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Bibliografia: ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 10 edição. São Paulo. Atlas Ed. 2011. Uma política monetária é expansionista quando eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos mercados e elevando, em conseqüência, os meios de pagamento. - Dinamiza consumo e investimento. Uma política monetária é restritiva quando as autoridades monetárias promovem reduções dos meios de pagamento, retraindo a demanda agregada (consumo e investimento) e a atividade econômica. O Banco Central administra a política monetária por intermédio dos seguintes instrumentos clássicos de controle monetário: a. Recolhimentos compulsórios; b. Open Market; c. Redesconto. Sempre que as autoridades monetárias alterarem as taxas de recolhimento compulsório, é modificado o multiplicador bancário e, conseqüentemente, os meios de pagamento da economia, determinando uma expansão ou retração da atividade econômica. Ex: O Boletim do BACEN de 2009 revela um recolhimento compulsório de 42% sobre recursos a vista (dinheiro em conta corrente), 15% sobre depósitos a prazo, 13,5% sobre depósitos de poupança rural e de 20% sobre outras modalidades de depósito de poupança. Maior o recolhimento compulsório, menor o volume de dinheiro disponível na economia e maior é a taxa de juros cobrada pelos bancos nos empréstimos. Recolhimento compulsório menor libera mais recursos na economia, elevando a oferta de dinheiro e reduzindo, em conseqüência, a taxa de juros cobrada. Controle diário do volume de oferta de moeda; Manipulação das taxas de juros a curto prazo; Permite que as instituições utilizem suas disponibilidades monetárias ociosas em diversas aplicações de curto e curtíssimo prazos; Criação de liquidez para os títulos públicos. Se o BACEN vende títulos, ocorre uma contração dos meios de pagamento. Se o BACEN compra títulos, provoca uma expansão da liquidez da economia. O mercado primário é representado pela negociação direta entre o emitente do título (governo) e seus adquirentes (instituições financeiras). As colocações primárias dos títulos públicos se realizam por meio de leilões. Leilão formal – todas as instituições financeiras interessadas participam. Leilão informal (go around) – realizado primeiramente com os dealers (instituições financeiras legalmente credenciadas a atuar no mercado em nome do BACEN) e repassados, em seguida, às demais instituições financeiras do mercado. Operações compromissadas – a autoridade monetária negocia títulos assumindo o compromisso de resgatá-lo dentro de um prazo fixado ( geralmente um dia, “overnight”) Operações definitivas, os títulos são adquiridos e incorporados na carteira da adquirente. São conhecidos por empréstimos de assistência a liquidez, às instituições financeiras, visando equilibrar suas necessidades de caixa diante de um aumento mais acentuado de demanda por recursos de seus depositantes. A taxa de juros cobrada pelo BACEN nessas operações é denominada de taxa de redesconto. A política fiscal centraliza suas preocupações nos gastos do setor público e nos impostos cobrados da sociedade, procurando por meio de maior eficácia no equilíbrio entre a arrecadação tributária e as despesas governamentais, atingir determinados objetivos macroeconômicos e sociais. A dívida pública é entendida como uma dívida contraída pelo Governo no mercado, com diversos agentes econômicos, como bancos, investidores, organismos financeiros nacionais e internacionais e governos estrangeiros: Antecipar receitas de impostos para financiar seus gastos maiores; Financiar investimentos sociais e em infraestrutura; Acumular divisas estrangeiras; Executar política econômica, controlando o nível de atividade e liquidez do sistema. A maior parte da dívida pública interna do Brasil é constituída por títulos públicos, sendo conhecida por dívida mobiliária interna. A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua emissão ou adquiri-la. 1. Câmbio fixo; 2. Câmbio flutuante; 3. Bandas cambiais; 4. Currency board. Uma desvalorização cambial permite maior competitividade ao produto nacional no exterior, estimulando as exportações do país; Uma valorização cambial gera perda de competitividade ao produto