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METODOLOGIA DE PESQUISA PROF GIOVANA1[1]

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA- UDESC 
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DESPORTO-CEFID 
DISCIPLINA: METODOLOGIA DE PESQUISA 
1PROF. DRª GIOVANA ZARPELLON MAZO 
 
 
PROJETO DE PESQUISA 
 
 "Pesquisa é o conjunto de atividades intelectuais tendentes à descoberta de 
novos conhecimentos" (MONTEIRO & SAVEDRA, 2001, p. 61). 
 
 •Trata-se de um exame cuidadoso, metódico, sistemático e em profundidade, 
visando descobrir dados, ou ampliar e verificar informações existentes com o 
objetivo de acrescentar algo novo à realidade investigada. 
 
Natureza do trabalho científico: 
•É responsável pelo avanço científico e tecnológico nas diferentes áreas do 
conhecimento. 
•Caracteriza-se por ser uma atividade que exige organização, disciplina e 
criatividade. •O pesquisador realiza um recorte da realidade, rompe com o 
conhecimento vulgar e constrói novas teorias ou confronta as já existentes, 
estabelecendo relações significativas. 
 
A ética na investigação 
• Honradez no trabalho de produção científica: Refere-se à atitude do 
investigador de identificar as idéias de outros autores, assinalando a fonte 
de onde as retirou. Caso contrário, configura-se como uma apropriação 
indébita de idéias. 
• Amor à verdade: Refere-se à atitude, por parte do investigador / 
pesquisador, de busca da neutralidade ao (expor os fenômenos e suas 
causas, não deixando que fatores subjetivos encubram a verdade dos fatos. 
• A modéstia: Refere-se à atitude do pesquisador em relação à própria 
produção ou à alheia. O auto-elogio ou o menosprezo à produção alheia 
ferem a ética. 
• A ciência a serviço do homem: Toda investigação deveria estar relacionada 
a uma tentativa de melhorar a vida do homem, individual ou socialmente. 
• A preservação da identidade dos sujeitos-alvo da pesquisa: Diz respeito ao 
uso de nomes ou imagens sem as respectivas autorizações. 
• O sigilo profissional: Tem a ver com a preservação da identidade das 
pessoas-alvo da pesquisa. 
 
Fonte: Dusilek (1982) 
 
 
Disciplina de Metodologia de Pesquisa 
Profª Drª Giovana Zarpellon Mazo 
 
 1
O PROJETO DE PESQUISA 
 
O que é? 
Constitui-se no plano de trabalho da pesquisa. 
Finalidade: definir os rumos que o investigador deve tomar segundo suas 
questões de estudo, impedindo desperdício de tempo e custo elevado da 
pesquisa. Esse plano deve responder às seguintes perguntas: 
•O quê? 
•Por quê? 
•Para quê? 
•Para quem? 
•Onde? 
•Quando? Como? Com quê? 
Deve conter o ordenamento metódico daquilo que o pesquisador pretende realizar. 
 
Todo projeto é formado de partes: 
•Tema ou assunto da pesquisa (que responde o que investigar). 
•Problema a ser investigado. 
•Questões de estudo ou questões norteadoras - que devem ser respondidas 
quando o pesquisador desenvolver a pesquisa. 
•Justificativa (por quê?). 
•Objetivos: geral e específicos (para quê). 
•Revisão de literatura e ou Fundamentação teórica. 
•Metodologia - que responde ao como, com quem, para quê, onde etc. da 
pesquisa. •Referências. 
•Cronograma de atividades - o cronograma só aparece no Projeto de pesquisa. 
 
 
TEMA 
Trata-se do momento da seleção do fato, fenômeno ou assunto merecedor da 
pesquisa. 
Leva-se em consideração alguns aspectos: 
a) é de interesse científico? 
b) é um assunto que se deseja provar ou resolver? 
c) é possível de ser investigado? 
d) existe material bibliográfico sobre o assunto escolhido? 
e) o pesquisador tem familiaridade com o tema? 
f) que tempo o pesquisador tem disponível e que recurso possui para realizar a 
investigação? 
 
 
A delimitação do tema 
 Procure delimitar o tema. Para tanto, associe ao seu tema um fenômeno/um fato, 
uma idéia e decomponha-os em temas específicos. 
Exemplo: 
Tema geral: Nível de Atividade Física 
Tema específico: O nível de atividade física de mulheres idosas 
 2
 
 
Observação: 
Há necessidade de uma revisão da literatura já existente sobre o tema específico 
escolhido para verificar: 
•a relevância (ou seja, a contribuição social e científica), 
•a viabilidade (ou seja, se há disponibilidade de tempo, material e recursos 
humanos) 
•e se o tema é original. 
As teses já produzidas, a Internet, as trocas com pesquisadores ou professores 
ligados ao assunto poderão ser de grande valia. 
 
