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DIREITO ELEITORAL PROF. VALDIR PUCCI E-mail valdir.pucci@udf.edu.br Turma 51 - noturno Bibliografia = Joel José Cândido - Direito Eleitoral Brasileiro. Roberto Moreira de Almeida - Curso de Direito Eleitoral. Avaliação: duas provas, sendo que cada uma valerá 2.5 pontos. 1ª Avaliação = 03/04/14 2ª Avaliação = 22/05/14 *Se o aluno perdeu alguma das provas, poderá fazer uma terceira prova, que será elaborada pelo professor e aplicada dia 29/05/14 com matéria selecionada. - As notas serão entregues dia 05/06/14. ___________________________________________________________________ PRÓXIMA AULA: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13-02-14 CONCEITOS, FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL HISTÓRICO - Democracia direta ~> Podemos falar na existencia do direito eleitoral quando há uma forma de participação da sociedade, e esse nascimento podemos dizer que se deu na Grécia Antiga. - As revoluções liberais ~> O Direito Eleitoral moderno ou contemporâneo só começa a ganhar formas a partir do séc. XVII, XVIII, XIX. Mais precisamente com as revoluções liberais como por exemplo a Revolução Francesa. ~> Democracia de massa criadas pelas revoluções = quando a populaçao ou boa parte, poderiam participar do processo político. - Sufrágio universal e soberania popular ~> E com essas revoluções nasceram o sufrágio universal ou soberania popular. Pois antes se tinha a ideia de que a politica era feita apenas por pares. E com essa soberania popular é quando se tem milhoes de pessoas participando de processos eleitorais. ~> Um dos princípios basilares do DE, seria o principio da universalidade. ~> Desde modo, se milhoes de pessoas passam a interferir nesse processo eleitoral, é necessário a criação de regras necessárias para transformar a vontade dessa multidão no processo político, em algo que corresponda a essa vontade popular. ~> Um direito eleitoral bem construido é aquele que consegue pegar um pensamento difuso em toda sociedade, e torna-lo algo intelegivel para toda a sociedade, que possa ser aplicada dentro da sociedade. - Democracia indireta ou representativa e democracia semidireta ~> Quando não se pode introduzir milhoes de pessoas no processamento legislativo, é necessária a representação de pessoas que assim possam exercer tais atividade. ~> Art. 1º, §único da CF. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. ~> Um direito eleitoral bem construido seria um alicerce importante para que a democracia pudesse funcionar, para que garantisse a soberania da população detentora do poder soberano. CONCEITO DE DIREITO ELEITORAL ~> Joel José Cândido = é o ramdo do direito público que trata de institutos relacionados com o dirieto político e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. ~> A concepção de direito eleitoral não está ligada somente as eleições, mas aos Direitos Eleitorais de forma mais ampla. O DE começa dentro do próprio exercicio de direito políticos, como o próprio processo eleitoral. Também não é apenas como se escolhem os representantes, mas também como eles exercem seus cargos. ~> Marcos Ramayana = o DE deve ser considera como uma pedra angular na edificaçaõ dos regimes democráticos e o único capaz de defender, com eficácia - se amoldado corretamente e dotado de imediata incidência - a liberdade na votaçãoe a autonomia individual do eleitor, principalmente, através de mecanismos prévios, concomitantes e posteriores das candidaturas e do mandato eletivo. ~> Este autor faz uma junção de todas as colocações vistas até o momento. O DE seria a base de todo regime democrático, só se torna efetivo a medida em que o DE é amoldado corretamente e totado de imediata incidência. ~> DE é nada mais que todas as regras, sendo que, o que sairá de um processo eleitoral seja a verdade real das urnas, ou seja, a verdadeira vontade da sociedade dentro do exercicio da soberania. O poder pertence a sociedade. ~> O DE eleitoral não se restringe apenas ao período das candidaturas. ~> Portanto pode se falar que o DE é o conjunto de nromas que regulam o exercício da soberania popular e o proc eleitoral. Tratando das formas de acesso ao mandato eletivo através dos sistemas eleitorais e de seu exercíco ~> O DE é justificado pelo próprio regime democrático. - FONTES LEGAIS DO DE. ~> Constituição Federal ~> Código Eleitoral (4.737/65) ~> Lei Eleitoral (9.504/97) ~> Lei dos Partidos (9.096/05) ~> Resoluções ~> Consultas ~> As leis que regem o Direito Eleitoral são muito espaças, portanto não é possível unificar toda a legislação eleitoral em um único código. ~> A função do DE é dar vida ao que está expresso no parágrafo único do art 1º da CF. ~> Na CF os principais artigos serão = 14, 15, 16 e 17. ~> Consultas e Resoluções fazem parte do Poder Normativo da Justiça Eleitoral, dentro de determinadas situações pode a Justiça Eleitoral criar regras e obrigações que antes não existiam. - RESOLUÇÕES x CONSULTAS - Consultas = não tem poder normativo, mas apenas