Buscar

Sais Minerais

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Minerais
Os Minerais são uma grande classe de micronutrientes, sendo em sua maioria considerados essenciais. São tradicionalmente divididos em macrominerais (elementos de volume) e microminerais (elementos-traço) que são os necessários em pequenas quantidades diárias (miligramas ou microgramas), para manutenção da normalidade metabólica das células.
Interação Mineral
Os minerais podem ter interações negativas com outros minerais, afetando sua absorção, transporte e armazenamento. Ex: a absorção de zinco é reduzida pela suplementação com ferro não-heme.
Funções
Apresentam diversas funções no organismo:
 Estrutural formação de ossos e dentes
 Funcional ritmo cardíaco, contratilidade muscular, condução nervosa, equilíbrio hídrico, manutenção do equilíbrio ácido-básico, etc.
Regulação metabolismo celular (enzimas e hormônios)
Macrominerais
São essenciais para os seres humanos adultos em quantidade de 100 mg/dia ou mais, são: Cálcio, Fósforo (fosfatos), Magnésio, Enxofre (sulfato), Sódio, Cloro e Potássio. Com Exceção do enxofre, estes minerais são encontrados tipicamente no estado iônico como componentes inorgânicos no corpo.
Microminerais
Uma serie de elemento presentes em quantidade mínima nos tecido corporais são essenciais para o ótimo crescimento.
Oligoelementos: requeridos em quantidades que variam de 1 a 100mg/dia.
Zinco, Ferro, Manganês, Cobre e Flúor
Elementos ultratraço: requeridos em doses inferiores a μg/dia.
Selênio, Molibdênio, iodo, cromo, boro, cobalto
Cálcio
E mineral mais abundante do organismo, constitui cerca 1,5 a 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% do cálcio esta presente nos ossos e dentes, (por isso a importância do cálcio na alimentação da criança, para a formação óssea e dos dentes). O 1% restante do cálcio esta presente no sangue e fluido extras celulares e dentro das células de todos os tecidos, o qual regula varias funções importantes.
Absorção, Transporte e Armazenamento 
O cálcio é absorvido por todas as partes do intestino delgado, porém a absorção mais rápida após uma refeição ocorre no duodeno onde uma meio acido (ph<7) prevalece. A eficiência de absorção é de 10 a 60%, dependendo da disponibilidade do mineral na dieta, e de características individuais.
O cálcio é absorvido por dois mecanismos:
Transporte ativo- É um mecanismo (principalmente no duodeno e jejuno proximal) saturável, é controlada pela ação da 1,25-diidroxivitamina D ou vitamina D. (A vitamina D aumenta a captura de cálcio na borda em escova da célula da mucosa intestinal e estimula a produção de proteínas ligadoras de cálcio). Esse mecanismo se torna muito mais importante quando a ingestão de cálcio é baixa e as necessidades não estão sendo atendidas.
Transferência passiva- Mecanismo não saturável (sem limites) e independente de vitamina D, ocorre ao longo de todo o intestino delgado (quando grandes quantidades de cálcio são consumidas em uma única refeição).
Funções
A ingestão adequada é necessária para permitir ganhos ótimos na massa e densidade ósseas nos anos pré-puberais e da adolescência.
Quantidades adicionais de cálcio são recomendadas para atender as necessidades da gravidez e lactação. Construção e manutenção de ossos e dentes.
Influencia as funções de transporte das membranas celulares.
O cálcio ionizado inicia a formação de um coagulo sanguíneo pela estimulação de tromboplastina das plaquetas sanguíneas.
Fontes Alimentares e Ingestão:
As hortaliças de folhas verdes escuras, como couve, folhas de mostarda e brócolis; as sardinhas, salmão enlatado, moluscos e ostras são boas fontes de cálcio. A soja, tofú, Pães e produtos de trigo preparados com propinato de cálcio são boas fontes. E o leite e seus derivados.
excessiva em tecidos moles, especialmente os rins, além de problemas cardiovasculares e neurológicos. Sintomas gastrintestinais também podem estar presentes.
Deficiência:
Alterações cardiovasculares (incluindo hipotensão, arritmias, insuficiência cardíaca, parada cardíaca) e neuromusculares (fraqueza, espasmos musculares, hiper-reflexia, convulsões, tetania e parestesia), e doenças ósseas (como osteoporose).