 
O problema 
 O que é? 
É uma questão não resolvida, que pode referir-se: 
• a alguma lacuna do conhecimento ou metodológica; 
• a alguma dúvida em relação a uma afirmação que é aceita pelo senso comum; 
• à vontade de testar, de pôr à prova uma suposição; 
• à vontade de compreender e investigar uma situação do cotidiano. 
 
O problema 
Formular um problema é dizer de maneira explícita, operacional, qual a dificuldade 
que existe, delimitando seu campo de investigação e apresentando suas 
características. 
Cuidados na elaboração do problema - delimitação 
• redigir apontando a relação entre dois fenômenos. • ser formulado como uma 
pergunta, expressa de maneira clara e precisa, delimitando o campo de 
investigação. • representar o quê será estudado. • especificar em que situação a 
pesquisa ocorrerá, qual é o foco a que está dirigida. 
Exemplos: Qual o nível de atividade física de mulheres idosas participantes de 
Grupos de Convivência de Idosos em Florianópolis, SC, Brasil? 
 
A hipótese 
 O que é? • Significa suposição. Supõe-se a relação entre dois fenômenos (entre 
duas variáveis), sendo que, quando uma influencia a outra, o fenômeno se 
evidencia. 
•• É uma formulação possível de solução de um determinado problema. 
•• Deve partir de conhecimentos prévios sobre o tema, sustentada em adequada 
revisão de literatura a respeito do tema. Somente assim haverá a possibilidade de 
fundamentar a relação entre as variáveis. 
•• Uma hipótese caracteriza-se por ser "uma verdade provisória", uma afirmação 
que se faz acerca de algo desconhecido, que surge a partir do problema 
construído. 
•• A hipótese é formulada em uma sentença afirmativa. . Dependendo do tipo de 
pesquisa, pode-se substituir a hipótese por questões de estudo ou questões 
norteadoras 
 3
 
 Hipóteses 
Exemplos: 
H0 A maioria das mulheres idosas participantes de Grupos de Convivência de 
Idosos em Florianópolis, SC, Brasil é do nível menos ativo. 
H1 A maioria das mulheres idosas participantes de Grupos de Convivência de 
Idosos em Florianópolis, SC, Brasil é do nível mais ativo. 
 
Questões de estudo 
•São questões resultantes do desdobramento de um problema. 
•São várias as questões que, se respondidas, permitem clarificar o problema. 
••As questões funcionam como roteiro da pesquisa. 
••É útil correlacionar as questões de estudo com a metodologia (coleta de dados e 
tratamento dos dados). 
••Se o pesquisador orientar-se por suas questões de estudo para formular os 
tópicos da pesquisa, isto favorecerá bastante o seu caminhar. 
 
Os objetivos 
•Responde ao que se quer saber sobre o assunto escolhido. 
Para que saber? 
Que dados investigar? 
Que recursos se irá utilizar para colher os dados? 
••Natureza dos objetivos: 
Ajudam a identificar a natureza da pesquisa e a delimitar a investigação. 
••Nos projetos destinados à resolução de problemas, procede-se à apresentação 
do objetivo geral e específicos. 
 
 
Função dos objetivos: 
•Esclarecer o desempenho visado. 
• Guiar a solução e organização dos conteúdos. 
• Orientar a seleção e a organização dos procedimentos. 
• Guiar a seleção dos recursos. 
• Permitir maior precisão na avaliação dos resultados. 
• Comunicar o que se espera alcançar. A formulação dos objetivos. 
• Os objetivos são formulados utilizando-se os verbos no tempo ínfinítívo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
 
 
 
Os objetivos 
 
Existem verbos que admitem interpretaçõesamplas para formular a intenção do 
pesquisador. 
Estes verbos são utilizados para se formular o objetivo geral: 
 
•Analisar 
•Verificar 
•Detectar 
•Diagnosticar 
•Avaliar 
•Propor 
•Descrever 
•Desenvolver 
•Aperfeiçoar 
•Compreender 
 
