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SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN E COOPERAÇÃO POLICIAL SCHENGEN LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO SCHENGEN SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN E COOPERAÇÃO POLICIAL SELECÇÃO DE TEXTOS GABINETE NACIONAL S.I.R.E.N.E. ACTuALIzADO EM JuLHO 2010 EDIÇÃO EXCLuSIVA PARA AS FORÇAS E SERVIÇOS DE SEGuRANÇA ÍNdiCE NOTA INTRODUTÓRIA 5 CONVENÇÃO DE APLICAÇÃO DO ACORDO DE SCHENGEN (CAAS) (EXCERTOS) (AS ALTERAÇõES DO TEXTO SUbLINHADAS A NEGRITO, EMbORA APROVADAS NÃO ESTÃO AINDA EM APLICAÇÃO) Resolução da Assembleia da República n.º 35/93 7 REGIME APLICáVEL AO INTERCâMbIO DE DADOS E INFORMAÇõES DE NATUREzA CRIMINAL ENTRE AS AUTORIDADES DOS ESTADOS MEMbROS DA UNIÃO EUROPEIA Lei nº 74/2009 28 REGIME LEGAL DO GAbINETE NACIONAL SIRENE Decreto-Lei n.º 292/94 33 MECANISMOS DE CONTROLO E FISCALIzAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN Lei n.º 2/94 38 LEI DA PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS Lei n.º 67/98 39 Declaração de Rectificação n° 22/98 54 MANDADO DE DETENÇÃO EUROPEU Lei n.º 65/3003 55 ACORDO ENTRE PORTUGAL E ESPANHA EM MATÉRIA DE PERSEGUIÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA Decreto n.º 48/99 68 ACORDO ENTRE A REPÚbLICA PORTUGUESA E O REINO DE ESPANHA SObRE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA EM MATÉRIA POLICIAL E ADUANEIRA Decreto n.º 13/2007 71 REGULAMENTO APLICáVEL à ORGANIzAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CENTROS DE COOPERAÇÃO POLICIAL E ADUANEIRA ENTRE A REPÚbLICA PORTUGUESA E O REINO DE ESPANHA Portaria nº 1354/2008 77 5 Se o leitmotiv para o arranque da construção europeia foi a partilha de recursos importantes após a II Guerra Mundial (o carvão e o aço), a edificação de uma Casa Comum converteu-se, desde cedo, em objectivo primordial dos Estados-membros da Comunidade Económica Europeia e da União Europeia. Em primeiro lugar, instituiu-se um espaço de livre circulação de pessoas e bens. Depois, cimentou-se esse espaço com os valores que constituem o nosso património histórico, político e cultural: a Liberda- de, a Segurança e a Justiça. Do debate sobre o significado de livre circulação de pessoas, iniciado durante os anos 80 do século passado em resultado da reflexão sobre o conceito de União e Cidadania Europeia, resultou uma coope- ração intergovernamental reforçada. Esta cooperação - entre a França, a Alemanha, a Bélgica, o Luxem- burgo e os Países Baixos - consubstanciou-se na assinatura, em 1985, do Acordo Schengen e criou uma nova dimensão da construção europeia - um espaço sem fronteiras, sem controlo de pessoas ou de bens e sem impedimentos à liberdade de circulação: o “Espaço Schengen”. Entre 1985 e 2010 este espaço sem fronteiras foi alargado para incluir quase todos os Estados-mem- bros da União Europeia. A evolução implicou a abolição das fronteiras internas dos Estados signatários e a criação de uma fronteira externa comum, o que obriga à adopção de regras comuns – ou pelo menos compatíveis -em matéria de vistos, direito de asilo, e controlo de fronteiras externas, a fim de permitir a livre circulação das pessoas segundo procedimentos idênticos. A livre circulação foi acompanhada do desenvolvimento das chamadas medidas “compensatórias”. Pretende-se melhorar a coordenação e a cooperação entre os serviços de polícia e as autoridades judi- ciais para preservar a segurança interna dos Estados-membros e, em especial, lutar contra a crimina- lidade organizada e o terrorismo. Neste contexto, foi criado o Sistema de Informação Schengen (SIS). O SIS assenta no reconhecimento de que a livre circulação no interior do espaço Schengen exige como contrapartida não apenas o reforço das fronteiras externas comuns, mas também o intercâmbio rápido e eficiente de informações policiais e judiciais. Após ter aderido à Comunidade Económica Europeia em 1986, Portugal assumiu-se como Estado- membro fundador do espaço de livre circulação europeu. Esse espaço foi concretizado com a assina- tura, em 1991, do Acordo de Adesão à Convenção de Aplicação do Acordo Schengen e tem vindo a ser aprofundado mediante a aplicação das disposições do chamado “Acervo Schengen” (constituído pelo Acordo Schengen, pela Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen, pelos Protocolos de Adesão e pelas Decisões adoptadas pelo Conselho da UE). Nota iNtrodutória 6 Portugal tem hoje um papel fulcral no que respeita à evolução e ao alargamento a outros Estados do Espaço Schengen. Coube-nos, no segundo semestre de 2007, o privilégio de conduzir o alargamento desse espaço a nove novos Estados-membros da União Europeia: Letónia, Lituânia, Estónia, República Checa, Polónia, Eslováquia, Hungria, Eslovénia e Malta. Essa meta foi alcançada no dia 21 de Dezembro de 2007, graças ao sistema português Sisone4all. Tratou-se de uma excelente notícia para milhões de cidadãos europeus, que começaram o ano de 2008 juntando aos sentimentos de cidadania criados pelo Tratado Reformador de Lisboa a experiência gratificante de se deslocarem livremente numa Europa sem fronteiras. A União Europeia continua hoje a desenvolver-se no sentido do estabelecimento e da consolidação de um espaço de Liberdade, Segurança e Justiça, alicerçado na liberdade de circulação, na garantia de segurança dos cidadãos e na prevenção e no combate à criminalidade organizada e ao terrorismo. As disposições do “Acervo Schengen” em matéria de cooperação policial, coadjuvadas pela existência de um sistema de informação que permite às autoridades obter informações sobre pessoas ou objectos, constituem a rede de segurança necessária ao crescimento de uma Europa simultaneamente mais livre e mais segura. Os manuais práticos agora reeditados são, neste contexto, importantes instrumentos de trabalho. Portugal quer continuar a ser um exemplo da boa aplicação das disposições Schengen e está apostado em procurar e propor soluções inovadoras em todos os órgãos e instâncias comunitários. Todavia, é através da actividade diária e do empenhamento das forças e dos serviços de segurança nacionais que se consolida a ideia de Liberdade, Segurança e Justiça num espaço sem fronteiras entre Estados livres, prósperos, democráticos e solidários. Rui Pereira Ministro da Administração Interna 7 CONVENÇÃO DE APLICAÇÃO DO ACORDO DE SCHENGEN (C.A.A.S) Resolução da Assembleia da República n.° 35/93 de 25 de Novembro Aos 25 de Junho de 1991, os representantes dos Governos do Reino da Bélgica, da República Federal da Alemanha, da República Francesa, da República Italiana, do Grão-Ducado do Luxem- burgo, do Reino dos Países Baixos e da República Portuguesa assinaram em Bona o Acordo de Ade- são da República Portuguesa à Convenção de Apli- cação do Acordo de Schengen de 14 de Junho de 1985 entre os Governos dos Estados da União Eco- nómica Benelux, da República Federal da Alema- nha e da República Francesa Relativo à Supressão Gradual dos Controlos nas Fronteiras Comuns, assinada em Schengen a 19 de Junho de 1990, à qual aderiu a República Italiana pelo Acordo assi- nado em Paris a 27 de Novembro de 1990. Tomaram nota que o representante do Go- verno da República Portuguesa declarou asso- ciar-se à declaração feita em Schengen a 19 de Junho de 1990 pelos ministros e secretários de Estado em representação dos Governos do Reino da Bélgica, da República Federal da Alemanha, da República Francesa, do Grâo-Ducado do Luxem- burgo e do Reino dos Países Baixos e à decisão confirmada nessa mesma data aquando da assi- natura da Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen, declaração e decisão às quais se asso- ciou o Governo da República Italiana. Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen de 14 de Junho de 1985 entre os Governos dos Estados da União Económica Benelux, da República Federal da Alemanha e da República Francesa Relativo à Supres- são Gradual dos Controlos nas Fronteiras Comuns. O Reino da Bélgica, a República Federal da Alemanha,a República Francesa, o Grão-Ducado do Luxemburgo e o Reino dos Países Baixos, a se- guir denominados «Partes Contratantes»: Baseando-se no Acordo de Schengen de 14 de Junho de 1981 Relativo à Supressão Gradual dos Controlos nas Fronteiras Comuns; Tendo decidido concretizar o desejo expres- so no referido Acordo de obter a supressão dos controlos nas fronteiras comuns no que diz res- peito à circulação das pessoas e facilitar o trans- porte e a circulação das mercadorias; Considerando que o Tratado que institui as Comunidades Europeias, completado pelo Acto Único Europeu, prevê que o mercado interno com- preenderá um espaço sem fronteiras internas; Considerando que a finalidade prosseguida pelas Partes Contratantes coincide com este ob- jectivo, sem prejuízo das medidas que serão to- madas em aplicação das disposições do Tratado; Considerando que o cumprimento deste de- sejo implica uma série de medidas apropriadas e uma estreita cooperação entre as Partes Contra- tantes; acordaram no seguinte: TÍTuLO I Definições artiGo 1.º Para efeitos da presente Convenção, enten- de-se por: Fronteiras internas – as fronteiras comuns terrestres das Partes Contratantes, bem como os seus aeroportos, no que diz respeito aos voos internos, e os seus portos marítimos, no que diz respeito às ligações regulares de navios que efec- tuam operações de transbordo, exclusivamente provenientes ou destinados a outros portos nos territórios das Partes Contratantes, sem escala em portos fora destes territórios; Fronteiras externas – as fronteiras ter- restres e marítimas, bem como os aeroportos e portos marítimos das Partes Contratantes, desde que não sejam fronteiras internas; Voo interno – qualquer voo exclusivamente proveniente ou destinado aos territórios das Par- tes Contratantes sem aterragem no território de um Estado terceiro; Estado terceiro – qualquer Estado que não seja Parte Contratante; 8 Estrangeiro – qualquer pessoa que não seja nacional dos Estados membros das Comunida- des Europeias; Estrangeiro Indicado para efeitos de não admissão – qualquer estrangeiro indicado para efeitos de não admissão no Sistema de In- formação Schengen nos termos do disposto no artigo 96.