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Psicologia do desenvolvimento e Aprendizagem Avaliando

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Aula 1 de Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem página 1
Claparède já sinalizava sobre as contribuições da Psicologia nas práticas educativas, em seu livro: “A escola e a Psicologia Experimental”, traduzido por Lourenço Filho.
A Psicologia pode ser considerada como a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamento, razão) e o comportamento humano e animal.
As antigas concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo sofreram uma revolução com as ideias introduzidas por Piaget. (1896 - 1980). Em seus estudos, Piaget partiu de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças.
Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. 
Piaget considerou-se um epistemólogo genético, porque investigou a natureza e a gênese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento.
Piaget fez a distinção entre dois problemas da Psicologia, que serão objeto do nosso estudo: o desenvolvimento em geral, e a aprendizagem. Ele acreditava que estes problemas eram muito diferentes, ainda que algumas pessoas não fizessem esta distinção.
DESENVOLVIMENTO EM GERAL Piaget considera o desenvolvimento do conhecimento como um processo espontâneo, ligado ao processo global da embriogênese. A embriogênese diz respeito ao desenvolvimento do corpo, mas também ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. No caso do desenvolvimento do conhecimento nas crianças, a embriogênese só termina na vida adulta
Trata-se de um processo de desenvolvimento total que devemos re-situar no contexto geral biológico e psicológico. 
Assim, define o desenvolvimento como um processo que se relaciona com a totalidade de estruturas do conhecimento.
APRENDIZAGEM Piaget considera que a aprendizagem é o oposto do desenvolvimento. Ela é provocada por situações desafiadas por: um experimentador psicológico; um professor, com referência a algum ponto didático; ou uma situação externa. Ela é provocada, em geral, como oposta ao que é espontâneo. 
Trata-se de um processo limitado a um problema simples ou uma estrutura simples.
A partir destas ideias, considera que o desenvolvimento explica a aprendizagem, e esta opinião é contrária à opinião amplamente sustentada de que o desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem. Segundo Piaget (1972), para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos aprendidos, e então o desenvolvimento seria a soma, a acumulação dessa série de itens específicos. 
Ele classifica essa visão de atomista, que deforma o estado real das coisas. Na realidade, para ele, o desenvolvimento é o processo essencial, e cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento. Para compreendermos o desenvolvimento do conhecimento,
Conhecimento não é uma cópia da realidade. Para conhecer um objeto, para conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele.” 
devemos também compreender uma ideia que parece central para Piaget, que é a ideia de uma operação.   Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o processo dessa transformação e, consequentemente, compreender o modo como o objeto é construído. 
Sendo assim uma operação é a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. 
Uma operação é um grupo de ações modificando o objeto, e possibilitando ao sujeito do conhecimento alcançar as estruturas da transformação.
As pessoas estão sempre evoluindo com taxas, graus, aspectos, rumos específicos de sua evolução, sendo muito mais variáveis do que podemos supor. 
Essa plasticidade ou capacidade de modificação denota dois aspectos complementares do desenvolvimento: as características humanas podem ser moldadas em diferentes formatos, embora as pessoas mantenham uma certa durabilidade e substância de ano para ano.
O estudo do desenvolvimento tem como finalidade produzir teorias sobre as modificações humanas que ocorrem em todos os estágios da vida.  Esse conhecimento pode ser utilizado como ferramenta para ajudar as pessoas a desenvolverem seu pleno potencial humano.
Veja a seguir o que os educadores podem fazer para tornar isso possível.
Cabe aos educadores e docentes atuantes em espaços de aprendizagem (particularmente nas escolas, primeiro agente socializador para além da família) dar condições ao aprendiz de ter um desenvolvimento saudável e adequado dentro do ambiente escolar (Para Saltini (1997) as escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Para ele as escolas têm contribuído em demasia para a construção de “neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”. )e, consequentemente, no social. Desse modo, a psicologia pode contribuir para que a escola humanize sua ação, oportunizando aos seus participantes o pleno desenvolvimento, condição fundamental para seus aprendizados escolares.
