do regulamento geral também cobra o histórico escolar; c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro – o estrangeiro ele pode abrir um escritório para prestar consultoria sobre o direito do país dele, se ele quiser advogar nos tribunais brasileiros ele tem que fazer valer o diploma dele aqui no Brasil e passar no exame de ordem, essa regra vale tanto para o estrangeiro e o brasileiro formado em outro país, mas há uma exceção: aqueles advogados escritos na OAP, não precisa fazer exame de ordem e não precisa fazer valer o diploma aqui no Brasil; d) aprovação no exame de ordem; e) não pode exercer atividade incompatível com a advocacia – atividade incompatível com a advocacia está ligada com a vida profissional da pessoa, diferente da atividade incompatível é a conduta incompatível está ligada a vida pessoal, social da pessoa (art. 34, §ú), a conduta incompatível leva a uma suspensão; f) idoneidade moral – ela é presumida, até que se prove ao contrário somos todos idôneos, e essas coisas podem ou não gerar suspensão, para qualquer advogado ser considero inidôneo moralmente tem que ter os votos de 2/3 do conselho competente, a inidoneidade gera uma exclusão, claro que pode voltar a ser advogado um dia, a partir de um ano ele pode fazer isso, tem ainda uma outra expressão que se confunde com inidoneidade moral que é o crime infamante; g) juramento – prestar compromisso, que tem três características/requisitos: solene, personalíssimo e inderrogável. Para ser estagiário tem que preencher alguns desses requisitos: a) capacidade civil; b) título de eleitor e quitação militar, se brasileiro; c) não pode exercer atividade incompatível; d) idoneidade moral; e) juramento. A inscrição do estagiário vale por até 3 anos, o estagiário faz a inscrição no estado em que ele estuda mesmo que ele faça estágio em outro estado. O advogado pode vir a ter até três tipos de inscrição: a) principal – é a primeira inscrição que deve ser feita naquele conselho seccional em que você pretende estabelecer seu domicílio profissional, na dúvida prevaleceo endereço do domicílio civil do advogado, com essa inscrição o advogado pode atuar ilimitadamente, e nos outros estados de forma eventual e limitada; b) suplementar – inscrição em um segundo estado diferente da inscrição principal, tem pagar anuidade dessa inscrição também, tem duas formas de se auferir a habitualidade, até 5 causas por ano em outro estado eu não preciso fazer nada, se eu tiver 6 causas ou mais por ano aí preciso tirar uma inscrição suplementar, não irá contar a advocacia extrajudicial, não conta também acompanhar carta precatória, não conta impetração de habeas corpus, agora se ele se utilizar de recurso ou pegar procuração pra fazer isso vai contar, não vai contar advocacia nos tribunais superiores e interestaduais, se eu quiser ser magistrado eu tenho que provar 3 anos de prática, devendo atuar no mínimo 5 causas por ano; c) por transferência – eu tenho inscrição principal no RJ e vou morar no MT, é importante transferir porque o assentamento, as punições acompanham. ATOS PRIVATIVOS DA ADVOCACIA Atos que só podem ser praticados por advogados devidamente inscritos na OAB. Atos judiciais – postulação a qualquer órgão do poder judiciário e aos juizados especiais. Este “qualquer” foi considerado inconstitucional, pois há órgãos que a pessoa não precisa de advogado. Atos extrajudiciais – consultoria, assessoria e direção jurídicas, só que o regulamento geral diz que a gerência jurídica também é atividade privativa da advocacia. LICENÇA E CANCELAMENTO Para que o advogado peça licença ou cancelamento ele precisa estar inscrito na OAB. Licença: art. 12 – o advogado vai ficar licenciado, ele não advoga, não paga anuidade, não precisa votar (a votação é obrigatória pelos advogados – os estagiários não votam -, se não votar e não justificar pagar uma multa de 20% do valor da anuidade). Hipóteses de licença: se o advogado assim o requerer por motivo justificado; advogado que for exercer atividade incompatível temporariamente; por doença mental considerada curável Cancelamento: art. 11 – ele deixa de ser advogado, volta a ser bacharel, ele pode voltar a se inscrever, cumprindo determinados requisitos, sem precisar fazer exame de ordem, mas voltará com novo número de inscrição, o número antigo não se restaura. Hipóteses de cancelamento: se assim