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Obrigações - Unidade 02

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Direito das obrigações
Unidade 02
Elementos da relação obrigacional
02.1) Elementos da relação obrigacional
Pessoal/subjetivo: dois sujeitos (credor e devedor), os quais poderão ser alterados.
O sujeito, em regra, deve ser determinado ou então determinável no momento do adimplemento. (art. 335, III e IV). Qualquer pessoa física ou jurídica, pode ser credor ou devedor de obrigações em geral.
Sujeito ativo: 
(credor) aquele a quem a prestação, positiva ou negativa, é devida, tendo por isso o direito de exigi-la. Pode ser individual ou coletivo, determinável ou determinável no momento do adimplemento. (Ex.: títulos a portador, art. 905; promessa de recompensa, art. 855)
Direitos: exigir o cumprimento da prestação (art. 331) ou execução da obrigação
 Cessão (onerosa ou gratuita) do crédito (art. 286)
 Aceitar coisa diferente da devida (art. 356 e s.)
 Perdoar no todo ou em parte a dívida (art. 385 e 386)
Sujeito passivo: 
(devedor) aquele que deverá cumprir a prestação obrigacional, limitando a sua liberdade, pois deverá dar, fazer ou não algo em atenção ao interesse de outrem, que, no caso de inadimplemento, poderá buscar, por via judicial, no patrimônio do devedor, recursos para satisfazer o seu direito de crédito. Pode ser individual ou coletivo (com direito de regresso), determinado ou determinável do momento do adimplemento (Ex.: devedor de obrigações propter rem)
Havendo a fusão entre sujeito ativo e passivo, extingue-se a obrigação (art. 381)
Material/objetivo: prestação positiva ou negativa do devedor ou atuação do sujeito passivo, que consiste em dar, fazer ou não fazer algo. Pode ser positiva ou negativa.
Prestação: a atividade do devedor destinada a satisfazer o interesse do credor.
Objeto imediato: prestação devida pelo sujeito passivo.
Objeto mediato: bem da vida sobre o qual recai o direito. Bem ou serviço a ser prestado, a coisa que se dá ou o ato que se pratica.
Conteúdo: poder coativo do credor de exigir a prestação e o dever (necessidade jurídica) do devedor de prestar.
Requisitos: 
1 – licitude: conforme o direito, à moral, aos bons costumes e à ordem pública, sob pena de nulidade (art. 104 e 166, II e III) (ex.: promessa de pagamento por assassinato, licença para funcionamento de casa de tolerância, sobre jogos de azar, exercício ilegal de uma profissão, excluam os direitos de família.
2 – possibilidade física ou jurídica do objeto (não se confunde com falta de atualidade da existência do objeto – ex.: colheita de safra futura; mas pode ser realizada quando a natureza permitir e não ser proibida por lei). Contraria leis físico-culturais (ex: secar a baía-norte, trazer o oceano até São Paulo), ir além das forças humanas (venda de bilhetes de trem para marte, vôo até o centro da terra), ou por inexistir (prometer uma sereia para um aquário, ou o centauro para coleção de história natural). Exonera o devedor e torna nula a obrigação. Contudo, se o impossível surgir depois, ter-se-á a execução com ou sem perdas e danos conforme ocorra ou não a culpa do devedor. Legal ou jurídica: objeto vedado por lei. Ex: cessão de herança de pessoa viva (art. 426).
A impossibilidade pode ser absoluta (não pode ser superada por nenhum homem) ou relativa (só diz respeito ao devedor, e não invalida a obrigação CC 106). Pode ser total ou parcial.
3 – objeto determinado: certo ou determinável (gênero, de espécie, da quantidade, ou caracteres individuais) de indeterminável a obrigação é inválida e ineficaz.
4 – patrimonial: objeto economicamente apreciável: conversível em dinheiro direta ou indiretamente, eis que se inexiste valor pecuniário, não há possibilidade de avaliação dos danos
Vínculo jurídico: relação que sujeita o devedor à realização de uma to positivo ou negativo no interesse do credor. Compõem-se de dois elementos:
Debitum: dever primário do sujeito passivo de satisfazer a prestação.
Obligatio: direito do credor de exigir judicialmente a satisfação da prestação. Limitado ao patrimônio do devedor (CF, art. 5º, LXVII), excetuados os bens impenhoráveis.
02.2) Fontes das obrigações
Fontes de obrigação: ato ou fato que lhe dá origem, tendo em vista as regras de direito. É o elemento gerador ou fator genético da obrigação, o ato ou fato, idôneo a criar obrigações, em conformidade com o ordenamento jurídico. Fatos jurídicos que condicionam o aparecimento das obrigações.
Tem o mesmo sentido de fontes do direito, ou meios pelos quais se estabelecem as normas jurídicas, mas enquanto estas criam preceitos jurídicos (normas gerais e abstratas que disciplinam a vida social), as fontes de obrigação formam relações concretas e particulares, entre duas ou mais pessoas, tendo por objeto determinada prestação.
A Lei, fonte imediata, representa a fonte primária, à qual todas as demais estão subordinadas, ela representa a fonte primordial, a fonte suprema, de todas as obrigações, sem qualquer exceção. Nenhuma relação obrigacional se concebe que não se funde, precipuamente, na própria lei, que nesta não encontre o seu suporte lógico, natural e necessário. 
É o direito que dá significação jurídica às obrigações, por ser ele que opera a transformação dos vínculos fáticos em jurídicos. 
Assim, no surgimento da obrigação temos dois elementos: a) um fato, isto é, qualquer eventualidade que atue sobre o direito subjetivo; b) uma declaração da norma jurídica, que confere efeitos jurídicos àquele fato.
Portanto, as obrigações decorrem da lei e da vontade humana, e em ambas trabalha o fato humano, e em ambas atua o ordenamento jurídico, pois de nada valeria a vontade sem a lei, a lei sem o ato volitivo, para criação do vínculo obrigacional.
A lei, em casos excepcionais pode também ser considerada fonte mediata de obrigações, como no caso da responsabilidade objetiva do empregador pelo acidente de trabalho do empregado (Lei 6.367/76); ou do banqueiro em relação aos cheques falsificados (STF, súmula 28) (risco profissional).

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