Para isto, é preciso conhecer o aprendiz, seu nível de desenvolvimento e suas possibilidades e limitações, para estabelecer relações interpessoais favoráveis de troca, assim como elaboração e testagem de hipóteses.
Ao longo das aulas, apresentaremos nosso estudo sobre desenvolvimento e aprendizagem nas diferentes etapas da vida humana, a partir de três domínios.
Segundo Berger, “conhecer a criança implica estudar sua saúde (biossocial), sua curiosidade (cognitivo) e seu temperamento (psicossocial), bem como dezenas de outras  características do desenvolvimento pertencentes aos três domínios predominantes.”
BIOSOCIAL Diz respeito ao crescimento e às modificações que ocorrem no corpo de uma pessoa, além dos fatores genéticos, nutricionais e de saúde que afetam esse crescimento e tais modificações. Também fazem parte do desenvolvimento biossocial: as habilidades motoras; os fatores sociais e culturais que afetam essas áreas como, por exemplo, a duração da amamentação ao seio, a educação de crianças com necessidades especiais e as atitudes quanto às formas ideais do corpo.
PSICOSSOCIAL Diz respeito ao desenvolvimento das emoções, do temperamento e das habilidades sociais. As influências da família, dos amigos, da comunidade, da cultura e da sociedade como um todo são especialmente importantes para esse domínio. Assim sendo, diferenças culturais relativas ao valor das crianças ou às ideias sobre os papéis “apropriados” a cada sexo, ou ao que é considerado a estrutura familiar ideal, são considerados parte desse domínio.
COGNITIVO Diz respeito aos processos mentais utilizados para obtermos conhecimentos ou para nos tornarmos conscientes do ambiente. A cognição abrange percepção, imaginação, discernimento, memória e linguagem, que são processos utilizados pelas pessoas para pensar, decidir e aprender.  A educação, incluindo o currículo formal das escolas, a instrução informal proporcionada pela família e pelos amigos, e outros espaços sociais, além do resultado da curiosidade e da criatividade individuais, também fazem parte desse domínio.
Embora o estudo do desenvolvimento seja organizado em aspectos ou domínios predominantes e depois segmentado por faixa etária, devemos ter consciência de que o desenvolvimento é holístico. Isto significa que cada pessoa cresce como um todo integrado, embora os diferentes aspectos ou domínios do seu desenvolvimento sejam estudados separadamente em diferentes disciplinas acadêmicas. Este estudo considerará, também, os contextos da vida humana: histórico e cultural.
Em nosso estudo, iremos utilizar os conhecimentos construídos pela ciência, por pesquisadores do desenvolvimento e da aprendizagem. 
A ciência se utiliza do método científico que parte da: observação da realidade, identificandoum problema de estudo; elaboração de hipóteses; testagem das hipóteses; e elaboração de conclusões com base nesses dados. A etapa final de uma pesquisa científica deve culminar na socialização e/ou publicação de seu processo e resultados.
Para a testagem das hipóteses são utilizados diferentes procedimentos metodológicos.
 1- OBSERVAÇÃO: Para que uma observação seja considerada científica, deve preencher determinadas condições, como: ter um objeto perfeitamente definido, ser planejada e registrada sistematicamente. Essas observações devem ser comprovadas quanto a sua validez e confiabilidade. Exige do observador mais do que um simples olhar, mas um “ver” além das aparências.