o requerer; sofrer penalidade de exclusão (sanção mais grave da OAB - a partir de um ano o advogado pode pedir para retornar, sem ter que fazer novo exame da ordem); se o advogado falecer; se o advogado passa a exercer uma atividade incompatível em caráter definitivo (ex.: passar em concurso público); se o advogado perder qualquer dos requisitos do art. 8º. SOCIEDADE DE ADVOGADOS Natureza jurídica de uma sociedade de advogados: art. 15 – sociedade civil (atualmente sociedade simples, de acordo com o CC/2002). Personalidade Jurídica da Sociedade: é adquirida com o registro do contrato social no Conselho Seccional da OAB daquele estado onde estiver localizado o escritório. BASTA. APENAS. ISSO. Nome da sociedade: no contrato social tem que ter o nome do escritório, que é composto por duas partes – nome de pelo menos um sócio (qualquer parte do nome) + uma expressão que indique a finalidade daquele escritório (ex.: Mariana e Giovana Advogados Associados) Se um dos sócios morrer o nome pode continuar sendo utilizado se houver autorização, previsão contratual. Se o sócio que estiver licenciado pode continuar com o nome na sociedade (ex.: um sócio é eleito prefeito), mas tem que ser comunicado a OAB. Se o sócio passa a exercer uma atividade incompatível em caráter definitivo aí tem que tirar o nome, porque o sócio deixa de ser advogado, tem que providenciar alteração contratual, houve cancelamento da inscrição (ex.: sócio passa em um concurso público). - Não pode nome fantasia. Muito menos colocar nome de advogados famosos que já faleceram (ex.: Rui Barbosa). - Um escritório de advocacia com 5 advogados, quando um cliente for passar a procuração não pode passar para a pessoa jurídica, para a sociedade, a procuração não pode ser coletiva. A procuração tem que ser individual, mencionando a sociedade (s/s). - O mesmo escritório não pode patrocinar clientes com interesses opostos, isso gera uma infração disciplinar, isso viola o estatuto e o código de ética - Além da sociedade, os sócios respondem subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes. Ou seja, quando um cliente sofre um prejuízo primeiro quem vai responder é a sociedade, mas se ela não tiver mais dinheiro isso vai atingir de forma subsidiária os sócios, atinge até o seu patrimônio. Atinge até os associados, ou seja, os sócios e os associados respondem de forma subsidiária e ilimitadamente aos danos causados ao cliente. ADVOGADO ASSOCIADO - É um parceiro, é um meio termo entre empregado e sócio. Tem que ser feito um registro de prestação de serviço, onde fica estabelecido o percentual que vai para o advogado associado e o percentual que vai para a sociedade. ADVOGADO EMPREGADO - O advogado mantém a sua isenção e independência técnica, ele deve trabalhar da maneira que ele achar melhor. - Ele trabalha 4h por dia ou 20h por semana, a não ser que haja acordo ou convenção coletiva de trabalho ou em caso de dedicação exclusiva (8h por dia). Se o advogado trabalhar mais que tudo isso, ele tem direito a hora extra que é de 100% ou mais, não pode trabalhar por hora extra a menos, nem que estiver em contrato, essa cláusula será nula. Adicional noturno é de 25%, quando o advogado trabalha das 20h às 5h. - Temos uma empresa e advogados empregados e uma sociedade de advogados com advogados empregados, os honorários sucumbenciais eles são devidos aos advogados, ou seja, o advogado empregado de empresa ele é quem recebe os honorários, não vão para os donos da empresa. Já em relação aos advogados empregados da sociedade, os honorários são partilhados entre os sócios e o empregado. Mas o STF entendeu que, já que é direito disponível se eles combinarem de maneira diversa não tem problema, tanto é que se houver combinação os honorários não vão para os advogados associados, ele pode ficar em uma poupança para ser gasto com os próprios advogados. DIREITO CIVIL NEGÓCIO JURÍDICO Negócio jurídico ele pode existir e não ser válido. Então temos dentro do negócio jurídico os planos do negócio jurídico: planos da existência, da validade e da eficácia. Plano de existência: aqui vamos trabalhar com os substantivos, a vontade, agente, objeto, forma Plano da validade: aqui vamos trabalhar com os adjetivos, a vontade tem que ser livre, o agente tem que ser capaz, o objeto deve ser lícito, possível e determinado, a forma deve ser prescrita ou não