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L I C I T A Ç Ã O

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L I C I T A Ç Ã O - Latim: “licitatio” – venda por lances
A Administração Pública persegue, em todos os seus atos, o interesse público e, para alcançá-los, precisa valer-se de serviços e bens fornecidos por terceiros. Estes não poderiam ser escolhidos por critério exclusivo do Administrador, pois, daria margem a escolhas impróprias, privilegiando alguns em detrimento de outros. Em virtude disso, o instituto da licitação, como procedimento anterior ao próprio contrato, permite que várias pessoas ofereçam suas propostas e, em conseqüência, ''
Conceito 
É o procedimento administrativo, através do qual a Administração Pública ou a pessoa juridicamente obrigada, seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
A pessoa obrigada a licitar é denominada de licitante (Estado) e a que participa do procedimento ( ou certame ) da licitação, com a expectativa de vencê-la e ser contratada, é chamada de proponente ou licitante particular.
Natureza Jurídica
A licitação não pode exaurir-se com instantaneidade, isto é, exige uma sequência de atividades da Administração e dos interessados, devidamente formalizadas para se atingir o objetivo desejado. Em Razão disso é que a natureza jurídica da Licitação é a de procedimento administrativo com fim seletivo, porque constitui um conjunto ordenado de documentos e atuações que servem de antecedente e fundamento a uma decisão administrativa.
Disciplina Normativa
Art. 22, CF. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 , de 1998); 
Art. 37, CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Alterado pela EC-000.019-1998):
XXI – (PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO) ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Lei 8666/1993 - É a lei reguladora das licitações, também conhecido como o Estatuto dos Contratos e Licitações, que vem sofrendo várias alterações, através de outras Leis ( 8883/94, 9648/98, 9854/99, 10.520/02, etc), contudo, continua sendo considerado o Estatuto das Licitações e Contratos.
Destinatários
Sujeitam-se a suas normas as pessoas integrantes da federação ( União, Estados, Distrito Federal e Municípios ) que formam a Administração Direta. Estes que já tinham as suas próprias leis, receberam a incumbência de adaptá-las aos princípios gerais da lei federal ( artigo 118 ).Também alcança a mencionada lei as entidades da Administração Indireta.
Fundamentos
Assentou-se o legislador em determinados fundamentos para editar a lei de licitações, sendo:
Moralidade Administrativa: artigo 37 caput, CF: a moralidade deve guiar toda conduta dos administradores, agindo com lealdade e boa fé no trato com os particulares, procedendo com sinceridade e descartando qualquer conduta eivada de malícia. Não pode o administrador ser desleal propondo ou aceitar proposta desonesta.
Igualdade de Oportunidades: proporcionar igualdade de oportunidades a todos quantos se interessam em contratar com a Administração, fornecendo seus serviços e bens. Não se concebe que a Administração pudesse escolher um determinado fornecedor, alijando todos os demais.
Objeto
Objeto imediato – é a seleção de determinada proposta que melhor atenda aos interesses da Administração.
Objeto mediato – consiste na obtenção de certa obra, serviço, compra, alienação, locação ou prestação de serviço público, a serem produzidos por particular por intermédio de contratação formal.
Princípios ( Básicos e correlatos )
Básicos ( são os norteadores fundamentais do procedimento licitatório ): Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Igualdade, Publicidade, Probidade Administrativa, Vinculação ao Instrumento Convocatório, Julgamento Objetivo:
Legalidade: O Administrador não pode fazer prevalecer sua vontade pessoal, mas a da lei. É a aplicação do devido processo legal, que exige a escolha da modalidade correta, que seja clara quanto aos critérios seletivos, que só deixe de realizar a licitação nos casos permitidos em lei, etc.
Moralidade: deve-se pautar por conceitos éticos.
Impessoalidade ou igualdade: dispensar o mesmo tratamento a todos os administrados que estejam na mesma situação jurídica.
Publicidade: amplamente divulgada a possibilitar o conhecimento de suas regras a um maior número possível de pessoas.
Probidade Administrativa: tem sentido de honestidade, boa-fé, retidão, etc.
Vinculação ao Instrumento Convocatório, ou do Julgamento Objetivo: Normalmente é o edital, onde as regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente observadas por todos. Se a regra não é respeitada, o procedimento se torna inválido e suscetível de correção na via administrativa ou judicial.
Correlatos (são correlatos os que derivam dos princípios básicos, tais como o da competitividade, Indistinção, Inalterabilidade do edital, formalismo procedimental, vedação à oferta de vantagens e o da obrigatoriedade):
Competitividade: correlato ao Princípio da Igualdade, significando que a Administração não pode adotar medidas ou criar regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação.
Indistinção: também correlato ao da Igualdade, vedando criar preferências ou distinções relativas à naturalidade, à sede ou ao domicílio dos licitantes.
Inalterabilidade do edital: correlato ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório que vincula a Administração às regras que foram por ela própria divulgada.
Sigilo das Propostas: correlato ao princípio da probidade, onde as propostas devem vir em envelopes lacrados e somente abertas em sessão pública, previamente marcada.
Formalismo procedimental: as regras do procedimento adotadas para a licitação devem seguir os parâmetros estabelecidos na lei, não sendo lícito aos administradores subvertê-los a seu juízo.
