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Contabilidade_Publica_Alcyon

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www.ResumosConcursos.hpg.com.br
Apostila: Contabilidade Pública – por Profº Alcyon Ferreira de Souza
Resumo de Contabilidade Pública
Assunto: 
CONTABILIDADE
PÚBLICA
Autor:
PROFº Alcyon Ferreira de Souza
 
Curriculun Vitae 
Alcyon Ferreira de Souza, 	nascido em 16 de agosto de 1955, em Vitória de Santo Antão/PE.
Graduado em :
– Administração de Empresa pelo CEUB.
Ciências Contábeis pela UNEB.
 Artes Militares - AMAN
Especialização:
– Orçamento Público pela ABOP (Associação Brasileira de Orçamento Público)
– Execução Orçamentária e Financeira pela SOESO (Sociedade de Estudos de Organizações)
Pós Graduado em:
Lato Senso - Metodologia do Ensino Superior
Estrito Senso - Artes Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
 - Engenharia de Produção com Ênfase no Planejamento Estratégico pela UFSC- Mestrando. 
Experiência Profissional:
Professor de Administração Financeira e Orçamentária na UNEB (desde Agosto de 1995).
Professor Orçamento Público na UNEB (desde Agosto de 1995).
Professor de Contabilidade Pública 1 e 2 na UNEB(desde Agosto de 1995).
Professor de Administração no curso Leonardo da Vinci (em 1993).
Professor de Administração no curso Objetivo. (em 1993)
Professor de Execução Orçamentária e Financeira na ENAP (1998, 1999 e 2000 e 2001)
Professor de Execução Orçamentária e Financeira na ESAF (1998)
Professor de Contabilidade Pública no Pró-curso (2001)
Professor de Contabilidade Pública no curso Souza Lima/ Taguatinga (2001)
SUMÁRIO 
2Curriculun Vitae	�
6Introdução	�
61- Conceito	�
72 - Objeto	�
73 - Objetivo	�
74 - Regime Contábil	�
74.1- Considerações Gerais	�
84.2 - Regime Contábil da Receita	�
94.3 - Regime Contábil da Despesa	�
95 · Campo de Aplicação	�
106 - Legislação	�
106.1- A Lei nº 4.320, de 17 de Março de 1964.	�
106.2 - A Instrução Normativa nº. 08, de 05.11.93	�
107. Plano de Contas Único da Administração Pública Federal	�
107.1 Parte do PCUADF	�
107.2 · Estrutura	�
117.3.2 - Estrutura	�
117.3 · Nível de Desdobramento	�
127.3.1 - Contas Retificadoras	�
127.4 - Critérios de Classificação das Contas	�
127.4.1- Do Ativo	�
127.4.1 Ativo	�
127.4.1 Ativo Circulante	�
137.4.2 - Do Passivo	�
137.4.2 Passivo	�
137.4.3 Despesa	�
137.4.3 - Da Despesa	�
147.4.4 Receitas Orçamentárias	�
147.4.5 Resultado Diminutivo	�
167.4.6 - Do Resultado do Exercício Aumentativo	�
178. Sistemas de Contas	�
188.1- Sistema Financeiro	�
188.2 - Sistema Patrimonial	�
198.3 - Sistema Orçamentário	�
198.3.1- Execução Orçamentária da Receita	�
208.3.1 – Contabilização doa Atos e Fatos de Natureza Orçamentária da Receita e Despesa	�
218.3.2 Compensado	�
238.4 - Sistema de Compensação	�
249. Mecanismos de Débito e Crédito	�
249.1- Do Ativo	�
249.1.1- Aumentos	�
259.1.2 - Diminuições	�
269.2 - Do Passivo	�
269.2.1- Aumentos	�
269.2.2 - Diminuições	�
279.3 - Do Compensado	�
2710. Orçamento Público	�
2710.1 Conceito	�
2910.1.1 ciclo orçamentário	�
2910.2 Princípios Orçamentários	�
3110.3 Nem tudo é feito pelo governo	�
3210.4 Como é feito o Orçamento	�
3310.5 Classificações Orçamentárias	�
3811 Receita Pública	�
3811.1. Conceitos Básicos	�
3811.2 Classificação da Receita Pública:	�
3811.2.1 quanto à afetação do Orçamento Público	�
3911.2.2 quanto a categoria econômica	�
4311.2.3 quanto a coercitividade	�
4311.2.4 quanto a afetação do Patrimônio	�
4311.2.5 quanto a fonte de recurso	�
4411.2.5 Codificação da Receita	�
4511.3 Estágio da Receita Pública:	�
4611.4 Contabilização da Receita Pública	�
4611.4.1 Contabilização das Receitas Orçamentárias Efetivas	�
4611.4.2 Contabilização das Receitas Orçamentárias Não-efetivas	�
4711.5 Contabilização dos Ingressos Extra-Orçamentários	�
4812. Despesa Pública	�
4812.1Conceito	�
4912..1 – Estágios da Execução da Despesa	�
4912..1.1 – Estágio Preliminar: Movimentação de Crédito ou Descentralização	�
5112.1.2- Anulação de Crédito	�
5112.1.3 – Estágio de Aquisição : Fase do Empenho	�
5112.1.4 – Conceito de Empenho:	�
5212..1.4.1 - Modalidades de Empenho:	�
5212.1.4.2 - Espécies de Empenho	�
5212.1.4.3 - Nota de Empenho - NE	�
5312..2.- Pré –Empenho	�
5312..3 - Anulação de Empenho	�
5312.4 - Estágio de Recebimento: Liquidação	�
5312.5 Finalidade:	�
5412.6 - Estágio de Transferência de Recursos	�
5412.6.1 - Programação Financeira de Desembolso	�
5412.6.3 – Finalidade	�
5512.6.4 Elaboração e Aprovação da Programação Financeira	�
5512.6.5Apresentação da PPF	�
5512.6.6 - Liberação de Recursos Financeiros	�
5612.6.7 - Cronograma de Desembolso	�
5612.6.8 - Limites de Saque	�
5712.6.9 - Movimentação de Recursos Financeiros	�
5712.6.10 - Formas de Movimentação	�
5812.7 - Fase do Pagamento	�
5813– Restos a Pagar	�
5813.1 - Conceito	�
5813.2 - Classificação	�
5913.3 - Inscrição	�
5914– Despesas de Exercícios Anteriores	�
5914.1 – Conceito	�
6015. Transferências Orçamentárias	�
6116 – Regimes de Mútua Cooperação	�
6116.1 – Conceito	�
6116.2 Formalização	�
6216.3 – Requisitos para celebração	�
6317 – Suprimento de Fundos	�
6317.1- Conceito e Objetivo	�
6317.2 - Aplicação	�
6417.3 Restrições à Concessão	�
6417.4 Ato de Concessão	�
6417.5 Prazo de Aplicação	�
6417.6 Comprovação	�
6417.6.1 – Prestação de Contas	�
6517.6.2 Saldo não Aplicado	�
6517.6.3 Contabilização	�
6518. Créditos Adicionais	�
6618.1 Fonte de Abertura de Crédito Adicional:	�
6818.2 Características dos Créditos Adicionais:	�
6819. Descentralização Orçamentária	�
6920 Estrutura do Sistema Orçamentário	�
6921 Programação Financeira	�
6921.1 Estrutura do Sistema de Programação Financeira	�
7121.3 Fluxo de Programação Financeira e da Descentralização Orçamentária e Financeira.	�
7121.2 Fluxo de Etapas da Programação Financeira	�
7222. Fluxos da Descentralização Orçamentária e da Financeira	�
7224. Dívida Pública	�
7525. O Sistema de Controle Externo	�
76O congresso e a fiscalização	�
7725.1 As formas fiscalizadora do congresso	�
7825.2 estrutura e competências da auditoria governamental	�
78ESTRUTURA - A atividade de auditoria exercida pela Secretaria Federal de Controle, por meio dos seguintes órgãos:	�
8326. Exercício	�
�
Introdução
A Contabilidade Pública é ramo da Ciência Contábil , que define a complexidade do avanço tecnológico das ciências interdisciplinares, em constante divulgação e aplicação dos atos e fatos correlacionados aos Órgãos da Administração Pública direta e indireta, pertencente as três esferas de governos. 
Em virtude de lecionar Contabilidade Pública , comecei a pesquisar livros, manuais, revistas técnicas e outros, foi quando notei, quanto é deficiente encontrar fontes de consultas, para poder facilitar a compreensão por parte dos docentes e discentes no Processo Ensino Aprendizagem, sendo assim resolvi escrever.
Ofereço esta contribuição a todos interessados no ensino superior, visando melhorar e aperfeiçoar a qualidade de ensino no contexto da Política Educacional Brasileira. 
A experiência mostra que a atual estrutura governamental, nos obriga análise do sistema orçamentário e financeiro, para oferecer uma boa oportunidade aos novos funcionários que através de concursos públicos integrem as instituições auxiliando ao cumprimento das metas financeiras, administrativas e principalmente atender as necessidades da população, no caso a Brasileira, tais como: Saúde, Transporte, Moradia, Segurança e Educação. 
Caros leitores, a execução deste projeto espero contribuir com um importante papel no processo ensino aprendizagem, trazendo uma visão sistêmica da Contabilidade Pública, para que os senhores possam utiliza-los no processo de avaliação do Ministério da Educação- Ensino Superior e até concursos públicos. 
Contabilidade Pública
1- Conceito
A Contabilidade Aplicada à Administração Pública, seja na área Federal, Estadual,Municipal ou no Distrito Federal, tem, como fio condutor, a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Costumamos dizer que a Lei no 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial.
A Contabilidade Aplicada à Administração Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, estabelecida no Orçamento Público aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de créditos, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.
Seguindo os dispositivos da Lei no 4.320/64 e as afirmações anteriores, podemos definir a Contabilidade Pública como sendo o ramo da contabilidade que coleta, registra e controla os atos e fatos da Fazenda Pública, mostra o Patrimônio Público e suas variações, bem como acompanha e demonstra a execução do orçamento.
 Pela definição anterior, deduzimos que a Contabilidade Pública está interessada, também, em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentária (Previsão da Receita, Fixação da Despesa, Empenho, Descentralização de Créditos etc.), sejam, meramente administrativos (Contratos, Convênios, Acordos, Ajustes, Avais, Fianças, Valores sob Responsabilidade, Comodatos de Bens etc.;), representativos de valores potenciais que poderão afetar o Patrimônio (A - P = PL), no futuro.
2 - Objeto
O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, exceto os bens de domínio público, como: lagos, lagoas, rios, praças, estradas, logradores, ruas etc..
Pela definição dada, vemos com clareza, que a Contabilidade Pública não está interessada, somente, no Patrimônio e suas variações, mas também, no Orçamento e sua execução (Previsão e Arrecadação da Receita e a Fixação e Execução da Despesa).
A Contabilidade Púbica, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra, também, os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa ou quantitativamente o patrimônio.
A Contabilidade Pública está interessada nos atos e fatos de natureza orçamentária, visto que o orçamento, sendo um dos primeiros atos praticados pelo administrador, tem um papel importantíssimo na Contabilidade Pública, pois, praticamente, quase tudo se origina no orçamento.
3 - Objetivo
O objetivo da Contabilidade Aplicada à Administração Pública é o de fornecer informações atualizadas e exatas à Administração para subsidiar as tomadas de decisões e aos Órgãos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislação, bem como às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.
4 - Regime Contábil
4.1- Considerações Gerais
 A referida Lei no 4.320/64, em seu artigo 35, determina o seguinte:
 “Art. 35 - Pertencem ao exercício financeiro”:
 I - as receitas nele arrecadadas;
 II-as despesas nele, legalmente, empenhadas.
Para muitos autores, este artigo da lei consagrou o regime contábil misto para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública, no Brasil, ou seja, de caixa, para as receitas (as receitas nele arrecadadas pelo ingresso dos recursos financeiros) e o de competência, para as despesas.
 Os contadores públicos não podem esquecer que tem de respeitar os princípios consagrados pela Contabilidade, sendo um desses princípios, o de Competência, que estabelece que as receitas e as despesas deverão ser consideradas em função do seu fato gerador e não, em função do recebimento da receita ou do pagamento da despesa.
A lei já é frontalmente contra o princípio contábil, quando determina que só devem ser consideradas, dentro do exercício financeiro, as receitas nele arrecadadas, enquanto que, o Principio de Competência afirma que as receitas devem ser consideradas, em função da ocorrência do seu fato gerador, independentemente, do seu recebimento.
O fato gerador da receita a entrega do serviço ou do material ao contratante, independente do recebimento do valor correspondente à prestação do serviço ou da venda do bem ou material.
Temos que diferenciar as receitas orçamentárias das receitas consideradas para os fins de apuração do resultado do exercício, pois nem toda receita orçamentária vai afetar a situação líquida patrimonial.
Os fatos permutativos, por exemplo, constituem receitas orçamentárias, por representarem alienações de bens e direitos ou operações de créditos, sem tampouco afetarem a situação patrimonial, por não se tratar, na realidade, de uma receita, para efeito de resultado, e sim de uma troca de bens ou direitos ou obrigações, por dinheiro.
É bom esclarecer que o legislador, quando se referiu, no artigo 35, da Lei nº 4.320/64, às receitas e despesas queria, apenas, atingir as receitas e despesas que poderiam afetar o orçamento e não, a situação patrimonial que deverá ser norteada pelo Princípio de Competência.
Conforme se observa, na Contabilidade Pública, o regime contábil deve ser classificado de duas maneiras. A primeira quando nos referimos ao orçamento, e, nesse particular, a lei deixou bem claro que, na receita, devemos adotar o regime de caixa e, na despesa, o de competência. A segunda, quando fazemos referencia aos Princípios Contábeis, geralmente aceitos, estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade que prescreveu, no Princípio de Competência, a obrigatoriedade das receitas e despesas serem consideradas em função do seu fato gerador e não em função do seu recebimento ou pagamento.
 4.2 - Regime Contábil da Receita
Na Administração Pública, temos receitas de prestação de serviços, de vendas materiais e cobrança de tributos. Nos dois primeiros casos, o fato gerador é perfeitamente identificado e a contabilização da receita segue, integralmente, o Princípio de Competência, quando se adotam os procedimentos a seguir.
Pela emissão da fatura quando da entrega do serviço ou do material ao contratante, o beneficiário da receita faz a sua contabilização da seguinte forma:
 Contas a Receber (Ativo)
 a Variações Ativas (resultado)
No recebimento do direito:
 Diversos
 a Diversos
 Bancos (Ativo)
 Variações Passivas (resultado)
 a Receita Orçamentária (resultado)
 a Contas a Receber Ativo
Na contabilização das receitas tributárias, o fato gerador é difícil de ser identificado, pois não existe uma prestação de serviço anterior, uma vez que os governos arrecadam os tributos federais, estaduais e municipais e prestam os serviços essenciais, definidos pela Constituição e outros definidos em suas metas para aquele exercício; daí dizer-se que a receita é contabilizada pela sua arrecadação e não, pela ocorrência do seu fato gerador. Ocorre, porém, que os tributos que não são arrecadados, nos seus prazos de vencimento, são registrados, como Dívida Ativa contrariando o dispositivo da citada lei e seguindo o princípio de competência.
Poderíamos definir como fato gerador da Receita, o estágio do lançamento mas, também, é difícil a sua identificação, em determinados tributos. O imposto de renda, por exemplo: - o lançamento no momento da leitura das declarações dos contribuintes e a verificação do valor a receber ou a restituir a cada um. Neste caso, teríamos receita ou despesa, para o Tesouro Nacional, no momento do lançamento, caso em que a Receita Federal não dispõe de mecanismos de controle para forneceras informações adequadas aos órgãos de Contabilidade Analítica. 
Por esses motivos, na contabilização das receitas tributárias optou-se pelo registro, no momento do recolhimento, dentro dos prazos previstos na legislação.
Na contabilização da receita, teremos: Bancos (Ativo)
 					 a Receita orçamentária (resultado)
Quando não ocorre o recolhimento, o registro da receita é efetuado na cobrança da Dívida Ativa da União, conforme lançamentos abaixo:
 Dívida Ativa (Ativo)
 a Variações Ativas (resultado)
Neste caso, a Receita Orçamentária será afetada, na cobrança da Dívida Ativa, e aí teremos a contabilização de um fato permutativo (não afeta o resultado, embora se registre receita orçamentária):
 Bancos (Ativo)
 a Receita Orçamentária (resultado credor)
 Variações Passivas (resultado devedor)
 a Dívida Ativa (Ativo)
4.3 - Regime Contábil da Despesa
O regime contábil da despesa já está consagrado, na Lei nº 4.320/64, como sendo o de competência, não havendo, portanto, divergência entre a Lei e o Principio de Competência, definido pelo Conselho Federal de Contabilidade.
 