Excesso:
Uma ingestão muito alta de cálcio (2000 mg ou mais por dia) é causa potencial de hipercalcemia. Pode levar a calcificação 
Fósforo
O fósforo constitui aproximadamente 1% do peso corporal do ser humano. Cerca de 90% do fósforo encontra-se nos ossos. O restante do fósforo orgânico relaciona-se a uma serie de funções metabólicas, sendo metade dessa quantidade encontrada na musculatura. O fósforo, assim como o cálcio, esta sob influencia da vitamina D e do hormônio paratireoidiano.
Absorção, Transporte e Armazenamento
A maioria dos fosfatos é absorvida no estado inorgânico. O fosfato organicamente ligado é hidrolisado no lúmen intestinal e liberado como fosfato inorgânico, principalmente pela ação da fosfatasses pancreáticas ou intestinais. Sua absorção é estimulada pela presença de vitamina D. a eficácia de absorção é de 60 a 70% nos adultos.
Funções
O fósforo participa de várias funções essenciais do corpo. O acido desoxirribonucleico (DNA) e o acido ribonucleico (RNA) são baseados no fosfato. O fósforo relaciona-se intimamente a mineralização óssea e dos dentes, mas também têm um papel estrutural ao nível de célula, notadamente nos fosfolipídios, constituintes das membranas celulares.
O fosfato participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo tem um papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de ATP (adenosina trifosfato). É graças ao fosfato que a célula pode dispor de reservas de energia. Além disso é importante na absorção e transporte de nutrientes, na regulação da atividade proteica e no balanço ácido-base.
Como parte dos fosfolipídios, o fósforo esta presente em cada membrana celular do corpo. As reações do fosforilação e desfosforilaçao controlam varias etapas na ativação e desativação de enzima citológicas pela fosfatasses. o sistema de tampão do fosfato é importante no fluido intracelular e túbulos renais, onde o fosfato funciona na excreção do íon hidrogênio.
Os íons fosfato combina-se com íons de cálcio para formar hidroxiapatita, a principal molécula inorgânica presente nos dentes e ossos. O mineral ósseo, não o mineral dental, fornece íons fosfatos por meio de regulação homeostática de cálcio sérico pelo PTH.
Fontes Alimentares e Ingestões
Em geral as boas fontes de proteínas também são boas fontes de fósforo. Carne, peixes e ovos são excelentes fontes. O leite e seus derivados são boas fontes, assim como as nozes e leguminosas, cereais e grãos.
Quantidade significativa de fósforo também podem ser encontrados em bebidas carbonatadas (refrigerantes gaseificados) na forma de fosfato.
Deficiência
Considerando que o fosfato é muito encontrado na natureza, a deficiência de fósforo é rara, e geralmente tem causas múltiplas: diminuição do aporte na nutrição parenteral exclusiva, alcoolismo crônico, jejum prolongado (idosos), perdas de origem digestiva ou precipitação por antiácidos gástricos em tratamentos prolongados...
Os sintomas resultam principalmente da síntese diminuída de trifosfato de adenosina (ATP) e de outras moléculas orgânicas de fosfato. Ocorrem anormalidades neurológicas, renais e outras.
Excesso
Seu excesso pode causar uma mobilização exagerada do cálcio ósseo, com aumento dos riscos de osteoporose nas mulheres durante a menopausa.
Essa hipótese, porem, necessita de estudos que a comprovem, mas mostra uma vez mais a necessidade de um aporte equilibrado dos diversos minerais e Oligoelementos.
Magnésio
O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante (após o potássio) no corpo. O organismo do ser humano adulto contém aproximadamente 28g de magnésio, dos quais cerca de 60% se encontram nos ossos, 26% nos músculos e o restante nos tecidos moles e fluidos corporais.
Cerca de metade do magnésio no plasma é livre, aproximadamente um terço está ligado à albumina e o
restante está ligado à nitrato, fosfato ou outros ânions.
Absorção, Transporte e Armazenamento 
O magnésio pode ser absorvido ao longo de toda a extensão do intestino delgado, mas a maior parte da absorção ocorre no jejuno. A eficiência de absorção é de 35 à 45%.
