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Artigo avaliação fauna solo Neiva.doc 2015

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AVALIAÇÃO DA FAUNA EDÁFICA SOBRE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA VEGETAL DO SOLO
Neiva Bremm[1: Acadêmica do Curso de Agronomia – 4º semestre. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus Cerro Largo. neiva.bremm@gmail.com ]
Nestor Bremm[2: Acadêmico do Curso Agronomia – 4º semestre. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus Cerro Largo. nestorbremm@gmaill.com ]
Vanessa Luiza Langer[3: Acadêmica do Curso de Agronomia – 4º semestre. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus Cerro Largo. vanessalanger2@hotmail.com ]
Resumo
O solo é o habitat de um imenso conjunto de organismos, que estão relacionados entre si e cujas atividades determinam as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. A qualidade de um solo é definida como a capacidade deste em funcionar dentro do ecossistema, em vista disso, os organismos que habitam podem ser utilizados como indicadores de sua qualidade. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a distribuição da fauna em cinco diferentes locais da área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo, sendo eles: aveia em perfilhamento (G1-G6), capim alto (G2-G7), aveia em estádio de florescimento (G3-G8), entremeio lavoura/mata (G4-G9) e mata nativa (G5-G10). Nesse procedimento utilizou-se um PROVID que é uma adaptação ao pitfall trap, que tem como função avaliar a macro e mesofauna edáfica. O estudo da fauna edáfica nos cinco ambientes amostrados permitiu encontrar 18 grupos de organismos, sendo eles: Dermaptera, Thysanura, Orthoptera, Isoptera, Hymenoptera, Hemiptera, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Collembola, Araneae, Acarina, Diplopoda, Clitellata, Molusca, larvas, Blattodea e a Mantodea, e apresentaram diferenças bem visíveis entre as amostras. Mas que não diferiram estatisticamente, com nível de significância de 5%, exceto a abundância total, em que foi aplicado o Teste de Tuckey, e apresentou como o melhor tratamento o capim alto e o pior o de aveia em estádio de florescimento. Diante das amostras coletadas e avaliadas em laboratório, percebem-se quais continham maior diversidade, bem como maior abundância e consequentemente a de maior equidade nos locais acima citados.
Palavras-chave: Indicador biológico - Manejo do solo - Amostras.
Introdução
A fauna edáfica é de suma importância tanto para o solo como os organismos vivos e principalmente o meio ambiente. Pois a biota edáfica é responsável por ser bioindicadora de condições (boas e ruins) que se apresentam no ecossistema, o que possibilita a sua classificação em diferentes tipos de degradação sofrido pelo meio. 
E devido a tal importância que nos propomos em fazer uma analise edáfica sobre diferentes tipos de vegetações. Pois, segundo a FAO, estima-se que cerca de cinco milhões de hectares de terras agricultáveis são degradadas anualmente, devido a práticas agrícolas inadequadas e intensivas, secas, pressão populacional para uma maior disponibilidade de alimentos, entre outras práticas exploratórias de recursos naturais inadequadas (MANHÃES, 2011). O que causa um problema de ordem ambiental, pois produz sedimentos, assoreamento de represas e constituindo áreas de risco a habitação humana e visto que a formação do solo é muito lenta (ANDRADE, 2000). 
E por isso, tal trabalho teve como objetivo verificar se há diferença entre as áreas de diferentes tipos de vegetações sobre os táxons presentes nos ambientes, os táxons mais presentes em (nº de indivíduos) como também a riqueza, abundância total, equitabilidade, diversidade, dominância da fauna edáfica sobre elas. Este trabalho esta estruturado em referencial teórico, material e métodos, resultados e discussões e por fim a conclusão.
1 REFERENCIAL TEÓRICO
O solo é o habitat que suporta uma grande gama de microrganismos quanto de animais invertebrados (MENEZES et al, 2007), que são classificados em edáfica, hemiedáfica e euedáfica de acordo com a sua disposição ao longo do perfil do solo. Além disso, por os organismos do solo ter uma grande variedade de formas, tamanhos e funções exercidas no ecossistema, têm surgido diversas tentativas de classificações e agrupamentos. A classificação mais utilizada é a proposta por Swift et. (1979) que utiliza o diâmetro corporal como principal critério de divisão, e se dividem em quatro grandes grupos: a microfauna (protozoários e nematoides) de 4 µm a 100 µm, a mesofauna (ácaros, colêmbolos, pequenas miriápodes e pequenos miriápodes) de 100 µm a 2 mm, a macrofauna (minhocas, térmitas, formigas e coleópteros) de 2 mm a 20 mm e a megafauna (alguns oligoquetos, diplópodes, quilópodes e coleópteros) de mais de 20 mm de diâmetro corporal (CORREIA e OLIVEIRA, 2000). 
