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Lei de Contravenções Penais - Decreto-lei 3688/1941

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DIREITO PENAL IVPágina6
LEI CONTRAVENÇÕES PENAIS – DECRETO-LEI 3.688/41
ernanybfilho@gmail.com 
LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS
DECRETO-LEI 3.688/41
Conceito
Lei de Introdução do Código Penal e das Contravenções Penais, artigo 1º:
Artigo 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
Criação da Lei – Política Criminal 
Artigo 18 e 19 da L.C.P. que agora está tipificado no artigo 14 da Lei 10.826/03.
Diferença entre crime e contravenção penal.
Artigo 1º da L.I.C.P.: preceito secundário do tipo. Artigo 6º da L.C.P.[1: Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.][2: Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto.]
Artigo 5º da L.C.P. x artigo 33 caput do C.P. Regime Cumprimento Pena.
Artigo 4º da L.C.P. x artigo 14, inciso II do C.P.: não admite a tentativa;[3: Contravenções penais (art. 4º, da LCP) que estabelece não ser punível a tentativa.Crimes culposos nos tipos culposos, existe uma conduta negligente, mas não uma vontade finalisticamente dirigida ao resultado incriminado na lei. Não se pode tentar aquilo que não se tem vontade livre e consciente, ou seja, sem que haja dolo.Crimes habituais são aqueles que exigem uma reiteração de condutas para que o crime seja consumado. Cada conduta isolada é um indiferente para o Direito Penal.Crimes omissivos próprios o crime estará consumado no exato momento da omissão. Não se pode admitir um meio termo, ou seja, o sujeito se omite ou não se omite, mas não há como tentar omitir-se. No momento em que ele devia agir e não age, o crime estará consumado.Crimes unissubsistentes são aqueles em que não se pode fracionar a conduta. Ou ela não é praticada ou é praticada em sua totalidade. Deve-se ter um grande cuidado para não confundir esses crimes com os formais e de mera conduta, os quais podem ou não admitir a tentativa, o que fará com que se afirme uma coisa ou outra é saber se eles são ou não unissubsistentes.Crimes preterdolosos são aqueles em que há dolo no antecedente e culpa no conseqüente. Ex. lesão corporal seguida de morte. Havendo culpa no resultado mais grave, o crime não admite tentativa.Crimes de atentado são aqueles em que a própria tentativa já é punida com a pena do crime consumado, pois ela está descrita no tipo penal. Ex. art. 352 do CP evadir-se ou tentar evadir-se.]
Artigo 63 do C.P. X artigo 7º da L.C.P. Reincidência
Artigo 17 da L.C.P. x Artigo 100 do C.P.: ação penal;
Artigo 2º da L.C.P. x artigo 7º do C.P.: extraterritorialidade;
Artigo 75 do C.P. X Artigo 10 da L.C.P. – Tempo Máximo Pena;
Artigo 77 caput e § 2º, ambos do C.P. X artigo 11 da L.C.P. X artigo 89 da Lei 9.099/95 Sursis Processual e Sursis da Execução da Pena
Erro de Direito: artigo 8º da L.C.P. X 21 do C.P.
Medida de Segurança. Artigo 97, § 1º do C.P. x artigo 16 L.C.P.
Competência para Julgamento
Lei 9099/95
Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Artigo 109, IV da C.F.
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
Súmula 38 do S.T.J.
“Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.”
Pontos Relevantes na L.C.P.
Artigos 18 e 19 revogados tacitamente pela entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento. Lei 10.826/03.
Artigo 25 – gazua!!![4: Recurso extraordinário. Constitucional. Direito Penal. Contravenção penal. 2. Posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto (artigo 25 do Decreto-Lei n. 3.688/1941). Réu condenado em definitivo por diversos crimes de furto. Alegação de que o tipo não teria sido recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Arguição de ofensa aos princípios da isonomia e da presunção de inocência. 3. Aplicação da sistemática da repercussão geral – tema 113, por maioria de votos em 24.10.2008, rel. Ministro Cezar Peluso. 4. Ocorrência da prescrição intercorrente da pretensão punitiva antes da redistribuição do processo a esta relatoria. Superação da prescrição para exame da recepção do tipo contravencional pela Constituição Federal antes do reconhecimento da extinção da punibilidade, por ser mais benéfico ao recorrente. 5. Possibilidade do exercício de fiscalização da constitucionalidade das leis em matéria penal. Infração penal de perigo abstrato à luz do princípio da proporcionalidade. 6. Reconhecimento de violação aos princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia, previstos nos artigos artigos 1º, inciso III; e 5º, caput e inciso I, da Constituição Federal. Não recepção do artigo 25 do Decreto-Lei 3.688/41 pela Constituição Federal de 1988. 7. Recurso extraordinário conhecido e provido para absolver o recorrente nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal. (RE 583523, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 03/10/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-208 DIVULG 21-10-2014 PUBLIC 22-10-2014)]
Artigo 28, § 2º da L.C.P. x artigo 42 da Lei 9.605/98 – soltar balões – crimes ambientais.
