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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Cecília Menezes 
Curso SUS (Sistema Único De Saúde) 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
SAÚDE É DIREITO SOCIAL 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
 
TÍTULO VIII 
Da Ordem Social 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÃO GERAL 
 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça 
sociais. 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
SAÚDE + PREVIDÊNCIA + ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
SEGURIDADE SOCIAL 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base 
nos seguintes objetivos: 
 
 
 
2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: .............. 
 
SOLIDARIEDADE SOCIAL “ TODOS POR UM” 
 
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL MEDIANTE RECURSOS PROVENIENTES: 
DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
DOS ORÇAMENTOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DF E DOS MUNICÍPIOS 
 
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
 
 
3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de 
assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os 
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
 
“Para garantir os recursos financeiros para fazer frente às necessidades do SUS, o Governo arrecada 
impostos e contribuições destinadas à Seguridade social (saúde, previdência e assistência). 
 
Os recursos das contribuições para a Seguridade Social só podem ser usados em despesas da 
Seguridade Social (saúde, previdência e assistência), conforme diz a Constituição. 
 
Já os impostos podem ser utilizados nas outras despesas que o Governo faz, mas também para 
completar o financiamento da Seguridade Social.” 
 
Dentre os princípios que nortearam a mudança no tratamento da questão social pela CF, o mais notável, 
sem dúvida, é a extensão da cobertura aos segmentos até então desprotegidos. Buscou-se com isso 
recuperar a imensa dívida social com grande parcela da população brasileira. Para isto, os constituintes 
reconheciam a necessidade de introduzir mecanismos redistributivos e de garantir um financiamento 
mais seguro e estável às políticas de proteção social. Assim, se por um lado a CF promulgada em 1988 
criou o conceito de Seguridade Social (direitos de cidadania) e ampliou o leque de direitos sociais, por 
outro, buscou assegurar fontes de financiamento adequadas para o custeio dos novos benefícios. Os 
constituintes estabeleceram que a Seguridade Social seria custeada por um orçamento próprio: o 
Orçamento da Seguridade Social (OSS), demonstrando sua preocupação em assegurar adequado 
financiamento aos direitos previdenciários, da saúde e à assistência. 
 
Seguridade Social e o Financiamento do Sistema Único de Saúde – SUS no Brasil - Elias Antônio Jorge e 
outros 
 
“Ao estabelecer as fontes de receita do OSS, os constituintes tiveram a preocupação de blindar o 
financiamento da política social contra as flutuações cíclicas da economia. Até então, as receitas do 
Sistema de Previdência e Assistência Social provinham principalmente das contribuições sobre folha de 
pagamento, acompanhando, portanto, as variações da massa salarial por efeito das flutuações da 
economia. Assim, além das tradicionais contribuições de empregados e empregadores sobre a folha de 
salário, instituíram-se outras bases para o financiamento.” 
 
Seguridade Social e o Financiamento do Sistema Único de Saúde – SUS no Brasil - Elias Antônio Jorge e 
outros 
 
A Constituição prevê também o aporte de recursos fiscais por parte das três esferas de governo no 
financiamento da seguridade social. 
 
Artigo 198, §1º, da CF 
O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da 
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
 
 
 
4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
COMPETÊNCIA PARA CUIDAR DA SAÚDE É COMUM 
 
UNIÃO 
ESTADOS 
DF 
MUNICÍPIOS 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
 ..... 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
 
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE PROTEÇÃO E 
DEFESA DA SAÚDE É CONCORRENTE 
 
UNIÃO 
ESTADOS 
DF 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
..... 
 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 
Art. 24 
 ...................... 
 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. 
 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atendera suas peculiaridades. 
 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. 
 
COMPETÊNCIA PARA PRESTAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
MUNICÍPIOS 
COM COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA DA UNIÃO E DOS ESTADOS 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
..... 
 
 
5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à 
saúde da população; 
 
INTERVENÇÃO DA UNIÃO NOS ESTADOS E NO DF 
 
CASO NÃO SEJA APLICADO O MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA DE IMPOSTOS/TRANSFERÊNCIAS NAS 
AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
.... 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
.... 
 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
INTERVENÇÃO DOS ESTADOS NOS MUNICÍPIOS 
 
CASO NÃO SEJA APLICADO O MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA DE IMPOSTOS/TRANSFERÊNCIAS NAS 
AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE 
 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em 
Território Federal, exceto quando: 
.... 
 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 
2000) 
 
ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
................................................................................................... 
 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal ................ 
II - o orçamento de investimento .................. 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder 
público. 
 
 
6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
AINDA QUE SEJA VEDADA A VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS A ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA, 
EXISTEM ALGUMAS RESSALVAS COMO É O CASO DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA AS AÇÕES E 
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE 
 
Art. 167. São vedados: 
... 
 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto 
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações 
e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de 
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
 
Art. 167. São vedados: 
... 
 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
dos mencionados no art. 165, 5º; 
 
LEI FEDERAL ESTABELECERÁ MEIOS LEGAIS QUE GARANTAM A DEFESA CONTRA 
 
PROPAGANDA DE PRODUTOS, PRÁTICAS E SERVIÇOS QUE POSSAM SER NOCIVOS À SAÚDE 
 
Art. 220 A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, 
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
............ 
 
§ 3º Compete à lei federal: 
............ 
 
