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Apostila de Farmacologia

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CURSO AUXILIAR VETERINÁRIO
2015
prof.ª M.V. Ana Maria F. Neves
Princípios de Farmacologia - MedicamentosPrincípios de Farmacologia - Medicamentos
Farmacologia é a ciência que estuda os medicamentos. É uma
matéria extensa que desvenda os mecanismos químicos e bioquímicos
pelos quais os medicamentos produzem seus efeitos nos organismos; é um
tema em constante atualização, uma vez que a tecnologia avança a cada
minuto. 
Aqui iremos abordar apenas algumas informações básicas a fim de
que o auxiliar veterinário consiga identificar o medicamento, calcular a
dose para determinado animal, conhecer as vias de administração e se
familiarizar com a terminologia utilizada no dia a dia da clínica
veterinária. 
Farmacologia X Auxiliar Veterinário:
 Conhecer os medicamentos e sua 
utilidade
 Avaliar sua validade
 Conhecer as vias de administração
 Conhecer os efeitos esperados
 Reconhecer efeitos adversos
 Calcular a dose adequada para a 
espécie
1
O Que é um Medicamento?O Que é um Medicamento?
Medicamento ou remédio é uma substância que se prescreve como agente
terapêutico. Quando usamos uma planta (fitoterápico) como medicamento
é porque existe nela uma substância capaz de produzir um efeito
terapêutico (quadro 1). Os laboratórios farmacêuticos retiram das plantas
apenas as substâncias ativas ou produzem no laboratório substâncias
descobertas através de pesquisas, para fabricar os medicamentos. Depois,
disponibilizam esta substância (princípio ativo) em diferentes
apresentações, variando a quantidade da substância que colocam em
cada apresentação (concentração). Vamos resumir o que é importante
saber sobre os medicamentos.
Maracujá
nome científico: Passiflora incarnata
Parte utilizada: folhas, flores, frutos, sementes
Indicações: combate ansiedade, nervosismo, stress, insônia.
Princípios ativos: lavonóides e pectina
Quadro1. Exemplo de planta utilizada com fins terapêuticos.
Fonte: Plantas e Ervas – Panizza Laboratório Fitoterápico
Princípio AtivoPrincípio Ativo
O princípio ativo é o medicamento. É a substância química que
produz o efeito medicamentoso, terapêutico, no organismo. Os
medicamentos genéricos usam o princípio ativo como nome. Por exemplo:
Amoxicilina. 
Já o nome comercial é um nome que um fabricante de medicamentos
usa para um princípio ativo. Por exemplo:
2
Nome comercial Fabricante (laboratório)
Baytril Bayer
Zelotril Agener União
Enromax Pharmalogic
Enrotrat tabs Ourofino
O princípio ativo de todos estes medicamentos é o antibiótico
enrofloxacino.
Um medicamento pode conter mais de um princípio ativo, por
exemplo: amoxicilina com clavulanato.
Classe TerapêuticaClasse Terapêutica
Os medicamentos são classificados em grupos (classes) de acordo
com a sua finalidade. Então, temos os antibióticos – que tem como
finalidade combater uma infecção bacteriana; analgésicos – que servem
para diminuir ou cessar a dor; anti-eméticos – que tem como objetivo
cessar o vômito, anti-inflamatórios - que diminuem a inflamação e aliviam
a dor, etc.
DoseDose
Dose é a quantidade de medicamento que o paciente tem que tomar .
Cada medicamento tem uma dose indicada para cada espécie animal
(caninos, felinos, equinos, bovinos, primatas, aves passeriformes, etc.) .
Um mesmo medicamento pode ter uma dose indicada para cães diferente
da dose indicada para gatos. As doses são calculadas de acordo com o
3
peso, em quilos, do paciente. Então, o peso do medicamento, que
geralmente é fornecido em mg (miligramas) tem que ser calculado para o
peso do animal em quilos (Kg): por exemplo, a amoxicilina é indicada,
para cães, na dose de 20 mg/kg, ou seja, 20 mg de amoxicilina para cada
quilo (kg) do cão. 
Alguns medicamentos são “medidos” em UI (unidades
internacionais) ao invés de miligramas (mg), como algumas vitaminas, ou
mesmo antibióticos (a penicilina, por exemplo, é indicada na dose de
40.000UI/kg, para cães). 