º; Ponto de passagem fronteiriço – qual- quer ponto de passagem autorizado pelas auto- ridades competentes para a passagem das fron- teiras externas; Controlo fronteiriço – o controlo nas fron- teiras que, independentemente de qualquer ou- tro motivo, se baseia na única intenção de passar a fronteira; Transportador – qualquer pessoa singular ou colectiva que assegura, a título profissional, o transporte de pessoas por via aérea, marítima ou terrestre; Título de residência – as autorizações, qual- quer que seja a sua natureza, emitidas por uma Parte Contratante que concedem o direito de resi- dência no seu território. Esta definição não abran- ge a admissão temporária para efeitos de perma- nência no território de uma Parte Contratante, tendo em vista o tratamento de um pedido de asilo ou de um pedido de titulo de residência; Pedido de asilo – qualquer pedido apresen- tado por escrito, oralmente ou de qualquer outro modo, por um estrangeiro na fronteira externa ou no território de uma Parte Contratante, com vista a obter o reconhecimento da sua qualidade de refugiado, ao abrigo da Convenção de Gene- bra de 28 de Julho de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados, tal como alterada pelo Protoco- lo de Nova Iorque de 31 de Janeiro de 1967, bem como a beneficiar nesta qualidade de um direito de residência; Requerente de asilo – qualquer estrangei- ro que tenha apresentado um pedido de asilo na acepção da presente Convenção e em relação ao qual não tenha ainda sido tomada uma decisão definitiva; Tratamento de pedido de asilo – o conjun- to dos processos de análise, de decisão e de medi- das tomadas em aplicação de decisões definitivas relativas a um pedido de asilo, com exclusão da determinação da Parte Contratante responsável pelo tratamento do pedido de asilo por força das disposições da presente Convenção. (...) artiGo 5.º [1] (do CódiGo dE FroNtEiraS) Condições de entrada para os nacionais de países terceiros 1. Para uma estada que não exceda três meses num período de seis meses, são as seguintes as condições de entrada para os nacionais de países terceiros: a) Estar na posse de um documento ou docu- mentos de viagem válidos que permitam a passagem da fronteira; b) Estar na posse de um visto válido, se tal for exigido nos termos do Regulamento (CE) n.º 539/2001 do Conselho, de 15 de Março de 2001, que fixa a lista dos países terceiros cujos nacionais estão sujeitos à obrigação de visto para transporem as fronteiras externas e a lista dos países terceiros cujos nacionais estão isentos dessa obrigação, excepto se for detentor de um título de residência válido; c) Justificar o objectivo e as condições da esta- da prevista e dispor de meios de subsistência suficientes, tanto para a duração dessa esta- da como para o regresso ao país de origem ou para o trânsito para um país terceiro em que a sua admissão esteja garantida, ou estar em condições de obter licitamente esses meios; d) Não estar indicado no SIS para efeitos de não admissão; e) Não ser considerado susceptível de pertur- bar a ordem pública, a segurança interna, a saúde pública ou as relações internacionais de qualquer Estado-Membro, e em especial não estar indicado para efeitos de não ad- missão, pelos mesmos motivos, nas bases de dados nacionais dos Estados-Membros. 1 Regulamento (UE) n.º 562/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de 2006 (Código de Frontei- ras), com efeitos a partir de 13 de Outubro de 2006. 9 2. (…) 3. (…) 4. Não obstante o n.º 1: a) O nacional de país terceiro que não preencha todas as condições estabelecidas no n.º 1 mas possua um título de residência ou um visto de regresso emitidos por um Estado-Membro, ou, quando tal seja exigido, estes dois documen- tos, será autorizado a entrar nos territórios dos demais Estados-Membros para efeitos de trânsito por forma a poder alcançar o territó- rio do Estado-Membro que lhe emitiu o título de residência ou o visto de regresso, excepto se constar da lista nacional de pessoas indi- cadas do Estado-Membro em cujas fronteiras externas se apresenta e se a indicação corres- pondente for acompanhada de instruções no sentido da recusa de entrada ou trânsito; b) (…) c) O nacional de país terceiro que não preencha uma ou várias das condições estabelecidas no n.º 1 pode ser autorizado por um Estado- Membro a entrar no seu território por moti- vos humanitários ou de interesse nacional, ou ainda devido a obrigações internacionais. Caso o nacional de país terceiro seja uma pes- soa indicada na acepção da alínea d) do n.º 1, o Estado-Membro que o autoriza a entrar no seu território informa deste facto os demais Estados-Membros. TITuLO II Supressão dos controlos nas fronteiras internas e circulação de pessoas CAPÍTuLO V Títulos de residência e lista de pessoas indicadas para efeitos de não admissão artiGo 25.º 1. Caso um Estado-Membro tencione emitir um título de residência, efectua sistematica- mente uma consulta no Sistema de Informação de Schengen. Caso um Estado-Membro tencio- ne emitir um título de residência a um cidadão estrangeiro que conste da lista de pessoas in- dicadas para efeitos de não admissão, consul- ta previamente o Estado-Membro que o tiver indicado e toma em consideração os interesses deste último; o título de residência só pode ser emitido por motivos sérios, nomeadamente por razões humanitárias ou por força de obrigações internacionais. Se o título de residência for emitido, o Estado- Membro que tiver indicado o cidadão estrangeiroretira o seu nome dessa lista mas pode inscrevê-lo na sua lista nacional de pessoas indicadas. 1. A. Antes de incluírem uma pessoa na lista de pessoas indicadas para efeitos de não admis- são ao abrigo do artigo 96.º, os Estados-Membros verificam os seus registos nacionais de vistos de longa duração e títulos de residência emitidos. 2. Quando se verificar que um estrangeiro detentor de um título de residência válido, emi- tido por uma das Partes Contratantes, consta da lista de pessoas indicadas para efeitos de não admissão, a Parte Contratante que o indicou con- sultará a Parte que emitiu o título de residência, a fim de determinar se existem motivos suficien- tes para lho retirar. Se o título de residência não for retirado, a Parte Contratante que indicou o estrangeiro retirará o seu nome dessa lista, po- dendo, todavia, inscrevê-lo na sua lista nacional de pessoas assinaladas. 3. Os n.os 1 e 2 são aplicáveis igualmente aos visto de longa duração. 10 TITuLO III Policia e segurança CAPÍTuLO I Cooperação policial artiGo 39.º [2][3] 1. As Partes Contratantes comprometem-se a que os seus serviços de polícia, em cumprimento da legislação nacional e nos limites da sua compe- tência, se prestem assistência para efeitos da pre- venção e da investigação de factos puníveis, salvo se a legislação nacional reservar o pedido às auto- ridades judiciárias e se esse pedido ou a sua execu- ção determinarem a aplicação de medidas coerci- vas pela Parte Contratante requerida. Quando as autoridades de polícia a quem o pedido foi apre- sentado forem incompetentes para a sua execu- ção, dirigi-lo-ão às autoridades competentes. 2. As informações escritas que forem presta- das pela Parte Contratante requerida, por força do disposto no n.º 1, só podem ser utilizadas pela Parte Contratante requerente para efeitos de ob- tenção de prova dos factos incriminados com o consentimento das autoridades judiciárias com- petentes da Parte Contratante requerida: 3. Os pedidos de assistência a que se refere o n.º 1, bem como as respostas a esses pedidos, po- dem ser trocados entre os órgãos centrais encar- regados, por cada Parte Contratante, da coopera- ção policial internacional. Sempre que o pedido 2 As disposições dos n.os 1, 2 e 3 do artigo 39.o, na medida em que estejam relacionadas ao intercâmbio de dados e in- formações existentes para a realização de investigações cri- minais ou operações de informações criminais, tal como de- finido na Decisão Quadro 2006/960/JAI de 18 de Dezembro de 2006, relativa à simplificação do intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei dos Es- tados-Membros da União Europeia, serão substituídos pelas disposições desta Decisão Quadro, a qual entrou em vigor a 30 de Dezembro de 2006. 3 A Decisão Quadro 2006/960/JAI do Conselho, de 18 de Dezembro, foi transposta para a ordem jurídica portuguesa pela Lei nº 74/2009, de 12 de Agosto. não puder ser apresentado em tempo útil pela via acima referida, pode ser dirigido pelas autorida- des de polícia da Parte Contratante requerente directamente às autoridades competentes da Parte requerida , podendo estas dar-lhe respos- ta directa. Nestes casos, a autoridade de polícia requerente avisará, o mais rapidamente possível, do seu pedido directo o órgão central encarrega- do pela Parte Contratante requerida da coopera- tiva policial internacional. 4. Nas regiões fronteiriças, a cooperação pode ser regulada por convénios entre os ministros competentes das Partes Contratantes. 5. O disposto no presente artigo não prejudi- ca os acordos bilaterais mais amplos presentes e futuros entre as Partes Contratantes que tenham uma fronteira comum. As Partes Contratantes informar-se-ão mutuamente destes acordos. artiGo 40.