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de 
programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da 
propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 
 
DEVER DA FAMÍLIA, DA SOCIEDADE E DO ESTADO ASSEGURAR À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE E AO 
JOVEM , COM ABSOLUTA PRIORIDADE, O DIREITO À SAÚDE 
 
O ESTADO PROMOVERÁ PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA, DO 
ADOLESCENTE E DO JOVEM 
 
Aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil 
 
 
 
7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
O ESTADO PROMOVERÁ PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA, DO 
ADOLESCENTE E DO JOVEM 
 
Aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem , 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão. 
 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do 
jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e 
obedecendo aos seguintes preceitos: 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil; 
....... 
 
RECEITA DE OUTRAS FONTES 
 
50% do valor dos bens apreendidos em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes 
Reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de 
viciados 
 
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas 
psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de 
colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao 
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal 
especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de 
fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias. 
 
RECURSOS DESTINADOS A AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE 
 
SERÃO APLICADOS POR MEIO DE FUNDO DE SAÚDE 
 
Emenda Constitucional n.º 29, de 13 de setembro de 2000 
 
Art. 7º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 77: 
“Art. 77. .... 
... 
§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados às ações e serviços 
públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma finalidade serão aplicados por meio de 
 
 
8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Fundo de Saúde que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto 
no art. 74 da Constituição Federal." 
 
Art. 74 => Sistemas de controles interno 
 
SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 
 
GARANTIA DE ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO 
 
DIREITO À SAÚDE É GARANTIDO ATRAVÉS DE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE VISEM A 
REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS AGRAVOSACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PARA SUA PROMOÇÃO, 
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Seção II 
DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE SÃO DE RELEVÂNCIA PÚBLICA 
 
PODER PÚBLICO DISPÕE SOBRE REGULAMENTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE 
DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
EXECUÇÃO DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PODE SER FEITA DIRETAMENTE PELO PODER PÚBLICO 
OU ATRAVÉS DE TERCEIROS 
 
EXECUÇÃO DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PODE SER FEITA TAMBÉM POR PESSOA FÍSICA OU 
JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos 
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
REDE REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: ... 
 
 
9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo 
 
Execução das ações 
Municípios 
Transferência de recursos financeiros para os Municípios 
Cooperação técnica 
Estados atuam nas questões que ultrapassem as possibilidades dos Municípios 
Gestão => Municípios, Estados, DF e União 
 
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais 
 
Atendimento integral: promoção, proteção e recuperação da saúde 
 
Participação da comunidade 
 
Democratizar serviços e decisões relativas à saúde 
Mecanismo de controle social 
Permite à comunidade fiscalizar e avaliar as ações e serviços públicos de saúde 
 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da 
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
 
RECURSOS DO ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
RECURSOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DF E DOS MUNICÍPIOS 
RECURSOS DE OUTRAS FONTES 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; => LC Nº 
141/2012 
 
 
10 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o 
art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas 
que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
 
APLICAÇÃO ANUAL DE RECURSOS MÍNIMOS EM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
União, na forma definida na LC Nº 141/2012 
 
RECURSOS MÍNIMOS DERIVADOS DA APLICAÇÃO DE PERCENTUAIS ... 
 
CAPÍTULO III 
DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE 
Seção I 
Dos Recursos Mínimos 
 
Art. 5o A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante 
correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei 
Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto 
Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual. 
 
... 
§ 2o Em caso de variação negativa do PIB, o valor de que trata o caput não poderá ser reduzido, em 
termos nominais, de um exercício financeiro para o outro. 
 
APLICAÇÃO ANUAL DE RECURSOS MÍNIMOS EM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE 
RECURSOS MÍNIMOS DERIVADOS DA APLICAÇÃO DE PERCENTUAIS 
 
Estados e Distrito Federal => 12% 
Sobre o produto da arrecadação do ICMS, IPVA, ITCD 
Sobre as receitas recebidas através do FPE 
Sobre o valor de outras parcelas recebidas a título de repartição de receitas 
Deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
I – os percentuais de que trata o § 2º; 
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a 
progressiva redução das disparidades regionais; 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal; 
IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. 
 
 
11 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Lei complementar, reavaliada pelo menos a cada cinco anos estabelecerá: 
 
 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e 
agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 51, de 2006) 
 
AGENTES COMUNITÁRIOS E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS 
 
Admitidos por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
 
AGENTES COMUNITÁRIOS 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os 
Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de 
combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso 
salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) 
 
Regulamentada pela LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006. 
 
AGENTES COMUNITÁRIOS E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS 
LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006 DISPÕE SOBRE: 
o regime jurídico 
o piso salarial profissional nacional 
as diretrizes para os Planos de Carreira 
 
 
12 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias 
 
Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 
 
AGENTES COMUNITÁRIOS 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 daConstituição Federal, o 
servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate 
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em 
lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) 
 
AGENTES COMUNITÁRIOS E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS 
 
Poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o 
seu exercício. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
.... 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o 
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá 
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade 
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
 
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde 
Devem seguir as diretrizes do SUS 
 
 
13 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
São contratadas através de contrato de direito público ou convênio. 
 
Tem preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com 
fins lucrativos. 
 
É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde 
no País, salvo nos casos previstos em lei 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, 
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as 
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
Lei nº 8.080, de 19/09/1990 
 
 
 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
.... 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à 
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
 
14 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Lei nº 8.080, de 19/09/1990 
SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
 
 
 
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência 
à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações 
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos. 
 
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema Único de 
Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos 
que forem firmados. 
 