Normalmente, as doses para cada espécie animal estão indicadas nas
bulas dos medicamentos de uso veterinário (posologia= dosagem). No
entanto, a Medicina Veterinária faz uso de medicamentos humanos, logo,
o veterinário ou seu auxiliar tem que procurar a dose indicada para uma
determinada espécie em um guia terapêutico veterinário (fig.2) , que deve
estar a disposição na clínica, para esta finalidade.
ConcentraçãoConcentração
A concentração é a quantidade (em mg) de medicamento que
existe por unidade, no caso de medicamentos sólidos (comprimido,
cápsula, etc), ou, num determinado volume no caso de medicamentos
líquidos, - geralmente, em um ml (mililitro). Esta informação está no
rótulo, impressa na ampola, na bula ou na caixa do medicamento.
Exemplos: Cefalexina em cápsulas de 500mg – cada cápsula contem 500
mg de cefalexina; Furosemida em solução oral de 10mg/ml – cada
mililitro (ml) da solução contem 10 mg de furosemida.
Em medicamentos injetáveis a concentração também pode ser
expressa em porcentagem (%). Por exemplo, cetoprofeno a 1%. Para
transformar esta concentração, de porcentagem para mg/ml, temos uma
regra prática: multiplicamos por 10. Assim, no exemplo do cetoprofeno a
1%, teremos 1 x 10 =10mg/ml – ou seja, cada ml contem 10 mg de
cetoprofeno.
4
 
5
Figura 2: Como é descrito o medicamento em um guia ou bulário.
Fonte: Guia Terapeutico Veterinário 2a. Edição – Fernando A.Bretas
ApresentaçãoApresentação
 A apresentação informa o formato, a concentração e a quantidade do
medicamento disponibilizado. Exemplos: 
Meloxican, 2mg, caixa com 10 comprimidos; 
Amocicilina, suspensão, 250mg/5ml, frasco com 120ml
Sulfato de neomicina, pomada dermatológica, 5mg/g, tubo com 50g
Diazepan, solução injetável, 5mg/ml, ampola de 2ml
Enrofloxacino, solução injetável, 10%, frasco ampola de 50ml
Tobramicina, colírio, 0,3%, frasco com 5ml
Vias de AdministraçãoVias de Administração
Os medicamentos podem ser administrados aos pacientes de diversas
formas: pela boca, através de injeções, pela pele, etc. São as chamadas
vias de administração. Nos prontuários ou fichas clínicas deve constar a
via pela qual o paciente está sendo medicado. Para facilitar as anotações,
são usadas abreviações, conforme indicado abaixo:
 VO - Via oral : suspensão, comprimidos, cápsulas, gotas, pastas, xarope
 SC – Via subcutânea: injeção
 IM – Via intramuscular: injeção
 IV ou EV – Via intravenosa ou endovenosa: injeção 
 Tópica: pomadas, unguentos, colírios, cremes, gotas, géis transdérmicos, 
spray s
6
Frequência e Tempo de TratamentoFrequência e Tempo de Tratamento
Para se obter o resultado esperado de um medicamento ele deve
manter uma concentração constante na circulação (ou em um local
específico como uma pomada num ferimento, por exemplo).
Exemplificando: um analgésico é usado para amenizar a dor após uma
cirurgia. Depois de 13 horas, a concentração do analgésico na circulação
sanguínea começa a diminuir e a dor volta. Para evitar que a dor aumente,
administramos outra dose do analgésico e, a sua concentração no sangue
volta a um nível que consegue controlar a dor. Após 12 horas, antes que a
dor volte, repetimos novamente a dose do analgésico. Continuaremos a
repetir de 12 em 12 horas até que a lesão causada pela cirurgia não
provoque mais dor. Digamos que isto dure 5 dias. Então, temos um
medicamento que, para manter sua ação, deve ser administrado 2 vezes
ao dia, ou seja, de 12 em 12 horas – esta é a frequência com que o
medicamento deve ser administrado e, o tempo de tratamento é de 5 dias.
Devemos observar que a frequência e o tempo de tratamento mudamde medicamento para medicamento. É muito importante que se obedeça a
frequência de administração e o tempo de tratamento indicados para cada
medicamento, pois, do contrário, poderemos criar problemas difíceis de
serem resolvidos, como uma resistência bacteriana: infecção causada por
um microrganismo que não cede mais a aquele princípio ativo. 