Vedação à oferta de vantagens: correlato ao princípio do julgamento objetivo, onde as regras de seleção devem ser adstritas aos critérios fixados no edital, não se podendo admitir que, além disso, intervenham fatores outros, como o de licitante ofertar vantagem própria ou baseada na oferta de outro licitante.
Princípio da Obrigatoriedade: é obrigatória a realização do certame para compras, obras, serviços, alienações, locações, ressalvadas apenas os casos mencionados na lei.
Licitação sustentável 
(( É importante, mas ainda há muitas divergências em exigi-la, sem correr o risco de ser impugnada perante o Poder Judiciário. É preciso que os critérios ambientais a serem inseridos, tenham expresso amparo legal ))
Exemplos:
destinação adequada dos resíduos ( pilhas, baterias ) produzidos pelas atividades da Administração Pública;
implantar nova cultura administrativa, pois o servidor deve, durante suas atividades, praticar a cidadania ambiental;
sensibilizar o gestor público em economizar os recursos naturais; reduzir resíduos gerados; coleta seletiva solidária; rever padrões de consumo, etc.
No que se refere à justificativa para a aquisição de um bem sustentável, isto se reforça porque o gestor público deve ter ciência de que pode haverimpugnação ou questionamento judicial sobre a sua opção, alegando-se, por exemplo, que ela restringe a competição. Assim, deve estar preparado bem instruindo o processo licitatório, não se esquecendo também que todos seus atos são objeto de controle interno e externo. E neste aspecto, contará com o apoio do assessoramento jurídico prévio. O gestor público deve efetuar uma pesquisa de mercado, justificar com detalhamento o seu ato, inserindo inclusive uma motivação de cunho constitucional, ressaltando o dever do Estado na preservação ambiental e que ela é um dos princípios da nossa ordem econômica. 
Para tanto, são necessárias mudanças na Lei nº 8.666/93, especialmente no art. 3º, que estabelece os objetivos da licitação, a fim de se coadunar as atividades econômicas com a preservação do meio ambiente e assegurar que ocorra de forma legítima e eficaz, contemplando dessa forma o conceito de licitação sustentável.
 As licitações sustentáveis correspondem a uma forma de inserção de critérios ambientais e sociais nas compras e contratações realizadas pela Administração Pública, visando à maximização do valor adicionado (utilidade, prazer, satisfação do usuário, satisfação das necessidades, contribuição para operações eficientes) e, ao mesmo tempo, a minimização dos impactos ambientais e sociais adversos. 
Considerando-se o elevado poder de compra do Estado, a priorização de bens e serviços considerados ambientalmente sustentáveis ensejará a inovação das formas de produção por parte dos fornecedores, que buscarão atender aos requisitos estabelecidos pela Administração.
Assim, a caracterização e o quantitativo do objeto a ser contratado deve estar em conformidade com as necessidades de manutenção e preservação sustentável do meio ambiente, atendendo-se ao disposto no artigo 15, parágrafo 7°, inciso II, da Lei federal 
nº 8.666/93.
Papel reciclado, compra de alimentos orgânicos para a merenda escolar (considerando-se o ciclo de vida nas decisões sobre compras de produtos), móveis, produtos de higiene e limpeza e material de escritório são alguns bons exemplos de objeto em que a administração pública pode influenciar no consumo, refletindo-se na sustentabilidade do desenvolvimento e na manutenção do equilíbrio ecológico.
Além disso, o governo, como indutor de políticas sociais e públicas, deve servir de exemplo nesse sentido, ou seja, os consumidores institucionais devem agir de modo responsável, tendo em vista a sua influência no mercado consumidor e na economia como um todo.
Ademais, a adoção de critérios ambientais nas compras e contratações realizadas pela administração pública constitui um processo de melhoramento contínuo, adequando os efeitos ambientais das condutas do Poder Público à política de prevenção de impactos negativos ao meio ambiente. A conservação racional dos recursos naturais e a proteção contra a degradação ambiental devem, dessa forma, contar fortemente com a participação do Estado.
No Estado de São Paulo, já é possível verificar algumas medidas adotadas com o objetivo de preservar o meio ambiente, dentre as quais se destacam o Decreto Estadual nº 45.643/01, que dispõe sobre a obrigatoriedade da aquisição pela Administração Pública Estadual de lâmpadas de maior eficiência energética e menor teor de mercúrio, o Decreto Estadual nº 53.047/08, que estabelece procedimentos de controle ambiental para a utilização de produtos e subprodutos de madeira de origem nativa em obras e serviços de engenharia contratados pelo Estado de São Paulo, o Decreto Estadual nº 42.836/98, que dispõe sobre a aquisição pela Administração somente de veículos movidos a álcool e, em especial, o Decreto nº 50.170/05, que institui o Selo Socioambiental e o Decreto Estadual n° 53.336/08, que institui o programa de contratações públicas sustentáveis.
	 Os doutrinadores não concordam com essa forma de gerir a atividade pública através de licitações sustentáveis, utilizando-se de DECRETO, pois, pedem mudanças na lei 8666/93.
No tocante a este último, verifica-se claramente o intuito de se considerar a adoção de critérios socioambientais compatíveis com as diretrizes de desenvolvimento sustentável no desenvolvimento e implantação de políticas, programas e ações do governo. 
Atualmente, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo vem trabalhando de forma significativa no sentido de promover as licitações sustentáveis na esfera estadual, por meio de atuação conjunta com a Secretaria de Gestão Pública, no sentido de implantar um Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, bem como por meio da celebração de convênio junto ao ICLEI - Brasil, instituição voltada à proteção da qualidade do meio ambiente.