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por 
empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade 
social. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Atribuições do SUS 
 
 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da 
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
16 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Campo de atuação SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SAÚDE É DIREITO SOCIAL 
 
SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 
 
GARANTIA DE ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO 
 
DIREITO À SAÚDE É GARANTIDO ATRAVÉS DE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE VISEM A 
REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS AGRAVOS 
 
ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PARA SUA PROMOÇÃO, 
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO 
 
 
Modelos de atenção à saúde ou modelos assistenciais 
 
O modelo assistencial diz respeito ao modo como são organizadas, em uma dada sociedade, as ações de 
atenção à saúde, envolvendo os aspectos tecnológicos e assistenciais. Ou seja, é uma forma de 
organização e articulação entre os diversos recursos físicos, tecnológicos e humanos disponíveis para 
enfrentar e resolver os problemas de saúde de uma coletividade. 
 
“Modelos Assistenciais em Saúde: desafios e perspectivas”, de Aluísio Gomes da Silva Junior e Carla 
Almeida Alves 
 
Acesso à saúde 
 
1ª fase 
Medicina privada 
Assistencialismo 
Santas Casas de Caridade 
 
2ª fase 
Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão em 1923, através da Lei Eloy Chaves 
Cidadania regulada 
 
CAPs 
 
 
 
IAPs 
 
 
 
 INPS INAMPS 
 
Apenas os segurados e seus dependentes tinham direitoà assistência médica 
 
 
20 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
3ª fase 
Saúde é direito de todos 
Garantia de acesso universal e igualitário 
Saúde é parte da Seguridade Social que tem como objetivo a universalidade do atendimento e da 
cobertura 
Criação do SUS 
 
Modelos de proteção social 
 
Modelo assistencial ou residual/liberal 
Modelo de seguro social ou meritocrático 
Modelo de seguridade social ou universal 
Papéis do Estado e do mercado na oferta, financiamento e regulação dos serviços prestados 
 
Modelo assistencial ou residual 
 
Também conhecido como modelo liberal 
A ação estatal junto a certos segmentos sociais só se justifica diante da insuficiência do mercado 
quando a população não consegue resolver suas necessidades sociais através da compra de serviços no 
setor privado 
 
Modelo de seguro social 
 
Também chamado de bismarckiano 
 Assegura direitos somente para trabalhadores, que contribuam para a previdência social, e seus 
dependentes. 
A garantia de direitos é condicionada ao mérito ocupacional e ao desempenho no trabalho. 
 
Modelo de seguridade social 
 
Também chamado de beveridgiano. 
Relatório Beveridge de 1942 
sistema unificado de proteção social que cobria desempregados, inválidos, crianças e idosos. 
proteção do berço ao túmulo 
criação de um sistema nacional de saúde gratuito e de qualidade 
saúde é direito de cidadania. 
A proteção não é condicionada a contribuições prévias. 
Universalidade, solidariedade e igualdade 
 
Cidadania regulada 
 
As características de cada modelo de proteção social conformam diferentemente o direito à cidadania. 
No modelo de seguro social, a cidadania é considerada como regulada => o direito à proteção é 
condicionado ao reconhecimento pelo Estado daqueles segmentos que atendem a critérios pré-
definidos. 
 
 
21 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Modelo assistencial 
 
Denominação: “Residual” 
Ideologia: Liberal 
Princípio: Caridade 
Efeito: Discriminação 
Status: Desqualificação 
Finanças: Doações 
Atuarial: Fundos 
Cobertura: Focalização 
Benefícios: Bens e serviços 
Acesso: Prova de meios 
Administração: Filantrópica 
Organização: Local 
Referência: "Leis dos Pobres” 
Cidadania: Invertida 
 
Fonte: Fleury 
 
 
Modelo seguro social 
 
Denominação: “Meritocrático” 
Ideologia: Corporativa 
Princípio: Solidariedade 
Efeito: Manutenção 
Status: Privilégio 
Finanças: % x Salário 
Atuarial: Acumulação 
Cobertura: Ocupacional 
Benefícios: Proporção do salário 
Acesso: Filiação 
Administração: Corporativa 
Organização: Fragmentada 
Referência: Bismarck 
Cidadania: Regulada 
 
Fonte: Fleury 
 
 
Modelo seguridade social 
 
Denominação: “Institucional” 
Ideologia: Social democrata 
Princípio: Justiça 
 
 
22 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Efeito: Redistribuição 
Status: Direito 
Finanças: Orçamento 
Atuarial: Repartição 
Cobertura: Universal 
Benefícios: Mínimo vital 
Acesso: Necessidade 
Administração: Pública 
Organização: Central 
Referência: Beveridge 
Cidadania: Regulada 
 
Fonte: Fleury 
 
Modelo de seguro social 
 
A assistência médica é em geral separada das ações de saúde coletivas (medidas de promoção e 
prevenção, vigilância sanitária, epidemiológica ...) e exercida por um órgão público separadamente. 
 
Em geral os seguros sociais dão ênfase a ações curativas individuais e as ações coletivas são relegadas a 
segundo plano. 
 
Convivência no Brasil 
 
Modelo médico hegemônico 
X 
Modelo sanitarista 
 
Não garantem a integralidade da atenção à saúde 
 
Século XIX 
 
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade da organização de uma estrutura sanitária mínima, 
capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro. 
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte: 
1 - Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais; 
2 - Controle de navios e saúde dos portos; 
 
Modelo de intervenção campanhista 
 
Primeiras décadas do século XX 
 
Epidemias de doenças transmissíveis, em particular a febre amarela e a malária, produziram um impacto 
dramático de mortalidade nas cidades e nos principais canteiros de obras localizados nos países 
periféricos, causando prejuízo ao comércio e dificultando a expansão do capitalismo. 
 
