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Direito Processual Civil 2 Raphael

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Prévia do material em texto

NCPC + Luiz Guilherme marinoni ou Cássio scarpinella
Dia 23/02:
Reconvenção - quando o réu amplia o objeto da demanda (o pedido) - possibilidade de se ampliar subjetivamente a demanda, juntando a ação que tiver conexão com a mesma, tendo liame entre elas, com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
A reconvenção é uma petição como outra qualquer. Quando se interpõe a petição inicial, o juiz faz juízo de admissibilidade. Fazendo o recebimento, o juiz tenta julgá-la improcedente liminarmente (nas hipóteses do slide). O autor que já estava na outra ação será intimado, e o autor que se juntar à ação será citado (parte estranha ao processo). Sendo citado e intimado o réu e o autor, haverá a audiência. Se o réu for ilegítimo, o juiz vai extinguir o processo ou saneá-lo, indicando o réu legítimo. 
Princípio da eventualidade e impugnação específica - princípios que obrigam-nos a rebater todos os pontos da petição - senão, há a revelia, tendo presunção relativa de veracidade - relativa pois ainda falta a produção de provas pelo autor, e análise de mérito pelo juiz.
No novo código, há a necessidade de impugnação com fundamento jurídico plausível. Não basta impugnar por impugnar, trazendo teses malucas ou teses vencidas. Tem que trazer dúvida razoável.
Se o réu impugnar especificamente todos os pontos, mas trouxer uma tese invalida, haverá a necessidade de tutela de evidência.
Depois da contestação, há revelia ou réplica. Se não precisa de AIJ, há o julgamento conforme o estado do processo (havendo sentença) - quando não há requerimento de autor ou réu para produção de provas na AIJ - são três a hipóteses de julgamento conforme o estado:
Extinção do processo - sem resolução ou com resolução do processo (art. 485 e 487, I e II);
Julgamento antecipado do mérito;
Julgamento antecipado parcial do mérito. 
Prescrição - não extingue o direito, mas impede o autor de propor a ação.
Decadência - direito extinto. 
Se houve um ponto não controvertido, o juiz vai informar ao réu, havendo prazo de impugnação ao saneamento (357, parágrafo 1º). Se não for impugnado, o réu não vai poder discutir na AIJ. 
Sentença - art. 489, parágrafo primeiro.
Tutela provisória - quando se concede um direito antes de produção de prova que corrobore com a alegação do direito - natureza jurídica: decisão interlocutória. 
Decisão interlocutória - provisória - cognição sumária - revogável a qualquer tempo - se resolve excedente processual. 
sentença, acórdão - definitiva - cognição exauriente - se resolve processo. 
Tutela:
Urgência - cautelar e antecipada
Evidência 
A tutela provisória tem como espécie (294) a urgência e a evidência. A tutela de urgência (periculum in mora) poderá ser, ainda, cautelar e antecipada. A tutela provisória de urgência antecipada tem como característica a satisfação imediata daquele que a requer (autor ou réu), no sentido de trazer para este momento os efeitos de eventual julgamento de procedência da demanda (a decisão é processual, não é meritória); já a tutela cautelar tem como propósito garantir a efetividade do pedido final. 
Enquanto a cautelar é um pedido, a antecipada é uma técnica processual.
Tutela provisória de urgência pode ser tanto preparatória/antecedente quanto incidental. 
Tutela provisória - incidente processual. 
Urgência - periculum in mora.
- Antecipada – satisfativa (técnica processual).
- Antecedente/preparatória – fumus bonne iuris + periculum in mora (15 dias depois, volta para aditar a petição nos moldes da petição inicial).
