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3 Material IED Norma Jurídica

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Centro Universitário de Itajubá – FEPI
Caro Aluno, ATENÇÃO: o material escrito disponibilizado pelo professor, não representa todo o conteúdo da disciplina. Todas as inferências e explicações dadas durante as aulas devem ser anotadas de forma clara, pois as mesmas são também conteúdos de avaliações. 
DIVISÃO DO DIREITO POSITIVO
Direito Positivo Público Interno
Direito Constitucional: São normas que montam toda a estrutura da sociedade e ditam os parâmetros econômicos, políticos e sociais. Elas disciplinam as instituições políticas, a estrutura de governo, organização dos poderes do Estado, limites de funcionamento, a sociedade, e as garantias fundamentais de cada indivíduo.
Direito Administrativo: é o ramo do Direito Público que regulamenta a atividade estatal, com todos os serviços públicos postos à disposição da sociedade, em busca do bem comum. Vale dizer que o Direito Administrativo se preocupa com a prestação do serviço público, a forma e limites de atuação e ainda disciplina o relacionamento entre entes públicos e privados, e a relação dos indivíduos com a Administração Pública.
Direito Tributário (Financeiro): O Estado, para prestar os serviços públicos em prol dos cidadãos, necessita de recursos, que advém dos tributos (impostos, taxas e contribuições). Tem por preocupação, o estudo dos princípios e diretrizes que norteiam a forma de aplicação, administração e gerenciamento desses recursos públicos. É a intenção do Direito Financeiro que o Estado empregue seus recursos da maneira mais eficiente e equilibrada possível para a sociedade.
Direito Processual: para definir o objeto de estudo desse ramo do Direito, primeiramente, é importante dizer que é o Estado que detém o poder de aplicar o Direito, estabelecendo a ordem, aplicando as penalidades, e solucionando os conflitos entre as partes, por meio de um processo judicial. Assim a função do Direito processual é organizar a forma de como o Estado vai prestar esse poder-dever de julgar, e como as partes devem agir no embate judicial.
Direito Penal: ramo do Direito que disciplina e regula as condutas humanas que podem por em risco a coexistência dos indivíduos na sociedade, ou seja, regula os princípios que devem ser respeitados no convívio social. Tem por objetivo descrever as condutas consideradas crimes (condutas mais graves) e contravenções (condutas menos grave) e as respectivas penas cominadas. Vale dizer que o Estado é o responsável pelo direito de punir, e o faz mediante critérios pré- estabelecidos, com o intuito de desestimular os indivíduos a transgredirem as normas, e, também, de readaptar o indivíduo ao convívio social.
Direito Eleitoral: Compõem-se do conjunto das normas jurídicas que disciplinam a escolha dos membros do Poder Executivo e Poder Legislativo. Estabelece os critérios e as condições para o eleitor votar, para alguém se candidatar, bem como as datas das eleições, as formas das apurações, o número de candidatos a serem eleitos, fixando as bases para a criação e o funcionamento dos partidos políticos etc. 
Direito Militar: Regula as normas que afetam os militares. A Constituição Federal regula a questão no art. 42, e há no sistema jurídico o Código Penal Militar e o Código de Processo Militar.
Direito Positivo Público Externo
Direito Internacional Público: disciplina as relações mútuas entre os Estados (Nações), possuindo princípios e diretrizes, que visam uma interação pacífica entre os mesmos, na esfera política, econômica, social e cultural. Vale dizer que são criados organismos internacionais, tais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio), para auxiliar na descoberta de interesses comuns, e de que forma a interação dos Estados vai se dar. 	Os instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados tratados.