 
23 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
A solução, na época, veio sob a forma de incentivo público às pesquisas biomédicas, sobretudo àquelas 
dirigidas às doenças tropicais e à formação de equipes de trabalho organizadas em moldes militares, 
capazes de intervir com disciplina e eficácia quando necessário. 
 
Estavam criadas as campanhas sanitárias. O sucesso dessas campanhas sanitárias destacou-se tanto por 
seus resultados no controle de processos epidêmicos, como pelo exemplo de articulação entre o 
conhecimento científico, a competência técnica e a organização do processo de trabalho em saúde. 
 
Campanha contra a febre amarela 
 
1903 
Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de 
Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, 
deflagrou suas memoráveis campanhas de saneamento. Seu primeiro adversário: a febre amarela, que 
angariara para o Rio a reputação de “Túmulo dos Estrangeiros” e que matou, de 1897 a 1906, quatro mil 
imigrantes. 
 
Oswaldo Cruz estruturou a campanha contra a febre amarela em moldes militares, dividindo a cidade 
em dez distritos sanitários, cada qual chefiado por um delegado de saúde. Seu primeiro passo foi 
extinguir a dualidade na direção dos serviços de higiene. Para isso, estabeleceu uma conjugação de 
esforços entre os setores federais e a Prefeitura, com a incorporação à Diretoria Geral de Saúde Pública 
do pessoal médico e de limpeza pública da municipalidade. 
 
A polícia sanitária adotava medidas rigorosas para o combate ao mal amarílico, inclusive multando e 
intimando proprietários de imóveis insalubres a demolí-los ou reformá-los. As brigadas; mata-mosquitos 
percorriam a cidade, limpando calhas e telhados, exigindo providências para proteção de caixas d’água, 
colocando petróleo em ralos e bueiros e acabando com depósitos de larvas e mosquitos. 
 
Em 1920, Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz, reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, 
então ligado ao Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica 
rotineira de ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz que era puramente fiscal e policial . 
 
Década de 1940 
 
1942 
O então Ministério da Educação e Saúde é autorizado a organizar, por intermédio do Decreto 4275, o 
Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). O novo órgão é criado em decorrência da Terceira Conferência 
Extraordinária dos Ministros das Relações dos Continentes Americanos, realizada em janeiro daquele 
ano, no Brasil; 
 
Ainda nesse ano, Brasil e EUA assinaram, em Washington, o Acordo Básico, que definia 
responsabilidades em relação às garantias sanitárias, a fim de desenvolver na área de extração de 
borracha na Amazônia as atividades de saneamento, profilaxia da malária e assistência médico-sanitária 
aos trabalhadores daquele setor da economia; 
 
 
 
24 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Ministério da Saúde 
 
1953, criação do Ministério da Saúde 
Atribuições no campo da atençãopreventiva em saúde (campanhas de vacinação, higiene etc), com 
uma atuação descontínua 
 
Assistência médica => responsável apenas pela criação e manutenção de hospitais para enfermidades 
crônicas. 
 
Até a década de 1960, o sistema de saúde no Brasil estava dividido em 3 subsistemas 
Ministério da Saúde 
Medicina previdenciária 
Medicina privada 
 
Ministério do Trabalho => Saúde do trabalhador 
 
Década de 70 
 
Centralização de recursos e decisões 
estrutura organizacional verticalizada, com superposição de ações e incapaz de solucionar as 
desigualdades entre e intra regiões 
 
Dicotomia: Ministério da Saúde, responsável pelas intervenções de caráter coletivo e preventivo, 
prestadas através de uma rede hospitalar para tratamento de doenças crônicas e uma rede restrita de 
atenção básica voltada para o atendimento da população residente em localidades mais pobres; e o 
Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável pela prestação de assistência médica 
individualizada e curativa aos trabalhadores formais segurados. 
 
Expansão da cobertura via setor privado 
 
Modelo de atenção hospitalocêntrico: privilegiadas as ações de caráter curativo 
Base de financiamento: contribuições sobre a folha de salários 
 
Medicina científica ou biomedicina 
 
O modelo de medicina voltado para a assistência à doença em seus aspectos individuais e biológicos, 
centrado no hospital, nas especialidades médicas e no uso intensivo de tecnologia é chamado de 
medicina científica ou biomedicina ou modelo flexneriano, em homenagem a Flexner, cujo relatório,em 
1911, fundamentou a reforma das faculdades de medicina nos EUA e Canadá. 
 
Atenção primária 
 
Nos anos 70, estabeleceu-se, internacionalmente, um debate sobre modelos de assistência à saúde. 
 
 
 
25 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Nesse debate, prevaleceram as propostas que enfatizavam a racionalização do uso das tecnologias na 
atenção médica e o gerenciamento eficiente dos recursos. 
A proposta que sobressai desse debate é a da atenção primária à saúde ou medicina comunitária. 
 
Proporciona um maior e mais efetivo acesso ao sistema de saúde. 
 
Reverte o enfoque curativo, individual e hospitalar tradicionalmente instituído, voltando o foco para um 
modelo preventivo, coletivo, territorializado e democrático. 
 
Declaração de Alma-Ata 
 
1978 – Conferência Internacional de Cuidados Primários de Saúde 
 
Desenvolve-se o movimento da atenção primária à saúde, com ênfase em tecnologias ditas 
simplificadas e de baixo custo. 
 
Contraposição ao modelo hospitalocêntrico 
 
Determina uma postura político-ideológica que propõe reformular as políticas públicas de saúde e 
reorganizar os serviços de saúde. 
 
Utilização da denominação “atenção básica” 
 
Carta de Otawa 
 
1986 
Valorização de ações voltadas para a promoção da saúde. 
 
Perfil epidemiológico mais bem explicado a partir de determinantes ambientais e do estilo de vida. 
 
