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04/03/2016 1 Disciplina GEF 152 – Parte B: Incêndios Florestais 8. COMPORTAMENTO DO FOGO INTRODUÇÃO8.1 Comportamento do fogo Expressão utilizada para descrever características de um incêndio florestal; Resultado da interação entre clima e condições do combustível, relevo, técnica de queima e forma de ignição; Medidas de comportamento do fogo: comparar queimas, planejamento da supressão e para estimar efeitos do fogo. 04/03/2016 2 VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 Taxa de propagação Intensidade do fogo Calor por unidade área Altura de crestamento letal Altura de carbonização Temperaturas na zona de combustão Tempo de residência Taxa segundo a qual o fogo aumenta (área e linearmente); Taxa de variação linear (m/seg, m/min ou km/h); Propagação linear = velocidade de propagação; tempo que o fogo leva para percorrer determinada distância (uso de cronômetro); Velocidade de propagação a favor do vento: 0,5 a 2,0m/seg. VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 04/03/2016 3 Tempo que o fogo leva para percorrer determinada distância (uso de cronômetro); VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 Trabaud (1979) (vegetação arbustiva) r = 5,72 * V 0,4 * hv 0,352 U 1,12 r = velocidade de propagação do fogo (cm * s-1); V = velocidade média do vento (cm * s-1); hv = altura da vegetação (cm); U = umidade da vegetação (% de peso verde). VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 04/03/2016 4 7 MacArthur (1962) Eucalyptus na Austrália R = 0,22 * exp (0,158 V 1,5 – 0,227Mt) R = velocidade de propagação do fogo (m.min-1); V = velocidade do vento no interior da floresta a 1,5m de altura(m.min-1); Mt = umidade do material combustível fino (%) VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 04/03/2016 5 Bidwell e Engle (1991) vegetação de campo nos EUA R = 0,07 * 0,05FMF – 0,004RH R = velocidade de propagação do fogo (m * min-1); FMF = umidade do material combustível (%); RH = Umidade relativa do ar (%). VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 Classificação da velocidade de propagação de incêndios florestais Velocidade de propagação (m.s-1) Classificação < 0,033 Lenta * 0,033 – 0,166 Média** 0,166 – 1,166 Alta *** > 1,166 Extrema VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TAXA DE PROPAGAÇÃO8.2.1 * Maioria das queimas controladas contra o vento (0,009-0,018 m.s-1) ** Queimas controladas a favor do vento (0,055-0,111 m.s-1) *** Incêndios florestais (0,5-2 m.s-1 até mais) 04/03/2016 6 Taxa de energia ou calor liberada por unidade de tempo e por unidade de comprimento da frente de fogo (Byram,1959) I = H. w. r I = intensidade do fogo, em kcal/m.s H = calor de combustão (± 4.000 kcal/kg) w = peso do combustível disponível, em kg/m2 r = velocidade de propagação do fogo, em m/s VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 Intensidade do fogo relacionada ao comprimento médios das chamas I = 62,08 hc 2,17 I = intensidade do fogo, em kcal/m.s hc = comprimento das chamas em m - incêndios normais = 400 < I < 800kcal/m.s; - grandes incêndios = I > 8000 kcal/m.s VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 04/03/2016 7 13 VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 Comprimento de chamas: distância entre a ponta das chamas e a zona ativa do fogo. Inclinação das chamas ≥ 45º : H = L VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 ZONA DE COMBUSTÃO LENTA ZONA DE COMBUSTÃO SECUDÁRIA ZONA DE COMBUSTÃO ATIVA Profundidade Altura 04/03/2016 8 15 VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 Limites de intensidade de fogo p/ danos aceitáveis em florestas comerciais de eucaliptos Intensidade do fogo (Kcal.m.s) Comportamento do fogo 4 - 10 I muito baixa; H < 0,3m; fogo geralmente se extingue sozinho 11 - 41 I ótima; H entre 0,3 e 0,9m; H de crestamento entre 1,8 e 4,5; pouca chance do fogo escapar ao controle. 42 - 58 Muito severo p/ alguns tipos florestais; H entre 0,9 e 1,5m; H de crestamento entre 4,8 e 9,0m; alguma dificuldade em se controlar o fogo. 59 - 83 Limite máximo p/ danos aceitáveis em florestas comerciais de eucalipto VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 INTENSIDADE DO FOGO8.2.2 04/03/2016 9 71 kcal.m-1.s-1 298 kW/m < 82 kcal.m.s-1 laminares ou bidimensionais, atividade convectiva é insignificante 1350 kW/m 322 kcal.m-1.s-1 > 500 kcal.m.s-1 atividade de fagulhamento torna-se bastante intensa. Terceira dimensão. 04/03/2016 10 3264 kW/m 780 kcal.m-1.s-1 < ou = 800 kcal.m.s-1 possível de ser combatido atualmente 8455 kW/m 2.020 kcal.m-1.s-1 > 800 kcal.m.s-1 incontrolável 04/03/2016 11 16 718 kW/m 3.993 kcal.m-1.s-1 45 200 kW/m 10.796 kcal.m-1.s-1 Dimensão vertical excede a dimensão superficial da área de combustão fora de controle 04/03/2016 12 r I H a Ha = H.w VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 CALOR POR UNIDADE DE ÁREA8.2.3 Ha = calor liberado por unidade de área, em kcal/m 2 I = intensidade do fogo, em kcal/m.s R = velocidade de propagação do fogo, em m/s Ha = calor liberado por unidade de área, em kcal/m 2 H = poder calorífico em Kcal.Kg-1 w = quantidade de material combustível consumido (kg/m2) Altura média da secagem letal (±60oC) das folhas; Importância: estimativa de danos; queimas controladas VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 ALTURA DE CRESTAMENTO LETAL8.2.4 • Principal causa da morte em coníferas • Depende de: intensidade, teperatura do ar e velocidade do vento 04/03/2016 13 Crestamento da copa (%) Dano à árvore 0 a 35 Nenhum a insignificante 36 a 66 Moderado 67 a 100 Forte Danos à árvores de Pinus taeda em função da altura de crestamento letal da copa VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 ALTURA DE CRESTAMENTO LETAL8.2.4 Modelos de estimativa de probabilidade de sobrevivência de árvores afetadas por incêndios florestais. Van Wagner (1973) coníferas hs = 0,385* I 2/3 hs = altura de crestamento letal em m; I = intensidade do fogo em Kcal.m-¹.s-¹ VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 ALTURA DE CRESTAMENTO LETAL8.2.4 04/03/2016 14 Van Wagner (1973) Pinus ponderosa hs = 3,94* I 7/6 (0,107* I + V³) 0,5 (60 – T) hs = altura de crestamento letal em m; I = intensidade do fogo em Kcal.m-¹.s-¹ V = velocidade do vento em m.s-¹; T = temperatura do ar em oC VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 ALTURA DE CRESTAMENTO LETAL8.2.4 Altura de carbonização Marca carbonizada deixada pelo fogo nos troncos Importância: avaliar os efeitos do fogo e correlações VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 ALTURA DE CARBONIZAÇÃO8.2.5 04/03/2016 15 04/03/2016 16 Temperaturas registradas durante um incêndio 600 oC < a maioria < 800 oC; queimas controladas < 5000 oC; Ano Tipo de queima Tmáx. Observada (ºC) Superfície 1m de altura 1991 Contra o vento 484,0 81,4 Favor do vento 538,8 91,7 1992 Contra o vento 330,5 49,2 Favor do vento 377,2 58,0 1993 Contra o vento 444,8 107,5 Favor do vento 545,6 241,1 Passagem de fogo em povoamento de Pinus taeda VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TEMPERATURAS NA ZONA DE COMBUSTÃO8.2.6 Região de medição Temperatura de medição Primavera Outono 1,5m acima do solo 750 1250 0,5m acima do solo 800 1250 Superfície do solo 250 400 2,5cm abaixo do solo 125150 5,0cm abaixo do solo 50 150 Temperaturas máximas registradas em queima de Quercus coccifera VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TEMPERATURAS NA ZONA DE COMBUSTÃO8.2.6 04/03/2016 17 Tempo de permanência do fogo em um certo ponto. Depende de: - Velocidade de propagação do fogo - Quantidade de material combustível - Intensidade de reação do combustível VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TEMPO DE RESIDÊNCIA8.2.7 Pode ser diretamente medido: Termopar (intervalo entre o aumento significativo e declínio da temperatura) Cronômetro (tempo gasto pela frente de fogo para passar por um ponto determinado Pode ser estimado: tr = p / r tr = tempo de residência em segundos; p = profundidade da chama em metros; r = velocidade de propagação do fogo em m.s-¹ p = distância horizontal entre as duas extremidades da chama VARIÁVEIS DO COMPORTAMENTO DO FOGO8.2 TEMPO DE RESIDÊNCIA8.2.7 04/03/2016 18 35 Exercícios8.3 36 Exercícios8.3 04/03/2016 19 37 Exercícios8.3 38 Exercícios8.3
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