2- EXPERIÊNCIA DE LABORATÓRIO: A partir da observação o pesquisador estabelece para o fenômeno uma solução provisória denominada hipótese, que será ou não confirmada mediante uma experimentação. A experimentação é o estudo de um fenômeno provocado artificialmente no sentido de verificar uma hipótese. Ao contrário do observador que não deve ter ideias pré-concebidas do fato observado, pois tem um papel passivo no processo, o experimentador vai ser acima de tudo o elemento ativo, isto é, agirá e reagirá ante os fenômenos a serem verificados, conforme a hipótese. Sob o ponto de vista legal e ético, também existem limitações a experimentação em determinadas áreas, como a nossa, cujo objeto é o ser humano. O experimento é uma investigação destinada basicamente a identificar causa e efeito.
3-LEVANTAMENTO : No levantamento as informações são coletadas através de pessoas por meio de entrevistas e questionários, ou outro meio. Essa é uma maneira fácil, rápida e direta de obter dados. Embora esses métodos sejam vulneráveis a tendenciosidade da parte do pesquisador e dos respondentes.
4-ESTUDO DE CASO: É um estudo intensivo de um indivíduo através de entrevistas, observação, experimentos, testes padronizados, inventários de personalidade e testes de inteligência. Os estudos de caso podem fornecer um grande número de detalhes, o que torna ricos para gerar novas visões.
FOLHA 3 PSICOLOGIA DE DESENVOVIMENTO AULA 1 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO
As pesquisas sobre desenvolvimento tem quase sempre o objetivo de identificar mudanças ao longo de um período. Nem sempre as mudanças são diretas e lineares, o desenvolvimento pode ocorrer de modo irregular, em etapas e também de outras maneiras. 
Assim temos que projetar nossas pesquisas sobre desenvolvimento de modo a incluir o tempo ou a idade como fatos. Em geral fazem isso em projetos de pesquisa com cortes transversais ou longitudinais, ou ainda utilizando os dois. Logo, estes estudos podem acontecer através de três tipos de pesquisa.
TRANSVERSAL , LONGITUDINAL E TRANSEQUENCIAL.
É preciso que todo pesquisador se preocupe com a ética tanto no desenvolvimento das pesquisas, no tratamento dos dados, no sigilo dos mesmos, quanto na sua divulgação, bem como na escolha do problema a ser investigado, que precisa ser relevante socialmente, ou seja, trazer alguma contribuição para a realidade social. Ao nos apropriarmos desses conhecimentos poderemos nos tornar investigadores da nossa própria prática, passando a identificar, compreender e buscar soluções para os problemas, nela identificados.
Sobre o desenvolvimento na perspectiva holística, podemos afirmar:
I. Desenvolver-se holisticamente é levar um olhar mais completo para as coisas do mundo, é aquele olhar de considerar importante e integrar todos os aspectos do ser, sendo eles, o físico, o social, cultural, espiritual, criativo, familiar-afetivo, biológico e ecológico. São aqueles que fazem parte do ser humano e devem ser valorizados como um todo.
2-II. A perspectiva holística está interessada na experiência vital. A educação é crescimento, descoberta de uma vastidão de horizontes; é um envolvimento com o mundo, uma questão para compreender e dar sentido.
III. A perspectiva holística reconhece que todo conhecimento é criado a partir de um contexto histórico e cultural, e que os fatos raras vezes são mais do que pontos de vista compartilhados, estimulando nos alunos uma visão crítica dos contextos culturais, morais e políticos de suas vidas.
AULA 02 TEORIA DO DESENVOLVIMENTO
Embora o estudo científico do desenvolvimento humano seja didaticamente mais fácil através da divisão de domínios, cabe relembrar que o desenvolvimento não se divide em partes, mas é holístico na medida em que cada domínio do desenvolvimento tem relação com todos os três domínios predominantes.
O QUE FAZEM AS TEORIAS? Elas fornecem uma infra-estrutura de princípios gerais que podem ser utilizados para orientar as pesquisas e explicar observações. Cada teoria sobre o desenvolvimento interpreta o desenvolvimento humano de forma diferente. 
De outro lado cabe entender os elementos das representações sociais sobre o desenvolvimento humano pelos educadores e refletir sobre a importância dessas representações no cotidiano do cenário educacional.