Ênfase no monitoramento dos determinantes da saúde. 
 
Condições e requisitos para a saúde: 
Paz 
Educação 
Habitação 
Alimentação 
Renda 
Ecossistema saudável 
Recursos sustentáveis 
Justiça social 
Equidade 
 
 
 
 
 
26 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Campos de ação para promover a saúde: 
Elaboração e implementação de políticas saudáveis 
Criação de ambientes favoráveis à saúde 
Reforço da ação comunitária 
Desenvolvimento de habilidades pessoais 
Reorientação do sistema de saúde 
 
Sistema de saúde 
 
“E podemos resumir essa visão, definindo assim um sistema de saúde: conjunto de relações políticas, 
econômicas e institucionais responsáveis pela condução dos processos referentes à saúde de uma dada 
população que se concretizam em organizações, regras e serviços que visam a alcançar resultados 
condizentes com a concepção de saúde prevalecente na sociedade.” 
 Lenaura de Vasconcelos Costa Lobato 
 
Conjunto de partes interrelacionadas e interdependentes que tem como objetivo garantir a atenção à 
saúde 
Componentes 
Dinâmica 
Perspectiva histórica 
 
Não podem ser separados da sociedade 
Tanto são influenciados pela dinâmica social quanto influenciam essa dinâmica social 
SUS => resultante de um longo processo social que exigia mudar a forma como se garantia a saúde aos 
brasileiros. 
 
Componentes do sistema de saúde 
 
Cobertura: quem é coberto, por quem e para quê. 
Recursos: humanos, econômicos, a rede de serviços, os insumos e a tecnologia e o conhecimento 
Organizações 
 
FUNÇÕES PRINCIPAIS DOS SISTEMAS DE SAÚDE 
 
Financiamento 
Prestação de serviços 
Gestão 
Regulação 
 
“O Brasil tem posição particular, pois enquanto a maioria dos países estava empreendendo reformas 
para reduzir a intervenção do estado, o Brasil implementava sua reforma universalizante.” 
 Lenaura de Vasconcelos Costa Lobato 
 
 
 
 
 
27 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
SUS 
 
A organização do SUS em nosso país está assentada em três pilares: 
rede => integração dos serviços interfederativos 
regionalização => região de saúde 
Hierarquização => níveis de complexidade dos serviços. 
Estes são os pilares que sustentam o modelo de atenção à saúde, conforme dispõem o art. 198 da CF. 
A Constituição ao estatuir que o SUS é um sistema integrado, organizado em rede regionalizada e 
hierarquizada, definiu o modelo de atenção à saúde e a sua forma organizativa. 
 
Lei nº 8.080, de 19/09/1990 
 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e 
sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de 
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
 
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. 
 
Art. 8o O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de 
Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do 
serviço. 
 
Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS. 
 
 
 
 
 
 
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] 
 
 
 
 
 
 
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PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
Alimentação saudável 
Prática corporal/atividade física 
Prevenção e controle do tabagismo 
Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas 
Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito 
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz 
Promoção do desenvolvimento sustentável 
 
PROTEÇÃO DA SAÚDE 
 
vigilância epidemiológica 
vacinações 
saneamento básico 
vigilância sanitária 
exames médicos periódicos 
exames odontológicos periódicos. 
 
RECUPERAÇÃO DA SAÚDE 
 
Envolve o diagnóstico e o tratamento de doenças, acidentes e danos de toda natureza, a limitação da 
invalidez e a reabilitação. Essas ações são exercidas pelos serviços públicos de saúde (ambulatoriais e 
hospitalares)e, de forma complementar, pelos serviços particulares, contratados ou conveniados, que 
integram a rede do SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS 
 
1 – NÃO SISTEMA 
 
2 – A PARTIR DO INÍCIO DO SÉCULO XX: FORMAÇÃO DE 3 SUBSISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL 
VINCULADOS AO PODER PÚBLICO 
 
SAÚDE PÚBLICA 
MEDICINA DO TRABALHO 
MEDICINA PREVIDENCIÁRIA 
 
SAÚDE PÚBLICA 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE 
1953 – MINISTÉRIO DA SAÚDE 
 
SAÚDE DO TRABALHADOR 
MINISTÉRIO DO TRABALHO 
 
MEDICINA PREVIDENCIÁRIA 
CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES 
IAPs/INPS/INAMPS 
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 
 
1986 
VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE 
TEMA: DEMOCRACIA E SAÚDE 
MOMENTO CHAVE DA REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 
 
 
IDÉIA CENTRAL: TODAS AS PESSOAS TÊM DIREITO À SAÚDE 
DIREITO DE CIDADANIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
SAÚDE É DIREITO SOCIAL 
 
SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO 
 
GARANTIA DE ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO 
 
DIREITO À SAÚDE É GARANTIDO ATRAVÉS DE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE VISEM A 
REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS AGRAVOS 
 
ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PARA SUA PROMOÇÃO, 
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO 
 
Lei nº 8.080, de 19/09/1990 
 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e 
sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de 
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
 
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. 
Art. 8o O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de 
Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do 
serviço. 
 
Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS. 
 
SUS 
A organização do SUS em nosso país está assentada em três pilares: 
rede => integração dos serviços interfederativos 
regionalização => região de saúde 
hierarquização => níveis de complexidade dos serviços. 
Estes são os pilares que sustentam o modelo de atenção à saúde, conforme dispõem o art. 198 da CF. 
A Constituição ao estatuir que o SUS é um sistema integrado, organizado em rede regionalizada e 
hierarquizada, definiu o modelo de atenção à saúde e a sua forma organizativa. 
 
