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Capitulo IV Sistema Muscular

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I. 
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is 
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do 
da 
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en-
l1l1I 
des 
l1li-
ais 
I . O - Conceito 
A capacidade de reagir em resposta a uma modifi-
cação do melo ambiente constitui uma das proprieda-
des fundamentais do protoplasma animal. Assim. a 
ameba (unicelular) em contato com um agente irri-
tante contrai·se 1/0 ponto de estimulo e emite um pro-
longamento do citoplasma no ponto oposto àquele que 
foi estimulado . Diz·se que a célula _tniu-se ao 
ser estimulada, distanciando-se do agente de estímu· 
lo; em suma. o animal movimentou·se . Porém, seno 
do unicelular, a ameba deve realizar com uma úni· 
ca célula, um sem número de atividades : respiração. 
absorção, excreção etc . Nos seres multicelulares, as 
células diferenciam·se para realizar funções especifi· 
cas : algumas são apropriadas à respiração. ou-
tras à absorção, etc. As chamadas célalas 1l\U$CU-
1_ especializam-se para a cOlltração e o relu. 
~. Estas células agrupam-se em feixes para for· 
mar massas macroscópicas denominadas músculos, os 
quais acham-se fixados pelas suas extremidades. 
Assim, músculos são estruturas que movem os sego 
mentos do corpo por encunamento da distância que 
existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por 
contl'lÇio . A Mlologla os estuda . Dentro do aparelho 
locomotor, constitui do pelos ossos, junturas e múscu-
los estes últimos são elementos ativos do movimen-
to: os ossos são elell1enlos paui_os do IIIOvlmento (~avancas biológicas) . Porém, a musculatura não as-
segura só a dinâmica, mas também a estática do cor-
po humano . Realmente a musculatura não apenanor-
na posslvel o movimento como também mantém uni-
das as peças ósseas determinando a pCIIiçio e po$ture 
do esqueleto. 
Capítulo IV 
Sistema Muscular 
2. o - Variedade de músculOI 
A célula muscular está normalmente sob o con-
trole do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu 
nervo IIOtor, o qual divide-se em muitos ramos para 
poder controlar todas as células do músculo. As di-
visões mais delicadas destes ramos (microscópicas) 
terminam num mecanismo especializado conheCido co· 
mo placa IIIOtora. Ou ando o impulso nervoso passa 
através do nervo, a placa motora transmite o impulso 
à células musculares determinando á sua contração. 
Se o impulso para a contração resulta de um ato de 
vontade diz·se que o músculo é volantárlo; se o im-
pulso pane de uma porção do sistema nervoso sobre 
o qual o Indivíduo não tem conlrole consciente, diz-
se que o músculo é involuntário . Os músculos volun· 
tários dislinguem·S1l histologicamente dos involuntárms 
por apresentar 8striações transversais. Por esta ra· 
zão são estriados, enquanto os involuntários são li-
SOl . O múscalo cardíaco. por sua vez, assemelha-se ao 
músculo estriado, histologicamente, mas atua como 
músculo lnvoluntário, além de se diferenciar dos dois 
por uma série de características que lhe são próprias. 
Também é possível distinguir os músculos estriados 
dos lisos pela topografia : os primeiros são esquelé-
ticos, isto é. estão fixados, pelo menos por uma das 
extremidades, ao esqueleto; os últimos são viscereis, is· 
to é, são encontrados na parede das vísceras de diver-
60S sistemas do organismo . Entretanto, músculos es· 
triados são também encontrados em algumas vísce-
ras, e músculos lisos podem estar submetidos ao con-
trole da vontade . 
A maior pane das considerações que faremos em 
seguida refere-se aos lIúsculos estriados esqueléticos. 
43 
" 
. ! 
, , 
'" CAPiTULO IV 
.... :01 ............ 
Um músculo estloolitico típico possui Ull8 ,.,çio 
__ e eltremidades. A ItOrçlo média é carnosa, ver· 
menla no vivente (vullJannente chamada ·came-) e 
re~be o nome de nltre •• seutar . Nele predominam 
as fibras musculares. sendo. portanto a parte ,Uva do 
músculo. isto é, a parte contrátil . auando as eltremi-
dade, silo cillndrôides ou então têm forma de fi ta. cha· 
mam-se teodões; quando são laminares, recebem a de-
oomlnação de aponeuroscs. 