 
Existem verbos que admitem poucas interpretações. Utiliza-se esses verbos para 
formular os objetivos específicos: 
Aplicar 
Distinguir 
Numerar 
Identificar 
Contextualizar 
Classificar 
Comparar 
Conceituar 
Relacionar 
Exemplificar 
Traduzir 
 
Os objetivos 
Deve-se formular somente um objetivo geral que expresse a natureza da 
investigação e objetivos específicos que definirão os fins da investigação, para 
nortear os passos. 
Aconselha-se a formular o objetivo geral a partir do que se define no problema. 
Aconselha-se a formular os objetivos específicos a partir das questões de estudo 
(ou questões norteadoras). 
Essa prática de formulação de objetivos específicos poderá ajudar ao 
pesquisador, quando for elaborar sua revisão de literatura. 
 
É a partir de cada objetivo específico, ou mesmo de cada questão de estudo, que 
será realizado o movimento da investigação. 
 5
Na verdade, esses "subtemas" dos objetivos, futuramente, serão desenvolvidos, 
em profundidade, nos capítulos da pesquisa. 
O conjunto desses objetivos específicos deverá atender ao que foi proposto no 
objetivo geral, e, conseqüentemente, ao problema formulado. 
Os objetivos específicos deverão ser organizados respeitando-se uma seqüência 
lógica que favoreça o desenvolvimento da pesquisa. 
 
 
Classificação de pesquisas: 
O autor Antonio Carlos Gil Classifica as pesquisas com base em seus objetivos 
em: 
• Pesquisas Exploratórias; 
• Pesquisas Descritivas; 
• Pesquisas Explicativas; 
Com relação aos procedimentos técnicos utilizados, o autor classifica e faz, em 
seu livro, um delineamento de cada uma delas. A classificação é a seguinte: 
• Pesquisa bibliográfica; 
• Pesquisa documental; 
• Pesquisa experimental; 
• Pesquisa ex-pos facto; 
• Estudo de coorte; 
• Levantamento; 
• Estudo de campo; 
• Estudo de caso; 
• Pesquisa ação; 
• Pesquisa participante. 
 
 
 
Variáveis de pesquisa 
O que são variáveis? 
São características que são medidas, controladas ou manipuladas em uma 
pesquisa. 
Diferem em muitos aspectos, principalmente no papel que a elas é dado em uma 
pesquisa e na forma como podem ser medidas. 
 
Pesquisa "Correlacional" X Pesquisa "Experimental” 
Pesquisa correlacional (Levantamento) o pesquisador não influencia (ou tenta não 
influenciar) nenhuma variável, mas apenas as mede e procura por relações 
(correlações) entre elas, como pressão sangüínea e nível de colesterol. 
 6
Dados da pesquisa correlacional podem ser apenas "interpretados" em termos 
causais com base em outras teorias (não estatísticas) que o pesquisador conheça, 
mas não podem provar causalidade. 
 
Pesquisa "Correlacional" X Pesquisa "Experimental” 
Pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador manipula algumas variáveis e 
então mede os efeitos desta manipulação em outras variáveis; 
Por exemplo, aumentar artificialmente a pressão sangüínea e registrar o nível de 
colesterol. 
A análise dos dados em uma pesquisa experimental também calcula "correlações" 
entre variáveis, especificamente entre aquelas manipuladas e as que foram 
afetadas pela manipulação. 
Dados experimentais: relações causais (causa e efeito) entre variáveis. 
Por exemplo, se o pesquisador descobrir que sempre que muda a variável A então 
a variável B também muda, então ele poderá concluir que A "influencia" B. 
 
Variáveis dependentes e variáveis independentes. 
Aplicam-se principalmente à pesquisa experimental 
 
Variáveis independentes são aquelas que são manipuladas. 
Algumas variáveis são manipuladas, e, neste sentido, são "independentes" 
dos padrões de reação inicial, intenções e características dos sujeitos da 
pesquisa (unidades experimentais). 
Ex.: dois métodos de ensino de uma habilidade motora estão sendo comparados, 
então o método de ensino é uma variável independente (também chamada de 
experimental ou de tratamento) 
 
Variáveis dependentes e variáveis independentes.Variáveis dependentes são 
apenas medidas ou registradas. 
Espera-se que outras variáveis sejam "dependentes" da manipulação ou das 
condições experimentais. Ou seja, elas dependem "do que os sujeitos farão" em 
resposta. 
Ex.: Na comparação de dois métodos de ensino, a medida da habilidade é a 
variável dependente, é o produto. 
 
