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Análise do Contratualismo de Rousseau, Locke e Hobbes

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Jonathan L. R. Machado
José A. Fogolari
Julia Pegoraro
Analise do pensamento contratualista
Analise e fichamento das obras: Contrato Social (Jean-Jacques Rousseau); Segundo tratado sobre o Governo Civil (John Locke) e Leviatã (Thomas Hobbes). 
Balneário Camboriú, Santa Catarina - 2013
DO CONTRATO SOCIAL (Jean-Jacques Rousseau)
Jonathan L. R. Machado
1.1 Biografia:
Jean-Jacques Rousseau nasceu em 28 de junho de 1712 em Genebra (Suíça), em uma família de origem francesa. Sua mãe morreu logo após o nascimento, de complicações no parto. Aos dez anos, foi abandonado pelo pai, ficando aos cuidados de tios que o criaram na tradição protestante. Ainda jovem, tomou gosto por histórias romanescas e pela leitura de Plutarco. Aos dezesseis anos deixou sua cidade natal e viajou por diversos países. Tornou-se secretário e protegido de madame Louise de Warens, mulher rica que teve uma profunda influência em toda a vida do escritor. Em 1742, radicou-se em Paris, onde trabalhou como professor, copista e secretário de um embaixador. Inventou um sistema de notação musical e fez-se conhecer como compositor da ópera As musas galantes. Fez amizade com o filósofo francês Denis Diderot, que lhe convidou a colaborar para a prestigiosa Enciclopédia, primeiramente escrevendo sobre música; mas o mais famoso dos seus artigos acabou sendo sobre política econômica. Em 1750, foi premiado pela Academia de Dijon pelo Discurso sobre as ciências e as artes.
O Discurso sobre a origem da desigualdade (1755) exerceu uma grande influência sobre o pensamento político da época e fundou a reputação do autor. De espírito sistemático e caráter apaixonado, Rousseau elaborou uma doutrina segundo a qual o homem é um ser naturalmente bom, cuja bondade foi corrompida pela sociedade; portanto é preciso, sempre que possível, voltar à virtude primitiva. Resultou daí, no escritor, um vivo sentimento da natureza e um amor à solidão que mais tarde se acentuaria. Fiel ao seu sistema rejeitou os refinamentos da civilização, condenando o teatro na Carta a d’Alembert sobre os espetáculos (1758), que lhe retirou a amizade dos filósofos.
No meio de disputas e acusações, ele escreveu suas obras-primas: A nova Heloísa (1761) – romance epistolar de um retorno à vida natural, que teve um imenso sucesso; O Contrato Social e Emílio (1762), sendo o primeiro fruto da preocupação em esclarecer seu ideal político-educacional, e o segundo, obra pedagógica cujas ideias religiosas foram imediatamente condenadas, o que o obrigou a anos como errante. Vivendo desde então atormentado pela ideia de um complô dirigido contra ele e desejando, graças à confissão de seus erros, justificar-se perante a posteridade, redigiu (de 1765 a 1770) as Confissões (póstumas, 1782 e 1789) e evocou suas lembranças em Os devaneios do caminhante solitário, compostos de 1776 até sua morte. Nessas duas obras, Rousseau renovou suas ideias na área da política e da educação, propôs novos temas em literatura, prenunciou as grandes mudanças políticas da Revolução Francesa e o romantismo. Foi também o primeiro escritor moderno a atacar a instituição da propriedade privada, e por isso é considerado um precursor do socialismo moderno.
Após passar pela Inglaterra e pela Prússia, regressou à França em 1768, sob o falso nome de Renou. Nesse mesmo ano, casou-se com Thérese le Vasseur. Morreu em 2 de julho de 1778, em Ermenonville, na França.
1.2 Estado natural da sociedade:
	Para Rousseau a familia é a mais antiga das sociedades e também ele descreve como a única natural. Esta sociedade natural da familia ela somente existira enquando ouver a dependencia dos filhos pela figura do pai, a partir de que o filho se torna adulto e assim independente esse vinculo natural se quebra, e se existir a vida conjunta após esta quebra será de forma voluntária e não natural.
Sendo assim a familia seria a forma mais primitiva das sociedades, o pai seria a figura do rei, e os filhos seriam o povo todos tendo nascidos livres e iguais e somente por proveito para si mesmo eles abdicam de sua liberdade.
Esta liberdade comum seria advinda da natureza do homem, cuja lei primordial é cuidar da sua propria conservação sendo arbitro de si mesmo em suas decisões.
Para Rousseau a diferença entre a familia e o estado, é que o amor dos pais pelos filhos o faz cuidar deles e dispensa seus proprios cuidados, já no estado esse amor é suprimido do povo pelo interesse do governante.
1.3 Estado de Natureza:
	Para Rousseau o estado de natureza corresponde ao estado original do homem, seu estado mais primitivo, e sem governo. No estado natural o homem é conflituoso, sempre protegendo seu interesse individual.
No estado mais primitivo natural o homem para Rousseau não cria novas formas de força, mas sim agrega as já existentes para seu interesse próprio. A dificuldade seria achar uma sociedade em que todos defendam e proteja a si mesmos e seus bem, mas que tenha sua liberdade original.Para Rousseau esse problema se resolve com o contrato social
1.4 Estado político:
De acordo com Rousseau a política da sociedade deve ser organizada iniciando pelas necessidades sócias do cidadão, deste modo abandonando o estado de natureza o homem perde sua independência, mas em retribuição ele alcança um estado de liberdade superior, como segurança, e tem direito de restituição sobre tudo o que lhe pertence caso queira sair do pacto social, bem como de conservar este pertences se for de sua vontade.
Rousseau concebe um modelo de democracia direta, não representativa. O governo deve estar nas mãos da soberania popular. As leis estabelecem limites para o bem comum e devem ser compostas com base na vontade geral, e a liberdade moral reside na participação democrática dos cidadãos na sociedade política. O contrato social supõe a liberdade dos membros que compõem a comunidade. De modo rigoroso, Rousseau admite a impossibilidade efetiva da democracia verdadeira, em função da dificuldade de haver uma assembleia popular permanente ou o governo simultâneo de muitas pessoas investidas de um mesmo cargo. Para Rousseau devem-se considerar aspectos como a liberdade, o direito e a soberania popular em um modelo ideal de governo originado no pacto entre cidadãos interessados no bem comum e no respeito à vontade da maioria.
O príncipe e o legislador; O príncipe corresponde ao poder executivo do governo. Neste caso, a execução das leis (decididas pela soberania) deve ficar a cargo de um número restrito de cidadãos. A organização social é efetivada pelo decreto das leis, processo necessário para assegurar o bem-estar geral. O grau de patriotismo para Rousseau é o leva a dar certo o contrato social, tendo um envolvimento e compromisso daqueles que o firmaram. O legislador é o elemento que garante que os indivíduos se tornarão, após o pacto, verdadeiros cidadãos. A entidade legisladora estabelece, portanto, as condições de existência da sociedade política.
1.5 Contrato social:
 Rousseau observa que o contrato envolve alienação, bem como restituição total de seus direitos efetivos, por meio das leis estabelecidas. Tal garantia mostra-se mais vantajosa que a defesa impulsiva de cada indivíduo em seu estado natural. A sociedade, ao garantir os direitos dos cidadãos mediante as leis, compensa, em forma de segurança e liberdade moral, a perda dos direitos individuais.
Ao tornar-se cidadão o homem aprimora suas potencialidades, sendo assim desenvolve sua natureza e consciência racional, sendo que isso não é possível no estado de natureza, pois, somente em sociedade os homens podem ter consciência dos elementos morais. Cada cidadão governado abriu mão de seus direitos individuais e passou a fazer parte de uma coletividade, sendo assim, cada um tem o direito de ajudar a todos, sem como não ajudar se for esta sua vontade, como todos os socios deste contrato sederam seus direitos ao estado, todos tem o direito de restituição de tudo e tem também a força para conservar o que tem.
O contrato social, para ser legítimo,deve se originar do consentimento necessariamente unânime. Cada associado se aliena totalmente, ou seja, abdica sem reserva de todos os seus direitos em favor da comunidade. Mas, como todos abdicam igualmente, na verdade cada um nada perde, pois
Segundo Rousseau "este ato de associação produz, em lugar da pessoa particular de cada contratante, um corpo moral e coletivo composto de tantos membros quantos são os votos das assembléias e que, por esse mesmo ato, ganha sua unidade, seu eu comum, sua vida e sua vontade".
Sendo assim, pelo pacto o homem abdica de sua liberdade, mas sendo ele próprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei, obedece a si mesmo e, portanto, é livre: "A obediência à lei que se estatuiu a si mesma é liberdade". Isso significa que, para Rousseau, o contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado separado dele mesmo.
O Estado, resultante desse acordo, tem o dever de proteger os cidadãos. O pacto social supõe um processo que garante a segurança do indivíduo ao privilegiar a comunidade. Uma sociedade política, regida por leis e fundada em um acordo universal e invariável, que beneficia todos igualmente, é organizada com base em deveres mútuos e privilegia a vontade coletiva.
1.6 Conclusão:
Para Rousseau o estado de natureza corresponde ao estado original do homem, seu estado mais primitivo, e sem governo. Ao tornar-se cidadão o homem aprimora suas potencialidades, sendo assim desenvolve sua natureza e consciência racional, isso não é possível no estado de natureza puro, somente em sociedade os homens podem ter consciência dos elementos morais. Rousseau observa que o contrato envolve alienação, e restituição total aos cidadãos são assegurados tendo assim direitos efetivos, por meio das leis estabelecidas.
A política da sociedade deve ser organizada iniciando pelas necessidades sócias do cidadão, deste modo abandonando o estado de natureza o homem perde sua independência, mas em retribuição ele alcança um estado de liberdade superior, como segurança, e tem direito de restituição sobre tudo o que lhe pertence caso queira sair do pacto social, bem como de conservar este pertences se for de sua vontade.
Sendo assim, pelo pacto social o homem abdica de sua liberdade, mas sendo ele próprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei, obedece a si mesmo e, portanto, é livre: "A obediência à lei que se instituiu a si mesma é liberdade". O contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado separado dele mesmo.
Concebendo assim um modelo de democracia direta, não representativa. O governo deve estar nas mãos da soberania popular. Em outras palavras, pelo pacto o homem abdica de sua liberdade, mas sendo ele próprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei, obedece a si mesmo e, portanto, é livre.
O Estado, resultante desse acordo, tem o dever de proteger os cidadãos. O pacto social supõe um processo que garante a segurança do indivíduo ao privilegiar a comunidade. Uma sociedade política, regida por leis e fundada em um acordo universal e invariável, que beneficia todos igualmente, é organizada com base em deveres mútuos e privilegia a vontade coletiva.
SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL (John Locke)
José A. Fogolari
2.1 Biografia:
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês. Fundador do empirismo. Teoria que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Em sua obra "Dois Tratados sobre o Governo", contestava o absolutismo e a doutrina do direito divino dos reis.
John Locke (1632-1704) nasceu no dia 29 de agosto, em Wrington no norte da Inglaterra. Filho de um pequeno proprietário de terras. Foi aluno da Universidade de Oxford. Estudou Filosofia, Ciências Naturais e Medicina. Lecionou filosofia, retórica e grego, também na Universidade de Oxford. Estudou as obras de Francis Bacon e René Descartes. Afirmava Locke que todos os homens ao nascer tinham direito à vida, à liberdade e à propriedade. Sua teoria foi de encontro ao absolutismo na Inglaterra.
Como filósofo político é considerado o visualizador da democracia liberal, onde a liberdade e a tolerância é o princípio fundamental do direito humano. Sua teoria criticava o direito divino do rei, afirmando que os regimes de governo eram criação humana e que não tinham origem nas questões religiosas.
Como representante do individualismo liberal, defendeu a monarquia constitucional e representativa, que foi a forma de governo estabelecida na Inglaterra, depois da Revolução de 1688.
Locke exerceu grande influência sobre vários filósofos de sua época, entre eles, George Berkeley e David Hume. Seu discípulo Francês, Etienne Condilac, usou sua teoria empírica para criticar a metafísica, no século seguinte.
Passou vários anos na França e na Holanda e só voltou à Inglaterra quando Guilherme de Orange é coroado rei.
Principais Obras:
Cartas sobre a Tolerância (1689); Dois Tratados sobre o Governo (1689); Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690); Pensamentos sobre a Educação (1693).
2.2 Condição Natural da Humanidade:
A condição natural da Humanidade a qual Locke retrata é a que os homens são bons e vivem em harmonia em uma sociedade sem governo, ou seja prevalece entre os indivíduos uma lei moral a qual todos seguiam por saberem que era iguais entre si. Todos os homens tem sua liberdade e propriedade, e zelam por ela vivendo em harmonia, sem um estado para se subordinarem. Segundo Locke o homem natural deve ser livre e apenas a lei na natureza deve normatizar a convivência entre eles. Prevalece o bem estar.
	
2.3 Estado de Natureza:
Para John Locke, o estado de natureza tem uma lei da própria natureza para governa-lo, e todos indivíduos estão sujeitos a esta lei, a qual ensina a todos os homens que não devem prejudicar uns aos outros na vida, saúde, liberdade ou posses já que todos são igualmente independentes obra do criador infinitamente sábio. Para Locke, aquele que transgredir a lei da natureza declare viver em outra regra, que não pertence a razão e vai contra os princípios de igualdade comum, e é perigoso para as relações humanas. É portanto estado de Natureza, a relação entre homens que não se submetem a um governo comum, um lugar onde segundo Locke teria como chave os acordos entre os indivíduos. A lei da natureza é mais como uma lei moral do que política.
O estado de Natureza, pela falta de um juiz, dá aos próprios homens a soberania e a capacidade de se defender e vingar qualquer injustiça por parte de quem se oponha a igualdade dos homens. 
2.4 Estado Político:
O estado Político segundo Locke é quando os homens concordam em ceder a autonomia e a soberania da lei natural para que seja criada uma autoridade comum de tomada de decisões e julgamentos para punir ofensores. Ainda segundo Locke isso apenas pode acontecer quando houver consentimento geral. Cria se portanto uma lei, que não fere com a liberdade de cada indivíduo, porem organiza o estado, que passa de natural para político, com o propósito de defender os direitos naturais do homem.
2.5 Contrato Social:
O contrato social para John Locke, ocorre quando os indivíduos que vivem em um estado de natureza, abdicam pelo bem da sociedade, de sua liberdade e autonomia para organizar um governo mediador entre os homens, este governo que garante os direitos básicos de cada indivíduo e também se encarrega da justiça, tomando decisões, punindo ofensores e ditando normas. O grande objetivo das sociedades politicas criadas então era a defesa e preservação da propriedade privada.
2.6 Conclusão:
Locke em sua obra traz o estado de natureza como uma coisa boa, uma sociedade onde cada indivíduo tem sua autonomia e prevalece uma lei moral entre eles, na falta de um governo os próprios homens exercem a justiça. O processo de passagem de um estado natural para o estado político é dado de acordo com o consentimento de todos os indivíduos, e que assim, eles abrissemmão de certa soberania das decisões para um governo escolhido, ao qual o caberia a função de proteção à propriedade privada e defesa dos homens, que não abririam mão de sua liberdade propriamente dita.
LEVIATÃ (Thomas Hobbes)
Júlia Pegoraro Wames
3.1 Biografia
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político, filósofo e matemático inglês. Sua obra mais evidente é "Leviatã", cuja ideia central era a defesa do absolutismo e a elaboração da tese do contrato social. Hobbes viveu na mesma época que outro teórico político, John Locke, que era defensor dos princípios do liberalismo, ao passo que Hobbes pregava um governo centralizador.
Hobbes nasceu na Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588. Foi uma época em que a Inglaterra era dominada pelo Tudors e sofria o perigo da invasão da esquadra espanhola. Era filho de um vigário, e teve sua tutela confiada a um tio. Estudou em Malmesbury e Westport, entrando mais tarde para Oxford, cuja educação era de teor aristotélico e tomista. Mas Hobbes não admirava a filosofia de Aristóteles. Foi mais influenciado pelas idéias do mecanicismo do universo e pelo cartesianismo, comum entre os intelectuais da época. Conheceu o astrônomo Galileu Galilei, cuja idéia, ajudou na tentativa de desenvolver uma filosofia social.
No período em que viveu, a Inglaterra vivia a aurora de seu império, era época da revolução gloriosa, no século XVI, e a marinha inglesa começava a se fortalecer na conquista dos mares.
Hobbes era defensor da monarquia. Por isso, viajou à Paris na eminência da guerra civil inglesa. Lá, tornou-se professor de matemática do futuro rei inglês Carlos II. Volta à Inglaterra depois da guerra e publicou o seu livro mais famoso, "Leviatã", em 1651. Mas as idéias de Hobbes não foram bem aceitas na época, principalmente por ser considerado ateu. Seus livros foram queimados em Oxford e suas idéias ateístas foram mal vistas pela Royal Society.
No livro "Leviatã", Hobbes defendia a tese do homem que, por viver num estado de natureza onde todos estariam preocupados com os seus próprios interesses, seria necessária a existência de um governante forte para apaziguar os conflitos humanos. A guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes), só seria possível através do contrato social.
Hobbes defendia que a igreja cristã deveria ser administrada pelo monarca, que também poderia fazer a livre interpretação da bíblia, embora não concordasse com os preceitos da reforma protestante nesse sentido.
Hobbes morreu no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, depois de ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da "Odisséia" para a língua inglesa.
Condição Natural da Humanidade
Segundo Hobbes, em estado de natureza todos os homens são iguais. Pois, qualquer homem, utilizando de astúcias pode matar outro mais forte que ele. Diz o filósofo que, no estado de natureza ninguém tem garantia de nada. Nem de sua própria vida. Para evitar a insegurança os homens devem antecipa-lo por meio de um contrato admitido por todos os quais, reunirá o máximo de força e poder. Segundo Hobbes, no estado de natureza o homem é individualista e arrogante. O pacto de formação do Estado é que mantém o respeito de uns para com os outros. Antes da formação do Estado – no estado de natureza -, os homens viviam em “guerra de todos contra todos”. Antes da formação do Estado não existia a possibilidade de nenhum progresso. Os homens viviam em condições deploráveis. Hobbes lembra ainda que, a experiência do dia-a-dia nos revela a natureza má do homem. O filósofo dá como exemplo o fato de que; mesmo tendo leis que nos protegem não dormimos com as portas abertas. No estado de natureza nenhuma ação é condenatória até que exista uma lei que o proíba. E nenhuma lei pode ser feita antes de eleger um responsável. No estado de natureza não existe noção de justiça e de injustiça. Não existe poder comum e nem lei. O medo da morte e o desejo de viver confortável levaram os homens a entrarem em acordo em prol da paz. Com isso, nasce o Estado.
Estado de Natureza
Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.
De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros dessa sociedade devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano benevolente, quer seja um monarca ou um estado administrativo, deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política do Leviatã mantém no essencial as idéias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado).
Estado Politico
Thomas Hobbes defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o monarca.
Sua filosofia política foi analisada pelo influente Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta, assim como os céticos e como René Descartes, que não podemos conhecer nada sobre o mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele. Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo.
Tuck dá peso considerável à segunda parte do Leviatã, que lida com espinhosas questões de religião, e especificamente da autoridade em assuntos da fé. Interpretando o livro de Hobbes no contexto da Guerra Civil Inglesa e perído subsequente, Tuck argumenta que o Leviatã destinava-se a permitir ao monarca exercer autoridade sobre assuntos de fé e doutrina, e que isso marca o apoio de Hobbes à política religiosa da república inglesa do pós-guerra.
Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Ele foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre filosofia primeira, deste último.
Contrato Social
Hobbes considera que os homens decidem selar o pacto social para evitar o estado de “guerra de todos contra todos” - gerado pelo fato de que todos os homens se consideram iguais e, portanto, com os mesmos direitos - criando, assim, a estrutura soberana – o Estado absoluto - que controlaria e reprimiria os conflitos. Trata-se, assim, de um pacto de submissão, para preservar vidas, em que se troca a liberdade pela segurança do Estado Monstro Leviatã.
Mas Hobbes não reconhece o direito “natural” da propriedade, elimina o valor “retórico” do conceito de liberdade, a qual ele atribui um valor físico aplicável a qualquer corpo. Ele introduz, entretanto, a premissa de que o homem, ao decidir firmar um pacto de convivência, é o autor de seu destino e não Deus ou a natureza. era um filósofo defensor do absolutismo, e apregoava para uma diminuição da liberdade individual para garantia de ordem social...Segundo Hobbes, o homem era mau por natureza, e sem uma "força maior" (Estado) que policie suas ações, o homem viveria em contantes conflitos. Então Hobbes entendia que todos os individuos deveriam se submeter ao Estado, que com suas leis garantiria um convivio social ordenado. Essa submissão do individuo ao Estado seria por meio do "contrato Social", no qual o individuo teria sua liberdade reduzida como garantia de ordem social.
Conclusão
O trabalho realizado sobre Thomas Hobbes deixou claro sua visão política, sendo conceituado de contratualista e defensor do absolutismo. Hobbes possuía uma visão cética e racional, em ralação ao homem e a sua natureza sociável. O pensamento político de Hobbes inovou em relação às demais teoria de pensadores de seu tempo, uma vez que o absolutismo defendido por ele não deriva de um direito divino, ele nasceria de um pacto. Hobbes é diferente dos demais, pois a sua explicação para o Estado e diferenciado, uma vez que ele parte do Estado Natural dos Homens para justificar a necessidade e a importância do Estado.
TABELA DE ANALISE:
	
	Jean-Jacques Rousseau
	John Locke
	Thomas Hobbes
	
Condição Natural da Humanidade
	É o estado mais primitivo, e sem governo. Existindo conflitos eles seriam individuais e para auto defesa dos homens.
	Homens são bons e vivem em harmonia em uma sociedade sem governo, ou seja prevalece entre os indivíduos uma lei moral.
	Estado de natureza todos os homens são iguais. Pois, qualquer homem, utilizando de astúcias pode matar outro mais forte que ele.
	
Estado de Natureza
	Corresponde ao estado original do homem, seu estado mais primitivo, e sem governo.
	O estado de natureza tem uma lei moral e todos indivíduos estão sujeitos a esta lei, a qual ensina a todos os homens que não devem prejudicar uns aos outros. Não se submetem a um governo comum.
	No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal.
	
Estado Politico
	Modelo de democracia direta, não representativa. O governo deve estar nas mãos da soberania popular.
	Cria se uma lei, que não fere com a liberdade de cada indivíduo, porem organiza o estado, que passa de natural para político, com o propósito de defender os direitos naturais do homem.
	Thomas Hobbes defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado.
	
Contrato Social
	Deve se originar do consentimento necessariamente unânime. Cada associado se aliena totalmente, ou seja, abdica sem reserva de todos os seus direitos em favor da comunidade.
	Os indivíduos que vivem em um estado de natureza, abdicam pelo bem da sociedade, de sua liberdade e autonomia para organizar um governo mediador entre os homens.
	Hobbes considera que os homens decidem selar o pacto social para evitar o estado de “guerra de todos contra todos”
 
5. Referencias:
LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil e outros escritos. Trad. Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Vozes, 1994.
E-BIOGRAFIAS. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/john_locke/>. Acesso em: 20 de março de 2013.
L&PM editores. Disponível em: <http://www.lpmeditores.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=507035/>. 
 Acesso em: 21 de março de 2013. 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. Pietro Nassetti. Martin Claret LTDA, 2000.
HOBBES, Thomas. Leviatã.

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