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranqui· 
çadas e brilllémtes, mullu resistente3 e pratieamBnte 
inexteras'veis. constituldos por tecido conjuntivo den-
so, rico em fibras col6geraas. TendDes e aponeuroses 
servem para prnder o IlMÍKlIlo 10 esqaefeto (figuras 
4.0.4. 1) . 
f----- Ventre muscular 
+::'é-t---- Tendlio 
Fig . .4 .0 - M . blceps braQUial (esquemállco]. Sua e ... • 
1lfinidade PI'O'Il rnal ponul dOi, tendões 
Aponeurose 
Fig. 4. 1 _ M . grande dl>raal (eIlqUflmátieo) , " lIellt. n· 
do-se sua ampla aponeurose de fi xaçlio na 
coluna verlebral 
As definições acIma referidas têm exceções : 
a) os tendões ou aponetlroses nem sempre se 
prendem ao esqueleto, podendo fazê-Io em 
outros elementos: cartilagem, cáp$Ulas ar-
tiC(Jlares, septos Intemwsculares, detme, ten· 
dão de outro músculo etc . ; 
b) em um grande número de músculos, as fibras 
dos tendões têm dimensões tão reduzidas que 
se tem a Impressão de que o ventre muscu-
lar se prende diretamente no osso ; 
c) em uns poucos músculos, aparecem tendões 
Interpostos a ventres de um mesmo mUsculo, 
e easet tendões não servem para fixação 00 
esqueleto. 
4.0 - Fú<I.1I1IISCIIiar 
t uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve 
cada músculo (Fig. 1.16.3) A espessura da fáscia mus· 
cular varia de músculo para músculo, dependendo de 
sua função. As vezes a fáscia muscular é muito es· 
pessada e pode contribuir para prender o' músculo ao 
esqueleto. Para que os músculos possam exercer efí-
ciente~nte um trabalho de tração .'10 se contrair, li 
necessário que eles estejam dentro de uma bainha 
elíttica de eoateaçio, papel executado pela fáscia mus· 
cular. Outra função desemlHlnhada pelas fáscias é per· 
mitir o fácil deslizamento dos mÚSGulos entre si . Em 
certos locais, a Useia muscular pode apresentar·se es· 
pessada e dela partem prollHlgamentos que vâo termi-
nar se filando no osso, sendo denominados septOt in-
Ielllllcallnll . btes separam grupos nt1JSGulares em 
lojas ou cORlparlimentos e ocorrem fr!4juentemente 
nos membrO$ . (fig. 4.2). 
Septos Intermusculal ea 
Fig . 4 ,:2 _ Septoll Intermuscutares 
5. O - Mee"ica ",,".lar 
A contração do ventre muscular vai produzir um 
trabalho mecâIJlco. em geral representado pelo deslo-
camento de ura setlm8flto do corpo. í claro. pois, que 
o ventre museular nio SI! prende no esqueleto. para 
que possa contrair·se livremente. As extremldade$ do 
músculo prendem·se em pelo menos dois ossos. de ma-
fleira que o músculo cruza a articulação (Fig . 4.3) . 
Ao corrtrair-se O venHe muscular, há um eocurUllen. 
to do comprimento do rnúsctJlo e consequente desloca· 
mento da peça esquelética (Fig. 4.4). 
Fig . 4.3 
As fibras musculares pooell reduzir seu compri· 
menlo, em relaçãa ao eslado de repo&Iro, de Clrta de 
um terço 00 metade. O tnRIlIo (lJ realizado por Um 
mlÍSculo depende da plliaci. (F) do flúsculo e da 
...,lillOde ... _lo [E) d, ""'li' : T = F x E. A 
pOlência (ou força) do músculo está diretamente rela· 
SISTEMA MUSCULAR 45 
cionada com o ..... ,. fikD do ventre musc:tlllr e 
I amplitude de contrJÇlo depeooe de seu grII " eu-
,.L •• t.. COIIO foi arlteriorllente dito, o trabalho 
do mlÍSculo se manifesta pelo deslocamento de um 
(ou lJUIis) osso(s) . Os músculos agem sobre os ossos 
como potências sobre braços de alavancas . No caso 
da l1usculatura cardiaca e dos músculos lisos, geral. 
mente situadas nas paredes de visceras ocas ou tu-
bulares, também se produz um trab.al ho ; a contração 
da fl1U3cuJarura destes órgios reduz seu volume ou seu 
diâmetro e desta forma vai '1I,.lir OI( illlpuf,iau, nu 
contetído . 