Tais parcerias têm por escopo a elaboração de diretrizes legais para a viabilização das licitações sustentáveis, bem como a realização de estudos técnicos, no sentido de classificar os bens e serviços a serem adquiridos e contratados pela Administração, inclusive os itens constantes no Cadastro de Materiais do Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras – SIAFISICO, de acordo com o potencial ambiental dos mesmos.
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Coordenadoria de Planejamento Ambiental / CPLA
Telefone: (11) 3133-4021
Contratação Direta ( SEM LICITAÇÃO ): Casos de Dispensa e Inexigibilidade.
Para a doutrina brasileira, a Constituição acolheu a presunção absoluta de que a realização de prévia licitação produz a melhor contratação, porque assegura a maior vantagem possível à Administração Pública, com observância de princípios, como isonomia e impessoalidade. Todavia, o artigo 37, XXI limita essa presunção, permitindo a contratação direta sem a realização do certame nas hipóteses ressalvadas na legislação. Desse modo, a contratação direta não representa desobediência aos princípios constitucionais.
É importante ressaltar que a contratação direta, sem a realização de licitação, não é sinônimo de contratação informal, não podendo a Administração contratar quem quiser, sem as devidas formalidades, o que é denominado procedimento de justificação, previsto no artigo 26 da lei. Visando impedir a fraudulenta utilização dos dispositivos que autorizam a contratação direta, o administrador deverá cumprir alguns requisitos:
	Na etapa interna do procedimento, a Administração deve:
identificar a necessidade;
fixar o objeto;
definir recursos orçamentários.
Estas três etapas podem acontecer independentemente da realização ou não do procedimento licitatório. Em seguida, o administrador deverá justificar a não realização da licitação, como também apresentar o fundamento da escolha de um determinado contratante e de uma específica proposta.
Essas circunstâncias devem ser comunicadas à autoridade superior em três dias, para que se realize a ratificação e a publicação na imprensa oficial no prazo de 5 dias, como condição de eficácia do ato.
Aplica-se o procedimento de justificação nos casos do artigo 17, §§ 2.o e 4.o, no artigo 24, III e seguintes e, nos casos do artigo 25: Citando como exemplos:
doação de um imóvel público à outro órgão público;
nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
nos casos de emergência ou de calamidade pública;
nos casos de licitação fracassada ou deserta ( inc. V, art.24);
nos casos de produtor exclusivo;
nos casos de serviços técnicos com notória especialização;
nos casos de contratação de profissional do setor artístico consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
A contratação direta, sem a presença dos requisitos de dispensa ou inexigibilidade ou a utilização dessas, sem a devida justificação, caracteriza crime definido no artigo 89 da Lei 8666/93, com pena de detenção de 3 a 5 anos e multa.
Casos de Dispensa da Licitação: 
A lei 8666/93 permite que a licitação seja dispensada em Razão de ocorrências de natureza diversa, que podem ser separadas em quatro grupos:
Em razão do valor;
Em razão do objeto;
Em razão da pessoa;
Em razão de situações excepcionais.
EM RAZÃO DO VALOR:A lei possibilita que, em aquisições de pequeno vulto econômico, a Administração contrate diretamente, sem envidar maiores esforços e gastar recursos na realização de uma licitação, conferindo racionalidade ao Estado, bem como agilidade em contratações cujo valor estimado esteja abaixo de certos patamares.
A lei definiu, na fixação destes limites, duas situações: 
a-1) obras e serviços de engenharia;
a-2) outros serviços, não considerados como de engenharia, assim como compras e alienações.
As modalidades de licitação são previstas, em regra, em função dos valores estimados de contratação: quanto maior o valor do futuro ajuste, mais complexa a licitação, como abaixo descrito:
Obras/serviços de engenharia:
CONVITE: até R$150.000,00
TOMADA DE PREÇO: até R$1.500.000,00
CONCORRÊNCIA: acima de R$1.500.000,00
Compras e serviços não de engenharia:
CONVITE: Até R$80.000,00
TOMADA DE PREÇO; Até 650.000,00
CONCORRÊNCIA; Acima de R$650.000,00
Portanto, o limite para dispensa de licitação em razão do valor para obras e serviços de engenharia ( artigo 24,I) é de até 10% definido para o valor do convite, isto é, R$150.000,00. Assim, obra e serviços de engenharia que não ultrapasse R$15.000,00 pode ser contratado sem licitação.
Do mesmo modo, o limite para dispensa de licitação para aquisição de outros serviços ( não considerados de engenharia ), para compras corresponde a 10% do valor do convite, portanto, R$8.000,00.
Observação:
O limite da dispensa será de 20% no caso de compras, obras e serviços contratados por: consórcios públicos, sociedades de economia mista, empresa pública e por agências executivas ( artigo 24, § único ).
EM RAZÃO DO OBJETO:
A lei autoriza, em determinados casos, a dispensa da licitação em atenção a circunstâncias atinentes ao objeto pretendido pela Administração. São circunstâncias que envolvem a necessidade do Estado, cuja satisfação é indispensável e torna possível a contratação sem prévia licitação. Exemplos:
1) Compra ou locação de imóvel: para atender as finalidades precípuas da Administração, desde que o preço do bem ou do aluguel seja compatível com o de mercado, aferido este, por intermédio de avaliação prévia.