A entrada do magnésio no lúmen intestinal ocorre por dois mecanismos: Um processo facilitado por carreador e Difusão simples.
Um mecanismo facilitado saturável funciona em baixas concentrações intraluminais, enquanto o movimento paracelular através da mucosa predomina por toda e extensão do intestino delgado, quando as concentrações intraluminais são altas. 
 Funções
A principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do ATP nas reações enzimáticas dependentes de ATP. O magnésio é um co-fator para mais de 300 enzimas envolvidas no metabolismo de componentes alimentares e na síntese de muitos produtos como: Síntese de ácidos graxos e proteínas; Fosforilação da glicose e seus derivados na via glicolítica, etc.
O magnésio desempenha um papel na transmissão e atividade neuromuscular, trabalhando em conjunto e contra os efeitos do cálcio, dependendo do sistema envolvido. Na contração muscular normal, o cálcio atua como um estimulador e o magnésio atua como um relaxante. O magnésio atua como um bloqueador do canal do cálcio fisiológico e é chamado de “bloqueador da natureza”.
Ingestões Alimentares
Boas fontes de magnésio são as sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais moídos, assim como hortaliças de folhas verde-escuras porque o magnésio é um constituinte essencial da clorofila.
O leite é uma boa fonte moderada de magnésio. Peixes, carnes e as frutas (como laranjas, maçãs e banana) são fontes pobres (com baixo teor de magnésio).
Deficiência
Apesar de muito rara, são sintomas da deficiência grave de magnésio: espasmos musculares, tremores, mudança de personalidade, anorexia, náuseas e vômitos. A tetania, movimentos abruptos, convulsões e coma também foram relatados em indivíduos com deficiência. A hipoglicemia e a hipocalemia ocorrem tipicamente muito cedo, juntamente com a alteração da resposta do individuo ao PTH. Pode também ocorrer alguma retenção de sódio.
Entre os efeitos de depleção grave de magnésio sobre o metabolismo ósseo a secreção diminuída de PTH pelas glândulas paratireoide, respostas ósseas e renal prejudicadas ao PTH, resistência à vitamina D, formação alterada de cristais de hidroxiapatita e crescimento ósseo prejudicado nos jovens, ou osteoporose no idoso.
A baixa ingestão de magnésio é agora considerada um fator de risco potencial para hipertensão.
Excesso
O excesso de magnésio poder inibir a calcificação óssea, porém, excessos de magnésio por fontes alimentares, inclusive suplementos, é muito improvável que resulte em toxicidade.
Os únicos casos de excesso que foram relatados envolvem trabalhadores de fundição de minérios que inalaram ou de outra maneira ingeriram níveis tóxicos de pó de magnésio.
Enxofre
O enxofre é um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos biológicos celulares.
Funções
Ele tem funções energéticas e plasmáticas. O enxofre está presente em todas as células do organismo humano, representando 0,5% do peso do organismo humano, principalmente nos locais ricos em aminoácidos sulfurados, como pele, unhas e cabelo. Constituintes de três aminoácidos – cistina, cisteína e metionina - e de muitas outras moléculas orgânicas. Como tal, está presente como parte dessas moléculas orgânicas em todas as células e nos compartimentos extracelulares, tais como no tecido conjuntivo.
Excreção: 
Excretado na urina como sulfitos.
Sua função principal 
É a desintoxicação ou eliminação de produtos tóxicos. Enxofre liga para neutralizá-las e, assim, ser eliminada.
Possui função plástica, isto é, participando da reparação e construção de tecidos e células;
Participa do colágeno, substância importante principalmente para a formação e manutenção da pele, tecido conjuntivo e ossos;
Participa do metabolismo de gorduras e carboidratos;
Da formação do coágulo sanguíneo;
 Da formação de algumas vitaminas;
Da formação de proteínas, especialmente as muco-proteínas;
No processo de transferência de energia. Auxilia no combate aos micróbios e parasitas
Fontes Alimentares
As fontes alimentares de enxofre englobam carne, aves, peixes, ovos, feijões secos, brócolis, couve-flor, leite, queijos, cereais e frutas secas.
Deficiência
Ardor na garganta e no abdômen;
Astenia (sensação de debilidade física e psíquica generalizada);
Depressão nervosa, neurite, histerismo e outros problemas de natureza nervosa;
Intumescimento do fígado, baço e útero; Redução do brilho e textura da pele;
Dores nas articulações; 
Mau odor na saliva.