Os resultados mostram que a criança foi associada com brincadeiras, inocência e dependência; o adolescente com transformações no corpo, crises existenciais e sexualidade; o adulto com produtividade, trabalho, estabilidade e, o idoso com sabedoria e experiência. 
Estes resultados do estudo evidenciam as bases científicas do conhecimento popular acerca do desenvolvimento humano.
As grandes teorias sobre desenvolvimento humano (como saber científico) que têm ancorado as ideias de senso comum, bem como as teorias emergentes na contemporaneidade, são o alvo de tematização. 
Essas teorias podem ser divididas em dois grupos.
PRIMEIRO GRUPO DE TEORIAS
1) a abordagem psicanalítica de Freud e a versão de Erikson sobre esta base teórica; 
2) a teoria behaviorista da aprendizagem, que tem como objeto de estudo o comportamento, e como foco básico a estrutura e o desenvolvimento de processos do pensamento e do conhecimento do indivíduo; 
3) as teorias que mostram que as pessoas procuram conhecer experiências no processo que forma conceitos e estratégias cognitivas, ou seja, cada pessoa tenta fazer com que as novas experiências façam sentido conciliando-as com seu conhecimento já existente.
SEGUNDO GRUPO DE TEORIAS
Contribuições apresentadas pelas teorias sociocultural e epigenética, como forma de ampliar a compreensão acerca das visões teóricas sobre o desenvolvimento humano.
FOLHA 4 – AULA 2 DE PSICOLOGIA DO DESEV E DA APRENDIZAGEM- TEORIAS DO DESENVOLVIMENT0
Essas teorias foram consideradas, por Berger, como emergentes entre as teorias do desenvolvimento humano.
A teoria psicanalítica de Freud interpreta o desenvolvimento humano em termos de impulsos e motivos intrínsecos, muito dos quais são irracionais e inconscientes. 
Segundo Freud o desenvolvimento nos seis primeiros anos ocorre em três fases, cada qual caracterizada pelo interesse e pelo prazer sexual concentrados em uma determinada parte do corpo.
Fase Oral Fase Anal Fase Fálica
0 a 1 ano 1 a 3 anos 3 a 6 anos
Após estas três fases ocorre um interlúdio, entre os sete e onze anos, denominado latência. Por volta dos 12 anos a pessoa entra na fase genital.
Para Freud, as emoções relativas a cada fase permanecem como forças poderosas, mas disfarçadas na personalidade adulta, parte do legado inconsciente da infância. 
A maneira como a pessoa suporta e resolve os problemas na infância, determina sua personalidade e seus padrões de comportamento durante toda a vida.
A seguir veremos as semelhanças e diferenças da versão de Erikson para a abordagem psicanalítica freudiana.
Assim como os demais seguidores de Freud, Erikson reconhece a importância das forças inconscientes e irracionais. Entretanto, considerando insuficientes as fases propostas por Freud sugeriu, no lugar delas, oito fases de desenvolvimento, que cobrem todos os estágios da vida. Cada uma destas fases é caracterizada por uma crise de desenvolvimento que, sendo fundamental, precisa ser resolvida. 
Confiança X Desconfiança , Autonomia X Vergonha e Dúvida, IniciativaX Culpa, Diligência X Inferioridade, IntegridadeX
Desesperança , Identidade X Confusão de Papéis, Generatividade X EstagnaçãO, Intimidade X Isolamento
Segundo esta teoria, a solução de cada crise do desenvolvimento depende da interação entre as características do indivíduo e qualquer que seja o suporte oferecido pelo ambiente social.
A visão behaviorista surgiu em oposição à teoria psicanalítica.
