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Enfermagem em Centro Cirúrgico Módulo 01 rev

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ENFERMAGEM EM CENTRO - 
CIRÚRGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ENFERMAGEM EM CENTRO-
CIRÚRGICO 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO 
1.1 ESTRUTURA FÍSICA 
1.1.1 Vestiários (masculino e feminino) 
1.1.2 Área de conforto 
1.1.3 Sala dos cirurgiões e anestesiologistas 
1.1.4 Sala de Enfermagem 
1.1.5 Sala de recepção dos pacientes 
1.1.6 Sala de material de limpeza 
1.1.7 Sala para guarda de equipamentos 
1.1.8 Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal) 
1.1.9 Sala de gases medicinais 
1.1.10 Expurgo 
1.1.11 Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico 
1.1.12 Sala de Operação (SO) 
1.1.13 Tamanho da sala 
1.1.14 Portas 
1.1.15 Piso 
1.1.16 Paredes 
1.1.17 Teto 
1.1.18 Janelas 
1.1.19 Iluminação 
1.1.20 Ventilação/ Ar-condicionado 
1.1.21 Tomadas 
1.1.22 Rede de gases 
1.1.23 Lavabo 
1.2 RECURSOS MATERIAIS 
1.3 RECURSOS HUMANOS 
1.4 ROTINAS E SALAS DE OPERAÇÃO 
1.4.1 Procedimentos básicos 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
1.4.2 Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica 
1.4.3 Procedimentos relacionados ao paciente 
1.4.4 Fase de desmontagem da sala 
1.4.5 Limpeza da sala de operação 
 
MÓDULO II 
 
2 TRATAMENTO CIRÚRGICO 
2.1 HISTÓRICO DA CIRURGIA 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 
3 INSTRUMENTAIS, AGULHAS E FIOS 
3.1 INSTRUMENTAL DE DIÉRESE 
3.2 INSTRUMENTAL PARA HEMOSTASIA 
3.3 INSTRUMENTAL PARA PREENSÃO 
3.4 INSTRUMENTAL PARA SEPARAÇÃO 
3.5 INSTRUMENTAL E MATERIAL PARA A SÍNTESE 
3.5.1 Fios cirúrgicos 
3.5.1.1 Características físicas de manuseio e reação tecidual dos fios cirúrgicos 
3.5.2 Classificação dos fios cirúrgicos 
3.5.2.1 Fios cirúrgicos absorvíveis 
3.5.2.2 Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos 
3.5.2.3 Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos 
3.5.2.4 Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes 
3.5.2.5 Fios cirúrgicos não absorvíveis 
3.5.2.6 Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos 
3.5.2.7 Fios cirúrgicos não absorvíveis sintéticos 
3.6 AGULHAS CIRÚRGICAS 
3.7 GRAMPOS DE PELE 
3.8 FITAS ADESIVAS DE PELE 
3.9 INSTRUMENTO ESPECIAL 
3.10 INSTRUMENTAL DE CAMPO 
3.11 INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPIO 
4 TERMINOLOGIAS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
4.1 CLASSIFICAÇÃO 
5 ANESTESIOLOGIA 
5.1 CONCEITOS BÁSICOS EM ANESTESIOLOGIA 
5.1.1 Anestesia 
5.1.2 Analgesia 
5.1.3 Anestesia local 
5.1.4 Anestesia regional 
5.1.5 Anestesia geral 
5.1.6 Hipnótico 
5.1.7 Narcose 
5.1.8 Anestesia basal 
5.1.9 Sedação 
5.1.10 Notria 
5.2 FATORES FÍSICOS E FISIOLÓGICOS DOS ANESTÉSICOS 
5.2.1 Profundidade da anestesia 
5.3 MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
5.4 TIPOS DE ANESTESIA 
5.4.1 Anestesia geral 
5.4.2 Anestesia geral por inalação 
5.4.3 Anestesia geral endovenosa 
5.4.4 Anestesia local 
5.4.5 Anestesia regional 
5.4.6 Anestesia espinhal 
6 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 
6.1 PRÉ-OPERATÓRIO 
6.1.1 Pré-operatório Mediato 
6.1.1.1Consentimento cirúrgico 
6.1.1.2 Avaliação Pré-operatória 
6.1.1.3 Preparo psicoespiritual 
6.1.1.4 Preparo físico 
6.1.1.5 Pré-operatório Imediato 
6.1.1.6 Checagem Pré-operatória 
6.2 PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO (INTRA-OPERATÓRIO) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
MÓDULO III 
7 UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA 
8 COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO 
8.1 RESPIRATÓRIA 
8.2 CARDIOVASCULAR 
8.3 TEMPERATURA ANORMAL 
8.3.1 Cuidados de enfermagem na hipotermia 
8.4 PROCESSO MENTAL ALTERADO 
8.5 DOR 
8.5.1 Cuidados de enfermagem 
8.6 Náusea e Vômito 
8.6.1 Cuidados de enfermagem 
8.7 SOLUÇOS 
8.8 SEDE 
8.8.1 Cuidados de enfermagem 
8.9 CHOQUE 
8.9.1Cuidados de enfermagem 
8.10 COMPLICAÇÕES PULMONARES 
8.10.1 Cuidados de enfermagem 
8.11COMPLICAÇÕES URINÁRIAS8.11.1 Cuidados de enfermagem 
8.12 HEMORRAGIA8.12.1 Cuidados de enfermagem 
9 COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO OU TARDIO 
9.1 DISTENSÃO ABDOMINAL 
9.2 COMPLICAÇÕES PULMONARES 
9.3 COMPLICAÇÕES VASCULARES 
9.4 COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA 
9.4.1 Infecção 
9.4.2 Deiscência de sutura e evisceração 
9.5 INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO 
10 AVALIAÇÃO 
11 ALTA DA URPA 
12 ADMISSÃO NA UNIDADE CIRÚRGICA 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
12.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA URPA: 
12.2 ÁREA FÍSICA DA URPA 
12.3 RECURSOS HUMANOS 
12.4 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
12.5 IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
MÓDULO IV 
 