De acordo com o Princípio de Competência, a despesa será considerada em função do seu fato gerador, ou seja, o recebimento dos serviços e consumo dos bens ou materiais.
Quando se examina a despesa, no decorrer do exercício financeiro, o Princípio de Competência é perfeitamente respeitado, com a exceção da Depreciação (uso dos bens de natureza permanente) que não é feita pela Administração Pública direta, autárquica e fundacional.
Ao se examinar a despesa, no final do exercício, deparamos com a figura dos "Restos a Pagar - Não Processados" que são valores levado ao resultado do exercício, sem que o fato gerador da despesa tenha, ainda, ocorrido, contrariando o Princípio de Competência que define a apropriação da despesa, somente, após a ocorrência do seu fato gerador. Para a Contabilidade Pública, o momento da apropriação da despesa, ao final do exercício, seria o do empenho e, durante o exercício seria o consumo dos bens ou o recebimento dos serviços.
5 · Campo de Aplicação
O campo de aplicação da Contabilidade é restrito à administração, nos seus três níveis de governo: Federal, Estadual, DF, Municipal, bem como suas Autarquias, Fundações e Empresas Públicas.
O campo de atuação da Contabilidade Aplicada à Administração Pública Federal, após o advento do SIAFI em 23 de dezembro de 1986, em 1987, começou a expandir-se e, hoje, já alcança as empresas públicas e algumas de economia mista que participam do Orçamento Fiscal e de Seguridade.
Resumindo, temos: Campo de Aplicação
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
 