O termo fauna do solo é utilizado quando se deseja referenciar a comunidade de organismos que vivem permanentemente ou que passa um ou mais ciclos de vida no solo. E por causa disso, que a fauna (biota do solo) está intrinsicamente ligada a inúmeras funções do solo como os processos de fragmentação e decomposição do material orgânico, ciclagem de nutrientes, que refletem na manutenção da fertilidade do solo e posteriormente produtividade das culturas (ANDRADE, 2000), infiltração de água, aeração, estrutura e textura do solo, aumento da CTC do solo (pela presença de húmus) (MANHÃES, 2011). Enfim, a biota do solo é capaz de modificar propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (CORREIA e OLIVEIRA, 2000).
Porém, por a biota ter uma forte relação com o seu habitat, ela se torna muito suscetível a modificações abióticas e bióticas do meio ambiente. E com isso as práticas de manejo do homem podem afetar a fauna edáfica de forma direta ou indireta (ANDRADE, 2000) em diferentes graus de intensidade (MENEZES et al, 2007). Os fatores que afetam diretamente a fauna é a utilização de substâncias biocidas e alteração física no solo (ação mecânica sobre o mesmo). Já os fatores indiretos são os que alteram a disponibilidade de alimento e modificação do seu meio ambiente. 
Tais práticas (agrícolas) são observadas pelos dados de densidade e de biodiversidade da fauna, que tendem a diminuir caso a prática seja degradativa e tende a aumentar quando tiver uma prática mais conservacionista, como manejo sem revolvimento da relva, com plantio direto, por exemplo.
As áreas alteradas pela ação antrópica podem ter sua capacidade aumentada, mantida ou reduzida em comparação ao ecossistema original. Mas quando essas alterações do ambiente estão associadas a processos que reduzam a sua capacidade produtiva, são ambientes considerados degradados (SILVA et al, 2011). E segundo o mesmo autor, isso ocorre como consequência da desvinculação entre o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. Isto se deve a vários fatores entre eles o uso indiscriminado de produtos xenobióticos que podem eliminar espontaneamente organismos de algum nível na cadeia trófica e com isso, ocasiona uma desestruturação do habitat (BARRETA et al, 2011). Isto ocorre por ter pouco conhecimento e ser descoberto a um período de tempo relativamente curto, na área de organismos edáficos.
A biodiversidade de um ecossistema tem uma intima e correlação positiva com a sustentabilidade e com o equilíbrio do ambiente, o que mantem um equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas (BARRETA et al, 2011), como na qualidade do solo. Que é definida como a capacidade deste em funcionar dentro do ecossistema, em vista disso, os organismos que habitam ali, podem ser utilizados como indicadores da qualidade do solo (bioindicadores). Pois eles são organismos ou comunidade dos mesmos, cuja suas funções vitais são intrinsecamente relacionadas com os fatores abióticos, através de suas zonas de tolerância fisiológica, que é a resistência da espécie de resistira a mudanças e alterações do meio ambiente, o que o torna tal espécie bioindicadora de tal situação abiótica presente no habitat (ANDRADE, 2000).
Por isso, são utilizados sete critérios para ser considerado um bom bioindicador: ocorrência variada; ter os padrões de respostarefletida em outros táxons; possuir biologia e história natural bem conhecida; ser facilmente observado e manipulado; ser bem conhecido taxonomicamente; ter especialização do habitat e possuir interesse econômico (pragas, inimigos naturais, decompositores).	Enfim, pode-se dizer com maior clareza que, um dos aspectos funcionais da fauna do solo de maior relevância é a sua participação na ciclagem de nutrientes do ecossistema, nutrientes que são de fundamental importância para a manutenção da produtividade das culturas. É ao mesmo tempo agente transformador e reflexo das características físicas, químicas e biológicas dos solos. A sensibilidade dos invertebrados do solo aos diferentes manejos, reflete claramente o quanto uma determinada prática de manejo pode ser considerada ou não conservativa do ponto de vista da estrutura e fertilidade do solo. Embora a mineralização ocorra principalmente devido a ação do nível trófico basal da teia alimentar do solo, a sua atividade é profundamente afetada pelos níveis tróficos superiores e por exercer influência no ciclo da matéria orgânica, e na disponibilidade de nutrientes assimiláveis pelas plantas. Sendo assim, todas essas características nos revelam que a fauna do solo é a principal, se não a única, indicadora das modificações do ambiente. 