º 1. Os agentes de um dos Estados Membros que, no âmbito de uma investigação criminal relativa a uma infracção penal passível de extradição, man- tenham sob vigilância no seu país uma pessoa por se suspeitar do seu envolvimento numa infracção penal passível de extradição ou, como elemento in- dispensável numa investigação criminal, por haver fortes razões para se presumir que ela pode levar à identificação ou localização de uma outra pessoa suspeita de envolvimento numa infracção penal, passível de extradição, são autorizados a prosse- guir essa vigilância no território de outro Estado Membro, quando este tenha autorizado a vigilância transfronteiriça com base num pedido prévio de entreajuda acompanhado dos motivos que o justifi- cam. Esta autorização pode ser sujeita a condições. 2. Quando, por razões especialmente urgen- tes, a autorização prévia da outra Parte Contra- tante não puder ser solicitada, os agentes de vigi- lância serão autorizados a prosseguir para além da fronteira a vigilância de uma pessoa que se presuma ter praticado os factos puníveis enume- rados no n.º 7, nas seguintes condições: A passagem da fronteira será imediatamente comunicada durante a vigilância à autoridade da Parte Contratante referida no n.º 5 em cujo terri- 11 tório a vigilância prossegue; Será imediatamente transmitido um pedido de entreajuda judiciária, apresentado nos ter- mos do n.º 1, expondo os motivos que justificam a passagem da fronteira-sem autorização prévia. Será posto fim à vigilância a partir do momento em que a Parte Contratante, em cujo território se realiza, o solicitar, na sequência da comunica- ção referida na alínea a) ou do pedido referido na alínea b) ou, caso a autorização não seja obtida, cinco horas após a passagem da fronteira. 3. A vigilância a que se referem os n.os 1 e 2 só pode ser efectuada nas seguintes condições: a) Os agentes de vigilância devem cumprir as disposições do presente artigo e o direito da Parte Contratante em cujo território actu- am; devem obedecer às ordens das autorida- des localmente competentes; b) Ressalvadas as situações previstas no n.º 2, os agentes devem ser portadores, durante a vigilância, de um documento que certifique que a autorização foi concedida; c) Os agentes de vigilância devem poder justifi- car a qualquer momento o carácter oficial da sua missão; d) Os agentes de vigilância podem estar muni- dos da sua arma de serviço durante a vigilân- cia, salvo decisão expressa em contrário da Parte requerida; é proibida a sua utilização salvo em caso de legítima defesa; e) É proibida a entrada nos domicílios e nos lo- cais não acessíveis ao público; f ) Os agentes de vigilância não podem interpe- lar nem prender a pessoa vigiada; g) Qualquer operação será objecto de relatório às autoridades da Parte Contratante em cujo território se realizou; pode ser exigida ‘a com- parência pessoal dos agentes de vigilância; h) As autoridades da Parte Contratante de que os agentes de vigilância são originários cola- borarão, a pedido das autoridades da Parte Contratante em cujo território se realizou a vigilância, no inquérito consecutivo à opera- ção em que participaram, inclusivamente em processos judiciais. 4. Os agentes (...) 5. A autoridade (...) 6. As Partes Contratantes podem, a nível bi- lateral, alargar o âmbito de aplicação do presente artigo e adoptar disposições suplementares para a sua execução. 7. A vigilância referida no n.º 2 só pode rea- lizar-se relativamente a um dos seguintes factos puníveis: – Homicídio, doloso simples; – Homicídio, doloso qualificado; – Violação; – Crimes graves de natureza sexual; – Incêndio; – Falsificação de moeda; – Contrafacção e falsificação de meios de paga- mento; – Furto, roubo e receptação; – Extorsão; – Rapto e sequestro; – Tráfico de pessoas; – Tráfico ilícito de estupefacientes e de subs- tâncias psicotrópicas; – Infracções às disposições legais em matéria de armas e de explosivos; – Destruição com empregode explosivos; – Transporte ilícito de resíduos tóxicos e pre- judiciais; – Abuso grave de confiança; – Contrabando de imigrantes; – Branqueamento de capitais; – Tráfico ilícito de substâncias nucleares e ra- dioactivas; – Participação numa organização criminosa, nos termos previstos na Acção Comum 98/733/ JAI do Conselho, de 21 de Dezembro de 1998, relativa à incriminação da participação numa organização criminosa nos Estados Unidos da União Europeia; – Actos de terrorismo, nos termos previstos na Decisão-Quadro 2002/475/JAI do Conselho, de 13 de Junho de 2002, relativa à luta contra o terrorismo. 12 artiGo 41.º 1. Os agentes de uma das Partes Contratantes que, no seu país, persigam uma pessoa apanhada em flagrante delito a cometer um dos crimes a que se refere o n.º 4 ou a neles tomar parte são autorizados a continuar a perseguição no ter- ritório de uma outra Parte Contratante sem autorização prévia, sempre que as autoridades competentes da outra Parte Contratante não pu- derem ser avisadas previamente da entrada neste território devido a urgência especial, por um dos meios de comunicação previstos no artigo 44.°, ou não puderem chegar ao local a tempo de reto- mar a perseguição. O disposto no parágrafo anterior é igual- mente aplicável quando a pessoa perseguida, em situação de detenção provisória ou cum- prindo uma pena privativa da liberdade, se eva- diu. Os agentes perseguidos recorrerão às auto- ridades competentes da Parte Contratante em cujo território se realiza a perseguição o mais tardar no momento da passagem da fronteira. A perseguição terminará a partir do momento em que a Parte Contratante em cujo território deva efectuar-se o solicitar. A pedido dos agentes perseguidores, as .autoridades localmente com- petentes interpelarão a pessoa perseguida a fim de determinar a sua identidade ou de proceder à sua detenção. 2. A perseguição efectuar-se-á de acordo com uma das seguintes modalidades, que será defini- da na declaração prevista no n.º 9: a) Os agentes perseguidores não têm o direito de interpelação; b) Se não for formulado um pedido de interrup- ção da perseguição e se as autoridades local- mente competentes não puderem intervir com suficiente rapidez, os agentes persegui- dores podem interpelar a pessoa perseguida até que os agentes da Parte Contratante em cujo território a perseguição se efectua, os quais devem ser imediatamente informados, possam determinar a sua identidade ou pro- ceder à sua detenção. 3. A perseguição efectuar-se-á em conformi- dade com o disposto nos n.° s 1 e 2 de acordo com uma das seguintes modalidades que será definida na declaração prevista no n.º 9: Numa zona ou durante um período a contar da passagem da fronteira que serão determina- dos na declaração; Sem limite no espaço ou no tempo. 4. Na declaração a que se refere o n.º 9, as Partes Contratantes definirão os crimes previstos no n.º 1 de acordo com uma das seguintes modalidades: a) Os seguintes crimes: – Homicídio, doloso simples; – Homicídio, doloso qualificado; – Violação; – Incêndio; – Falsificação de moeda; – Furto, roubo e receptacão; – Extorsão; – Rapto e sequestro; – Tráfico de pessoas; – Tráfico ilícito de estupefacientes e de subs- tâncias psicotrópicas; – Infracções às disposições legais em maté- ria de armas e de explosivos; – Destruição com emprego de explosivos; – Transporte ilícito de resíduos tóxicos e prejudiciais; – Abandono do sinistrado na sequência de um acidente, tendo implicado a morte ou ferimentos graves; b) Os crimes que podem originar a extradição. 5. A perseguição só pode efectuar-se nas se- guintes condições: a) Os agentes perseguidores devem cumprir as disposições do presente artigo e o direito da Parte Contratante em cujo território actu- am; devem obedecer às ordens das autorida- des localmente competentes; b) A perseguição efectuar-se-á unicamente através das fronteiras terrestres; c) É proibida a entrada nos domicílios e nos lo- cais não acessíveis ao público; d) Os agentes perseguidores serão facilmente identificáveis, quer através da utilização, de um 13 uniforme, quer de uma braçadeira ou de dis- positivos acessórios colocados no seu veículo. São proibidos trajar à civil em veículos sem a identificação acima referida; os agentes per- seguidores devem poder justificar a qualquer momento o carácter oficial da sua missão; e) Os agentes perseguidores podem estar mu- nidos da sua arma de serviço; é proibida a sua utilização salvo em caso de legítima defesa; f ) A fim de ser conduzida perante as autorida- deslocalmente competentes, a pessoa perse- guida, uma vez detida nos termos da alínea b) do n.º 2, só pode ser submetida a uma revista de segurança; durante a sua transferência podem ser utilizadas algemas; podem ser apreendidos os objectos em posse do visado; g) Após cada operação a que se referem os n.os 1, 2 e 3, os agentes perseguidores apre- sentar-se-ão perante as autoridades local- mente competentes da Parte Contratante em cujo território actuaram, relatando a sua missão; a pedido destas autoridades, devem permanecer à disposição até que as circuns- tâncias da sua acção tenham sido suficiente- mente esclarecidas, mesmo no caso de a per- seguição não ter levado à detenção da pessoa perseguida; h) As autoridades da Parte Contratante de que os agentes perseguidores são originários co- laborarão, a pedido das autoridades da Parte Contratante em cujo território se realizou a perseguição, no inquérito consecutivo à ope- ração em que participaram, inclusivamente em processos judiciais. 6. Aquele que, na sequência da acção prevista no n.