2) Compra de hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis, também pelo preço de mercado e apenas pelo tempo necessário à realização dos processos licitatórios.
3) Aquisição de obras de arte e objetos históricos ( Súmula 9 TCE do Estado de São Paulo exige laudo de autenticidade e avaliação) ou serviços de restauração. A contratação sem licitação está subordinada a dois requisitos: a) as obras de arte ou objetos históricos tenham autenticidade certificada; b) que a aquisição ou contratação sejam compatíveis ou inerentes à finalidade do órgão.
4) Aquisição de componentes necessários para garantia técnica de produtos;
5) Aquisição de material de uso pelas Forças Armadas.
6) Aquisição de material para pesquisa científica e tecnológica; etc.
EM RAZÃO DA PESSOA: 
São hipóteses de dispensa considerando circunstâncias que dizem respeito ao futuro contratado, cuja contratação é vantajosa para a realização de algum fim público:
contratação de instituição brasileira incumbida da pesquisa, do ensino, do desenvolvimento institucional ou da recuperação do preso ( desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos).
Aquisição de bens ou serviços produzidos por órgãos ou entidades que integre a Administração Pública, criado para este fim específico ( realizar concurso público, exemplo.)
Aquisição de Diários Oficiais, formulários padronizados, edições técnicas e serviços de informática.
Contratação de associação de portadores de deficiência.
Contratação de fornecimento de energia elétrica e gás natural.
Contratação e organizações sociais
EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS: Situações excepcionais são as que tem a potencialidade de colocar em risco bens, valores e direitos que a Administração Pública deve proteger:
Guerra ou grave perturbação da ordem;
Emergência ou calamidade pública;
Inexistência de interessados na licitação já realizada;
Intervenção da União no domínio econômico;
Proposta com valores excessivos;
Alta complexidade tecnológica e a defesa nacional
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
A inexigibilidade de licitação decorre da inviabilidade de competição, que acarreta a impossibilidade de realizar o certame.
Artigo 25: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio.....sindicato, federação ou confederação...;”
	
II – contratação de serviços técnicos.......de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação ( art.13 )”;
	São de natureza singular os serviços que quando de sua execução, demandam traços de ineditismo, de especialidade, de criação e de forma a torná-lo único e insuscetível de comparação com outros serviços. Exemplo: é singular o parecer jurídico sobre questão complexa e nova, ainda não conhecida.
	Notória especialização significa a detenção de conhecimentos especializados, reconhecidos no meio profissional. É o conceito, a especialidade, as experiências, as publicações ou a equipe técnica que o profissional possui, permitindo inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
	Por que o legislador brasileiro se preocupou com a subordinação dos contratos de publicidade, à prévia licitação?
	Porque se constatou que os contratos na área de publicidade eram atribuídos sem utilização de critérios subjetivos ou impessoais. Na maioria das vezes, o governante acabava premiando as agências de publicidade com quem havia trabalhado durante a campanha eleitoral, prática atentatória aos princípios da moralidade e da impessoalidade, que faziam com que certos publicitários investissem em candidatos durante a campanha e, em contrapartida, se o candidato saísse vitorioso, certamente contratos vultosos de publicidade poderiam surgir.
III – contratação de profissional de qualquer setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
	Um cantor, por exemplo, tem características que lhe são próprias e o resultado de sua apresentação não pode ser objeto de comparação com outros cantores.
	A crítica especializada e a opinião pública não serão, obrigatoriamente, a nacional ou a internacional, pois, poderá ser a da região ou a do local da prestação dos serviços.
DIFERENÇA ENTRE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE:
Na Dispensa, a licitação é materialmente possível, mas em regra inconveniente, como exemplo: pelo pequeno valor, pela pessoa contratada, pelo objeto ou por situações especiais; o rol do artigo 17 e 24 são exaustivos, pois prevêem todos os casos de contratação direta, sem possibilidades de outros.
Na Inexigibilidade, é inviável a própria competição, porque não há possibilidade de comparação de ofertas; os casos enumerados como inexigível a licitação são apenas exemplificativos, pois em qualquer situação onde não puder comparar ofertas, será a licitação inexigível.
Existem autores que diferenciam: ( como Diógenes Gasparini )
licitação dispensada ( art. 17, que não pode licitar. Nestes casos não há possibilidade de avaliar conveniência e oportunidade de elaborar o procedimento licitatório.);
Licitação dispensável ( artigo 24, há uma faculdade da Administração em licitar ou não. Cabe à Administração Pública avaliar a conveniência e a oportunidade da dispensa. Assim, se for possível a licitação e esta for realizada, não incide, pelo menos em tese, a entidade que a levou a efeito em qualquer vício. Pode-se afirmar que a realização da licitação, nesses casos, prestigia os princípiosda moralidade administrativa, da igualdade e da competitividade, mas isso em tese, porque haverá vício, sim, se a realização configurar um disparate e com ela se onerar a Administração Pública, como é o caso de ter-se realizado uma concorrência quando a licitação era dispensável em razão do valor. ) e;
Licitação inexigível, mencionadas no artigo 25, onde impossível estabelecer uma competição ou comparar ofertas.