defesa em lei Plano da eficácia: temos os elementos acidentais do negócio jurídico, condição, termo e encargo – algo futuro. Vícios ou defeitos do negócio jurídico – vícios de consentimento ou vontade são: erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão; vício social: fraude contra credores. São vícios anuláveis, e possui prazo decadencial de 4 anos para propositura de ação. Quando o negócio jurídico é anulável sem trazer o prazo para anulabilidade, eu vou me valer de 2 anos decadenciais. A ação para ingressar com fraude contra credores é a ação pauliana ou revocatória, com prazo de 4 anos para propositura. Vício de Simulação: para o CC simulação não é mais vício social, é o único vício de nulidade absoluta, não tem prazo para propositura diante de uma ação de simulação, pois não se sujeita a prescrição e não se sujeita a decadência DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA PESSOA JURÍDICA - Art. 50, CC Preciso de um pedido expresso (portanto não pode de ofício) feito pela parte ou pelo MP, quando couber intervir no feito, somado ao abuso da personalidade jurídica que pode ocorrer de duas formas: desvio de finalidade e confusão patrimonial. O CC adota uma teoria maior, porque exige maiores requisitos, portanto é mais difícil desconsiderar no CC. No CDC não é igual, porque no CDC no art. 28, §5º, adotamos umateoria menor, com menos requisitos, basta que a pessoa jurídica seja obstáculo no ressarcimento de valores. Desconsideração inversa é aquela que vai na contramão, sai da pessoa física para atingir a pessoa jurídica (ex.: prevejo que vou me separar e pego o meu patrimônio e coloco no nome da empresa para não ter que dividir, neste cenário é possível que se requeira desconsideração inversa). OBRIGAÇÕES Quando vamos realizar um pagamento, nós começamos uma obrigação como um sinal, chamado de “Arras”, o art. 417 a 420, CC trabalha com esse termo. Arras tem duas modalidades: arras confirmatórias (não cabe arrependimento; cabe indenização suplementar – art. 419, CC) e arras penitenciais (cabe arrependimento; não cabe indenização suplementar). RESPONSABILIDADE CIVIL Dano material, moral, perda de uma chance, dano estético. Súmulas do STJ 37. 227, 370, 385, 387, 388 e 403 – todas falam sobre dano moral. Apresentação de um cheque pré-datado cabe dano moral, denominado de dano moral in re ipsa, significa presumido, ou seja, dano moral presumido – Súmulas que trabalham com dano moral in re ipsa 370, 388 e a 403. Art. 932 - quem tem responsabilidade civil – pais, tutores, curador, empregador, hotel, hospedaria ou onde se albergue por dinheiro e aqueles que auferem produtos advindos do crime. Art. 933 - respondem independente de culpa, é responsabilidade civil de natureza objetiva, aquela que independe da existência de culpa Art. 934 - é cabível de direito de regresso, salvo se for ascendente ou descendente seu absolutamente ou relativamente incapaz. Ou seja, não será cabível a regra do regresso no art. 932, I, jamais os pais terão direito de regresso em face dos filhos. O incapaz responde civilmente, tanto o incapaz absoluto quanto o relativamente. DIREITO POSSESSÓRIO A posse é um estado de fato que gera efeito econômico sobre coisas físicas corpóreas. Classificação mais importante da posse: ações possessórias X usucapião. É possuidor todo aquele que tem poderes inerentes a propriedade (GRUD – gozar, reaver, usar e dispor). Possuir é diferente de Famulo da posse, que é mero detentor. Detentor não tem posse, o detentor tem detenção. O detentor não pode entrar com uma ação possessória, pois ele não tem posse. Tanto detentor quanto o possuidor pode usar a força para proteger bem, desde que seja razoável e em legítima defesa Um dos efeitos da posse é a proteção possessória - desforço imediato (art. 1210, §1º) e interditos possessórios, que são as ações possessórias (art. 1210, caput; art. 1920 e seguintes, CPC), ex.: reintegração de posse no caso de esbulho; manutenção de posse, no caso de turbação; interdito proibitório no caso de ameaça de turbação e esbulho. Art. 1197, CC – a posse pode ser direta/plena ou indireta. É possível o litígio entre o possuidor direito e indireto. A composse é quando duas ou mais pessoas detém a posse simultânea de um bem, significa que um possuidor pode usar todo o bem mas tem uma fração ideal, podendo usar todo o bem desde que não