13 CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO 
13.1 HISTÓRICO DA CME 
13.2 ESTRUTURA DA CME 
13.3 RECURSOS HUMANOS E EQUIPAMENTOS 
13.3.1 Gerência 
13.3.2 Demais membros 
13.3.3 Quantitativo 
13.3.4 Equipamentos 
13.3.4.1 Equipamentos específicos 
13.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS E MÉTODOS DE LIMPEZA 
13.4.1 Artigos Críticos 
13.4.2 Artigos semicríticos 
13.4.3 Artigos não críticos 
13.5 MÉTODOS DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL CIRURGICO 
13.5.1 Limpeza manual 
13.5.2 Limpeza mecânica 
13.5.3 Recomendações para limpeza de instrumental cirúrgico 
13.6 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
13.7 PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES 
13.7.1 Limpeza e secagem 
13.7.2 Produtos Utilizados 
13.7.3 Secagem 
13.8 MÉTODOS DE DESINFECÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES 
13.8.1Agentes Físicos 
13.8.2 Agentes Químicos 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
13.8.3 Princípios ativos utilizados para desinfecção ou esterilização química 
13.8.3.1Aldeídos 
13.8.3.2 Álcoois 
13.8.3.3 Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo 
13.8.3.4 Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo 
13.9 MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
13.9.1 Métodos Físicos 
13.9.1.1Vapor Saturado Sob Pressão (autoclavação) 
13.9.1.2 Esterilização por gravidade 
13.9.1.3 Esterilização por alto-vácuo 
13.9.1.4 Esterilização por vácuo-pulsátil 
13.9.1.5 Esterilização ultrarrápida (flash sterilization) 
13.9.1.6 Calor Seco (Estufas ou Fornos de Pasteur) 
13.9.1.7 Radiação 
13.9.2 Métodos químicos 
13.9.3 Métodos Físico-Químicos 
13.9.3.1 Óxido de Etileno (ETO) 
13.9.3.2 Peróxido de Hidrogênio 
13.10 INVÓLUCROS 
13.11 CONTROLE DE QUALIDADE 
13.11.1 Testes Físicos 
13.11.1.1 Avaliador de desempenho do esterilizador 
13.11.1.2 Qualificação térmica (termopares) 
13.11.1.3 Dosimetria de radiação 
13.11.2 Testes Químicos 
13.11.2.1 Indicadores Químicos 
13.11.2.1 Teste de Bowie & Dick (passo a passo) 
13.11.3 Testes Biológicos 
13.11.3.1 Teste de esterilidade de controle biológico 
13.11.4 Avaliação de Esterilizantes Químicos 
13.11.5 Controle de esterilização por radiações ionizantes: gama ou cobalto 60: 
13.11.5 Monitorização dos processos de esterilização 
13.11.6 Prazo de validade da esterilização 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
13.11.7 Validação dos Processos de Esterilização 
13.12 REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES 
13.12.1 Legislação vigente 
13.13 ARTIGOS DESCARTÁVEIS X ARTIGOS DE USO ÚNICO 
13.14 REPROCESSAMENTO E REESTERILIZAÇÃO 
13.14.1 Protocolo de Reprocessamento 
13.14.2 Etapas do reprocessamento descritas passo a passo, determinando o 
processo a ser adotado 
13.15 PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS ESTERILIZADOS 
13.16 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ARTIGOS ESTERILIZADOS 
14 FONTE DE INFECÇÃO RELACIONADA AO AMBIENTE 
15 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES 
15.1 ÁREA CRÍTICA 
15.2 ÁREA SEMICRÍTICA 
15.3 ÁREA NÃO CRÍTICA 
 
