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DIREITO PENAL DESMEMBRADO - COM QUESTÕES AULA 7

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
AULA 07 – LEI Nº 11.343/2006 – LEI DE DROGAS / 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
 
 
Futuros Aprovados, 
 
Hoje conversaremos sobre a Lei de Drogas e o Estatuto do Desarmamento, 
temas estes importantíssimos para sua PROVA. 
Veremos que há questões bem polêmicas, mas para sua PROVA o que 
importa é o entendimento do CESPE. 
 
Vamos começar! 
 
Bons estudos! 
******************************************************* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
LEI Nº 11.343/2006 - LEI DE DROGAS 
 
1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As penas cominadas ao delito 
de tráfico de drogas serão aumentadas de um sexto a dois terços se 
o agente tiver utilizado transporte público com grande aglomeração 
de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante se ofereceu 
ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os outros 
passageiros. 
 
Certa. Questão interessante, pois, apesar de ter sido considerada certa pela 
banca, traz um tema divergente e que suscita inúmeras discussões. 
Perceba, abaixo, que há divergência entre o atual entendimento do STJ e do 
STF. Assim, caso esta questão apareça em sua PROVA, a banca terá que 
definir a linha a ser seguida pelo candidato. 
 
1 – Segundo o STJ: 
Informativo 472 do STJ (maio de 2011): No delito de tráfico ilícito de drogas, 
a causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11.343/2006 incide 
pela simples utilização do transporte público na condução da substância 
entorpecente, sendo irrelevante se o agente a ofereceu ou tentou distribuí-la 
aos demais passageiros no local. 
 
2 – Segundo o STF: 
Em recente julgado, noticiado no informativo nº 666 do STF, entendeu-se 
que a hipótese de aumento de pena para o crime de tráfico cometido “em 
transporte público” somente tem aplicabilidade quando houver a 
comercialização da droga dentro do meio de transporte. 
Observe o que noticiou o informativo: 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Tráfico: causa de aumento e transporte público – 1 
A 1ª Turma, por maioria, deferiu, em parte, habeas corpus para reduzir, da 
pena imposta, a causa de aumento prevista no art. 40, III, da Lei 
11.343/2006 (“As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são 
aumentadas de um sexto a dois terços, se: a infração tiver sido cometida nas 
dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, 
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde 
se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de 
tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades 
militares ou policiais ou em transportes públicos”). No caso, a paciente fora 
presa em flagrante delito quando trazia consigo, dentro de ônibus coletivo 
público intermunicipal, maconha proveniente do Paraguai, para ser entregue 
na cidade de São Paulo. Diante deste fato, com aplicação das causas de 
aumento de pena previstas no art. 40, I e III, da Lei de Drogas, fora 
condenada a 6 anos e 8 meses de reclusão. 
HC 109538/MS, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 
15.5.2012. (HC-109538) 
 
Tráfico: causa de aumento e transporte público – 2 
Entendeu-se que, com base em interpretação teleológica, o disposto no art. 
40, III, do mencionado diploma, referir-se-ia a comercialização em 
transporte público, não alcançando a situação de o agente ter sido 
surpreendido quando trazia consigo droga em ônibus intermunicipal, sem 
que nele a tivesse vendido. Por fim, fixou-se em 5 anos e 10 meses a 
reprimenda e indeferiu-se o pedido de substituição da pena privativa de 
liberdade por restritivas de direito, em razão de a condenação superar 4 
anos (CP, art. 44, I e II). 
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Enquanto para o STF é fundamental a comercialização da droga 
dentro do transporte, o STJ se contenta com a simples utilização 
do mesmo para que incida a causa de aumento. 
HC 109538/MS, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 
15.5.2012. (HC-109538) 
Do exposto, podemos resumir que: 
 
 
 
 
 
2. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O usuário e o 
dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, 
estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os 
mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início 
do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente 
da posição do respectivo sistema penitenciário. 
 
Certa. Questão simples que tem sua resposta encontrada no artigo 26 da Lei 
nº 11.343/06. Observe: 
 
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da 
prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa 
de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm 
garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo 
respectivo sistema penitenciário. 
 
3. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As atividades de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo SISNAD incluem 
a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às 
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especificidades socioculturais das diversas populações, como a 
internação compulsória. 
 
Errada. A questão está incorreta, pois o SISNAD não tem competência para 
determinar a internação compulsória. 
A fundamentação legal está nos artigos 4º a 14, da Lei nº 11.343/06 - Lei de 
Drogas. Recomendo uma leitura atenta a tais dispositivos, pois, muitas 
vezes, são deixados de lado pelos candidatos. 
Após a leitura, ficará ainda mais simples constatar que a internação 
compulsória não é atribuição do SISNAD. 
 
4. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As plantações ilícitas 
deverão ser imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia 
judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial, 
de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, 
com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para 
a preservação da prova. 
 
Certa. Questão simples, mas que trata de um assunto que gera confusão na 
cabeça de muitos candidatos. 
Uma situação é a destruição de plantações quanto tão logo descobertas 
(imediatamente destruídas). 
Diferentemente, quando apreendidas, essa destruição se dará por 
incineração e no prazo máximo de 30 dias. 
É comum em provas o CESPE trocar essa ordem para confundir os 
candidatos. 
Observe: 
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Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas 
autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente 
para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas 
necessárias para a preservação da prova. 
§ 1o A destruição de drogas far-se-á por incineração, no prazo máximo 
de 30 (trinta) dias, guardando-se as amostras necessárias à preservação 
da prova. 
§ 2o A incineração prevista no § 1o deste artigo será precedida de 
autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e executada pela 
autoridade de polícia judiciária competente, na presença de 
representante do Ministério Público e da autoridade sanitária 
competente, mediante auto circunstanciado e após a perícia realizada no 
local da incineração. 
§ 3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, 
observar-se-á, além das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, 
o disposto no Decreto no 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, 
dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema 
Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. 
§ 4o As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, 
conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a 
legislação em vigor. 
 
5. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O inquérito policial 
instaurado para a apuração da prática de tráfico de drogas deverá 
ser concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e 
de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poderão 
ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da 
autoridade de polícia judiciária. 
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Certa. Vamos aproveitar esta questão e traçar um breve resumo sobre o 
tema: 
REGRA GERAL CPP 
 
� 10 dias se o investigado estiver preso – inicia-se a contagem no dia em 
que for executada a ordem de prisão. Este prazo é improrrogável, sob 
pena de haver constrangimento ilegal e consequente relaxamento da 
prisão; 
 
� 30 dias se o investigado estiver solto- inicia-se a contagem a partir da 
data da expedição da portaria, quando a instauração for de ofício. Caso 
a instauração seja provocada por requisição, representação ou 
requerimento, a partir da data em que forem recebidos os documentos 
pelo Delegado. 
 
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO NOS CRIMES FEDERAIS: 
 
No caso dos crimes investigados pela Polícia Federal, os prazos são regidos 
pela lei 5.010/66 (Artigo 66), assim, tem-se: 
 
� 15 dias se o investigado estiver preso – tal prazo pode ser prorrogado 
por igual período (15 dias), a pedido devidamente fundamentado pela 
autoridade policial e deferido pelo Juiz competente. 
 