Variáveis Interveniente: variável que terão que ser controladas para não interferir 
no resultado. 
Ex.: a presença de outras pessoas na coleta de dados. 
 
Variáveis estranhas: aparece e não tem como controlar. 
Ex.: chove no dia da aplicação do método de ensino e da medida da habilidade 
motora. 
 
 
Níveis de Mensuração 
As variáveis diferem em "quão bem" elas podem ser medidas, isto é, em quanta 
informação seu nível de mensuração pode prover. 
 7
 
Variáveis nominais permitem apenas classificação qualitativa. 
Elas podem ser medidas apenas em termos de quais itens pertencem a diferentes 
categorias, mas não se pode quantificar nem mesmo ordenar tais categorias. 
Por exemplo, pode-se dizer que 2 indivíduos são diferentes em termos da variável 
A (sexo, por exemplo), mas não se pode dizer qual deles "tem mais" da qualidade 
representada pela variável. 
Exemplos típicos de variáveis nominais são sexo, raça, cidade... 
 
Variáveis ordinais: permitem ordenar os itens medidos em termos de qual tem 
menos e qual tem mais da qualidade representada pela variável, mas ainda não 
permitem que se diga "o quanto mais". 
Exemplo típico de uma variável ordinal é o status sócio-econômico das famílias 
residentes em uma localidade: sabe-se que média-alta é mais "alta" do que média, 
mas não se pode dizer, por exemplo, que é 18% mais alta. 
 
Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar em postos os itens que 
estão sendo medidos, mas também quantificar e comparar o tamanho das 
diferenças entre eles. 
Por exemplo, temperatura, medida em graus Celsius constitui uma variável 
intervalar. 
Pode-se dizer que a temperatura de 40C é maior do que 30C e que um aumento 
de 20C para 40C é duas vezes maior do que um aumento de 30C para 40C. 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
Nominal: sexo, raça, consumo de álcool (sim, não), gostar de matemática, ... 
Ordinal: classe social, grau de instrução, consumo de álcool (pouco, médio, 
muito), ... 
Discreta: número de filhos, número de reprovações em matemática, número de 
copos de álcool consumidos,... 
Contínua: estatura, nota na prova de matemática, quantidade de álcool 
consumido, ... 
 
 
O que é amostragem? 
 
A amostragem é um campo da estatística bastante sofisticado que estuda técnicas 
de planejamento de pesquisa para possibilitar inferências sobre um universo a 
partir do estudo de uma pequena parte de seus componentes, uma amostra. 
 
O que é amostra? 
 8
A definição de uma amostra envolve premissas que dizem respeito às 
características do evento estudado, dos fatores que exerçam influência sobre este 
evento e da análise que se pretenda fazer. 
Portanto, antes de definir o tamanho da amostra, o pesquisador deverá ocupar-se 
das definições de um planejamento amostral, cujas características serão 
particulares para cada estudo. 
 
População = N 
Conjunto de elementos que se deseja abranger no estudo considerado. Podem 
ser sujeitos ou unidade física. 
Devem ser precisamente definidos. 
 
Amostra = n 
•Subconjunto dos elementos da população. 
•Pedaço da população. 
 
Plano de amostragem 
1º) Objetivos do estudo 
2º) população a ser amostrada (pesquisada) 
Ex.: atletas de alto nível do voleibol 
3º) Parâmetros a serem estimados 
Ex.: Medidas antropométricas 
4º) Unidadede amostragem 
5º) Forma de seleção: 
•Aleatória (sorteio) 
•Não-aleatória (intencional) 
6º) Tamanho da amostra 
 
 
Exemplo 
População do Estudo: Todos os alunos matriculados na academia de 
musculação. N=450 alunos 
Plano Amostral: observar sobre a perda de peso. Faz-se uma análise nas fichas 
de trabalho, para verificação do objetivo de cada aluno, selecionando apenas os 
que querem perder peso. 
Amostra: Dentre os avaliados selecionou-se 150 mulheres e 40 homens. n=190 
alunos 
 
 
Técnicas de Amostragem 
 
Amostragem probabilística (aleatória) – a probabilidade de um elemento da 
população ser escolhido é conhecida. 
Amostragem não-probabilística (intencional): não se conhece a probabilidade 
de um elemento da população ser escolhido para participar da amostra. 
 