nacional no exterior, e aumenta a concorrência no mercado doméstico, ao estimular as importações. Mercado a vista (câmbio a vista ou spot) Mercado a prazo (câmbio futuro e câmbio a termo ou forward). O câmbio a termo, ou forward, é também uma operação a prazo, porém tem seus principais parâmetros de negociação determinados livremente pelas partes contratantes. O balanço de pagamentos registra os valores de todas as transações internacionais efetuadas por um país, destacando os pagamentos pelos vários tipos de operações realizados entre residentes e não residentes em determinado período. Sua estrutura segue o sistema contábil de partidas dobradas, em que são registrados os débitos e seus respectivos créditos. A. Balança Comercial Exportações (FOB) Importações (FOB) B. Balança de Serviços Viagens internacionais Transportes (fretes) Seguros Rendas de capital: lucros, dividendos e juros Serviços governamentais Serviços diversos C. Transferências Unilaterais D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C) E. Movimentos de Capitais Investimentos diretos Reinvestimentos Empréstimos e Financiamentos Amortizações Outros F. Erros e Omissões G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F) Se os resultados financeiros da balança comercial e da balança de serviços, somados aos das transferências unilaterais, forem negativos, este déficit deve ser coberto por alguma das rubricas da conta movimentos de capitais, provavelmente empréstimos e financiamentos, ou investimentos diretos. Os principais motivos do governo e iniciativa privada na captação internacional de recursos são: (a) Diversificação dos investidores e elevada capacidade de poupança dos mercados externos; (b) Diferencial do custo do dinheiro no país (mais elevado) em relação às taxas praticadas no mercado externo; (c) Prazos mais longos disponíveis nas operações externas. A principal preocupação dos tomadores nacionais de recursos é o risco cambial determinado pela flutuação da moeda brasileira em relação às divisas internacionais. A inflação é um fenômeno econômico e pode ser interpretada como um aumento contínuo nos preços gerais da economia durante certo período de tempo. Esse processo inflacionário ocasiona também contínua perda de capacidade de compra da moeda, reduzindo o poder aquisitivo dos agentes econômicos. Índices IPCA INPC IGP-DI IGP-M IGP-10 IPC-FIPE Planos econômicos adotados no Brasil PLANO CRUZADO PLANO BRESSER PLANO VERÃO PLANO COLLOR PLANO COLLOR 2 PLANO REAL A elevada liquidez dos agentes inundou o mercado de recursos, valorizando em excesso os preços dos imóveis, estimulando os bancos a ofertarem cada vez mais dinheiro para financiamento de moradias. Os empréstimos eram realizados sem garantias e com padrões de exigência mais frouxos. Esses débitos dos mutuários eram transformados em títulos e negociados como se fossem de primeira linha. Subprimeé um crédito imobiliário de alto risco, concedido a pessoa com baixo rendimento e uma situação econômica menos estável. É uma operação típica do mercado dos EUA. A garantia dessa operação é o próprio bem, objeto do financiamento. Houve aumento dos juros para inibir a inflação. Os mutuários subprime, diante do aumento dos juros e da redução de empregos, não podiam mais pagar suas dívidas. Muitos deles eram proprietários de um bem (imóvel), cujo valor de mercado era inferior ao montante de suas dívidas. Diversos bancos não suportaram as perdas com os títulos e com a inadimplência dos mutuários, e apresentaram sérios problemas de liquidez. Algumas Instituições Financeiras de renome foram vendidas com urgência, outras declararam concordata,e, em outros casos, o Tesouro dos EUA assumiu o controle de empresas de hipoteca. Para o Brasil, podem ser apontadas as principais consequências da crise: a) Falta de crédito. Com a crise internacional, os bancos, em todo o mundo, tornaram-se mais cautelosos, diminuindo o volume de empréstimos e elevando as taxas de juros cobradas; b) Fortes quedas no índice da bolsa de valores em 2008, elevando bastante sua volatilidade; c) Valorização no Dólar americano em relação ao Real, promovendo um encarecimento dos importações, aumentando a inflação na economia.
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