- Cautelar – efetividade do pedido final (pedido)
Hoje, há a hipótese petição de tutela provisória de urgência antecipada, onde se fundamenta o fumus bone iuris e o periculum in mora, devida à urgência da matéria:
Tutela antecipada antecedente - deferimento - autor tem que voltar em 15 dias, ou data maior fixada pelo juiz para realizar o aditamento, com a petição inicial nos moldes em que se conhece. Assim que o juiz defere, o réu é citado à audiência de conciliação e intimado à notícia do deferimento. Se o autor não volta em 15 dias, há a extinção do processo por culpa do autor, havendo a cassação da tutela antecipada. 
Depois de 15 dias da intimação, o réu pode usufruir do agravo de instrumento, para agravar a decisão de deferimento da tutela antecipada. Se não houver o agravo, o processo vai ser extinto, mas a tutela provisória não vai ser cassada, vai ser estável, pois não cabe mais nenhum recurso. Lembrando que o agravo só pode discutir a questão do fumus bone iuris e periculum in mora.
Depois disso de extinto o processo, tanto o autor quanto o réu poderão discutir algo que nunca houve discussão, para julgar o mérito. O motivo pelo qual outro entraria seria por motivo de resolução de mérito ou por cumulação de pedidos (quando quer se requerer danos morais, também). Essa nova ação só vai poder cassar a tutela antecipada se houver fato novo, pois, senão, só teria efeito de agravo, como se aumentando o prazo de agravo na ação de tutela antecipada anterior. 
Nessa nova ação, o interesse do réu é cassar a tutela de efeito estável, e discutir o mérito da questão.
Art. 304 do CC (tutela antecipada). 
Coisa julgada - material ou formal - acontece depois de exauridos os recursos ou os prazos para interpor os recursos. Serve para dar segurança jurídica. 
Preclusão projudicato - o juiz não pode mais discutir. 
Se o juiz indefere, o autor volta em 5 dias para a emenda da petição inicial.
Se há possibilidade de propositura de nova ação? - mais de 1 parágrafo.
Dia 01/02:
Saber hipóteses de intervenção de terceiros (São 5) e saber se é parte da demanda (tem interesse) ou se é parte do processo.
Chamamento ao processo - demanda
Denunciação da lide - demanda
Assistência - demanda
Amicus curiae - processo
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica - demanda
Reexame necessário/recurso de ofício/duplo grau obrigatório - houve uma decisão em desfavor da fazenda pública (engloba administração direta e indireta).
Tipicidade - se há previsão legal, é crime.
Só há recurso quando há a hipótese tipificada e prevista na lei, taxativamente. Art. 949 (não há interpretação análoga de recurso, o rol é numerus clausus - contrário de numerus apertus - ou seja, exauriente). 
Unirrecorribilidade/singularidade - para cada decisão, há um recurso.
Efeito devolutivo do recurso - ato de devolução ao estado-juiz do processo ou da situação para reanálise. Efeito devolutivo = uma vez rompida inércia jurisdicional com o oferecimento da demanda, os jurisdicionados devem aguardar a prestação da tutela jurisdicional (sentença). Ao passo que o juiz sentencia (resolvendo ou não o mérito), há a entrega da tutela jurisdicional. Se, no entanto, o jurisdicionado não se satisfaz, poderá interpor recurso a combater a decisão anterior; a simples interposição do recurso faz acontecer o efeito devolutivo. 
Juízo a quo (que prolata a decisão - é aquele prolator da decisão que se pretende recorrer) x juízo ad quem (quem recebe o recurso, para submeter à reanálise - é hierarquicamente superior a receber alguns dos recursos).
Efeito suspensivo do recurso - suspender os efeitos da decisão. Se for com efeito de alcançar a decisão anterior, é tutela antecipada.
Recebeu no duplo efeito - devolutivo e suspensivo. Recebeu no efeito singular - só devolutivo, que ocorre sempre que é interposto o recurso. 
Condições da ação: 
Legitimidade;
Interesse de agir. 
Condições recursais:
Legitimidade - agora, analisa-se se o sujeito faz parte da demanda, tendo legitimidade para recorrer;
Interesse de agir.