Modalidades ou espécies de Licitação:
	A lei prevê espécies ou modalidades de licitação ou de procedimentos, DE MAIOR OU DE MENOR COMPLEXIDADE E ABRANGÊNCIA, que devem ser realizados para a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
	A licitação é gênero, do qual são espécies ou modalidades:
a concorrência;
a tomada de preço;
o convite;
o concurso;
o leilão; e
o pregão.
Na lei de licitações, artigo 22, estão previstas as cinco primeiras, enquanto que o pregão é modalidade de licitação regulada pela lei 10.520, de 17/07/2002.
O que leva a Administração a escolher por uma ou outra modalidade?
Pode ser o valor da contratação ou outros critérios, pois, num procedi mento em que se considera apenas o valor da contratação, as modalidades são: CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇO, CONVITE e PREGÃO; num procedimento em que se considera maior lance ou oferta, a modalidade é LEILÃO; para a escolha de melhor trabalho, a modalidade é CONCURSO.
PROIBIDA A CRIAÇÃO DE OUTRAS MODALIDADES
É proibida a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação delas. Não pode a Administração criar nova espécie de licitação, devendo ater-se à utilização daquelas previstas em lei. Não pode, também, combinar preceitos de uma, com preceitos de outra modalidade.
Exceções: CONSULTA e SHOPPING (compras)
Apesar da regra geral de proibição, a Lei 9472/97 que disciplina as agências reguladoras, prevê como modalidade a CONSULTA, que apesar das inúmeras críticas na doutrina, foi mantida pelo STF, quando da realização de controle da constitucionalidade – ADIN 1668 . No que tange ao procedimento dessa modalidade e ao seu cabimento, a lei específica não definiu todos os aspectos, fixando somente os principais parâmetros para a licitação, remetendo essa competência à própria Agência, o que ainda não foi feito.
A lei 8666/93, em seu artigo 42, § 5.o, autoriza, para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens, com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, a adoção, na respectiva licitação, das condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional. Permite também a aplicação das normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração. Exemplo: Quando o Brasil pleiteia financiamento ou doação do BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, também conhecido como Banco Mundial ( que auxilia países em desenvolvimento para combater pobreza ), deve-se adequar às regras impostas pelo Banco, abrindo mão das modalidades da lei 8666/93 e adotar a modalidade indicada, ou seja, shopping ( comparação de preços ). 
Shopping é uma modalidade de contratação concebida por entidades internacionais como o BID, BIRD, BNDES, Banco Mundial, entre outras - exclusiva para licitações internacionais, ou nacionais utilizadoras de recursos provenientes daquelas espécies de entidades.
A escolha da modalidade:
A Administração pode escolher modalidade mais complexa, mas nunca menos formal.
Quando a modalidade for prevista em razão do valor da contratação, poderá a administração escolher espécie mais complexa de certame. Assim, se o valor da contratação impuser a realização de convite, pode-se utilizar a tomada de preço ou a concorrência; se impuser a tomada de preço, poderá realizar concorrência. Concluindo: Pode a Administração escolher, sempre, a modalidade mais complexa de licitação, mas nunca poderá utilizar a menos complexa.
A Lei, artigo 23, §1.o, determina que obras, serviços e compras efetuadas pela Administração sejam divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, para o aproveitamento dos recursos disponíveis e ampliação da competitividade. Esta disposição é completada pelo § 2.o do artigo 23, que determina que a cada etapa da obra, serviço ou compra corresponda licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação, em seu todo.
 Exemplo: Uma rodovia de 100 quilômetros de extensão tem por objeto a sua pavimentação total. Pelo custo total, a modalidade será a Concorrência, onde poderá haver, por ser viável econômica e tecnicamente, a partilha dessa licitação em dez, todas com a mesma modalidade ( concorrência ), onde teremos, ao final, dez contratados. 
Exemplo: Não pode a Administração adquirir determinado produto para o consumo de apenas um mês, se sabe que precisará dele durante todo o ano. Deve programar a compra para todo o exercício. Estimado o valor da contratação, deverá adotar a modalidade de licitação correspondente a este valor; poderá, no entanto, se isto se mostrar econômica e tecnicamente viável, dividir a aquisição em parcelas, desde que utilize a modalidade licitatória cabível para o todo.
Importante:
Assim, conclui-se que a lei não proíbe a divisão do objeto ( 100 km divididos em parcelas de 10 km ). Ao contrário, permite-a, quando esta solução acarretar maior competitividade da qual resulta, normalmente, menores custos para a Administração. O que a lei proíbe é que seja escolhida modalidade mais simples de licitação em razão da divisão do objeto.
CORREÇÃO DOS VALORES: anualmente pelo índice do IGPM
Os limites para a utilização das modalidades concorrência, tomada de preços e convite, artigo 23, podem ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, até o limite da variação do índice geral dos preços do mercado - IGPM ( artigo 120 ).
Observação: Quando se tratar de consórcio público, os limites serão o dobro, quando formado por até 3 entes da Federação e o triplo quando formado por maior número – artigo 23, §8.o, da Lei.
1ª Modalidade: CONCORRÊNCIA:
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
É a modalidade mais complexa. Destina-se a selecionar propostas para contratações de grande vulto.
Em Razão do valor é modalidade cabível para obras e serviços de engenharia cujo valor estimado da contratação seja superior a R$1.500.000,00 e para outros serviços cujo valor estimado seja superior a R$650.000,00.
Exige-se grande publicidade ( 30 e 45 dias ), possibilitando ampla competição.