2 Material e Métodos
	
Neste experimento utilizou-se um PROVID que é uma adaptação ao pitfall trap. Tem como função avaliar a macro e mesofauna edáfica. De acordo com Antoniolli, et al (2006), o Provid é um método alternativo de amostragem da fauna edáfica do solo. 
	Para a sua montagem utiliza-se:
Garrafa de plástico tipo Pet (2L);
Faz-se quatro aberturas na forma de janelas com dimensões de 6 x 4 cm na altura de 20 cm de sua base.
Ilustração 1: Imagem ilustrativa da implantação do PROVID no solo.
Fonte: ANTONIOLLI et al, 2006.
Este experimento foi realizado na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Cerro Largo onde foram instalados dez PROVIDs, duas repetições de cada local (ambiente), sendo inserido através do Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) das unidades experimentais na área. Sendo realizado do modo: 
G1 e G6 (aveia afilada);
 G2 e G7 (capim alto);
 G3 e G8 (aveia florescendo);
 G4 e G9 (entremeio lavoura Mata);
G5 e G10 (mata nativa).
Após a identificação do local coloca-se a garrafa pet no solo de modo que os bordos dos frascos fiquem ao nível da superfície do solo;
Inserindo uma solução mortífera e conservante (Álcool 70%+algumas gotas de formol) de 200 mL para conservar os organismos que caírem no PROVID;
Após cada coleta, faz-se a identificação e contagem dos organismos em laboratório classificando-os de acordo com sua ordem, classe. E posteriormente, foi feito a media das 2 repetições de cada tratamento (tipo de vegetação do local) e com as medias foi aplicado na análise de variância, a um grau de confiança de 95% (α=5%). E caso, houvesse diferença significativa a um nível de erro de 5%, seria aplicado o Teste de Tuckey.
Além disso, foi utilizados alguns dados e índices que indicam algumas características sobre a população edáfica de tal ambiente (através de análise comparativa), como a riqueza, abundância total, o índice de Margalef, de Shannon, de Simpson e o de Pielou. A riqueza representa o nº de táxons existente naquele ambiente. A abundância total significa a soma de todos os indivíduos daquele local. 
O índice de Margalef (DMg) é utilizado para inferir sobre a diversidade do local que utiliza a riqueza menos 1, divido pelo logaritmo neperiano da abundância total de tal ambiente. O índice de Shannon (H’) é um índice que também demonstra a diversidade biótica edáfica. Porém, ele que leva em consideração a riqueza e sua abundância relativa. E atribui maior peso as espécies raras (MANHÃES, 2011), seus valores variam de 0 a 5, quanto mais próximo do 0, mais dominância existe na amostra de uma espécie sobre as outras. O índice de Simpson (1-D) calcula a dominância de táxons, ele leva em consideração a riqueza, a abundância total e a proporção de ocorrência de cada espécie. Já o índice de Pielou (J), indica uniformidade (equitabilidade) do meio ambiente que é a razão do índice de Shannon pelo logaritmo do nº de grupos presentes na amostra.
3 Resultados e discussão
	O estudo da fauna edáfica nos cinco ambientes amostrados permitiu encontrar 18 grupos de organismos. Sendo elas, Dermaptera, Thysanura, Orthoptera, Isoptera, Hymenoptera, Hemiptera, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Collembola, Araneae, Acarina, Diplopoda, Clitellata, Molusca, larvas, Blattodea e a Mantodea. Dentre estes os que predominaram em abundância total (da soma de todas as áreas) foram Hemynoptera, Collembola e Orthoptera. Estes dados estão presentes na tabela a seguir (Tabela 1).