MP é legítimo? Depende. Se custos legis, como parte do processo, ou como interessado, como parte da demanda.
São legítimos para a interposição de recursos: as partes na demanda, o MP (como órgão agente ou órgão interveniente como autor da demanda ou fiscal da lei) e um terceiro prejudicado com a sentença.
Interesse recursal - necessidade; adequação (típico,atende àquela decisão). É só de quem foi prejudicado pela sentença. Tem interesse de agir, ou interesse processual, recursal, aquele que é parte da demanda ou um terceiro, desde que como condição tenha sofrido prejuízo com a decisão.
Enquanto que o interesse de agir - adequação - guarda ligação direta com os princípios da tipicidade e da uni recorribilidade das decisões.
Dia 03/03:
MP no processo:
Entra com a ação como denunciante - parte da demanda;
Entra como custos legis - vulnerabilidade se inverteu o ônus da prova ou vulnerabilidade com menor no processo.
Se o juiz não íntima o MP, o processo não necessariamente é nulo. Se há vulnerável, e o MP não é chamado, o processo não necessariamente vai ser nulo. A teoria da nulidade não só preclui (tem que ser arguida de imediato), mas a parte tem que demonstrar prejuízo.
Só vai ser nulo se a falta do MP trouxer prejuízo.
Prescrição intercorrente - no trâmite do processo. 
MP só vai interpor recurso quando:
Se for chamado, intimado, e quis participar. Pode recorrer se houve prejuízo;
Se for chamado e não participou, e houve prejuízo;
Se não foi chamado e houve prejuízo - processo nulo;
Se houve terceiro prejudicado. 
Pressupostos PROCESSUAIS recursais:
Preparo - nome da custa de recolhimento de recurso - se não tiver sido cumprido integralmente, o juiz tem que dar tempo para sanar a pendência; se não houver o preparo, o processo é inadmitido. Há a deserção = punição à falta de preparo;
Tempestividade - condiciona a admissibilidade dos recursos. Quase todos os prazos são 15 dias; só os embargos são 5 dias. Se interposto antes o recurso, não dá para complementar - preclusão consumativa; a parte que faz consumir o prazo;
Regularidade formal - passível de saneamento. 
Se as condições recursais e os pressupostos processuais recursais estiverem de acordo, o juiz defere. 
Instrumentalidade (aproveitamento de ato, mesmo havendo vício de parte dele) x fungibilidade (aproveitamento de um ato como se outro ato fosse). 
O P. da instrumentalidade pretende que um ato, mesmo viciado, ou prejudicado, possa, com relação aos atos subsequentemente e independentes, ser aproveitado.
O P. da fungibilidade é o aproveitamento de um ato como se outro ato fosse.
A diferença entre elas é o vício. 
Em alguns recursos, há vícios de formalidade mínimos; aponta-se de que forma que se dará o recurso - mais um pressuposto; pressuposto formal. 
São recursos: apelação, embargos de declaração, agravo de instrumento, agravo interno, recurso ordinário, recurso extraordinário, embargos de divergência. 
Os recursos não impedem a produção de efeitos, salvo disposição legal - ope legis - ou decisão judicial - ope judicis (995).
Os recursos tendem a ser recebidos num único efeito (devolutivo), a não ser que seja por lei ou por decisão judicial (suspensivo e devolutivo). 
A apelação (recurso à decisão recursal) só vai dizer sobre o efeito suspensivo, uma vez que, no recurso, já foi verificado o efeito devolutivo. E, em regra, a apelação cassa os efeitos da decisão anterior, do recurso, até que seja decidida a procedência da sentença recursal. 
Art. 1012. 
Segundo a Teoria Geral dos Recursos (995), o recurso interposto fará atribuição de apenas um efeitos: o devolutivo. 
A desistência é de vontade, exclusivamente, do recorrente. Não encontra condicionante alguma, não precisando de homologação do juiz. Pode ser feito a qualquer tempo. 