Artigo 34 – corrida de automóveis X Artigo 306 e seguintes do C.T.B. (Lei 9.503/97)
Artigo 39 – associação secreta. Vejam também § 2º do mesmo artigo.
Artigo 5º, inciso XVI, XVII , XVIII e XIX da C.F. 
Artigo 42 – perturbação do trabalho ou do sossego;
Artigo 45 – simulação da qualidade de funcionário público.
Se praticar algum ato privativo: 328 do CP. Usurpação de função pública;
Se utilizar uniforme: artigo 46 da L.C.P.;
Se utilizar documento falso: artigo 297 do CP;
Fingir ser funcionário público para auferir vantagem: 171 do CP; se exigir a vantagem será crime de extorsão (158 do CP);
Exercer ilegalmente uma pretensão legítima (artigo 345 do CP);
Artigo 47 – exercício ilegal de profissão ou atividade X 282 do CP
Exercício da advocacia (sem o preenchimento das condições, impedido ou suspenso)[5: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. DECISÃO. DESCLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA. ART. 171, CAPUT, DO CP. ART. 47 DA LCP. DECLINAÇÃO DE COMPETÊNCIA. EXERCÍCIO IRREGULAR DE PROFISSÃO. ADVOCACIA. CONTRAVENÇÃO PENAL. Denunciada que se apresentou como advogada à vítima para promover defesa em processo judicial sem possuir a devida habilitação profissional. Conduta que não configura o delito previsto no artigo 171, caput, do Código Penal, porque nem todas as elementares do estelionato foram adequadamente demonstradas, pois o serviço para o qual foi contratada foi prestado por outro advogado e a pedido dela, restando afastado o caráter ilícito da vantagem obtida. Nesse quadro, correta a desclassificação da conduta atribuída à acusada - estelionato - para a figura descrita no artigo 47 da Lei das Contravenções Penais, com declínio da competência para Juizado Especial Criminal. Recurso desprovido. (Acórdão n.340450, 20050310019373RSE, Relator: MARIO MACHADO, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 15/01/2009, Publicado no DJE: 10/02/2009. Pág.: 170)]
Taxista. 
Artigo 50 – O costume não revoga a lei. Súmula 51 do S.T.J. A PUNIÇÃODO INTERMEDIADOR, NO JOGO DO BICHO, INDEPENDE DA IDENTIFICAÇÃO DO "APOSTADOR" OU DO "BANQUEIRO".
Vejam artigo 2º, inciso IX da Lei 1251/51
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes);
Artigo 59 – vadiagem – Flanelinha??? Prostituta?
Probabilidade de Cometimento de Infração Penal = Infração Penal????
Presunção de Periculosidade x 5º inciso LVII da C.F.;
Discriminatório!!! Artigo 5º, inciso XLI;
Princípio da Igualdade!!! Preâmbulo da C.F. e no caput do seu artigo 5º;
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Artigo 1º, III da C.F.