º 2, tenha sido detido pelas autoridades lo- calmente competentes pode, qualquer que seja a sua nacionalidade, ser mantido nessa situação, para prestar declarações. São aplicáveis por ana- logia as regras pertinentes do direito nacional. Caso o visado não tenha a nacionalidade da Parte Contratante em cujo território, foi detido, será posto em liberdade no prazo máximo de seis ho- ras após a detenção, não sendo contadas as horas entre a meia-noite e as nove horas, a menos que as autoridades localmente competentes tenham recebido previamente um pedido de detenção provisória, qualquer que seja a forma, para efei- tos de extradição. 7. Os agentes (...) 8. O presente artigo (...) 9. No momento da assinatura (...) 10. As Partes Contratantes podem, a nível bilateral, alargar o âmbito de aplicação do n.º 1 e adoptar disposições suplementares de execução do presente artigo. artiGo 46.º [4] [5] 1. Em casos especiais, cada parte contratante pode, em cumprimento da sua legislação nacio- nal e sem que tal lhe seja solicitado, comunicar à parte contratante interessada informações que se possam revelar importantes para esta, com vista à assistência em matéria de repressão de crimes futuros, à prevenção de crimes ou à prevenção de ameaças para a ordem e segurança públicas. 2. As informações serão trocadas, sem prejuí- zo da cooperação nas regiões fronteiriças prevista no n.º 4 do artigo 39.º, por intermédio de um órgão central a designar. Em casos especialmente urgen- tes, a troca de informações, na acepção do presen- te artigo, pode efectuar-se directamente entre as autoridades de polícia em causa, salvo disposição nacional em contrário. O órgão central será infor- mado do facto o mais rapidamente possível. 4 As disposições do artigo 46.o, na medida em que estejam relacionadas ao intercâmbio de dados e informações existen- tes para a realização de investigações criminais ou operações de informações criminais, tal como definido na Decisão Qua- dro 2006/960/JAI de 18 de Dezembro de 2006, relativa à sim- plificação do intercâmbio de dados e informações entre as au- toridades de aplicaçãoda lei dos Estados-Membros da União Europeia, serão substituídos pelas disposições desta Decisão Quadro, a qual entrou em vigor a 30 de Dezembro de 2006. 5 A Decisão Quadro 2006/960/JAI do Conselho, de 18 de Dezembro, foi transposta para a ordem jurídica portuguesa pela Lei nº 74/2009, de 12 de Agosto. 14 artiGo 47.º 1. As Partes Contratantes podem concluir acordos bilaterais que permitam o destacamento, por um período determinado ou indeterminado, de oficiais de ligação de uma Parte Contratante junto de serviços de polícia da outra Parte Contratante. 2. O destacamento de oficiais de ligação por um período determinado ou indeterminado tem por objectivo promover e acelerar a cooperação entre as Partes Contratantes, nomeadamente a de prestar assistência: a) Sob forma de troca de informações para efei- tos de luta, quer preventiva, quer repressiva, contra a criminalidade; b) Na execução de pedidos de entreajuda poli- cial e judiciária em matéria penal; c) No que diz respeito às necessidades do exer- cício das missões das autoridades encarrega- das da fiscalização das fronteiras externas. 3. Os oficiais de ligação têm por missão emi- tir pareceres e prestar assistência. Não têm com- petência para a execução autónoma de medidas policiais. Fornecem informações e executam as suas missões no âmbito das instruções que lhe são dadas pela Parte Contratante de origem e pela Parte Contratante junto da qual se encontram destacados. Apresentarão regularmente relató- rios ao chefe do serviço de polícia junto do qual se encontram destacados. 4. As Partes Contratantes podem acordar, num contexto bilateral ou multilateral, que os ofi- ciais de ligação e uma Parte Contratante destaca- dos junto de Estados terceiros representem igual- mente os interesses de uma ou de várias outras Partes Contratantes. Por forca de tais acordos, os oficiais de ligação destacados junto de Estados terceiros fornecem informações a outras Partes Contratantes, a pedido destas ou por sua própria iniciativa, e desempenham, nos limites da sua competência, missões por conta destas Partes. As Partes Contratantes informar-se-ão mutuamente das suas intenções relativamente ao destacamen- to de oficiais de ligação em Estados terceiros. (...) TÍTuLO IV SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN [6] CAPÍTuLO I CRIAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN artiGo 92.º 1. As partes contratantes criarão e mante- rão um sistema de informação comum, a seguir denominado Sistema de Informação Schengen, composto por uma parte nacional junto de cada uma das partes contratantes e por uma função de apoio técnico. O Sistema de Informação Schen- gen permitirá às autoridades designadas pelas partes contratantes, graças a um processo de consulta automatizado, disporem da lista de pes- soas indicadas e de objectos, aquando dos con- trolos nas fronteiras e das verificações e outros controlos de polícia e aduaneiros efectuados no interior do país em conformidade com o direito nacional, bem como, apenas em relação à lista de pessoas indicadas a que se refere o artigo 96.º, para efeitos do processo de emissão de vistos, da emissão de títulos de residência e da administra- ção dos estrangeiros, no âmbito da aplicação das disposições da presente convenção sobre a circu- lação das pessoas. 6 As disposições do título IV, com excepção do Artigo 102- A, serão substituídas pelo Regulamento (CE) n.º 1987/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho de 20 de Dezembro de 2006 relativo ao estabelecimento, ao funcionamento e à utilização do Sistema de Informação de Schengen de segun- da geração (SIS II) e pela Decisão do Conselho 2007/533/ JAI de 12 de Junho de 2007 relativa ao estabelecimento, ao funcionamento e à utilização do Sistema de Informação Schengen (SIS II), logo que estes diplomas entrem em vi- gor. O artigo 102-A será substituído pelo Regulamento do Conselho (CE) n.º 1986/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho de 20 de Dezembro de 2006 relativo ao acesso ao Sistema de Informação de Schengen de segunda geração (SIS II) dos serviços dos Estados-Membros competentes para a emissão dos certificados de matrícula dos veículos a partir da mesma data. 15 2. Cada parte contratante criará e manterá por sua própria conta e risco a sua parte nacional do Sistema de Informação Schengen, cujo ficheiro de dados será materialmente idêntico aos ficheiros de dados da parte nacional de cada uma das outras partes contratantes através do recurso à função de apoio técnico. A fim de permitir uma transmissão rápida e eficaz dos dados tal como referida no n.o 3, cada parte contratante proceder á em conformida- de aquando da criação da sua parte nacional, com os protocolos e processos estabelecidos em comum pelas partes contratantes para a função de apoio técnico. O ficheiro de dados de cada parte nacional servirá para a consulta automatizada no territó- rio de cada uma das partes contratantes. Não será possível a consulta de ficheiros de dados das partes nacionais de outras partes contratantes. 3. As partes contratantes criarão e mante- rão, conjuntamente e assumindo os riscos em comum, a função de apoio técnico do Sistema de Informação Schengen, cuja responsabilidade cabe à República Francesa; esta função de apoio técnico será instalada em Estrasburgo. A função de apoio técnico inclui um ficheiro de dados que assegura a identidade dos ficheiros de dados das partes nacionais através da transmissão em linha das informações. Do ficheiro de dados da função de apoio técnico constará a lista de pessoas indi- cadas e de objectos, desde que digam respeito a todas as partes contratantes. O ficheiro da função de apoio técnico não conterá outros dados para além dos mencionados no presente número e no n.o 2 do artigo 113.º. 4. Os Estados-Membros trocarão entre si, se- gundo a legislação nacional e através das autori- dades designadas para o efeito (Sirene), todas as informações suplementares necessárias relacio- nadas com a inserção de indicações e destinadas a permitir a adopção das medidas adequadas nos casos em que, na sequência de consultas feitas no Sistema de Informação de Schengen, se detectem pessoas e objectos acerca dos quais tenham sido introduzidos dados no referido sistema. Essas informações serão utilizadas apenas para os fins para que foram transmitidas. artiGo 92.º – a A contar da entrada em vigor do Regulamen- to (CE) n.º 1104/2008 do Conselho e da Decisão 2008/839/JAI do Conselho, e com base nas defi- nições do artigo 2.º desse regulamento, a arqui- tectura técnica do Sistema de Informação Schen- gen pode ser completada por: a) um sistema central adicional constituído por: – uma função de apoio técnico (SIS II Cen- tral), sediada em França, e um SIS II Cen- tral de salvaguarda sediado na Áustria, que contêm a base de dados SIS II e uma inter- face nacional uniforme (NI-SIS), – uma ligação técnica entre o C.SIS e o SIS II Central através do conversor, que permite a conversão e a sincronização dos dados entre o C.SIS e o SIS II Central; b) um sistema nacional (N.SIS II) constituído pelos sistemas de dados nacionais, que co- munica com o SIS II Central; c) uma infra-estrutura de comunicação entre o SIS II Central e os N.SIS II ligados à NI-SIS. 2. O N.SIS II pode substituir a parte nacional referida no artigo 92.º da presente convenção, e, nesse caso, os Estados-Membros não necessitam de dispor de um ficheiro de dados nacional. 3. A base de dados central do SIS II é disponi- bilizada para efeitos de consultas automatizadas no território de cada um dos Estados-Membros. 