Recurso repetitivo - economia e celeridade processual - multiplicidade de processos com a mesma identidade. Quando houver um recurso idêntico posteriormente à decisão do STF a um recurso repetitivo idêntico, haverá a recepção do recurso, mas este será indeferido liminarmente, não sendo necessário chamar o Estado ao litígio. 
O processo representativo/paradigma pode ter desistência? Decisão da ministra nancy Rodrigues - não. Apesar disso, a lei não menciona a proibição de desistência nesse caso.
Sentença de parcial procedência - as partes da demanda têm interesse e legitimidade para recorrer. O prazo de recurso corre junto (autor e réu).
Se houve recurso de apenas uma das partes, o legislador da mais uma oportunidade de o outro recorrer. No momento de contrarrazões, há as razões (de apelação) do outro. Forma adesiva de recurso. 
O recurso adesivo NÃO é espécie recursal, mas forma de interposição de recurso (art. 997, parágrafo 1º); havendo sucumbência recíproca, poderá o recorrido, quando instado a se manifestar em contrarrazões, oferecer, ele próprio, suas razões de recurso; o recurso adesivo ficará subordinado à admissibilidade do recurso principal. O que significa dizer que, se houver vicio quanto às condições recursais ou quanto aos pressupostos processuais, deverá ser inadmitido, também, o recurso adesivo; somente 3 recursos poderão ser interpostos sob a forma adesiva: a apelação, o recurso especial e recurso extraordinário. Também haverá perda do recurso adesivo quando houver desistência do recurso primeiro ou principal. 
Recurso parcial - recorre sobre 1 pedido, quando houve 2 ou mais.
Recurso total - recorre a todos os pedidos.
Litisconsortes: o recurso interposto por um dos litisconsortes aproveita aos demais quando a circunstância fática ou a argumentação jurídica for comum a eles. Ex.: obrigação solidária. A decisão subsequente, aquela motivada pelo recurso, substitui aquela anterior.
Error in judicando (análise) - sentença anulada, pedido de reforma da sentença. 
Error in procedendo (vício) - sentença nula, pedido de cassação da sentença. 
Embargos de Declaração (1022): interposto contra decisão interlocutória, sentença ou acórdão por motivos de obscuridade, contradição, omissão ou erro material. 
Hipóteses de cabimento:
> Esclarecer obscuridade - motivo do embargos de declaração é esclarecer a obscuridade, de decisão ininteligível (não se entende o que se pretende, não há nível mínimo de compreensão) para todos - sanar o vício de decisão incompreensível. Quem resolve é o juiz a quo, que prolatou a decisão (juízo competente é o juízo a quo) - se não houver a mudança de conteúdo, não precisa chamar a outra parte;
> Eliminar contradição - literalidade da palavra. Se a decisão é contraditória, gera insegurança jurídica. Pode acontecer entre a fundamentação e a parte dispositiva, e entre aquilo que é razão de decidir e a decisão, ou mesmo até dentro da fundamentação ou dentro da disposição. Não importa aonde está a contradição - se houver alteração do conteúdo, tem de citar a outra parte, que não poderá interpor os embargos de declaração, antes de decidir. Não é ideia de reanálise de matéria, e sim sanar o vício;
> Suprimir omissão - pedido feito e não decidido, mas não só pedido, pode ser sobre razão de autor ou réu. Se falta manifestação do juízo à causa de pedir e pedido, há omissão - chamamento da outra parte pois há mudança do conteúdo; o CPC define o que é omissão - também é omissa se houve precedente de IRDR (pelo juiz da vara, MP ou partes, juiz manda para o tribunal, que decide, reverberando nas decisões e das varas e tribunal que decidiu com um acórdão, tendo eficácia estadual, cabendo recurso esp. e ext., que vai para o STF, tendo eficácia nacional), e o juiz não mencionou. 
> Correção de erro material.