PODER EXECUTNO
 Presidência da República e suas secretarias e Ministérios Civis e o Ministério da Defesa.
PODER JUDICIÁRIO
 Todos os seus Tribunais.
PODER LEGISLATIVO
 Câmara dos Deputados e Senado Federal.
 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (Somente aquelas sujeitas ao Orçamento Fiscal e da Seguridade Social)
Autarquias; Fundações; Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
6 - Legislação
A contabilização dos atos e fatos administrativos, bem como a elaboração dos balanços e demonstrativos contábeis, orçamentários e financeiros, obedecem às normas gerais estatuídas pela Lei nº 4.320, de 17 de marco de 1964 e a Instrução Normativa de nº 08, de O5 de novembro de 1993, da Coordenação Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
6.1- A Lei nº 4.320, de 17 de Março de 1964.
Estatui normas gerais de Direito Financeiro para a Elaboração e o Controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Os principais artigos que se referem a contabilidade são:
 - do exercício financeiro: artigos 34 e 35.
 - do superávit financeiro: artigo 43.
 - da contabilidade: artigos 83 a 85 e 87 a 89.
 - da contabilidade orçamentária e financeira: artigos 90, 91 e 93.
 da contabilidade patrimonial: artigos 94 a 100.
 dos balanços: artigos 101 a 106.
6.2 - A Instrução Normativa nº. 08, de 05.11.93 
Aprova as normas gerais sobre o Plano de Contas da Administração Pública Federal, permitindo a identificação e a classificação contábil dos atos e fatos de uma gestão, de maneira padronizada, uniforme e sistematizada.
Utilizaremos os conceitos contidos na referida norma sobre as classes e grupos que compõem o Plano de Contas Único, quando tratarmos do assunto, no item seguinte.
7. Plano de Contas Único da Administração Pública Federal
Conceito
Todo plano de contas deve conter as diretrizes técnicas gerais e especiais que orientam os seus usuários, na elaboração de registros dos fatos ocorridos e dos atos praticados pela administração.
7.1 Parte do PCUADF
O Plano de Contas Único consiste numa estruturação ordenada e sistematizada das contas utilizáveis em toda a Administração Pública Federal e compõe-se das seguintes partes básicas:
1) relação das contas agrupadas segundo suas funções;
 	2) descrição das funções das contas;
 	3) indicação do mecanismo de débito e crédito de cada conta.
7.2 · Estrutura
A estrutura do Plano de Contas Único visa, principalmente:
realçar o Patrimônio e suas variações, colocando as contas típicas de controle no grupo do compensado, propiciando o conhecimento adequado da situação econômica, patrimonial, orçamentária e financeira de cada unidade;
-	facilitar a extração de relatórios, tanto para a análise gerencial, como para cumprir com as exigências dos Órgãos de Controle Interno e Externo;
- padronizar o nível de entradas e saídas de dados, dos Órgãos da Administração Direta e Indireta;
- possibilitar o uso de um sistema único para proceder ao processamento da execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil.
7.3.2 - Estrutura
7.3 · Nível de Desdobramento 
As contas estão estruturadas por níveis de desdobramento, classificadas e codificadas, de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação orçamentária, financeira e patrimonial, compreendendo sete níveis de desdobramento, da seguinte forma:
A.B.C.D.E.FG.HI CODIGO VARIAVEL
 1º. NIVEL – CLASSE			A
 2º. NIVEL – GRUPO			B
 3º. NIVEL – SUBGRUPO			C
 4º. NIVEL – ELEMENTO			D
 5º. NIVEL – SUBELEMENTO		E
 6º. NIVEL – ITEM				FG
 7º. NIVEL – SUBITEM			HI
 CONTA CORRENTE			J Código Variável (CNPJ, CPF, IG, UG)
A estrutura básica do Plano de Contas Único a nível de classe/grupo, consiste na seguinte disposição:
1 -ATIVO 	 		2 -PASSIVO
1.1- CIRCULANTE 		2.1- CIRCULANTE
1.2 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 	2.2 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
1.4 - PERMANENTE 		2.3 - RES.DE EXERC.FUTUROS
1.9 - COMPENSADO 		2.4 - PATRIMONIO LÍOUIDO
 				2.9 - COMPENSADO
3 -DESPESA 			 4 -RECEITA
3.3 - DESPESAS CORRENTES 		 4.1- RECEITAS CORRENTES
3.4 - DESPESAS DE CAPITAL 		 4.2 - RECEITAS DE CAPITAL
 				 4.9 - DEDUÇÕES DA RECEITA
5 - RESULTADO DO EXERCÍCIO(-) 	6 - RESULTADO EXERCÍCIO (+)
5.1- RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 6.1- RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
5.2 - RES.EXTRA-ORÇAMENTÁRIO 	 6.2 - RES.EXTRA-ORÇAMENTÁRIO.
 				 6.3 - RESULTADO APURADO
As contas estão, ainda, separadas em escrituras (admitem registros) e não escrituradas (não admitem registros). 
As escrituradas recebem registro em qualquer dos seus níveis (à exceção dos três primeiros níveis) e subdividem-se em sintéticas (não exigem detalhamento específico) e analíticas (exigem um detalhamento específico denominado de conta corrente).
O primeiro nível de desdobramento“A” representa a classificação máxima na agregação das contas, nas seguintes classes:
 TÍTULO			 CÓDIGO
 ATIVO					1
 PASSIVO				2
 DESPESA				3
 RECEITA				4
 RESULTADO DO EXERCICIO (-)	5
 RESULTADO DO EXERCÍCIO (+)	6
1.0.0.0.0.00.00 - O Ativo inclui as contas correspondentes aos bens e direitos e demonstra a aplicação dos recursos.
2.0.0.0.0.00.00 - O Passivo compreende es contas relativas às obrigações, evidenciando as origens dos recursos aplicados no Ativo.
3.0.0.0.0.00.00 - A Despesa inclui as contas representativas dos recursos despendidos, na gestão, a serem computados na apuração do resultado.
4.0.0.0.0.00.00 - A Receita inclui as contas representativas dos recursos recebidos, na gestão, a serem computados na apuração do resultado.
5.0.0.0.0.00.00 - O Resultado Diminutivo do Exercício (Variações Passivas) inclui as contas representativas das variações patrimoniais negativas, resultantes ou independentes da execução orçamentária, a serem computadas na apuração do resultado.
6.0.0.0.0.00.00 - O Resultado Aumentativo do Exercício (Variações Ativas) inclui as contas representativas das variações patrimoniais positivas, da situação liquida do patrimônio e da apuração do respectivo resultado.
7.3.1 - Contas Retificadoras
As contas redutoras ou retificadoras são identificadas pelo sinal “*” (asterisco), colocado, antes, da intitulação da conta.
0 sinal “=” (de igualdade), antes da intitulação de determinadas contas, identifica a necessidade de tratamento, a nível individualizado (conta corrente), peculiar a cada item, com o objetivo de proporcionar maior flexibilidade no gerenciamento dos dados desejados.
7.4 - Critérios de Classificação das Contas
7.4.1- Do Ativo
7.4.1 Ativo
1.0.0.0.0.00.00 - 0 Ativo representa os bens e direitos, demonstrando as aplicações dos recursos.
As contas do Ativo estão dispostas, no Plano de Contas, em ordem decrescente do grau de liquidez e compreendem os seguintes grupos:
1.1.0.0.0.00.00		ATIVO CIRCULANTE
1.2.0.0.0.00.00		ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.3.0.0.0.00.00		ATIVO PERMANENTE
1.9.0.0.0.00.00		ATIVO COMPENSADO
 7.4.1 Ativo Circulante
Compreende as disponibilidades de numerário, os recursos a receber, as antecipações de despesa, bem como outros bens e direitos, pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte.
 7.4.1.1 - Ativo Realizável a Longo Prazo 
São os bens e direitos realizáveis, normalmente, após o término do exercício seguinte.
 7.4.1.2 - Ativo Permanente
Representam os investimentos de caráter permanente, as imobilizações, bem como as despesas diferidas, que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício.
 7.4.1.3 - Ativo Compensado
Compreende as contas com função precípua de controle, relacionadas aos bens e direitos e obrigações, bem como as situações não compreendidas no patrimônio mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, inclusive as relativas aos atos e fatos relacionados com a execução orçamentária e financeira.
7.4.2 - Do Passivo
7.4.2 Passivo
2.0.0.0.0.00.00 - O passivo representa as obrigações, demonstrando a origem dos recursos.
As contas do Passivo estão dispostas, no Plano de Contas, em ordem decrescente do grau de exigibilidade e compreendem os seguintes grupos:
2.1.0.0.0.00.00 		PASSIVO CIRCULANTE
2.2.0.0.0.00.00 		PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.3.0.0.0.00.00 		RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
2.4.0.0.0.00.00 		PATRIMONIO LÍQUIDO
2.9.0.0.0.00.00 		PASSIVO COMPENSADO
7.4.2.1- Passivo Circulante
Compreende os depósitos, os Restos a Pagar, as antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou em circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte.
7.4.2.2 – Passivo Exigível a Longo Prazo.
São as obrigações exigíveis, normalmente, após o término do exercício seguinte.
7.4.2.3 - Resultado de Exercícios Futuros
Compreende as contas representativas de receitas de exercícios futuros, bem como das despesas a elas correspondentes.
7.4.2.4 - Patrimônio Líquido
Representa o capital autorizado, as reservas de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado acumulado não destinado.
7.4.2.5 - Passivo Compensado
Compreende as contas com função precípuas de controle relacionadas aos bens e direitos e as obrigações, bem como as situações não compreendidas no patrimônio mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, inclusive as relativas aos atos e fatos, relacionados com a execução orçamentária e financeira. Esse grupo representa a contrapartida do grupo Ativo Compensado
7.4.3 Despesa
7.4.3 - Da Despesa
3.0.0.0.0.00.00 - A Despesa Orçamentária é classificada, no Plano de Contas Único, na classe 3, no momento da sua liquidação, ou seja, quando o contratado entregar o objeto do empenho. (3º Estágio de Despesa)
 
Representam os recursos despendidos, na gestão, que serão computados na apuração do resultado do exercício e são desdobradas, nas seguintes categorias econômicas:
3.3.0.0.0.00.00		DESPESAS CORRENTES
3.4.0.0.0.00.00		DESPESAS DE CAPITAL
7.4.3.1- Despesas Correntes
3.3.1.0.0.00.00 		PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
3.3.2.0.0.00.00 	JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA INTERNA E DÍVIDA EXTERNA
3.3.3.0.0.00.00		OUTRAS DESPESAS CORRENTES
7.4.3.2 - Despesas de Capital
Correspondem aos seguintes grupos de despesas:
3.4.4.0.0.00.00		INVESTIMENTOS
3.4.5.0.0.00.00 		INVERSÕES FINANCEIRAS
3.4.6.0.0.00.00 	AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA INTERNA E DA DÍVIDA EXTERNA
 
