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O DIREITO E A SOCIEDADE

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O DIREITO E A SOCIEDADE CIVIL
					ESQUEMA DE AULA
A SOCIABILIDADE HUMANA – caso dos monges cristãos, eremitas e homens fugindo para o deserto. Robson Crusoé.
Aristoteles: fora da sociedade o homem é “um bruto ou um deus”, ou seja, algo inferior ou superior à condição humana.
 2 – ESTADO DA NATUREZA – onde o homem vivia em solidão, originariamente, é 
 mera hipótese , sem experiência e sem dignidade científica. Para Del Vecchio, serve
 como prova ao contrário: fora da sociedade não há condições de vida para o homem.
3 – FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL E AÇÃO DO DIREITO – As pessoas e os grupos sociais se relacionam estreitamente, na busca de seus objetivos. Os processos de mútua influência, de relações interindividuais e intergrupais que se formam sob a força de variados interesses denominam-se INTERAÇÃO SOCIAL.
A interação se apresenta sob as formas de: COOPERAÇÃO, COMPETIÇÃO e CONFLITO.
Na COOPERAÇÃO as pessoas estão movidas por igual objetivo e valor e, por isso, conjugam o seu esforço. A interação é direta e positiva.
Na COMPETIÇÃO há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando a exclusão da outra.
O CONFLITO se faz presente a partir do impasse, quando os interesses em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física ou buscam a mediação da justiça.
É AOPOSIÇÃO DE INTERESSES ENTRE PESSOAS OU GRUPOS, NÃO CONCILIADOS PELAS NORMAS SOCIAIS”.
No Conflito a interação é direta e negativa.
O Direito só irá disciplinar as formas de cooperação e competição onde houver relação potencialmente conflituosa.
“O MAIOR DESAFIO NÃO É O DE COMO VIVER E SIM DE CONVIVÊNCIA.”
SOLIDARISMO SOCIAL:
O “entrosamento social” é mais adequado do que solidariedade, que implica a participação consciente numa situação alheia. E esse “ânimus” não preside todas as formas de relacionamento social. Ex. Motorista de táxi quando transporte mediante pagamento.
Alguns, como Léon Duguit, acreditam que a estrutura da sociedade estaria no pleno desenvolvimento dessa solidariedade social
AÇÃO DO DIREITO: O Direito está em função da vida social. A sua função é favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do progresso da sociedade.
Ao separar o lícito do ilícito, segundo valores de convivência que a própria sociedade elege, o ordenamento jurídico torna possíveis os nexos de COOPERAÇÃO e disciplina a COMPETIÇÃO, estabelecendo os limites necessários ao equilíbrio e a justiça das relações.
Em relação ao CONFLITO a ação do Direito se opera em duplo sentido;
1º - Evitar as desinteligências quantos aos direitos que cada parte julga ser portadora. E isto se faz mediante a exata definição do Direito que deve ser claro, simples e conciso.
2º - Diante do conflito o direito apresente solução de acordo com a natureza do caso, seja para definir o titular do direito, determinar a restauração da situação anterior ou aplicar as penalidades de diferentes tipos.
UBI HOMO, IBI SOCIETAS; UBI SOCIETAS, IBI JUS; ERGO, UBI HOMO, IBI JUS.
A sociedade não é simples aglomerado de pessoas. Ela se faz por um amplo relacionamento humano, que gera a amizade, a colaboração, o amor, mas que promove, igualmente, a discórdia, a intolerância, as desavenças. Assim, é natural a ocorrência de conflitos sociais que vão reclamar soluções.
Os litígios surgido criam para o homem as necessidades de segurança e justiça.
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A sociedade é um grupo de pessoas em estado de interação - “Ubi societas, ibi jus”.
SOCIEDADE É A REUNIÃO DE INDIVÍDUOS QUE EMPREGAM SEUS ESFORÇOS PARA A REALIZAÇÃO DE DETERMINADO FIM.
Em resumo, a sociedade é um todo orgânico e organizado ao qual o homem, considerado como indivíduo, deve obediência. A sociedade existe como meio para que o homem, considerado como pessoa, possa se realizar integralmente, isto é, possa atingir os seus objetivos intelectuais e morais.
I – O “estado da natureza”
A sociedade verifica-se qualquer que seja o estado civilizacional que se atravesse visto que não depende da evolução da técnica. E porque se trata de uma determinante da sua natureza se diz que o homem é um animal social. Aristóteles já afirmava que o homem é um animal político, visto que político vem de polis, cidade. O homem, tem, poia, necessidade de se congregar em cidades, em agrupamentos, para assegurar a sua subsistência e a realização dos seus fins.