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� 30 dias se o investigado estiver solto – note que não há previsão legal, 
neste caso, quando o réu estiver solto. Assim, aplica-se por analogia o 
prazo do Código de Processo Penal. 
 
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL NA LEI DE 
DROGAS (ART. 51, LEI 11.343/06): 
 
� 30 dias se o investigado estiver preso; 
 
� 90 dias se o investigado estiver solto. 
 
Observação: os prazos trazidos pelo artigo 51 da “lei de drogas” podem ser 
duplicados pelo Juiz competente, após ouvido o Ministério Público, mediante 
pedido devidamente justificado da Autoridade Policial. 
 
6. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) No território 
nacional, é expressamente proibido produzir, extrair, fabricar, 
transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, 
exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, 
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou 
matéria-prima destinada à sua preparação, não havendo previsão de 
licença pública para tal fim. 
 
Errada. A Lei nº 11.343/06 prevê a possibilidade de concessão de licença 
para produção de drogas ou matéria-prima de substância entorpecente. Tal 
situação ocorre, por exemplo, no caso dos laboratórios farmacêuticos. 
 
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Observe o dispositivo legal: 
 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade 
competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, 
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, 
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas 
ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as 
demais exigências legais. 
 
7. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-TO / 2008) Considere que determinado 
cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 kg de cocaína, em 
depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca realizada 
por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os 
fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial 
competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em 
flagrante, pois, no momento da abordagem, ele não praticava 
nenhum ato típico da traficância. 
 
Errado. Segundo o art. 33 da lei nº 11.343/06, constitui uma conduta típica 
de tráfico importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, 
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar. 
O art. 33 é um dos mais exigidos em PROVA (junto com o art. 28). Vamos 
relembrar alguns importantes pontos: 
 
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De uma forma bem ampla, a lei nº 11.343/06 descreve dois grandes tipos 
de crimes: 
 
• O primeiro já foi visto e está tipificado no art. 28 referindo-se ao 
consumo de drogas. Como já aprendemos, apesar de a ele não estar 
cominada pena privativa de liberdade (detenção e reclusão), tal 
conduta não deixou de ser crime. 
• O outro grande tipo de crime está presente no art. 33, que trata do 
tráfico ilícito de drogas. Para essas condutas estão previstas rígidas 
penas privativas de liberdade e multa. Observe: 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, 
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento 
de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
 
O caput do art. 33 versa sobre o que podemos chamar de condutas 
típicas de tráfico, que ao todo são dezoito. Cabe ressaltar que este 
dispositivo é o TIPO FUNDAMENTAL DO TRÁFICO DE DROGAS. Os 
outros delitos previstos na lei nº 11.343/06 são considerados 
MODALIDADES de tráfico. 
 
Vamosanalisar a figura típica: 
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1 – Objeto Jurídico ��� O delito atinge a saúde pública (objeto jurídico 
principal) e a tranquilidade das pessoas (objeto jurídico secundário). 
 
2 – Objeto Material ��� É a droga. 
 
3 – Sujeito Ativo ��� Com exceção da conduta de prescrever, que é 
crime próprio cometido por médico ou dentista, trata-se de crime 
comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa. 
 
4 – Sujeito Passivo ��� Como já vimos, é a coletividade. 
 
5 – Conduta Típica ��� Para a prova do CESPE, que adora apresentar 
“histórias” para verificar o conhecimento do candidato, é imprescindível 
que se conheça o real significado de cada conduta tipificada, e é isso 
que você vai aprender agora. Vamos lá!!! 
 
CONDUTAS TÍPICAS 
DE TRÁFICO ILÍCITO 
DE DROGAS 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
 
IMPORTAR 
 
 
CONSISTE EM FAZER ENTRAR O TÓXICO NO PAÍS POR 
VIA AÉREA, MARÍTIMA OU POR TERRA. O DELITO SE 
CONSUMA NO MOMENTO EM QUE A SUBSTÂNCIA 
ILÍCITA ENTRA NO TERRITÓRIO NACIONAL. DE 
ACORDO COM O PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE (ART. 
12 DO CP), O ART. 334 DO CP (CONTRABANDO E 
DESCAMINHO) NÃO É APLICÁVEL QUANDO SE 
IMPORTA UMA SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE, OU SEJA, 
É APLICÁVEL NA IMPORTAÇÃO DE OUTRAS 
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS. 
EXPORTAR CARACTERIZA O ENVIO DA DROGA PARA OUTRO PAÍS. 
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REMETER 
 
SIGNIFICA O TRANSPORTE DA DROGA SEM QUE ELA 
SAIA DO PAÍS. A FORMA MAIS COMUM É ATRAVÉS 
DOS CORREIOS. 
 
PREPARAR 
 
CONSISTE EM COMBINAR SUBSTÂNCIAS NÃO 
ENTORPECENTES FORMANDO UMA TÓXICA PRONTA 
PARA O USO. 
 
PRODUZIR 
 
PRESSUPÕE A IDÉIA DE CRIAÇÃO. DIFERE-SE DA 
PREPARAÇÃO, ONDE O AGENTE JÁ POSSUI AS 
SUBSTÂNCIAS QUE SERVEM COMO MATÉRIA-PRIMA, 
ENQUANTO QUE NA PRODUÇÃO O PRÓPRIO AGENTE 
CRIA A MATÉRIA PRIMA OU A EXTRAI DA NATUREZA. 
FABRICAR 
 
É A PRODUÇÃO ATRAVÉS DO MEIO INDUSTRIAL. 
 
ADQUIRIR 
 
SIGNIFICA COMPRAR, OBTER A PROPRIEDADE, A 
TÍTULO ONEROSO OU GRATUITO. ESTA CONDUTA SÓ 
PODE SER PUNIDA COM AS PENAS DO ART. 33 SE A 
PESSOA ADQUIRIR COM A INTENÇÃO DE ENTREGAR 
AO CONSUMO DE TERCEIRO. AQUELE QUE COMPRA A 
DROGA PARA O CONSUMO PRÓPRIO, INCIDE NAS 
PENAS DO ART. 28 (PORTE DE DROGA PARA CONSUMO 
PRÓPRIO). 
 
VENDER 
 
É ALIENAR MEDIANTE UMA CONTRAPRESTAÇÃO QUE 
NÃO PRECISA SER NECESSARIAMENTE EM MOEDA 
CORRENTE. 
 
EXPOR A VENDA 
CONSISTE EM DISPONIBILIZAR A MERCADORIA AOS 
INTERESSADOS NA AQUISIÇÃO. 
 
OFERECER 
 
 
SIGNIFICA ABORDAR EVENTUAIS COMPRADORES E 
FAZÊ-LOS SABER QUE POSSUI A DROGA PARA VENDA. 
 
TER EM DEPÓSITO DÁ A IDÉIA DE QUE O AGENTE É DEPOSITÁRIO DA DROGA PERTENCENTE A TERCEIRA PESSOA. 
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TRANSPORTAR 
 
SIGNIFICA CONDUZIR DE UM LOCAL PARA OUTRO 
COM O USO DE ALGUM MEIO DE LOCOMOÇÃO, TAL 
COMO CARRO, BICICLETA, AVIÃO, ETC. 
 