4. Se algum Estado-Membro substituir a sua parte nacional pelo N.SIS II, as funções obrigató- rias da função de apoio técnico no que se refere à parte nacional, mencionadas nos n.os 2 e 3 do artigo 92.o,passam a ser funções obrigatórias re- lativas ao SIS II Central, sem prejuízo das obri- gações referidas na Decisão 2008/839/JAI do Conselho, no n.o 1 do artigo 5.o e nos n.os 1 a 3 do artigo 10.o do Regulamento (CE) n.o 1104/2008 do Conselho. 5. O SIS II Central assegura os serviços neces- sários à introdução e ao tratamento dos dados do SIS, a actualização em linha das cópias nacionais do N.SIS II, a sincronização e a coerência entre as 16 cópias nacionais do N.SIS II e a base de dados do SIS II Central, bem como as operações de iniciali- zação e restauro das cópias nacionais do N.SIS II. 6. A França, responsável pela função de apoio técnico, os outros Estados-Membros e a Comis- são cooperam para garantir que uma consulta nos ficheiros de dados do N.SIS II ou na base de dados do SIS II produza um resultado equivalen- te ao de uma consulta no ficheiro de dados das partes nacionais referidas no n.o 2 do artigo 92.o. CAPÍTuLO II A EXPLORAÇÃO E UTILIzAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN artiGo 93.º O Sistema de Informação Schengen tem por objectivo, de acordo com o disposto na presen- te convenção, preservar a ordem e a segurança públicas, incluindo a segurança do Estado, bem como a aplicação das disposições da presente convenção sobre a circulação das pessoas nos territórios das partes contratantes com base nas informações transmitidas por este sistema. artiGo 94.º 1. O Sistema de Informação Schengen inclui- rá exclusivamente as categorias de dados que são fornecidas por cada uma das partes contratantes e necessárias para os fins previstos nos artigos 95.º a 100.º A parte contratante autora das indicações verificará se a importância do caso justifica a sua inserção no Sistema de Informação Schengen. 2. As categorias de dados são as seguintes: a) As pessoas indicadas; b) Os objectos a que se refere o artigo 100.º e os veículos a que se refere o artigo 99.º. Objectos a que se referem os artigos 99 e 100. [7] 7 A alínea b) do número 2, do Artigo 94 foi alterada pela De- cisão do Conselho 2005/211/JAI de 24 de Fevereiro de 2005, relativa à introdução de novas funções no Sistema de Informa- 3. Relativamente às pessoas, os elementos inseridos serão, no máximo, os seguintes: a) Os apelidos e o nome próprio, as alcunhas eventualmente registadas separadamente; b) Os sinais físicos particulares, objectivos e inalteráveis; c) A primeira letra do segundo nome próprio; d) A data e local de nascimento; e) O sexo; f ) A nacionalidade; g) A indicação de que as pessoas em causa estão armadas; h) A indicação de que as pessoas em causa são violentas; i) O motivo pelo qual se encontram indicadas; j) A conduta a adoptar. 3. Relativamente às pessoas, os elementos inseridos serão, no máximo, os seguintes: a) Os apelidos e os nomes próprios, e quais- quer alcunhas eventualmente registadas em separado; b) Os sinais físicos particulares, objectivos e inalteráveis; c) (...) d) O local e a data de nascimento; e) O sexo; f ) A nacionalidade; g) A indicação de que as pessoas em causa estão armadas, são violentas ou se evadi- ram; h) O motivo pelo qual se encontram indi- cadas; i) A conduta a adoptar; j) Relativamente às indicações do artigo 95.º: o tipo de crime (s).”. [8] ção de Schengen, incluindo o combate ao terrorismo. Esta al- teração, porém, ainda não está aplicável, sendo necessá- ria uma Decisão do Conselho em separado, para o efeito. 8 O primeiro parágrafo do número 3 do Artigo 94 foi alte- rado, no que se refere às alíneas a) a i) pelo Regulamento do Conselho (CE) n.º 871/2004 de 29 de Abril de 2004, relativo à introdução de novas funções no Sistema de Informação de Schengen, incluindo o combate ao terrorismo, e no que se re- fere às alíneas a) a j) pela Decisão do Conselho 2005/211/JAI de 24 de Fevereiro de 2005, relativa à introdução de novas 17 Não são autorizadas outras referências, no- meadamente os dados previstos no primeiro período do artigo 6.º da Convenção do Conselho da Europa de 28 de Janeiro de 1981 relativa à pro- tecção das pessoas face ao tratamento automati- zado dos dados pessoais. 4. Se uma parte contratante considerar que uma indicação nos termos dos artigos 95.º, 97.º ou 99.º não é compatível com o seu direito nacional, com as suas obrigações internacionais ou com in- teresses nacionais essenciais, pode fazer acompa- nhar a posteriori esta indicação no ficheiro da par- te nacional do Sistema de Informação Schengen, de uma referência para que a execução da conduta a adoptar não se efectue no seu território por mo- tivo da indicação. Devem realizar-se consultas relativamente a esta questão com as outras par- tes contratantes. Se a parte contratante autora da indicação não a retirar, esta permanecerá plena- mente utilizável pelas outras partes contratantes. artiGo 95.º 1. Os dados relativos às pessoas procuradas para detenção para efeitos de extradição, serão inseridos a pedido da autoridade judiciária da parte contratante requerente. 2. A parte contratante autora da indicação verificará, previamente, se a detenção é autori- zada pelo direito nacional das partes contratan- tes requeridas. Se a parte contratante autora da indicação tiver dúvidas, deve consultar as outras partes contratantes em causa. A parte contratante autora da indicação en- viará simultaneamente às partes contratantes requeridas, pela via mais rápida, as seguintes in- formações: a) A autoridade de onde provém o pedido de de- tenção; funções no Sistema de Informação de Schengen, incluindo o combate ao terrorismo. Esta alteração, porém, ainda não está aplicável, sendo necessária uma Decisão do Conse- lho em separado, para o efeito. b) A existência de um mandado de detenção ou de um acto de carácter análogo, ou de uma sentença condenatória; c) A natureza e a qualificação legal da infracção; d) A descrição das circunstâncias em que a in- fracção cometida, incluindo o momento, o local e o grau de participação na infracção por parte da pessoa indicada; e) Na medida do possível, as consequências da infracção. 3. A parte contratante requerida pode fazer acompanhar as indicações no ficheiro da parte nacional do Sistema de Informação Schengen de uma referência que tenha por objectivo proibir, até que essa referência seja eliminada, a deten- ção por motivo da indicação. A referência deve ser eliminada, o mais tardar, 24 horas após a in- serção da indicação, a menos que esta parte con- tratante recuse a detenção solicitada, invocando razões jurídicas ou razões especiais de oportu- nidade. Se, em casos muito excepcionais, a com- plexidade dos factos que se encontram na origem da indicação o justificar, o prazo acima referido pode ser prorrogado até uma semana. Sem preju- ízo de uma referência ou de uma decisão de recu- sa, as outras partes contratantes podem executar a detenção solicitada pela indicação. 4. Se, por razões especialmente urgentes, uma parte contratante solicitar uma investigação ime- diata, a parte requerida apreciará se pode renun- ciar à referência. A parte contratante requerida tomará as disposições necessárias a fim de que a conduta a adoptar possa ser executada imediata- mente, caso as indicações sejam confirmadas. 5. Se não for possível proceder à detenção por ainda não se encontrar terminada a aprecia- ção ou devido a uma decisão de recusa da parte contratante requerida, esta última deve consi- derar as indicações como tendo sido feitas para efeitos de comunicação do local de permanência. 6. As partes contratantes requeridas execu- tarão a conduta a adoptar solicitada pelas indi- cações, em conformidade com as convenções de 18 extradição em vigor e com o direito nacional. Não são obrigadas a executar a conduta a adoptar soli- citada, se se tratarde um dos seus nacionais, sem prejuízo da possibilidade de proceder à detenção em conformidade com o direito nacional. artiGo 96.º 1. Os dados relativos aos estrangeiros indi- cados para efeitos de não admissão são inseridos com base numa indicação nacional resultante de decisões tomadas de acordo com as regras pro- cessuais previstas pela legislação nacional, pelas autoridades administrativas ou pelos órgãos ju- risdicionais competentes. 2. As decisões podem ser fundadas no facto de a presença de um estrangeiro no território na- cional constituir ameaça para a ordem pública ou para a segurança nacional. Esta situação pode verificar-se, nomeada- mente, no caso de: a) O estrangeiro ter sido condenado por um cri- me passível de uma pena privativa de liber- dade de pelo menos um ano; b) O estrangeiro relativamente ao qual existem fortes razões para crer que praticou factos puníveis graves, incluindo aqueles a que se refere o artigo 71.º, ou relativamente ao qual existem indícios reais para supor que tencio- na praticar tais factos no território de uma parte contratante. 3. As decisões podem ser igualmente funda- das no facto de sobre o estrangeiro recair uma medida de afastamento, de reenvio ou de expul- são não adiada nem suspensa que inclua ou seja acompanhada por uma interdição de entrada ou, se for caso disso, de permanência, fundada no incumprimento das regulamentações nacionais relativas à entrada ou à estada de estrangeiros. artiGo 97.