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Transtorno de personalidade esquiva SLIDES

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Acadêmicos: Eduardo Godoy, Elizandra Bertuzzi, Luiz Henrique Metz Mazetto e Nelson Jair Martins.
Professor: Sandro Rodrigo Steffens
Disciplina: Psicologia Jurídica
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA	
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA
CARACTERÍSTICAS:
Transtorno de personalidade esquiva é caracterizado por uma grande evitação comportamental, emocional e cognitiva, afim de, aliviar a ansiedade e situações difíceis na convivência com outras pessoas. 
Isso ocorre porque as pessoas com esse tipo de transtorno tem um grande medo de rejeição, são pessoas que possuem uma autodesvalorização própria. 
Os pacientes esquivos têm crenças negativas sobre si mesmos, os outros e as experiências emocionais desagradáveis. Para não se sentirem incomodados socialmente, evitam situações em que as pessoas possam se aproximar e descobrir seu “verdadeiro” eu. Em termos comportamentais, evitam tarefas que possam gerar pensamentos desagradáveis. 
As pessoas que sofrem de transtorno da personalidade esquiva caracterizam-se por ter sentimentos de inadequação, por serem hipersensíveis às avaliações negativas e por evitar qualquer contato com as pessoas por medo de serem desaprovadas. 
A permanente expectativa de ser ridicularizada, criticada, ou rejeitada coloca a pessoa todo o tempo à beira de sofrer crises de ansiedade. Então ela desenvolve um esquema permanente de autoproteção contra a ansiedade. Mesmo com pessoas do convívio, esquiva-se de envolvimento mais íntimo.
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Continuação das características:
Hipersensibilidade. A crítica ou a desaprovação geram um grande mal-estar emocional, sentem-se feridas quando alguém as corrige ou critica. Inclusive, se alguém lhes fizer uma piada sentem-se profundamente ofendidas. O medo destas situações é tão forte que preferem ficar sozinhas a arriscar serem criticadas.
O Transtorno da Personalidade Esquiva frequentemente é diagnosticado junto com os Transtornos da Personalidade Paranóide, Esquizóide ou Esquizotípica.
Embora o foco principal da preocupação no Transtorno da Personalidade Esquiva envolve a esquiva de humilhações e rejeição, esse transtorno, o Transtorno da Personalidade Esquizóide e o Transtorno da Personalidade Esquizotípica caracterizam-se por isolamento social. Entretanto, os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquiva desejam relacionar-se com outras pessoas e sentem profundamente sua solidão, ao passo que aqueles com Transtorno da Personalidade Esquizóide ou Esquizotípica podem estar satisfeitos e até mesmo preferir o isolamento social. 
O Transtorno da Personalidade Paranóide e o Transtorno da Personalidade Esquiva caracterizam-se, ambos, por uma relutância a confiar nos outros. Entretanto, no Transtorno da Personalidade Esquiva, esta relutância deve-se mais ao medo de passar vergonha ou de ser considerado inadequado ao invés de medo de que os outros tenham más intenções, como no Paranóide.
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CAUSAS:
A causa do transtorno da personalidade esquiva não está claramente definida, e pode ser influenciada por uma combinação de fatores sociais, genéticos e biológicos. Traços da personalidade tipicamente aparecem na infância, como excessiva timidez e medo de novas pessoas e situações. 
Geralmente quando crianças podem ter tido, através de pessoas consideráveis (pais, professores, amigos, irmãos), muitas críticas e rejeições. Desenvolveram assim, experiências que formaram ideias de inferioridade e incapacidade como: “Eu sou inadequado”; “Eu tenho defeitos”; “Eu sou diferente”; “As pessoas vão me rejeitar”. 
Embora a timidez na infância seja um precursor comum do Transtorno da Personalidade Esquiva, na maioria dos indivíduos ela tende a dissipar-se com a idade.
Por outro lado, os indivíduos que desenvolvem Transtorno da Personalidade Esquiva podem tornar-se progressivamente tímidos e arredios durante a adolescência e início da idade adulta, quando os relacionamentos sociais com pessoas novas assumem especial importância.
No entanto, essas características também são emoções de desenvolvimento apropriadas para as crianças, e não necessariamente significam que um padrão de transtorno de personalidade esquiva vai continuar na idade adulta. 
