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Didática aula

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A educação nos acompanha por toda a vida. A todo o momento estamos aprendendo, ensinando, nos educando e participando da educação de alguém.
Educação – processo social – é resultado da interação entre os homens – envolve a transmissão reelaboração e produção de saberes, valores, modos de sentir, agir e pensar.
Assim, a educação é um processo que guarda múltiplas dimensões: pessoal, social, econômica, política, filosófica. Diz respeito a processos individuais de aprendizagem, a dinâmicas de grupos e culturas, a determinantes e estruturas de produção e poder, a concepções de mundo e de homem.
Toda sociedade tem um projeto de desenvolvimento e, dentro dele, idealiza um papel para a educação.
Projeto educacional conservador – Uma política ou projeto educacional conservador tende a reproduzir a forma como a sociedade está organizada. Tem como objetivo principal garantir que os sujeitos se tornem aptos a trabalhar pela continuidade desse sistema, gerando assim, harmonia social.
Projeto educacional transformador – Uma política ou um projeto educacional transformador procura modificar a forma como a sociedade está organizada. Neste caso, a educação objetiva promover a consciência crítica dos sujeitos e incentivar a organização social. E assim, cada grupo social, dependendo de sua visão sobre a sociedade, irá defender ou rechaçar um modelo educativo.
Portanto, não podemos falar de uma educação, mas de educações. Afinal, a educação não é a mesma em todos os tempos e em todas as partes. “Se considerarmos várias sociedades e várias épocas históricas, veremos que há diferentes tipos de educação e diferentes ideias educativas” (PILETTI, 1995). A educação é um processo histórico.
Embora o pensamento educacional venha se constituindo desde a antiguidade, a Didática surge como uma resposta aos desafios que se colocam para a educação com a emergência da escola. Nesse momento, a instrução popular é fundamental para a reforma religiosa, sendo necessário, portanto, encontrar um modo de normatizar a prática docente e racionalizar o ensino tornando-o mais eficiente.
Conheça alguns dos pensadores que contribuíram de forma valiosa para a Didática
Comenius (1592-1670)
Comenius é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII. Ele escreveu a Didáctica Magna, definida como “tratado da arte universal de ensinar tudo a todos”. 
Esse pensador comparava a arte de ensinar com o trabalho do jardineiro no cuidado das plantas – educadores devem semear na alma dos jovens boas lições e cuidar/regar para que floresçam. 
Inspirado nas proposições de Bacon, Comenius propunha um ensino do fácil para o mais difícil, das coisas às ideias, do particular para o geral, sem pressa.
Herbart (1776-1847) – bases teóricas – a ética determina os fins da educação, a psicologia regula os meios.
Herbart propõe uma abordagem científica para a educação e funda 
as bases teóricas da Didática na Filosofia e na Psicologia. Para ele, a educação moral deveria desenvolver na alma da criança o desenvolvimento de uma inteligência e uma vontade adequadas. 
Herbart toma a experiência sensível como fonte de conhecimento, mas não a única, pois, “à medida que elementos primários são experimentados, os conhecimentos posteriores são adquiridos com base nos primeiros”, num processo cumulativo, onde o homem passa a formular representações acerca de sua experiência. 
Ele desenvolveu um método de cinco passos que o celebrizou:
1º) recordar os conhecimentos já aprendidos;
2º) apresentar o conhecimento novo (transmissão);
3º) comparar o conhecimento novo com o velho (assimilação);
4º) levar a generalização;
5º) aplicação de exercícios.
Às proposições apresentadas anteriormente se opuseram a educadores que deslocavam a centralidade do ensino para a aprendizagem na abordagem dos processos pedagógicos.
DEWEY – 1859 -1952 – 
Crítica ao modelo tradicional. 
Pedagogia Tradicional
Surge no momento de consolidação do capitalismo e da escola moderna como uma resposta aos processos de racionalização das instituições. 
Objetivo: exercitar a inteligência e formar o senso moral - preparar o intelectual. 
Conhecimentos: são tidos e passados como verdades absolutas, independentes da experiência. Sua apreensão se dá por mera memorização.
Avaliação: é centrada no produto do trabalho. Uso de testes e provas.
Relação professor-aluno: o aluno é visto como um receptor passivo, inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações. O professor é tido como uma figura de autoridade, centro dos processos pedagógicos. A disciplina é utilizada como mecanismo de controle e garantia de que o conhecimento seja conseguido independente do interesse do aluno.
Metodologia: aulas expositivas, atividades de repetição e memorização, exercícios, “lições de casa”. Privilégio do verbal, escrito e oral.
Modelo renovado de DEWEY
Pedagogia Renovada
É a chamada Pedagogia Nova ou Escola Nova, origina-se em movimento pedagógico nos Estados Unidos e na Europa no final do século XIX, influenciando o Brasil por volta dos anos 1930. O movimento escolanovista criticou a “escola tradicional” e propôs uma “escola nova”, fundada nas novas ciências e em uma visão multidimensional do homem.
Objetivo: desenvolver a inteligência, considerando seus determinantes biopsicossociais - formar o homem. 
Conhecimentos: são vistos como produtos da interação do homem com o mundo, compreendidos/aprendidos a partir da experiência vivida (aprendizagem significativa).