“Os embargos de declaração são espécies de recurso a atacar qualquer ato decisório, seja ele decisão interlocutória, sentença ou acórdão; terá como motivo erro material, obscuridade, contradição e omissão. 
A obscuridade importa em falta de compreensão da decisão (ininteligibilidade); a omissão importa em falta de manifestação do juiz quanto algum ponto argumentado pelas partes ou algum pedido feito por elas. Também será omissa a decisão quando o juiz deixar de se manifestar acerca de tese firmada em julgamento repetitivo (IRDR e recurso especial e extraordinário repetitivos) e em assunção de competência, ou nas hipóteses do artigo 489, parágrafo 1º". 
Omissão: decisão que deixa de se manifestar sobre tese em julgamentorepetitivo, assunção de competência, ou nas hipóteses do art. 489, parágrafo 1º.
Ao juiz, se não couber aplicar o IRDR, compete a ele distinguir ou demonstrar superação. Se couber a aplicação, terá que fundamentar, de qualquer forma.
Grande novidade do CPC - na hora de sentenciar, o juiz tem que ter um parâmetro de julgamento. Não basta apontar o dispositivo legal, tem que dizer o porquê do dispositivo se aplicar ao caso. Contra isso, cabem embargos de declaração. Se não corretamente fundamentada, a decisão é nula - art. 489, parágrafo 1º.
"Caso o juiz, quando por recebimento dos embargos de declaração acredite, por nova decisão, com novo conteúdo decisório, deve o magistrado, antes mesmo do julgamento dos embargos (art. 10 c/c art. 1023, parágrafo 2º), intimar a outra parte para, querendo, se manifestar sobre os embargos; se houver novo conteúdo decisório, os embargos de declaração serão chamados de embargos de declaração com efeitos infringentes (ou efeitos modificativos)". 
Prazo/juízo competente por julgamento - 5 dias 
A interposição dos embargos interrompe o prazo de apelação.
Não tem preparo para embargos, pois o pagamento de custas no início pressupõe decisões constitucionais. 
Legitimidade;
Preparo;
Regularidade formal;
Dia 15/03:
Embargos de declaração com efeitos infringentes (1023, parágrafo 2º) - não tem nada a ver com embargos infringentes. 
Recurso interposto pelo embargado (1024, parágrafo 4º).
E.D. e o efeito suspensivo - requisitos para cassar os efeitos de sentença:
"Os embargos interpostos, regra geral, não cassam os efeitos da decisão viciada; no entanto, será possível a suspensão dos efeitos, preenchidos os seguintes requisitos:
> Probabilidade do provimento do recurso ou, de forma cumulativa, relevância das argumentações (fumus bonne iuris - FBI) e perigo de lesão (periculum in mora - PIM)"
Os embargos só vão atribuir efeitos quando no trânsito em julgado.
Probabilidade de provimento de recurso ou
F.B.I. e P.I.M.;
E.D. protelatório - para procrastinar o processo. Se o juiz acreditar que o embargo tem caráter protelatório, multa. Não basta a rejeição dos embargos, tem que ser exagerada a intenção de retardar. 
Multa 2% do valor atualizado da causa (primeiro embargo protelatório);
Reiteração: multa de até 10% do valor atualizado da causa (segundo embargo de declaração protelatório);
Condicionante de apelação: só poderá apelar se tiver sido feito o pagamento da multa sobre os embargos de caráter protelatório. 
O terceiro embargo reiterado de caráter protelatório não será recebido.
Só a fazenda e os gratuitos não precisarão pagar. Só ao final. 
"Os embargos de declaração, uma vez interpostos, caso o juiz, não vislumbre nenhuma das hipóteses de cabimento e, mais ainda, acredite que o embargante se vale dessa espécie de recurso com fins procrastinatórios/protelatórios, deverá condenar o recorrente em multa de 2% sobre o valor atualizado da causa. Caso haja reiteração dos embargos protelatórios, a multa poderá ser elevada a 10% sobre o valor atualizado da causa, e o pagamento será condição para interposição do recurso específico, salvo a Fazenda Pública e o beneficiário de gratuidade de justiça, que recolherão ao final". 