MÓDULO V 
 
16 MANUSEIO DE MATERIAL ESTERILIZADO 
16.1 ABERTURA DE PACOTES 
17POSIÇÃO DO PACIENTE PARA A CIRURGIA OU POSIÇÃO CIRÚRGICA 
17.1 POSIÇÃO DORSAL 
17.2 POSIÇÃO VENTRAL 
17.3 POSIÇÃO LATERAL 
17.4 POSIÇÃO GINECOLÓGICA 
18 PROCEDIMENTOS NA PARAMENTAÇÃO PARA A CIRURGIA 
18.1 DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS 
18.2 A ESCOVAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS 
18.3 AVENTAL ESTERILIZADO 
18.4 OPA ESTERILIZADA 
18.5 LUVAS ESTERILIZADAS 
19 PREPARO DA UNIDADE DO PACIENTE 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
MÓDULO I 
 
 
1 UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO 
 
 
O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais 
complexas do hospital devido sua especificidade, presença de agentes estressores 
devido às possibilidades de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao 
serem submetidos à intervenção cirúrgica. 
O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite 
efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de 
conforto e segurança para as equipes que o assiste. 
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades, a 
realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às suas unidades 
de origem nas melhores condições possíveis de integridade; otimização de campo 
de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e 
o desenvolvimento científico para o aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e 
afins. 
 
 
1.1 ESTRUTURA FÍSICA 
 
 
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança 
necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação 
de pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às unidades de 
internação, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a contribuir com 
a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes. 
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico 
a Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais 
áreas são assim caracterizadas: 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
1.1.1 Vestiários (masculino e feminino) 
 
 
Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das 
pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir 
chuveiros, sanitários e armários para guarda de roupas e objetos pessoais. 
 
 
1.1.2 Área de conforto 
 
 
Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em 
locais inadequados. Deve-se dispor nesse local, cadeiras, poltronas e sofás. 
 
 
1.1.3 Sala dos cirurgiões e anestesiologistas 
 
 
Destinada aos relatórios médicos 
 
 
1.1.4 Sala de Enfermagem 
 
 
Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil 
acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
1.1.5 Sala de recepção dos pacientes 
 
 
Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados 
clinicamente antes da cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente 
deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o estresse do período pré-
operatório. 
 
 
1.1.6 Sala de material de limpeza 
 
 
Destinado à guarda dos materiais utilizados na limpeza do Centro-cirúrgico. 
 
 
1.1.7 Sala para guarda de equipamentos 
 
 
Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios, 
bisturis, monitores cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e 
utilização imediata. 
 
 
1.1.8 Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal) 
 
 
Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso 
nas salas de cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
1.1.9 Sala de gases medicinais 
 
 
Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como 
oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso em 
aparelhos específicos ou em casos de emergência. 
 
 
1.1.10 Expurgo 
 
 
Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida 
de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos 
utilizados nas cirurgias. 
 
 
1.1.11 Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico 
 
 
O Centro-cirúrgico conta com o apoio imprescindível de alguns setores 
ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados para 
atendê-lo para seu funcionamento, tais como: banco de sangue, raio-x, laboratório e 
anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia, 
segurança e secretaria. 
 