 
 
33 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
 
 
35 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Lei nº 8.080, de 19/09/1990 
 
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
 
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, 
estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, 
constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de 
controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e 
hemoderivados, e de equipamentos para saúde. 
 
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. 
 
SUS 
 
“O Sistema Único de Saúde é o arranjo organizacional do Estado brasileiro que dá suporte à efetivação 
da política de saúde no Brasil, e traduz em ação os princípios e diretrizes desta política.” 
 
Cipriano Maia de Vasconcelo e Dário Frederico Pasche , “ O Sistema Único de Saúde”, in Tratado de 
Saúde Coletiva. 
 
“Compreende um conjunto organizado e articulado de serviços e ações de saúde, e aglutina o conjunto 
de organizações públicas de saúde existentes no âmbito municipal, estadual e nacional, e ainda os 
serviços privados de saúde que o integram funcionalmente para a prestação de serviços aos usuários do 
sistema de forma complementar, quando contratados ou conveniados para tal fim.” 
 
Cipriano Maia de Vasconcelo e Dário Frederico Pasche , “ O Sistema Único de Saúde”, in Tratado de 
Saúde Coletiva. 
 
OBJETIVO DE COORDENAR E INTEGRAR AS AÇÕES DE SAÚDE DAS TRÊS ESFERAS DO GOVERNO 
PRESSUPÕE A ARTICULAÇÃO DE: 
SUBSISTEMAS VERTICAIS (DE VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA À SAÚDE) 
SUBSISTEMAS DE BASE TERRITORIAL – ESTADUAIS, REGIONAIS E MUNICIPAIS 
 
ANTES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS 
 
A PARTIR DO INÍCIO DO SÉCULO XX: FORMAÇÃO DE 3 SUBSISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL 
VINCULADOS AO PODER PÚBLICO 
 
SAÚDE PÚBLICA 
MEDICINA DO TRABALHO 
MEDICINA PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
36 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
SAÚDE PÚBLICA 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE 
1953 – MINISTÉRIO DA SAÚDE 
 
SAÚDE DO TRABALHADOR 
MINISTÉRIO DO TRABALHO 
 
MEDICINA PREVIDENCIÁRIA 
CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES 
IAPs/INPS/INAMPS 
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
1974 
É criado o Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS, a partir da Lei nº 6.025, de 25 de junho 
de 1974. Com isso, há uma redefinição das atribuições do Ministério da Saúde (criado em 1953) e do 
recém-criado MPAS. 
 
O INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social é criado no mesmo ano como 
parte do processo de institucionalização do MPAS. Institui-se nesse momento o SINPAS (Sistema 
Nacional de Previdência e Assistência Social), do qual fazem parte o INAMPS, o INPS (Instituto Nacional 
de Previdência Social), IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social), 
LBA (Fundação Legião Brasileira de Assistência), FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do 
Menor), DATAPREV (Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social) 
 
O INAMPS, com recursos previdenciários, passa a responder pela assistência médica dos contribuintes 
por meio de sua rede própria e de serviços contratados e conveniados — com forte ênfase nestes 
segundos. Nos Estados havia as Superintendências Regionais do INAMPS, que apesar de subordinadas 
às decisões centrais, administravam os serviços próprios e se relacionavam diretamente com os 
prestadores privados. 
 
Tentativas de reordenação da atenção à saúde 
 
Lei 6229 – criou o Sistema Nacional de Saúde (1975) 
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento do Nordeste (PIASS-1976) 
Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-SAÚDE-1980) 
Plano de Reorientação de Assistência à Saúde no âmbito da PrevidênciaSocial (Plano CONASP-1982) 
 
CRISE DE 1975 
Impasses do modelo previdenciário 
 
Prioridade da medicina curativa => incapacidade de solucionar os principais problemas de saúde coletiva 
Modelo hospitalocêntrico, utilização de tecnologia de complexidade crescente => aumento dos custos 
Baixo crescimento econômico => Diminuição da arrecadação das contribuições previdenciárias sobre a 
folha de salários 
 
 
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Proteção apenas a segurados e seus dependentes => Exclusão de grande parte da população da 
atenção à saúde 
Destinação de recursos previdenciários para finalidades diversas do pagamento de benefícios e da 
atenção à saúde 
Falta de repasse por parte da União de recursos do Tesouro Nacional para o sistema previdenciário, 
desobedecendo a determinação do tríplice custeio (empregador, empregado e União). 
 
Sistema Nacional de Saúde 
 
Em julho de 1975 é criado o Sistema Nacional de Saúde - SNS. 
A proposta de conformação de um Sistema Nacional de Saúde foi um dos temas oficiais da 5º 
Conferência Nacional - 5º CNS de Saúde realizada em 1975. 
Lei nº 6.229/1975 
 
Esfera Federal 
Ministério da Saúde: 
Elaboração de uma política nacional de saúde; 
Elaboração de planos de proteção à saúde e combate a doenças transmissíveis e orientação da sua 
execução; 
Elaboração de normas capazes de assegurar a proteção, recuperação e promoção da saúde coletiva; 
elaboração de um programa nacional de alimentação e nutrição; 
Coordenação da vigilância epidemiológica em todo o país; 
Normatização da instalação de equipamentos de saúde; 
Avaliação do quadro sanitário do país; 
Fiscalização das condições de trabalho dos profissionais ligados à saúde, entre outras 
 
 
Ministério da Previdência e Assistência Social(criado em 1974): 
Formulação de planos de assistência médica individual, coordenando-os nacionalmente; 
Credenciamento de entidades não lucrativas, integrando-as ao sistema público; 
Atendimento médico da clientela, por meio de serviços próprios ou contratados, fiscalizando estes 
últimos; 
Fixação, juntamente com o ministério da saúde, das normas e padrões de prestação desses serviços; 
Distribuição, gratuita ou subvencionada, de medicamentos à população 
 
Ministério da Educação 
formação e habilitação dos profissionais do setor saúde, manutenção de hospitais universitários, entre 
outras. 
 