6.0 - Origenl e iuerção 
Por razões didáticas. cOflvencionol)-se chamar de 
origent ia extremidade do músculo presa à peça óssea 
Que não se desloca . Por contraposição, denomina·se 
iuerção à extremidade do músctllo presa à peça ósseaque se desloca . Origem e inserção são tamlNím deno· 
minadas respectivamente de poIto fixo e ,uto .HeI. 
O JJÍ$Ç(1o .raquial prende-u na face anterior do úme· 
ro e da ulna, atravessanclo a articulação do cotovelo. 
Ao cOfluair·se. executa a flexão do antebraço e con-
sideramos sua extremidade umeral (proximal) (;(Imo 
DrigeJl e sua extremidade ulnar (distaI) como I .. ar-
çlo [Fig. 4.5)_ 
Nos Ilembros, geralmeflte li origem de um múS· 
culo é proxillal e 11 inserção distaI. P<Jrém, convém 
ressalvar que um músculo pode alterar seus pontos de 
origem e inserção em determirlaOOs movimentos. altar\> 
do um atleta eleva seu corpo numa barra, é o braço 
que se flete sobre o antebraço e 11 peça óssea em des· 
locamento é o úmero . Conslderamlo·se a ação do mils· 
cuia brsquial, agora sua extremidade ulnar ser~ a ori· 
gem (ponto fixo) e li extremidade umeral será a in· 
serção (ponto móvel) . 
• 
. 
I ' J ' . , , 
, -
'6 CA9JrUlO IV 
Flg _ 4.5 _ M. braquial (esquemático) 
7. O - Clusificação dos IlIÍBados 
Vários sao os critérios adotados para classificá-Ios 
e nem sempre os analomistas esliio acordes . Se obser-
varmos puramente a forma do músculo verificamos que 
ela é extremamen1e variável e a nomenclatura se apro-
veita dellle fato pora designar vários museulos: m . 
rombóid e ma ior, m. trapézio, m. piramidal, m. redon· 
do maior. m. pronador qU2drado etc . De maneira obje-
tiva. sem entrar em discussão de cooceitos ou escolas 
anatõmicas. vamos abordar as diversas classificações. 
7.1 - QUInto à forma do mlÍsclto e .rrllllJo de lUas 
fihras 
A função do müsculo condlcitlAa sua forma e ar-
ranjo de suas fibras . Como as funções dos músculos 
são múltiplas e variadas. tambêm o sãlJ sua morfolo· 
gia e arranjo de suas fibras . De um modo geral e 
amplo, os músculos têm as fibras dispostM paralela 
ou obliqlu à direção de tração exertida pelo músculo. 
a} Dbpotiçio píll1llel. das libras - Pode ser en-
contrada tanlo em niúsculos nos quais predn-
mina (I comprimento - múKulos 10IIg0I (ex: 
rn. esternocleidomaslóldeo). qUaIllo em mús-
culos oos quais comprimento e largura se 
eqUivalem - IlÚSCIIIos 1111101 (ex: li. glú· 
teo máximo) (f ig . 4.6) . Nos mMlos lon-
gos é muito comum ootar·se uma cOrM!f'!jên-
eia das fibras musculares em direção aos ten-
) 
FI'i1 . 4.6.A - Musculo lot'IgD Im. 9ste rnocle idonlJstóidflOl 
Flg. ' . 6. B _ Musculo IltgO {m o glúteo mAxlmo} 
dões de origem e inserção, de tal II~O que 
Da parte média o mÚ$CUlo tem maior diâme-
tro que nas extremidades e por seu aspecto 
característico é denominado faiforU . Mús-
culos fusiformes são mil ito frequentes nos 
membros (ex : bíceps braquial) (Figs. 4.0 e 
4.31 . Nos músculos largM, as fibras podem 
conV1!rgir para um tendão em uma das extre-
midldes. tomarMio o aspecto de. leqle (ex: 
m. peitoral maior) (Fig. 4.7) . 