Muitos autores afirmam que o estado social teria sido precedido por um estado de natureza, em que o homem viveria isolados dos seus semelhantes, livre de toda a vinculação permanente. Desse estado de felicidade ou de sofrimento, ter-se-ia transitado, mediante um acordo entre os homens chamado de “contrato social”, para agregação em sociedade.
Tal estado de natureza ou é tido como um período historicamente determinado ou como uma hipótese lógica.
Essa hipótese é sempre repelida, porque contrariada, quer por dados históricos, quer pela consideração da natureza do homem. A sociabilidade é inata ao homem e, por isso, desde os primórdios vemos este vivendo em comunidade. Perante a adversidade da natureza primitiva o gregarismo era até fortíssimo, pois era condição da subsistência do homem.
No plano espiritual, o fato está cheio de consequências. Viver é necessariamente conviver:
A realização dos fins superiores do homem passa pela colaboração com os outros.
Se o Direito só se verifica pois em sociedade, o fenômeno social aparece como condicionante do fenômeno jurídico.
Toda sociedade importa necessariamente uma ordem? Importa pois a conjugação de vários elementos, a demarcação das posições relativas destes, para a obtenção de um fim ou função comum.
A ordem de uma sociedade pode ser perturbada por crises, mas subsiste e tende a normalização – com maiores ou menores alterações – pois sem ordem a sociedade nenhuma lograria subsistir.
A família, quadro imprescindível da conservação e propagação da espécie, terá sido a primeira forma social. Mas já contém em si em embrião a sociedade civil. Terá sido mesmo uma evolução da autoridade familiar, provocada pelo progressivo crescimento da família ou famílias primitivas e pela insuficiência da estrutura existente para atender a novas necessidades, que se formou o ESTADO, elemento característico das sociedades gerais de hoje.
Quando se fala em sociedade sem mais qualificativos refere-se a sociedade civil, sociedade perfeita, que abrange sem subordinação a nenhuma outra uma generalidade de finalidades dos seus membros. Todo indivíduo se integra naturalmente numa sociedade civil; e estas são numerosas, tanto quanto os Estados, pelo menos. Sociedades definidas são por exemplo a brasileira, a australiana, a norteamericana, etc.
Requsitos da sociedade
Pluralidade de seres
Vida
Interação social
Interação:	consiste em relações recíprocas, em ações e reações intersubjetivas. Emprego de esforços comuns para a realização de fim individual ou comunitário.
Competição ou Concorrência: – rivalidade, luta pela vida, por valores materiais
Conflito:- luta consciente por valores imateriais, idéias, status
Acomodação: adaptação do indivíduo ao meio, ajustamento social
Assimilação: - adaptação profunda e integral do indivíduo ao novo grupo
Comunicação: face à face - linguagem - mímica.
É de fundo biológico - necessidade de conservação e reprodução.
Elementos da sociedade:
Gerais: São genéricos, impessoais, comuns, expressando a vontade do grupo. : Tem existência exterior, independente das pessoas que os realizam crenças, idéias morais, práticas da economia, normas jurídicas, linguagem, etc.)
Coercivos:	Exercem certa pressão sobre a vontade, levando as pessoas à obediência. Quem não faz como “todo mundo” , não segue a moda, não fala a linguagem corrente.
.
Animal: inter-repulsão e indiferença para outro.
Sturzo: “É a consciência do vínculo, é a consciência do fim que caracteriza a sociedade humana”.Maritain: “A comunidade é obra da natureza, produto do instinto e da hereditariedade”.
EXIGÊNCIAS BÁSICAS DA VIDA SOCIAL
Normas estáveis (mas não estáticas): disciplina da conduta mediante padrões de comportamento que a mantenham socialmente controlada
Estrutura teleológica: procura de fins e utilização de meios para alcançá-los. Os fins se transformam em outros meios para conseguir outros fins.
Diferenciação e articulação de funções: os membros do corpo social são interdependentes
Autoridade legítima: garantia do cumprimento das normas.
CONTRÔLE SOCIAL E ORDEM
Ordem social: - harmonia resultante da obediência, pelos homens e pelos grupos sociais, às normas de conduta estabelecidas e 
- Conjunto sistemático das instituições sociais.
Ordem jurídica: - harmonia resultante da obediência às normas jurídicas;
- Conjunto sistemático das instituições jurídicas.
Normas que disciplinam o convívio social: saem do mundo do ser e vão para o dever ser.
Coerciva:	Susceptível de ser aplicada mediante a força, em caso de inobservância.

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