 
1.1.12 Sala de Operação (SO) 
 
 
Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida 
segundo a proporção de leitos cirúrgicos e Salas de Operação. A Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos. 
Para um dimensionamento ideal, devem-se levar em consideração alguns 
aspectos como: 
- Horário de funcionamento do Centro-cirúrgico; 
- Especialidades cirúrgicas atendidas (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, 
oftalmologia, etc.); 
- Duração média das cirurgias; 
- Número de cirurgias por dia; 
- Número de leitos cirúrgicos do hospital; 
- Hospital escola; 
Quantidade de artigos médicos e instrumentais cirúrgicos disponíveis. 
 
 
1.1.13 Tamanho da sala 
 
 
Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem 
realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002, 
quanto ao tamanho, às salas são assim classificadas: 
- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às 
especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia. 
- Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às 
especialidades gástrica e geral. 
- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para 
as cirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas. 
 
 
1.1.14 Portas 
 
 
As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a 
passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da 
maca para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
revestidas de fórmica. 
É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos 
para abri-la. O ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para 
membros das equipes com visor de separação dos dois ambientes. 
 
 
1.1.15 Piso 
 
 
Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos 
comuns, sem fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a 
luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e 
principalmente bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo: 
granilite, vinílicos e mármore. 
 
 
1.1.16 Paredes 
 
 
Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não 
refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem 
possuir cheiro. 
É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte 
de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. 
Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual 
de Controle de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
1.1.17 Teto 
 
 
Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não 
deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de micro-organismos. 
Deve ser contínuo, não sendo permitida a utilização de forro falso-removível, a nãoser nas demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por 
razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza, 
descontaminação e desinfecção. 
É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a 
laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de 
novos equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de manutenção. 
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de 
fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate 
a incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve 
contar com um sistema de segurança que, por meio da elevação da temperatura, 
produz fortes borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto – também conhecido 
como splinkers). 
 
 
1.1.18 Janelas 
 
 
Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a 
entrada de poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos 
dentro ou fora da sala, não deve ainda, possuir cortinas ou persianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
1.1.19 Iluminação 
 
 
A iluminação de o ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da 
portaria n°3214/78, e por meio da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas 
técnicas (ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de 
trabalho. 
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual 
das equipes médicas e de enfermagem e oferecer condições para que a operação 
se processe com precisão, rapidez e segurança. Devem-se levar em consideração 
os seguintes aspectos: 
- Eliminação de sombras e reflexos; 
- Eliminação do excesso de calor no campo operatório; 
- Proteção contra ocasional interrupção devido à falta de energia elétrica. 
Iluminação de emergência: 
Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem 
geradores de reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do 
fornecimento de força para o Centro-cirúrgico. 
 
 
1.1.20 Ventilação/ Ar-condicionado 
 
 
Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como: 
- Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e 
saúde: 99,9% de eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro; 
- Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das 
salas sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações 
completas do ar da sala, no espaço de uma hora; 
- Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente 
contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
ser discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico; 
- Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de 
conforto e segurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura 
entre 22 e 23°C. A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve 
ultrapassar 70% para não se tornar ambiente propício ao desenvolvimento de micro-
organismos; 
- Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de 
ventilação: não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 
6401/80; 
- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do 
sistema elétrico principal. 
 
 
1.1.21 Tomadas 
 
 
Voltagem fornecida pela concessionária local e uma com voltagem 
diferenciada, ambas com dispositivo de aterramento. Devem ser instalados também 
pontos para negatoscópio e aparelhos portáteis de raios-x. 
É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada 
corrente, salvo se a instalação for projetada para este fim. Devem ser inspecionadas 
periodicamente, observando integridade do condutor terra, tensão de contato e a 
segurança global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 20 
1.1.22 Rede de gases 
 
 
- Oxigênio: 
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros 
avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por 
tubulação central até os pontos de utilização). 
- Ar comprimido: 
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões 
entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% 
de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente). 
- Vácuo clínico: 
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo 
máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de 
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de 
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição 
convencional. 
 
- Óxido nitroso: 
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo - 
conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado 
(utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até os 
pontos de utilização). 
- Nitrogênio: 
É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e 
também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de 
ar estéril. 
 