Dia 17/03:
Apelação - vai fazer a reanálise da matéria. 
Os embargos, apesar de não poder fazer reanálise e modificar a matéria, pode ter efeito suspensivo sobre a mesma, cassando os efeitos da decisão. Assim, mediante apelação, podem-se perpetuar os efeitos dos embargos (suspensivos) sobre a matéria.
Conceito: recurso próprio.
Para interpor recurso, condições recursais (legitimidade e interesse) e pressupostos processuais recursais (tempestividade - 15 dias - preparo - $ - e regulamento formal - Ok). 
Interposição
Prazo
Juízo competente para julgar, e juiz competente para receber a apelação. 
A apelação vai ser recebida pelo juízo a quo, ou seja, o mesmo juízo que proferiu a sentença, enquanto o juízo ad quem vai julgar. Ao receber, o “juiz a quo” vai intimar o a outra parte para contrarrazões, juntando tudo ao processo, e manda para o tribunal, para o juízo “ad quem”. 
Intimação para contrarrazões
Apelação adesiva (1010, parágrafo 2º) - parcial procedência, sucumbência recíproca. Quando somente um apela, o outro somente saberá a partir da intimação para apresentação de contrarrazões. Sendo assim, esse outro ganha novo prazo para apelar, além de contrarrazoar. Nesse nível, o juiz ainda não analisou nada. Há o encaminhamento de tudo para o tribunal, escolhendo um desembargador para julgar, mediante sorteio, sorteando uma câmara. Dentro da câmara, sorteia-se 3 desembargadores. Desses 3, sorteia-se 1. 
Ao receber o recurso, o desembargador irá fazer o juízo de admissibilidade. Se faltarem custas, há prazo para pagamento das mesmas (5 dias). Se não houver o pagamento, o recurso é julgado deserto. 
"A apelação é especial recursal a desafiar sentença tendo, como pedido, erro in judicando ou erro in procedendo, ou seja, de análise ou do procedimento; o prazo para interposição do recurso é de 15 dias, assim como para oferecimento de contrarrazões (dias úteis). É recurso que depende de preparo e regularidade formal; será direcionado o recurso ao juízo prolator da sentença (a quo), que deverá intimar o apelado para que este, querendo, ofereça contrarrazões; é recurso que admite o formato adesivo; oferecidas as contrarrazões, o juízo a quo, sem que tenha feito a admissibilidade recursal, determinará a remessa de todo o processo ao tribunal cabendo a admissibilidade recursal ao desembargador relator (legitimidade, interesse, tempestividade, preparo e regularidade formal)". 
Admissibilidade:
Desembargador relator (1010, parágrafo 3º)
Decisão monocrática do relator
Efeitos: suspensivo e devolutivo (1012).
Exceções.
- Devolutividade da decisão (1013, parágrafos 1º e 2º).
Estudar decisão interlocutória, sentença e acórdão. 
"De maneira geral, são dois os pedidos a serem formulados na apelação. Caso, sob a ótica do apelante, tenha havido vicio no procedimento (erro em procedendo), o requerimento será pela cassação do julgado anterior e, como regra, o processo retornará ao primeiro grau, para que se produza o ato que fora objeto de impugnação (ex. : não ouvir uma testemunha); se, sob a ótica do recorrente, houve equívoco quanto a análise do objeto, fala-se em erro em judicando, e o provimento do recurso fará a reforma do julgado anterior, tendo, o acórdão, a característica de substituir a sentença anteriormente prolatada".
Requisitos da apelação - condições e pressupostos. Flexibilidade quanto ao preparo e regularidade formal (dá para sanar). Haverá um juízo de direcionamento - a quo (prolator) - e de julgamento (admissibilidade e análise de mérito) - ad quem (superior) - preparo, fungibilidade e instrumentalidade. 