4.7 _ Museulo "' I .... (m o peitoril maior) 
Dhl "li .. Iiqa .... folo... - Múll<lllos 
cujal fibras são oblíquas' em relação aos ten-
dões denominam-se peeiIMt8IS. porque ata 
disposição lembra a das barbas de UtA8 pe-
na. Se os feixes musculares se preooem nu--
ma só borda do tendão falamos em nllísculo 
... , h (ex: m. exteflsor longo dos de· 
dns do pé) (Fig. 4.8) ; se os feixes se pren· 
dtttu nas duas bordas do tendão, será bipena· 
de (ex : m. reto da coxa) (Fig . 4.9). 
dedos dc:t ~, um 
Ele • tamWm poUe_ 
SISTEMA MUSCULAR 47 
Fig . 4 .9 - Musçulo blpenldo (m o reto da C(l:o:a) 
7 . 2 - OIlf1ta à origem 
Ollando os músculos se originam por l1UIi~ de 11m 
tendão, diz·se que aprltSenlam mai:s de uma ;.aHç1 d. 
orige ... São entio classificados CDmo mlisclllos bíceps 
trlcepc ou ~cel'l, conforme apresentam 2, 3 ou 4 
cabeças de orIgem. Exemplos clássicos encolltramos 
na musculatura dos membros e a nomellclatura acom· 
panha a claBsiflcaçiio : m. bíceps braquial (Flg. 4.3), 
m. trrceps da perna, m. quadriceps da tOX8. 
7.3 - Quanto i Inserçio 
00 mesmo modo, os músculos podem Inserir·se 
por mais de um tendão. Ouando há dois tendOes. do 
bk:audldl$; trei! ou mais, ,alicalda6ol (ex : m. flexor 
longo dos dedos do pé) (Fig. 4.8) . Outras exemplos : 
músculos flexores e extensores dos dedos da mijo . 
7.4 - 0Mn18 li Y8lltle 1OQICIIa, 
Alguns músculos apresentam mais de um ventre 
rJllISCular, com tend6es intermediários &ituados entre 
eles . São tligástricll os músculos que apresentam dois 
ventres (ex: m. digástrico) e POIi9Útrico& os que 
apresentam número maior, como é o taso do m. re-
to do. abdome (Fig . 4.10) . 
7. 5 - Quatto à ação 
Dependendo da ação principal resultante da COIl-
tração do músculo, o mesmo pode ser classiffcado co· 
mo ,texot, extensor, adutor, abdutor. rotador mediai , 
rotador lateral, prtmador, supinador, fle xor plantar, fie· 
xor dorsal etc . 
.a CAPITULO IV 
Flg 4.10 - MUllculo pollgiristrtco (m . rato do abdome) 
fi. O - Ação l\uSCllar 
A análise de um determinado movimento. mesmo 
daqueles considerados os mais simples. é extremamen· 
te complexa. Ouando dizemos. por exemplo. Que um 
músculo é um flexor do antebraço. apenas nos referi· 
mos à sua ação principal. àquela mais simples de ser 
entendida e demonstrada. Qualquer movimenlo. como 
o do exemplo acima. envolve a a~o de vários mús· 
cuIas . A este trabalho em conjunto dá·se o nome de 
coordenlÇão lIotora . Na prática. estudamos os grupa· 
mentos musculares de acordo com sua distribuição e 
respectivas ftmções: os músculos da região ãntero· 
mediaI do antebraço são flexores da mão ou dos de-
dos e pronadores. ao passo que os da região póste· 
ro-laleral são extensores da miln ou dos dedos e suo 
pinadores. Além disso. e sempre oponuno salientar Que, 
Iltllll movimento voluntário . há um número enorme de 
ações musculares que são automáticas ou semi·auto-
máticas . Por exemplo, se estamos assentados e nos 
movimenlamos para apanhar um objelo que caiu 00 
chão, o uso dos dedos é o movimento princfpal de-
seJado e consciente . Mas para fazer chegar os dedos 
ao objeto, o antebraço é estendido , alguns músculos 
estabilizam o ombro. outrDS agem sobre a coluna para 
estabilizar o tronco e ainda outros agem nos mem· 
bros inferiores. tudo a fim de assegurar o equilibrio 
e possibilitar a perfeita execução do movimento de-
sejado . 