TRAZER CONSIGO 
 
É UTILIZADO NO SENTIDO DE CARREGAR JUNTO AO 
PRÓPRIO CORPO, SEJA NO SEU INTERIOR OU NAS 
ROUPAS QUE O COBREM. 
 
GUARDAR 
 
DIZ RESPEITO À PRESERVAÇÃO, MANUTENÇÃO OU 
CONSERVAÇÃO DA SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE. 
 
 
PRESCREVER 
 
É SINÔNIMO DE RECEITAR. POR ISSO, TEM UMA 
LIGAÇÃO DIRETA COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA 
MÉDICA E COM OS DENTISTAS. OU SEJA, TRATA-SE 
DE UM CRIME PRÓPRIO, POIS SÓ PODE SER 
COMETIDO POR DETERMINADAS CATEGORIAS DE 
PROFISSIONAIS. 
 
MINISTRAR 
 
SIGNIFICA INTRODUZIR OU INOCULAR NO 
ORGANISMO HUMANO. DESSA FORMA, COMETE CRIME 
O FARMACÊUTICO QUE INJETA DROGAS EM 
DETERMINADA PESSOA SEM EXISTIR PRESCRIÇÃO 
MÉDICA. 
 
ENTREGAR A 
CONSUMO 
 
ESTA TIPIFICAÇÃO PROCURA ABRANGER AS DIVERSAS 
FORMAS DE FAZER AS DROGAS CHEGAREM A 
TERCEIROS. 
 
 
FORNECER 
 
TEM O SIGNIFICADO DE ABASTECER OU PROVER O 
MERCADO CONSUMIDOR DE DROGAS, PODENDO SER 
INDIVIDUAL OU ATÉ MESMO GRATUITO. 
 
 
 
 
 
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6 – Tipo misto alternativo ou de conteúdo variado ��� Assim, como 
vimos anteriormente no crime do Art. 28, o crime tipificado no Art. 33 é 
considerado um crime de ação múltipla, no qual a realização de mais 
de uma conduta, desde que em relação à mesma droga, constitui crime 
único. 
 
Veja este exemplo: O agente que transporta e guarda a droga consigo, 
apesar de cometer duas condutas, pratica apenas um crime. Porém, não 
haverá delito único quando as condutas se referirem a cargas diversas 
de entorpecentes sem qualquer ligação. Assim, se em uma semana a 
pessoa compra um quilo de maconha e na outra semana importa meio 
quilo de cocaína, terá praticado dois delitos na forma de concurso 
material, pois as condutas referem-se a substâncias diferentes. 
 
7 – Elemento Subjetivo ��� O crime é doloso, não se exigindo finalidade 
especial. 
 
8 – Qualificação Doutrinária ��� Trata-se de crime doloso, comum, de 
mera conduta, de perigo abstrato e coletivo. 
 
Vale lembrar que é imprescindível a apreensão da droga 
para fazer incidir a tipificação do Art. 33. 
Sempre que se tratar de crime envolvendo drogas é 
necessário que a substância aprendida seja periciada e 
confeccionado laudo de constatação preliminar para 
lavratura do auto de prisão em flagrante. 
Prisão por tráfico de drogas decorrente 
apenas de prova testemunhal é ILEGAL! 
 
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9 – Consumação e Tentativa ��� A consumação ocorre na prática de 
qualquer das condutas alternativas do tipo penal. É cabível a tentativa, 
mas, devido à diversidade de condutas, dificilmente ocorrerá. 
 
10 – Crime equiparado a hediondo ��� O tráfico de drogas é 
equiparado a hediondo. 
 
11- Prova da traficância ��� Uma das grandes dificuldades enfrentadas 
pelos operadores de direito é como provar que o indivíduo é um 
traficante. Para solucionar este problema, a jurisprudência vem adotando 
como referencial a quantidade, variedade, modo de acondicionamento e 
outros indicativos da traficância. 
Neste sentido já se pronunciou o TJ-SP decidindo que a variedade e 
quantidade da droga apreendida e anterior denúncia sobre o tráfico no 
local são elementos suficientes para levarem à conclusão acerca do 
comércio ilícito (Apelação nº 990.09.297118-2 – DJ 23/03/2010) 
Ainda, segundo o TJ-SP, acompanhando o entendimento majoritário, não 
há necessidade de que o sujeito seja preso no momento exato em que 
fornece materialmente a droga para terceiro. Para que seja caracterizado 
o tráfico, bastam circunstâncias seguras de que o objeto era destinado ao 
comércio ilegal (Apelação nº 990.08.073079-7, DJ 29/01/2009). 
 
8. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No caso de porte 
de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão 
em flagrante, devendo oautor de fato ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o 
compromisso de a ele comparecer. 
 
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Certo. Segundo o art. 48 da lei nº 11.343/06, é vedada a prisão em flagrante 
de usuário de drogas. Assim, apreendido o agente e a droga, o condutor 
deverá apresentá-lo imediatamente ao juízo competente, ou na falta deste, à 
autoridade policial, no local em que se encontrar, e deverá lavrar termo 
circunstanciado sobre o comparecimento ao juízo competente. 
 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes 
definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, 
aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de 
Processo Penal e da Lei de Execução Penal. [...] 
§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não 
se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser 
imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta 
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-
se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições 
dos exames e perícias necessários. 
 
9. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No crime de tráfico de 
drogas, para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente 
o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, o qual 
será necessariamente firmado por perito oficial. 
 
Errado. Segundo o art.50 §1o, da lei de Drogas, caso não haja no momento 
da lavratura um especialista no assunto, o laudo poderá ser realizado por 
“pessoa idônea”. 
 
10. (CESPE / MPE-SE / 2010) A legislação em vigor admite a fixação 
de regime inicial diverso do fechado aos condenados pela prática de 
crime de tráfico de drogas, desde que as circunstâncias judiciais e o 
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quantum da pena assim autorizem, conforme entendimento 
consolidado no STJ. 
 
Errado. Apesar de ser admitida a progressão do regime, prevalece o 
entendimento do cumprimento inicial em regime fechado. 
 
11. (CESPE / MPE-SE / 2010) Para o STJ, os preceitos legais em 
vigor impedem a conversão da pena corporal em restritiva de direitos 
no caso de condenado por tráfico ilícito de substância entorpecente. 
 
Errado. Hodiernamente, o STJ tem se posicionado pelo cabimento da 
substituição da pena corporal em restritiva de direitos no caso de condenado 
por tráfico ilícito de substância entorpecente (HC 128.256-SP, DJe 
26/10/2009 e HC 120.353-SP, DJe 9/2/2010). 
 
12. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) O IP relativo a 
indiciado preso por tráfico de drogas deve ser concluído no prazo de 
30 dias, não havendo possibilidade de prorrogação do prazo. A 
autoridade policial pode, todavia, realizar diligências 
complementares e remetê-las posteriormente ao juízo competente. 
 