Excesso
Não foi encontrado um nível de toxicidade, uma vez que o excesso de enxofre é excretado principalmente pela urina.
Sódio
 
O sódio (Na+) é o principal cátion do fluido extracelular, água e substancias dissolvida nos espaço fora das células, varias secreções intestinais, tais como a bile e o suco pancreático, contem quantidades substanciais de sódio. Aproximadamente 35 a 40% do total de sódio corporal esta no esqueleto; porém a maior parte desse sódio é imutável ou apenas lentamente permutável com aquele dos fluidos corporal.
Ao contrario do que se pensa, o suor é hipotônico e contém uma quantidade relativamente pequena de sódio.
Funções
O sódio regula o seu volume e o volume do plasma sanguíneo. O sódio também auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração muscular.
Fontes
A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, ou sal de mesa comum, do qual o sódio constitui 40% do peso. Os alimentos de origem proteica geralmente contem mais sódio de ocorrência natural do que os vegetais e grão, enquanto as frutas contem pouco ou nenhum sódio.
Deficiência
A deficiência de sódio no organismo traz consequências como: Letargia, fraqueza, convulsões.
Excesso
Pode causar hipertensão; Problemas no sistema nervoso central, distúrbios no volume do plasma sanguíneo e edema.
Cloreto
O cloreto é amplamente distribuído por todo o corpo como o principal ânion dos fluidos extracelulares. As concentrações mais altas de cloreto são encontradas no fluido cérebro-espinhal, bile e sucos gástricos e pancreáticos.
Funções
Junto com o sódio, o cloreto ajuda a manter o equilíbrio ácido-base e a pressão osmótica.
Fontes
As maiores partes do cloreto da dieta provem do cloreto de sódio (sal de mesa), que é 60% de cloreto em peso. O cloreto da água contribui apenas com uma fração muito pequena do cloreto consumido na dieta.
Deficiência
Uma síndrome de deficiência de cloreto foi descrita em lactentes que recebiam uma formula deficiente em cloreto, a síndrome e caracterizada por perda de apetite, deficiência no desenvolvimento, fraqueza muscular, letargia e alcalose metabólica grave com consequente hipocalemia.
Potássio
O potássio, o principal cátion do fluido intracelular esta presente em pequenas quantidades no fluido extracelular.
Funções
Juntamente com o sódio, o potássio esta envolvido na manutenção do equilíbrio ácido-base. Junto ao cálcio, é importante na regulação da atividade neuromuscular. Também promove crescimento celular. O conteúdo de potássio no músculo esta relacionado à massa muscular e armazenamento de glicogênio.
Fontes
Em geral, frutas, hortaliças, carne fresca e produtos de laticínio são boas fontes de potássio.
Deficiência
A ingestão insuficiente de potássio foi ligada a hipertensão e osteoporose.
Ferro
O ferro foi reconhecido como nutriente essencial há mais de um século. A anemia por deficiência de ferro é a doença nutricional mais comum do mundo. O corpo humano adulto contém ferro com dois pools principais: (1) ferro heme; (2) ferro não heme.
O ferro é altamente conservado pelo corpo: aproximadamente 90% são recuperados e reutilizados a cada dia. O resto é excretado, principalmente na bile.
Função
Quimicamente, o ferro é um elemento
altamente reativo que pode interagir com o oxigênio para formar intermediários com o potencial de danificar membranas celulares ou degradar o DNA.
Este envolvido na função das hemácias, na atividade da mioglobina e nos papeis de várias enzimas não heme e heme.
Por suas propriedades de oxidação e redução, o ferro possui papel no transporte no sangue e respiratório de oxigênio e dióxido de carbono (componente ativo dos citocromo, envolvidas no processo de respiração celular e geração de energia). Função imunológica e no desempenho cognitivo.
A hemoglobina, presente nas hemácias, é sintetizada nas células imaturas na medula óssea. 
 A hemoglobina trabalha de duas maneiras:
(1) a heme que contém ferro se combina com o oxigênio nos pulmões;
(2) a heme libera o oxigênio dos tecidos onde captura dióxido de carbono e então libera nos pulmões após seu retorno dos tecidos.