Amostragem Probabilística (aleatórias) 
 9
1 – Amostra aleatória simples 
2 – Amostragem sistemática 
3 – Amostragem estratificada 
4 – Amostragem estratificada proporcional 
5 – Amostragem por conglomerado 
 
 
 
1 – Amostra aleatória simples 
Processo mais elementar e freqüentemente 
Faz-se uma lista da população e sorteiam-se os elementos que farão parte da 
amostra. 
Ex.: Com o objetivo de verificar a incidência da obesidade em estudantes do curso 
de E.F. da UDESC, deseja-se extrair uma amostra aleatória simples de tamanho 
200. N=1000 n=200 
1)associa-se cada elemento da população a um nº 
2)Extração de uma amostra al. simples de tamanho n=200 
3)Tomar 200 números aleatórios do conjunto (01,02,.....200). Os estudantes 
associados com esses nºs formarão a amostra. Usar a tabela dos nºs aleatórios. 
 
 
2 – Amostra aleatória sistemática 
 
Variação da amostra aleatória simples quando a população está ordenada 
segundo algum critério (fichas, listas telefônicas, etc). 
a = N/n 
Sempre se sorteia um nº entre 1 e o resultado de “a” p/ ver o nº de início.a = 
1000/200 = 5 
 
Sorteia-se um nº entre 1 e 5 . Digamos que o nº sorteado foi 3, então inicia-se pela 
ficha 3, a amostra terá um intervalo de 5 em 5 a partir da ficha nº 3,8,13,18,23 
assim sucessivamente. 
 
3 – Amostragem Estratificada 
 
•Um conhecimento prévio sobre a população é necessário 
•A população é dividida em subgrupos (estratos) 
•Os estratos devem ser mais homogênios (internamente) que a população toda. 
•Sobre os estratos, realizam-se seleções aleatórias. 
 
 
4 – Amostragem Estratificada Proporcional 
Usada quando a população divide-se em sub-populações(estratos) razoavelmente 
homogêneos. 
Variáveis de estratificação são: idade, sexo, classe social, etc 
Estrato Proporção na N Tamanho do subg. 
Masc. 30/50=0,60(60%) np=0,60x10=6 (sorteio) 
 10
Fem. 20/50=0,40(40%) np=0,40x10=4 
N=50, quero uma amostra de n=10 
Selecionar aleatoriamente proporcional por estrato 
 
 
 
 
 
 
5 – Amostragem por conglomerado 
 
•A população é dividida em subpopulações distintas (conglomerados). 
•Resultados menos precisos 
•Custo bem menor 
•Não exige uma lista de todos elementos da população: ideal quando os 
elementos da população estão dispersos sobre grandes territoriais 
•Fração de amostragem: n/N elementos (fração da população que será 
efetivamente observada -aleatória) 
 
Realizada em 1º OU 2º estágios: 
1º Estágio: Seleção de conglomerados de elementos (aleatório) 
Ex:: Para selecionar uma amostra de academias de uma cidade: tomar as 
academias como conglomerados. 
2º Estágio: 
•Observam todos os elementos dos conglomerados selecionados no 1º estágio 
(aleatório) 
Ou 
•Nova seleção, tomando amostras de elementos dos conglomerados extraídos no 
1° estágio (aleatória). 
2º Estágio: 
Ex:: Para selecionar uma amostra de academias de musculação de Florianópolis: 
•Tomar as academias como conglomerados. 
•Pegar todos os participantes das academias ou fazer uma seleção aleatória dos 
sujeitos. 
Academias de Florianópolis : musculação 
1)Sorteia-se 3 academias (A). População= 190 pessoas 
2)Para satisfazer a fração de amostragem de 50% em cada academia, selecionar: 
A=25 B=40 C=30 pessoas 
 
 
Amostragem Não-Probabilística (intencional) 
1 – Amostra acidental 
2 – Amostra intencional 
3 – Amostragem por cotas 
 
 
1 – Amostra acidental 
 11
Amostra formada por elementos que vão aparecendo. 
Ex. Pesquisa de opinião 
Ex: Diagnosticar quais as sugestões de música para as aulas de ginástica nas 
academias de Florianópolis. As pessoas que freqüentarem as aulas de ginástica 
durante a semana da pesquisa farão parte da amostra. 
 
 
 
2 – Amostra intencional 
Amostra escolhida intencionalmente por algum critério. 
Ex: Estes indivíduos foram selecionados por atenderem alguns pré-requisitos 
estabelecidos: 
- todos objetivam perda de peso; 
- todos já praticam musculação por pelo menos 6 meses; 
- estão na faixa etária de 18 a 21 anos de idade. 
 