fira o direito do outro. Boa fé na posse acontece quando o possuidor ignora o vício. Art. 1210, 1238, 1239, 1240 e 1240-A, todos do CC. CASAMENTO Regime de bens – regra geral no Brasil é a comunhão parcial de bens (separação para o passado e comunhão para o futuro). Exceções: a) A recebeu uma doação durante o casamento, pertence somente a A, essa doação não comunica, bem como o patrimônio sub-rogado não comunica. b) Se A ganhar na mega sena na constância do casamento, essa grana comunicará, ou seja, independe se houve ajuda na aquisição. Instrumento de trabalho pessoal não comunica. c) Os bens móveis adquiridos na constância do casamento, presume-se relativamente que é do casal, portanto, comunica e divide. Se eu quiser escolher outro regime de bens para o meu casamento eu posso, mas devo me valer de um instrumento: pacto antinupcial, que é de forma específica, por escritura pública, sob pena de nulidade absoluta, este pacto somente irá produzir efeitos após o casamento, antes do casamento ficará em modo suspensivo, ele será válido, porém ineficaz. UNIÃO ESTÁVEL Art. 1723, CC – convivência pública, contínua, duradoura, com ânimo de constituir família entre pessoas desimpedidas de se casar ou separadas com ânimo de constituir família, basta isso para se ter união estável. Não tem prazo mínimo para se ter união estável. Não precisa morar junto (súmula 372, STF). Não precisa ter filhos. Cabe união estável entre pessoas do mesmo sexo. Em regra, o regime de bens é o mesmo do casamento. ALIMENTOS Em regra, os alimentos existem para assegurar o padrão de vida da pessoa. Cabe prisão civil para o devedor de alimentos, pelas três últimas parcelas vencidas, bem como aquelas vencidas no curso do processo. A maioridade não gera extinção dos alimentos, bem como a prisão civil não exonera o devedor do pagamento. EVICÇÃO É a PERDA do bem móvel ou imóvel, por força de sentença ou apreensão administrativa. Só ocorre nos contratos onerosos, se houver arrematação do bem por hasta pública. Se a pessoa adquiriu um bem alheio ou objeto de litígio não caberá a ela demandar pela evicção. VÍCIO REDIBITÓRIO É um vício oculto, contra os vícios redibitórios propõe-se as ações EDÍLICIAS, que são: a) redibitória – aquela visa redibir, extingues, resolver b) estimatória ou quantisminóris – visa um abatimento. Art. 445 – Prazos. DIR. TRIBUTÁRIO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA Imunidade é quando a CR diz para não pagar o tributo. Isenção é quando a lei diz que eu não tenho que pagar o tributo. Imunidade genérica está no art. 150, VI, CR, temos que ter em mente que quem tem essa imunidade tem SORT na vida, porque ele não vai pagar imposto, mas essa imunidade do SORT é só do imposto, porém paga os demais tributos (taxa, contribuição de melhoria, contribuição, empréstimo compulsório). A primeira imunidade é Recíproca – veda que os entes federativos cobrem impostos um dos outros, é extensiva para as autarquias e... A segunda imunidade é Templo de qualquer culto – tudo que estiver no nome da instituição religiosa e cumprir a finalidade. A terceira imunidade é Subjetiva – é do sujeito, aqui são quatro pessoas que gozam de imunidade: entidades de assistência social, entidade de educação sem fim lucrativos, os partidos políticos e os sindicatos dos trabalhadores. A quarta imunidade é a Objetiva – livro, jornal periódico e papel para sua impressão, todo e qualquer livro que tenha transmissão de pensamento e ideias – livro pornográfico tem imunidade, porque transmite pensamento e ideias, independente do conteúdo. Nós temos no crédito tributário duas causas de exclusão do crédito tributário: isenção e anistia. O crédito tributário pode ser excluído e pode ser suspenso (art. 151, CTN), o problema é que nós temos seis incisos e vamos guardar com uma palavra MODERECOPA, que são causas de suspensão do crédito tributário MO – moratória; DE – depósito do montante integral; RE – relações de recursos administrativos; CO – concessão de liminar/tutela; PA – parcelamento. E temos 11 causas de extinguem, tudo que for diferente de MODERECOPA não é causa de suspensão, é causa de extinção. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE De acordo com esse dispositivo o tributo só pode ser instituído e majorado por lei, em regra. Há quatro exceções que só podem criados e majorados por lei complementar: CEIGF(?) – contribuição residual, empréstimo compulsório, imposto residual. O poder executivo poderá alterar a alíquota de quatro tributos (II, IE, IOF e IPI) por meio de decreto, alterar significa inclusive majorar. E o poder executivo poderá reduzir e estabelecer as alíquotas de ICM combustível e ICMS combustível. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Não fazem parte do moderecopa, então eles são causas de extinção do crédito tributário, porém não se confundem. A decadência está no art. 173, I, CTN e a prescrição está no art. 174, CTN. O prazo é de 5 anos, quinquenal ou lustro. Decadência é um instituto que corre contra o fisco para ele lançar logono prazo de 5 anos. Prescrição é um instituo jurídico que mostra o prazo contra o fisco para que este fisco promova a execução fiscal logo no prazo de 5 anos. Se o estado lança fora de hora nós vamos arguir decadência e o débito tributário estará extinto. Se o estado executa fora de hora nós vamos arguir prescrição e o crédito tributário estará extinto. DIREITO PROCESSUAL CIVIL SUJEITOS DO PROCESSO Procuradores – são representantes processual na medida que ele atua em nome alheio e de interesses alheios. Esse representante precisa de procuração, é instrumento que atesta que o procurador tem poder de representação, que será juntado no primeiro momento, junto com a petição inicial, ao mesmo tempo o procurador do réu fará a juntada no momento da contestação. Mas há duas exceções que a lei permite a juntada da procuração a posteriori: para evitar o perecimento do direito ou para praticar atos urgentes, o advogado terá 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias. Partes – sujeitos parciais, as partes deverão estar acompanhadas de advogado. O art. 14, CPC lista um rol de deveres das partes, que esses deveres na verdade são das partes e de todos que de alguma forma participem do processo. Dentre esses deveres está o de cumprir com exatidão, com pontualidade os provimentos, providências, mandamentos do processo, o legislador se preocupou tanto que disse que o descumprimento desse dever é considerado ato atentatório contra a moral da jurisdição, você está desafiando o mando judicial, e ainda pode ser condenado ao pagamento de uma multa em favor do estado ou da união. Juiz – sujeito imparcial, a quebra dessa imparcialidade pode gerar parcialidade, a parcialidade é um gênero que surge duas espécies: suspeição e impedimento (art. 134 e 135, CPC). Juiz impedido é aquele que se depara com vínculo mais objetivo e mais fácil de ser provado (cara-crachá). A suspeição é mais difícil de ser provada, é mais subjetiva (sinto cheiro de suspeição do ar), o juiz é suspeito se for amigo íntimo ou inimizade das partes, amizade com o advogado não faz o juiz ser suspeito. O princípio da identidade física do juiz, o juiz que tiver concluído audiência, esse juiz é quem julgará a lide, porém temos a figura do juiz titular e o juiz substituto, portanto é possível que mais de um juiz atue no mesmo processo. COMPETÊNCIA Nada mais é do que a fatia da jurisdição, que pode ser classificada levando-se em conta vários critérios, um deles é a competência absoluta X relativa Competência absoluta é a respeito da matéria, todas elas estabelecidas na CR, prestigiam interesses públicos, pode ser reconhecida de ofício, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. Ao passo que as competências relativas prestigiarão interesses privados, portanto poderá ser escolhido o foro da demanda, ela está sujeita a preclusão, ocorre o fenômeno da prorrogação da competência, o juiz não se pronunciará de oficio. CITAÇÃO Ato inicial que convida o réu para ação, é indispensável para a validade da relação processual, terá situações que ela não será possível, não haverá citação em alguns casos (ex.: durante culto religioso, durante o estado grave de um doente, os parentes do morto na data do falecimento e nos sete dias depois) salvo para evitar o perecimento de direito. Ler lei 11.419/06 – processo digital PETIÇÃO INICIAL O processo se inicia pela parte, mas desenvolve-se pelo impulso judicial, a provocação é chamada de petição inicial. A petição inicial é ato solene, seus requisitos estão no art. 282 e 283, CPC, esses requisitos quando não são preenchidos trazem consequências para o autor. Se na petição inicial tiver um vício que dificulta o andamento do processo, o