7.4.4 Receitas Orçamentárias
As Receitas Orçamentárias são classificadas, no Plano de Contas Único, na classe 4, no momento do recebimento, ou seja, quando o agente arrecadador recolhe os valores arrecadados, ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal, sendo desdobradas nas seguintes categorias econômicas:
4.1.0.0.0.00.00		RECEITAS CORRENTES
4.2.0.0.0.00.00		RECEITAS DE CAPITAL
7.4.4.1- Receitas Correntes
4.1.1.0.0.00.00		RECEITAS TRIBUTARIAS
4.1.2.0.0.00.00		RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES
4.1.3.0.0.00.00		RECEITAS PATRIMÔNIAIS 
4.1.4.0.0.00.00		RECEITAS AGROPECUÁRIAS
4.1.5.0.0.00.00		RECEITAS INDUSTRIAIS
4.1.6.0.0.00.00		RECEITAS DE SERVIÇOS
4.1.7.0.0.00.00		TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
4.1.8.0.0.00.00		RECEITAS CORRENTES A CLASSIFICAR
4.1.9.0.0.00.00		OUTRAS RECEITAS CORRENTES
 
7.4.4.2 - Receitas de Capital
4.2.1.0.0.00.00		OPERACÕES DE CRÉDITO 
4.2.2.0.0.00.00		ALIENAÇÕES DE BENS
4.2.3.0.0.00.00		AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4.2.4.0.0.00.00		TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL
4.2.5.0.0.00.00		OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
Para este grupo, achasse necessária uma abertura do Plano de Contas Único, haja vista que o referido grupo é uma novidade para aqueles que já conhecem a Contabilidade Geral e estão iniciando seus estudos nesta matéria.
7.4.5 Resultado Diminutivo
O Resultado Diminutivo do Exercício contém os seguintes grupos e subgrupos:
 CODIGO			NOME
5.0.0.0.0.00.00		RESULTADO DO EXERCICIO (-)
5.1.0.0.0.00.00		RESULTADO ORÇAMENTÁRIO(-)
5.1.1.0.0.00.00		Despesas Orçamentárias (classe 3)
5.1.2.0.0.00.00		Interferências Passivas
 				Transferências Financeiras Concedidas
 					Cota/Repasse/Sub-Repasse
5.1.3.0.0.00.00		Mutações Passivas (Execução da receita)
 				Alienações de Ativos
 					Incorporações de Obrigações
5.2.0.0.0.00.00		RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO(-)
5.2.1.0.0.00.00		Despesas Extra-Orçamentárias
(Decorrentes da incorporação de Órgãos não participantes do orçamento)
5.2.2.0.0.00.00 		Interferências Passivas
 				Transferências Financeiras p/atender a Restos a Pagar.
 					Transferências de bens e valores
5.2.3.0.0.00.00 		DecréscimosPatrimoniais
 				Desincorporações de Ativos
 				Incorporações de Passivos
7.4.5.1- Resultado Orçamentário Diminutivo 
O Resultado Orçamentário diminutivo corresponde:
5.1.1.0.0.00.00		DESPESAS ORÇAMENTARIAS
5.1.2.0.0.00.00 		INTERFERÉNCIAS PASSIVAS
5.1.3.0.0.00.00 		MUTAÇÕES PASSIVAS
As despesas orçamentárias correspondem a todos os valores despendidos que afetaram o orçamento do exercício. É bom acrescentar que, nesse subgrupo, não se faz lançamentos e sim, na classe 3, do Plano de Contas Único, Despesas Orçamentárias, servindo esse subgrupo, somente, para efeito de demonstração das variações que afetaram, negativamente, o patrimônio.
As interferências passivas referem-se às transferências financeiras efetivadas, entre Unidades Gestoras do Sistema. Este assunto, já foi tratado quando falamos sobre as Transferências Financeiras. As interferências Passivas classificadas como orçamentárias, são:
 COTA
 REPASSE
 SUB-REPASSE
As Mutações Passivas referem-se aos reflexos da contabilização dos fatos permutativos decorrentes da receita orçamentária. Quando estamos contabilizando uma receita de capital que não pode afetar o Patrimônio, por não ser uma receita, fazemos um lançamento neste subgrupo, para compensar o valor lançado como receita orçamentária. Na realidade, quando temos receita de capital é porque estamos alienando os bens e direitos ou contraindo obrigações, tendo em ambos os casos, uma mutação patrimonial negativa, pelo registro da baixa dos componentes do Ativo, ou do registro da incorporação das obrigações no Passivo.
Em termos de lançamentos podemos resumir assim:
 LANÇAMENTO		SISTEMA DE CONTAS S/C
 Bancos
 a Receita Orçamentária			FINANÇEIRO (F)
 Mutação Passiva Orçamentária
 a ATIVO ou PASSIVO			PATRIMONIAL (P)
Como se observa, o resultado do exercício não vai ser afetado, pois vai receber um lançamento a crédito (Receita Orçamentária) e um lançamento a débito (Mutação Passiva Orçamentária).
7.4.5.2 - Resultado Extra-Orçamentário Positivo e Negativo
O resultado extra-orçamentário negativo é composto dos seguintes subgrupos:
5.2.1.0.0.00.00 		DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTARIAS
5.2.2.0.0.00.00 		INTERFERÉNCIAS PASSIVAS
5.2.3.0.0.00.00 		MUTAÇÕES PASSIVAS
a) As despesas extra-orçamentárias, por não participarem do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da LOA. E por não fazer sua contabilidade via SIAFI, precisa encaminhar mensalmente demonstrações contábeis para serem incorporadas ao BGU. 
O Balanço Geral da União - BGU é composto dos Balanços dos órgãos da administração direta e indireta. Compõem o BGU, na administração indireta, as Autarquias, Fundações e Empresas Públicas, excluindo-se as Empresas de Economia Mista, por serem incorporadas ao BGU pela participação acionária da União, em cada Ministério que participe do capital dessas Empresas.
b) As interferências passivas extra-orçamentárias consistem em transferências de bens e valores referente ao exercício anterior para atender os Restos a Pagar. Podendo ser superveniências passivas(doação concedida de um bem) e insubsistência ativas(baixa da dívida ativa por cancelamento).
 
As Desincorporações de ativos independentes da execução do orçamento e as incorporações de passivos independentes da execução orçamentária decrescem o patrimônio.
 
7.4.6 - Do Resultado do Exercício Aumentativo
O Resultado do Exercício Positivo que é composto dos seguintes grupos e subgrupos:
 COPIGO				NOME
 6.0.0.0.0.00.00			RESULTADO DO EXERCICIO (+)
 6.1.0.0.0.00.00			RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
 6.1.1.0.0.00.00			Receitas Orçamentárias (Classe 4)
 6.1.2.0.0.00.00			Interferências Ativas
 				Transferências Financeiras Recebidas
 					Cota/Repasse/Sub-Repasse
 6.1.3.0.0.00.00 			Mutações Ativas (Execução da Despesa)
 					Aquisições de Ativos
 					Incorporações de Obrigações
 6.2.0.0.0.00.00 			RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO
 6.2.1.0.0.00.00			Receitas Extra-Orçamentárias
(Decorrentes da incorporação de Órgãos não participantes do orçamento).
 6.2.2.0.0.00.00			Interferências Ativas
 				Transferências Financeiras p/ atender a Restos a Pagar
 					Transferências de Bens e Valores
 6.2.3.0.0.00.00 			Acréscimos Patrimoniais
 					 Incorporações de Ativos
 					Desincorporações de Passivos
 6.3.0.0.0.00.00			RESULTAPO APURADO
7.4.6.1- Resultado Orçamentário(+)
O resultado orçamentário compreende os seguintes subgrupos:
6.1.1.0.0.00.00	RECEITAS ORÇAMENTARIAS
6.1.2.0.0.00.00	INTERFERÊNCIAS ATIVAS
6.1.3.0.0.00.00	MUTAÇÕES ATIVAS
As Receitas Orçamentárias correspondem a todos os valores recebidos, relativos à execução orçamentária da receita. É bom acrescentar que, nesse subgrupo, não se fazem lançamentos e sim, na classe 4, do Plano de Contas Único, Receitas Orçamentárias, servindo esse subgrupo, somente, para efeito de demonstração das variações que afetaram, positivamente, o patrimônio.
As Interferências Ativas referem-se às transferências financeiras efetivadas, entre Unidades Gestoras do Sistema. Este assunto já foi estudado, quando tratamos do tópico das Transferências Financeiras.
As Mutações Ativas referem-se aos reflexos da contabilização dos fatos permutativos, decorrentes da despesa orçamentária. Quando estamos contabilizando uma despesa de capital, por exemplo, que não pode afetar o Patrimônio, por não ser uma despesa, fazemos um lançamento, neste subgrupo, para compensar o valor lançado como despesa orçamentária. Na realidade, quando temos despesa de capital é porque estamos adquirindo bens e direitos, ou amortizando obrigações, tendo, em ambos os casos, uma variação patrimonial positiva, pelo registro da incorporação dos componentes do Ativo, ou o registro da baixa da obrigação, no Passivo.
Em termos de lançamentos, podemos resumir assim:
 LANÇAMENTO			S/C
 Despesas Orçamentárias
 a Bancos				(F)
 ATIVO ou PASSIVO
 a Mutação Ativa Orçamentária		(P)
O Resultado do Exercício, como se observa pelo lançamento acima, não foi afetado, pois recebeu um lançamento a débito (despesa orçamentária) e um lançamento a crédito (Mutação Ativa Orçamentária).
 7.4.6.2 - Resultado Extra-Orçamentário
O Resultado Extra-Orçamentário é composto dos seguintes subgrupos:
 