O ferro é necessário para as bactérias; portanto sua sobrecarga pode resultar em maior risco de infecções. A deficiência diminui a imunidade humoral e celular.
Duas proteínas que se ligam ao ferro transferrina (no sangue) e lactoferrina (no leite materno), parecem proteger o organismo contra infecções por negar o ferro aos microrganismos que o necessitam para sua proliferação.
O ferro é utilizado pelas células cerebrais para sua função normal. Ele esta envolvido na função e síntese de neurotransmissores e, possivelmente, da mielina.
Fontes Alimentares
A melhor fonte de ferro da dieta é o fígado, seguido por frutos do mar (ostras e peixes), rim, coração, carne magra e aves.
Os feijões secos e hortaliças são a melhores fontes vegetais. Alguns outros alimentos que fornecem ferro são gemas de ovos, frutas secas, melaço escuro, Pães de grãos integral e enriquecidos, vinhos e cereais.
Deficiência
A deficiência do ferro, precursora da anemia por deficiência de ferro é a mais comum de todas as doenças nutricionais. Os estágios finais de deficiência de ferro englobam anemia microcítia hipocrômia. Essas deficiências podem ser causadas por lesão, hemorragia ou enfermidades, e ingestão inadequada.
Excesso
A principal causa de sobrecarga é a hemocromatose hereditária (absorção excessiva ou ingestão excessiva de ferro).
As transfusões sanguíneas frequentes ou ingestões em longo prazo de grandes quantidades de ferro podem levar ao acumulo anormal no fígado. Favorece a oxidação da lipoproteína de baixa densidade, lesão de vaso arterial e outros efeitos adversos que envolvem o sistema cardiovascular.
Zinco
O Zinco está abundantemente distribuído em todo o corpo humano e está em segundo lugar apenas em relação ao ferro entre os elementos traço. O corpo humano possui cerca de 2 a 3g de zinco com as maiores concentrações no fígado, pâncreas, rins, ossos e músculos. Outros tecidos com altas concentrações incluem várias partes do olho, próstata, espermatozoide, pele, cabelo e unhas.
Funções
*Estruturais: É altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, próstata...
O zinco funciona como determinante da forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas ligadas ao DNA.
*Enzimáticas: Estima-se que cerca de 3.000 enzimas requerem zinco para sua atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas na expressão gênica, incluindo as RNA-polimerases, metaloenzimas, incluindo malato-desidrogenase, as carboxipeptidades A e B, etc.
*Regulatórias: O zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento, necessário para síntese proteica, replicação de ácidos nucléicos, divisão celular... É necessário para o funcionamento adequado de linfócitos, mobilização de neutrófilos e ação de fibroblastos, o que torna essencial na defesa imunológica e na cicatrização.
Fontes alimentares
As ingestões de zinco são fornecidas por carnes, peixes, aves, cereais matinais prontos para o consumo fortificados com zinco e leite e seus derivados. As ostras e outros mariscos, fígados, cereais de grãos integrais, feijões secos e nozes são boas fontes de zinco. Os produtos de soja são também razoavelmente bons de zinco. Em geral a ingestão de zinco correlaciona-se com a ingestão de proteínas.
Deficiências
Os principais sintomas incluem pequena estatura, hipogonadismo, leves anemia e baixos níveis plasmáticos de zinco a hipogeusia (menor acuidade do paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões de pele.
A acarodermatite enteropática, uma doença autossômica recessiva caracterizada pela má absorção do zinco, resulta em lesões eczematosas da pele, alopecia, diarreia, infecções bacterianas e fúngicas, e eventualmente, morte, se deixada sem tratamento.
Toxicidade
Suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre.
O sulfato de zinco em quantidades de 2g/dia ou mais pode causar irritação gastrointestinal e vômito.
flúor
O Flúor é um elemento natural encontrado em quase toda água potável e solos, apesar do teor de flúor variar muito em todo o mundo.
Funções
O Flúor é considerado importante, se não essencial, por seu efeito benéfico no esmalte dental conferindo-lhe resistência máxima à cárie dental- e possivelmente para a hidroxiapatita esquelética.
Atua também como agente antibacteriano na cavidade oral, servindo como inibidor enzimático.