Ministério do Trabalho 
atividades vinculadas à higiene e segurança no trabalho. 
 
Ministério do Interior 
saneamento ambiental, desenvolvimento de programas de saneamento básico, de acordo com as 
prioridades definidas pelos planos de saúde. 
 
 
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Estados 
Planejamento das suas ações de saúde, em articulação com a política nacional e "a criação e operação 
dos serviços de saúde, em apoio às atividades municipais. 
 
Municípios 
Manutenção dos serviços de pronto-socorros e de vigilância epidemiológica. 
 
Segundo a Lei, os Estados e Municípios receberiam incentivos técnicos e financeiros da União" para 
organização de serviços, atividades e programas de saúde, de acordo com as diretrizes 
da Política Nacional de Saúde 
 
1981 – CONASP 
Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS. 
 
É criado em função da necessidade de revisão das formas de organização da assistência médica 
previdenciária diante do imperativo da contenção das despesas da previdência social com a assistência 
médica, numa conjuntura de aguda crise financeira do sistema previdenciário 
Representação mista, não paritária, entre Estado e sociedade, com predominância desta última. 
Faziam parte do CONASP técnicos ligados ao movimento sanitário. 
Contemplou, em suas formulações, propostas do movimento de Reforma Sanitária. 
 
Elaborou o "Plano de Reorientação da Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social" 
Deveria atuar na organização e aperfeiçoamento da assistência médica e na sugestão/elaboração de 
critérios para a racionalização dos recursos previdenciários destinados à assistência (INAMPS). 
Suas ações combinaram uma lógica de modernização, controle e austeridade gerencial com a crítica ao 
modelo médico-assistencial privatista vigente. 
 
Duas medidas do CONASP vão dando contorno ao redirecionamento do modelo assistencial no plano 
gerencial: a introdução da AIH – Autorização de Internação Hospitalar e das AIS – Ações Integradas de 
Saúde entre o Ministério da Previdência e Assistência Social, o Ministério da Saúde e as secretarias 
estaduais de saúde, promovendo a transferência financeira do governo federal para os demais entes 
federativos, segundo o princípio de universalização do direito à saúde e de responsabilidade pública 
para garanti-lo 
 
1982 - Criação das associações dos secretários de saúde estaduais (CONASS) ou municipais 
(CONASEMS) 
 
AIS (Ações Integradas de Saúde) 
1983 – 1987 
 
Estratégia de integração programática entre as instituições de saúde pública federais, estaduais e 
municipais e demais serviços, em cada Unidade Federada, com objetivo de desenvolver sistemas 
estaduais de saúde, em consonância com a política nacional de saúde. 
 Comissões Interinstitucionais de Saúde(CIS) 
 
 
 
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Mobilização nacional por ocasião da realização da VIII Conferência Nacional de Saúde (Congresso 
Nacional,1986), a qual lançou as bases da reforma sanitária e do SUDS (Sistema Único Descentralizado 
de Saúde). 
 
SUDS – 
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde 
 
"Dados os compromissos da Nova República de resgate da dívida social, entendem os Ministérios da 
Saúde e da Previdência e Assistência Social que é necessário estabelecer as bases de uma política 
comum, de curto prazo, que seja coerente com os princípios e diretrizes da Reforma Sanitária e 
que procure implementar medidas factíveis e viáveis que expressem os elementos de consenso já 
obtidos na sociedade brasileira e aprofundem as experiências de integração das Ações Integradas de 
Saúde." 
 
Objetivos: universalização do atendimento; redefinição dos princípios de integração, integralidade, 
hierarquização, regionalização do sistema de saúde, e controle social, assim como maior agilidade da 
máquina administrativa, visando maior eficácia a curto prazo. 
 
Forma de implantação: convênios com os Estados — entre o INAMPS e as SES, com a passagem 
gradativa das unidades assistenciais próprias do INAMPS e dos seus contratos e convênios para os 
Estados. 
 
Modelo: os serviços primários sob o controle das prefeituras e os secundários e terciários seriam 
controlados pelos Estados. 
 
SUDS - Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – 1987 a 1989 
DECRETO Nº 94.657 - DE 20 DE JULHO DE 1987 - DOU DE 21/7/87 
 
SUS – Sistema Único de Saúde – a partir de 1990 
CF 1988 
LEI Nº 8.080/90 
 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 
 
1986 
VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE 
TEMA: DEMOCRACIA E SAÚDE 
MOMENTO CHAVE DA REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA 
 
8ª Conferência Nacional de Saúde 
A 8ª CNS foi o grande marco nas histórias das conferências de saúde no Brasil. Foi a primeira vez que a 
população participou das discussões da conferência. 
 
 
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Suas propostas foram contempladas tanto no texto da Constituição Federal/1988 como nas leis 
orgânicas da saúde, nº. 8.080/90 e nº. 8.142/90. 
 
Participaram dessa conferência mais de 4.000 delegados, impulsionados pelo movimento da ReformaSanitária, e propuseram a criação de uma ação institucional correspondente ao conceito ampliado de 
saúde, que envolve promoção, proteção e recuperação. 
 