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais 
são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e NBR n° 
12188: 
- Verde emblema: oxigênio; 
- Azul marinho: óxido nitroso; 
 
 
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 21 
- Amarela segurança: ar comprimido medicinal; 
- Cinza claro: vácuo medicinal. 
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de 
gases medicinais: 
- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros; 
- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte; 
- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro; 
- Não arrastar o cilindro; 
- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados; 
- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas; 
- Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente 
que outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada. 
- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar 
erros de procedimento e sempre com o capacete rosqueado. 
- Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro-
cirúrgico. 
- Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser 
devolvidos ao fabricante ou distribuidor. 
 
 
1.1.23 Lavabo 
 
 
Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água 
quente e fria, escovas e antissépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um 
lavabo para cada duas salas de operação que deve possuir: 
- Duas torneiras de acionamento por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou 
qualquer outro meio que não as mãos; 
- Espaço suficiente para duas pessoas lavarem-se simultaneamente (1,10 
m² por torneira); 
- Dispensadores de produtos antissépticos (devem obedecer ao mesmo 
princípio de dispensação que a torneira). 
 
 
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 22 
Os antissépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e 
autorizados pela Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a 
instalação de um relógio para o controle do tempo de escovação. 
 
 
1.2 RECURSOS MATERIAIS 
 
 
Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos materiais 
utilizados no centro-cirúrgico são de competência da equipe de Enfermagem. 
Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis são 
aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à sala de operação de acordo 
com a necessidade no ato operatório, dentre os quais se destacam: 
- Aparelho de anestesia; 
- Aspirador portátil estéril; 
- Banco giratório; 
- Balde para lixo; 
- Balança para pesar compressas; 
- Bisturi eletrônico; 
- Carrinho abastecedor; 
- Carrinho de medicamentos; 
- Coxins; 
- Escada com dois degraus;- Estrados; 
- Foco auxiliar; 
- Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de narcose, 
ombreiras, suportes laterais, perneiras, colchonetes em espuma; 
- Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais; 
- Mesa de Mayo; 
- Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou suportes); 
- Suporte de braço; 
- Suporte de hamper; 
 
 
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- Suporte de soro; 
- Artroscópio; 
- Balão intra-aórtico; 
- Bomba de circulação extracorpórea; 
- Cardioversor ou desfibrilador; 
- Colchão de água para hiper ou hipotermia; 
- Criogênico; 
- Manta térmica; 
- Microscópio eletrônico; 
- Monitor multiparamétrico. 
Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são: 
- Foco central; 
- Negatoscópio; 
- Torre retrátil ou painel de gases medicinais. 
Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande 
diversidade e rotatividade podem ser classificados em três tipos: 
▪ Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um 
tratamento preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande 
atenção por parte de toda a administração; 
▪ Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou 
nenhuma atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis. 
▪ Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C. 
Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo 
para o centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser 
que o custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforme a quantidade 
em que é usado pode representar um custo elevado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3 RECURSOS HUMANOS 
 
 
Os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico são: as equipes médicas 
(cirúrgica e anestesiologia), de enfermagem, administrativa e de higiene, que têm 
como objetivo assistir adequadamente às necessidades do paciente. É de extrema 
importância que seus componentes atuem de forma harmônica e integrada para a 
segurança do paciente e a eficiência do ato cirúrgico. É importante ainda que as 
boas relações humanas e o profissionalismo sempre prevaleçam sobre as tensões, 
inevitáveis nesse tipo de trabalho. 
Em uma equipe, todos os seus membros têm suas responsabilidades e 
funções definidas, assim como devem ser habilitados para as atividades que 
desempenham. As funções do enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, 
dos técnicos de enfermagem, dos auxiliares de enfermagem e auxiliares e dos 
auxiliares administrativos, devem estar devidamente descritas. 
Para o enfermeiro ter condições de prestar assistência ao paciente na sala 
de cirurgia, como: monitorização, ações de segurança para evitar queda, auxiliar o 
anestesiologista durante a indução anestésica, juntamente com a equipe cirúrgica 
posicioná-lo na mesa cirúrgica colocando os coxins para conforto, e outras ações 
específicas, é necessário que haja pelo menos um enfermeiro assistencial para cada 
quatro salas de cirurgia, além do enfermeiro gerente (coordenador) que é 
responsável pelas ações administrativas. 
A assistência de Enfermagem perioperatória, compreende as atividades 
desenvolvidas nos períodos: 
- Pré-operatório imediato: da véspera da cirurgia até o momento em que o 
paciente é recebido no centro-cirúrgico; 
- Transoperatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o 
momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica; 
- Intraoperatório: Do início até o final da anestesia; 
- Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de 
operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica; 
- Pós-operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós-
 
 
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 25 
anestésica até as primeiras 48 horas pós-operatórias. 
Para cada hora de cirurgia, são necessárias 2,25 horas de assistência de 
Enfermagem. No que se refere à proporção do quadro de pessoal, 65% são 
Enfermeiros e 35% técnicos com atribuições de circulação de sala à instrumentação 
cirúrgica. 
 