Aqui também usamos abreviações: 
 SID (semel in die) = uma vez ao dia (a cada 24horas)
 BID (bis in die) = duas vezes ao dia (a cada 12horas)
 TID (ter in die) = três vezes ao dia (a cada 8horas)
 QID (quarter in die)= quatro vezes ao dia (a cada 6horas)
 q = a cada (q2h = a cada 2 horas)
 EDU = em dose única
 EDA = em dias alternados, ou seja, dia sim, dia não (= q48h)
7
Cuidados com os MedicamentosCuidados com os Medicamentos
No dia a dia da clínica a medicação dos animais internados e, muitas
vezes, dos que estão em atendimento nos consultórios, fica a cargo dos
auxiliares que a pedido do veterinário buscam, preparam e eventualmente
aplicam o medicamento prescrito. Portanto, é o auxiliar que deverá
perceber qualquer irregularidade na qualidade do produto a ser utilizado.
Quais detalhes devem ser observados?
1. Data de validade: não utilizar medicamentos vencidos. Sempre que
utilizarmos medicamentos preparados na hora do uso, como suspensões
orais, ou soluções injetáveis, anotar no frasco a data em que foi preparado
e armazenar sob refrigeração, se este procedimento for indicado na bula.
2. Armazenamento e embalagem: o local de armazenamento, seja
uma gaveta ou um armário, não devem ser úmidos nem sofrer incidência
de raios solares diretamente. Os medicamentos devem ser mantidos em
suas embalagens e quando fracionados (comprimidos ou ampolas) re
embalados para uso em curto espaço de tempo. Alguns medicamentos tem
indicação do fabricante para serem mantidos sob refrigeração, logo, devem
ser colocados na prateleira do refrigerador, sem correr o risco de serem
congelados. Ao abrir um medicamento observar se a embalagem está
íntegra e o produto sem alterações.
3. Alterações no aspecto - sinais de que o medicamento está sem
condições de uso:
a. medicamentos líquidos – de uso injetável ou oral: mudança
de cor (amarelado, escurecido); turvo, presença de grumos, cristais ou
flocos; formação de gotas ou “névoa” no interior do frasco; liberação de
gases, cheiro estranho ou estufamento do frasco.
b. medicamentos sólidos – comprimidos, tabletes, cápsulas,
drágeas: cheiro de enxofre ou vinagre (podre ou ácido); presença de pó ou
esfarelamento; rachaduras, lascas; estufamento de cápsulas ou tabletes.
8
Os “5 acertos” - The Five RightsOs “5 acertos” - The Five Rights
Na administração de medicamentos existem 5 aspectos
importantes que o Auxiliar Veterinário deve considerar:
 Droga CertaDroga Certa: assegurar-se de que pegou a droga certa na farmácia ou
armário da clínica e compreender o que o veterinário escreveu na
ficha do paciente. Cuidado com nomes parecidos de drogas que
possam ser confundidos na pressa, como por exemplo,
metoclopramida (antiemético) e metronidazol (antibacteriano).
Drogas que não são de uso comum devem ser checadas com o
responsável ou em um guia terapêutico.
 Dose CertaDose Certa: se houver necessidade de calcular a dose, cheque os
cálculos antes de administrar o medicamento. Se a dose parecer
muito grande ou muito pequena para o tamanho ou para a espécie,
confirme com o veterinário responsável. Anote na ficha do animal a
dose de cada medicamento que estiver sendo administrada para
facilitar o tratamento.
 Paciente CertoPaciente Certo: os animais devem ser identificados de forma clara
(nome, espécie, idade, cor da pelagem) para que não haja
possibilidade de confusão entre os animais internados. Além disso,
checar, e anotar na ficha, se aquele paciente tem alguma restrição à
droga que vai ser administrada (idade, raça, prenhez, etc.).
 Via de Administração CertaVia de Administração Certa: ter muita atenção quanto a via de
administração que está sendo usada, pois alguns medicamentos
injetáveis só podem ser administrados por uma única via. Alguns
medicamentos indicados para via IV, por exemplo, se aplicados por
outra via (SC ou IM) podem causar danos sérios ao paciente. Ficar
atento também a qualquer ressalva quanto ao modo de aplicação: se
deve ser diluído no soro, se deve ser aplicado IV lentamente, etc. No
caso dos medicamento de uso oral observar se o animal está
ingerindo a dose completa ou se está vomitando. Informar-se ainda
9
se o medicamento pode ser ingerido com alimento ou se deve ser
administrado em jejum.
 Frequência CertaFrequência Certa: como já foi dito, para que se mantenha a
concentração sanguínea do medicamento, a frequência deve ser
respeitada. Nos dias mais movimentados na clínica os auxiliares
devem se esforçar para não perder os horários de medicar cada
paciente. O ideal é que ao assumir o plantão cheque a ficha de todos
os internados para saber de antemão os horários em que deverá
medicá-los.
Como Calcular a Dose do MedicamentoComo Calcular a Dose do Medicamento
A maioria dos medicamentos tem suas doses baseadas no peso do
paciente em quilos. Portanto, a primeira coisa a saber é o peso do animal.
A dose do medicamento a ser dada para o animal é informada, para cada
espécie, em miligramas do medicamento por quilo do paciente (mg/kg) –
2a. Informação: . qual a dose indicada para esta espécie?: quantas mg
do medicamento tem que ser dadas para cada quilo do animal?- ou quantas
UI – unidades internacionais?. Esta informação obteremos na bula do
medicamento ou em um guia terapêutico ou ainda perguntando ao
veterinário responsável, que é quem vai definir a dose adequada para
aquela situação e aquele indivíduo. Finalmente a concentração do
medicamento, na apresentação disponível - 3a. Informação, que vamos
obter no rótulo e/ou bula. 
10
Passos O quê? Onde obter a
informação?
1º Peso do Animal Balança 
2º Dose indicada para a espécie (mg/kg) Bula, Guia Terapêutico,
Veterinário
Responsável
3º Concentração do medicamento na
apresentação disponível
Bula e/ou Rótulo do
medicamento
 
Qtd(ml)* = peso do paciente(kg) x dose indicada para a
espécie(mg/kg)
concentração (mg/ml)
*Qtd(ml) = quantidade em mililitros
Exemplo: O cachorro Pingo tem 10 quilos. Temos que medicá-lo com
Amoxicilina. No guia terapêutico ficamos sabendo que, para cães, a
amoxicilina é indicada na dose de 20mg/kg:
Dose necessária para o Pingo = 10 kg x 20mg = 200mg
 kg
Já sabemos o quanto de Amoxicilina temos que dar para o Pingo:
200mg. 
11
O próximo passo é verificar qual apresentação (comprimidos,
cápsulas, suspensão...) da Amoxicilina e qual a sua concentração:
encontramos na gaveta de medicamentos Amoxicilina em suspensão na
concentração de 250mg/ 5ml, ou seja, 50mg/ml. Se em 5ml temos 250 mg,
quantas mg teremos em um ml?
Medicamento presente em cada ml = 250mg =50mg/ml. 
 5ml 
Se o Pingo tem que tomar 200 mg e cada ml tem 50 mg, quantos ml
ele tem que tomar?
Quantidade do medicamento em ml = 200 mg = 4ml
 50mg/ml
Outros exemplos: 
1. Xuxo – Gato, 4 kg; deve ser medicado com doxiciclina na dose de
5mg/kg, VO, BID, por 15 d.
Doxiciclina em suspensão: 15mg/ml
Dose necessária = 4 kg x 5mg = 20 mg
 kg
Quantidade do medicamentoem ml = 20 mg = 1,3ml
 15mg/ml
Dar 1,3ml da suspensão de doxiciclina, por boca, a cada 12 horas, por
15 dias. 
12
2. Marley – Cão, 28 kg; deve ser medicado com meloxican, na dose de 0,1
mg/kg, SC, SID, 5d.
Meloxicam injetável 0,2%.
Dose necessária = 28kg x 0,1 mg = 2,8 mg
 kg
Quando a concentração está em porcentagem (%), para passar para mg/ml,
multiplica-se por 10.
Então: concentração em mg/ml = 0,2 x 10 = 2mg/ml
Quantidade do medicamento em ml = 2,8 mg = 1,4 ml
 2mg/ml
Aplicar injeção subcutânea de 1,4ml de meloxicam 0,2%, injetável, a
cada 24 horas, durante 5 dias.
3. Lili Carabina; Cadela, 6,25 kg deve ser medicada com metronidazol na
dose de 20mg/kg, VO, BID, 10d.
Metronidazol, comprimidos de 250mg.
Dose necessária = 6,25kg x 20 mg = 125mg 
 kg
 Quantidade do medicamento em comprimidos = 125mg = 0,5
comprimido 250mg
Dar 0,5 (meio) comprimido a cada 12 horas, durante 10 dias.
13
4. Valdirene; Gata, 2,5 kg deve ser medicada com ranitidina na dose de
2mg/kg, VO, TID, 2d.
Ranitidina, xarope 15mg/ml
Dose necessária = 2,5kg x 2mg = 5mg
 kg
Quantidade do medicamento em ml = 5mg = 0,3ml
 15mg/ml
Dar 0,3 ml (medir em seringa de insulina, sem agulha), por boca, a
cada 8 horas, durante 2 dias. 
5. Frederico; cão, 12,5kg deve ser medicado com prometazina na dose de
1mg/kg, IM, EDU.
Prometazina, ampolas de 2ml com 25mg/ml
Dose necessária = 12,5kg x 1mg = 12,5mg
 kg
Quantidade do medicamento em ml = 12,5mg = 0,5ml
 25mg/ml
Aplicar injeção intramuscular de 0,5ml de prometazina, uma única
vez. 
14
Entendendo as MedidasEntendendo as Medidas
Os medicamentos são preparados pelos laboratórios para que possamos
usá-los nas quantidades adequadas. Geralmente, a quantidade necessária
do medicamento é muito pequena. Muito, muito pequena! Eles são
medidos em miligramas (mg)! Vamos recordar: 
1 quilo (kg) tem 1000 gramas.
1 grama (g) tem 1000 miligramas.
Um miligrama é a milionésima parte do quilo!
Vamos exemplificar: o anti-inflamatório meloxican é indicado na dose de
0,1mg/kg, para cães, ou seja, 1mg para um cão de 10kg (0,1mg/kg x 10kg=
1mg) - com um quilo de medicamento poderíamos medicar um milhão de
cães com 10kg! É uma quantidade muito, muito, muito pequena! Então, o
laboratório coloca esta quantidade minúscula em um comprimido, assim
temos um comprimido que tem 1mg de meloxican! Ou o laboratório pega
esta quantidade e dilui em 1ml de liquido, assim teremos um miligrama em
um mililitro (1mg/ml).
Quando falamos de comprimidos, cápsulas, tabletes ou drágeas,
a informação que está na embalagem ou na bula é de quantos
miligramas do medicamento existe em cada
comprimido, cápsula, tablete ou drágea.
Quando falamos de medicamentos líquidos, a embalagem
informa qual a quantidade de medicamento está presente em
um mililitro de líquido. Isto é a concentração do medicamento.
15
Se a apresentação do medicamento é em comprimidos, calculamos a dose
para saber quantos comprimidos temos que dar para o animal. E se a
apresentação do medicamento for em solução injetável? Temos que
calcular quantos mililitros iremos aplicar em forma de injeção. Alguns
medicamentos precisarão de uma dose pequena, menos de 1 ml. Outros
precisarão de um volume maior, por exemplo, 2,5ml, ou 7 ml, ou 12 ml,
etc. Por isso, utilizamos seringas de vários tamanhos. Escolheremos
sempre aquela na qual se consiga medir com mais precisão a quantidade de
medicamento a ser aplicada. As seringas mais comumente usadas na
clínica de pequenos animais são de 1ml, 3ml, 5ml, 10ml e 20ml.
Exercícios 
Calcule a dose do medicamento a ser administrada em cada caso.
Responda: a dose necessária, a quantidade do medicamento em ml ou
unidade (comprimidos, cápsulas, gotas...) e interprete as abreviações
da prescrição.
Obs.: os medicamentos exemplificados nos exercícios são realmente
indicados para combater as doenças e/ou sintomas descritos, embora
nem sempre sejam o único medicamento utilizado no tratamento.
Preste atenção nas informações fornecidas!
16
1. Pererê; cão, 32kg – dor, pós-cirúrgica
Deve ser medicado com Dipirona, na dose de 25mg/kg, SC, TID, 3d
Apresentação disponível: ampolas de 2 ml com 1g (=1000mg)
2. Cidinha; gata, 2,8kg – muitos vômitos devido a uma pancreatite
Deve ser medicada com dolasetrona, na dose de 0,3mg/kg, SC, BID, 2d
Apresentação disponível: ampolas de 5 ml com 100mg
3. Capitu; cadela, 0,8kg – intoxicação com raticida 
Deve ser medicada com Vitamina K1 na dose de 2,5mg/kg, SC, SID, 3d
Apresentação disponível: frasco-ampola de 20 ml, com 30mg
4. Dom; gato, 9kg – obstrução uretral (urina com dificuldade)
Deve ser medicado com fenoxibenzamina na dose de 2,5 mg/gato , VO,
BID, 3d
Apresentação disponível: cápsulas de 2,5mg
5. Tetê; coelha, 3,5kg – sarna de orelha
Deve ser medicada com ivermectina na dose de 0,2mg/kg, SC, EDU,
repetir em 15d
Apresentação disponível: solução injetável a 1%
17
6. Tiririca; cão, 18kg – doença cardíaca
Deve ser medicado com digoxina, na dose de 0,008mg/kg,VO, BID, 30d
Apresentação disponível: comprimidos de 0,25mg (se necessário
arredondar para uma dose ligeiramente menor)
7. Mané; cão, 13,5kg – verminose
Deve ser medicado com febendazol na dose de 50mg/kg, VO, SID, 3d –
repetir em 15d
Apresentação disponível: comprimidos de 500mg (se necessário,
arredondar para uma dose ligeiramente maior)
8. Joca; ferret (furão), 3kg – gastrite
Deve ser medicado com famotidina na dose de 0,5mg/kg, SC, SID, 5d
Apresentação disponível: ampolas de 2 ml com 10mg/ml
9. Quincas; gato, 4,5kg – ferimento por briga
Deve ser medicado com cefalexina na dose de 30mg/kg, VO, BID, 10d
Apresentação disponível: suspensão 250mg/ 5ml ( se necessário
arredondar para dose ligeiramente maior)
18
10. Marieta; gata, 4,8kg – bronquite alérgica
Deve ser medicada com aminofilina na dose de 6,6mg/kg, VO, BID, 7d
Apresentação disponível: gotas 10mg/gota (se necessário arredondar
para dose ligeiramente maior)
11. Chica; cadela, 28kg – infecção urinária
Deve ser medicada com amoxicilina + clavulanato na dose de 25mg/kg,
VO, BID, 15d
Apresentação disponível: comprimidos de 500mg (se necessário
arredondar para uma dose ligeiramente maior)
12. Pascoal; coelho, 6,2kg – anemia
Deve ser medicado com ferro dextrano na dose de 6mg/kg, IM, EDU
Apresentação disponível: frasco-ampola com 10 ml, com 100 mg/ml
13. Golias; cão, 2,3kg – hemoparasitose
Deve ser medicado com doxiciclina na dose de 10mg/kg, VO, SID, 21d
Apresentação disponível: comprimidos de 50 mg (se necessário
arredondar para dose ligeiramente maior)
19
14. Miúdo; cão, 60kg – preparação para limpeza de tártaro
Deve ser medicado com espiramicina (+ metronidazol) na dose de
75.000UI/kg, VO, SID, 7d
Apresentação disponível: cápsulas com 1.500.000UI
15. Beto; gato, 5,7kg – gengivite/estomatite
Deve ser medicado com acetato de metilprednisolona na dose de
4mg/kg, IM, q2sem/2m
Apresentação disponível: frasco-ampola com 80mg em 2 ml.
20
Bibliografia
Merril, Linda – Small Animal Internal Medicinefor Veterinary Technicians
and Nurses, 2012.
Panizza – Laboratório Fitoterápico; Plantas e Ervas – www.panizza.com.br
Rock, Amanda H. ; Veterinary Pharmacology: A Practical Guide for 
Veterinary Nurses, 2007
Vanhorn, Beth and Clark, Robert W.; Veterinary Assisting Fundamentals &
Applications, 2011
Viana, Fernando A. Bretas; Guia Terapêutico Veterinário, 2a. Edição
21

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