A concorrência deve ser antecedida de audiência pública sempre que o valor estimado de contratação for superior a 100 vezes o limite previsto no artigo 23, inciso I, da lei, ou no caso de licitações simultâneas ou sucessivas
Licitações simultâneas são aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a 30 dias;
Licitações sucessivas são as que também tenham objetos similares e o edital da subseqüente tenha uma data anterior a 120 dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente.
A Audiência pública constitui veículo de participação popular nos negócios públicos e tem por objetivo colher sugestões dos variados segmentos da sociedade acerca do objeto da licitação e das cláusulas editalícias. Justifica-se pelo elevado dispêndio de verba pública para a execução do contrato.
O resultado da audiência pública não vincula a Administração.
Tomada de Preço
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.É menos complexa que a concorrência e se destina à contratações de médio vulto.
A publicidade não é tão ampla como na concorrência ( 30 e 15 dias ). Os interessados devem estar previamente cadastrados, ou devem atender a todas as condições exigidas para o cadastramento.
O certificado de registro cadastral substituirá os documentos necessários à habilitação do inscrito, no entanto, a tomada de preços está aberta a outros interessados que não possuam o certificado
Convite
É a modalidade de licitação entre interessados, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três, com extensão aos demais cadastrados que manifestarem interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.
Utiliza-se o convite quando o referido valor for até R$150.000,00 para obras e serviços de engenharia e de até R$80.000,00 para outros serviços e para compras
No convite não há a publicação de editais. A Administração seleciona possíveis interessados, no mínimo 3, do ramo pertinente ao objeto e expede carta-convite, chamando-os para disputar o objeto do certame. Ainda, afixa em local apropriado cópia do instrumento convocatório ( carta-convite), estendendo o chamado aos demais interessados que estejam cadastrados.
É conveniente que a cada nova licitação o rol de convidados seja alterado, em respeito ao princípio da isonomia.
Concurso:
É a modalidade de licitação com objeto específico de escolher trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou de remuneração aos vencedores.
Caso a Administração licite a realização de um projeto, o vencedor deve autorizar o Poder Público a executá-lo, quando e se isto for conveniente, cabendo este juízo à entidade que promoveu o certame. 
Cuidando-se de serviço técnico especializado, a Administração só pagará prêmio se o autor ceder os direitos patrimoniais à Administração.
Leilão:
É a modalidade de licitação aberta a qualquer interessado, com o objetivo específico de alienar (transferir) bens móveis inservíveis para a Administração ou produtos legalmente apreendidos ou penhorados a quem oferecer o maior lance ou oferta.
O leilão pode ser realizado por leiloeiro oficial (leilão comum) ou por servidor ( leilão administrativo )
Os bens só podem ser leiloados após prévia avaliação que determine o preço mínimo da alienação.
No leilão, os lances são verbais e sucessivos, oferecidos em qualquer ordem pelos licitantes presentes na sessão, vencendo a oferta mais alta.
PREGÃO,
É modalidade regida pela Lei 10.520/2002, destinando-se à aquisição de BENS E SERVIÇOS COMUNS, independentemente de valor da contratação.
O que são bens e serviços comuns?
A definição da lei não é auto explicativa, pois considera bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Para especificar quais os bens e serviços comuns, foi expedido o decreto número 3555/2000 contendo um anexo com uma enumeração extensa, faltando poucos bens e serviços que não constem da relação, concluindo que o pregão será adotado em grande escala.
Os bens comuns dividem-se em bens de consumo ( os de freqüente aquisição ) e bens permanentes ( mobiliários, veículos, etc ).
 Os serviços comuns são variados, tais como os de apoio administrativos, hospitalares, conservação e limpeza, vigilância, transporte, eventos, assinatura de periódicos, serviços gráficos, etc.
Faculdade na adoção da modalidade Pregão:
O pregão não é modalidade de uso obrigatório pelos órgãos públicos, trata-se, pois, de atuação discricionária, na qual a Administração terá a faculdade de adotá-lo ou não.
Apesar de ser um ato discricionário, o responsável pelo órgão público não pode se esquecer da finalidade pelo qual o novo diploma foi criado, que é a de propiciar MAIOR CELERIDADE E EFICIÊNCIA no processo de seleção de futuros contratados.
Assim, surgindo a hipótese de realizar pregão, deverá a Administração Pública o adotar.
No âmbito federal, o decreto 5450/2005, artigo 4.o, tornou obrigatório o uso de pregão, devendo ser adotada, preferencialmente, a modalidade eletrônica. Se pretender a presencial, deverá justificar.
Publicação do Edital ou Aviso:
Prazo para publicação e o envio das propostas no pregão é de no mínimo oito ( 08 ) dias úteis.
Característica fundamental do pregão:
É a inversão nas fases naturais da licitação, isto é, o JULGAMENTO DAS PROPOSTAS antecede a HABILITAÇÃO dos licitantes, propiciando economia de tempo e de dinheiro para o Poder Público, assim, após a fase dos lances verbais decrescentes, analisa-se a documentação somente de quem ofertou o MENOR LANCE, devolvendo-se, fechados, os envelopes com documentos de habilitação dos demais licitantes.
É importante frisar que a referida inversão de fases agora também é permitida nas concorrências que antecedem a concessão de serviços públicos e nas que precedem parcerias público-privadas.