Watson, seu principal representante, se opunha abertamente à ênfase dada por Freud ao inconsciente, especialmente aos impulsos e a fatos dos quais o paciente só conseguia se lembrar anos depois de sondagens psicanalíticas, ou que só conseguia recordar por meio de sonhos ou por manifestações disfarçadas. Segundo Watson, o comportamento real, ao contrário dos motivos e dos impulsos inconscientes, pode ser estudado de maneira muito mais objetiva e científica.
A teoria behaviorista da aprendizagem focaliza os meios pelos quais as pessoas aprendem comportamentos específicos.Segundo a visão destes teóricos, todo desenvolvimento envolve um processo de aprendizagem e, portanto, não ocorre só em determinadas fases que dependem da idade e do amadurecimento.
A teoria da aprendizagem toma como base o estímulo e a resposta. A aprendizagem se dá por meio do condicionamento, processo através do qual uma determinada resposta é desencadeada por um estímulo.
O condicionamento pode ser clássico ou operante.
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO : O condicionamento pode ser clássico ou operante.
CONDICIONAMENTO OPERANTE : O reforço promove a aprendizagem de forma que repostas fracas ou raras tornam-se fortes e frequentes.
Outro conceito importante é o de aprendizagem social, em que os comportamentos observados tornam-se comportamentos copiados por meio da modelagem.
A teoria cognitiva tem como foco principal a estrutura e o desenvolvimento dos processos de pensamento e de conhecimento do indivíduo.
Segundo Piaget, o principal teórico desta visão há quatro períodos de desenvolvimento cognitivo: Sensório Motor, Pré-operacional, Operacional Concreto e Operacional Formal.
Para Piaget, cada pessoa tenta fazer com que as novas experiências façam sentido conciliando-as com seu conhecimento já existente. No ponto de vista do autor, este processo é conduzido pela necessidade humana de equilíbrio mental, denominado, por ele, como equilíbrio cognitivo.
Folha 5 aula 2 psicologia do desenvolvimento
A adaptação cognitiva ocorre pela assimilação e acomodação.
A teoria sociocultural de Vygotsky encontra-se no bloco das teorias emergentes. Essa teoria explica o desenvolvimento humano em termos da orientação, do suporte e da estrutura proporcionados pela cultura.
Uma aplicação no cotidiano do processo ensino aprendizagem desta visão é a possibilidade de se trabalhar com a ideia de que os educadores devem atuar como mentores que orientam os aprendizes através da zona de desenvolvimento proximal. Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância entre o nível atual de desenvolvimento da criança, determinado pela sua capacidade atual de resolver problemas individualmente e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com os pares mais capazes.
O aprendiz e a sociedade se desenvolvem em decorrência da colaboração entre o instrutor e o aprendiz. As sociedades e as culturas se modificam quando os indivíduos escolhem qual conhecimento deve ser passado adiante. Para os adeptos da visão sociocultural as pessoas aprendem a conhecer os recursos, as habilidades e os valores da sociedade por meio do aprendizado.
A teoria dos sistemas epigenéticos começa pela observação de que os genes são poderosos e onipresentes, potencialmente afetando todos os aspectos do desenvolvimento. Outro aspecto relevado por essa teoria é a tese de que as crianças nascem com diversos impulsos e reflexos que ajudam a garantir sua sobrevivência, enquanto os adultos normalmente também são equipados com predisposições inatas para cuidar de bebês. Esta visão teórica enfatiza os primeiros anos do desenvolvimento humano, na medida em que acredita na ideia de que a forças bioquímicas iniciais alteram a manifestação dos genes. No que se refere à relação natureza-criação enfatiza que a natureza inicia o processo e a criação o afeta por meio de hormônios, enzimas, toxinas e adaptação seletiva.