Errado. O parágrafo único do art. 51 da lei nº 11.343/06 determina que os 
prazos para entrega do IP podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério 
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
Já quanto às diligências, o parágrafo único do art. 52 da lei nº 11.343/06 
deixa claro que as diligências complementares não impedem a remessa dos 
autos. Apresento abaixo o processo esquematizado: 
 
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IINNQQUUÉÉRRIITTOO PPOOLLIICCIIAALL 3300 DDIIAASS ��� IINNVVEESSTTIIGGAADDOO 
PPRREESSOO 
9900 DDIIAASS ��� IINNVVEESSTTIIGGAADDOO 
SSOOLLTTOO 
PPOOSSSSIIBBIILLIIDDAADDEE DDEE 
PPRROORRRROOGGAAÇÇÃÃOO 
AARRQQUUIIVVAAMMEENNTTOO 
DDEEVVOOLLUUÇÇÃÃOO PPAARRAA 
DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS 
DDEENNÚÚNNCCIIAA 
DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS 
SSUUPPLLEEMMEENNTTAARREESS 
NNOOTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOO 
DDEENNUUNNCCIIAADDOO PPAARRAA 
DDEEFFEESSAA PPRREELLIIMMIINNAARR 
DDEEFFEESSAA PPRREELLIIMMIINNAARR 
PPRRAAZZOO:: 1100 DDIIAASS 
AAPPRREESSEENNTTAARR DDEEFFEESSAA,, 
AARRGGÜÜIIRR EEXXCCEEÇÇÕÕEESS,, SSUUSSCCIITTAARR 
NNUULLIIDDAADDEESS,, RREEQQUUEERREERR 
PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE PPRROOVVAASS 
CCOONNSSTTIITTUUIIÇÇÃÃOO DDEE 
AADDVVOOGGAADDOO OOUU NNOOMMEEAAÇÇÃÃOO 
DDEE UUMM DDEEFFEENNSSOORR DDAATTIIVVOO DDEECCIISSÃÃOO DDEE RREEJJEEIIÇÇÃÃOO DDAA 
DDEENNÚÚNNCCIIAA 
DDEECCIISSÃÃOO DDEE RREECCEEBBIIMMEENNTTOO DDAA 
DDEENNÚÚNNCCIIAA 
 
CCAASSOO IIMMPPRREESSCCIINNDDÍÍVVEELL EEMM 1100 
DDIIAASS SSEERRÁÁ:: 
 
11--AAPPRREESSEENNTTAADDOO OO PPRREESSOO 
22--RREEAALLIIZZAADDAASS DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS 
33--EEXXAAMMEESS EE PPEERRÍÍCCIIAASS 
AAFFAASSTTAAMMEENNTTOO CCAAUUTTEELLAARR SSEE 
FFUUNNCCIIOONNÁÁRRIIOO PPÚÚBBLLIICCOO 
RREEQQUUIISSIIÇÇÃÃOO DDEE 
LLAAUUDDOOSS PPEERRIICCIIAAIISS 
DDEESSIIGGNNAAÇÇÃÃOO DDEE AAUUDDIIÊÊNNCCIIAA((AAIIJJ)) EE 
CCIITTAAÇÇÃÃOO 
RREEAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA 
AAIIJJ 
AAIIJJ ��� 3300 DDIIAASS ��� RREEGGRRAA 
 
AAIIJJ ��� 9900 DDIIAASS ��� EEMM CCAASSOO DDEE EEXXAAMMEE 
DDEE DDEEPPEENNDDÊÊNNCCIIAA 
11 -- IINNTTEERRRROOGGAATTÓÓRRIIOO 
22 -- IINNQQUUIIRRIIÇÇÃÃOO DDAASS 
TTEESSTTEEMMUUNNHHAASS DDEE 
AACCUUSSAAÇÇÃÃOO EE DDEEFFEESSAA 
33 -- DDEEBBAATTEESS OORRAAIISS 
44 –– SSEENNTTEENNÇÇAA 
 
 ((IIMMEEDDIIAATTAA OOUU EEMM 1100 DDIIAASS)) 
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13. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) Findo o prazo para 
conclusão do inquérito na apuração de crime de tráfico ilícito, a 
autoridade policial remete os autos ao juízo competente, relatando 
sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar 
as razões que a levaram à classificação do delito. 
 
Errado. Nos termos do art. 52 da lei nº 11.343/06, um dos itens que 
precisam constar nos autos do inquérito é exatamente a justificativa das 
razões que levaram a autoridade policial a classificar o delito no tipo 
apontado. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a 
autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do 
inquérito ao juízo: 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, 
justificando as razões que a levaram à classificação do delito, 
indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto 
apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a 
ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a 
qualificação e os antecedentes do agente; ou 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências 
necessárias. 
 
14. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) É legalmente vedada a não-
atuação policial aos portadores de drogas, a seus precursores 
químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se 
encontrem no território brasileiro. 
 
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Errado. Retira-se do art.53, II, da lei nº 11.343/06 que é permitido, 
mediante autorização judicial e ouvido o MP, a não-atuação policial sobre os 
portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos 
utilizados em sua produção que se encontrem no território brasileiro. 
 
15. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Segundo a Lei Antidrogas, 
para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo 
destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à 
quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que 
se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e 
pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena 
de violação do princípio da presunção de inocência. 
 
Errado. Conforme o parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, para 
determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições 
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem 
como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
16. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Como a Lei Antidrogas não 
prevê a aplicação de medida educativa o agente apenado por portar 
drogas para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, devem ser 
aplicadas as regras pertinentes do CP. 
 
Errado. A questão está incorreta, pois a lei nº 11.343/06 prevê nos incisos 
do art. 28 as penalidades a serem aplicadas. São elas advertência sobre os 
efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo. 
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17. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-AC / 2007) A nova Lei de Drogas (Lei 
n.º 11.343/2006) estabelece um rol de penas possíveis para a 
pessoa que adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou 
trouxer consigo, para uso pessoal, drogas ilícitas. Para determinar se 
a droga se destinava ao consumo pessoal, o juiz observará apenas a 
natureza e a quantidade da droga. 
 
Errado. Nos termos do parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, para 
determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições 
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem 
como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
18. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A respeito do crime de 
tráfico ilícito de entorpecentes, o inquérito policial deve ser concluído 
no prazo de 30 dias, caso o indiciado esteja preso, e no de 60 dias, 
caso este esteja solto. 
 
Errado. Nos termos do art. 51 da lei nº 11.343/06 o inquérito policial será 
concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 
(noventa) dias, quando solto. Os prazos podem ser duplicados pelo juiz, 
ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de 
polícia judiciária. 
 
19. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A Lei n.º 11.343/2006 
possibilita o livramento condicional ao condenado por tráfico ilícito 
de entorpecente após o cumprimento de três quintos da pena de 
condenação, em caso de réu primário, e dois terços, em caso de réu 
reincidente, ainda que específico. 
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Errado. Conforme o parágrafo único do art. 44, o livramento condicional 
pode ser concedido após o cumprimento de dois terços da pena, vedada a 
sua concessão ao reincidente específico. 
 