6.2.1.0.0.00.00	RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTARIAS
6.2.2.0.0.00.00	INTERFERÊNCIAS ATIVAS
6.2.3.0.0.00.00	MUTAÇÕES ATIVAS
Nesse subgrupo, são registrados os valores das incorporações de receitas dos órgãos não participantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, conforme já foi explicado, quando estudamos o item despesas extra-orçamentárias.
As Interferências Ativas Extra-Orçamentárias incorporam os valores das transferências financeiras recebidas, para atender a Restos a Pagar, pois são referentes ao orçamento do exercício anterior e às transferências de bens e valores recebidas.
Os acréscimos patrimoniais referem-se às incorporações de ativos independentes da execução do orçamento, ou seja, as superveniências ativas e as insubsistências passivas independentes da execução orçamentária.
A título de exemplo, podemos citar uma doação recebida de um bem, a incorporação de um bem encontrado no inventário, a correção dos bens, a inscrição da dívida ativa, o encampamento de dívidas passivas, a atualização monetária dos direitos e das dívidas etc...
7.4.6.3 - Resultado Apurado
É uma conta transitória, utilizada no encerramento do exercício, para demonstrar a apuração do Resultado Patrimonial do Exercício. Esta conta só é movimentada no final de cada exercício financeiro, quando receberáos saldos das contas de resultado devedoras e credoras e apurará o Resultado Patrimonial do Exercício.
8. Sistemas de Contas
Na Contabilidade Pública, as contas do Plano de Contas são separadas, em sistemas de contas independentes, para facilitar a elaboração dos Balanços e demonstrativos. 
Esses sistemas são classificados em: FINANCEIRO; PATRIMONIAL; ORÇAMENTÁRIO e DE COMPENSAÇÃO
8.1- Sistema Financeiro
O Sistema Financeiro está relacionado com os ingressos (entradas) e os dispêndios (saídas) de recursos, ou seja, com o registro dos recebimentos e pagamentos de natureza orçamentária e extra-orçamentária.
É importante esclarecer que os lançamentos contábeis são feitos, fechados em cada sistema, ou seja, quando se debita uma conta de um determinado sistema, a conta creditada, também, tem de pertencer ao mesmo sistema, conforme se observa, a seguir:
 Conta Financeira
 a Conta Financeira
As principais contas do sistema financeiro estão relacionadas com as contrapartidas do grupo "Disponível", visto que este grupo representa, dentro de qualquer Órgão ou Entidade, as entradas e saídas de recursos.
Podemos concluir que todas as contas do grupo "Disponível" pertencem ao Sistema Financeiro, ou seja, Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras e todas as outras contas, que se relacionam com o "Disponível", também, pertencem a esse sistema, tais como: Receita, Despesa, Fornecedores, Restos a Pagar, Pessoal a Pagar, Encargos Sociais a Recolher, Consignações, Depósitos de Terceiros etc...
 Resumindo, teremos:
DISPONÍVEL
ENTRADAS					SAÍDAS
 	
RECEITAS					DESPESAS ORÇAMENTARIAS
 	INTERFERENCIAS ATIVAS 	 		INTERFERENCIAS PASSIVAS
 	 Transferências Financeiras Recebidas 		Transferências Financeiras Concedidas
 		 -Cota 			-Cota
 		 -Repasse 		-Repasse
 		 -Sub Repasse 		-Sub Repasse
RECEBIMENTOS 			 PAGAMENTOS
EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS EXTRA-ORÇAMENTARIOS
 -Transferências p/atender a Restos a Pagar 		-Restos a Pagar (RP)
 -Créditos a Receber Financeiros Transferências p/ atender a RP
 					-Fornecedores
 					-Pessoal a Pagar
 					-Encargos Sociais a Recolher
 					-Consignações
 					-Depósitos de Terceiros
Como se observa, os fatos que se relacionam com entradas e saídas de recursos, na Contabilidade Pública, terão, obrigatoriamente, um lançamento no Sistema Financeiro.
8.2 - Sistema Patrimonial
O Sistema Patrimonial, registra os bens móveis, imóveis, estoques, créditos, obrigações, valores, inscrição e baixa da dívida ativa, operações de créditos, superveniências e insubsistências ativas e passivas etc...
No Sistema Patrimonial, os lançamentos de incorporação ou desincorporação de ativos e passivos, são feitos fechados, dentro desse sistema, mesmo que o fato venha a acarretar uma entrada, ou saída de recurso (Sistema Financeiro).
A título de exemplo, uma compra de um veículo, feita com pagamento, no ato da aquisição, cujos lançamentos são resumidos a seguir:
SISTEMA FINANCEIRO			SISTEMA PATRIMONIAL
Despesa de Capital (Resultado)		Veículos (Ativo Permanente)
a Bancos Conta Movimento (Ativo)	a Variações Ativas (Resultado)
Pela observação do lançamento anterior, pode-se concluir que todos os fatos permutativos vão gerar, sempre, três lançamentos; um no sistema financeiro, outro no sistema patrimonial e um terceiro, no sistema orçamentário, por se tratar de fatos de natureza orçamentária.
8.3 - Sistema Orçamentário
O Sistema Orçamentário é representado pelos atos de natureza orçamentária, tais como: previsão da receita, fixação da despesa, cancelamentos de créditos, descentralização de créditos, empenho da despesa.
No Sistema Orçamentário, é feita a comparação da receita prevista e da despesa fixada com as suas respectivas realizações, sendo obrigatória, a passagem por este sistema, dos fatos de arrecadação da receita e de Iiquidação o da despesa.
Resumindo, podemos apresentar os atos e fatos de natureza orçamentária, da seguinte forma:
 ATOS DE NATUREZA ORÇAMENTARIA	 FATOS DE NATUREZA ORÇAMENTARIA
 Previsão da Receita				 Arrecadação da Receita
 Fixação da Despesa 				 Liquidação da Despesa
 Cancelamento de Créditos
 Descentralização de Créditos
 Empenho da Despesa
As contas pertencentes ao Sistema Orçamentário estão alocadas, dentro do Plano de Contas Único, nos grupos 1.9/2.9-Ativo e Passivo Compensados, representados, respectivamente, pelos subgrupos 1.9.1-Execução Orçamentária da Receita e 2.9.1-Execução Orçamentária da Receita, demonstrando toda a execução da receita e pelos subgrupos 1.9.2-Execução Orçamentária da Despesa, 2.9.2-Execução Orçamentária da Despesa, demonstrando toda a execução orçamentária da despesa. 
8.3.1- Execução Orçamentária da Receita
As contas que controlam a receita orçamentária estão alocadas, no Piano de Contas Único, nos subgrupos 1.9.1.0.0.0.00.00 / 2.9.1.0.0.0.00.00 - Execução Orçamentária da Receita. A receita prevista é aquela que foi estimada, ou orçada para o exercício.
São as receitas que se esperam arrecadar, por fonte de recurso, no exercício. Esta estimativa é feita, por tipo de receita e por fonte (origem) de recursos.
Resumindo, temos:
 1.0.0.0.0.00.00-ATIVO				2.0.0.0.0.00.00 - PASSIVO
 1.9.0.0.0.00.00-Ativo Compensado		2.9.0.0.0.00.00 - Passivo Compensado
 1.9.1.0.0.00.00-Execução Orçam. da Receita 	2.9.1.0.0.00.00-Execução Orç. Receita
 1.9.1.1.0.00.00 - Arrecad. Orç Nat. Receita 	2.9.1.1.0.00.00 – Previsão Orç-Nat Rec.
 1.9.1.1.1.00.00 =Receita a Realizar		2.9.1.1.1.00.00 = Prev Inicial da Receita 
 1.9.1.1.4.00.00 =Receita realizada			2.9.1.1.2.00.00 =Prev Adicional da Rec.
 				2.9.1.1.9.00.00 '= Anulação da Previsão
Os valores são registrados quando se faz a contabilização dos atos de natureza orçamentária (Previsão da Receita) e dos fatos (Arrecadação da Receita), que afetam o Sistema Orçamentário conforme faremos a seguir:
8.3.1 – Contabilização doa Atos e Fatos de Natureza Orçamentária da Receita e Despesa
a) Atos de Natureza Orçamentária
Antes de fazermos os lançamentos, vamos relembrar o mecanismo de débito e crédito do Compensado.
Pela inscrição dos atos, no Compensado:
 COMPENSAÇAO ATIVA
 a COMPENSAÇÃO PASSIVA
Pela baixa dos valores inscritos:
 COMPENSAÇAO PASSIVA
 a COMPENSAÇÃO ATIVA
Partindo desse aprendizado, mostraremos a seguir, os lançamentos contábeis, referentes aos atos e fatos de natureza orçamentária:
a.1 ) Registro de Previsão Inicial:
DEBITO				CRÉDITO
 1.9.1.1.1.00.00-Receita a Realizar 		2.9.1.1.1.00.00-Previsão Inicial a Receita
a. 2) Registro da Previsão Adicional:
DEBITO				CRÉDITO
 1.9.1.1.1.00.00 · Receita a Realizar 	2.9.1.1.2.00.00 - Previsão Adicional da Receita
 a.3) Registro de Cancelamento de Créditos:
 		DEBITO				CRÉDITO
 2.9.1.1.900.00 – Anulação da Previsão 1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar
 b) Fatos de Natureza Orçamentária
 b.1 ) Fatos Modificativos
Os fatos modificativos da arrecadação da receita são os referentes às Receitas Correntes, tendo como exceção àquelas, Receitas registradas, anteriormente, para cumprir o Princípio de competência, por se tratar de receitas já auferidas ou ganhas, ou seja, Dívida Ativa, Prestação de Serviços e Vendas de Bens ou Materiais a prazo que são fatos permutativos.
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.1.1.1.2.01.02 - Bancos - Conta Única	 4.1.y.y.y.yy.yy- Receitas Correntes (1)
 1.9.1.1.4.00.00 - Receita Realizada 	 1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar
 b.2) Fatos Permutativos
Os fatos permutativos da arrecadação da receita são os referentes às Receita de Capital, tendo como exceção aquelas Receitas registradas, anteriormente, para cumprir o Princípio de Competência, por se tratar de receitas já auferidas ou ganhas, ou seja, Dívida Ativa, Prestação de Serviços e Vendas de Bens ou Materiais a prazo que são Receitas Correntes, mas representam fatos permutativos.
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.1.1.1.2.01.02 - Bancos - Conta Única 		4.2.y.y.y.yy.yy - Receitas de Capital (1)
 5.1.3.x.x.xx.yy - Mutação Patrimonial 		ATIVO/PASSIVO
 1.9.1.1.4.00.00 - Receita Realizada 		1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar
 (1) - Exceção às Receitas Correntes, já auferidas ou ganhas e não recebidas, conforme explicado acima. (x ou y) - Classificação, de acordo com o Plano de Contas Único.
A despesa fixada é a dotação orçamentária autorizada, para cada unidade orçamentária, ou seja, é a autorização dada pelo Poder Legislativo, para que as Unidades Orçamentárias dos Poderes da União realizem as despesas necessárias ao funcionamento dos serviços públicos.
 