Além disso, ao contrário do que ocorre com as demais modalidades, no pregão a homologação é realizada após a adjudicação. Isto é, primeiro o pregoeiro adjudica e depois o Ordenador de Despesas, homologa.
Fases do Pregão: 
instrumento convocatório;
julgamento ( classificação );
habilitação;
adjudicação;
homologação.
PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO:
Compreende duas fases: a interna e a externa.
Fase Interna: comum a todas as modalidades.....
verifica a necessidade do bem ou serviço;
fixa ou define o objeto a licitar, descrevendo-o em todas as suas características e fixando a sua quantidade, conforme a necessidade e a disponibilidade orçamentária;
estabelece as cláusulas que constarão do futuro edital e contrato;
realiza pesquisa de preços, para estimar o valor do futuro contrato;
verifica se há recursos à futura contratação e faça a reserva dos mesmos;
fixa a modalidade de licitação;
submete à apreciação da assessoria jurídica sobre os atos até então praticados, em especial as minuta do edital e do contrato;
designa os integrantes da comissão de licitação e, se pregão, defina o pregoeiro e a equipe de apoio;
submeta o procedimento à autoridade competente para autorizar a abertura do certame.
Autorizada a abertura, inicia-se a
 Fase Externa: INICIA-SE com a publicação do edital e divide-se em 5 etapas: instrumento convocatório, habilitação, classificação, homologação e adjudicação.
Instrumento convocatório: A publicação do edital é o primeiro evento da fase externa. No edital estão fixadas todas as regras do procedimento e os requisitos exigidos para participação no certame. Sua natureza é vinculante e obrigatória, por isso é considerado a lei da licitação. Sua publicação resumida chama-se AVISO. Na modalidade convite, a abertura ocorre com a expedição de carta-convite. PRAZOS para publicações do edital, conforme a lei, isto é, de 45 dias para concurso ou concorrência quando o futuro contrato contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo”melhor técnica” ou “técnica e preço”; 30 dias para concorrência e tomada de preço, quando “melhor técnica ou técnica e preço” ( artigo 21, II ); 15 dias para tomada de preço ou leilão; 5 dias úteis para convite e 08 dias úteis no caso de pregão. NÃO se pode vender edital, com vistas em lucro, mas pode cobrar pela impressão do mesmo;DOS QUE NÃO PODEM LICITAR: 1) o autor do projeto básico ou executivo; 2) a empresa responsável pela elaboração do projeto; 3) o servidor público responsável pela licitação.
 HABILITAÇÃO: É o ato administrativo pelo qual o interessado é admitido ao certame; PUBLICADO o edital, é designada data para a sessão pública de recebimento dos envelopes, devendo a proposta ser acondicionada em envelope separado do envelope da habilitação. ISTO porque é decidida, inicialmente, a habilitação dos interessados para, depois, ser apreciadas as propostas, EXCETO NO PREGÃO, que esta fase é invertida. PARA A HABILITAÇÃO, exige-se:I) habilitação jurídica; II)qualificação técnica; III) qualificação econômico-financeira; IV) regularidade fiscal e V) cumprimento do disposto no artigo 7.o, inciso XXXIII, CF, isto é, declaração de que não permite o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menores de 18 anos, e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. EXAMINADOS os documentos da habilitação, a Comissão de Licitação declarará os habilitados e os não habilitados. Da decisão de habilitação ou de inabilitação cabe recurso, com efeito suspensivo ( artigo 109, I, e § 2.o , da Lei ). DECIDIDOS os recursos, ou decorrido o prazo para a sua interposição, a Comissão devolverá, aos interessados inabilitados os envelopes fechados contendo as propostas e designará data para a abertura das propostas. SER TODOS OS LICITANTES forem inabilitados, a Administração poderá fixar o prazo de 8 ( oito ) dias úteis para a apresentação de nova documentação que atenda as exigências do edital ( artigo 48,§ 3.o). trata-se de faculdade da Administração, que pode optar por esta providência, ou pelo encerramento da licitação, considerada FRACASSADA. No convite, este prazo pode ser de 3 ( três ) dias úteis. Após a fase da habilitação, não cabe desistência da proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão ( 43, §6.o ).
 CLASSIFICAÇÃO: Também em sessão pública, serão abertos os envelopes contendo as propostas dos licitantes declarados habilitados. Abertas as propostas, não mais cabe a desclassificação por motivo relacionado à habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento ( 43,§ 5.o); AS PROPOSTAS devem ter conformidade com o exigido no edital e dentro dos parâmetros do mercado. As propostas em desacordo, ou que apresentem valores excessivos ou inexeqüíveis, deverão ser desclassificadas. DEVE-SE CONFRONTAR O VALOR DA PROPOSTA COM A PESQUISA DE MERCADO.
JULGAMENTO: Verificadas as propostas e a sua conformidade com o exigido pelo edital, a Comissão julgará o certame, com observância dos critérios objetivos fixados no instrumento convocatório. AS PROPOSTAS que não atenderem os requisitos serão desclassificadas e as demais serão ordenadas pelo critério previsto no edital ( por exemplo, menor preço ). Desta decisão cabe recurso, com efeito suspensivo. SE HOUVER EMPATE entre duas ou mais propostas: a classificação se fará, obrigatoriamente, por SORTEIO, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo. As MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE usufruem de benefícios no que se refere ao desempate de propostas ( ver item 14.2, autor Evelise, pg.334 ).