20. (CESPE / OAB-CE / 2007) A conduta daquele que, para consumo 
pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação de substância capaz 
de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação. 
 
Errado. O parágrafo 1º, do art. 28, da Lei de Drogas, estabelece a 
responsabilidade penal do agente que, para seu consumo pessoal, semeia, 
cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de 
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
 
21. (CESPE / OAB-CE / 2007) É possível, além das penas de 
advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida 
educativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de 
drogas. 
 
Errado. Conforme a nova disposição do art. 28 da Lei de Drogas, não há 
pena privativa de liberdade para o crime de posse de drogas para consumo 
pessoal. 
 
22. (CESPE / OAB-CE / 2007) O porte de drogas tornou-se infração 
de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimento da Lei 
n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais. 
 
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Certo. No que tange ao delito de porte de drogas, previsto no art. 28 da lei 
nº 11.343/06, o legislador excluiu do preceito secundário da norma as penas 
privativas de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de 
direitos. Trata-se de crime de menor potencial ofensivo. 
 
23. (CESPE / OAB-CE / 2007) Poderá ser imposta ao usuário de 
drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhado ao 
juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da 
prisão, após a lavratura do termo circunstanciado. 
 
Errado. Não existe possibilidade de prisão em flagrante. O Art. 28 da lei de 
drogas é de suma importância, pois prevê um novo tratamento à conduta de 
porte de drogas para consumo pessoal. O intuito da Lei foi o de evitar, a 
qualquer custo, a aplicação de pena privativa de liberdade ao usuário de 
drogas. 
 
24. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006) 
A lei repressiva pune o consumo de substância entorpecente ou que 
determine dependência física ou psíquica. 
 
Errado. O art. 28 da lei nº 11.343/06 define que quem adquirir, guardar, 
tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: Advertência sobre os 
efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
As condutas “usar” ou “consumir” constituem fato atípico. Existe atipicidade, 
porque o crime não é “usar” ou “consumir” a droga, mas sim adquiri-la, 
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guardá-la, mantê-la em depósito, transportá-la ou trazê-la consigo para 
consumo pessoal. Assim, podemos afirmar que não se pune o consumo em 
si da droga. 
 
25. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006) 
A lei prevê a modalidade de crime culposo para os profissionais que 
prescrevem ou ministram, aleatória e (ou) indevidamente, as 
referidas substâncias a pacientes. 
 
Certo. A questão refere-se ao delito do art. 38, da nova lei de drogas (lei n.º 
11.343/2006), consistente na conduta de prescrever ou ministrar, 
culposamente, drogas, sem quedelas necessite o paciente, ou fazê-lo em 
doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Vamos conversar um pouco sobre este delito: 
Para o correto entendimento deste crime, precisamos recorrer à redação 
anterior, prevista na antiga Lei de Drogas, a fim de compreendermos a 
correta extensão da nova norma. Observe o antigo texto legal: 
 
Art. 15. Prescrever ou ministrar culposamente, o médico, 
dentista, farmacêutico ou profissional de enfermagem 
substância entorpecente ou que determine dependência física 
ou psíquica, em de dose evidentemente maior que a necessária 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Agora compare com a nova redação: 
 
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Art.38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem 
que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa 
 
Perceba que o art. 38, diferentemente da redação anterior, não especifica 
exatamente quem pode cometer o crime, ou seja, não trata 
especificamente do “médico, dentista, farmacêutico ou profissional 
de enfermagem”. 
Assim, logo quando surgiu a lei nº 11.343/06, o comentário de muitos foi: 
 
“Legal, agora o crime de prescrição ou ministração culposa não é mais um 
crime próprio!!!”. 
 
Ocorre, entretanto, que o parágrafo único do art. 38 dispõe: 
 
Art. 38. [...] 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho 
Federal da categoria profissional a que pertença o agente. 
 
Ora, se a lei prevê que o Juiz deverá comunicar a condenação ao Conselho 
Federal da categoria profissional, é claro que o legislador não retirou a 
obrigatoriedade de que o agente do delito seja da área biomédica, mas 
apenas não especificou quais seriam estes profissionais. 
Desta forma, podemos afirmar que o crime de prescrição ou ministração 
culposa trata-se de um crime próprio dos profissionais da área 
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biomédica e que só pode ser praticado na modalidade culposa por quem 
prescreva ou ministre substância entorpecente ou que determine 
dependência física ou psíquica, sem que delas necessite o paciente. 
Também incide neste tipo penal os profissionais acima citados quando 
prescrevem doses excessivas em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. 
Podemos resumir o delito da seguinte forma: 
 
CONDUTAS QUE CARACTERIZAM O CRIME DE PRESCRIÇÃO OU 
MINISTRAÇÃO CULPOSA DE DROGAS (CRIME PRÓPRIO) 
• PRESCREVER OU MINISTRAR DROGAS SEM QUE DELAS NECESSITE O 
PACIENTE; 
 
• PRESCREVER OU MINISTRAR EM DOSES EXCESSIVAS; 
 
• PRESCREVER OU MINISTRAR EM DESACORDO COM DETERMINAÇÃO 
LEGAL OU REGULAMENTAR. 
 
Obs.: O crime se consuma com a entrega do receituário (prescrever) ou com a 
introdução no organismo da droga (ministrar). Como é um crime culposo, não 
admite tentativa. 
 
 
26. (CESPE / Defensor Público - DPE-AL / 2009) As medidas 
alternativas impostas em razão de uma transação penal e aquelas 
previstas no art. 28 da Lei n.º 11.343/2006 (usuário de droga) não 
geram os efeitos penais gerais próprios de uma sanção penal. 
 
Certo. As medidas alternativas do art. 28 da lei 11.343/2006 (usuário de 
droga) quando impostas por sentença penal geram reincidência. 
 
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27. (CESPE / Defensor Público - DPE-ES / 2009) Na hipótese de 
posse de drogas para consumo pessoal, não se impõe prisão em 
flagrante. Nessa situação, o autor do fato deve ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta desse, assumir o 
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo 
circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e das 
perícias necessários. 
 
Certo. Tratando-se da conduta prevista no art. 28 da lei nº 11.343/06, não 
se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso 
de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se 
as requisições dos exames e perícias necessários. 
 
28. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação / 
2008) Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado 
em uma barreira policial e, após vistoria em seu veículo, foi 
encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito, 
Joaquim alegou que a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa 
situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o policial 
responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o 
usuário mediante admoestação verbal. 
 
Errado. Segundo o § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06, tratando-se de porte 
de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, 
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo 
competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, 
lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos 
exames e perícias necessários. 
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29. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação / 
2008) A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente 
possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde 
que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique 
às atividades criminosas nem integre organização criminosa, a 
redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a 
conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que 
cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena. 
 
Certo. Segundo o art. 33, § 4o da lei nº 11.343/06, no delito de tráfico ilícito 
de entorpecente, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços 
desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade em restritiva 
de direitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido de conceder 
parcialmente a ordem e declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da 
expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, constante 
do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da expressão “vedada a conversão 
de suas penas em restritivas de direitos”, contida no também aludido art. 44 
do mesmo diploma legal. (Informativo nº 597 do STF). 
 
30. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Ainda que o fato tenha sido 
cometido antes da vigência da Lei n.º 11.343/2006 e que o 
condenado preencha os requisitos dispostos no art. 44 do CP, não é 
possível a substituição da pena privativa de liberdade por penas 
restritivas de direito em crime de tráfico de entorpecentes, já que o 
STF, ao julgar inconstitucional o art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/1990 
- Lei dos Crimes Hediondos -, passou a admitir somente a progressãode regimes aos condenados por crimes hediondos, mas não a 
conversão em pena restritiva de direito. 
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Errado. No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade em 
restritiva de direitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido de 
conceder parcialmente a ordem e declarar incidentalmente a 
inconstitucionalidade da expressão “vedada a conversão em penas restritivas 
de direitos”, constante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da 
expressão “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”, 
contida no também aludido art. 44 do mesmo diploma legal. (Informativo nº 
597 do STF). 
 
31. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Dispõe a Lei n.º 
11.343/2006, quanto ao crime de tráfico ilícito de entorpecente, que 
"as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa.". Considerando que a 
lei anterior não possuía redação similar, o Juízo das Execuções 
Criminais poderá facultar ao condenado por crime de tráfico de 
entorpecentes, sob a égide da Lei n.º 6.368/1976, que preencha tais 
condições, a opção entre o regramento antigo e o atual, tendo em 
vista que a pena de multa sofreu significativo aumento, não havendo 
como afirmar, nesse aspecto, qual das leis é mais severa. 
 
Certo. A norma insculpida no art. 33, § 4º da Lei n.º 11.343/06 inovou no 
ordenamento jurídico pátrio ao prever uma causa de diminuição de pena 
explicitamente vinculada ao novo apenamento previsto no caput do art. 33. 
Não há que se admitir sua aplicação em combinação ao conteúdo do preceito 
secundário do tipo referente ao tráfico na antiga lei (Art. 12 da Lei n.º 
6.368/76) gerando daí uma terceira norma não elaborada e jamais prevista 
pelo legislador. 
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Em homenagem ao princípio da extra-atividade (retroatividade ou ultra-
atividade) da lei penal mais benéfica deve-se, caso a caso , verificar qual a 
situação mais vantajosa ao condenado: se a aplicação das penas insertas na 
antiga lei - em que a pena mínima é mais baixa - ou a aplicação da nova lei 
na qual há a possibilidade de incidência da causa de diminuição, recaindo 
sobre quantum mais elevado. Contudo, jamais a combinação dos textos que 
levaria a uma regra inédita. 
 
32. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A competência para 
processar e julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em 
regra, da justiça estadual, exceto se caracterizado ilícito 
transnacional, quando a competência será da justiça federal. Nesse 
contexto, a probabilidade de a droga ser de origem estrangeira é 
suficiente para deslocar a competência da justiça estadual para a 
justiça federal. 
 
Errado. Segundo pacífica jurisprudência, a competência para processar e 
julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em regra, da Justiça 
Estadual. Tratando-se, no entanto, de crime internacional, isto é, à distância, 
que possui base em mais de um país, passa a ser da competência da Justiça 
Federal. 
Sendo apenas a provável origem estrangeira da droga, não se tem o crime 
necessariamente como transnacional, reclamando, para tanto, prova 
contundente da internacionalidade da conduta, de sorte a atrair a 
competência da Justiça Federal. 
 
33. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) É nula a sentença penal 
condenatória por crime de tráfico ilícito de entorpecentes cuja pena-
base tenha sido exacerbada com base na quantidade da droga 
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apreendida, entendendo-se, assim, haver maior censurabilidade da 
conduta (culpabilidade), tendo em vista que tal critério é 
expressamente previsto na legislação respectiva como definidor na 
conduta do agente, isto é, se uso ou tráfico. 
 
Errado. Segundo pacífico entendimento jurisprudencial, a quantidade de 
drogas justifica a fixação da pena acima do mínimo legal (STJ, HC 140.221-
MS, DJ 22/9/2009). 
 
34. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A inobservância do rito 
procedimental estabelecido pela Lei n.º 11.343/2006 quanto à 
intimação e conseqüente apresentação de defesa preliminar constitui 
causa de nulidade relativa, sendo, pois, necessário que se comprove 
o prejuízo, restando preclusa a alegação, se não for feita no 
momento oportuno. 
 
Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial, a ausência de defesa 
preliminar no procedimento estabelecido na lei 11343/06 gera nulidade 
absoluta e não relativa. 
 
35. (CESPE / Promotor - MPE-ES / 2010) Segundo a Lei Antidrogas, 
para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo 
destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à 
quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que 
se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e 
pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena 
de violação do princípio da presunção de inocência. 
 
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Errado. O § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06 define que para determinar se 
a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à 
quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se 
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à 
conduta e aos antecedentes do agente. 
 
36. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico 
de drogas, a autoridade de polícia judiciária deve fazer, 
imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe 
cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do MP, em 24 
horas. 
 
Certo. Conforme o art. 50 da lei nº 11.343/06, ocorrendo prisão em 
flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, 
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do 
qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) 
horas. 
 
37. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico 
de drogas, para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e 
estabelecimento da materialidade do delito, é prescindível o laudo de 
constatação da natureza e quantidade da droga. 
 
Errado. Nos termos do § 1º do art. 50 da lei nº 11.343/06, para efeito da 
lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade 
do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
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quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por 
pessoa idônea. 
 
38. (CESPE /Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico 
de drogas, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se 
o indiciado estiver preso, e de 45 dias, se estiver solto. 
 
Errado. Retira-se do art. 51 da lei nº 11.343/06 que o inquérito policial será 
concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 
(noventa) dias, quando solto. 
 
39. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico 
de drogas, a ausência do relatório circunstanciado torna nulo o 
inquérito policial. 
 
Errado. O art. 52 da lei nº 11.343/06 define que, findos os prazos do 
inquérito, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito 
ao juízo, relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as 
razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e 
natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, 
a qualificação e os antecedentes do agente. Tal relatório não precisa ser 
circunstanciado, ou seja, detalhado. Já decidiu o STJ que a ausência de 
relatório configura mera irregularidade, pois se trata de procedimento de 
caráter informativo, sem contraditório e ampla defesa. 
 
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40. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando 
que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico 
de drogas, a autoridade policial, após relatar o inquérito, deverá 
remeter os autos à justiça, que os encaminhará ao MP. Depois disso, 
a autoridade policial não poderá, de ofício, continuar a investigação, 
colhendo outras provas. 
 
Errado. Retira-se do art. 52, parágrafo único da lei nº 11.343/06 que a 
remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares. 
 
41. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2010) O atual procedimento 
adotado nos crimes de tráfico de drogas estabelece a necessidade de 
notificação do acusado, antes do recebimento da denúncia, para que 
o mesmo apresente indispensável defesa prévia, bem como 
estabelece a realização do interrogatório ao final da instrução e 
veda, de forma expressa, a absolvição sumária. 
 