No orçamento, primeiro se faz a previsão da receita e depois a fixação da despesa. A fixação da despesa também, pode ser chamada de previsão da despesa ou dotação orçamentária:
 
No Plano de Contas Único, a despesa fixada e a executada são controladas nas contas, do Ativo e Passivo Compensados, nos subgrupos 1.9.2.0.0.00.00 / 2.9.2.0.0.00.00 - Execução Orçamentária da Despesa, conforme se relaciona a seguir:
1.0.0.0.0.00.00 ATIVO			2.0.0.0.0.00.00 PASSIVO
1.9.0.0.0.00.00 ATIVO COMPENSADO 	2.9.0.0.0.00.00 PASSIVO COMPENSADO
1.9.2.0.0.00.00 Execução Orç. da Despesa 	2.9.2.0.0.00.00 Execução Orçam.da Despesa
1.9.2.1.0.00.00 Dotação Orçamentária 2.9.2.1.1.00.00 =Crédito Disponível
1.9.2.1.1.00.00 Dotação Inicial
1.9.2.1.1.01.00 =Crédito Inicial 		 2.9.2.1.2.00.00 =Crédito Indisponível .
1.9.2.1.2.00.00 Dotação Suplementar
1.9.2.1.2.01.00 =Supl. p/excesso do exerc.	 2.9.2.1.3.00.00 Crédito Utilizado
1.9.2.1.2.02.00 =Supl. p/Superávit Financeiro 2.9.2.1.3.01.00 =Cr'édito Emp. - A liquidar
1.9.2.1.2.03.00=Suplementaç0o Automática 2.9.2.1.3.02.00 =Crédito Emp. - Liquidado
1.9.2.1.3.00.00 Dotação Especial 2.9.2.2.0.00.00 Descentralização de Créditos
1.9.2.1.3.01.00 =Créd. Especiais Abertos 2.9.2.2.1.00.00 Descent. Externa de Créditos
1.9.2.1.3.02.00 =Créd. Especiais Reabertos 2.9.2.2.2.00.00 Descent. Interna de Créditos
1.9.2.1.4.00.00 Dotação Extraordinária
1.9.2.1.4.01.00 =Créd. Extraord. Abertos
1.9.2.1.4.02.00 =Créd. Extraord. Reabertos
1.9.2.1.9.00.00 =Dotação Cancelada /Remanejada
1.9.2.2.0.00.00 Descentralização de Créditos
1.9.2.2.1.00.00 Descent. Externa de Créditos
1.9.2.2.2.00.00 Descent. Interna de Créditos
Os valores são registrados nessas contas, quando se faz a contabilização os atos de natureza orçamentária (fixação, descentralização de créditos, cancelamentos de créditos e empenho da despesa) e dos fatos que afetam o sistema Orçamentário (Liquidação da Despesa – 2º estágio), conforme a seguir:
8.3.2 Compensado
a) Atos de Natureza Orçamentária
Os lançamentos,refere-se ao mecanismo de débito e crédito do Compensado.
Pela inscrição dos atos, no Compensado:
 COMPENSAÇAO ATIVA
 a COMPENSAÇÃO PASSIVA
Pela baixa dos valores inscritos:
 COMPENSAÇÃO PASSIVA
 a COMPENSAÇÃO ATIVA
Partindo desse aprendizado, mostraremos a seguir, os lançamentos contábeis, referentes aos atos e fatos de natureza orçamentária, da despesa:
 a.1 ) Aprovação do Orçamento - Lei Orçamentária
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.9.2.1.1.01.00 - Crédito inicial 			2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
a.2) Aprovação dos Créditos Suplementares
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.9.2.1.2.00.00 - Créditos Suplementares		2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.3) Aprovação de Créditos Especiais 
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.9.2.1.3.00.00 - Créditos Especiais 		2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.4) Aprovação dos Créditos Extraordinários
 		DEBITO				CRÉDITO
 1.9.2.1.4.00.00 - Créditos Extraordinários 	2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.5)Cancelamentos de Créditos
 		DEBITO				CRÉDITO
 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 		1.9.2.1.9.00.00 - Créditos Cancelados
 a.6) Descentralização de Créditos .
Quando apresentamos os lançamentos da descentralização de créditos, temos que mostrar os reflexos dos lançamentos, nas duas unidades envolvidas, ou seja:
UG1-Transferidora 		UG2- Recebedora
 
Na UG1-Transferidora dos Créditos:
 		DEBITO				CRÉDITO
2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 	 	2.9.2.2.0.00.00-Descent. Créditos Concedidos
 
 Na UG2- Recebedora dos Créditos:
 DEBITO 				CREDITO
1.9.2.2.0.00.00-Descent. de Créditos Recebidos 	2.9.2.1.1.00.00 - Créditos Disponível 
b) Fatos de Natureza Orçamentária
 b.1 ) Fatos Modificativos
Os fatos modificativos da liquidação da Despesa, são os referentes às Despesas Correntes, a exceção da Despesas de aquisição de Materiais de Consumo, por representarem mutações patrimoniais e daquelas despesas pagas, antecipadamente, ou seja, Adiantamentos de Férias, Prêmios de Seguros, Adiantamentos a Fornecedores etc...
 		DEBITO				CRÉDITO 			 S/C
 3.3.x.x.x.xx.xx - Despesas Correntes(1)			 (2)				 F
 2.9.2.1.3.01.00-Créd.Emp.- A Liquidar			2.9.2.1.3.02.00-Créd.Emp Liquidado O
 b.2) Fatos Permutativos
Os fatos permutativos da liquidação da Despesa, são os referentes às Despesas de Capital, a exceção das Despesas de Aquisição de Materiais de Consumo, por representarem mutações patrimoniais e daquelas despesas pagas, antecipadamente, ou seja, Adiantamentos de Férias, Prêmios de Seguros, Adiantamentos a fornecedores, classificadas como Despesas Correntes, mas que, representam fatos permutativos.
DEBITO				CRÉDITO 			 S/C
 3.4.x.x.x.xx.xx - Despesas Capital(1)			 (2)				 F
 ATIVO/PASSIVO 				6.1.3.x.x.xx.xx – Mutação Patrimonial P
 2.9.2.1.3.01.00-Créd.Emp.- A Liquidar			2.9.2.1.3.02.00-Créd.Emp Liquidado O
 (x) - Classificação da Despesa, de acordo com o Plano de Contas Único;
 (1) - Exceção feita, às despesas de aquisição de materiais de consumo conforme subitem 
b.1
 (2) - A conta creditada deverá ser 1.1.1.1.2.01.02 - Bancos/Conta Única, quando a liquidação for concomitante com o pagamento e deverá ser uma "Obrigação", quando o pagamento for a prazo.
 b.3) Registro da liquidação da despesa Inscritas em Restos a Pagar
DEBITO				CRÉDITO 			 S/C
 3.x.x.x.x.xx.xx - Despesas 				2.1.2.1.6.01.02- Resto Pagar 	 F
2.9.2.1.3.01.00-Créd.Emp.- A Liquidar			2.9.2.1.3.02.00-Créd.Emp Liquidado O
8.4 - Sistema de Compensação
O Sistema de Compensação é representado pelos atos praticados pelo administrador, que não afetam o Patrimônio, de imediato, mas que poderão vir a afetá-lo. e, também, pelas contas de controle, que interessam à administração, de um acompanhamento mais eficaz. 
Os principais atos registrados no Sistema de Compensação são:
 CONTAS DE CONTROLE
 Execução da Programação Financeira
 Execução de Restos a Pagar
 CONTAS REPRESENTATIVAS DOS ATOS POTENCIAIS
 
a) Títulos e Valores sob Responsabilidades (Caução, Depósitos Judiciais, Depósitos para Recursos, Cobrança, Comodato de Bens, Suprimento de Fundos).
b) Garantias (Avais, Fianças, Hipotecas).
 c) Direitos e Obrigações Conveniados (Convênios, Acordos, ajustes).
d) Direitos e Obrigações Contratuais (Contratos)
Como se pode observar,o Sistema de Compensação, compreende, apenas, as contas com função específica de controle relacionada com as situações não compreendidas no patrimônio, mas que possam vir a afetá-lo, ou que necessitam de um acompanhamento mais eficaz por parte da administração.
As contas pertencentes ao Sistema de Compensação estão alocadas, dentro dos grupos 1.9 e 2.9, respectivamente, Ativo e Passivo Compensados.
9. Mecanismos de Débito e Crédito
9.1- Do Ativo
As contas do Ativo são debitadas e creditadas, respectivamente, pelos aumentos e diminuições dos seus componentes.
 9.1.1- Aumentos
A equação fundamental do patrimônio (A - P = PL), quando se aumentam os componentes do Ativo, a situação líquida patrimonial, também, aumenta, conforme se pode observar:
 
 A – P = SLP
Já vimos que as Contas de Resultado são representadas pelas Despesas Orçamentárias (classe 3), Resultado do Exercício Diminutivo (classe 5), Receitas Orçamentárias (classe 4) e Resultado do Exercício Aumentativo (classe 6). As Contas de Resultado são divididas em:
 VARIÇÕES PASSIVAS VARIAÇÕES ATIVAS
 Despesas Orçamentárias 		 Receitas Orçamentárias
 Resultado do Exercício (-)	 	 Resultado do Exercício (+)
As contas que alteram a situação líquida patrimonial são, portanto: Variações Ativas e Variações Passivas.
Voltando à equação fundamental do patrimônio, quando aumentamos os componentes do Ativo, dizemos que temos uma Variação Ativa (classes 4 ou 6), conforme se demonstra a seguir:
 D VA	
	A – P = SLP
 