TRABALHO - muda de tutela provisória para ação recisória (P1) - 2,0 pontos. O que é, conceito, quando cabe, histórico, prazo (pode ser digitado) - bibliografia - academics no Google.
Instrumentalidade - o ato está viciado, mas em parte. O que não está viciado se aproveita.
Fungibilidade - equívoco. Aceita-se o que está errado, mas o juiz pode pedir para mudar para a tutela adequada. Ex.: confusão entre arresto e sequestro. 
Arresto - preocupado com o valor patrimonial.
Sequestro - preocupado com a coisa.
Se o desembargador recebe discussão que já foi pacificada vai, sozinho, decidir - art. 932, IV - hipóteses de negação de provimento a recurso contrário a certas matérias - decisão monocrática do desembargador (como se fosse decisão liminar de segunda instância). A preocupação do desembargador é, a princípio, o juízo de admissibilidade e, depois, de ver se consegue decidir monocraticamente, sem o colegiado. 
"Distribuído o processo ao relator, este deverá, avaliando as condições recursais e os pressupostos processuais recursais, admitir ou inadmitir o recurso. Quando admitido o recurso, poderá odesembargador relator decidir o processo monocraticamente, nas hipóteses do art. 932, incisos III a V (assim como fazia o juiz de primeiro grau com relação à improcedência liminar do pedido)". 
Art. 1012. A apelação terá efeito suspensivo.
Como regra, a sentença (exceções art. 1012, parágrafo 1º), não produz efeito jurídico, não tendo eficácia, uma vez que se cabe o recurso de apelação. O efeito devolutivo é coisa que sempre acontece com o recurso. O suspensivo depende da lei ou do juízo (opi legis e opi judicis). 
Quando se preocupar com o efeito suspensivo dos embargos? Nos casos em que a sentença já produz efeitos, já tendo eficácia. Art. 1012, parágrafo 1º.
"No nosso sistema processual, as sentenças, em regra, não produzem efeitos porque o recurso próprio (art. 1012 - apelação) é recebido no duplo efeito - devolutivo e suspensivo; excepcionalmente (art. 1012, parágrafo 1º), as sentenças produzirão efeitos, vez que o recurso fora recebido somente no seu efeito devolutivo; desta forma, os embargos de declaração interpostos contra sentença somente pretenderão a cassação dos efeitos nas hipóteses do art. 1012, parágrafo 1º".
O recorrente só determina o capítulo a ser impugnado e devolvido ao juízo. Mas as razões (argumentos) discutidas sobre esse capítulo podem todas ser consideradas, conhecidas pelo novo juízo - efeito transobstrutivo ou translativo.
"Ao recorrente, cabe delimitação da matéria que será objeto da reanálise (pedido 1). No entanto, estará o desembargador livre para reanalisar tudo aquilo que fora razão argumentativa, tanto pelo autor, quanto pelo réu, bem como pelo juiz (art. 1013, parágrafos 1º e 2º)".
Dia 29/03:
Matéria - teoria geral dos recursos, embargos de declaração, apelação, e hoje (agravo de instrumento). Deve ser um estudo de caso. Mais 3 questões conceituais.
Fazer trabalho de ação rescisória.
Recurso típico em face de decisões interlocutórias (só algumas - art. 1015 - urgência na reanálise - taxativo) - princípio da tipicidade. As outras ficam para impugnação nas alegações preliminar de apelação, cujo prazo se estabelece a partir da sentença (preclusão tardia) - discussão de aspectos anteriores à apelação. 
Razões da apelação - discussão de aspectos de apelação em si (objeto da apelação), como a legitimidade.