Relação professor-aluno: o aluno é ativo, sujeito de seu processo de aprendizagem. O professor é um facilitador da aprendizagem do aluno.
Método: ensino fundamentado na atividade do aluno - aprender experimentando, aprender a aprender (Pedagogia Ativa); conteúdos e atividades organizados em torno de projetos e adequados aos diferentes níveis de aprendizado, às necessidades e interesses dos alunos. 
Avaliação: centrada no processo de aprendizagem, múltiplos critérios e instrumentos, autoavaliação.
Para Dewey, o ensino deve adequar-se aos diferentes níveis de aprendizado, às necessidades e interesses dos alunos. O professor deverá organizar os conteúdos e atividades em torno de centros de interesse e criar situações-problema estimuladoras para provocar os sentidos e a inteligência dos alunos.
Assim em oposição a Herbert, ele propõe um método de cinco passos.
Colocar os alunos em atividade(Experiência)
Definir uma problemática de estudos (Problematização da Experiência)
Buscar informações e fazer observações (Coletar dados)
Levantar sugestões para a solução do problema (Hipóteses)
Testar as sugestões (experimentação/verificação).
Como você pôde perceber, até meados do século XX, a Didática oscilou entre dois modos de interpretar as situações de ensino-aprendizagem.
Ênfase na aprendizagem, no sujeito que aprende, seduzido a aprender.
Ênfase no ensino, no método, “como caminho que leva do não saber ao saber, caminho formal descoberto pela razão humana”. (CASTRO, 2009).
Hoje, com as intensas transformações ocorridas nos processos sociais de produção e de difusão de informação, novas reflexões sobre o papel da educação e das organizações educacionais tomam cada vez mais espaço na vida social. Diferentes tendências doutrinárias e/ou teóricas desenvolvem concepções acerca dos processos ensino-aprendizagem.
A partir de uma concepção crítica acerca dos processos educacionais, mais que uma visão universalizante sobre os processos ensino-aprendizagem, é preciso considerar os contextos onde eles se dão, as cotidianidades e sentidos que eles constroem. Assim, a Didática passa a ser vista como “Uma reflexão sistemática e busca de alternativas para os problemas da prática pedagógica”. (CANDAU, 2004).
Pedagogia Crítica
Surge nos fins da década de 1950, em contraposição à escola que reproduz o sistema e as desigualdades sociais. Propõe uma educação como instrumento de libertação do homem e transformação da realidade/sociedade.
Objetivo: preparar o aluno paraparticipação ativa, consciente e crítica na sociedade – formar o cidadão.
Conhecimentos: são construídos nas relações entre os homens, são culturais e históricos, sempre reavaliados frente à realidade social.
Relação professor-aluno: é dialógica e democrática – os alunos e professores são vistos como sujeitos socioculturais que criam cultura no ato de conhecer. A prática pedagógica é vista como práxis - prática política. Assim, o professor é engajado, faz a mediação crítica entre a realidade, o conhecimento e os alunos. 
Método: parte de temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio aluno; rodas de leitura, discussão/debate com vistas a desvelar contradições que engendram os processos de dominação. 
Avaliação: avaliação dialógica, mediadora, mais voltada para a reflexão dos processos pedagógicos do que para o desempenho dos alunos.
Dentro da perspectiva crítica, é preciso que todo educador desenvolva uma visão contextualizada e multidimensional dos processos pedagógicos. Que desenvolva um senso crítico capaz de analisar os fins sociais e específicos das práticas pedagógicas, vivenciadas numa determinada cultura e sociedade a partir dos elementos que constituem a situação didática: os sujeitos (o professor, o aluno), os espaços, os saberes, as metodologias de ensino (os procedimentos e os recursos).
Na concepção crítica de educação, o trabalho do professor se desenvolve a partir de recursos, procedimentos e relações organizadas dentro da escola, visando à aprendizagem de um saber sistematizado pelo aluno. Mas, o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola não possui um fim em si mesmo.
Por meio do ato de ensinar, a escola concretiza finalidades educativas específicas no contexto da sociedade (CANDAU, 2004)
Por isso, é preciso considerar os diferentes elementos e dimensões que envolvem a situação didática.
Dimensão Humana – O processo de ensino-aprendizagem se realiza através da interação entre pessoas, com seus sentimentos e ideias, provocando afetos e conflitos.
Dimensão político-cultural – O processo ensino-aprendizagem acontece num determinado ambiente educacional e contexto histórico.
Dimensão técnica – O processo ensino-aprendizagem é uma atividade intencional, com recursos, procedimentos e situações organizadas a partir de princípios filosófico-pedagógicos e com determinados objetivos.
A condição para um professor assumir o papel de sujeito nos processos pedagógicos é:
Reconhecer que a prática pedagógica não está desvinculada da prática social mais ampla.
Assumir um compromisso com a sua competência política e técnica, como sujeito que se coloca diante do mundo.
Encontrar em si o que o mobiliza, o que provoca seu desejo e a sua alegria de ensinar.
Descobrir a dar forma a sua intencionalidade, a sua vontade
Começar a se questionar e a procurar respostas aos desafios que a prática pedagógica nos coloca todos os dias.
Nessa disciplina, vamos refletir sobre essas questões. Provavelmente, nem todas as respostas serão encontradas, mas certamente, aprenderemos a fazer boas perguntas.

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