O flúor substitui o grupo hidroxila na estrutura treliça dos sais de fosfatos de cálcio (isto é, hidroxiapatita) dos dentes para formar a fluoroapatita, que é mais dura e menos prontamente reabsorvida que a hidroxiapatita.
Fontes Alimentares
As maiores fontes são a água potável e os alimentos processado que formam preparados ou reconstituídos com água fluretada, os frutos do mar também são ricos em flúor.
As sopas e ensopados feitos com peixes e ossos de carne também fornecem boas quantidades de flúor. Fígado bovino e galinha carne desossados mecanicamente são também ricos em flúor.
Deficiência
Como não há funções metabólicas conhecidas para o flúor, não pode haver uma deficiência verdadeira que resulte em doença.
Excesso
Pode ocorrer fluorose dental.
*6,0mg/dia – Anulação de toda a parte do efeito benéfico (problemas ósseos e neurológicos em crianças mal nutridas);
*10,0 a 20 mg/dia- Quantidade tóxica (problemas gástricos pelo acido fluorídrico);
*200mg morte em crianças sensíveis; 2g pode matar um adulto.
cobre
O cobre, um constituinte normal do sangue, é outro micronutriente essencial estabelecido.
As concentrações do cobre são maiores no fígado, cérebro e rim. O músculo contém baixas concentrações de cobre, mas, em função de sua grande massa, o músculo esquelético contém aproximadamente 40% de todo o cobre no corpo.
Funções
O cobre é um componente de muitas enzimas. A manifestação clinica de cobre são atribuíveis a falhas enzimáticas. O cobre na ceruloplasmina tem um papel bem documentado na oxidação do ferro antes de ser transportado no plasma.
A lisil oxidase, uma enzima que contém cobre, é essencial na ligação cruzada derivada de lisina de colágeno e elastina que são proteínas do tecido conjuntivo.
A proteína de transporte de elétrons que contém cobre este também participa da produção de energia mitocondrial. Com parte das enzimas que contém cobre como a superóxido dismutase, o cobre protege contra oxidantes e radicais livres e promove a síntese de melanina e catecolaminas.
Fontes Alimentares
O cobre esta presente nos alimentos de origem animal (excerto leite). Os alimentos ricos em cobre são os mariscos (ostras), vísceras (fígado, rim), carnes de músculos, chocolate, nozes, grãos de cereais, leguminosas secas e frutas secas.
Em geral, as frutas e os vegetais têm poucas quantidades de cobre.
Deficiência
A deficiência de cobre é caracterizada por anemia, neutropenia e anormalidades esqueléticas, especialmente desminerização. Outras alterações também podem ocorrer inclusive hemorragias subperiosteais, despigmentação
do cabelo e pele e formação de elastina defeituosa. A neutropenia e a leucopenia são as melhores indicações iniciais de deficiência de cobre.
Excesso
A toxicidade do cobre pelo consumo de alimentos é considerada impossível, porém, já foi relatada a toxicidade por suplementação excessiva ou por sais de cobre utilizados na agricultura. A cirrose hepática geralmente se desenvolve por ingestões tóxicas e também ocorrem anormalidades na formação de hemácias
iodo
O corpo contém de 20 a 30mg de iodo, com mais de 75% na glândula tireoide e o resto distribuído em todo o corpo, particularmente na glândula mamaria lactante, mucosa gástrica e sangue. A necessidade dietética de iodo é para síntese de hormônios tireoide.
Fontes Alimentares
O iodo é encontrado em quantidades variáveis nos alimentos e água potável. Os frutos do mar, tais como moluscos, lagostas, ostras, sardinhas e outros peixes de água salgada são fontes mais ricas de iodo.
O teor de iodo das hortaliças varia de acordo com aquele do solo no qual eles cresceram. O uso de sal iodado deveria ser defendido em certas áreas para prevenir o bócio. A melhor maneira de obter uma ingestão adequada de iodo é utilizar sal iodado no preparo do alimento.
Deficiência
A deficiência de iodo é a causa mais evitável de deficiência mental do mundo. As ingestões muito baixas de iodo estão associadas ao desenvolvimento do bócio endêmico ou simples, que é aumento do volume da glândula tireóide.