 
1.4 ROTINAS E SALAS DE OPERAÇÃO 
 
 
Entende-se por montagem da sala os procedimentos para prever e prover 
artigos e equipamentos necessários, adequados que visam proporcionar o 
desenvolvimento do ato anestésico cirúrgico em ambiente seguro, físico e humano, 
a que o paciente tem direito. 
A fase de montagem da sala compreende desde o momento em que a 
circulante recebe do enfermeiro o plano assistencial para o período transoperatório 
até o início do ato anestésico-cirúrgico. 
Os procedimentos dependem de informações a respeito da equipe médica, 
cirurgia, anestesia, mas, sobretudo, do paciente, e que podem ser obtidas por meio 
de aviso de cirurgia, ficha pré-operatória de enfermagem e ficha de visita pré-
operatória. 
A montagem da sala abrange as seguintes etapas: 
 
 
1.4.1 Procedimentos básicos 
 
 
 Preparo da sala de operação: 
- Colocar o mobiliário em posição funcional; 
- Proceder à limpeza da sala de operação quando for necessário conforme a 
rotina estabelecida no CC. Na limpeza deve-se seguir um fluxo funcional, de modo a 
evitar desperdício de tempo e energia. Mobiliário, aparelhos, foco e mesa cirúrgica; 
- Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não 
 
 
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 26 
invasiva e temperatura, capnografia); 
- Testar o funcionamento de aparelhos elétricos como monitores, focos, 
aspiradores, entre outros; 
- Testar o funcionamento da rede de gases medicinais; 
- Verificar os artigos do carrinho de anestesia; bandeja para intubação, 
esfigmomanômetro, estetoscópio, etc.; 
- Verificar material e equipamento para procedimentos especiais como: 
bisturi elétrico, trépano, microscópio, etc.; 
- Observar controle ambiente quanto à temperatura recomendada da sala de 
operação entre 22 a 24ºC; 
- Observar controle terapêutico da sala quanto à segurança elétrica; 
- Realizar degermação das mãos. 
 
 Prover o carrinho com os seguintes artigos médicos esterilizados de 
acordo com a rotina estabelecida no CC: 
- luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0); 
- pacotes de campos cirúrgicos (LAP); 
- pacotes de aventais; 
- pacotes de compressas grandes de pequenas; 
- pacotes de gazes (10 a 20 unidades); 
- fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico; 
- impermeáveis para mesa de instrumental; 
- artigos em aço inoxidável (cubas-rim, cúpulas, bacias); 
- caixa de instrumental cirúrgico; 
- seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia; 
- sondas; drenos e cateteres; 
- coletores (diureses, sonda nasogástrica, etc.); 
- cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção; 
- manoplas; 
- artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico (laparoscópios) 
- checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos 
artigos. 
 
 
 
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 27 
 Prover com artigos diversos: 
- talas; 
- ataduras; 
- acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica; 
- soluções antissépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina); 
- soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e 
glicosado, etc.; 
- medicamentos de forma geral e anestésicos; 
- adesivos (micropore, esparadrapo); 
- escovar para degermação à base de PVPI ou clorexidina. 
 
 Dispor os pacotes nas respectivas mesas auxiliares de modo a facilitar 
a sincronia de movimentos para a abertura dos pacotes, preparo da paramentação, 
preparo do paciente e preparo do carrinho de anestesia. 
 Prover os impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, 
requisição de exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de 
hemoderivados, etc. 
 
 
1.4.2 Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica: 
 
 
O circulante de sala deve: 
- controlar e orientar ouso correto do uniforme privativo, visando à segurança 
do paciente; 
- Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas; 
- Iniciar a abertura dos pacotes em sequência de uso e obediência à técnica 
asséptica; 
- Auxiliar a montagem da mesa de instrumentação, apresentando os artigos 
médicos necessários ao procedimento cirúrgico. 
 