S.T.F. já decidiu pela incidência da norma[6: - HABEAS CORPUS. FIANCA. RÉU VADIO. MOTIVOS AUTORIZATIVOS DE PRISÃO PREVENTIVA. - A CONCESSÃO DE FIANCA NÃO É CABÍVEL SE O RÉU É VADIO (ART-323, IV, DO CPP), OU SE OCORREM MOTIVOS QUE AUTORIZARIAM A PRISÃO PREVENTIVA (ART-324, IV, DO CPP). RECURSO DE HABEAS CORPUS IMPROVIDO. (RHC 61972, Relator(a):  Min. RAFAEL MAYER, Primeira Turma, julgado em 18/05/1984, DJ 29-06-1984 PP-10744 EMENT VOL-01342-03 PP-00531)]
Artigo 60 – Mendicância: LEI Nº 11.983, DE 16 DE JULHO DE 2009. Revogou o artigo 60. Inconstitucionalidade (S.T.F.)[7: EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PRÁTICA DA MENDICÂNCIA E CORRUPÇÃO DE MENOR. ABOLITIO CRIMINIS. ATIPICIDADE SUPERVENIENTE DOS FATOS ATRIBUÍDOS AO PACIENTE. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA TRANCAR A AÇÃO PENAL. WRIT PREJUDICADO. I – A alegada ocorrência da abolitio criminis da imputação feita ao paciente não foi examinada pelo STJ no acórdão ora atacado, não podendo esta Suprema Corte analisá-la, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal. II – O caso, porém, apresenta peculiaridades que recomendam a concessão da ordem, de ofício. III – A Lei 12.015/2009 revogou a Lei 2.252/1954, que tratava da corrupção de menores, todavia, inseriu o art. 244-B no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), cuja redação é a mesma da norma revogada. IV – O art. 60 do Decreto-Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais), por sua vez, foi revogado pela Lei 11.983/2009, descriminalizando, assim, a conduta antes descrita como mendicância. V – Segundo o art. 244-B do ECA, pratica o crime de corrupção de menor quem corrompe ou facilita a corrupção de menor de dezoito anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la. VI – O objetivo desse dispositivo é a proteção do menor em relação à influência negativa de adultos em uma fase de formação da personalidade, evitando, com isso, sua inserção precoce no mundo do crime. VII – Deixando de ser a mendicância infração penal, desaparece, no caso sob exame, o objeto jurídico tutelado pelo ECA, uma vez que não mais existe a contravenção que os menores foram levados a praticar, ocorrendo, por consequência, a abolitio criminis em relação aos dois delitos imputados ao paciente. VIII – Ordem concedida de ofício para, reconhecendo a atipicidade fatos atribuídos ao paciente, trancar a ação penal relativamente às duas imputações (mendicância e corrupção de menor). IX - Habeas corpus prejudicado.
(HC 103787, Relator(a):  Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 26/10/2010, DJe-221 DIVULG 17-11-2010 PUBLIC 18-11-2010 EMENT VOL-02433-01 PP-00057 RTJ VOL-00217- PP-00494 LEXSTF v. 32, n. 384, 2010, p. 409-415 RMDPPP v. 7, n. 39, 2011, p. 99-104 RSJADV fev., 2011, p. 33-36)]
Artigo 61 – Importunação Ofensiva ao Pudor;
Ofensa ao pudor público – número indeterminado de pessoas (fazer necessidades fisiológicas em público);
Exibição de órgãos genitais em público. (ato obsceno, sinal obsceno – 233 do CP)
Artigo 65 – Perturbação da Tranquilidade. Vizinhos barulhentos e trote por telefone.
Art. 63 – bebidas alcoólicas – e não substâncias proibidas – Portaria 344 da ANVISA.
Artigo 64 – Revogado pela Lei 9.605/98 – artigo 32 – maus tratos a animais.
Artigo 66 – omissão de comunicação de crime (participação negativa). 
Artigo 68 – recusa de fornecer dados a autoridade (cuidado. Não confundir com o crime de falsa identidade previsto no 307 do CP)
Contravenção Penal e Lei Maria da Penha: artigo 21 da L.C.P.. Artigo 41 da Lei 11.340/06.[8: PENAL. LEI MARIA DA PENHA. AMEAÇA E VIAS DE FATO. PROVA SATISFATÓRIA DA MATERIALIDADE E AUTORIA. VALOR PROBANTE DO DEPOIMENTO VITIMÁRIO. ALEGAÇÃO DE LEGÍTIMA DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. CRÍTICA DA DOSIMETRIA DA PENA. ACOLHIMENTO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE.1 Réu condenado por infringir os artigos 147, do Código Penal, e 21, da Lei de Contravenções Penais, por agredir a ex-mulher com socos e empurrões, além de ameaçá-la dizendo que acabaria com sua vida.2 Na elucidação de fatos praticados em situação de violência doméstica, a palavra da vítima assume especial importância desde que não fique demonstrado desejo em falsear a verdade para prejudicar o réu. Sendo plausível a versão da vítima e corroborada pelos antecedentes do agente, com condenação anterior por outro caso de violência doméstica contra mulher, não há razão para duvidar da sua veracidade.3 Reduz-se a pena-base quando há excesso na exasperação da pena mínima, ante as circunstâncias do artigo 59 do Código Penal, na sua maioria favoráveis ao réu.4 Não há confissão espontânea quando o réu, confirmando a autoria, alega a excludente de legítima defesa, configurando esquiva ante a iminência da condenação.5 Não caracteriza bis in idem a incidência da agravante prevista no artigo 61, inciso II, alínea "a", do Código Penal no crime de ameaça e na contravenção de vias de fato.6 Apelação parcialmente provida. (Acórdão n.796977, 20130410009294APR, Relator: GEORGE LOPES LEITE, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 05/06/2014, Publicado no DJE: 17/06/2014. Pág.: 200)]

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