Excesso
O iodo em excesso na dieta pode resultar em hipotireoidismo, formação de bócio ou hipertireoidismo. A doença auto-imune tireoidiana e carcinoma papilar tireoidiano podem ocorrer em proporção maior quando a ingestão media do iodo é alta, como em certas populações consumindo sal iodado.
Selênio
O selênio é um elemento-traço necessário para a produção de enzimas fundamentais na neutralização de radicais livres e na proteção contra peroxidaçao lipídica das membranas celular e sub-celulares. O selênio age em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante. O selênio também esta envolvido na síntese da enzima que retira iodo da molécula de T4, transformando-o numa forma ativa, o T3 (triiodotironina).
Fontes Alimentares
A concentração de selênio nos alimentos depende do teor de selênio do solo e água onde foram cultivados.
As principais fontes alimentares de selênio são castanhas do Pará, frutos do mar, rins, fígado, carne vermelha e aves. Frutas e vegetais são pobres em teor de selênio. A principal fonte alimentar de selênio identificado foi os alimentos de origem animal.
Deficiência
Sua deficiência é rara em populações em todo mundo. A primeira doença de deficiência de selênio é conhecida como doença de Keshan, uma forma de miocardiopatia que afeta principalmente crianças e mulheres (observada na China);
A segunda doença é conhecida como doença de Kashin-Beck e é comum é pré-adolescentes e adolescentes (descoberta na Mongólia). A doença inicialmente envolve rigidez simétrica, inchaço e dor nas articulações interfalangeanas dos dedos das mãos, seguida de osteoartrite generalizada na qual, cotovelos, joelhos e tornozelos também são acometidos.
Excesso
Os sinais de toxidade conhecida como selenose, incluem alterações cutâneas e das unhas, cárie dental e anormalidades neurológicas.
manganês
A deficiência de manganês em seres humanos foi relatada pela primeira vez em 1972 e a sua essencialidade em seres humanos está bem estabelecida.
Funções
O manganês é um componente de muitas enzimas, inclusive glutamina sintetase, piruvato carboxilase e dismutase mitocondrial. O manganês ativa muitas outras enzimas, a maioria das quais também pode ser ativada pelo magnésio. O manganês está associado à formação de tecidos conjuntivo e esquelético, crescimento, reprodução e metabolismo de carboidratos e lipídeos.
Deficiência
Os sintomas de deficiência são perda de peso, dermatite temporária e, ocasionalmente náusea e vômitos, uma alteração na cor do cabelo e crescimento lento de pelos e cabelos.
Estudos em animais estabeleceram que o manganês fosse essencial para a reprodução; A esterilidade ocorre em ambos os sexos; Anormalidades esqueléticas notáveis e ataxia caracterizam a prole de mães deficientes em manganês.
Excesso
A toxicidade de manganês ocorreu em mineradores através da absorção pelo trato respiratório. Este excesso se acumulou no fígado e SNC, produz sintomas semelhantes à doença de Parkinson.
Também ouve toxicidade em pacientes que recebiam nutrição parenteral com manganês. Os sintomas incluem cefaleias, tontura, imagens anormais na ressonância magnética e disfunção hepática.
cromo
O cromo não era aceito como um nutriente essencial até 1977, entretanto, quando os pacientes que recebiam nutrição parenteral exibiam anormalidades do metabolismo de glicose estas eram revertidas pela suplementação com cromo.
Fontes Alimentares
O levedo da cerveja, ostras, fígado e batatas possuem altas concentrações de cromo; os frutos de mar, grãos integrais, queijos, frango, carnes e farelo possuem concentrações médias de cromo.
A refinação do trigo remove o cromo juntamente com o germe e farelo, a refinação do açúcar fraciona o cromo nas porções de melaço.
Os laticínios, frutas e vegetais são pobres em cromo.
Deficiência
Sua deficiência resulta em resistência à insulina e algumas anormalidades lipídicas, que podem ser melhoradas com suplementação com cromo.
Entre os sintomas de deficiência de cromo em animais o crescimento prejudicado, concentrações séricas elevadas de colesterol e triglicerídeos, incidência aumentada de aterosclerose, lesões corneanas, fertilidade e contagem de esperma diminuído.
Excesso
Toxicidade a parti da alimentação não foi relatada, porém, o picolonato de cromo tomado como suplemento em altas doses por atletas e levantadores de peso resultou em alguns efeitos adversos, principalmente lesão de pele.
