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O que é Eletrocardiograma e como é feito

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O QUE É O ELETROCARDIOGRAMA?
O eletrocardiograma é um exame que detecta a atividade elétrica do nosso coração. Podemos dizer que nosso coração é um órgão movido a eletricidade. Cada batimento, cada contração do músculo cardíaco, cada movimento das válvulas do coração são comandados por pequenos impulsos elétricos gerados no próprio coração.
Graças ao ECG conseguimos identificar os padrões normais de transmissão e geração destes impulsos elétricos. Anomalias na atividade elétrica cardíaca são sinais claros de que há problemas com nosso coração.
O eletrocardiograma é exame mais indicado para avaliar arritmias cardíacas e para a investigação inicial das isquemias cardíacas.
COMO É FEITO O ELETROCARDIOGRAMA?
O eletrocardiograma em repouso é feito com o paciente deitado e com o tronco nu. O ideal é que o paciente não tenha feito nenhum tipo de esforço nos últimos 10 minutos, nem  fumado nos últimos 30 minutos que antecedem o exame.
Seis eletrodos são fixados, através de adesivos, ao peito e mais 4 pás, também com eletrodos, são colocadas nos punhos e tornozelos. Habitualmente, usa-se um pouco de gel entre cada eletrodo e a pele para aumentar a condução elétrica.
Em alguns casos, os 6 adesivos com eletrodos fixados ao tórax são substituídos por peras de borracha com uma base metálica, que se fixa à pele através de vácuo, como ventosas.
Após a correta colocação dos eletrodos no paciente, os mesmos são ligados à máquina que fará a leitura da atividade elétrica do coração.
Não se assuste, não há  nenhum risco de você levar um choque durante o exame. O eletrocardiograma não apresenta nenhum risco à saúde; o pior que pode acontecer é você ter uma discreta alergia no local dos adesivos.
Se o paciente tiver muitos pelos no peito, é possível que seja preciso raspá-los antes, para que os eletrodos possam ser fixados.
O exame é muito rápido. Depois de tudo pronto o resultado sai em questão de segundos. A máquina capta os sinais elétricos do coração e imprime um traçado em um papel quadriculado próprio.
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
Para entender um pouco os resultados do eletrocardiograma, precisamos antes saber como se dá a geração e a propagação dos impulsos elétricos no coração. A explicação abaixo pode parecer confusa, mas é importante para entender conceitos, como “ritmo sinusal”, “alterações na repolarização ventricular”, “bloqueio de ramo”, frequentemente relatados nos laudos dos ECG.
O estímulo elétrico nasce no próprio coração, em uma região chamada de nodo sinusal (ou nó sinusal), localizado no ápice no átrio direito. O nodo sinusal produz continuamente e de modo regular impulsos elétricos que se propagam por todo o coração, induzindo a contração dos músculos cardíacos. Portanto, um coração em ritmo sinusal é aquele cujo os estímulos elétricos estão sendo normalmente gerados pelo nodo sinusal.
 
Coração em ritmo sinusal
Os impulsos elétricos ao se distribuírem por todo o músculo cardíaco induzem a entrada de íons de cálcio nas células do coração, um processo chamado de despolarização elétrica. A despolarização estimula a contração do músculo. Após a contração, grandes quantidades do íon potássio saem das células, num processo chamado de repolarização, que prepara as células musculares para nova despolarização. Enquanto não houver repolarização, a célula muscular não consegue se contrair novamente, por mais que receba estímulos elétricos.
A atividade elétrica normal nasce no nodo sinusal, despolariza primeiro o átrio direito e depois o átrio esquerdo. Após passar pelos dois átrios, o impulso elétrico chega ao nodo atrioventricular, na divisão entre os átrios e o ventrículo. Neste momento, o impulso sofre um pequeno retardo, que serve para que os átrios se contraiam antes dos ventrículos. No nodo atrioventricular, após alguns milissegundos de espera, o impulso elétrico é transmitido para os dois ventrículos, fazendo com que suas células se despolarizem, causando a contração cárdica e o bombeamento do sangue pelo coração. O impulso elétrico demora 0,19 segundo para percorrer todo o coração.
TRAÇADO BÁSICO DO ECG
Vamos falar apenas do básico, tentando abordar aquilo que mais aparece nos laudos dos eletrocardiogramas.
 
Acompanhe a figura. O traçado do eletrocardiograma é composto basicamente por 5 elementos: onda P, intervalo PR, complexo QRS, segmento ST e onda T. A saber:
A onda P é o traçado que corresponde à despolarização dos átrios (contração dos átrios).
O intervalo PR é o tempo entre o início da despolarização dos átrios e dos ventrículos.
O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos (contração dos ventrículos).
O segmento ST é o tempo entre o fim da despolarização e o início da repolarização dos ventrículos.
A onda T é a repolarização dos ventrículos, que passam a ficar aptos para nova contração.
Cada batimento cardíaco é composto por uma onda P, um complexo QRS e uma onda T.
Obs: a repolarização dos átrios ocorre ao mesmo tempo da despolarização dos ventrículos, por isso, ela não aparece no ECG, ficando encoberta pelo complexo QRS.
Obs 2: o complexo QRS pode ter várias aparências, dependendo da derivação em que ele é visualizado.
DERIVAÇÕES DO ECG
Todo esse percurso do impulso elétrico é captado e interpretado pelo eletrocardiograma através de traçados. As várias posições dos eletrodos são usadas para captar diferentes ângulos do coração, como se fossem várias câmeras voltadas para cada uma das partes do órgão.
O ECG habitual possui 12 derivações, que são como 12 ângulos diferentes que acompanham simultaneamente a propagação da atividade elétrica. Estas 12 derivações cobrem boa parte do tecido cardíaco. São chamadas de: D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3, V4, V5 eV6.
Exemplos: a parede inferior do ventrículo pode ser avaliada pelas derivações D2, D3 e aVF;  a parede anterior por V1 a V4 e a parede lateral alta por D1 e aVL. Portanto, uma alteração da condução elétrica que se repete nas derivações D2, D3 e aVF, por exemplo, indica algum problema na região inferior do ventrículo.
RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA
É impossível explicar todas as alterações possíveis de um ECG. Porém, posso indicar quais são os valores normais e as alterações mais comuns.
Um eletrocardiograma normal apresenta as seguintes informações:
– Frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto.
– Onda P presente, indicando ritmo sinusal. A onda P normal costuma ter menos de 0,12 segundos de duração.
– Intervalo PR tem duração entre entre 0,12 e 0,20 segundos.
– Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos.
– Eixo elétrico normal situa-se entre -30º e +90º.
PAPEL DO ELETROCARDIOGRAMA NO INFARTO DO MIOCÁRDIO
O eletrocardiograma, por ser barato e de fácil acesso, é o primeiro exame realizado nos pacientes que se apresentam com queixas de dor no peito. Há vários achados que podem indicar uma doença isquêmica, entre eles, elevação do segmento ST (supradesnivelamento do segmento ST), redução do segmento ST (infradesnivelamento do segmento ST), ondas T invertidas ou ondas T apiculadas.
O sinal mais clássico de infarto ao ECG é o supradesnivelamento do segmento ST, chamado infarto com supra. Porém, é importante destacar que nem todo infarto se apresenta com achados no ECG. Um eletrocardiograma normal não é suficiente para descartar um infarto!Se o paciente tem dor no peito e, principalmente, se tiver fatores de risco, como idade acima de 50 anos, obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo, etc., deve-se colher análises de sangue (geralmente doseamento da troponina) para melhor investigar um possível quadro de infarto.
Eletrocardiograma
 ECG

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