Quanto aos principais temas discutidos, destaca-se a saúde como um direito vinculado à cidadania, isto 
é, o Estado como responsável pela garantia do acesso universal e igualitário dos cidadãos aos serviços. 
Estes devem estar organizados de modo descentralizado, e o Estado deve "normatizar e controlar" a 
oferta de serviços tanto do setor público quanto doprivado. 
 
Defende-se a criação de um Sistema Único de Saúde, sob a responsabilidade de um único Ministério, 
sendo que se propunha a "separação plena" entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Previdência 
Social. 
 
SUS 
 
Em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) tinha como tema “Democracia é Saúde” e 
constituiu-se em fórum de luta pela descentralização do sistema de saúde e pela implantação de 
políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida (Conferência Nacional de Saúde, 1986). Era um 
momento chave do movimento da Reforma Sanitária brasileira e da afirmação da indissociabilidade 
entre a garantia da saúde como direito social irrevogável e a garantia dos demais direitos humanos e de 
cidadania. O relatório final da 8ª CNS lançou os fundamentos da proposta do SUS. 
 
Na base do processo de criação do SUS encontram-se: o conceito ampliado de saúde, a necessidade de 
criar políticas públicas para promovê-la, o imperativo da participação social na construção do sistema e 
das políticas de saúde e a impossibilidade do setor sanitário responder sozinho à transformação dos 
determinantes e condicionantes para garantir opções saudáveis para a população. Nesse sentido, o 
SUS, como política do estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vida e pela afirmação do direito à 
vida e à saúde, dialoga com as reflexões e os movimentos no âmbito da promoção da saúde. 
 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/8_CNS_Relatorio%20Final.pdf 
 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/construcao_do_SUS.pdf 
 
“Tema 2 – Reformulação do Sistema Nacional de Saúde” 
 
A reestruturação do Sistema Nacional de Saúde deve resultar na criação de um Sistema Único de Saúde 
que efetivamente represente a construção de um novo arcabouço institucional separando totalmente 
saúde de previdência, através de uma ampla Reforma Sanitária. 
 
“No nível federal, este novo sistema deve ser coordenado por um único Ministério, especialmente 
concebido para esse fim. Com este objetivo o Poder Executivo deve encaminhar, a curto prazo, 
mensagem ao Congresso, garantindo-se, entretanto, que a reformulação proposta seja prévia e 
 
 
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amplamente debatida por todos os setores da sociedade civil. A unicidade de comando deve ser 
reproduzida nos níveis estadual e municipal.” 
 
“3 – O novo Sistema Nacional de Saúde deverá reger-se pelos seguintes princípios: 
 
A) referente à organização dos serviços 
Descentralização da gestão dos serviços 
Integralização das ações, superando a dicotomia preventivo-curativo 
Unidade na condução das políticas setoriais 
Regionalização e hierarquização das unidades prestadoras de serviços 
Participação da população, através de suas entidades representativas, na formulação da política, no 
planejamento, na gestão, na execução e na avaliação das ações de saúde 
Fortalecimento do papel do município 
Introdução de práticas alternativas de assistência à saúde, possibilitando ao usuário o direito 
democrático de escolher a terapêutica preferida 
 
B) atinentes às condições de acesso e qualidade 
Universalização em relação à cobertura populacional a começar pelas áreas carentes ou totalmente 
desassistidas 
Equidade em relação ao acesso dos que necessitam de atenção 
..... 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 
 
IDÉIA CENTRAL: TODAS AS PESSOAS TÊM DIREITO À SAÚDE 
DIREITO DE CIDADANIA 
 
Criação do SUS 
 
Resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere a saúde 
coletiva, consolidando-o como um dos direitos da CIDADANIA. 
 
Portaria nº 2203 - NOB-SUS 01/96 
 
Municipalização. 
Propõe aos municípios se enquadrarem em dois novos modelos: 
GESTÃO PLENA DE ATENÇÃO BÁSICA 
GESTÃO PLENA DOS SISTEMA MUNICIPAL 
 
NOB-SUS 01/96 
 
Reformula e aperfeiçoa a gestão do SUS, na medida em que redefine: 
Os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à direção única; 
 
 
 
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Os instrumentos gerenciais para que municípios e estados superem o papel exclusivo de prestadores de 
serviços e assumam seus respectivos papéis de gestores do sus; 
 
Os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a remuneração por 
produção de serviços e ampliando as transferências de caráter global, fundo a fundo, com base em 
programações ascendentes, pactuadas e integradas; 
 
A prática do acompanhamento, controle e avaliação no sus, superando os mecanismos tradicionais, 
centrados no faturamento de serviços produzidos, e valorizando os resultados advindos de 
programações com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade; 
 
Os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os núcleos familiares e comunitários, 
criando, assim, condições para uma efetiva participação e controle social. 
 
Repasse dos recursos financeiros do governo federal para os municípios passa a ser feito com base num 
valor fixo per-capita e não mais vinculado a produção de serviços. 
 
O PAB (Piso Assistencial Básico) consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio 
de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é 
definido pela multiplicação de um valor per capita nacional ( atualmente ) pela população de cada 
município (fornecida pelo IBGE) e transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta 
especial dos municípios. Além disto, o município poderá receber incentivos para o desenvolvimento de 
determinadas ações de saúde agregando valor ao PAB . As ações de saúde que fornecem incentivo são : 
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); 
Programa de Saúde da Família(PSF); 
Assistência Farmacêutica básica; 
Programa de combate as Carências Nutricionais; 
ações básicas de vigilância sanitária; 
ações básicas de vigilância epidemiológica e ambiental.

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