 
 
 
 
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1.4.3 Procedimentos relacionados ao paciente 
 
 
Para o transporte do paciente da área de recepção até a sala de operação, o 
enfermeiro deve considerar os problemas detectados no recebimento e prover sua 
segurança física e emocional. Para tal, a maca deve ter grades e travas e o 
funcionário responsável pelo transporte, estar orientado a transportar o paciente, 
posicionando-se sempre à cabeceira da maca, observando a expressão facial do 
doente e tomando os cuidados necessários com infusões e drenagens. 
 Transferência do paciente para a mesa de operação: 
Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve 
ser passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e 
emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a transferência 
do paciente, como: 
- Nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca; 
- Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando 
assim sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente; 
- Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente 
capaz; 
- Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica. 
 
 Proporcionar apoio emocional ao paciente: 
O sucesso de uma cirurgia depende da perícia de toda a equipe cirúrgica. 
Cada membro da equipe tem importante papel na manutenção do preparo 
psicossomático dos pacientes. Interações adequadas minimizam o medo e 
favorecem o alívio da dor e mal-estar, além de ajudar a enfrentar situações 
desagradáveis ou desconhecidas. 
 
 Avaliar continuamente e comunicar sobre o estado emocional do 
paciente aos outros membros da equipe de saúde: 
O medo é uma barreira de comunicação que reprime sentimentos e aumenta 
a insegurança. Cada pessoa apresenta uma reação diferente diante de situações 
 
 
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 29 
idênticas, o que exige, da equipe de enfermagem, algum preparo para o bom inter-
relacionamento com o paciente. 
 
 Verificar e anotar os valores dos sinais vitais, observar e anotar os 
sinais de estresse: 
O enfermeiro do CC não deve fazer da montagem da sala de operação uma 
sequência de tarefas, que obedeçam a uma rotina predeterminada, e sim uma 
função especial, compromissada com o paciente, proporcionando condições para 
individualizar a assistência requerida. 
 
Constituem ainda, funções do circulante da sala responsabilidade pelo 
andamento geral da sala de operação antes, durante e após o procedimento 
cirúrgico. Uma das responsabilidades mais importantes é assegurar que a 
esterilidade seja mantida durante todo o tempo. 
O circulante tem ainda, as seguintes funções: 
- Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros. 
- Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia. 
- Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente. 
- Realizar cateterismo vesical do paciente quando necessário. 
- Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica. 
- Auxiliar na antissepsia da área operatória. 
- Colocar a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi). 
- Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos. 
- Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e 
equipamentos necessários ao ato operatório. 
- Manter o ambiente asséptico. 
- Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao 
ato operatório. 
- Manter boa iluminação da área cirúrgica. 
- Manter o ambiente calmo. 
- Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das 
compressas e gazes utilizadas. 
- Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a 
 
 
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 30 
continuidade dos cuidados de enfermagem. 
 
No final da cirurgia, o circulante deve: 
- Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico. 
- Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico. 
- Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o 
paciente. 
- Colocar o paciente em posição dorsal. 
- Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres. 
- Remover a placa dispersiva do gerador eletrocirúrgico. 
- Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica. 
- Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas 
superiores. 
- Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações. 
- Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário. 
- Completar a ficha de débito. 
- Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de 
terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra. 
- Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a 
rotina do CC. 
 
 
1.4.4 Fase de desmontagem da sala 
 
 
- Reunir todos os artigos não usados (estéreis) e colocar no carrinho para 
devolução ao centro de material e esterilização e farmácia ou central de 
suprimentos. 
- Calçar luvas de procedimentos. 
- Retirar da mesa de instrumentais artigos perfurocortantes descartando em 
local apropriado designado pela instituição. 
- Desprezar artigos de uso único, não cortantes em recipientes de lixo 
apropriados. 
 