AVALIANDO O PARENDIZADO
Peixe fora d'água". A exemplo de muitos outros, Lindolfo mudou do campo para a cidade. Ao fazer onze anos, 'toda uma vida', segundo seu pai, Lindolfo emigrou com sua família porque as dívidas não lhe permitiam que seu pai prosseguisse trabalhando na terra herdada dos seus avós. Na cidade, Lindolfo foi matriculado na escola do bairro onde sua mãe conseguira trabalho de doméstica e juntos percorriam o mesmo caminho todos os dias... Para Lindolfo foi muito difícil a adaptação ao novo meio e à escola: seu jeito de falar com um sotaque diferente e termos próprios provocavam deboches e brincadeiras maliciosas. Embora Lindolfo tivesse uma relação cordial com o professor, ele se sentia como um "peixe fora d'água" em sua turma. Muitas das coisas tratadas na aula não lhe interessavam ou ele não as compreendia bem. Um dia o professor indicou o estudo de um animal nativo como trabalho de pesquisa. Lindolfo sentiu que toda a sua infância estava presente em sua memória, mas não dispunha de material para ilustrar o que desejava comunicar, mas, com entusiasmo, pôs-se a desenhar um tatu, animal que ele conhecia muito bem. Lindolfo conhecia o habitat natural do tatu e costumava vigiar suas saídas para procurar alimento; muitas vezes observou com emoção os passeios da mãe tatu com suas crias. Nesta aula, Lindolfo foi o primeiro voluntário para contar e explicar tudo o que sabia sobre o tatu. Todos ficaram impressionados com seu conhecimento e, a partir deste dia Lindolfo passou a ser visto e tratado como membro da turma. Você, sendo um professor "vygotskyano", analise as afirmativas abaixo:
I. Na visão vyotskyana, cabe ao educador o papel de interventor, desafiador e provocador de situações que levem os alunos a aprenderem a aprender, buscando articular a experiência cotidiana dos alunos.II. O trabalho didático deve, portanto, propiciar a construção do conhecimento pelo aluno. Aprender é, de certa forma, descobrir com seus próprios instrumentos os pensamentos e conhecimentos institucionalizados socialmente.III. A intervenção pedagógica é um processo de muita importância para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Nesse processo, o educador não precisa provocar desempenhos avançados tampouco aproximar essas experiências da vivência cotidiana dos alunos.
IV. A escola e o educador que desejam alcançar sucesso de todos os alunos terão de se imbuir desta prática pedagógica vygotskyana. Mas isso só é possível se o professor nessa dinâmica transformar a sala de aula em um rico espaço de aceitação de vozes diferenciadas e discordantes.
Estão corretas: 1 , 2, 4
A escola Gente Nova está promovendo uma seleção para a contratação de professores para atuarem junto às turmas do segundo ano do ensino fundamental, como professores regentes. Como pré-requisito para a contratação, são exigidos formação em pedagogia e experiência com docência de pelo menos 2 anos. Além disso, é necessário conhecimento da teoria de Lev Vygotsky, pois a escola está fundamentada no sociointeracionismo como concepção de conhecimento que fundamentará a atuação docente. Das respostas abaixo, qual é a única que não faz parte dos pressupostos teórico-metodológicos da concepção sociointeracionista? A QUE NÃO FAZ PARTE É O desenvolvimento da criança e sua aprendizagem são resultantes das pressões do meio sobre a criança, na medida em que todo o conhecimento só poderá fazer parte da estrutura cognitiva da criança se for transmitido por uma pessoa mais experiente.
ESSAS FAZEMPARTE DA TEORIA LEV VYTSKY
A criança é concebida como criadora e recriadora da cultura em que vive, por isso, é reconhecida a sua possibilidadede construir conhecimento. O conhecimento é construído socialmente pelos pares/grupos que interagem nas situações cotidianas. Há uma relação intrínseca entre desenvolvimento e aprendizagem, pois na concepção sociointeracionista, o desenvolvimento é impulsionado pela aprendizagem. Há uma relação intrínseca entre desenvolvimento e aprendizagem, pois na concepção sociointeracionista, o desenvolvimento é impulsionado pela aprendizagem. 
FOLHA 6 AULA 3 PERCEPÇÃO
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais. Funciona através de quatro processos: aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. 