Direito Positivo Privado Interno
Direito Civil: ramo do Direito Privado por excelência, pois visa regular as relações dos indivíduos, estabelecendo direitos e impondo obrigações. O Direito Civil atua em toda a vida do indivíduo, pois disciplina todos os campos de interesses individuais. Trata-se do conjunto de normas jurídicas que regem os vínculos pessoais ou patrimoniais entre entidades/pessoas privadas, sejam elas singulares ou jurídicas, de caráter privado ou público. O seu objetivo consiste em proteger e defender os interesses da pessoa na ordem moral e patrimonial
Direito Comercial ou Empresarial: é o ramo do Direito destinado a regular a prática do comércio, bem como o direito das partes envolvidas. O comércio, responsável por movimentar as riquezas de um país, deve possuir princípios e regras próprias, visando uma justa relação entre os atores do comércio. Há regras inerentes, também, aos títulos de crédito (formas utilizadas em pagamentos), que circulam durante a prática comercial, como o cheque, a nota promissória, letra de câmbio, etc.
Direito Positivo Difuso Interno
Direito do Trabalho: engloba as normas jurídicas que regulam as relações entre empregado e empregador (patrão), compreendendo o contrato de trabalho, o registro do empregado, a rescisão, a despedida, as verbas trabalhistas, os salários e seus reajustes, a duração da jornada do trabalho...
	Regula também o chamado Direito Coletivo do Trabalho, que trata dos acordos coletivos de trabalho, da organização sindical, do direito de greve...
	Seu principal diploma legal é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) acrescida e alterada por várias leis esparsas.
Direito Previdenciário: é o ramo do Direito que engloba as normas jurídicas que cuidam da Seguridade Social (compreendendo a Saúde, a Previdência Social e a Assistência Social) e atua por intermédio de seus órgãos (INSS, SUS, etc.), estabelecendo os benefícios e as formas de sua obtenção – auxílio-doença, salário-maternidade, aposentadoria por tempo de contribuição e por invalidez, direito à pensão na viuvez e na orfandade.
Direito Econômico: é o ramo do Direito que se compõem das normas jurídicas que regulam a produção e a circulação de produtos e serviços, com vistas ao desenvolvimento econômico do País, especialmente no que diz respeito ao controle do mercado interno, na luta e disputa lá estabelecida entre as empresas, bem como nos acertos e arranjos feitos por elas para explorarem o mercado.
	São normas, portanto, que regulam monopólios e oligopólios, tentam impedir a concorrência desleal etc.
Direito Do Consumidor: Importante ramo novo do Direito, já amplamente aplicado e estudado em outros países, o Direito do Consumidor chegou tarde no Brasil, mas veio muito bem elaborado, através do Código de Defesa do Consumidor (CDC), seu principal instrumento.
	Em vigor desde 01/03/91 (Lei n. 8.078/90), o CDC regula as relações potenciais ou efetivas entre consumidores e fornecedores de produtos e serviços. 
	As normas do CDC, instituídas para a proteção e defesa do consumidor, são de ordem pública e interesse social.
Direito Ambiental: Ramo novo e também importante do direito positivo, o Direito Ambiental é composto das normas jurídicas que cuidam do meio ambiente em geral, tais como a proteção das matas, florestas e animais a serem preservados, o controle de poluição e do lixo urbano etc. 
	A base desse direito ambiental é a do art. 225 da Constituição Federal, cujo caput dispõe:
	“Art 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
SEGURANÇA JURÍDICA
	Dá-se através da criação de outras necessidades internas ao sistema jurídico: criação de autoridades; divisão de competências; imposição de formas jurídicas; procedimentalização dos atos; discriminação taxativa de fatos, crimes, direitos, deveres e outras.
SISTEMAS JURÍDICOS
Common Law
Teve sua origem:
Na tradição dos povos anglo-saxões, onde o direito desenvolveu-se muito mais através dos usos e costumes do que por meio do trabalho abstratode um sistema legislativo ou dos parlamentares.
Na concepção do direito medieval inglês que, ao ser ministrado pelos tribunais do reino, refletia os costumes comuns dos que nele viviam.
Direito Costumeiro, aplicado pela jurisprudência. Regras não estão escritas, mas sancionadas pelo costume ou pela jurisprudência.
A justiça da common law é a justiça paritária, da comunidade.