Despacho saneador - quando o juiz decide sobre a oitiva da testemunha, fixação de fato contravertido, verificar vício processual, inversão do ônus da prova e designar data para AIJ. Se o juiz não se manifesta sobre certo ponto, previsto no art. 1015 cujo recurso cabe o agravo, pode-se interpor agravo de instrumento, cujo prazo se estabelece a partir da decisão interlocutória.
No despacho saneador, se o juiz deixa algum ponto contravertido fora da análise, pode-se pedir impugnação específica. Se não foi feito até agora, não pode mais fazer (ver artigo).
Vício de procedimento faz pedido de cassação da decisão.
Art. 1015 - II - julgamento parcial do mérito - quando um pedido já está apto a ser decidido. 
Contagem de prazos: art. 219, CPC - CAPUT e parágrafo único - apenas para prazos PROCESSUAIS - ou seja, os prazos materiais não são em dias úteis. Para prazos que não dependem de capacidade expertise de advogado, é prazo material, sendo o prazo de dia não útil (acordo). Se precisar de capacidade postulatória, prazo processual, dias úteis.
Juízo a qual se direciona o agravo de instrumento é o ad quem, superior. O desembargador precisa ter acesso a algumas peças (art. 1017): petição inicial, contestação, requerimento da parte, a própria decisão, a intimação da decisão e a procuração das partes. Vai ser formalizado um novo processo, sendo necessário à parte trazer peças obrigatórias do processo inteiro para decisão da "fatia" do processo, continuando o processo tramitando na instância do tribunal, enquanto interposto o agravo de instrumento, que tramita na segunda instância, com a análise do desembargador. 
Obs.: periculum in mora reverso (também faz parte da análise de tutela de urgência, além do periculum in mora e fumus bonis iuris) - retorno ao status jurídico anterior.
"O agravo de instrumento é recurso a desafiar decisões interlocutórias de modo taxativo (art. 1015); quaisquer decisões interlocutórias que não encontrem previsão legal no rol mencionado não sofrerão com a preclusão imediata (15 dias = prazo do agravo) e deverão ser alegadas/arguidas em preliminar de apelação. O AI dá origem a procedimento novo, que tem como juízo de direcionamento o órgão ad quem, que terá incumbência de realizar a admissibilidade e o julgamento do mérito do recurso; o prazo para interposição é de 15 dias, haverá preparo e regularidade formal (peças obrigatórias - art. 1017, inciso I). Também caberá agravo de instrumento contra quaisquer decisões interlocutórias na fase de liquidação de sentença, no cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário (art. 1015, parágrafo único)". 
Se não houver cópias das peças obrigatórias, haverá prazo para sanar o vício, havendo a intimação da parte para que ele o faça em 5 dias. Além disso, se o desembargador, ainda que haja o vício, não acreditar que a existência daquele vício comprometa o processo, ele não vai nem realizar a intimação - princípio da instrumentalidade.
Ao interpor agravo, tem que informar o juízo a quo da interposição do mesmo, dando a este a oportunidade de reconsideração quanto à decisão agravada, ao juntar a cópia do agravo à decisão agravada. Se feita a reconsideração, e o agravo não tiver mais motivo de existir, há o prejuízo ou recurso prejudicado: o juízo a quo fez a reconsideração. Sendo assim, a outra parte (agora prejudicada pela decisão reconsiderada) pode agravar. 
Se não vier informando o juízo a quo da interposição do agravo em 3 dias (em caso de processo físico), o desembargador pode inadmitir o recurso, se a outra parte alegar esse descumprimento de informação. Sendo eletrônico, não precisa também juntar as peças obrigatórias.
"Interposto o agravo de instrumento, se o processo for físico, o agravante deverá, em até 3 dias, comprovar a interposição do recurso ao juízo a quo. Se assim não o fizer, desde que requerido e comprovado pelo agravado, falta de cumprimento a esta norma acarretará na inadmissibilidade do recurso; se o processo for eletrônico, não haverá necessidade de juntada de peças obrigatórias ou de demonstração ao juízo a quo da interposição do agravo de instrumento".

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