º Os dados relativos às pessoas desaparecidas ou às pessoas que, no interesse da sua própria pro- tecção ou por motivos de prevenção de ameaças, devem ser colocadas provisoriamente em segu- rança, a pedido da autoridade competente ou da autoridade judiciária competente da parte autora da indicação, serão inseridos a fim de que as autori- dades policiais comuniquem o local de permanên- cia à parte autora da indicação ou possam colocar as pessoas em segurança para as impedir de pros- seguirem a sua viagem, se a legislação nacional o autorizar. Esta regra é especialmente aplicável aos menores e às pessoas que devem ser internadas, mediante decisão de uma autoridade competente. A comunicação ficará dependente do consenti- mento da pessoa desaparecida se esta for maior. artiGo 98.º 1. Os dados relativos às testemunhas, às pes- soas notificadas para comparecer perante as au- toridades judiciárias no âmbito de um processo penal a fim de responderem por factos que lhes são imputados ou às pessoas que devam ser no- tificadas de uma sentença penal ou de um pedido para se apresentarem para cumprir uma pena privativa de liberdade, serão inseridos, a pedido das autoridades judiciárias competentes, para efeitos da comunicação do local de permanência ou do domicílio. 2. As informações solicitadas serão comuni- cadas à parte requerente em conformidade com a legislação nacional e com as convenções em vigor relativas à entreajuda judiciária em matéria penal. artiGo 99.º 1. Os dados relativos às pessoas ou aos veícu- los serão inseridos de acordo com o direito na- cional da parte contratante autora da indicação, para efeitos de vigilância discreta ou de controlo específico, nos termos do disposto no n.º 5. 1. Os dados relativos a pessoas ou veícu- los, embarcações, aeronaves e contentores serão inseridos segundo o direito nacional do Estado-Membro autor da indicação, para efeitos de vigilância discreta ou de controlo específico, nos termos do n.º 5. [9] 9 O número 1 do Artigo 99 foi alterado pela Decisão do Conselho 2005/211/JAI de 24 de Fevereiro de 2005, relativa 19 2. Esta indicação pode ser efectuada para a repressão de infracções penais e para a preven- ção de ameaças à segurança pública: a) Quando existirem indícios reais que façam presumir que a pessoa em causa tenciona praticar ou pratica numerosos factos puní- veis extremamente graves; ou b) Quando a apreciação global do visado, tendo especialmente em conta factos puníveis já praticados, permita supor que este praticará igualmente no futuro factos puníveis extre- mamente graves. 3. Além disso, a indicação pode ser efectuada em conformidade com o direito nacional, a pedido das entidades competentes em matéria de segu- rança do Estado, sempre que indícios concretos permitam supor que as informações previstas no n.o 4 são necessárias à prevenção de uma ameaça grave pelo visado ou de outras ameaças graves para a segurança interna e externa do Estado. O Estado autor da indicação na acepção do presente pará- grafo, deve informar os outros Estados-Membros. 4. No âmbito da vigilância discreta, as infor- mações que se seguem podem, no todo ou em parte, ser recolhidas e transmitidas à autoridade autora da indicação, aquando dos controlos de fronteira ou de outros controlos de polícia e adu- aneiros efectuados no interior do país: a) O facto de a pessoa ou o veículo indicados te- rem sido encontrados; b) O local, o momento ou o motivo da verificação; c) O itinerário e o destino da viagem; d) As pessoas que acompanham o visado ou os ocupantes; e) O veículo utilizado; f ) Os objectos transportados; g) As circunstâncias em que a pessoa ou o veí- culo foram encontrados. No momento da recolha destas informações, à introdução de novas funções no Sistema de Informação de Schengen, incluindo o combate ao terrorismo. Esta altera- ção, porém, ainda não está aplicável, sendo necessária uma Decisão do Conselho em separado, para o efeito. será conveniente actuar de modo a não prejudi- car o carácter discreto da vigilância. 5. No âmbito do controlo específico a que se refere o n.o 1, as pessoas, os veículos e os objectos transportados podem ser revistados em confor- midade com o direito nacional, para atingir a fi- nalidade prevista nos n.os 2 e 3. Durante os controlos específicos refe- ridos no n.º 1, as pessoas, veículos, embar- cações, aeronaves, contentores e objectos transportados poderão ser revistados segun- do o direito nacional para efeitos dos n.os 2 e 3. [10] Se o controlo específico não for autorizado de acordo com a legislação de uma parte contratan- te, este converter-se-á, automaticamente, relati- vamente a esta parte contratante, em vigilância discreta. 6. A parte contratante requerida pode fazer acompanhar a indicação no ficheiro da parte na- cional do Sistema de Informação Schengen por uma referência que tenha por objectivo proibir, até à eliminação desta referência, a execução da conduta a adoptar, por motivo da indicação para efeitos de vigilância discreta ou de controlo espe- cífico. A referência será eliminada o mais tardar 24 horas após a inserção da indicação, a menos que esta parte contratante recuse a conduta so- licitada invocando razões jurídicas ou razões especiais de oportunidade. Sem prejuízo de uma referência ou de uma decisão de recusa, as outras partes contratantes podem executar a conduta solicitada pela indicação. 10 A primeira frase do número 5 do Artigo 99 foi alterada pela Decisão do Conselho 2005/211/JAI de 24 de Fevereiro de 2005, relativa à introdução de novas funções no Sistema de Informação de Schengen, incluindo o combate ao terrorismo Esta alteração, porém, ainda não está aplicável, sendo necessária uma Decisão do Conselho em separado, para o efeito. 20 artiGo 100.º 1. Os dados relativos aos objectos procurados para efeitos de apreensão ou de prova num pro- cesso penal serão inseridos no Sistema de Infor- mação Schengen. 2. Se a consulta dos dados revelar que um ob- jecto indicado foi encontrado, a autoridade que o verificou entrará em contacto com a autoridade autora da indicação a fim de acordarem nas me- didas necessárias. Para o efeito, os dados pessoais podem igualmente ser transmitidos nos termos da presente convenção. As medidas a tomar pelaparte contratante que encontrou o objecto de- vem estar em conformidade com o seu direito nacional. 3. Serão inseridas categorias de objectos a seguir designadas: a) Os veículos a motor com cilindrada superior a 50 cc roubados, desviados ou extraviados; b) Os reboques e caravanas cujo peso em vazio seja superior a 750 kg, roubados, desviados ou extraviados; c) As armas de fogo roubadas, desviadas ou ex- traviadas d) Os documentos oficiais em branco que tenham sido roubados, desviados ou extraviados; e) Documentos de identidade emitidos, tais como passaportes, bilhetes de identidade, cartas de condução, autorizações de resi- dência e documentos de viagem, que tenham sido roubados, desviados, extraviados ou in- validados; f ) Títulos de registo de propriedade automóvel e chapas de matrícula que tenham sido rou- bados, desviados, extraviados ou invalidados f ) As notas de banco (notas registadas). 3. Serão inseridas as seguintes catego- rias de objectos facilmente identificáveis: a) Veículos a motor com cilindrada supe- rior a 50 cc, embarcações e aeronaves que tenham sido roubados, desviados ou extraviados; b) Reboques com peso em vazio superior a 750 kg, caravanas, equipamento indus- trial, motores fora de borda e contento- res que tenham sido roubados, desviados ou extraviados; c) (…) d) (…) e) (…) f ) (…) g) (…) h) Valores mobiliários e meios de pagamen- to, tais como cheques, cartões de crédito, obrigações, acções e participações que tenham sido roubados, desviados ou ex- traviados.[11] artiGo 101.º 1. O acesso aos dados inseridos no Sistema de Informação Schengen, bem como o direito de os consultar directamente são exclusivamente re- servados às entidades que são competentes para: a) Os controlos fronteiriços; b) As outras verificações de polícia e aduaneiras efectuadas no interior do país, bem como a respectiva coordenação. Todavia, o acesso aos dados inseridos no Sistema de Informação de Schengen, bem como o direito de os consultar directamente, poderá também ser exercido pelas autoridades judiciá- rias nacionais, nomeadamente as responsáveis pela instauração de acções penais e inquéritos judiciários antes de deduzida a acusação, na exe- cução das suas funções, nos termos previstos na legislação nacional. 11 O número 3 do Artigo 100 foi alterado pela Decisão do Conselho 2005/211/JAI de 24 de Fevereiro de 2005 de 24 de Fevereiro 2005, relativa à introdução de novas funções no Sistema de Informação de Schengen, incluindo o com- bate ao terrorismo. Porém, apenas as novas alíneas e) e f ) do número 3, do Artigo 100.º se tornaram aplicáveis a 31 de Março de 2006 com fundamento jurídico na Decisão do Conselho 2006/229/JAI de 9 de Março de 2006 e na Decisão do Conselho 2006/228/JAI, respectivamente. As restantes disposições do número 3, do Artigo 100.º, porém, ainda não estão aplicáveis, sendo necessária uma Decisão do Conselho em separado, para o efeito. 21 2. Além disso, o acesso aos dados inseridos nos termos do artigo 96.º, e aos dados relativos a documentos referentes a pessoas inseridos nos termos das alíneas d) e e) do n.º 3 do artigo 100.º, bem como o direito de os consultar directamen- te, podem ser exercidos pelas entidades compe- tentes para a emissão de vistos, pelas entidades centrais competentes para a análise de pedidos de vistos, bem como pelas autoridades compe- tentes para a emissão de títulos de residência e para a administração da legislação em matéria de estrangeiros no âmbito da aplicação das dispo- sições da presente convenção sobre a circulação de pessoas. O acesso aos dados por essas auto- ridades regula-se pelo direito nacional de cada Estado-Membro. 3. Os utilizadores só podem consultar os da- dos que sejam necessários ao cumprimento das suas tarefas. 4. Cada uma das partes contratantes comuni- cará ao Comité Executivo a lista das autoridades competentes que são autorizadas a consultar di- rectamente os dados inseridos no Sistema de In- formação Schengen. Esta lista indicará relativa- mente a cada autoridade os dados que esta pode consultar em função das respectivas tarefas. artiGo 101.º – a 1. O Serviço Europeu de Polícia (Europol) tem, no âmbito do seu mandato e a expensas suas, direito de aceder e consultar directamente os da- dos inseridos no Sistema de Informação Schen- gen nos termos dos artigos 95.º, 99.º e 100.º. 2. A Europol só pode efectuar consultas de dados na medida em que tal seja necessário para a execução das suas tarefas. 3. Sempre que uma consulta efectuada pela Europol revelar a existência de uma indicação no Sistema de Informação Schengen, a Europol de- verá informar do facto o Estado-Membro que in- seriu essa indicação, através dos canais definidos pela Convenção Europol para o efeito. 4. A utilização de informações obtidas atra- vés de uma consulta ao Sistema de Informação Schengen está sujeita ao consentimento do Estado-Membro em causa. Se este autorizar a utilização de tais informações, o tratamento das mesmas deverá obedecer às disposições da Con- venção Europol. A Europol só poderá comunicar essas informações a Estados ou organismos ter- ceiros com o consentimento do Estado-Membro em causa. 5. A Europol poderá solicitar informações suplementares aos Estados-Membros em causa, em conformidade com as disposições previstas na Convenção Europol. 6. A Europol: a) Deverá registar todas as consultas que efec- tuar, nos termos do artigo 103.º; b) Sem prejuízo dos n.os 4 e 5, não deverá conec- tar partes do Sistema de Informação Schengen nem transferir os dados nele inseridos aos quais tem acesso para nenhum outro sistema informático de recolha e processamento de da- dos em funcionamento na Europol, nem des- carregar ou copiar por outros meios quaisquer partes do Sistema de Informação Schengen; c) Deverá limitar o acesso aos dados inseridos no Sistema de Informação Schengen a mem- bros do pessoal da Europol especificamente autorizados; d) Deverá adoptar e aplicar as medidas previs- tas no artigo 118.º; e) Deverá autorizar a Instância Comum de Controlo instituída pelo artigo 24.º da Con- venção Europol a supervisionar as activida- des da Europol relativamente ao direito de acesso e de consulta dos dados inseridos no Sistema de Informação Schengen. artiGo 101.º – B 1. Os membros nacionais da Eurojust e seus assistentes têm o direito de acesso, e de consulta, aos dados dos Sistema de Informação Schengen inseridos ao abrigo dos artigos 95.º e 98.º. 22 2. Os membros nacionais da Eurojust e seus assistentes podem unicamente consultar os da- dos de que necessitam para o exercício das suas funções. 3. Sempre que uma consulta efectuada por um membro nacional da Eurojust revelar a existên- cia de uma indicação no Sistema de Informação Schengen, esse membro nacional deverá infor- mar do facto o Estado-Membro que inseriu essa indicação. Quaisquer informações obtidas em tais buscas só podem ser comunicadas a Estados e organizações terceiras com o consentimento do Estado-Membro que inseriu essa indicação. 4. O presente artigo em nada afectará as disposições da decisão do Conselho relativa à criação da Eurojust respeitantes à protecção de dados e à responsabilidade por qualquer proces- samento não autorizado ou incorrecto dos dados por parte dos membros nacionais da Eurojust ou dos seus assistentes, nem os poderes da Instância Comum de Controlo instituída nos termos do ar- tigo 23.º da referida decisão do Conselho. 5. Cada consulta efectuada por um membro nacional da Eurojust ou pelo seu assistente deve- rá ser registada em conformidade com o disposto no artigo 103.º e deverá ser registada cada utiliza- ção feita dos dados a que aceder. 6. Não deverão ser conectadas quaisquer partes do Sistema deInformação Schengen nem transferidos os dados nele inseridos aos quais os membros nacionais ou seus assistentes têm acesso para nenhum outro sistema informático de recolha e processamento de dados em funcionamento na Eurojust, nem deverão ser descarregadas quais- quer partes do Sistema de Informação Schengen. 7. O acesso aos dados inseridos no Sistema de Informação Schengen deverá ser limitado aos membros nacionais e seus assistentes e não é ex- tensível ao pessoal da Eurojust. 8. Serão adoptadas e aplicadas as medidas previstas no artigo 118.o. CAPÍTuLO III PROTECÇÃO DOS DADOS PESSOAIS E SEGURANÇA DOS DADOS NO âMbITO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SCHENGEN artiGo 102.º 1. As partes contratantes só podem utilizar os dados previstos nos artigos 95.o a 100.o para os fins enunciados em relação a cada uma das indi- cações neles referidas. 2. Os dados só podem ser duplicados para fins técnicos, desde que esta duplicação seja ne- cessária para a consulta directa pelas autoridades referidas no artigo 101.º As indicações de outras partes contratantes não podem ser copiadas da parte nacional do Sistema de Informação Schen- gen para outros ficheiros de dados nacionais. 3. No âmbito das indicações previstas nos artigos 95.o a 100.o da presente convenção, qual- quer derrogação ao n.o 1, para passar de um tipo de indicação para outro, deve ser justificada pela necessidade da prevenção de uma ameaça grave iminente para o Estado e para efeitos da preven- ção de um facto punível grave. Para este efeito, deve ser obtida a autorização prévia da parte contratante autora das indicações. 4. Os dados não podem ser utilizados para fins administrativos. Todavia, os dados inseridos nos termos do artigo 96.o só podem ser utilizados em conformidade com o direito nacional de cada uma das partes contratantes para os fins decor- rentes do n.o 2 do artigo 101.o. Por derrogação, os dados inseridos nos termos do artigo 96.o e os da- dos relativos a documentos referentes a pessoas inseridos nos termos das alíneas d) e e) do n.o 3 do artigo 100.o podem ser utilizados, segundo o direito nacional de cada Estado-Membro, penas para efeitos do n.o 2 do artigo 101.o. 5. Qualquer utilização de dados não confor- me com os n.os 1 a 4 será considerada como des- vio de finalidade face ao direito nacional de cada parte contratante. 23 artiGo 102.º – a Não obstante o disposto no n.o 1 do arti- go 92.o, no n.o 1 do artigo 100.o, nos n.os 1 e 2 do artigo 101.o e nos n.os 1, 4 e 5 do artigo 102.o, as autoridades e os serviços dos Estados-Membros competentes para a emissão dos certificados de matrícula dos veículos referidos na Directiva 1999/37/CE do Conselho, de 29 de Abril de 1999, relativa aos documentos de matrícula dos veí- culos, dispõem de direito de acesso aos seguin- tes dados inseridos no Sistema de Informação Schengen, apenas para verificar se os veículos cuja matrícula se solicita foram roubados, des- viados ou extraviados: a) Dados relativos a veículos a motor com cilin- drada superior a 50 cc., roubados, desviados ou extraviados; b) Dados relativos a reboques e caravanas cujo peso em vazio seja superior a 750 kg, rouba- dos, desviados ou extraviados; c) Dados relativos a certificados de matrícula dos veículos e placas de matrícula dos veí- culos roubados, desviados, extraviados ou invalidados. Sob reserva do n.o 2, o acesso a estes dados pelos referidos serviços será regulamentado pelo direito nacional de cada Estado-Membro. 2. Os serviços referidos no n.o 1, que sejam serviços públicos, têm o direito de consultar di- rectamente os dados inseridos no Sistema de In- formação Schengen indicados nesse número. Os serviços referidos no n.o 1 que não sejam serviços públicos apenas têm direito de acesso aos dados inseridos no Sistema de Informação Schengen indicados nesse número por intermédio de uma das autoridades referidas no n.o 1 do artigo 101.º Esta autoridade tem o direito de consultar di- rectamente os dados e de os transmitir àqueles serviços. O Estado-Membro em causa deve asse- gurar que aqueles serviços e os seus funcionários respeitem quaisquer limitações de utilização dos dados que aquela autoridade lhes comunique. 3. O n.o 2 do artigo 100.o não é aplicável às consultas efectuadas nos termos do presente artigo. A transmissão de informações obtidas a partir da consulta do Sistema de Informação Schengen que indiciem a suspeita de uma infrac- ção penal, efectuada pelos serviços referidos no n.o 1 a uma autoridade policial ou judiciária, é re- gulada pelo direito nacional. 4. Todos os anos, após solicitar o parecer da Autoridade de Controlo Comum, criada nos termos do artigo 115.o, relativo às normas de protecção de dados, o Conselho apresentará ao Parlamento Europeu um relatório sobre a apli- cação do presente artigo. Este relatório inclui- rá informações e dados estatísticos relativos à utilização dada ao disposto no presente artigo e aos resultados da sua aplicação e indicará de que forma foram aplicadas as normas de protecção de dados. artiGo 103.º Cada Estado-Membro deve garantir que qual- quer transmissão de dados pessoais seja registada na parte nacional do Sistema de Informação de Schengen pela entidade que gere o ficheiro, para efeitos de controlo da admissibilidade da consul- ta. O registo só pode ser utilizado para este fim e deve ser apagado no mínimo um ano e no máximo três anos depois de ter sido efectuado. artiGo 104.º 1. O direito nacional aplica-se às indicações efectuadas pela parte contratante, salvo con- dições mais rigorosas previstas pela presente convenção. 2. Desde que a presente convenção não preve- ja disposições específicas, o direito de cada parte contratante é aplicável aos dados inseridos na par- te nacional do Sistema de Informação Schengen. 