As contas do Ativo são debitadas pelos aumentos dos seus componentes patrimoniais, decorrentes de incorporações de bens e direitos e tem, como contrapartida dos débitos, uma Variação Ativa, representada:
 - pela classe (4) Receita Orçamentária, quando se tratar da arrecadação da receita;
 - pela classe (6) Resultado do Exercício, quando se tratar de incorporações de Ativos.
As únicas exceções a essa regra são a devolução de despesas, dentro do próprio exercício do pagamento efetivo, que terá, como contrapartida do débito da conta "Bancos", o crédito da conta "Despesa Orçamentária' e os recebimentos de Depósitos de Terceiros que terão como contrapartida a conta de "Obrigações", no passivo.
Graficamente, podemos representar essa situação da seguinte forma:
 EVENTO 		ATIVO 		 CONTRAPARTIDA
 Aumentos		Débito 	 Variações Ativas (classe 4 ou 6)
Já podemos concluir que, toda vez que os componentes do Ativo são aumentados, a Situação Líquida Patrimonial sofre uma variação positiva, chamada de Variação Ativa.
Já sabemos que as variações ativas são desdobradas em: Classe 4 - Receitas Orçamentárias e Classe 6 - Resultado do Exercício
Será classificada, como receita orçamentária, quando se tratar de entrada de recursos financeiros, que não seja transferência financeira recebida de outra Unidade (Interferências Ativas) ou de depósitos e retenções de terceiros.
Exemplo pode citar a arrecadação da receita tributária que vai aumentar os componentes patrimoniais, pelo ingresso dos recursos no banco que, em termos de registros, pode ser demonstrado, assim:
 
 Bancos (aumento do Ativo)
 a Receita Orçamentária(classe 4)
Será classificada, como Resultado do Exercício(+), quando se tratar de aumentos de ativos, não decorrentes de entrada de recursos, à exceção das transferências financeiras, recebidas de outras Unidades que constituem uma Interferência Ativa, classificada na classe 6 - Resultado do Exercício.
A título de exemplo, podemos citar a doação recebida de um veículo que, ao ser contabilizada, fará os seguintes reflexos nas contas envolvidas:
 Veículos (aumento do Ativo)
 a Mutações Ativas Extra-Orçamentárias (sub grupo 6.2.3)
As transferências recebidas de outras Unidades terão o seguinte tratamento contábil na Unidade Gestora recebedora:
 Bancos
 a Interferências Ativas Orçamentárias (sub grupo 6.1.2)
9.1.2 - Diminuições
As contas do Ativo serão creditadas pelas suas diminuiç8es e têm, como contrapartida dos créditos, uma Variação Passiva, representada pela classe (3) Despesa Orçamentária, quando se tratar de pagamento da despesa, e (5) Resultado do Exercício, quando se tratar de desincorporações do Ativo. Graficamente, podemos mostrar essa situação, assim:
 EVENTO 	ATIVO CONTRAPARTIDA
 Diminuições 	Crédito	 Variações Passivas (classes 3 ou 5)
Uma das exceções a essa regra é o pagamento das obrigações, em que a diminuição do Ativo (saída do recurso financeiro do banco), terá, como contrapartida do crédito na Conta "Bancos", o débito de uma conta de Obrigações, no Passivo Financeiro, representando um fato permutativo, ou seja, troca do numerário por obrigações. 
Já sabemos que, toda vez que diminuímos os componentes do Ativo (a exceção do pagamento do Passivo Financeiro), a situação patrimonial líquida sofre uma variação negativa, também chamada de Variações Passivas, as quais são desdobradas em:
 Classe 3 -Despesas Orçamentárias
 Classe 5 - Resultado do Exercício (-)
Será despesa orçamentária, quando se tratar de saídas de recursos financeiros que não sejam transferências financeiras a outras unidades, devoluções de depósitos de terceiros ou pagamento do passivo financeiro.
Podemos citar como exemplo o pagamento da despesa orçamentária que pode ser resumida, em termos de lançamentos, como segue:
 
 Despesa Orçamentária (classe 3)
 a Bancos (diminuição do Ativo)
Será Resultado do Exercício, quando se tratar de transfer8ncia financeiras concedidas (Interferências Passivas - subgrupo 5.1.2) ou diminuições dos componentes do Ativo, decorrentes de baixas, doações concedidas, depreciações etc...
A título de exemplo, podemos citar uma doação concedida de um veículo, representada, em termos de lançamento, como segue:
 Variações Passivas Extra-Orçamentária (classe 5.2.3)
 a Veículos (diminuição do Ativo)
Podemos resumir os aumentos e diminuições do Ativo em:
 EVENTO 		 ATIVO CONTRAPARTIDA
 AUMENTOS 	 	 DÉBlTO 	Variações Ativas (classe (4 ou 6)
 DIMINUIÇOES 	 CRÉDITO	Variações Passivas (classe 3 ou 5)
9.2 - Do Passivo
As contas do Passivo são creditadas e debitadas, respectivamente, pelos aumentos e diminuições dos seus componentes.
 9.2.1- Aumentos
Vamos observar, novamente, a equação fundamental do patrimônio.
 C
 A - P = SLP
 VP
Como se pode observar, quando aumentamos os componentes do Passivo, temos uma Variação Passiva, ou seja, a Situação Líquida Patrimonial diminui. As contas do Passivo serão creditadas pelos aumentos dos seus componentes e terão, como contrapartida dos seus créditos, uma Variação Passiva, representada pela classe (3) - Despesa Orçamentária, quando se tratar da liquidação da despesa (2º estágio da despesa) e (5) Resultado do Exercício, quando se tratar de Incorporações de Passivos (obrigações).
Um exemplo típico de aumentos do Passivo é a liquidação da despesa (2o estágio da despesa) que deverá ter a seguinte contabilização, no sistema financeiro:
 Despesa Orçamentária (classe 3)
 a Obrigações (aumentos do Passivo)
Uma das exceções a essa regra são os Depósitos e Retenções de Terceiros, lançadas em contrapartida da conta "Bancos”, por representarem entradas de recursos financeiros.
Um outro exemplo, são as obrigações decorrentes de Operações de Créditos, contraídas para compensar o desequilíbrio orçamentário, ou para financiar projetos e bens, que, ao serem recebidas, refletem, contabilmente, da seguinte forma:
 LANÇAMENTOS S/CBancos (F)
 a Receitas de Operações de Créditos
 Variações Passivas (classe 5) (P)
 a 0peraçoes de Créditos (aumento do passivo)
9.2.2 - Diminuições
As contas do Passivo serão debitadas pelas diminuições e terão, como contrapartida dos seus débitos, a conta Bancos, quando se tratar de pagamento das obrigações financeiras e Variações Ativas, quando se tratar de diminuições do Passivo (baixa de obrigações por pagamento do Passivo Não-Financeiro, perdão da dívida, registros indevidos etc.).
O terceiro estágio da despesa, o pagamento, pode ser assim resumido em termos de lançamentos:
 Obrigações Financeiras (diminuição do Passivo)
 a Bancos
O cancelamento de Restos a Pagar é um exemplo típico de baixa de obrigações, onde o pagamento não ocorre, visto que foi cancelado o contrato com o fornecedor. Esse fato pode ser assim resumido, em termos de lançamentos:
 Restos a Pagar (diminuição do Passivo)
 a Variações Ativas (classe 6)
Resumindo:
EVENTOS		PASSIVO		CONTRAPARTIDA
AUMENTOS	 Credito		Variações Passivas, classe (3 ou 5)
DIMINUIÇÕES	 Debito		 Bancos ou Variações Ativas (classe 6)
9.3 - Do Compensado
O mecanismo de débito e crédito para os componentes do Compensado, obedecem à mesma sistemática das contas do Ativo e Passivo, ou seja, para se aumentar uma conta devedora temos que debitá-la e para diminuir o seu saldo, temos que creditá-la. Para se aumentar o saldo de uma conta credora, temos que creditá-la e para diminuir seu saldo, temos de debitá-la. As contas do Compensado são divididas em devedoras (Ativo Compensado) e credoras (Passivo Compensado). A qualquer momento as contas do Ativo e Passivo Compensados têm de ter os seus saldos iguais, como próprio nome do grupo já sugestiona, ou seja, Compensado que se compensam.
O mecanismo de débito e crédito para o Compensado, em regra geral, funciona da seguinte forma:
 INSCRIÇÃO			BAIXA
 Compensação Ativa		 	Compensação Passiva
 a Compensação Passiva 		a Compensação Ativa
10. Orçamento Público
10.1 Conceito
“Um ato contendo a Prévia aprovação das receitas e das despesas públicas”. René Stourm
“O orçamento é, antes de tudo, um plano político. É o plano de ação governamental para um período porvindouro. É um programa de governo, proposto pelo executivo à aprovação do legislativo”. Gaston Jése
“O orçamento deve claramente apresentar os propósitos e objetivos para os quais se solicitam as dotações, os custos dos programas propostos para alcançar estes objetivos, e os dados quantitativos que permitam medir as realizações e o trabalho de cada programa”. Jesse Burkhead
Consiste num Instrumento de Planejamento Operacional destinado à aplicação da previsão das entradas de Recursos Financeiros na conta única do Tesouro Nacional, da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, das Entidades da Administração Pública Direta e Indireta, das três Esferas de Governo , ou seja , Federal , Estadual , Distrito Federal e Municipal, para fazer face aos Dispêndios dos Recursos relacionadas com as necessidades básicas da população de um País, durante um período de um ano, que no caso do Brasil pode coincidir com o ano civil.(Professor Alcyon)
A proposta de cada ano , que tendo por base o PLANO PLURIANUAL-PPA e LEI de DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIA-LDO, do projeto de Lei Orçamentária dos Poderes Legislativo, Judiciário, Executivo e Ministério Público da União é encaminhado pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Orçamento e Gestão – MOG / Titular do Poder Executivo – Presidente da República , através mensagem ao Congresso Nacional – Comissão Mista de Plano ,Orçamento e Finanças, para apreciação, examinar, discutir, emendar e votação nas duas casas do Congresso Nacional e para aprovação do projeto de lei e posteriormente Sanção pelo Titular do Poder Executivo , no prazo de 15 dias úteis para enfim publicação no veículo de comunicação oficial – Diário Oficial (União, Estado, DF ou Município). 
UO COF SOF/MPOG Pres. da Rep Cong. Nac. Prep SOF/STN UO UGE
A Previsão das Entradas de Recursos requer procedimentos que no momento atual esta evoluindo, em virtude das mudanças bruscas que o nosso País esta vivendo com a globalização impostas além da política tributária . Tendo por método adotado atualmente como a média dos últimos anos que é base de cálculo em cada rubrica com os resultados em níveis de aproximação.
 Tem alguns autores que consideram os seguintes conceitos quanto ao Orçamento;
Atos contendo a aprovação prévia das Receitas e das Despesas Públicas
Simples relacionamento das Receitas a arrecadar e das Despesas de Custeio- os gastos destinados á manutenção dos serviços públicos.
Consiste nas quatros etapas : Planejamento; Programação; Projeto e Orçamentação
Planejamento: definição dos objetivos a atingir
Programação: definição das necessidades á consecução dos objetivos
Projeto: estimação dos recursos de trabalho necessários à realização das atividades
Orçamentação: estimação dos recursos financeiros a pagar
O Orçamento Geral da União (OGU) prevê todos os recursos e fixa todas as despesas do Governo Federal, referentes aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e do MPU.
As despesas fixadas no orçamento são cobertas com o produto da arrecadação dos impostos federais, como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como das contribuições, como o da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, que é calculado sobre o faturamento mensal das empresas, nas vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, e bem assim do desconto na folha que o assalariado paga para financiar sua aposentadoria. Os gastos do governo podem também ser financiados por operações de crédito - que nada mais são do que o endividamento do Tesouro Nacional junto ao mercado financeiro interno e externo. Este mecanismo implica o aumento da dívida pública.
As receitas são estimadas pelo governo. Por isso mesmo, elas podem ser maiores ou menores do que foi inicialmente previsto. Se a economia crescer durante o ano, mais do que se esperava, a arrecadação com os impostos também vai aumentar. O movimento inverso também pode ocorrer.
		