9. O - Clnslflc:ação funcionai dos n1ÚacWOI 
Ouando um müsculo é o agBnte principal na exe· 
cução de um movimento ele é um 19OIIiltl. Quando 
um músculo se opõe ao trabalho de um 8gonist3. se· 
já para regular a rapidez ou a potência de ação deste 
agonista. chama·se IntagO"istl . Ouando um mÚSi:ulo 
atua no sentido de eliminar algum movimento indese· 
Jado flue poderia ser produzido pelo agonlsla. ele li 
dito siner!lista . Assim , O músculo braquial qoando se 
cOlltral é o agente ativo na flexão do antebraço. sen-
do pois um agonista . No momento em que o rn . trl· 
ceps braquial se contrai para fazer a extensâo do an-
tebraço. o In. braquial opõe·se a este rnDvimento re· 
tardando·o, a fim de que ele nao se execute brusca· 
mente e neste caso, atua como um antagonista. Na 
flexão dos dedos. os músculos flexores dos dedos são 
os agonistas. Como os tendões de inserção destes mús-
culos cruzam a articulação do punho. a tendência na-
lutai é provocar também a flexão da mão . Tal fato 
não ocorre porque outros músculos. como os extenso-
res do carpo, se contraem e desta forma estabilizam 
a articulação do punho. ImpedIndo assim aquele mo-
vimento indesejado e neste caso alUam como sinergis-
1.1 • • 
No exemplo acima referido. do Indivíduo que se 
abaixa para apanhar um objeto u ido no eMa. os mús· 
cu los Que não estão diretamente relacionados com o 
movimento principal (apreensão do objeto) . mas que 
estabilizam as diversas partes do corpo para tornar 
possive l a ação principal , denominam·se fi.adorel ou 
posturaiJ . Músculos sinergistas e fixadores não tem 
conceituaçãounânime entre os anatomistas. Os auto-
res expressam apenas um dos conceitos existentes. 
tO . O - IlBl'fação e lutriçio 
Já vimos que a atividade muscular é · controlada 
pelo sistema neNOSO central . Nenhum músculo pode 
contrair·se se não re<:eber estimulo atravti~ de um ner· 
1/0 . Se acaso o nervo fOI seccionado, o músculo deI 
xa de funcionar e por esta razão entra em atrofia. 
Para executar seu trabalho meCÂnico . os músculos ne· 
cessitam de considerável quantidade de energia . Em 
vista disso. os músculos recebem eficiente suprimento 
sanguíneo através de uma ou mais anérias. que neles 
penetram e se ramificam Intensamente. formando um 
extenso leito capilar. Nervof' ~ arterias penetram sem· 
pre pela face profunda do músculo. pois assim estão 
melhor protegidas . 
1.0 - bamlne inicialmente um coraç~o, um sego 
-ro de intestino e a musculatura de um membro 
6aecado. Você observa diferenças entre os campo· 
.mes destas estruturas? 
2.0 - Sabendo que a cOn1:ração muscular pro· 
_ um trabalho mecânico, raciocine quais serão os 
albalhos produzidos no coração e no intestino pela 
aatração de suss fibras musculares . Faça o mesmo 
_ relação a um músculo do membro dissecado . 
3.0 - Em membros dissecados, examine a mus· 
alatura e reconheça o .entre mUKular e os telldões. 
Itrifique as diferenças quanto ao asp~cto e à colo· 
AÇão . Todos os músculos que você examinou poso 
_11'1 venire e tendões típIcos? Veja se existe uma 
_Ina de tecido conjuntivo erwDlvendo ainda alguns 
.. músculos observados . Como é o nome deste en· 
wlt6rio e quais suas funções? 
4.0 - Volte a observar corno as extremidades 
... músculos estão presas ao esqueleto. Quat é a 
...... ? Oual é a iuerçío? Qual a diferença funcional 
ai3tente entre origem e Inserção? 
5. O - Passe agora a observar os músculos dis· 
llCados nas paredes do abdome e no dorso e repare 
GlnO eles são diferentes daqueles dos membros . Na 
.seul atura do abdome. dorso e região glútea repare 
I maneira de fixação das extremidades . Que diferen· 
ça existe entre tendão e aponeurose? Idefltlflque uma 
"""arose. 
6.0 - Identilique o múmllo reto do abdome e 
"Ia que ele possui vários ventres separados p<Ir ten-
llões intermediários. Como classificar músculos de vá· 
ria ventres musculares? 
