Buscar

Resumo de direito Penal art. 32 art. 49

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1) Pena é a sanção imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao
Autor de uma infração penal.
Tem finalidade preventiva, no sentido de evitar a prática de novas infrações.
A prevenção é:
a) geral: tem o fim intimidativo dirige-se a todos os destinatários da norma penal, visando impedir que os membros da sociedade pratiquem crimes.
b) especial: a pena visa o autor do delito, retirando-o do
Meio social, impedindo-o de cometer novos crimes e procurando corrigi-lo.
A pena, na reforma de 1984, passou a apresentar natureza mista: é
retributiva e preventiva, conforme dispõe o art. 59, caput, do CP. 
2) Imputabilidade Penal 
Art.26
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento.
A medida de segurança pare estes casos é a internação em hospital de custódia (manicômio judiciário) 
3) De acordo com o Art. 32 do CP as penas classificam-se em: 
I- privativas de liberdade
II- restritivas de direitos
III- Multa
4) As penas privativas de liberdade Art. 33
Reclusão ou detenção (não há diferença prática entre os dois. Hoje a diferença é feita através do regime aberto, semi-aberto e fechado)
Art. 33 § 1
Regime fechado = Considera-se regime fechado a execução da pena privativa de liberdade em estabelecimento de segurança máxima ou média (penitenciaria) 
Regime semiaberto = No regime semiaberto, a execução da pena se faz em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (presos limpam estradas... escoltados)
Regime aberto = A execução da pena ocorre em casa de albergado ou estabelecimento adequado “APAC” (por falta da casa do albergado o condenado fica preso em prisão domiciliar, ou seja, fica preso em casa e sai apenas para trabalhar, sem escolta)
Art. 33 § 2
As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, obeservando os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso 
Fechado: Pena superior a 8 anos 
Semiaberto: O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e menor que 8 anos, desde o principio poderá cumpri-la em regime semiaberto.
Aberto: O condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá desde o inicio cumpri-la em regime aberto.
* Nas hipóteses b e c, o condenado reincidente inicia o cumprimento da
pena em regime fechado. 
* É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
* A pena imposta por crime hediondo, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo deve ser cumprida inicialmente em regime fechado (art. 2.º, § 1.º, da Lei n. 8.072, de 25-7-1990), cabendo progressão de regime somente depois do cumprimento de dois quintos da pena 
(se primário o sentenciado) ou três quintos (se reincidente).
* De acordo com o STF, para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2.º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
 