HOMOLOGAÇÃO: JULGADOS eventuais recursos, ou decorrido o prazo para a sua interposição, o procedimento será submetido à autoridade superior, para homologação. Esta verificará a legalidade da licitação, determinando pequenas correções possíveis e homologar o certame, ratificando-o, pois, aprovou todos os atos realizados e o resultado apresentado pela Comissão de Licitações. A homologação se situa no âmbito do poder de controle hierárquico da autoridade superior e tem a natureza jurídica de ato administrativo de CONFIRMAÇÃO. Quando a autoridade procede a homologação do julgamento, CONFIRMA a validade da licitação e o interesse da Administração em contratar. Em seguida, a conseqüência jurídica da homologação é a adjudicação
ADJUDICAÇÃO: Após a homologação, a autoridade superior deverá adjudicar o objeto ao VENCEDOR, atribuindo ao primeiro colocado na licitação o objeto do contrato. A adjudicação não significa a sua contratação, pois contrato haverá conforme o interesse da Administração, mas se for contratar, deverá fazer com o vencedor.
A última fase do procedimento da licitação é a adjudicação, que consiste no ato administrativo DECLARATÓRIO e VINCULADO de atribuição jurídica do objeto ao vencedor do certame.
Trata-se de ato administrativo declaratório porque reconhece a condição do adjudicatário, de vencedor da competição. Também é um ato vinculado à medida que a comissão é obrigada, após a homologação, a encerrar o procedimento com a prática desse ato que declara como adjudicatário o vencedor do certame.
PRINCIPAIS EFEITOS DA ADJUDICAÇÃO: 
Atribui o direito ao vencedor de não ser preterido na celebração do contrato;
Provoca a liberação dos licitantes vencidos;
O adjudicatário não tem direito adquirido à celebração do contrato, mas mera expectativa de direito, uma vez que HAVENDO INTERESSE PÚBLICO superveniente, a Administração poderá deixar de firmar o contrato, ainda que o resultado da licitação já tenha sido homologado ( Concurso Procurador do Estado do Ceará, 2008, elaborado pelo Cespe ). Se houver celebração do contrato com preterição da ordem classificatória, é nula a contratação.
TIPOS DE LICITAÇÃO : 
Modalidades referem-se aos diferentes ritos, caminhos;
Tipos referem-se aos diferentes critérios de julgamento.
 Define os diferentes critérios para o julgamento das propostas.
O artigo 45 prevê a existência de quatro tipos de licitação: MENOR PREÇO, MELHOR TÉCNICA, TÉCNICA E PREÇO, MAIOR LANCE OU OFERTA.
MENOR PREÇO: O critério de seleção da proposta mais vantajosa, conforme as especificações do edital, decorre de verificação objetiva, isto é, será o vencedor que apresentar o menor preço.
MELHOR TÉCNICA: Utilizado exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual. Possui duas etapas: 1ª) os proponentes se submetem a uma valorização de suas propostas; se a proposta não alcançar essa valorização mínima, está fora do certame. A outra etapa: 2ª) é a fase da negociação: o candidato que ofereceu a proposta vitoriosa sob o critério técnico SÓ CELEBRA o contrato se aceitar a execução do objeto ajustado pelo preço mínimo oferecido pelos participantes ( ARTIGO 46,§ 1.o, I e II ); se recusar reduzir seu preço, será chamado o candidato que ficou em segundo lugar. É EVIDENTE A INCOERÊNCIA DESSE TIPO DE PROCESSO, PORQUE DIFICILMENTE O CANDIDATO DE MELHOR TÉCNICA VAI SUBMETER-SE A UM PREÇO OFERECIDO POR CANDIDATO DE TÉCNICA INFERIOR... Exemplo: serviços de informática.
TÉCNICA E PREÇO: Também utilizado para serviços de natureza predominantemente intelectual. Caracteriza-se pelo fato de que o resultado do certame se faz de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.
MAIOR LANCE OU OFERTA: critério utilizado exclusivamente para a modalidade leilão.
A N U L A Ç Ã O – É decretada quando existe no procedimento vício ( ou defeito ) de legalidade. Há vício quando, por exemplo, é inobservado algum dos princípios ou alguma norma pertinente à licitação; quando se escolhe proposta desclassificável; quando não se concede direito de defesa aos participantes, etc. Tudo que se configurar como vício de legalidade, provoca a anulação do procedimento.
A anulação pode ser decretada pela própria Administração, em virtude do poder ou princípio da autotutela, conforme súmula do STF 473, com ou sem indenização e também pelo Poder Judiciário;
R E V O G A Ç Ã O - É o desfazimento dos efeitos da licitação já concluída, em virtude de critérios de ordem administrativa, ou por razões de interesse público, sempre avaliando a conveniência e a oportunidade. Considerando que o vencedor de uma licitação não tem direito mas apenas expectativa, quando decide pela revogação, não tem o dever de indenizar nenhum dos licitantes e sequer o vencedor.
RECURSOS ADMINISTRATIVOS: Os recursos servem para impugnar atos relacionados a contratos administrativos e a licitações. Sobre estas, cabe recurso hierárquico, NO PRAZO DE CINCO DIAS ÚTEIS, a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, contra:
a habilitação ou inabilitação do licitante;
o julgamento das propostas;
a anulação ou a revogação da licitação;
o indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento.22

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