SISTEMA MUSCULAR 49-
ROTEIRO PARA AlIIA PRATICA DE SISTEMA MUSCUlAR 
7.0 - Agora que você já viu os componefl tes 
anatômicos dos músculos e já ap rendeu os conceitos 
de origem e inserção, está apto a classificá-lo3 de 
acordo com os vários critêrlos . Identifique nas peças 
pelo menos um músculo de cada tipo : 10AgO, largo, 
flJ$jforme, em leqlJe, unipen/ld\t. bipensdo, bícep., trl-
ctpS, lIIadríceps, pOltcHdado, digislrfco. poJigástrico. 
Se tiver dúvidas, veja as IJguras do capítulo . 
8. O - Faça agora algumas observações in yivo . 
Peça a seu colega para fazer a flexão do antebraço con· 
tra resistência . Para isso. segure você mesmo o an.-
tebraço de seu colega e resista à flexão do segmen-
to . Verifique como o m. biteps modifica o seu volu· 
me e faz uma projeção ao nível da face antertor do 
braço. Experiên~la semelhante pode ser feita , colo· 
cando-se a mâo fechada debaixo do queiXO (reslstên. 
cia) enquanto se faz a flexão da cabeça ; repare co· 
mo aparecem relevos mus~ulares no pescoço . Faça a 
extensão forçada dos dedos da mão e verifique como 
os tendões de músculos extensores se tornam visíveis 
no dorso da mão . Você verá tendões de alguns mús • 
cuias lIexores na faCfl anterior da extremidade distaI 
do antebraço se fletir fortemente os dedos (punho ~p' 
rado). 
Quando estamos assentados, podemGS facilmente 
palpar nos limites mediaI e lateral da fossa poplítea 
(parte posterior da articulação do joelho) fortes ten· 
dões de músculos flexores da perna. No dorso do pé , 
você identifica os tendões dos extensores quando fal 
a extensão forçada dos dedos do pé. 
Faça uma expiração forçada ao mesmo tempo que 
apalpa a parede do abdome e constate como esta se 
enrijece. demonstrando assim, que os músculos abdo· 
minais têm participação na expiração forçada. Este fa. 
to ocorre também no esforço, na tosse, na defecaç1io . 
• 
" 
. . 
50 CAPITULO IV 
Faça a abdução do braço esquerdo e com a mão 
direita apalpe o niscukJ detlóiR (músculo que mode-
la o ombro). Compare a resistência do mlistulo à 
palpação antes e durante o movimento: à medida que 
a abdução progride. o músculo fica mais rijo. Islo é, 
aumenta seu 10011 . Sempre que um músculo se con-
trai para executar um trabalho ocorre uma hiptrtonia 
I'IUscufar (aumento do !dnus). O m. deltôide é um 
dos mústulas 'de escolha para aplicaçao de injeções 
intramuSCtllares, que devem ser feitas com o museu-
lo no seu tooU! normal. 
Após o estudo deste cap itulo o aluno deve ser 
capaz de : 
1. definir, morfológica e funcionalmente, os mús· 
culos; 
2. conceituar, do ponto de vista funcional, os mús· 
cu ias nas suas variedades: estriado, li so e caro 
diaco; 
3. conceituar, do ponto de vista morfológico e fun· 
cional. os componentes anatômicos dos múscu· 
los estriados esqueléticos; 
4. definir fáscia muscular e cftar suas funções ; 
5. explicar a expressão: T=F.E em termos de me· 
cânica muscular; 
6. delinir ori gem e inserção de músculos estriados 
esqueléti cos; 
7. classifica r os músculos estriados esqueléticos 
segundo sua forma e arranjo de suas fibras, e 
definir cada tipo; 
SISTEMA MUSCULAR 51 
OBJETIVOS ESPECIFICOS DO CAPiTULO I V 
8. classificar os músculos estriados esqueléticos 
quanto ã origem, inserção, número de ventres 
musculares e ação; 
9. conceituar ação muscular em termos de coorde-
nação motora; 
10 . classificar, do 'ponto de vista funcional, os mús· 
cu ias estriados esque léticos e definir cada tipo ; 
11. citar exemplos de músculos agonistas, antagonis· 
tas e sinerg istas; 
12. identi ficar em peças preparadas: os componen· 
tes anatômicos dos músculos estriados esquelé· 
ticos, a fáscia muscular, origem e inserção de 
músculos estriados esqueléticos, músculos lon· 
gos, largos, fusiform es, em leque, unipenados, bi· 
penados, biceps, trice ps, quadriceps, monocauda· 
dos, bicaudados, policaudados, digástricos e po· 
li gástricos . 
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