juiz manda emendar no prazo de 10 dias, se o vício for insanável (art. 195, CPC) vão gerar indeferimento da inicial. Após a petição inicial é apresentada a contestação. Aí o juiz manda as partes especificarem as provas que queiram produzir. PROVAS O objeto da prova são os fatos, não há necessidade de levar para o juiz um texto de lei, porque o juiz já conhece a lei, porém em se tratando de lei federal, municipal, estrangeira, aí há necessidade de trazer essa lei como prova para o juiz, porque em tese o juiz não conhece tudo. Depois de produção da prova temos a audiência de instrução e julgamento e ao final será proferida a sentença desde logo ou no prazo de 10 dias, essa decisão quando não é alvo de recurso, fará coisa julgada. Uma vez feita coisa julgada espera-se que a parte cumpra a sua porta voluntariamente. Mas há vezes que a parte não cumpre voluntariamente e então partimos para a execução. EXECUÇÃO Se dá por meio de cumprimento de sentença não cumprida pelo réu ou por processo autônomo de execução (art. 475-J). O devedor tem 15 dias para pagar, sob pena de multa de até 10% sob o valor do título. O art. 475-A o sujeito que estiver sendo executado por quantia certa por título extrajudicial pode reconhecer que deve ou pode não ter condição de pagar a vista, neste caso o Executado poderá solicitar o parcelamento, mas para isso deve depositar 30% do valor e dividir em até 6 parcelas o restante com juros de 1% ao mês. FORMAÇÃO DO PROCESSO O processo forma-se por iniciativa da parte e se desenvolve por comando judicial. A jurisdição é inerte. O momento em que uma ação será considerada proposta será com o despacho da petição inicial. Ou se na localidade houver mais de um juízo, a ação será considerada proposta com a simples distribuição. O pedido ou causa de pedir pode ser alterado antes da citação, pois o réu ainda não foi citado e não houve expectativa da apresentação de defesa; e pode ser alterado também após a citação, desde que haja o consentimento do réu, pois após a citação o réu já teve uma ideia do que foi delineado nos termos da petição inicial. Porém o pedido ou causa de pedir não pode ser alterado após o saneamento do processo, em hipótese alguma!! Depois que a data para audiência de instrução e julgamento é designada não há mais como haver alteração no pedido ou causa de pedir. ATOS PROCESSUAIS Atos processuais nada mais é que aquele ato jurídico realizado dentro do processo, pois é voltado para a produção de efeitos jurídicos dentro da relação processual (art. 154 e seguintes). A forma, em regra, é que não há forma predefinida, salvo quando a lei expressamente estabelecer (ex.: citação é expresso que deve haver a assinatura de aviso de recebimento; na busca e apreensão é expresso que o mandado deve ser cumprido por 2 oficiais de justiça; vernáculo – atos processuais em língua portuguesa). Contudo, se a lei expressar uma formalidade e esta não for cumprida o ato não será válido, salvo se apesar de não seguir a formalidade o ato alcançar sua finalidade, neste caso o ato será considerado válido. Os atos processuais, em regra, serão considerados públicos. Exceções quando o interesse público assim exigir; quando dizer respeito a intimidade das partes (ex.: ações de divórcio litigioso). Em regra, os atos processuais terão efeitos imediatos. Exceção, quando se tratar de desistência da ação, neste caso, o ato de desistência só produzirá efeitos depois de homologada pelo juiz, antes disso não. PRAZOS PROCESSUAIS Prazo legal, é o prazo fixado em lei. Prazo judicial, a lei não fixa, quem fiz é o juiz. Não havendo preceito legal e nem o juiz fixando, o prazo será de 5 dias. Prazo peremptório não pode ser prorrogado. O prazo dilatório pode ser prorrogado. Independentemente de ser peremptório ou dilatório, o prazo poderá ser prorrogado por até 60 dias se se tratar de uma comarca de difícil acesso, em caso de calamidade pública, podendo o juiz neste caso, prorrogar o prazo por mais de 60 dias. Conta-se o prazo excluindo o dia de início e incluindo o dia do fim. Um prazo não pode começar e nem terminar em dia que não seja útil, os prazos serão contínuos, não se interrompem em finais de semana e feriados. Os prazos para fazenda pública e MP são em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. Litisconsortes possuem prazo
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