Molibdênio
O molibdênio foi estabelecido como micronutriente essencial, particularmente por sua necessidade na enzima xantina oxidase.
Os indivíduos que recebiam nutrição parenteral em longo prazo exibiram sintomas de deficiência de molibdênio, inclusive alterações mentais e anormalidades de metabolismo de enxofre e purina.
Funções
A xantina oxidase, aldeído oxidase e sulfito oxidase, todas as enzimas de um grupo prostético que contenha molibdênio. O sulfito oxidase é importante para a degradação de metionina e também catalisa a formação de sulfato a partir de sulfito.
Sua função como co-fator em diversas enzimas é essencial para o metabolismo de aminoácidos, nucleotídeos e ácido úrico, e no metabolismo de drogas e medicamentos.
Fontes Alimentares
O molibdênio é distribuído de forma ampla nos alimentos normalmente consumidos, como leguminosas, cereais de grãos integrais, leite e derivados e vegetais folhosos verdes.
Deficiência
A deficiência de molibdênio não foi estabelecida em seres humanos excerto para pacientes tratados com nutrição parenteral. Estão entre os sintomas, as alterações mentais e as anormalidades de metabolismo de enxofre e purina.
Excesso
Uma ingestão excessiva de molibdênio de 10 a 15 mg/dia está associado a uma síndrome semelhante a da Gota.
Boro
O boro, um elemento ultra-traço, é obtido dos alimentos como bromato de sódio e é rápido e quase completamente (90%) absorvido. As altas concentrações de boro são encontradas nos ossos, baça e tireóide, apesar de estar presente em todos os tecidos do organismo.
Funções
O boro está associado as membranas celulares e nas plantas está envolvido na eficiência funcional das membranas células. O boro aparentemente liga-se a sítios ativos de algumas enzimas, reduzindo sua capacidade funcional.
A evidência, em estudos em animais, mostra que a privação de boro altera dois órgãos principais: o cérebro e o osso. Em decorrência de papel do boro no osso, os estudos em seres humanos enfocaram o seu papel potencial no desenvolvimento de osteoporose.
Fontes Alimentares
São boas fontes de boro
os vegetais, especialmente as frutas não cítricas, nozes e leguminosas.
Vinho, cidra e cerveja são outras boas fontes de boro.
Deficiências e Excesso
A deficiência de boro altera a composição e funcionamento cerebral e reduz a composição, estrutura e forças ósseas, porém, ainda não foi relatada em seres humanos e não foi estabelecido nenhum nível de toxicidade.
Cobalto
A maioria do cobalto esta como reserva de vitamina B12 no fígado, porém, uma enzima possui uma necessidade especifica estabelecida de cobalto. O plasma sanguíneo contém aproximadamente 1μg de cobalto por 100ml.
Funções
É um componente da vitamina B12 (cobalamina). Essa vitamina é essencial para a maturação das hemácias, e para a função normal de todas as células.
A metionina aminopeptidade, uma enzima envolvida na regulação da translação (de DNA para RNA), é a única enzima em seres humanos que se sabe que possui uma necessidade estabelecida do cobalto.
Fontes Alimentares
O cobalto é encontrado nos alimentos, porém, apenas os microrganismos são capazes de sintetizar a vitamina B12.
Os microrganismos de espécies monogástricas, como os seres humanos, têm uma capacidade extremamente limitada de síntese em áreas onde a vitamina B12 – e, dessa forma o cobalto – de alimentos animais, como vísceras e músculos.
Os vegetarianos estritos podem se tornar deficientes de vitaminas B12. A deficiência pode se desenvolver apenas após 3 a 6 anos, ou não se desenvolver.
Deficiência
A deficiência de cobalto ocorre somente em relação á deficiência de vitaminas B12, causando anemia macrocítica
Um defeito genético que interfere na absorção da vitamina B12 causa anemia perniciosa, que é tratada com doses maciças da vitamina.
Excesso.
A alta ingestão de cobalto inorgânico (livre de cobalamina) em dietas animais produz policitemia (superprodução de hemácias), hiperplasia da medula óssea, reticulocitose e volume sanguíneo aumentado.
Referência
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABwOUAI/enfermagem-nutricao-3-semestre-minerais?part=4

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais