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Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 1 Va m os Começar Derivadas principal objetivo dessa aula é apresentar o conceito de derivadas. Vamos começar apresentando a derivada como o coeficiente angular da reta tangente em um ponto e como a taxa de variação de uma variável em relação a outra. Também veremos o conceito formal de derivadas, as regras de derivação, além das derivadas das funções mais usuais. Veremos como calcular a derivada de funções compostas e funções inversas. Ao final dessa aula, o estudante deve ser capaz de: • Entender o que é a derivada de uma função; • Saber calcular a derivada de uma função através das regras de derivação; • Compreender a derivada de uma função graficamente. • Derivar funções compostas; • Derivar funções inversas; Seja ( )xfy = uma curva definida no intervalo ( )ba, , conforme ilustrado abaixo: O )( 1xf )( 2xf 1x a b 2x P Q s x y Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 2 Sejam ( )( )11 , xfxP e ( )( )22 , xfxQ dois pontos distintos da curva ( )xfy = e s, a reta secante que passa pelos pontos P e Q. Vamos denotar a diferença entre as abscissas de Q e de P por x∆ , assim: 12 xxx −=∆ A inclinação da reta secante s é dada por: ( ) ( ) x xfxf ms ∆ − = 12 desde que a reta s não seja vertical. Como xxx ∆+= 12 , a inclinação da reta s pode ser escrita como: ( ) ( ) x xfxxf ms ∆ −∆+ = 11 Suponhamos agora que, mantendo P fixo, Q se mova sobre a curva em direção a P. Isto equivale a dizer que x∆ tende a zero. À medida que Q vai se aproximando cada vez mais de P, a inclinação da reta secante varia cada vez menos, tendendo pra um valor limite constante. y x P Q Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 3 Exemplo Esse valor limite é chamado inclinação da reta tangente à curva no ponto P, ou também inclinação da curva em P. Definição: Dada uma curva ( )xfy = , seja ( )( )11 , xfxP um ponto sobre ela. A inclinação da reta tangente à curva no ponto P é dada por ( ) ( ) ∆ −∆+ = →∆ x xfxxf m x T 11 0 lim quando o limite existe. Conhecendo a inclinação da reta tangente à curva no ponto P, podemos encontrar a equação da reta tangente à curva em P. Equação da reta tangente: Se a função ( )xf é contínua em x, então a reta tangente à curva ( )xfy = em ( )( )11 , xfxP é: i. A reta que passa por P tendo inclinação ( ) ( ) ∆ −∆+ = →∆ x xfxxf m x T 11 0 lim , se este limite existe. Neste caso temos a equação ( ) ( )11 xxmxfy T −=− . ii. A reta 0xx = , se ( ) ( ) ∆ −∆+ →∆ x xfxxf x 11 0 lim for infinito. Encontre a inclinação da reta tangente à curva 122 +−= xxy no ponto ( )11 , yx . Solução: Se ( ) 122 +−= xxxf , então ( ) 12 1 2 11 +−= xxxf e ( ) ( ) ( ) ( ) 122212 1 2 1 2 11 2 11 +∆−−∆+∆+=+∆+−∆+=∆+ xxxxxxxxxxxxf . Como ( ) ( ) ∆ −∆+ = →∆ x xfxxf m x T 11 0 lim , temos: Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 4 Exemplo ( ) ( ) ( )[ ] ( ) x xxxxxxxx x xfxxf m xx T ∆ +−−+∆−−∆+∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ 121222 limlim 1 2 11 2 1 2 1 0 11 0 Simplificando e colocando o termo comum x∆ em evidência, temos: ( ) ( ) x xxx x xxxx m xx T ∆ −∆+∆ = ∆ ∆−∆+∆ = →∆→∆ 22 lim 22 lim 1 0 2 1 0 Como x∆ tende a zero, podemos simplificar o termo comum novamente. ( ) 22 22 lim 1 1 0 −= ∆ −∆+∆ = →∆ x x xxx m x T . Portando, a inclinação da reta tangente à curva dada no ponto ( )11 , yx é 22 1 −= xmT . Ache a equação da reta tangente à curva do exemplo anterior no ponto ( )1,2 . Solução: Como a inclinação da reta tangente em qualquer ponto ( )11 , yx é 22 1 −= xmT , conforme encontrado no exemplo anterior, temos que a inclinação da reta tangente no ponto ( )1,2 poderá ser encontrada substituindo os respectivos valores na equação de Tm . Dessa forma, no ponto ( )1,2 a inclinação da reta tangente será dada por 2222 =−⋅=Tm . Logo, a equação da reta tangente à curva no ponto dado é: ( ) 32 221 −= −=− xy xy Definição: A reta normal a um gráfico em um dado ponto é a reta perpendicular à reta tangente naquele ponto. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 5 Exemplo Encontre a equação da reta normal à curva 1 1 2 − = x y no ponto ( )4,2P . Solução: Duas retas t e n são perpendiculares se 1−=⋅ nt mm , onde tm e nm são as inclinações das retas t e n, respectivamente, num dado ponto P. Vamos então, calcular a inclinação da reta tangente à curva no ponto ( )11 , yxP qualquer: Calculamos ( )1xf e ( )xxf ∆+1 e substituímos no limite: ( ) ( ) ( ) x xxx x xfxxf m xx T ∆ − − −∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ 1 1 1 1 limlim 1 2 1 0 11 0 Tirando o mínimo nas frações do numerado e simplificando, tem-se: ( ) ( )[ ] ( )[ ]( ) ( ) ( )[ ]( ) xxxx xxxxx x xxx xxx m xx T ∆ ⋅ −−∆+ +∆−∆−−− = ∆ −−∆+ −∆+−− = →∆→∆ 1 11 121 lim 11 11 lim 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 0 2 1 2 1 2 1 2 1 0 Simplificando novamente e colocando o fator comum x∆ em evidência, temos: ( ) ( )[ ]( ) ( ) ( )[ ]( ) ( )221 1 2 1 2 1 1 02 1 2 1 2 1 0 1 2 11 2 lim 11 2 lim − − = ∆−−∆+ ∆−−∆ = ∆−−∆+ ∆−∆− = →∆→∆ x x xxxx xxx xxxx xxx m xx T Como x∆ tende a zero, podemos simplificar o termo comum ao denominador e numerador e aplicar o limite. Logo, para um ponto qualquer, temos que a inclinação da reta tangente à curva será dada por ( )221 1 1 2 − − = x x mT . Dessa forma, para 21 =x , temos ( ) 9 4 12 22 22 −= − ⋅− =Tm . Logo, a equação da reta tangente à curva no ponto P será ( )2 9 4 4 −−=− xy ou 9 44 9 4 +−= x y , ou ainda, 04449 =−+ xy . A inclinação da reta normal será 1 9 4 −= −⋅nm , o que nos leva a 4 9 =nm . Assim, a equação da reta normal à curva no ponto ( )4,2P será: Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 6 ( ) 0294 4 2 4 9 2 4 9 4 =+− −= −=− xy x y xy Taxa de Variação Suponhamos que um carro se move em linha reta e que a sua distância ao ponto de partida, após um tempo t, é dada por ( )ts . Então, no intervalo de tempo entre t e tt ∆+ , o carro sofre um deslocamento ( ) ( )tsttss −∆+=∆ . A velocidade média do carro nesse intervalo de tempo é definida como o quociente do espaço percorrido pelo tempo gasto em percorrê-lo, ou seja, t s vm ∆ ∆ = ou ( ) ( ) t tstts vm ∆ −∆+ = Sabemos que a velocidade do carro varia durante o percurso, isto é, o carro tem sua velocidade aumentada ou diminuída durante o intervalo de tempo considerado. ( )ts ( )tts ∆+ t tt ∆+ t∆ s∆ Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 7 Portanto, a velocidade média pode não ser igual à velocidade mostrada no velocímetro no instante t (velocidade instantânea). Em princípio, a velocidade média nada nos diz sobre a velocidade do carro no instante t. Entretanto, se fizermos os intervalos de tempo t∆ cada vez menores, a velocidade média encontrada é uma boa aproximação da velocidade instantânea. Dessa forma, a velocidade instantânea é dada como o limite da velocidade média para quando t∆ tende a zero, isto é: ( ) t s tv t ∆ ∆ = →∆ 0 lim ou ( ) ( ) ( ) t tstts tv t ∆ −∆+ = →∆ 0 lim Definição: Se ( )xfy = , então a taxa de variaçãode y em relação a x no intervalo [ ]xxx ∆+11 , é dada por: ( ) ( ) x xfxxf x y ∆ −∆+ = ∆ ∆ 11 Definição: Se ( )xfy = , então a taxa de variação instantânea de y em relação a x no ponto 1x é dada por ( ) ( ) x xfxxf x y xx ∆ −∆+ = ∆ ∆ →∆→∆ 11 00 limlim Esse tipo de limite usado pra definir a inclinação da reta tangente e a taxa de variação instantânea de uma variável em relação a outra, é um dos mais importantes em Cálculo: Definição: A derivada de uma função f é a função denotada por f’, tal que seu valor em qualquer número x do domínio de f seja dado por ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = →∆ 0 lim' se esse limite existir. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 8 Exemplo Exemplo Note que a inclinação da reta tangente ao gráfico de ( )xfy = e a taxa de variação instantânea de uma variável em relação à outra, no ponto ( )( )11 , xfx é precisamente a derivada de f calculada em 1x . Ache a derivada de f se ( ) 53 3 += xxf . Solução: Se x for qualquer número do domínio de f, então: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) 222 0 322 0 33223 0 33223 0 33 00 9 399 lim 399 lim 5353993 lim 535333 lim 5353 limlim' x x xxxxx x xxxxx x xxxxxxx x xxxxxxx x xxx x xfxxf xf xx x x xx = ∆ ∆+∆+∆ = ∆ ∆+∆+∆ = = ∆ −−+∆+∆+∆+ = = ∆ −−+∆+∆+∆+ = = ∆ +−+∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ →∆ →∆ →∆→∆ Logo, a derivada de f é a função f’, definida por ( ) 29' xxf = . O domínio de f’ é o conjunto de todos os números reais, sendo igual ao domínio de f. Dada ( ) 3 1 xxf = , encontre ( )xf ' . Solução: ( ) ( ) ( ) ( ) x xxx x xfxxf xf xx ∆ −∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ 3 1 3 1 00 limlim' Fazendo uma mudança de variáveis, chamando ( ) 3txx =∆+ e 3ax = . Dessa forma, temos que 333 atxtx −=−=∆ . Quando 0→∆x , temos que at → . Assim, ( ) ( )( )22330 limlim' atatat at at at xf atx ++− − = − − = →→∆ . Como at → , temos que at ≠ e, por conseguinte que ( ) 0≠− at . Logo podemos simplificar o termo comum ao denominador e numerador. Assim, ( ) ( )( ) 22222 3 11 limlim' aatatatatat at xf atat = ++ = ++− − = →→ Como 3 1 xa = , temos que ( ) 3 2 3 1 ' x xf = . Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 9 Observamos, nesse exemplo, que ( ) 3 1 xxf = é contínua em 0, mas ( ) 3 2 3 1 ' x xf = não é definida em 0. Outras notações podem ser usadas no lugar de ( )xfy ''= para representar a derivada de f: i. ( )xfDx ii. yDx iii. dx dy A derivada de uma função em um ponto: A derivada de uma função f no ponto a, denotada por ( )af ' é definida pelo limite: ( ) ( ) x afxaf x ∆ −∆+ →∆ 0 lim ou, de forma equivalente, ( ) ( ) ( ) ax afxf af ax − − = → lim' , se o limite existir. Continuidade de Funções Deriváveis O processo de cálculo da derivada é chamado de derivação. Se uma função possui uma derivada em 1x , a função será derivável em 1x , isto é, a função f será derivável em 1x se ( )1' xf existir. Uma função será derivável em um intervalo aberto se ela for derivável em todo número no intervalo aberto. De acordo com a observação feita no exemplo anterior, concluímos que ( )xf contínua em 1x , não implica na existência de ( )1' xf . A recíproca, porém é verdadeira, como mostra o seguinte Teorema: Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 10 Teorema: Se uma função f for derivável em 1x , então f será contínua em 1x . Demonstração: Como ( )1' xf existe, devemos mostrar que ( ) ( )1 1 lim xfxf xx = → , ou de maneira equivalente, que ( ) ( )11 0 lim xfhxf h =+ → . ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) h h xfhxf xfxfhxfxfhxf ⋅ −+ +=−++=+ 1111111 Daí, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )1111 0 11 0 1 0 11 1 0 1 0 00' limlimlimlimlim xfxfxfxf h h xfhxf xfh h xfhxf xfhxf hhhhh =+=⋅+= ⋅ −+ += ⋅ −+ +=+ →→→→→ Uma função f pode deixar de ser derivável em um número c por uma das seguintes razões: i. A função f é descontínua em c. Isto decorre do Teorema acima. ii. A função f é contínua em c e o gráfico de f tem uma reta tangente vertical no ponto x = c. y x c (c,f(c)) y x c (c,f(c)) Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 11 iii. A função f é contínua em c e o gráfico de f não tem uma reta tangente no ponto x = c. Derivadas Laterais Definição: Se a função ( )xfy = está definida em 1x , então a derivada à direita de f em 1x , denotada por ( )1' xf + , é definida por: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = +→∆ + 11 0 1 lim' caso este limite exista. Definição: Se a função ( )xfy = está definida em 1x , então a derivada à esquerda de f em 1x , denotada por ( )1' xf − , é definida por: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = −→∆ + 11 0 1 lim' caso este limite exista. Uma função é derivável em um ponto, quando as derivadas à esquerda e à direita nesse ponto existem e são iguais. Quando as derivadas laterais (direita e esquerda) existem e são diferentes em um ponto 1x , dizemos que este é um ponto anguloso do gráfico da função. Até agora observamos que para calcular a derivada de uma função temos que calcular um limite cada vez mais trabalhoso, dependendo da função. y x c (c,f(c)) Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 12 Para facilitar os nossos cálculos, as seguintes regras podem ser usadas para obtermos a derivada de uma função, sem o uso da definição. Regras de Derivação 1. Derivada de uma constante: Se c é uma constante e ( ) cxf = para todo x, então ( ) 0' =xf . Demonstração: Se ( ) cxf = , então ( ) ( ) ( ) 0limlim' 00 = ∆ − = ∆ −∆+ = →∆→∆ x cc x xfxxf xf xx 2. Derivada de uma potência: Se n é um número inteiro positivo e ( ) nxxf = , então ( ) 1' −= nnxxf . Demonstração: Se ( ) nxxf = , então ( ) ( ) ( ) ( ) x xxx x xfxxf xf nn xx ∆ −∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ 00 limlim' Pelo Teorema Binomial, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) = ∆ − ∆+∆++∆ − +∆+ = −−− →∆ x xxxnxxx nn xnxx xf nnnnnn x 1221 0 !2 1 lim' L ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xxnxxx nn nxx x xxnxxx nn xnx nnnn x nnnn x ∆ ∆+∆++∆ − +∆ = = ∆ ∆+∆++∆ − +∆ = −−−− →∆ −−− →∆ 1221 0 1221 0 !2 1 lim !2 1 lim L L Simplificando o termo comum x∆ e aplicando o limite, temos que ( ) 1' −= nnxxf Essa regra também se aplica para ( ) nxxf = , ℜ∈n . Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 13 Exemplo Exemplo Exemplo ( ) xxf = . Note que 2 1 xx = . Daí, ( ) x xxxxf 2 1 2 1 2 1 ' 2 1 2 1 1 ' 2 1 === = −− Para 1=n , temos a função ( ) xxf = e ( ) ( ) 11111' 011'1 =⋅=⋅=⋅== − xxxxf Logo, se ( ) xxf = , então ( ) 1' =xf . 3. Derivada do produto de uma constante por uma função: Sejam f uma função, c uma constante e g a função definida por ( ) ( )xfcxg ⋅= . Se ( )xf ' existe, então ( ) ( )xfcxg '' ⋅= . Demonstração: Se ( ) ( )xfcxg ⋅= , então: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xfc x xfxxf c x xfxxf c x xfcxxfc x xgxxg xg xx xx 'limlim limlim' 00 00 ⋅= ∆ −∆+ ⋅= ∆ −∆+ ⋅= = ∆ ⋅−∆+⋅ = ∆ −∆+ = →∆→∆ →∆→∆ Se ( ) 38xxf = , então ( ) ( ) 22 2438' xxxf == Se ( ) 53xxg −= , então ( ) ( ) 44 1553' xxxg −=−= 4. Derivada de uma soma: Sejam f e g duas funções e h a função definida por ( ) ( ) ( )xgxfxh += . Se ( )xf ' e ( )xg ' existirem, então ( ) ( ) ( )xgxfxh ''' += .Demonstração: Se ( ) ( ) ( )xgxfxh += , então: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xgxf x xgxxg x xfxxf x xgxxg x xfxxf x xgxfxxgxxf x xhxxh xh xx x xx '' limlim lim limlim' 00 0 00 += = ∆ −∆+ + ∆ −∆+ = = ∆ −∆+ + ∆ −∆+ = ∆ +−∆++∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ →∆ →∆→∆ Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 14 Exemplo Exemplo Chamando ( )xfu = e ( )xgv = , temos: ( ) ''' vuvu +=+ Essa regra se aplica para um número finito de funções, isto é, a derivada da soma de um número finito de funções é igual à soma de suas derivadas, se elas existirem. Seja ( ) 432 5 ++= xxxf , então ( ) 310' 4 += xxf Se ( ) 17654 234 +−−+= xxxxxg , então ( ) 7121516' 23 −−+= xxxxg 5. Derivada do produto: Sejam f e g funções e h a função definida por ( ) ( ) ( )xgxfxh ⋅= . Se ( )xf ' e ( )xg ' existirem, então ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xfxgxgxfxh ''' ⋅+⋅= Demonstração: Se ( ) ( ) ( )xgxfxh ⋅= , então ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] limlim' 00 x xgxfxxgxxf x xhxxh xh xx ∆ ⋅−∆+⋅∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ Somando e subtraindo ( ) ( )xgxxf ⋅∆+ ao numerador, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) lim' 0 x xgxfxgxxfxgxxfxxgxxf xh x ∆ ⋅−⋅∆++⋅∆+−∆+⋅∆+ = →∆ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xfxxf xg x xgxxg xxf x xfxxf xg x xgxxg xxf x xfxxf xg x xgxxg xxf xxxx xx x ∆ −∆+ ⋅+ ∆ −∆+ ⋅∆+= ∆ −∆+ ⋅+ ∆ −∆+ ⋅∆+= ∆ −∆+ ⋅+ ∆ −∆+ ⋅∆+= →∆→∆→∆→∆ →∆→∆ →∆ 0000 00 0 limlimlimlim limlim lim Como f é derivável em x, então sabemos que f é contínua em x, pelo teorema anterior. Logo, ( ) ( )xfxxf x =∆+ →∆ 0 lim . Temos também, que ( ) ( )xgxg x = →∆ 0 lim e, além disso, ( ) ( ) ( )xg x xgxxg x 'lim 0 = ∆ −∆+ →∆ e ( ) ( ) ( )xf x xfxxf x 'lim 0 = ∆ −∆+ →∆ . Com isso, temos: Observação Para compreender melhor esta regra de Derivação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 15 Exemplo Exemplo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xfxgxgxfxh ''' ⋅+⋅= Chamando ( )xfu = e ( )xgv = , temos: ( ) ''' uvvuvu ⋅+⋅=⋅ Seja ( ) ( )( )xxxxf 212 33 +−= , então ( ) ( )( ) ( )( )2323 622312' xxxxxxf +++−= Se ( ) ( )( )xxxxg 45 2 1 62 −+= , então ( ) ( )( ) ( )( )[ ]xxxxxxg 24465 2 1 ' 652 −+−+= 6. Derivada do quociente: Sejam f e g funções e h a função definida por ( ) ( ) ( )xg xf xh = , onde ( ) 0≠xg . Se ( )xf ' e ( )xg ' existirem, então ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]2 '' ' xg xgxfxfxg xh ⋅−⋅ = Demonstração: Se ( ) ( ) ( )xg xf xh = , então ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xgxxgx xxgxfxgxxf x xg xf xxg xxf x xhxxh xh xxx ⋅∆+⋅∆ ∆+⋅−⋅∆+ = ∆ − ∆+ ∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆→∆ 000 limlimlim' Somando e subtraindo ( ) ( )xgxf ⋅ no numerador, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) lim' 0 = ⋅∆+⋅∆ ⋅+∆+⋅−⋅−⋅∆+ = →∆ xgxxgx xgxfxxgxfxgxfxgxxf xh x Multiplicando o numerador pelo inverso de x∆ , temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) lim 0 = ⋅∆+ ∆ −∆+ ⋅− ∆ −∆+ ⋅ = →∆ xgxxg x xgxxg xf x xfxxf xg x Usando as propriedades de limite, tem-se: Observação Para compreender melhor esta regra de Derivação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 16 Exemplo Exemplo ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xgxxg x xgxxg xf x xfxxf xg xx xxxx 00 0000 limlim limlimlimlim →∆→∆ →∆→∆→∆→∆ ⋅∆+ ∆ −∆+ ⋅− ∆ −∆+ ⋅ = Como g é derivável em x, então g será contínua em x. Dessa forma, ( ) ( )xgxxg x =∆+ →∆ 0 lim e como ( ) ( )xgxg x = →∆ 0 lim e ( ) ( )xfxf x = →∆ 0 lim , teremos ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]2 '''' ' xg xgxfxfxg xgxg xgxfxfxg xh ⋅−⋅ = ⋅ ⋅−⋅ = Chamando ( )xfu = e ( )xgv = , temos: 2 '' ' v uvvu v u − = Encontrar ( )xf ' , sendo ( ) 35 32 2 4 +− − = xx x xf Solução: Chamando 32 4 −= xu e 352 +−= xxv , temos 38' xu = e 52' −= xv . Dessa forma, aplicando a fórmula acima, temos que a derivada da função f será dada por: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )22 345 22 45345 22 432 35 15624304 35 15106424408 35 5232835 ' +− −++− = +− −++−+− = +− −⋅−−⋅+− = xx xxxx xx xxxxxx xx xxxxx xf Se ( ) x xg 1 = , encontrar ( )xg ' : Solução: Temos que ( ) 22 1110 ' xx x xg −= ⋅−⋅ = Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 17 Exemplo Em geral, a derivada de funções do tipo v 1 , onde v é função de x é dada por: 2 ' '1 v v v −= Calcule a derivada da função ( ) ( )xx x x xf 63 3 1 2 3 2 +⋅ + = . Solução: Observe que a função f trata-se do produto das funções ( ) 3 2 3 1 x x xg + = e ( ) xxxh 63 2 += , logo, aplicaremos a regra do produto. ( ) ''' uvvuvu ⋅+⋅=⋅ Chamando 3 2 3 1 x x u + = e xxv 63 2 += , temos que encontrar as derivadas de u e v. Para encontrarmos a derivada da função u, teremos que usar a regra do quociente: Chamando 12 += xs e 33xr = , temos que xs 2'= e 29' xr = . Dessa forma, temos que a derivada da função u será dada por ( ) ( ) 4 2 6 24 6 244 23 223 3 3 9 93 9 996 3 9123 ' x x x xx x xxx x xxxx u − = +− = +− = ⋅+−⋅ = A derivada da função v é dada por 66' += xv Voltando à regra do produto, temos: ( ) ( ) ( ) − ⋅+++⋅ + = 4 2 2 2 2 3 3 6366 3 1 ' x x xxx x x xf Derivada das funções trigonométricas 1. Derivada da função seno: Se ( ) xxf sen = , então ( ) xxf cos' = , ou seja, xx dx d cossen = . Demonstração: Se ( ) xxf sen = , então Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 18 ( ) ( ) x sen xxsen lim' 0 ∆ −∆+ = →∆ x xf x Pela fórmula do seno de uma soma, temos que ( ) xxxxxx cossen cossen sen ∆+∆=∆+ Dessa forma: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x x x- x x x x x- x x x x x- x xx x x xxx x x xf xx x x x cos 1cos0sen sen limcos x cos1 limsen sen cos x cos1 senlim cossen x 1cossen lim x sen cossencossen lim' 00 0 0 0 = ⋅+⋅= ∆ ∆ + ∆ ∆− = ∆ ∆ + ∆ ∆− = ∆ ∆ + ∆ −∆ = ∆ −∆+∆ = →∆→∆ →∆ →∆ →∆ 2. Derivada da função cosseno: Se ( ) xxf cos= , então ( ) xxf sen ' −= , ou seja, x dx d sen cosx −= . Demonstração: Se ( ) xxf cos= , então ( ) ( ) x cosxxcos lim' 0 ∆ −∆+ = →∆ x xf x Pela fórmula do cosseno de uma soma, temos que ( ) xxxxxx sensen cos coscos ⋅∆−∆⋅=∆+ Dessa forma: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x x x x x x x x x x x x x x xx x x xxx x x xf xx x x x sen 1sen0cos sen limsen x cos1 limcos sen sen x 1cos coslim sensen x 1coscos lim x cossensencoscos lim' 00 0 0 0 −= ⋅−⋅−= ∆ ∆ − ∆ ∆− −= ∆ ∆ − ∆ −∆ = ∆ ⋅∆ − ∆ −∆⋅ = ∆ −⋅∆−∆⋅ = →∆→∆ →∆ →∆ →∆ Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 19 3. Derivada da função tangente: Se ( ) xxf tan= , então ( ) xxf 2sec' = , ou seja, xx dx d sec tan 2= . Demonstração: Se ( ) xxf tan= , então ( ) x x xf cos sen = . Daí. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x x x xx x xxxx x xxxx xf 2 2 2 22 2 2 '' sec cos 1 cos sencos cos sen sen coscos cos cossen sen cos ' = = + = −⋅−⋅ = ⋅−⋅ = 4. Derivada da função cotangente: Se ( ) xxf cot= , então ( ) xxf 2seccos'−= , ou seja, xx dx d seccos cot 2−= . Demonstração: Se ( ) xxf cot= , então ( ) x x xf sen cos = . Daí, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xxxx x xxxx xf 2 2 '' sen cos cossen sen sen sen coscossen ' ⋅−−⋅ = ⋅−⋅ = ( ) x x x xx x xx 2 2 2 22 2 22 seccos sen 1 sen cos sen sen cos sen −= −= +− = −− = 5. Derivada da função secante: Se ( ) xxf sec= , então ( ) xxxf tansec' = , ou seja, xxx dx d tan sec sec = . Demonstração: Se ( ) xxf sec= , então ( ) x xf cos 1 = . Daí, Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 20 ( ) ( ) ( ) ( ) xx x x x x x x xx x xx xf tansec cos sen cos 1 cos sen cos sen 10cos cos cos11cos ' 2 2 2 '' ⋅= ⋅= = −⋅−⋅ = ⋅−⋅ = 6. Derivada da função cossecante: Se ( ) xxf seccos= , então ( ) xxxf cotseccos' −= , ou seja, xxx dx d cot seccos cossec −= . Demonstração: Se ( ) xxf seccos= , então ( ) x xf sen 1 = . Daí, ( ) ( ) ( ) ( ) xx x x x x x x xx x xx xf cotseccos sen cos sen 1 sen cos sen cos10sen sen sen 11sen ' 2 2 2 '' ⋅−= ⋅−= −= ⋅−⋅ = ⋅−⋅ = Derivada da função composta - Regra da Cadeia Suponhamos que ( )32 5xxy += e que desejamos determinar dx dy . Uma saída é expandir ( )32 5xx + e então derivarmos o polinômio resultante. Assim, ( ) 345632 12575155 xxxxxxy +++=+= Então: 2345 375300756' xxxx dx dy y +++== Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 21 Exemplo Exemplo Outro método é considerarmos duas funções deriváveis f e g onde ( )ugy = e ( )xfu = , e escrever ( ) ( )[ ]xfgugy == . Na função acima, se tomarmos ( ) 3uugy == e ( ) xxxfu 52 +== , teremos a função composta ( )( ) ( )[ ] ( )32 5xxxfgxfg +==o . Para derivarmos esse tipo de função, temos a seguinte regra: Regra da Cadeia: Se ( )ugy = e ( )xfu = , e as derivadas du dy e dx du existem, então a função composta ( )[ ]xfgy = tem derivada que é dada por: dx dy = dx du du dy ⋅ ou ( ) ( ) ( )xfugxy ''' ⋅= Encontre a derivada da função ( )32 5xxy += Solução: Temos que ( ) 3uug = e xxu 52 += , assim, aplicando a regra da cadeia, temos: ( ) ( )5253' 22 +⋅+= xxxy ( ) ( ) ( ) 2345 233445 234 375300756 125505020523 5225103 xxxx xxxxxx xxxx +++= +++++= +⋅++= Calcule a derivada de ( )21 xy += Solução: Aplicando a regra da cadeia, temos: 22 1 ' 2 12 1 ' x x yx x y + =∴⋅ + = Com isso, podemos generalizar as regras de derivação. Se ( )xfu = , então: [ ] dx du unu dx d nn 1−⋅= [ ] dx du uu dx d 2sectan = Para consultar explicação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 22 Exemplo Exemplo [ ] dx du u u dx d 2 1 = [ ] dx du uu dx d 2seccoscot −= [ ] dx du uu dx d cossen = [ ] dx du uuu dx d tansecsec = [ ] dx du uu dx d sen cos −= [ ] dx du uuu dx d cotseccosseccos −= Ache ( )[ ]1tan 2 +x dx d Solução: Aplicando a regra da cadeia, temos: ( )[ ] ( ) [ ] ( ) ( )1sec2 21sec 11sec1tan 22 22 2222 +⋅= ⋅+= ++=+ xx xx x dx d xx dx d Encontre ( )[ ]x dx d 2cos Solução: Aplicando a regra da cadeia: ( )[ ] ( ) [ ] ( ) ( )xxx dx d xx dx d 2sen222sen22sen2cos −=⋅−=−= Se tivermos uma função composta gf o , tal que ( )( ) ( )[ ]xgfxgf =o , e chamarmos ( )xg de função interna e ( )xf de função externa nessa composição (devido às posições que ocupam na expressão ( )[ ]xgf ), então poderemos estabelecer a regra da cadeia da seguinte forma: Regra da Cadeia: A derivada da composta de duas funções é a derivada da função externa aplicada na função interna vezes as derivada da função interna. Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 23 Exemplo Exemplo Exemplo Encontre ( )xf ' se ( ) ( )xxxf 23seccos 2 += . Solução: Se ( ) ( )xxxf 23seccos 2 += , então para encontrarmos ( )xf ' , necessitaremos aplicar a regra da cadeia. Assim, ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )xxxxx xxxxx xx dx d xxxxxf 23cot23seccos26 2623cot23seccos 2323cot23seccos' 22 22 222 +++−= +++−= +++−= Calcule a derivada da função ( ) ( )xxg sen cos= . Solução: Aplicando a regra da cadeia: ( ) ( ) [ ] ( )[ ] xx x dx d xxg cossen sen sen sen sen' −= −= Ache a derivada da função ( ) ( )24 2sec xxh = . Solução: Note que a função h é a composição de três funções. Logo, aplicaremos a regra da cadeia duas vezes. ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ] [ ] = = 22223 223 22tan2sec2sec4 2sec2sec4' x dx d xxx x dx d xxh ( ) ( ) ( )[ ] ( ){ } ( ) ( )224 2223 2tan2sec16 42tan2sec2sec4 xxx xxxx = ⋅= Derivação Implícita Considere a equação ( ) 0, =yxF . Dizemos que a função ( )xfy = é definida implicitamente pela equação acima se ao substituirmos y por ( )xf na equação, ela se torna uma identidade. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 24 Exemplo Exemplo A equação 01 2 12 =−+ yx define implicitamente a função ( )212 xy −= . De fato, substituindo ( )212 xy −= na equação 01 2 12 =−+ yx , obtemos a identidade ( )[ ] 011112 2 1 2222 =−−+=−−⋅+ xxxx . A equação x y y −= + − 1 74 32 define implicitamente a equação x x y 42 107 − − = , pois, se ( ) ( )( ) ( ) ( ) y x x yxx xyyx xxyyy yxy x y y = − − −=− −=− −++=− +−=− −= + − 42 107 42107 42107 774432 74132 1 74 32 Nem sempre é possível encontrar a forma explícita de uma função definida implicitamente. Por exemplo, como explicitar uma função ( )xfy = definida pela equação 0ln35 =−+ yxyy ? O método da derivação implícita permite encontrar a derivada de uma função assim definida, sem a necessidade de explicitá-la. De modo geral, temos: Processo para derivação implícita: Dada uma equação na qual se estabelece y implicitamente como função diferenciável de x, calcula-se dx dy do seguinte modo: 1. Derive ambos os membros da equação em relação a x, isto é, aplique o operador dx d aos dois membros da equação termo a termo. Ao fazê-lo, tenha em mente que y é encarado como uma função de x e use a regra da cadeia quando necessário para diferenciar as expressões nas quais figure y. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 25 Exemplo Exemplo 2. O resultado do item anterior será uma equação onde figure não somente x e y, mas também dx dy . Resolva tal equação para obter a derivada dx dy desejada. Se 1643 3423 +=+− xyyxx , ache dx dy . Solução: Usando o processo de derivação implícita, temos: [ ] [ ]1643 3423 +=+− x dx d yyxx dx d Note que, ao derivarmos o primeiro membro da equação acima, teremos que usar a regra do produto no termo 423 yx . Dessa forma, 6126433 4322 =+ +⋅− dx dy yxy dx dy yxx Simplificando e colocando o termo dx dy em evidência, temos: 6126123 4322 =+−− dx dy yxy dx dy yxx ( ) 4232 6361212 xyx dx dy yxy +−=− Logo, a derivada procurada é dada por: 32 42 1212 636 yxy xyx dx dy − +− = Note que a derivada da função foi dada de forma implícita. Dada 1coscos =+ xyyx , ache 'y . Solução: Derivando implicitamente ambos os membros em relação a x, obteremos: [ ] [ ]'' 1coscos =+ xyyx Observe que os termos yx cos e xy cos devem ser derivados usando a regra do produto. Dessa forma, ( )[ ] ( )[ ] 0sen cos''sen cos1 =−++−+⋅ xyxyyyxy Isolando os termos que possuem 'y , temos: Para visualizar outro exemplo Universidade Federal de Viçosa - Departamento de MatemáticaNotas de Aula - Calculo I - Derivadas 26 Exemplo ( ) yxyyxxy cossen sen cos' −⋅=− Logo, temos que 'y será dada por: yxx yxy y sen cos cossen ' − −⋅ = Ache uma equação da reta tangente à curva 933 =+ yx no ponto ( )2,1 . Solução: Vamos derivar implicitamente em relação a x: 2 2 22 22 ' 0' 0'33 y x y yyx yyx −= =+ =+ Logo no ponto ( )2,1 , 4 1 2 1 ' 2 2 −=−=y . Uma equação da reta tangente à curva nesse ponto é então: ( ) 094 1 4 1 2 =−+ −−=− yx xy Derivada das funções exponencial e logarítmica Derivada da função exponencial: Se xay = , ( )1 e 0 ≠> aa , então aay x ln'= . Se a = e, temos a função xey = , e a derivada da função será xx eeey == ln' . Derivada da função logarítmica: Se xy alog= , ( )1 e 0 ≠> aa , então ax y ln 1 '= . Demonstração: Seja xy alog= . Então, por definição, xa y = . Derivando implicitamente ambos os lados da equação, temos: Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 27 [ ] aadx dy dx dy aa dx dx a dx d y y y ln 1 1ln = = = Mas, xa y = , assim: axdx dy ln 1 = Se a = e, temos a função xy ln= , e a derivada da função será xex y 1 ln 1 ' == . Taxas Relacionadas Um problema envolvendo taxas de variação de variáveis relacionadas é chamado de problema de taxas relacionadas. Sejam x e y quantidades variáveis relacionadas de modo a satisfazer a uma certa equação, por exemplo, 122 =+ yx . Suponha que estas quantidades dependem do tempo t (transcorrido a partir de algum instante inicial fixado) de acordo com as equações ( )tfx = e ( )tgy = , logo, ( )tf dt dx '= e ( )tg dt dy '= estabelecem a taxa de variação instantânea de x e y por unidade de tempo. Se x e y estão relacionados de acordo com a equação 122 =+ yx , esta sustenta a razão pela qual suas taxas de variação dt dx e dt dy seriam também relacionadas de alguma forma definida. Para achar esta relação, procedemos do mesmo modo que na derivação implícita, mas desta vez derivamos ambos os membros da equação 122 =+ yx em relação a t. Como [ ] 01 = dt d e como (pela regra da cadeia) [ ] dt dx xx dt d 22 = e [ ] dt dy yy dt d 22 = , a derivada de 122 =+ yx nos dois membros nos permite escrever Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 28 Exemplo 022 =+ dt dy y dt dx x , logo, 0=+ dt dy y dt dx x . A última equação estabelece a relação entre as taxas de variação dt dx e dt dy quando 122 =+ yx . Se a área de um círculo é crescente a uma taxa constante de 4cm²/s, a que taxa está crescendo o raio no instante em que o raio é de 5 cm? Solução: Seja r o raio do círculo em cm, A a área do círculo em cm², e t o tempo em segundos. A equação que relaciona A com r é 2rA ⋅= π . Considerando a derivada de ambos os lados da equação em relação a t, temos: [ ]2r dt d dt dA ⋅= π , isto é, dt dr r dt dA ⋅⋅= π2 Foi dado no problema que scm dt dA /4 2= , logo. dt dr r⋅⋅= π24 e scm rdt dr / 2 ⋅ = π Assim, quando r = 5cm, scmscm dt dr /13,0/ 5 2 ≈= π . Os passos a seguir representam um procedimento possível para resolver problemas envolvendo taxas relacionadas: 1. Faça uma figura, se isso for possível. 2. Defina as variáveis. Em geral defina primeiro t, pois as outras variáveis usualmente dependem de t. 3. Escreva todos os fatos numéricos conhecidos sobre as variáveis e suas derivadas em relação a t. 4. Obtenha uma equação envolvendo as variáveis que dependem de t. 5. Derive em relação a t ambos os membros da equação encontrada no item anterior. 6. Substitua os valores de quantidades conhecidas da equação encontrada na etapa anterior e resolva em termos da quantidade desejada. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 29 Exemplo Acumula-se areia em um monte com forma de um cone onde a altura é igual ao raio da base. Se o volume de areia cresce a uma taxa de 10m³/h, a que razão aumenta a área da base quando a altura do monte é de 4m? Solução: Sejam V = volume de areia h = altura do monte r = raio da base A = área da base Da geometria, sabemos que 2rA ⋅= π e hrV ⋅⋅⋅= 2 3 1 π . Por hipótese, hm dt dV /10 3= e h = r. Substituindo h = r na fórmula do volume, temos: 3 3 1 rV ⋅= π Queremos encontrar a taxa de variação dt dA , quando r = 4m. Derivando 2rA ⋅= π em relação a t, temos: dt dr r dt dr dr dA dt dA ⋅⋅=⋅= π2 Precisamos determinar dt dr . Derivando a equação 3 3 1 rV ⋅= π em relação a t, temos: dt dr r dt dr dr dV dt dV 2⋅=⋅= π Como hm dt dV /10 3= , temos: 2 10 rdt dr ⋅ = π Portanto, rr r dt dA 2010 2 2 = ⋅ ⋅⋅= π π Quando r = h = 4m, 5 4 20 == dt dA Logo, quando a altura do monte é de 4m, a área da base cresce a uma taxa de 5m²/h. h r Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 30 Exemplo Exemplo Funções Inversas Seja ( )xfy = uma função de A em B. Se, para cada By∈ , existir exatamente um valor Ax∈ tal que ( )xfy = (bijeção), então podemos definir uma função ABy →: tal que ( )ygx = . A função g, definida desta maneira é chamada função inversa de f e denotada por 1−f . A função }1{}3{: −ℜ→=ℜf definida por x x y − − = 3 1 admite a função inversa }3{}1{:1 −ℜ→−−ℜ−f , definida por 1 31 + + = x x y . O domínio de 1−f será igual à imagem de f e a imagem de 1−f será igual ao domínio de f. Note que se BAf →: , então, ( )[ ] xxff =−1 , para todo x em A. ( )[ ] xxff =−1 , para todo x em B.. Como achar a função inversa: 1. Escreva ( )xfy = ; 2. Resolva essa equação para x em termos de y (se possível); 3. Para expressar 1−f como uma função de x, troque x por y. A equação resultante é ( )xfy 1−= . Encontre a função inversa de ( ) 23 += xxf . Solução: Seguindo os passos acima, temos: 23 += xy Resolvendo para x: Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 31 Exemplo 3 3 2 2 −= −= yx yx Trocando x por y: 3 2−= xy Logo, ( ) 31 2−=− xxf O gráfico de 1−f é obtido refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x. Derivada das funções inversas Teorema: Seja f uma função cujo domínio é um intervalo I. Se f tem uma função inversa, então as seguintes afirmações são verdadeiras: i. Se f é contínua no seu domínio, então 1−f é contínua no seu domínio. ii. Se f é crescente (decrescente) no seu domínio, então 1−f é crescente (decrescente). iii. Se f é diferenciável em c e ( ) 0≠cf , então 1−f é diferenciável em ( )cf . Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 32 Exemplo Teorema: Seja f uma função que é diferenciável em um intervalo I. Se f tem uma função inversa ( )ygx = , então g é diferenciável em qualquer x para o qual ( )[ ] 0' ≠ygf . Além disso, ( ) ( )[ ]ygf yg ' 1 ' = , ( )[ ] 0' ≠ygf Seja ( ) 1 4 1 2 −+= xxxf . Calcule ( )[ ]xf dx d 1− , quando x = 1. Solução: Se 21 xx > , segue que ( ) ( )22321311 14 1 1 4 1 xfxxxxxf =−+>−+= . Logo, ( )xf é crescente e assim, bijetora. Portanto admite inversa. O ponto 4 1 ,1 pertence ao gráfico de f. Logo 1, 4 1 está no gráfico da inversa 1−= fg . Dessa forma, ( ) ( ) 7 4 11 4 3 1 1' 1 4 1 ' 2 = + == f g Funções trigonométricas inversas Pela definição de função inversa, sabemos que é impossível definir uma função inversa para a função xy sen = , pois para cada valor de y corresponde umainfinidade de valores de x. Portanto, para definirmos a função inversa de xy sen = , e das outras funções trigonométricas, necessitamos restringir o domínio. Função arco-seno: Seja [ ]1,1 2 , 2 : −→ − ππ f a função definida por ( ) xxf sen = . A função inversa de ( )xf será chamada de arco-seno e denotada por [ ] −→−− 2 , 2 1,1:1 ππ f , onde ( ) xxf arcsen 1 =− Simbolicamente, para 22 ππ ≤≤− y , xyxy =⇔= sen arcsen Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 33 Função arco-cosseno: Seja [ ] [ ]1,1,0: −→πf a função definida por ( ) xxf cos= . A função inversa de f será chamada arco-cosseno, denotada por [ ] [ ]π,01,1:1 →−−f , onde ( ) xxf arccos1 =− . Simbolicamente, para π≤≤ y0 , yxxy cosarccos =⇔= A função xy arccos= pode ser definida como xx arcsen 2 arccos −= π Função arco-tangente: A função inversa da tangente é definida para todo número real. Seja ℜ→ − 2 , 2 : ππ f a função definida por ( ) xxf tan= . A função inversa de f, chamada de arco-tangente e denotada por −→ℜ− 2 , 2 :1 ππ f , onde ( ) xxf arctan1 =− . Simbolicamente, para 22 ππ <<− y , yxxy tanarctan =⇔= Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 34 xxy arctan 2 arccot −== π , onde π<< y0 == x xy 1 arccossecarc , onde 1≥x == x xy 1 arcsensecarccos , onde 1≥x Derivadas das funções trigonométricas inversas Derivada da função arco-seno: Sabemos que se xy arcsen = , então yx sen = ,. Derivando yx sen = implicitamente em ralação a x, temos: [ ] [ ] dx dy y dx dy y y dx d x dx d = = = cos 1 cos1 sen Como 0cos ≥y , pois −∈ 2 , 2 ππ y , temos: 22 1sen1cos xyy −=−= Portanto, 21 1 cos 1 xydx dy − == Logo, [ ] 21 1 arcsen x x dx d − = Derivada da função arco-cosseno: Sabemos que se xy arccos= , então xy arcsen 2 −= π . Logo, 21 1 arcsen 2 x x dx d dx dy − −= −= π , para ( )1,1−∈x Logo, Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 35 Exemplo [ ] 21 1 arccos x x dx d − −= Derivada da função arco-tangente: Sabemos que se xy arctan= , então yx tan= , −∈ 2 , 2 ππ y . Assim, derivando implicitamente ambos os lados da equação, temos: [ ] [ ] dx dy y dx dy y y dx d x dx d = = = 2 2 sec 1 sec1 tan Como yy 22 tan1sec += , obtemos: ydx dy 2tan1 1 + = Substituindo ytan por x, temos: 21 1 xdx dy + = Logo, [ ] 21 1 arctan x x dx d + = xy arccot = , então 21 1 ' x y + −= xy secarc= , onde 1≥x , então 1, 1 1 ' 2 > − = x xx y xy secarccos= , onde 1≥x , então 1, 1 1 ' 2 > − −= x xx y Se ( )1arcsen += xy , encontre y’. Solução: Chamando 1+= xu , temos que uy arcsen = . Dessa forma, temos que ' 1 1 ' 2 u u y − = . Logo, ( )211 1 ' +− = x y . Observação Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 36 Exemplo Encontre a derivada da função + − = 2 2 1 1 arctan x x y . Solução: Chamando 2 2 1 1 x x u + − = , temos uy arctan= e, aplicando a regra da cadeia, ' 1 1 ' 2 u u y ⋅ + = Calculando 'u : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )22 22 33 22 22 1 4 1 2222 1 2121 ' x x x xxxx x xxxx u + − = + +−−− = + ⋅−−−⋅+ = Dessa forma, voltando para a variável x: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 444 4444 2222 222222 22 22 22 2222 22 22 22 222 2 2 1 2 12 4 22 4 2121 4 11 4 1 4 11 1 1 4 1 11 1 1 4 1 1 1 1 1 4 1 1 1 1 ' x x x x x x xxxx x xx x x x xx x x