Vamos conhecer a percepção sensorial e visual.
1- PERCEPÇÃO SENSORIAL É o processo ativo através do qual, cada objeto percebido é colocado num mundo ordenado de espaço e tempo. A mente encontra-se ativa quando a criança começa a discriminar, analisar e abstrair as qualidades dos objetos.
2- Representa uma interface entre o cérebro e o meio ambiente. O sistema responsável pela visão é caracterizado por milhões de células que reagem detalhadamente a aspectos do que está ao nosso redor. Essas células nervosas respondem a cada componente da imagem como direção, grau de inclinação, forma, cor, através da ativação de áreas especializadas dentro do córtex visual. Embora a imagem seja “fatiada” em diversas partes, o cérebro não retira o significado em cima das partes.
Sentidos que fazem parte da percepção: são os 5 sentidos,
a-No processo da visão, tudo trabalha de modo relativo e interdependente. Um fator específico (por exemplo, a cor) pode afetar todos os demais.
b- Entre os fatores considerados  na percepção auditiva estão a percepção de timbres, de alturas, de intensidade sonora, rítmica e origem do som.
c- A percepção olfativa engloba a discriminação de odores, diferenciação e efeito de sua combinação
d- A percepção gustativa tem como principal modalidade a discriminação de sabores.
e- A percepção tátil é sentida pela pele e permite reconhecer a presença, forma, tamanho e temperatura dos objetos.
f- O estudo da percepção temporal envolve a percepção de durações, de ritmos e de simultaneidade.
g- A percepção espacial é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto e se esse objeto (ou o som) está se aproximando ou afastando.
Com o objetivo de avaliar o processamento visual de figuras ambíguas em indivíduos disléxicos e compará-lo a um grupo de controle de leitores normais, Alonso, Lamas, Sampaio e Rehder realizaram uma pesquisa sobre a figura ambígua e dislexia do desenvolvimento. Eles utilizaram o método de Survey, onde foram selecionados aleatoriamente 39 escolares cursando entre a primeira e a quarta série do ensino fundamental. Deste total, 26 não apresentavam dificuldade de leitura ou mau rendimento escolar e constituíram o grupo controle. As outras 13 crianças (grupo de estudo) eram portadoras de Dislexia do desenvolvimento.
A seguir, veremos como foi realizada a pesquisa e seus resultados.
Na pesquisa, foram apresentadas uma figura de Boring, uma de Rubin e outra de Jastrow.
Boring Uma velha ou uma moça de perfil. Rubin : duas taças ou quatro perfis Jastrow : um pato ou coelho
Os resultados obtidos mostram que as crianças com diagnóstico de Dislexia do desenvolvimento perceberam número menor de figuras em relação às do grupo controle. O exame do processamento visual de crianças com Dislexia do desenvolvimento para figuras ambíguas é alterado quando comparado ao de crianças leitoras normais.
Aprendizagem
Tavares mostra que a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados, e na concepção de Ausubel para que ela aconteça em relação a um determinado assunto são necessárias três condições:
1- o material instrucional com conteúdo estruturado de maneira lógica;
2- a existência na estrutura cognitiva do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável com o novo conteúdo;
3- a vontade e a disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente.
Esses conceitos estáveis e relacionáveis já existentes na estrutura cognitiva são chamados de subsunçores, ou conceitos âncora ou ainda conceitos de esteio.
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
O processo ensino-aprendizagem, conduzido de maneira usual, se apoia em livros texto estruturados de modo que os seus tópicos estão encadeados numa sequência lógica, e cada tópico tem a sua coerência interna. 
Esse material se diz potencialmente significativo quando o aprendiz for capaz de relacioná-lo com conhecimentos existentes em sua estrutura cognitiva. 
