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DIREITO PENAL III - CCJ0110
Título
SEMANA 2
Descrição
CASO CONCRETO 
Justiça manda a júri desempregada que fez autoaborto. 
Fonte: OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS. 
Disponível em: http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juri-
desempregada-que-fez-autoaborto, 04/06/2012 – 11h42 
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo 
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular. 
Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo 
Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus 
por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da 
promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São 
Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio 
Preto. Ela pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, 
comprados clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela 
foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. Pouco 
tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada imediatamente. 
Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e Keila entrou em 
trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda - nasceu de parto 
normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu por 20 dias, mas não 
resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal, provocada pela prematuridade 
extrema. O caso foi parar na polícia depois que uma enfermeira do hospital registrou uma 
queixa contra Keila numa delegacia. A atitude da enfermeira é condenada pelo Ministério 
da Saúde na nota técnica Atenção Humanizada ao Abortamento e pelo Código de Ética 
de Profissionais da Enfermagem. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério 
Público, que entrou com uma denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem dinheiro para 
contratar advogado, Keila recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da 
Defensoria Pública com a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo Rocha 
Chareti foi então nomeada para defender Keila no processo. E ela mesma teve dificuldade 
para localizar a acusada. "Keila mora nas ruas. É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. 
Nos vimos uma única vez antes da audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila 
compareceu aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra as 
condições precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto, mas disse 
estar "profundamente arrependida". Diante da situação, Keila foi absolvida sumariamente 
pela juíza Milena Repuo Rodrigues, que entendeu que, diante das condições expostas por 
Keila, a conduta dela foi legítima e ela não poderia ser responsabilizada pelo crime de 
prática de aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio Lélis Moreira, no entanto, não 
ficou satisfeito com a absolvição e recorreu ao Tribunal de Justiça. Na argumentação, 
Moreira diz que não há dúvida de que houve o aborto. E emenda: "É lamentável, em 
pleno século 21, uma mulher experiente não se utilizar dos meios impeditivos de uma 
gravidez para depois, grávida, escolher a via criminosa do aborto e encontrar a 
benevolência do magistrado". Em entrevista ao Estado, o promotor Moreira diz que fez a 
denúncia contra Keila porque ela já tinha antecedentes criminais e porque ela não 
apresentou provas suficientes para demonstrar que vivia em condições subhumanas e 
seus dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além disso, ela confessou ter cometido o 
aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a juventude da cidade prevenir a gravidez", 
afirmou o promotor. "No júri vou pedir a condenação de Keila como forma de prevenção 
geral. É uma punição moral para que as pessoas entendam que o aborto é criminoso", diz 
Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em 
júri. A advogada Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá-
la para júri popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão 
absolvê-la." 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a vida, 
identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento 
descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, 
na condição de herdeiros do último, pretendiam a morte do mesmo por interesses 
econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a 
própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e 
Rodrigo: (FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público). 
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter humanitário, 
de piedade, e a morte tivesse se consumado. 
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era eliminar 
a vida de Juarez para posterior enriquecimento. 
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com redução 
da pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que para a 
consumação do delito basta a mera conduta de instigar. 
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão 
corporal de natureza grave na vítima. 
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse contra a 
própria vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo. 
Desenvolvimento
Meriane
Typewritten Text
1 - A- A gestante isoladamente, ou em concurso de agentes ou qualquer outra pessoa mesmo que não autorizada pela gestante.null1- B - O momento consumativo do delito de aborto será com o óbito do feto, podendo ser de forma intra uterina ou extra uterina, sendo irrelevante a expulsão do feto.null null1 - C - Não descaracteriza o crime de aborto, pois o mesmo se consuma no momento da morte, logo, mesmo que a criança tenha nascido com vida, o óbito se deu devido a mãe ter introduzido os comprimidos abortivos na vagina, visando o resultado morte. 
Meriane
Typewritten Text
D - RESPOSTA CORRETA 
Meriane
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