*Efeito Trampolim: não se pode pular do regime fechado para o aberto, mas pode regredir do aberto para o fechado.
5) Regras do regime fechado Art. 34
No início do cumprimento da pena em regime fechado, o condenado será submetido a exame criminológico de classificação para a individualização da execução
Art. 34 § 1
O condenado fica sujeito a trabalho (na penitenciaria ou fora com escolta) no período diurno e isolamento durante o repouso noturno 
Art. 34 § 2
Dentro do estabelecimento, o trabalho será em comum, de acordo com as aptidões e ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena
Art. 34 § 3
É admissível o trabalho externo em serviços ou obras públicas
5) Regras do regime semiaberto Art. 35
O condenado, no início do cumprimento da pena, pode também ser submetido a exame criminológico de classificação para a individualização da execução. Embora o art. 35, caput, do CP, preveja a obrigatoriedade, de ver que o art. 8.º, parágrafo único, da LEP, fala em simples faculdade. Como as duas normas entraram em vigor na mesma data, diante do conflito, entendemos que deve prevalecer a que mais beneficia o condenado: trata-se, por isso, de simples faculdade do juiz.
Art. 35 § 1
Ele fica sujeito a trabalho (dentro ou fora da penitenciaria com escolta) em comum durante o período diurno em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar
Art. 35 § 2
É admissível o trabalho externo, bem como a freqüência a cursos
supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superiores
6) Regras do regime aberto Art. 36
Baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.
Art. 36 § 1
Nele, o condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga
Art. 36 § 2
O condenado deverá ser transferido do regime aberto se cometer fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada (o trabalho não ira remir pena)
7) Regime Especial Art. 37
As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal.
8) Direitos e trabalho do preso Art. 38
O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral.
9) Trabalho do preso Art. 39
O trabalho do preso será remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.
10) Legislação Especial Art. 40
Direitos dos presos estão disciplinados.
11) Superveniência de doença mental Art. 41 
O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado.
12) Detração Art. 42 
 Detração penal é o cômputo
Na pena privativa de liberdade e na medida de segurança do tempo de prisão provisória ou administrativa e o de internação em hospital ou manicômio. O CP disciplina a detração penal no art. 42: “Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior”
(“hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado”). Suponha-se que o agente, preso em decorrência de flagrante ou prisão preventiva, permaneça no cárcere durante seis meses, vindo a ser irrecorrivelmente condenado a um ano de reclusão. Terá de cumprir apenas seis
Meses, computando-se na pena (de um ano de reclusão) os outros seis meses já cumpridos.
13) Restritivas de direitos Art. 43 
As penas restritivas de direitos são:
Prestação pecuniária (consiste no pagamento à vítima, seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação sócia, com importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 e nem superior a 360 salários mínimos)
Perda de bens e valores (pertencentes ao condenado em favor do fundo penitenciário nacional)
Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas (atribuição de tarefas gratuitas ao condenado em entidades assistenciais, escolas, hospitais etc.)
Interdição temporária de direitos
Limitação de fim de semana
Alternativas penais, também chamadas substitutivos penais, são meios de que se vale olegislador visando impedir que ao autor de uma infração penal venha a ser aplicada medida ou pena privativa de liberdade. Exemplo encontra-se no art. 180 da LEP, que permite que a pena privativa de liberdade, na fase da execução, seja convertida em restritiva de direitos.
14) Art. 44
 As penas alternativas são autônomas (as penas restritivas de direitos podem ser aplicadas isoladamente, de modo que a pena final pode ser uma alternativa) e substitutivas (As penas alternativas são substitutivas. O juiz, em primeiro lugar, fixa a pena privativa de liberdade. Depois, a substitui por uma ou mais alternativas, se for o caso. Não podem ser aplicadas diretamente, nem cumuladas
Com as privativas de liberdade) substituem as privativas de liberdade quando:
a) aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; 
b) o réu não for reincidente em crime doloso;
c) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição é suficiente.
A conversão pode ser obrigatória ou facultativa. A conversão é obrigatória nos casos de descumprimento da restrição (art. 44, § 4.º) E Facultativa na hipótese de possibilidade de conversão (art. 44, § 5.º).
15) Art. 45
A prestação pecuniária, nos termos do art. 45, § 1.º, do CP,
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social de importância fixada pelo juiz. Não pode ser inferior a um nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
De acordo com o § 2.º do art. 45, o juiz pode substituir a pena de
Prestação pecuniária, presentes certas circunstâncias, por “prestação de outra natureza” (pena alternativa inominada). Significa que a pena alternativa, aplicada no lugar da privativa de liberdade, pode ser substituída por uma terceira, a “prestação de outra natureza”.
De acordo com o art. 45, § 3.º, do CP, a perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terão como teto — o que for maior — o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime.
16) Prestação de serviços a comunidade ou a entidade públicas Art. 46
A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a 6 (seis) meses de privação da liberdade.
§ 1.º A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
§ 2.º A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
§ 3.º As tarefas a que se refere o § 1.º serão atribuídas conforme as
Aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de 1 (uma) hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.
§ 4.º Se a pena substituída for superior a 1 (um) ano, é facultado ao
Condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada”.
É aplicável nos casos de penas superiores a seis meses de privação da liberdade e consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. O serviço deve ser prestado em entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. As
Aptidões do condenado devem ser consideradas pelo juiz na escolha da natureza do serviço. Na fixação da pena, atende-se à uma hora de tarefa por dia de condenação, considerada de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho do apenado. Convém ao juiz, na fixação da quantidade da pena privativa de liberdade a ser substituída por alternativa, fazê-lo a final, em dias e não em meses, para evitar dúvidas. Assim, p. ex., após condenar o réu a oito meses de detenção, substituídos por prestação de serviço à comunidade, é prudente que esclareça há quantos dias correspondem (240 dias).
17) Interdição temporária de direitos Art. 47 
De acordo com o art. 47 do CP, são interdições temporárias de direitos:
“I — proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública,
Bem como de mandato eletivo;
II — proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam
De habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;
III — suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo;
IV — proibição de freqüentar determinados lugares”.
A proibição do exercício do cargo não se confunde com a perda de
Função pública, cargo etc., que constitui efeito específico da condenação
(CP, art. 92, I).
Essas penas restritivas de direitos devem ser individualizadas, procurando
O juiz adequá-las ao fato e às condições do condenado. Aplicam-se
Na sentença condenatória.
A proibição de freqüência a determinados lugares (inc. IV) deve ser
Imposta considerando o local do cometimento do crime (bares, estádios
(Esportivos, casas de prostituição e boates) A sentença deve especificar
Qual o lugar ou lugares proibidos.
18) Limitação de fim de semana Art. 48
A limitação de fim de semana, diz o art. 48, caput, do CP, consiste na
Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias,
Em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante essa
Permanência, diz o parágrafo único, poderão ser ministrados ao condenado
Cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.
19) Multa Art. 49 
A quantidade dos dias-multa não é cominada pela norma penal incriminadora,
Que só faz referência à multa. Deve ser fixada pelo juiz, variando
De, no mínimo, dez dias-multa a, no máximo, trezentos e sessenta dias-
-multa (art. 49, caput).
O valor do dia-multa deve ser também fixado pelo juiz na sentença,
Não podendo ser inferior a um trigésimo do salário mínimo mensal de referência
Vigente ao tempo do fato, nem superior a cinco vezes esse salário
(art. 49, § 1.º).
- A Lei de Execução Penal adotou o sistema de remição, pelo qual “o
Condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir,
Pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena” (arts. 126 a 130) “A freqüência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semiaberto
Remição: 1 dia de pena = 12 de estudo 
1 dia de pena = 3 dias de trabalho.
4 dias de pena = obra lida e avaliada (12 por ano) 
O estudo ira remir a pena do regime aberto também 
- Livramento condicional
O réu é condenado há 8 anos, cumpri 4 (sempre metade da pena) ele poderá cumprir a outra metade em liberdade (com algumas condições)
- O exame criminológico tem a função de avaliar se o preso merece a progressão de regime 
- Detração: desconta o tempo da prisão preventiva.

Outros materiais