Com base na receita prevista, são fixadas as despesas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Depois que o Orçamento é aprovado pelo Congresso, o governo passa a gastar o que foi autorizado. Se a receita do ano for superior à previsão inicial, o governo encaminha ao Congresso um projeto de lei pedindo autorização para incorporar e executar o excesso de arrecadação. Nesse projeto, define as novas despesas que serão custeadas pelos novos recursos. Se, ao contrário, a receita cair, o governo fica impossibilitado de executar o orçamento na sua totalidade, o que exigirá corte nas despesas programadas.
		
A inflação crônica, antes do Plano Real, distorcia o orçamento. Quando o governo elaborava a proposta orçamentária, previa uma taxa anual de inflação, a fim de corrigir as dotações orçamentárias para que elas mantivessem o valor real. Mas na última década, por causa da inflação crônica e ascendente, essa taxa estimada quase sempre era menor que a inflação efetivamente ocorrida no ano. Com isso, o processo inflacionário corroia as dotações orçamentárias.
		
Por exemplo, se o orçamento previa um determinado valor para a construção de uma estrada federal, quando o recurso era liberado, o seu valor real (ou seja, descontada a inflação do período) não era mais suficiente para a execução da obra. Esse problema gerou inúmeras distorções, como a paralisação de projetos pela metade ou a construção de estradas de péssima qualidade.
10.1.1 ciclo orçamentário
Conceito
O ciclo orçamentário, ou processoorçamentário, pode ser definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor público nos aspectos físicos e financeiro, corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Preliminarmente é conveniente ressaltar que o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. Este, na realidade, é o período durante o qual se executa o orçamento, correspondendo, portanto, a uma das fases do ciclo orçamentário. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia em 01 de janeiro encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei nº 4.320/64. Por outro lado, o ciclo orçamentário é um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com o controle.
Identifica-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário:
Programação;
Elaboração da proposta orçamentária
Discussão e aprovação da Lei do Orçamento;
Execução orçamentária e financeira; Etapas Básicas
Controle.
Revisão dos Planos
10.2 Princípios Orçamentários
		
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle do orçamento, que estão definidas na Constituição, na Lei 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
		
A Lei 4.320/64 estabelece os fundamentos da transparência orçamentária (art. 2o):
		“A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade”.
Princípio da Unidade
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. Desta forma procura-se eliminar a existência de múltiplos orçamentos (orçamentos paralelos). Este princípio está consagrado na legislação brasileira pelo artigo 165, § 5º da Constituição Federal e no artigo 2 da Lei nº 4.320/64. É importante destacar que alguns tratadistas divergem em relação ao artigo constitucional. Uns referem-se ao artigo porém destacando o princípio da universalidade, que será tratado mais adiante, e outros referem-se princípio de unidade. Analisando o texto do artigo constitucional 165, § 5º, notamos que são mencionados três orçamentos (o fiscal, o de investimentos das empresas estatais; e o de seguridade social). Fica parecendo, então, que há quebra do princípio de unidade. No entanto a Constituição consagra o PRINCÍPIO DA TOTALIDADE, que é uma derivação do princípio de unidade. O princípio da totalidade, dada a descentralização das atividades governamentais, prevê a coexistência de múltiplos orçamentos que, no entanto, devem ser consolidados em um só orçamento. Assim, existe o orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município.
Cada entidade de direito público deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. 
Princípio da Universalidade
A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Como dissemos anteriormente, o artigo constitucional refere-se, também ao princípio da unidade. É preciso destacar que para haver universalidade do orçamento é preciso que este seja único. Daí a citação do mesmo artigo constitucional para os dois princípios. O mesmo acontece com o artigo 2 da Lei nº 4.320/64, onde os princípios de anualidade, unidade e universalidade são citados textualmente. O artigo 3 da Lei nº 4.320/64 impõe o princípio de universalidade à receita quando determina a inclusão das “operações de crédito autorizadas em lei” e excetuam as operações de crédito por antecipação da receita. O artigo 4 da Lei nº 4.320/64 impõe a universalidade da despesa.
Princípio da Anualidade
Estabelece um período limitado de tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve compreender o período de um exercício, que corresponde ao ano fiscal.
Este princípio é também denominado de princípio de periodicidade, onde as estimativas de receita e despesas devem referir-se a um período limitado de tempo, em geral, um ano. Exercício financeiro é o nome dado ao período de vigência do orçamento. Este princípio está consagrado na legislação brasileira através da Constituição Federal, artigo 165, inciso III; e artigos 2 e 34 da Lei nº 4.320/64.
	Princípio de Exclusividade
Este princípio foi consagrado pela reforma constitucional de 1926 e sua adoço visava por fim às chamadas “caudas orçamentária” ou, como Rui Barbosa denominava, “orçamento rabilongos”. Segundo este princípio, o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária, não incluindo em seu projeto de lei assuntos estranhos. Dentre os assuntos estranhos podemos citar a tentativa de incluir a “lei do divórcio” no projeto de lei orçamentária. Isto se dava face a celeridade do processo de discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária. A este respeito ver artigo 165, § 8º, da Constituição Federal e artigo 7º da Lei nº 4.320/64.
	Princípio da Especificação
Também chamado de princípio da especialização ou da discriminação, visa vedar as autorizações de despesas globais, isto é, as despesas devem ser classificadas com um nível de desagregação tal que facilite a análise por parte das pessoas. Este princípio está consagrado nos artigos 5 e 15 da Lei nº 4.320/64. A exceção aos artigos acima mencionados está contida no artigo 20, que permite dotações globais para os “... programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesas...”que poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital”.
	
Princípio da Publicidade
		
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado através dos veículos oficiais de comunicação/divulgação para conhecimento público e para e para eficácia de sua validade enquanto ato oficial de autorização de arrecadação de receitas e a execução de despesas. A publicação deve ser feita no Diário Oficial da União. Além disso, a Constituição Federal, em seu artigo 165,§ 3º, exige a publicação até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Entretanto devemos considerar que isto é apenas um atenuante para a falta de conhecimento deste valioso instrumento que é o orçamento. Acreditamos que deve ser dada maior ênfase ao processo orçamentário nos meios de comunicação, através de linguagem acessível aos cidadãos comum.
 Princípio de Equilíbrio
		
O equilíbrio orçamentário estabelece, de forma extremamente simplificada, que as despesas não devem ultrapassar as receitas previstas para o exercício financeiro. O equilíbrio, assim como alguns outros princípios, não são uma regra rígida e visa deter o crescimento dos gastos governamentais. No entender de alguns doutrinadores o equilíbrio pode ser encarado a médio e longo prazo. Para o leigo, ao examinar o orçamento, verá que ele estará sempre em equilíbrio, isto é, receitas exatamente iguais às despesas. No entanto, esta é uma maneira simplista de se analisar o orçamento. Devemos observar as contas orçamentárias internamente, através das contas do Orçamento Corrente e de Capital. Nestas contas ”escondem-se” os desequilíbrios orçamentários.
A Constituição Federal de 1988 adota uma visão realista diante do déficit orçamentário ao conceitua-lo. Nas classificações orçamentárias brasileiras, é possível verificar que o déficit aparece embutido nas contas públicas através das contas denominadas Operações de Crédito que classificam os financiamentos de investimento

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