orientador junto a JE. ~> As consultas funcionam da seguinte maneira, a JE entende que muitos aspectos da nossa justiça eleitoral são obscuros, como por ex. o candidato eleito tem direito ao mandato ou será que esse mandato pertence ao partido?! O papel da consulta é justamente esse, esclarecer situações complexas que não possuem definições nas leis existentes. Portanto, para essa questão suscitada, por meio de consulta, a resposta foi dada, dizendo que esse mandato pertence ao Partido. ~> A consulta nunca pode ser feita em cima de casos concretos, sempre é feita à Justiça Eleitoral tendo como base casos hipotéticos, e essa resposta não tem poder de atrelar as decisões das instancias inferiores, não cria jurisprudências, e não influencia a decisão de outros tribunais, pois ela não tem poder normativo. ~> O resultado da consulta, caso seja aliciado a um caso concreto no tribunal, este ultimo pode mudar o entendimento obtido na consulta. ~> Legitimados para essa consulta = Partidos políticos, os que exercem mandato eletivo e chefes do poder executivo, legislativo e judiciário, o cidadão comum não pode se utilizar desta consulta. ~> Mas se essa consulta é apenas para carater orientador, qual a sua importancia para a JE? É, em especial, orientar os rumos que serão utilizados na aplicação da lei ou de determinada lei na JE. ~> TRE's e TSE são competentes para realizar essa consulta. - Resoluções = tem poder normativo e é decidida de ofício pelo tribunal - Art. 1º, § único e art. 23, IX do Código Eleitoral. ~> No código eleitoral estará escrito "instruções". ~> As resoluções podem ser baixadas em situações específicas: *nebulosidade na aplicação da lei eleitoral, ou, *não havendo legislação de trate sobre determinado tema, ~> Essas situações permitem a JE baixar essas instruções. ~> As resoluções normativas da JE tem o poder de vincular as instâncias inferiores, e devem ser seguidas e possuem força de lei. ~> Resolução 22.610/07 = o TSE normatizou que o mandato pertence ao partido político e instituiu as regras sobre as quais o eleito perderá seu cargo. ~> Apesar da resolução ter força normativa, ela não é superior a Lei, então, havendo lei que trate do tema, a resolução fica sem efeito. ~> Existe uma crítica a essa atuação da Justiça Eleitoral sendo considerada como um "super poder", pois basta que a Resolução seja baixada para que ela tenha força de lei. ~> Resoluções e Consultas NÃO SÃO SÚMULAS. - PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL - Republicano - Art. 1º, § único - CF Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. ~> A ideia deste princípio é justamente a ideia do poder pertencente a sociedade, e também a ideiade que a sociedade tem responsabilidade no exercicio deste poder, todos são responsáveis pelo rumo do Estado. - Universalidade e igualdade do voto - art. 14 - CF Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. ~> Este princípio tem a ideia do poder e responsabilidade do povo. Ou seja, o voto no país deve ser universal, onde todos tem o direito de participar e votar, se trata de um direito inclusivo, para que os cidadãos participem do processo eleitoral. ~> O voto de todos possui o mesmo peso e a mesa importancia, garantindo assim, a igualdade entre todos os presentes que são permitidos participar do processo legislativo. - Moralidade e lisura das eleições - a verdade das urnas - art. 14, §9º/ CF. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. ~> Cabe a justiça eleitoral determinar critérios que garatam a moralidade e lisura duante todo processo eleitoral, tendo como base buscar a verdade das urnas. - PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI ELEITORAL OU DA ANUALIDADE - ART. 16/ CF. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. ___________________________________________________________________ PRÓXIMA AULA: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20-02-14 Continuação: PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL - PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI ELEITORAL OU DA ANUALIDADE - ART. 16/ CF. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. ~> O regime eleitoral na epóca da didatura militar não respeita essa anterioridade. ~> Ao chegar na democracia, a percepção do constituintes foi de criar uma barreira, para que a situação da didatura não pudessem continuari, ou seja, que as regras não pudem ser alteradas ao bel prazer daquele que detinha o poder. ~> O Art. 16 é claro em dizer que, qualquer lei que venha alterar o processo eleitoral não poder ser aplicada a qualquer eleição que venha a ocorrer a 1 ano da data de sua vigência. A lei ser modificada a qualquer tempo, a ressalva diz respeito ao fato desta lei não ter aplicação à eleição que ocorre a esta vigência ou aplicação. Ex. Hoje dia 20-02-14 poderia ser publica uma lei que altere o processo eleitoral, no entanto, esta lei não será aplicada a nenhuma eleição que se realize até a data de 20-02-15. ~> O objetivo deste princípio é proteger as regras, em virtude de