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Questionário Direito Comercial

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Quanto a evolução história do D. Comercial, apresente as principais características de cada uma de suas fases, contextualizando-as com as respectivas épocas em que se verificaram.
1ª e 2ª fase: Caracterizada pelo comércio itinerante, pela prática de intermediação (mercancia), isto na baixa idade média. Na alta idade média se verifica a expansão do comércio em busca de novos mercados consumidores (mercantilismo). Ambas as fases são consideradas subjetivas-corporativistas.
3ª fase: Idade moderna, publicação do código de Napoleão e adoção da Teoria dos atos de comércio. Considerado fase objetiva.
4ª Fase: Atual, adoção da teoria da empresa, ampliando-se o conceito de comerciante para empresário. Considerada fase subjetiva-empresarial.
Por que as duas primeiras fases são chamadas subjetivas e a terceira objetiva?
Porque leva em consideração a pessoa que exerce a intermediação. A terceira é objetiva porque determina quais são os atos de comércio, sendo comerciante a pessoa que o exerce.
Conceitue comerciante nas três primeiras fases do D. Comercial.
1ª e 2ª Fase: Comerciante é quem exerce a mercancia e que pertence a uma corporação de ofício. Na 3ª fase considera-se comerciante quem exerce ato de comércio assim definido em lei.
No que consiste a dicotomia entre o D. Comercial e o D. Civil?
Consiste na diferença entre as relações jurídicas que os dois ramos regulamentam. O direito comercial rege as relações jurídicas entre comerciantes, enquanto que o direito civil regula as relações jurídicas entre particulares não comerciantes.
É possível dizer que a partir do advento do Código Civil de 2002 não existe mais dicotomia entre o D. Comercial e o D. Civil? Justifique.
Não é possível, pois somente houve uma amenização da dicotomia na medida em que o código civil revogou apenas a parte geral do código comercial. A matéria comercial, contudo, continua a ser regida pela parte especial do código comercial (direito marítimo), por leis especiais comerciais (Exemplo: Lei de falências) e também pelo código civil (direito de empresa).
No que consiste o D. de Empresa?
Na parte do código civil que regulamenta os elementos da empresarialidade (empresário, empresa e estabelecimento empresarial).
Qual a principal distinção entre as figuras do comerciante e a do atual empresário?
Comerciante é a pessoa que exerce apenas a atividade de intermediação. Empresário é que além da atividade de circulação também pode exercer atividade de produção de bens ou serviços.
Como eram classificados os atos de comércio?
Por natureza – aqueles objetivamente previstos no Art. 19 do regulamento 737/1850 (exemplo: Compra e venda para revenda)
Por força de lei – Atos de comércio por determinação legal independentemente do objeto. (exemplo: sociedade por ações).
Por conexão – Atos celebrados entre um comerciante e um não comerciante para fins comerciais. (exemplo: compra de um imóvel para instalação de fundo de comércio).
Cite os elementos da empresarialidade.
Empresário: é a pessoa física ou jurídica exercente de empresa (sujeito de direito).
Empresa: é a atividade do empresário (objeto de direito).
Estabelecimento empresarial: conjunto de bens necessários para o exercício da empresa (aspecto patrimonial).
Quais os tipos de empresários previstos no atual ordenamento?
Empresário individual (pessoa física) e sociedade empresária ou empresário coletivo (pessoa jurídica).
Por que se diz que a empresa qualifica a pessoa do empresário?
Porque a pessoa é considerada empresária a partir do tipo de atividade por ele exercida.
Que atividades não podem ser consideradas empresariais?
Atividades científicas, artísticas ou literárias (intelectuais); os autônomos; as fundações e associações (não visam lucros) e as cooperativas (sociedades simples).
Quais os atos praticados no Registro de empresa e a que se destinam?
Matrícula: Ato de registro destinado aos profissionais que desenvolvem atividades para-empresariais (leiloeiros).
Arquivamento: Ato destinado ao registro dos atos constitutivos do empresário, suas alterações e sua extinção.
Autenticação: Ato de registro das operações rotineiras do empresário de escrituração exigida por lei.
O registro do empresário é condição essencial para o exercício da empresa? Justifique.
Não, pois o que define empresário é a atividade e não o registro.
Cite as obrigações comuns a todos os empresários.
Registros dos atos constitutivos, escrituração regular dos livros empresarias, levantamento de balanços periódicos (patrimonial e de resultado).
Diferencie livros empresarias de livros do empresário.
Livros do empresário compreendem os livros fiscais (para fins tributários) e livros empresariais (dizem respeito a atividade empresarial).
Diferencie, exemplificando, livros obrigatórios comuns e especiais.
Comuns: São os livros exigidos de todos os empresários (diário)
Especiais: São aqueles cuja escrituração a lei exige somente para alguns empresários. 
 