A reunião de sentenças judiciais sobre várias situações semelhantes permite extrair regras gerais que geram precedentes e que se convertem em orientações para o julgamento futuro dos juízes, em casos análogos.
Representa a LEI DOS TRIBUNAIS, como expresso em decisões judiciais. Além do sistema de precedentes judiciais, outras características do direito comum são julgamento por júri e da doutrina da supremacia da lei.
Direito derivado de regras não escritas, construídas ao passar dos séculos, que se somaram às obras posteriormente documentadas pelos juízes ingleses e demais juristas de países como Irlanda, Estados Unidos, Canadá e Austrália.
As questões devem ser resolvidas tomando-se como base sentenças judiciais anteriores, ao contrário de preceitos legais fixados antecipadamente.
Na common law, a paz entre os litigantes, a rearborização, a reconciliação é o seu objetivo direto, imediato.
Este sistema legal vigora no Reino Unido e em boa parte dos países que foram colonizados por este país.
Civil Law
No direito romano, foi formada uma legislação completa regida pela razão e o dever. Diante da lei o homem era considerado cidadão, e não havia qualidade mais alta, e quem não podia alcançar esse atributo eram os escravos, estavam fora da comunhão do mundo social, tinham a fraqueza de mulher, e não lhe era dado libar o vinho as garantias políticas.
Direito Escrito.
A tradição jurídica romano-germânica tem suas origens no século XII e XIII no período do Renascimento da Europa Ocidental. Neste momento, em que as cidades e o comércio ganharam nova organização, também se intensificou o ideal de que “somente o direito pode assegurar a ordem e a segurança necessárias ao progresso.”
É a separação entre o direito e a religião, demonstrando a raiz da autonomia do direito que compõem até hoje uma das características da civilização ocidental.
Deriva da influência que o Direito Romano exerceu sobre os países da Europa Continental e suas colônias, dando ensejo à elaboração de leis, códigos, constituições.
Sistema da civil law, modelo hierárquico, originário da tradição romano-germânica, que tem sido adotado pelos países do continente europeu e ibero-americanos.
A jurisdição tem sido estruturada preponderantemente com a finalidade de atuação do direito objetivo e por isso a administração da justiça adota o modelo hierárquico, centralizador.
Nesse sistema, os juízes são considerados a boca da lei, expressão usada por Montesquieu para justificar a ideia de que os poderes dos juízes decorrem da lei e à lei devem estar sempre subordinados.
É imperioso que os juízes inferiores estejam rigidamente controlados pelos tribunais superiores para que se mantenham fiéis a essa missão de serem o instrumento de cumprimento da lei.
A paz social na civil law é um objetivo remoto.
A justiça da civil law tem sido a justiça do rei, do soberano, do Estado.
Civil Law é a estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil. O que basicamente significa que as principais fontes do Direito adotadas aqui são a Lei, o texto.
Exemplo: Se lá nos EUA dois homens desejam realizar uma adoção, eles procuram outros casos em que outros homossexuais tenham conseguido adoções e defendem suas ideias em cima disso. Mas a parte contrária pode alegar exatamente casos opostos, o que gera todo um trabalho de interpretação, argumentação e a palavra final fica com o Juiz.
É bom lembrar que nos países de Common Law também existe a lei, mas o caso é analisado principalmente de acordo com outros semelhantes.
	Aqui no Brasil, isso pode ocorrer, mas não é regra. A regra é usar o texto da lei, seguindo a vontade do legislador (quem escreveu). Mas esse texto também pode ser interpretado. E a lei também cai em desuso em alguns casos . Além disso, quando a lei ainda não aborda o assunto, a jurisprudência é muito recorrida.
É bom lembrar que nos países de Common Law também existe a lei, mas o caso é analisado principalmente de acordo com outros semelhantes.
	Aqui no Brasil, isso pode ocorrer, mas não é regra. A regra é usar o texto da lei, seguindo a vontade do legislador (quem escreveu). Mas esse texto também pode ser interpretado. E a lei também cai em desuso em alguns casos. Além disso, quando a lei ainda não aborda o assunto, a jurisprudência é muito recorrida.