 
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- Encaminhar as ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao 
destino determinado pela instituição. 
- Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os. 
- Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para 
devolução no CME verificando integridade, número de peças, colocando os mais 
delicados sobrepostos aos mais pesados. 
- Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa 
cirúrgica e encaminhá-lo para limpeza conforme rotina da instituição. 
- Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso. 
- Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou 
levadas ao expurgo. 
- Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados 
antes do uso da próxima cirurgia. 
- As Lâminas de laringoscópios devem ser limpas com água e sabão com pH 
neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com 
álcool a 70%. Na presença de sangue, recomenda-se a desinfecção com 
glutaraldeído a 2% por 30 minutos. 
- Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de 
devolução. 
- Retirar luvas de procedimentos. 
- Lavar as mãos. 
- Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da instituição. 
- A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros 
fechados, seguindo a rotina da instituição. 
- Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme 
preconizado. 
 
 
1.4.5 Limpeza da sala de operação 
 
 
É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e micro-
organismos, presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, mobiliários, 
 
 
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 32 
pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica. 
A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial 
de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções 
hospitalares. Os ambientes podem ser assim classificados: 
- Áreas críticas: 
São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de infecção, seja 
por procedimentos invasivos realizados, pela presença de pacientes com seu 
sistema imunológico deprimido ou por executar limpeza de artigos (hemodiálise, 
central de material e esterilização, centro-cirúrgico, UTI, etc.). 
- Áreas semicríticas: 
São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosasde 
baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas (unidades de internação, 
ambulatórios). 
- Áreas não críticas: 
Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas administrativas, 
depósitos). 
 
São consideradas quatro etapas da limpeza em CC: 
 Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias 
programadas do dia. Remover as partículas de poeira nas superfícies 
dos mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com solução 
detergente ou desinfetante (álcool 70%) com um pano úmido e branco 
são seus objetivos; 
 
 Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico 
consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e 
secreções) utilizando um pano comum embebido em agente químico 
de amplo espectro para que não ocorra secagem da superfície e 
disseminação contaminando o ar; 
 
 
 Limpeza concorrente: Executada no término de cada cirurgia. Envolve 
procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies 
 
 
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 33 
horizontais dos móveis e equipamentos. 
 
- O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à lavanderia. 
- O instrumental cirúrgico deve ser colocado aberto em caixas perfuradas 
(usando luvas) e encaminhado ao expurgo da central de materiais e esterilização 
(CME) o mais cedo possível para o reprocessamento. 
- As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas 
ou levadas ao expurgo da CME. 
- Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia 
recebem cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local 
apropriado. Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes do 
uso da próxima cirurgia. 
- As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso. 
- As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO 
devem ser limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%. 
- Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de 
corrosão dos metais. 
- O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso 
nem sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a 
cada sala de operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser 
mandado à lavanderia para ser processado. 
- As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com 
material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto. 
- A SO pode ser montada para outra cirurgia. 
 
 Limpeza terminal: diária e periódica. 
A limpeza diária é realizada após a última cirurgia programada do dia. 
Envolve todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à limpeza 
de todos os equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e paredes da SO. 
As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo à 
maçaneta. O chão deve ser lavado com água e sabão. As macas e os carros de 
transporte também devem ser limpos. Os lavabos devem ser limpos, trocar a 
solução antisséptica, assim como as escovas de degermação. 
 
 
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 34 
Já a limpeza periódica envolve itens cuja frequência de limpeza não 
necessita ser diária, por não se sujar com facilidade e ou por não estarem 
diretamente relacionados com a infecção direta do sítio cirúrgico. Dessa forma, 
rotinas de limpeza com periodicidades maiores podem ser estabelecidas. É o caso 
das superfícies verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar-
condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da sala de 
operação. 
A equipe de limpeza: 
A limpeza do CC é dividida entre o pessoal da limpeza e o circulante da sala. 
O pessoal da limpeza deve ter noções de: micro-organismos e sua 
transmissão; o porquê da limpeza da sala de operação; como realizar a limpeza em 
função da técnica (paredes e anexos de cima para baixo; tetos no sentido 
unidirecional; pisos: do fundo para a porta da sala; piso e corredores, saguões: de 
dentro para fora e de trás para frente; iniciar sempre da área menos contaminada 
para a mais contaminada; nunca realizar movimentos de vai-vém; iniciar a limpeza 
pelas paredes e por último o piso). 
Os procedimentos devem estar escritos, organizados em um manual, de fácil 
acesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem sofrer revisão 
periódica. 
Deve-se ter um programa contínuo de atualização e desenvolvimento da 
equipe de CC, ressaltando a importância da limpeza no processo de controle de 
infecção. 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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