x x xx x x x x x x x x y + − = + − = + − = +−+++ − = −++ − = + − ⋅ −++ + = + − ⋅ + −++ = + − ⋅ + − + = + − ⋅ + − + = Logo, 41 2 ' x x y + −= Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 37 Exemplo Exemplo Exemplo Derivadas de ordem superior Seja f uma função derivável definida num certo intervalo. A sua derivada 'f é também uma função, definida no mesmo intervalo. Podemos, portanto, pensar na derivada da função 'f . Definição: Seja f uma função derivável. Se 'f também for derivável, então a sua derivada é chamada derivada segunda de f e é representada por ( )xf '' . Seja ( ) xxxxf +−= 24 35 , então, ( ) 1620' 3 +−= xxxf ( ) 660'' 2 −= xxf Se ( ) xxf sen = , então, ( ) xxf cos' = ( ) xxf sen '' −= Se ''f é uma função derivável, sua derivada, representada por ( )xf ''' é chamada derivada terceira de ( )xf . A derivada de ordem n, ou n-ésima derivada de f, representada por ( ) ( )xf n é obtida derivando-se a derivada de ordem n-1 de f. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6 para ,0 0 120 24120 2460''' 1220'' 45' ,1 6 5 4 2 23 34 45 ≥= = = += += += += −+= nxf xf xf xxf xxxf xxxf xxxf xxxf n M Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 38 1. Calcule a derivada das funções abaixo. a) xxy 42 += R: 42 += x dx dy b) ( ) 2 2 x xf = R: ( ) 3 2 x xf −=′ c) 2 3 2 3 xx y += R: ( )1 2 3 2 += x dx dy d) 3 xy = R : 3 23 1 xdx dy = e) ( ) ( )1613 −⋅ += x x xxf R : ( ) 3 1 32 2 ++= x x dx xdf f) x ba x ba x y − − − + = 25 R: 1 25 4 − − − + = ba x ba x dx dy g) ( ) 2 3 31 x x y + = R: ( ) ( ) 2 52 113 2 x xx dx dy −+ = h) ( )( )2312 +−= xxxy R: ( )192 2 −+= xx dx dy i) 22 42 xb x y − = R: ( ) ( )222 223 24 xb xbx dx dy − − = j) xa xa y + − = R: ( )2 2 xa a dx dy + = k) 3 + − = xa xa y R: ( ) ( )4 26 xa xaa dx dy + − = l) x x y − + = 1 1 R: ( ) 211 1 xxdx dy −− = Resolva os exercícios abaixo para você compreender melhor a aula sobre derivadas e sanar suas dúvidas. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 39 m) ( )331 xy += R: 2 3 11 += xxxdx dy n) 2 2 1 12 xx x y + − = R: ( )322 2 1 41 xx x dx dy + + = o) ( )522 axy −= R: ( )42210 axx dx dy −= 2. Encontre a reta tangente à curva x x y − + = 3 6 no ponto ( )2,0=P 3. Encontre a reta tangente à curva 2 2 2 24 − x xx no ponto ( )4,1=P 4. Obter a derivada da função 35 23 +−= xxy em um ponto genérico. 5. Obter a derivada da função ( )22 32 −= xy no ponto ( )1,1=P 6. Obter a derivada da função 22 axy += em um ponto genérico. 7. Obter a derivada da função ( ) ( ) 211 1 1 −−= − = v v vf no ponto ( )1,2=P 8. Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função f(x)=3x2 +2x−3, a) que é paralela à reta de equação y−4x+ 3 = 0 ; b) que é perpendicular à reta de equação 2y−x= 0 . 9. Encontre a derivada das funções dadas implicitamente: a) 2522 =+ yx R.: y x − b) xyyx +=− 332 56 R.: 223 3 153 21 yyx xy − − c) xyyx =+ 33 R.: xy xy − − 2 2 3 3 d) 0132 22 =+−+ xxyy R.: ( )xy y 212 23 2 + − e) ( ) xyx =+ 32 R.: ( ) 2 23 1 2 − + yx f) ( ) xyyx 23 522 =+ R.: ( ) ( ) xyxy yxxy 2330 3102 422 422 −+ +− Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 40 10. Encontre as derivadas de ordem 3 das funções abaixo: a) ( ) 42765 510 +−−= xxxxf b) ( ) ( )513 += xxf c) ( ) 21 xxf += d) ( ) 21 2 x xf + = e) ( ) ( )412 += xxxf f) ( ) 2 1 + = x x xf 11. Uma indústria está aumentando a produção de um artigo à razão de 200 unidades por semana. A função demanda semanal admite como modelo xp 01,0100 −= , onde p é o preço e x é o número de unidades produzidas em uma semana. Ache a taxa de variação da receita em relação ao tempo, quando a produção semanal é de 2.000 unidades. R.: 19.200,00 por semana 12. Numa indústria automobilística, se C é o custo total da produção de s unidades, então ( ) 100024 1 2 ++ = ss sC . Além disso, se s carros são produzidos durante t horas desde o início da produção, então ( ) ttts 503 2 += . Determine a taxa de variação de custo em relação ao tempo, 2 horas após o início da produção. R.: R$3.596,00 por hora 13. Suponha que num certo mercado p seja o preço de uma caixa de uvas, x o número de milhares de caixas ofertadas diariamente, sendo a equação de oferta dada implicitamente por 0105320 =+−− xppx . Se a oferta está decrescendo a uma taxa de 250 caixas por dia, como está variando o preço da caixa no instante em que a oferta é de 5.000 caixas? R: decrescendo a uma taxa de R$ 0,05 por dia. Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Matemática Notas de Aula - Calculo I - Derivadas 41 Para saber mais sobre derivadas, consulte as referências listadas abaixo... Para você começar ! • G. THOMAS, Cálculo, vol. 1, Addison Wesley, 2003. • J. STEWART, Cálculo, vol. 1, São Paulo, Thomson Learning, 2002. • H. ANTON, Cálculo um novo horizonte, vol. 1, Porto Alegre, Bookman, 2007. Quer aprof undar mai s um pouco? • L. LEITHOLD, O Cálculo com Geometria Analítica, vol. 1, São Paulo, Harbra, 1994 • E. D. PENNEY e Jr. C. H. EDWARDS, Cálculo com Geometria Analítica, vol. 1, Ed. Prentice-Hall, 1997. • E. W. SWOKOWSKI, Cálculo com Geometria Analítica, vol. 1, Makron Books, 2ª edição, 1994 Gost a de desaf i os?? • H. L. GUIDORIZZI, Um Curso de Cálculo, vols. 1 e 2, Rio de Janeiro, LTC, 2001. • P. BOULOS, Introdução ao Cálculo, vols. 1 e 2, São Paulo, Edgard Blücher, 1974. • G. F. SIMMONS, Cálculo com Geometria Analítica, vol. 1, São Paulo, Ed. McGraw-Hill, 1987 Para os amant es da net ... • http://ecalculo.if.usp.br/
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