3. Desde que a presente convenção não pre- veja disposições específicas relativas à execução da conduta a adoptar solicitada pela indicação, é aplicável o direito nacional da parte contratante requerida que executa a conduta a adoptar. Se a presente convenção estabelecer disposições es- pecíficas relativas à execução da conduta a adop- tar solicitada pela indicação, as competências 24 nessa matéria serão regulamentadas pelo direi- to nacional da parte contratante requerida. Se a conduta a adoptar solicitada não puder ser exe- cutada, a parte contratante requerida informará imediatamente desse facto a parte contratante autora da indicação. artiGo 105.º A parte contratante autora da indicação é responsável pela exactidão, pela actualidade, bem como pela licitude da inserção dos dados no Sistema de Informação Schengen. artiGo 106.º 1. Apenas a parte contratante autora das indicações é autorizada a alterar, a completar, a rectificar ou a eliminar os dados que introduziu. 2. Se uma das partes contratantes que não efectuou as indicações dispuser de indícios que a levem a presumir que um dado se encontra vi- ciado por um erro de direito ou de facto, avisará o mais rapidamente possível a parte contratante autora das indicações, que deve obrigatoriamen- te verificar a comunicação, e, se necessário, corri- gir ou eliminar imediatamente o dado. 3. Se as partes contratantes não conseguirem chegar a um acordo, a parte contratante que não é autora das indicações submeterá o caso a pa- recer da autoridade de controlo comum a que se refere o n.º 1 do artigo 115.º. artiGo 107.º Se uma pessoa tiver já sido indicada no Siste- ma de Informação Schengen, a parte contratante que introduzir uma nova indicação acordará com a parte contratante autora da primeira sobre a inserção das posteriores indicações. Para o efei- to, as partes contratantes podem igualmente adoptar disposições gerais. artiGo 108.º 1. Cada uma das partes contratantesdesigna- rá uma entidade central que terá competência no que diz respeito à parte nacional do Sistema de Informação Schengen. 2. Cada uma das partes contratantes efectuará as suas indicações por intermédio dessa entidade. 3. A referida entidade é responsável pelo bom funcionamento da parte nacional do Sistema de Informação Schengen e tomará as medidas ade- quadas para assegurar o cumprimento das dispo- sições da presente convenção. 4. As partes contratantes informar-se-ão mu- tuamente da entidade referida no n.o 1 por inter- médio do depositário. artiGo 109.º 1. O direito de qualquer pessoa aceder aos dados que lhe dizem respeito, inseridos no Sis- tema de Informação Schengen, será exercido em conformidade com a lei da parte contratante junto da qual o invoca. Se o direito nacional as- sim o estabelecer, a autoridade nacional de con- trolo, prevista no n.o 1 do artigo 114.o, decidirá se as informações podem ser comunicadas e em que condições. A parte contratante que não inseriu indicações só pode comunicar informações re- lativas a estes dados, se previamente tiver dado oportunidade à parte contratante autora das in- dicações de tomar posição. 2. A comunicação da informação ao interes- sado será recusada se for susceptível de prejudi- car a execução da tarefa legal consignada na indi- cação, ou a protecção dos direitos e liberdades de outrem. Será sempre recusada durante o período em que se proceda, à vigilância discreta, nos ter- mos da indicação. artiGo 110.º Qualquer pessoa pode exigir a rectificação ou a eliminação de dados que lhe digam respeito, viciados por erro de facto ou de direito. artiGo 111.º 1. Qualquer pessoa pode instaurar, no terri- tório de cada parte contratante, perante um ór- gão jurisdicional ou a autoridade competentes por força do direito nacional, uma acção, que te- nha por objecto, nomeadamente, a rectificação, a 25 eliminação, a informação ou a indemnização por uma indicação que lhe diga respeito. 2. As partes contratantes comprometem-se mutuamente a executar as decisões definitivas tomadas pelos órgãos jurisdicionais ou autorida- des a que se refere o n.o 1 sem prejuízo do dispos- to no artigo 116.o. artiGo 112.º 1. Os dados pessoais inseridos no Sistema de Informação Schengen para efeitos de procura de pessoas serão conservados apenas durante o pe- ríodo necessário para os fins a que se destinam. O mais tardar três anos após a sua inserção a parte contratante autora das indicações apreciará a necessidade da sua conservação. Este prazo será de um ano relativamente às indicações a que se refere o artigo 99.o. 2. Cada uma das partes contratantes esta- belecerá, se for caso disso, prazos de apreciação mais curtos em conformidade com o seu direito nacional. 3. A função de apoio técnico do Sistema de Informação Schengen indicará automaticamente às partes contratantes a eliminação programada no sistema, mediante um pré-aviso de um mês. 4. A parte contratante autora da indicação pode, durante o período de apreciação, decidir mantê-la, caso se torne necessário para os fins subjacentes a essa indicação. A prorrogação da indicação deve ser comunicada à função de apoio técnico. As disposições do n.o 1 são aplicáveis à indicação prorrogada. artiGo 112.º – a Os dados pessoais guardados em ficheiros pelas autoridades referidas no n.o 4 do artigo 92.o na sequência da troca de informações ao abrigo dessa disposição serão conservados apenas du- rante o tempo necessário para os fins para que foram fornecidos. Esses dados deverão, em todo o caso, ser apagados o mais tardar um ano depois de a indicação ou indicações relativas às pessoas ou objectos em causa terem sido apagados do Sis- tema de Informação de Schengen. 2. O disposto no n.o 1 não prejudica o direito dos Estados-Membros de manterem nos fichei- ros nacionais dados relativos a indicações espe- ciais por si emitidas ou a indicações relativamen- te às quais tenham sido tomadas medidas no seu território. O tempo durante o qual esses dados poderão ser mantidos nos ficheiros será deter- minado pelo direito nacional. artiGo 113.º 1. Os dados que não sejam os referidos no ar- tigo 112.o serão conservados pelo período máxi- mo de dez anos, e os dados relativos aos objectos referidos no n.o 1 do artigo 99.o pelo período má- ximo de cinco anos. 2. Os dados que foram retirados serão ain- da conservados pela função de apoio técnico. Durante este período só podem ser consultados para o controlo, a posteriori, da sua exactidão e da licitude da sua inserção. Seguidamente, de- vem ser destruídos. artiGo 113.º – a 1. Os dados que não sejam os dados pessoais conservados em ficheiros pelas autoridades refe- ridas no n.o 4 do artigo 92.o, resultantes da troca de informações prevista nesse número, serão conservados apenas durante o período necessá- rio para alcançar os fins para que foram forneci- dos. Esses dados deverão, em todos os casos, ser apagados o mais tardar um ano depois de a indi- cação ou indicações relativas às pessoas ou objec- tos em causa terem sido apagadas do Sistema de Informação de Schengen. 2. O disposto no n.º 1 não prejudica o direito dos Estados-Membros de manterem nos fichei- ros nacionais dados relativos a indicações espe- ciais por si emitidas ou a indicações relativamen- te às quais tenham sido tomadas medidas no seu território. O tempo durante o qual esses dados poderão ser mantidos nos ficheiros será determi- nado pelo direito nacional. 26 artiGo 114.º 1. Cada parte contratante designará uma au- toridade de controlo encarregada, em conformi- dade com o direito nacional, de exercer um con- trolo independente do ficheiro da parte nacional do Sistema de Informação Schengen e de verifi- car que o tratamento e a utilização dos dados in- seridos no Sistema de Informação Schengen não atentam contra os direitos da pessoa em causa. Para esse efeito, a autoridade de controlo terá acesso ao ficheiro da parte nacional do Sistema de Informação Schengen. 2. Qualquer pessoa tem o direito de solici- tar às autoridades de controlo que verifiquem os dados inseridos no Sistema de Informação Schengen que lhe dizem respeito, bem como a utilização que é feita destes dados. Este direito é regulado pela lei nacional da parte contratan- te junto da qual o pedido é apresentado. Se es- tes dados foram inseridos por uma outra parte contratante, o controlo realizar-se-á em estreita coordenação com a autoridade de controlo desta parte contratante. artiGo 115.º 1. Será criada uma autoridade de controlo co- mum encarregada do controlo da função de apoio técnico do Sistema de Informação Schengen. Esta autoridade é composta por dois represen- tantes de cada autoridade nacional de controlo. Cada parte contratante dispõe de um voto deli- berativo. O controlo será exercido em conformi- dade com as disposições da presente convenção, da Convenção do Conselho da Europa de 28 de Janeiro de 1981 para a protecção das pessoas face ao tratamento automatizado dos dados pessoais, tendo em conta a Recomendação (87) 15 de 17 de Setembro de 1987 do Comité dos Ministros do Conselho da Europa, que tem por objectivo regu- lamentar a utilização dos dados pessoais no sec- tor da polícia, e em conformidade com o direito nacional da parte contratante responsável pela função de apoio técnico. 2. Relativamente à função de apoio técnico do Sistema de Informação Schengen, a autoridade de controlo comum tem por missão verificar a boa execução das disposições da presente convenção. Para o efeito tem acesso à função de apoio técnico. 3. A autoridade de controlo comum é igual- mente competente para analisar as dificuldades de aplicação ou de interpretação que possam sur- gir aquando da exploração do Sistema de Infor- mação Schengen,
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