No que consistem os requisitos intrínsecos e extrínsecos da escrituração empresarias?
Intrínsecos: são os que dizem respeito a técnica contábil que só podem ser praticados por contadores.
Extrínsecos: são os que dizem respeito a formalidade da escrituração e que se operam pelos atos de arquivamento e autenticação nas juntas comerciais.
Defina estabelecimento empresarias.
É um bem incorpóreo que consiste em um complexo de bens corpóreos ou incorpóreos necessários ao exercício da empresa.
No que consiste o aviamento?
Consiste num valor econômico que se agrega aos bens que compõe o estabelecimento e que faz aumentar o seu preço em caso de Trespasse.
Relacione, empresário, empresa e estabelecimento empresarial.
Empresário: É o sujeito de direito;
Empresa: É a atividade do empresário, ou seja o objeto de direito;
Estabelecimento empresarial: É o complexo de bens corpóreos e incorpóreos necessários ao exercício da empresa. Empresário, empresa e o estabelecimento constituem os elementos da empresarialidade.
Como se dá a proteção aos bens que compõem o estabelecimento empresarial?
Os bens corpóreos são tutelados pelo direito civil e pelo direito penal; os bens incorpóreos são tutelados pelo direito comercial e por leis especiais.
Defina ponto empresarial.
É um dos bens incorpóreos pertencentes ao estabelecimento e que consiste no local físico ou virtual onde a clientela encontra o empresário.
Defina Trespasse. No que consistem as cláusulas de não-transferência e de não restabelecimento?
Trespasse é a alienação de um estabelecimento empresarial. As cláusulas de não transferência do passivo e de não restabelecimento podem integrar o contrato de Trespasse. Pela cláusula de não transferência o adquirente deixa de assumir as dívidas do estabelecimento existentes na data do Trespasse. Essa cláusula só gera efeitos jurídicos entre o alienante e o adquirente garantindo a esse o direito de regresso em relação ao alienante. Já perante os credores não gera qualquer efeito. É a cláusula que não se presume, isto é, deve estar expressa no contrato, pois ao contrário, não garantira qualquer direito ao adquirente. A cláusula de não restabelecimento não necessita estar expressam uma vez que, é a própria lei que garante (Art. 1147, C.C.) que o alienante não possa fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 5 anos contados do Trespasse. De qualquer modo, é bom inseri-la adim de determinar-se os limites territoriais da não concorrência.
Por que se diz que as obrigações decorrentes do trespasse são propter rem?
Porque de qualquer forma passam a ser de responsabilidade do adquirente, visto que, acompanham a coisa adquirida, no caso o estabelecimento. Assim sendo, o adquirente não tem como se isentar do pagamento dos créditos vencidos ou vincendos devidos até a data do Trespasse.
No que consiste o ponto empresarial e como se dá sua proteção?
Vide questão 23. Sua proteção se dá pela lei de locação.
No que consiste o direito de inerência ao ponto empresarial? Qual o instrumento processualadequado à sua proteção?
Direito de inerência é o direito do locatário empresário de permanecer no seu ponto empresarial (direito material). Caso esse direito não seja respeitado o instrumento processual adequado a sua defesa é a ação renovatória de locação não residencial.
Relacione prazo para exercício da ação renovatória com os institutos da decadência e da prescrição.
Ação renovatória deve ser promovida dentro de 1 ano a 6 meses antes do término do contrato a renovar. Caso este prazo não seja observado ocorrerá a prescriação da ação e a decadência do direito de inerência.
O que visa proteger direito de inerência?
De forma imediata o ponto empresarial e de forma mediata a clientela como elemento do aviamento.
Quais os requisitos para o exercício da ação renovatória de locação não residencial?
Ser empresário;
Ter contrato por prazo determinado de no mínimo 5 anos, ou contratos cuja soma perfaça esse tempo;
Estar no mesmo ramo de atividade por pelo menos 3 anos ininterruptos.
Que alegações podem ser apresentadas pelo locador como exceção de retomada? Justifique se as exceções previstas na lei de locação são as únicas possíveis.
De acordo com a lei o locador poderá alegar em sua defesa o seguinte:
a) insuficiência do valor locatício;
b) melhor proposta de terceiro;
c) realização de obras determinadas pelo poder público;
d) retomada para uso próprio;
e) transferência de estabelecimento empresarial existente há mais de 1 ano do qual façam parte cônjuge, ascendente ou descendente do locador.
Além dessas o locador poderá alegar qualquer matéria afim de não renovar a locação, mas a consequência será indenizar o locatário pela perda do ponto.
No caso de ação renovatória de locação não residencial julgada improcedente, justifique se, em qualquer caso, a parte vencida terá direito à indenização pela perda do ponto.
Não em todos os casos. Não haverá tal direito nos casos especificados nas letras “a” a “d” (salvo se para ser utilizado em atividade idêntica ao locatário); “e” idem ao anterior. Em qualquer outro caso haverá indenização.
No que consiste a locação gerência? Relacione esse tipo de locação com a possibilidade de indenização.
Locação gerência é aquela em que o empresário loca o imóvel já guarnecido com os bens que compõe o estabelecimento. Esse tipo de locação não dá direito a indenização pela parte do ponto.
Relacione Tenant Mix com o exercício da ação renovatória.
Tenant Mix é a distribuição estratégica de espações destinados a locação empresarial dada pelo empresário empreendedor de shoppings visando a acomodação de lojas âncora, mini-âncoras e satélites. A lei confere direito a renovação compulsória de locação também nesses casos, mas caberá ao juiz analisar caso a caso se a renovação não acarretará prejuízo ao Tenant Mix.

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