 Quando a timidez, medo infundado de rejeição, hipersensibilidade à crítica, e um padrão de evitação social persiste e se intensifica através da adolescência e início da vida adulta, aí pode se caracterizar como transtorno de personalidade esquiva.
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SINTOMAS:
Alguns sinais e sintomas são encontrados nessas pessoas:
Demasiada sensibilidade a críticas e rejeição;
Isolamento social auto-imposto;
Exacerbada timidez ou ansiedade em situações que envolvem interação social;
Evitar contato físico, pois este está associado a um estímulo desagradável ou doloroso;
Sentimentos de inadequação;
Extrema baixa auto-estima;
Desconfiança constante das outras pessoas;
Distanciamento emocional;
Auto-crítica;
Sentimento de inferioridade;
Tendem a viver sozinhas.
Contatos com família e amigos podem ser prazerosos, mas somente por um curto período de tempo (minutos ou horas), pois a ansiedade pode começar a rondar a qualquer momento.
Podem ser profissionalmente bem sucedidas, mas certamente poderiam ter mais sucesso se não dessem as costas para outras oportunidades que aparecem.
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Continuação dos sintomas:
Evitam atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição;
Mostram-se reservados em relacionamentos íntimos, em razão de medo de passar vergonha ou ser ridicularizado;
Preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais;
Inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação;
Vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais, ou inferior;
Ofertas de promoções no emprego podem ser recusadas, porque as novas responsabilidades poderiam ocasionar críticas dos colegas de trabalho. 
Evitam novas amizades, a menos que tenham certeza de que serão estimados e aceitos sem críticas.
Não participam de atividades de grupo, a menos que ocorram repetidas e generosas ofertas de apoio e afeto. 
Eles podem agir de modo reservado, ter dificuldade para falar sobre si mesmos e não expressar sentimentos íntimos por medo de serem expostos, ridicularizados ou envergonhados. 
Por outro lado, a insegurança e isolamento, que são sintomas de perturbações de personalidade esquiva, naturalmente, podem desencadear sentimentos de depressão.
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CRITÉRIOS PARA DIAGNOSTICAR:
Um padrão invasivo de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por pelo menos quatro dos seguintes critérios: 
(1) evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de críticas, desaprovação ou rejeição 
(2) reluta a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de sua estima (3) mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em razão do medo de ser envergonhado ou ridicularizado
(4) preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais (5) inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação 
(6) vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais ou inferior.
(7) extraordinariamente reticente em assumir riscos pessoais ou envolver-se em quaisquer novas atividades, porque estas poderiam ser embaraçosas.
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TRATAMENTO:
A terapia cognitiva pode ser útil no tratamento de indivíduos com transtorno de personalidade esquiva. Esta terapia assume que o pensamento errado do paciente está causando o transtorno de personalidade, e, portanto, centra-se na mudança de padrões cognitivos distorcidos por examinar a validade das hipóteses por trás deles. 
Se um paciente sente que ele é inferior, desagradável, e socialmente inaceitável, um terapeuta cognitivo iria testar a realidade dessas premissas pedindo ao paciente para nomear
amigos e familiares que gostam de sua companhia, ou para descrever os encontros sociais do passado.
Ao mostrar ao paciente que outros valorizam a sua presença e que situações sociais podem ser agradáveis, a irracionalidade de seus medos e inseguranças sociais estão expostas. Este processo é conhecido como restruturação cognitiva.
Porém, o tratamento pode envolver terapia cognitiva, treinamento de habilidades sociais, tratamento de exposição gradual, terapia de grupo e, algumas vezes, tratamento medicamentoso.
É comum que casos de Transtorno da Personalidade Esquiva ficar anos e anos andando em círculos em uma psicoterapia ou também casos em que vão de um terapeuta para outro sem qualquer progresso.
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OUTRAS INFORMAÇÕES:
A prevalência do Transtorno da Personalidade Esquiva na população geral situa-se entre 0,5 a 1,0%. O Transtorno da Personalidade Esquiva tem sido relatado em cerca de 10% dos pacientes ambulatoriais atendidos em clínicas de saúde mental.

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