Errado. Muito embora a Lei 11.343/06 não faça previsão expressa sobre a 
rejeição da denúncia após a resposta escrita, permite e aplicação subsidiária 
do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal (artigo 48, caput), o 
que determina a aplicação da absolvição sumária prevista no artigo 397 do 
Código de Processo Penal, no qual constam a existência manifesta de causa 
excludente da ilicitude do fato (inciso I); a existência manifesta de causa 
excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (inciso II); que 
o fato narrado evidentemente não constitui crime (inciso III); ou extinta a 
punibilidade do agente (inciso IV). 
 
42. (CESPE / Defensor Público - DPU / 2010) No que concerne ao 
processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes, 
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é correto afirmar que circunstâncias inerentes à conduta criminosa 
não podem, sob pena de bis in idem, justificar o aumento da 
reprimenda. 
 
Certo. Circunstâncias inerentes à conduta criminosa, como, por exemplo, a 
propagação do mal e busca de lucro fácil, são próprias da conduta delituosa, 
não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para justificar aumento da 
reprimenda. (STF, HC 85.507/PE, DJ 24.02.2006). 
 
43. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) Nos crimes de tráfico de 
substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão 
da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força 
maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que 
tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
 
Certo. Trata-se de disposição expressa do art. 45, da lei n.º 11.343/2006 
(nova lei de drogas). Segundo o citado dispositivo, é isento de pena o agente 
que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer 
que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
44. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) É atípica, por falta de 
previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente 
que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou 
associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. 
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Errado. A questão está errada, pois a atuação do informante encontra-se 
prevista como conduta típica no art. 37 da lei nº 11.343/06. 
Cabe ressaltar que no crime de colaboração com o tráfico, previsto no art. 37 
da lei nº 11.343/06, o agente deve colaborar exclusivamente com 
informações. Se, por exemplo, colaborar transportando a droga, responderá 
por crime de tráfico, previsto no “caput” do art. 33 da referida lei. 
 
45. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As instituições que atuam nas 
áreas de atenção à saúde e assistência social e que atendam 
usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão 
competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos 
atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das 
pessoas. 
 
Certa. Conforme leciona o art. 16, as instituições com atuação nas áreas da 
atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou 
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo 
sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, 
preservando a identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da 
União. 
 
46. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As ações do SISNAD limitam-
se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão 
pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias 
internacionais de prevenção do uso indevido de drogas. 
 
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Errada. A Lei de Drogas prevê que o SISNAD se valerá de atividades com a 
finalidade de promover a integração de estratégias nacionais e internacionais 
para a prevenção do uso indevido de drogas. 
 
Art. 4o São princípios do Sisnad: 
[...] 
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; 
 
47. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Caso, em juízo, o usuário de 
drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas 
educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, 
alternativamente, a admoestação verbal ou apagamento de multa. 
 
Errado. Se o cidadão injustificadamente deixar de cumprir as obrigações 
impostas em juízo, a autoridade judiciária competente poderá aplicar 
sucessivamente e não alternativamente as penas de admoestação 
verbal e multa. 
 
Art. 28 [...] 
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a 
que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-
lo, sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
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Resumindo o tema: 
No caso de recusa do agente em cumprir as medidas educativas, o juiz 
poderá submetê-lo sucessivamente a: 
 
• ADMOESTAÇÃO VERBAL; E/OU 
• MULTA. 
 
 
PARA ENTENDER ��� MULTA IMPOSTA PELO JUIZ 
• Limite mínimo estabelecido pela lei � 40 dias-multa 
• Limite máximo estabelecido pela lei � 100 dias-multa. 
O valor de cada dia-multa pode variar de 1/30 do salário mínimo até 03 
vezes o salário mínimo. 
 
De uma forma geral, fazendo uma proporção matemática, o valor 
mínimo da multa é de 40 x (1/30) = 4/3 do salário mínimo, enquanto 
que o valor máximo é de 100 x (3) = 300 salários mínimos. 
Todo valor recolhido por essa via será creditado à conta do Fundo 
Nacional Antidrogas. 
 
Agora, pergunto a você: Quando o agente se recusa a cumprir as sanções 
penais a ele cominadas, a prática do delito de desobediência, previsto no do 
Código Penal, pode ser aplicada? 
A resposta é NEGATIVA, pois a nova Lei das Drogas traçou uma linha 
mestra que deverá nortear a interpretação de todos os outros dispositivos. E 
qual é? É exatamente a de que não se aplicará ao usuário pena privativa 
de liberdade. 
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Não poderá o magistrado, salvo na ocorrência de infração penal 
superveniente, converter a pena aplicada em privativa de liberdade, devendo 
se valer dos instrumentos legais que a nova lei lhe concede. 
 
48. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) A conduta de porte de drogas 
para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis, 
porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto 
de vista formal quanto material. 
 
Errada. O fato continua sendo considerado crime. Este é o entendimento do 
STF e do CESPE. Vamos esmiuçar este importante tema: 
Para começarmos a tratar do art. 28, precisamos antes definir algumas 
regras que serão aplicáveis a todos os delitos da lei nº 11.343/06. 
Tratam-se de crimes de perigo abstrato, pois não necessitam da 
demonstração de que efetivamente alguém foi exposto a perigo de dano, que 
é presumido pela lei. 
São, também, crimes de perigo coletivo, pois a saúde de um número 
indeterminado de pessoas é exposto a dano. 
Como sujeito passivo dos delitos temos, regra geral, a coletividade. Em 
alguns tipos penais, podem haver pessoas determinadas. 
Passemos agora á análise específica do art. 28 da lei nº 11.343/06: 
O Art. 28 da lei é de suma importância, pois prevê um novo tratamento à 
conduta de porte de drogas para consumo pessoal. O intuito da Lei foi o de 
evitar, a qualquer custo, a aplicação de pena privativa de liberdade ao 
usuário de drogas. Observe o disposto: 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar 
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem 
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autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
 
Com a retirada da pena privativa de liberdade, alguns doutrinadores 
passaram a defender que o porte de drogas para consumo pessoal não mais 
pode ser considerado um crime, mas infrações sui generis. 
Tal afirmação encontra como base a Lei de Introdução ao Código Penal que 
considera como crime a infração penal a que a lei comine pena de reclusão 
ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente 
com a pena de multa. 
Apesar desta linha de raciocínio existir, o STJ já firmou entendimento de que 
não houve a descriminalização (HC 121.145, SP, DJ 10/06/2010). Neste 
mesmo sentido também já se pronunciou o STF (RE 430.105/RJ, DJ 
13/02/2007). 
Passemos agora a uma análise detalhada da conduta típica do art. 28 
1 – Objeto Jurídico ��� O delito atinge a saúde pública (objeto jurídico 
principal) e a tranquilidade das pessoas (objeto jurídico secundário). 
 
2 – Objeto Material ��� É a droga. 
 
3 – Sujeito Ativo ��� Trata-se de crime comum, podendo ser cometido 
por qualquer pessoa. 
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4 – Sujeito Passivo ��� Como já vimos, é a coletividade. 
 