Entretanto, com o início da vigência do Novo Código de Processo Civil (CPC), em 18/03/2016, tem-se início uma gradativa aproximação do Sistema Civil Law ao Sistema Common Law.
	Embora o Brasil possua um sistema jurídico essencialmente baseado na Civil Law, é possível constatar que os precedentes judiciais estão sendo aos poucos adotados pela legislação processual civil com a finalidade de imprimir maior segurança jurídica aos jurisdicionados e maior celeridade ao trâmite processual.
NORMAS JURÍDICAS
O fundamento das normas está na EXIGÊNCIA DA NATUREZA HUMANA DE VIVER EM SOCIEDADE, dispondo sobre o comportamento dos seus membros.
	Como a vida do grupo social está intimamente ligada à disciplina das vidas individuais, elas fundam-se na necessidade de organização da sociedade, exatamente porque não há sociedade sem normas de direito que têm por objeto uma ação humana, obrigando-a, permitindo-a ou proibindo-a.
A vida em sociedade exige o estabelecimento de normas jurídicas que regulem os atos de seus componentes; são os mandamentos dirigidos à liberdade humana no sentido de restringi-la em prol da COLETIVIDADE, pois esta liberdade não pode ser onímoda (sem limites), o que levaria ao caos.
	As normas de direito visam DELIMITAR a atividade humana, preestabelecendo o campo dentro do qual pode agir.
Norma e Regra originam de "regula", sendo semanticamente iguais. Regra se relaciona com princípios e a norma configura os comportamentos normalmente previsíveis do homem comum. 
	A NORMA possui dois significados na linguagem comum, a descritiva (descreve um comportamento) - ocorre a partir de uma lei natural (absolutas) ou social (tendencial), e a imperativa (emite uma ordem), ocorre a partir de uma vontade ou ordem superior, se descumprida pode ou não ter uma sanção.
NORMA JURÍDICA é a conduta imposta, de como e quando agir na sociedade, de forma imperativa, dotada de linguagem clara para o melhor entendimento de todos, com punições de sanções negativas.
	A norma permite que o destinatário escolha entre cumprir uma conduta, considerando-a lícita ou sofrer uma sanção estabelecida.
É a célula do ordenamento jurídico (corpo sistematizado de regras de conduta, caracterizadas pela coercitividade e imperatividade). 
É um imperativo de conduta, que coage os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada e desejada.
Para a norma jurídica:
 "Se A é, B deve ser, sob pena de S", 
ou seja,
para uma determinada condição (A), deve-se agir de acordo com o que foi combinado (B), sob pena de sofrer uma sanção (S) .
A NORMA JURÍDICA é um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos – e das pessoas jurídicas e demais entes. É uma regra de conduta social; sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. A norma jurídica imputa certa ação ou comportamento a alguém, que é seu destinatário.
Pertencendo ao mundo da ética, daquilo que “deve ser”, o mundo das normas, a norma jurídica opera com modais deônticos. Sendo basicamente três: PROIBIÇÃO, OBRIGATORIEDADE e PERMISSÃO.
As Normas Jurídicas possuem as seguintes Características
BILATERALIDADE: essa característica tem relação com a própria estrutura da norma, pois, normalmente, a norma é dirigida a duas partes, sendo que uma parte tem o dever jurídico, ou seja, deverá exercer determinada conduta em favor de outra, enquantoque, essa outra, tem o direito subjetivo, ou seja, a norma concede a possibilidade de agir diante da outra parte. Uma parte, então, teria um direito fixado pela norma e a outra uma obrigação, decorrente do direito que foi concedido.
GENERALIDADE: é a característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, sem distinção de qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. As obrigações jurídicas formulam-se da comunidade para o indivíduo, e não o contrário. Essa característica consagra um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei.
