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Unidade VII - Medidas de proteção

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Isete Evangelista Albuquerque

 Previsão legal: art. 98 a 102 do ECA.
 Conceito: 
São as medidas aplicadas sempre que a criança ou o adolescente encontrar-se em situação de risco, ou ainda quando do cometimento do ato infracional. 
01. Introdução

 De acordo com o art. 98 do ECA, as medidas de proteção são aplicáveis quando os direitos reconhecidos no ECA forem ameaçados ou violados: 
        I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; 
        II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; 
        III - em razão de sua conduta. 
 

 Quem pode aplicar as medidas de proteção?
	De acordo com o art. 136 do ECA, entre as atribuições do Conselho Tutelar está a de atender as crianças e os adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII. 
02. Aplicação das medidas

Art. 131 do ECA. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.

Art. 101 do ECA. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; 

V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
VII - acolhimento institucional;  (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência

# Importante!!! Pode realmente o Conselho Tutelar aplicar medida de acolhimento institucional?
Art. 136, parágrafo único, do ECA.  Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

Art. 101, § 2º  do ECA. Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla defesa.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência

O Conselho Tutelar não pode aplicar a medida de acolhimento institucional , pois a mesma implica afastamento da criança ou do adolescente do convívio familiar, medida que só poderá ser determinada pelo juiz da Infância e da Juventude.

 CONCLUSÃO: 
O Conselho Tutelar só pode aplicar as medidas de proteção a que alude o art. 101, I a VI, sendo-lhe vedado aplicar as medidas de acolhimento institucional, inclusão em programa de acolhimento familiar e colocação em família substituta.

 Quando da prática de ato infracional por criança, o Conselho Tutelar poderá aplicar as medidas de proteção do art. 101, I a VI do ECA. 
 Com relação ao adolescente autor de ato infracional, as medidas de proteção do art. 101 (I a VI) do ECA poderão ser aplicadas cumulativamente ou não com as medidas socioeducativas do art. 112 do ECA. 

 Todas as medidas de proteção do art. 101 do ECA podem ser aplicadas pelo juiz da Infância e da Juventude. 
Tanto é que se na comarca não houver Conselho Tutelar, a aplicação da medida de proteção cabe ao juiz da Infância e da Juventude, nos termos do art. 262 do ECA.
Art. 262 do ECA. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade judiciária. 

Art. 99 do ECA. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. 
Art. 100 do ECA. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 

	Conforme o art. 100, parágrafo único, do ECA, são princípios que regem a aplicação das medidas: 
1. Condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos.
2. Proteção integral e prioritária: quando da interpretação e da aplicação de toda e qualquer norma contida no ECA.
3. Responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes é de responsabilidade primária e solidária do Poder Público.

4. Interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto.
5. Privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada.
6. Intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida.

7. Intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente.
8. Proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no momento em que a decisão é tomada.
9. Responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente.

10. Prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, sua integração em família substituta.
11. Obrigatoriedade da informação: a criança, o adolescente, seus pais/responsável devem ser informados dos direitos, dos motivos da intervenção e da forma como se processa.

12. Oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida, sendo sua opinião considerada pela autoridade judiciária competente.


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