Tabela 1
Classes taxonômicas encontradas nas amostras
	Classes Taxonômicas
	G1-G6
	G2-G7
	G3-G8
	G4-G9
	G5-G10
	Dermaptera
	0,5
	-
	-
	-
	-
	Thysanura
	0,5
	-
	-
	-
	-
	Orthoptera
	22,5
	66,5
	13
	2,5
	1
	Isoptera
	2,5
	6
	0,5
	 
	1,5
	Hemynoptera
	65
	104,5
	56
	71,5
	52,5
	Hemiptera
	10,5
	11
	8
	39,5
	6,5
	Díptera
	10,5
	30,5
	4,5
	8,5
	15,5
	Lepidoptera
	0,5
	0,5
	1,5
	-
	-
	Coleoptera
	10,5
	4,5
	1,5
	0,5
	5
	Collembola
	3,5
	70
	4
	36
	14
	Araneae
	2,5
	7
	2
	5,5
	6
	Acarina
	5
	-
	3
	3
	-
	Centopeia
	-
	-
	-
	0,5
	-
	Minhoca
	-
	0,5
	0,5
	-
	-
	Molusca
	-
	-
	-
	0,5
	-
	
	
	
	
	
	
	Larvas
	-
	13
	6,5
	-
	2
	Outros
	1
	25
	0,5
	0,5
	-
	Blattodea
	-
	-
	-
	1,5
	-
	Mantodea
	-
	-
	-
	1
	-
Legenda: Aveia em perfilhamento (G1-G6); Capim alto (G2-G7); Aveia em estádio de florescimento (G3-G8); Entremeio lavoura/mata (G4-G9); Mata nativa (G5-G10).
Fonte: produção da pesquisa.
As amostras realizadas apresentaram diferenças visíveis entre a população edáfica das mesmas (aveia em perfilhamento-G1-G6; capim alto-G2-G7; aveia em estádio de florescimento-G3-G8; entremeio lavoura/mata-G4-G9 e mata nativa-G5-G10). A abundância total variou de 101,5 indivíduos a 339 indivíduos, onde a área de capim alto (G2-G7) apresentou a maior abundancia total e a menor foi da área de aveia em estádio de florescimento (G3-G8). 
Já na riqueza, a amostra da área de aveia em florescimento teve um dos maiores valores juntamente com as amostras G4-G9 e G1-G6 que foram de 13 espécies, e a de menor foi a área de mata com 9 indivíduos. No índice de Margalef a área G3-G8, teve a maior diversidade com 2,597 em comparação com a G5-G10 que apresentou a menor com 1,722. No índice de Shannon que é outro índice de diversidade, a amostra G2-G7, se sobre saiu melhor de todas (1,81), inclusive que a G3-G8 que apresentou um valor baixo (1,51), mas não o pior (1,49).
No índice de Simpson, que é um índice que indica a equidade das espécies, a amostra G2-G7 apresentou o maior valor (0,81) em comparação com as demais e a menor foi a G3-G8 com 0,67. E por fim o índice de Pielou, apresenta a amostra G5-G10 como a maior (0,17) em comparação com as demais e a amostra G3-G8 apresentou com um valor de 0,12, cujo valor é próximo a pior amostra (0,11). A seguir na tabela 1, apresenta as amostragens de cada área, com o nº de espécies de cada táxon encontrados. Já na tabela 2, apresenta os índices de equidade, dominância e o de diversidade de cada área.
Tabela 2
	Valores referenciais sobre a riqueza, dominância e equidade das amostras
	Dados
	G1-G6
	G2-G7
	G3-G8
	G4-G9
	G5-G10
	Abundância total
	135
	339
	101,5
	171
	104
	Riquza
	13
	12
	13
	13
	9
	Índice de Margalef
	2,446346
	1,888088
	2,59737
	2,333875
	1,722508
	Índice de Shannon
	1,586048
	1,809968
	1,512752
	1,492185
	1,564281
	Índice de Simpson
	0,724807
	0,80927
	0,670686
	0,727571
	0,701363
	Índice de Pielou
	0,122004
	0,150831
	0,116366
	0,114783
	0,173809
Legenda: Aveia em perfilhamento (G1-G6); Capim alto (G2-G7); Aveia em estádiode florescimento (G3-G8); Entremeio lavoura/mata (G4-G9); Mata nativa (G5-G10). * valor que demonstra a riqueza das espécies. ** valor que demonstra a equidade entre as espécies e ao mesmo tempo a dominância de um táxon (classes taxonômicas) sobre os outros
Fonte: produção da pesquisa.
	Porém, estatística não houve diferenças significativas entre os dados e os índices, exceto no dado da abundância total, em que foi aplicado o Teste de Tuckey, em que o melhor tratamento foi o de capim alto. Todos os demais tratamentos diferiram do melhor. Sendo o pior tratamento o da aveia em estádio de florescimento. Os tratamentos de mata nativa e a aveia em perfilhamento não diferiram do pior tratamento. E o que apresentou um tratamento intermediário foi o entremeio lavoura/mata. Que tais dados estão dispostos na tabela abaixo (Tabela 3).