não se aceitar alterações para beneficiar qualquer que seja. ~> ATENÇÃO!! O lapso temporal de 1 ano começa a ser contado a partir da sua publicação. *Resolução - art. 105 da 9504/97 ~> Resoluções possuem poder normativo, e podem tratar de questões que não foram suscitadas pela legislação. ~> O DEB ao tratar do art. 16 ao dizer "a lei que alterar..." não inclui a resolução, pois não consideram este ato como uma Lei. Portanto, a Resolução não tem que atender o princípio da anterioridade. ~> Em face do art. 105 da lei 9.504, para que as resoluções possam ser válidas, devem ser alteradas até 05/03. *~> "...O PROCESSO ELEITORAL..." = este termo é muito vago, e causa certa confusão em doutrinas e jurisprudências. ~> Deste modo, inclui-se o direito material ou não ? Por entendimento do TSE, essa interpretação de "processo eleitoral' deveria ser de forma mais estreita, ou seja, não se englobaria o direito material. No entanto, este posicionamento foi levado ao Supremo, e o entendimento do STF foi contrário ao do TSE. Esse fato se deu no caso da lei do ficha limpa que foi publicada em 2010, que também foi ano de eleições. ~> O STF entendeu que se ocorre mudança em lei que alterasse o processo eleitoral, que é tudo que envolve todo o processo eleitoral, desde modo, se aplicaria o art. 16. ~> Portanto, por entendimento do STF, ao ler o art. 16, deve ser interpretado o processo eleitoral de forma extensiva, ou seja, tanto o direito material, quanto o processual. - CELERIDADE ~> O processo eleitoral é um processo bastante curto, pois é realizado em curto espaço de tempo. ~> As convenções partidárias para escolha de canditatos são realizadas em junho de ano eleitoral. ~> Resgistro de canditatos e coligações = ocorrem até dia 5 de julho. Pois o início da campanha eleitoral é dia 06/07, e esta se prolonga no tempo até a data da primeira eleição (primeiro domingo de outubro). ~> As questões processuais do Direito Eleitoral também devem ser sanadas neste período (de junho até as datas de eleições). ~> AIRC = Ação de Impugnação de Registro de Candidatura. ~> Em face deste prazo curto em que ocorrem eleições, a justiça eleitoral também assim deve ser. Por exemplo, em caso de recursos, o prazo será de 3 dias, ininterruptos; outro exemplo, é em caso de propagandas, onde o prazo é de 24 horas a contar a partir da citação. ~> - APROVEITAMENTO DO VOTO - "IN DUBIO PRO VOTO" e "PAS DE NULLITÉ SANS GRIFFE" ~> Está diretamento ligado a preclusão instantânea, pois se houver dúvidas a respeito do eleitor, o voto tem que ser preservado. ~> "Pas de nullité sans griffe..." não há nulidade se não houver apontamento no momento correto. - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE CANDIDATOS E PARTIDOS POLÍTICOS ~> Sempre que qualquer ação praticada pelos candidatos, principalmente as que sejam contrárias as eleições, seram também imputadas aos candidatos. ~> Esse princípio tem o objetivo de reforçar os princípios da moralidade e da lisura. - PRECLUSÃO INSTANTÂNEA - Arts. 147, §1º e 149/ CE. ~> Uma vez que o presidente da mesa autoriza o eleitor a votar, este será conduzido a votação e não há mais possibilidade de questionamentos sobre a identidade da pessoa. ~> Depois de autorizado a votar, ocorrer a preclusão instantânea do eleitores. SISTEMAS ELEITORAIS - Definem as regras que serão utilizada para a escolha dos eleitos. - No Brasil, adotam-se dois sistemas - majoritário e proporcional. ~> Sistema eleitoral é um conjunto de regras que servem para definir como o voto do eleitor será convertido em mandatos. - Sistema majoritário - poder Executivo (art. 77, §2º da CF e art. 2º/ Lei Eleitoral) e Senado (art. 46/CF) ~> É um sistema utilizada para eleger qualquer cargo do poder executivo (Presidente, prefeitos, etc..) ~> E também será usada para escolha dos senadores da república. ~> Aquele que detém a maioria dos votos é eleito para o cargo que está disputando. Maioria absoluta = 50% + 1 Maioria simples/ relativa = qualquer maiora é capaz de eleger a pessoa. Basta que tenha a maioria dos votos. ~> Em algumas eleições é necessária a eleição por maioria absoluta. ~> A eleição por maioria absoluta é para = Presidente da República, Governadores de Estados, Prefeitos em municípios com mais de 200 mil eleitores. ~> As eleições por maioria simples ou relativa é para = municípios com menos de 200 mil eleitores e Senadores. ~> No brasil só utilizamos os votos VÁLIDOS, não sendo computados os votos em branco e os votos nulos. ~> Art. 2º da lei 9504. ~> Votos brancos e nulos não são computados para nada. ~> Em primento Turno se o candito tiver qualquer impedimento (morrer, desistir, etc), o partido pode substitui-lo a tempo para a Eleição. Em caso de eleição em segundo turno se aplica o disposto no §2º do art. 2º, o partido não terá o direito de substituí-lo, será chamado aquele entre os remanescentes o mais votado. ~> - Sistemaproporcional - deputados federais, estaduais, distritais e vereadores (art. 45/CF).
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