Costuma-se dizer que na aprendizagem significativa acontece a transformação do significado lógico de determinado material em significado psicológico, na medida em que o aprendiz internaliza o saber de modo peculiar,  transformando-o em um conteúdo idiossincráticO.
FOLHA 7 AULA 3 PERCEPÇÃO PSIC DO DESENV DA PRENDIZAGEM
Quando se depara com um novo corpo de informações, o aprendiz pode decidir absorver esse conteúdo de maneira literal, fazendo uma aprendizagem mecânica, pois só conseguirá reproduzir esse conteúdo de maneira idêntica àquela que lhe foi apresentada.
No entanto, quando o aprendiz tem pela frente um novo corpo de informações e consegue fazer conexões entre esse material que lhe é apresentado e o seu conhecimento prévio em assuntos correlatos, ele estará construindo significados pessoais para essa informação
A INFLUÊNCIA DO COMPUTADOR NA APRENDIZAGEM 
os tempos atuais o computador tem se configurado como um artefato que tanto armazena e manipula informações quanto promove a sua difusão numa escala mundial através da Internet. No entanto o seu uso como ferramenta instrucional ainda não se dá de maneira plenamente funcional. No sentido de incentivar a aprendizagem através do uso do computador, é necessário usar sistemas adaptados ao modo humano de construir e utilizar o conhecimento. 
Memória
Segundo a visão de Papalia, Olds e Feldman, os teóricos do processamento de informações pensam na memória como um sistema de arquivamento em três etapas ou processos: codificação, armazenamento e recuperação.
Codificação : A codificação é o processo de colocação das informações em pastas a serem arquivadas na memória. Ela anexa um código ou rótulo à informação para prepará-la para armazenamento, para que seja mais fácil encontrá-la quando necessário. Os eventos são codificados junto com as informações sobre o contexto em que foram encontrados.
Armazenamento: O armazenamento consiste em guardar a pasta no armário de arquivos.
Recuperação : A recuperação, última etapa, ocorre quando a informação é necessária. A recuperação pode envolver reconhecimento ou recordação.
Existem três tipos de memória. Vamos conhecê-las.
A memória de longo prazo é um depósito de capacidade ilimitada que guarda informações por longos períodos de tempo. Um executivo central controla o processamento de informações na memória de trabalho. Este executivo central ordena as informações codificadas e faz a transferência para a memória de longo prazo. 
O executivo central amadurece entre os oito e os dez anos de idade.
A memória de trabalho é um depósito de curto prazo para as informações sobre as quais uma pessoa está ativamente trabalhando. É nela que as informações que estão sendo codificadas e recuperadas são mantidas. Aos cinco ou seis anos, as crianças costumam lembrar apenas dois dígitos, já um adolescente típico pode lembrar-se de seis dígitos.
A memória sensorial é o ponto de entrada inicial do sistema para as informações sensoriais que chegam. Sem processamento, as informações desaparecem rapidamente. A memória sensorial é o ponto de entrada inicial do sistema para as informações sensoriais que chegam. Sem processamento, as informações desaparecem rapidamente.
Da pré-escola à 5ª série, as crianças apresentam um progresso constante na compreensãoda memória.
Alunos de 1ª série sabem que as pessoas lembram melhor quando estudam por mais tempo, que as pessoas esquecem as coisas com o tempo e que reaprender é mais fácil do que aprendê-la pela primeira vez.
Na 3ª série, as crianças sabem que algumas pessoas têm mais memória do que outras. Somente depois da terceira série a maioria das crianças reconhece que a memória pode ser distorcida por sugestões dos outros
CARNEIRO apresentou uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento da memória, organizada de acordo com a divisão dos diferentes armazenamentos ou sistemas existentes. O desenvolvimento das memórias sensorial, de trabalho, explícita e implícita foi analisado desde o período pré-escolar. Embora ocorram mudanças significativas na memória de trabalho e explícita, parece não existir evolução da memória implícita perceptiva ao longo do desenvolvimento.

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