Tabela 3
Teste de Tuckey inferido sobre a abundância total dos tratamentos
	Tipo de vegetação
	Yi.
	Capim alto
	339 a*
	Entremeio lavoura/mata
	171 b
	Aveia em perfilhamento
	135 bc
	Mata nativa
	104 c
	Aveia em estádio de florescimento
	101,5 c
*Tratamento com médias não seguidas por mesma letra diferem entre si pelo Teste de Tuckey, em nível de 5% de probabilidade de erro.
Fonte: produção da pesquisa.
CONCLUSÃO
A partir desses resultados, conclui-se que a área de capim alto (G2-G7) é o ambiente onde encontramos uma alta quantidade de fauna edáfica, devido principalmente que essa área apresenta uma quantidade e qualidade maior de alimento (biomassa verde) consorciado com um habitat que dificulte a predação ou que diminua as chances dos animais edáficos de serem predados, se comparada com as outras áreas, pois com tais fatores, acondiciona-se um ambiente que tenha uma maior capacidade de suportar organismos em tal nicho. Além disso, estes são os dois fatores mais limitantes para o crescimento e sobrevivência dos organismos.
Já amostra de aveia em estádio de florescimento (G3-G8), apresentou uma das maiores riquezas e diversidade (Índice de Margalef) entre as amostras, mas apresenta a maior dominância (Índice de Simpson), que é um dado que demonstra o quanto o habitat está em desequilíbrio, pois a dominância significa que um táxon tem uma alta quantidade de indivíduos em relação à presença de indivíduos de outros táxons e por isso, diz-se que uma espécie domina as outras por ser a mais presente em tal nicho e consequente a mais adaptada e competitiva dentre todas existentes em tal local. 
O que demonstra que esta área não está em equilíbrio, pois se estivesse não ocorreria dominância entre as ordens da fauna edáfica, porque em um ambiente equilibrado não ocorre dominância de uma espécie sobre outra. E isso é acometido por um ambiente que não possui diversidade de plantas e/ou sofre forte influência da ação humana, que são os fatores responsáveis pelo desequilíbrio deste ambiente. E futuramente pesquisar sobre a viabilidade econômica a curto, médio e a longo prazo na utilização da fauna edáfica num agroecossistema comparada com a grande importação de insumos químicos, bastante presente nos dias atuais.
Essa pesquisa contribuiu na formação de um conhecimento interdisciplinar sobre a fauna edáfica relacionado com as condições do ambiente em tal fauna encontra-se. E tais pesquisas são fundamentais para a recuperação de solos degradados, pois nesse processo ocorre gerações de sucessão da fauna, devido ao aumento de disponibilidade no habitat e de alterações ocorrido no mesmo.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, L. B. O uso da fauna como bio-indicador de modificações ambientais em áreas degradadas. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2007.
ANTONIOLLI, Z.I. et al. Método alternativo para estudar a fauna do solo. Ciência Florestal, Santa Maria, v.16, n.4, p.407-417, 2006.
BARETTA, D.; SANTOS, J. C. P.; SEGAT, J. C.; GEREMIA, E. V.; FILHO, L. C. L. de O.; ALVES, M. V. Fauna edáfica e qualidade do solo. p.119-170, 2011. 
CORREIA, M. E. F.; OLIVEIRA, L. C. M. de. Fauna do solo: aspectos gerais e metodológicos. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, fev. 2000. 46p. (Embrapa Agrobiologia. Documentos, 112).
MANHÃES, C. M. C. Caracterização da fauna edáfica de diferentes coberturas vegetais no norte do estado do rio de janeiro, brasil. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) –Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF, Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias. Campos dos Goytacazes, RJ, 2011.
MENEZES, A. J. E. A.; SILVA, C. M.; PERLEBERG, T. D.; MACHADO, A. M. B.; MORSELLI, T. B. G. A. Estudo da fauna edáfica em dois ecossistemas no município de Morro Redondo, RS, Brasil. 2007.
SILVA, R. C. de S.; ALMEIDA, J. C. R. de.; BATISTA, G. T.; NETO, P. F. Os indicadores físicos, químicos e biológicos da qualidade do solo e da sustentabilidade dos ambientes naturais. Repositório Eletrônico Ciências Agrárias, Coleção Ciências Ambientais. Disponível em: <http://www.agro.unitau.br/dspace>. Acessado em: 19 out. 2015. p.1-13, 2011.

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