ABSTRATIVIDADE: a norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que, normalmente, ocorrem de uma forma. A norma não pode disciplinar situações concretas, mas tão somente formular os modelos de situação, com as características fundamentais, sem mencionar as particularidades de cada situação, pois é impossível ao legislador prevê todas as possibilidades que podem ocorrer nas relações sociais.
IMPERATIVIDADE: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida.
COERCIBILIDADE: pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica, desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o resultado do efetivo descumprimento. Pode-se dizer que a Ordem Jurídica também estimula o cumprimento da norma, que se dá pelas sanções premiais. Essas sanções seriam a concessão de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada norma.
COMO SÃO ELABORADAS AS LEIS NO BRASIL
Parágrafo único do art 1º da Constituição Federal:
	Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 3º da Lei de Introdução ao Código Civil
	Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
Art. 5º Lei de Introdução ao Código Civil
		Na aplicação da Lei o Juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Constituição Federal
- Das Leis –
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a:
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional;
ao Presidente da República;
ao Supremo Tribunal Federal;
aos Tribunais Superiores;
ao Procurador Geral da República;
e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 2º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento de cada um deles.
LEI - Lei é a regra de caráter geral que exprime a vontade do Estado, e por ele imposta a todos. Ninguém pode deixar de cumprir uma norma dizendo não a conhecer; ao contrário, o Estado presume que todos têm conhecimento das leis que cria, exigindo o seu cumprimento.
O caminho inicial é uma das esferas do poder político, o executivo ou o legislativo, propor uma lei. 
	No âmbito FEDERAL, o executivo é o presidente e o legislativo, a Câmara dos Deputados e o Senado. 
	No plano ESTADUAL, o executivo é o governador e, no municipal, o prefeito. No estado, o legislativo são os deputados estaduais e, nos MUNICÍPIOS, os vereadores.
Depois, a proposta entra em discussão em todo o legislativo - no âmbito federal, primeiro os deputados discutem, aprovam, e depois o mesmo é feito no Senado. O contrário acontece (do Senado para o Congresso) quando são os senadores propõem a lei.
Depois que foi aprovada pelo poder legislativo, o presidente, o governador ou o prefeito precisa sancionar a lei, sem a qual ela não tem validade. 
* Sancionar é declarar sua aprovação. 
*** Não é possível cortar trechos ou palavras, só artigos inteiros para não haver manipulação do texto, o que acontecia na época da ditadura.
A lei só vale mesmo quando publicada no Diário Oficial, seja da União ou dos estados. Quando o executivo veta a lei, ela volta para o legislativo e, depois de uma nova votação, pode passar a valer mesmo não tendo sido sancionada pelo presidente, governador ou prefeito.
Nesse caso há uma votação secreta para que o deputado ou vereador não sofra punições do poder executivo. Se ela for aprovada por 50% deles mais um, a lei é publicada e passa a valer.
*** Esta é uma forma de equilibrar os poderes, não os deixando concentrados nas mãos de apenas uma esfera política.
O processo para aprovação de uma lei é demorado e pode levar anos. Toda proposta é discutida nas comissões temáticas do legislativo e pode ser aberta para consulta pública para que deputados, senadores e vereadores ouçam pareceres técnicos ou mesmo a opinião da sociedade.
Art 65 CF: O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo Único: sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Embora todos os cidadãos tenham direito a opinar na discussão de uma lei, os resultados são mais eficientes quando as pessoas são organizadas em grupos. 
O PLEBISCITO (do Lat. plebiscitu - decreto da plebe) era considerado, na Roma antiga, voto ou decreto passados em comício, originariamente obrigatórios apenas para os plebeus. Hoje em dia, o plebiscito é convocado antes da criação da norma (ato legislativo ou administrativo), e são os cidadãos, por meio do voto, que vão aprovar ou não a questão que lhes for submetida.
Apesar de por vezes se considerar plebiscito como sendo o mesmo que referendo, a verdade é que os dois conceitos podem significar ações muito diferentes e que podem, por vezes, ter significados opostos.
Plebiscito: é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas; 
Referendo: é uma consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povo ratifica ("sanciona") a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita.

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