5 – Conduta Típica ��� Podemos elencar e explicar as seguintes 
condutas: 
 
CCOONNDDUUTTAASS TTÍÍPPIICCAASS PPAASSSSÍÍVVEEIISS DDAASS PPEENNAASS PPRREEVVIISSTTAASS NNOO AARRTT.. 2288 
1. Adquirir ��� Significa obter por qualquer meio (compra, doação, 
permuta, etc.) a propriedade, a título oneroso ou gratuito. 
2. Guardar ��� Diz respeito à preservação, manutenção ou conservação da 
substância entorpecente. 
3. Ter em depósito ���É uma idéia mais abrangente que guardar, pois 
envolve uma noção de espaço ou local específico para manter a 
substância. 
4. Transportar ���Significa conduzir de um local para outro com o uso de 
algum meio de locomoção, tal como carro, bicicleta, avião, etc. 
5. Trazer consigo ��� É utilizado no sentido de carregar junto ao próprio 
corpo, seja no seu interior ou nas roupas que o cobrem. 
Observe que na modalidade adquirir temos uma espécie de crime 
instantâneo, mas nas demais modalidades o crime é permanente, pois 
se prolonga no tempo, mantendo a conduta em execução durante toda 
a sua permanência temporal. 
 
 
 
 
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6 – Tipo misto alternativo ou de conteúdo variado ��� Bom, caro 
aluno, agora que já conhecemos as condutas, pense na seguinte 
situação: Tício compra e depois traz a droga consigo. Neste caso, 
quantos crimes ele comete??? 
Apesar de cometer duas condutas, pratica apenas um crime. Podemos 
dizer então que o artigo 28 tipifica um crime de ação múltipla, no 
qual a realização de mais de uma conduta, desde que em relação à 
mesma droga, constitui crime único. 
 
7 – Elemento Subjetivo ��� O crime é doloso e exige-se a especial 
intenção de consumo pessoal da droga. 
 
8 – Qualificação Doutrinária ��� Trata-se de crime doloso, comum, 
de mera conduta, plurissubsistente, de perigo abstrato e coletivo. 
 
9 – Consumação e Tentativa ��� A consumação ocorre na prática de 
qualquerdas condutas alternativas. Vamos analisar: 
 
PARA LEMBRAR 
 
 Crime instantâneo é aquele que, quando consumado, 
encerra-se. A consumação ocorre em determinado 
momento e não mais se prossegue. No homicídio, por 
exemplo, o crime é consumado quando da morte da 
vítima, não importando o tempo decorrido entre a ação e 
o resultado. 
 
 Crime permanente existe quando a consumação se 
prolonga no tempo, dependente da ação ou omissão do 
sujeito ativo, como acontece no cárcere privado. 
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� Adquirir � Consuma-se com o recebimento do objeto. A tentativa 
é possível. 
� Guardar � Consuma-se o crime no momento em que o objeto é 
recebido para ser acondicionado para uso próprio e futuro. É 
possível a tentativa. 
� Ter em depósito � Consuma-se quando o indivíduo tem a droga 
consigo para uso próprio futuro. Admite-se a tentativa. 
� Transportar � Consuma-se o delito com o deslocamento do 
objeto material. É possível a tentativa. 
� Trazer consigo � Consuma-se quando o agente tem o objeto 
consigo ou ao seu alcança. Admite-se a tentativa. 
 
49. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) Considere a seguinte 
situação hipotética. 
O comerciante Ronaldo mantém em estoque e frequentemente vende 
para menores em situação de risco (meninos de rua) produto 
industrial conhecido como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao 
vender uma lata do produto para um adolescente, o comerciante foi 
apresentado à autoridade policial competente. 
Nessa situação hipotética, caberá ao delegado de polícia a autuação 
em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de 
substância entorpecente. 
 
Errado. Essa questão ficará mais clara ao estudarmos o ECA. Todavia, em 
que pesem argumentos em sentido contrário, a cola de sapateiro não é 
considerada droga para efeitos da Lei 11.343/06, pois se assim fosse não 
poderia ser comercializada nem para maiores 18 anos. 
 
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50. (CESPE / Juiz - TJ-RO / 2011) No crime de tráfico ilícito de 
substância entorpecente, previsto no artigo 33, caput, da Lei nº. 
11.343/2006, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois 
terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não 
se dedique às atividades criminosas nem integre organização 
criminosa. 
 
Certo. A lei nº 11.343, define em seu art. 33, § 4o: 
 
Art. 33 
[...] 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as 
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada 
a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o 
agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
 
Dedicar-se a atividades criminosas pressupõe reiteração de condutas 
tipificadas como crime, ou seja, habitualidade no cometimento de delitos. 
Sobre o tema o STJ decidiu que: 
 
 
ATENÇÂO: No caso da diminuição de pena, como a lei não cita 
claramente quais são as atividades criminosas que excluem a atenuante, 
segundo entendimento jurisprudencial, tanto faz se a organização 
criminosa é voltada para o tráfico de drogas ou apenas para outros 
ilícitos, ou seja, ambas serão responsáveis pela não aplicação da causa 
de diminuição. 
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51. (CESPE / Analista Processual – MPU / 2010) Em relação ao crime 
de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado 
por agente primário, com bons antecedentes criminais, que não se 
dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa, 
sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, 
independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da 
quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena 
mínima fique aquém do mínimo legal. 
 
Certo. Como vimos, segundo o art. 33, § 4o, da lei n.° 11.343/2006, nos 
crimes de tráfico ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de um 
sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, 
não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
A questão tenta confundir o candidato ao citar “independentemente de o 
tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga 
apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal”. 
Todavia, segundo o STJ no REsp 1133945 / MG 15/04/2010, a quantidade e 
a natureza da droga não irão impedir a aplicação da diminuição de pena 
decorrente do crime de tráfico privilegiado, muito menos o fato de o tráfico 
ser nacional ou internacional. 
 
“É inaplicável a redução legal, pois, embora o paciente seja primário e de 
bons antecedentes, não atende ao requisito previsto no mencionado artigo, 
uma vez que se dedica a atividades criminosas, pois evidenciada nos autos 
a prática do tráfico, em razão da grande quantidade e variedade de 
substância entorpecente apreendida (oito papelotes de cocaína e 
novecentos e sessenta e dois invólucros contendo crack, além de balança 
de precisão (HC 151.676/SP, DJ 03/03/2010). 
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52. (CESPE / TRF / 2007) No que concerne ao crime de tráfico de 
entorpecentes, NÂO constitui causa de aumento de pena, prevista 
expressamente na Lei no 11.343/2006, praticar o delito visando 
pessoa maior de 60 anos de idade. 
 
Certo. Na vigência da lei anterior (6.368/76), se o agente, no crime de 
tráfico, envolvesse ou visasse idosos, também incidiria em uma causa de 
aumento de pena. Porém, tal circunstância qualificadora deixou de existir 
com a lei nº 11.343/06. 
 
Vamos resumir o assunto: 
 
O art. 40, que vamos analisar agora, traz a previsão de diversas causas que 
possibilitam o aumento de pena. Observe o texto legal: 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de 
um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as 
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no 
desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de 
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de 
dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou 
policiais ou em transportes públicos; 
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IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de 
arma

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