3 – Amostragem Por Cotas 
Usada quando a população divide-se em sub-populações (estratos) 
razoavelmente homogêneos, mas escolhidos intencional.. 
N=50, quero uma amostra de n=10 
Estrato Proporção na N Tamanho do subg. 
Masc. 30/50=0,60(60%) np=0,60x10=6 
Fem. 20/50=0,40(40%) np=0,40x10=4 
Escolhe 6 masc. e 4 fem. da população, intencional. 
 
 
Por que fazer Amostragem? 
•Economia: Torna-se mais econômico o levantamento de somente uma parte da 
população; 
• Tempo 
• Confiabilidade: Quando se pesquisa um número reduzido de elementos, pode-se 
dar mais atenção aos casos individuais, evitando erros nas respostas; 
• Operacionalidade: É mais fácil realizar operações de pequena escala. 
Tamanho de uma Amostra 
•O cálculo do tamanho da amostra é um problema complexo. 
Conceitos: 
•Parâmetro: Características específicas dos elementos da população. 
 
•Estatística: características descritivas dos elementos da amostra. 
 
•Estimativa: valor acusado por certa estatística, considerando uma amostra 
observada. 
 
EXEMPLO: Tamanho de uma amostra aleatória simples. •Na população de 
atletas de uma equipe, a porcentagem de atletas favoráveis a um programa de 
treinamento físico é um PARÂMETRO. 
 12
• Em uma amostra a ser retirada de 100 atletas, a porcentagem de atletas 
favoráveis ao programa de treinamento físico, é uma ESTATÍSTICA. 
• Se 60% destes atletas da amostra forem favoráveis, este valor é uma 
ESTIMATIVA. 
 
ERRO AMOSTRAL É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o 
verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
 Para a determinação do tamanho da amostra (n), o pesquisador precisa 
especificar o Erro Amostral Tolerável, ou seja, o quanto ele admite errar na 
avaliação dos parâmetros de interesse. 
Ex: Pesquisa eleitoral, tolera uma erro de 2%. Na verdade aquele candidato que 
tem 20%, ele tem 20±2% = 18 a 22%. 
 
Fórmula para o cálculo do tamanho da amostra 
 
Tamanho mínimo da amostra: 
 
Sem conhecer o N (população) 
no = _1_ 
 Eo2 
 
Conhecendo o N (população) 
n = N. no 
 N+ no 
N = tamanho da população (nº de elementos da população) 
 n= tamanho da amostra (nº de elementos da amostra) 
 no= primeira aproximação para o tamanho da amostra 
 Eo = erro amostral tolerável 
 
Exemplo de cálculo do tamanho da amostra aleatória simples 
 
Avaliar a % de atletas de atletismo que recebem patrocínio, em uma determinada 
população N=200 atletas de atletismo de Florianópolis,SC. Qual o tamanho 
mínimo de uma amostra, admitindo com alta confiança, que os erros amostrais 
não ultrapassem 4% (Eo= 0,04)? 
1ª aproximação no = 1/ (0,04)2 = 625 atletas 
 
2ª aproximação n = (200) . (625) = 125000 = 152 atletas 
 (200) + (625) 825 
 
Exemplo de cálculo do tamanho da amostra aleatória simples 
Avaliar a % de praticantes de atletismo, emuma determinada população 
N=200.000 praticantes de atletismo no Brasil. Qual o tamanho mínimo de uma 
amostra, admitindo com alta confiança, que os erros amostrais não ultrapassem 
4% (Eo= 0,04)? O no é independente do N 
 13
1ª aproximação (opção apenas por está aproximação) 
 no = 1/ (0,04)2 = 625 praticantes de atletismo 
 
 
2ª aproximação 
 
n = (200.000) . (625) = 623 prat. de atletismo 
 (200.000) + (625) 
 
OBS.: É errônea a idéia que para que a amostra seja representativa, deve 
abranger uma percentagem fixa da população. 
 
 
MARTINS, G.A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São 
Paulo: Ed. Atlas AS, 2000. 
BARBETA, P.A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da 
UFSC, 2001. 
 
 
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 
ENTREVISTA 
É a técnica em que o pesquisador se apresenta frente ao investigado e lhe 
formulam perguntas. 
Objetivo: obtenção de dados que interessam à investigação. 
Conteúdo - quatros tipos de objetivos: 
1) Averiguação dos fatos: descobrir se as pessoas que estão de posse de certas 
informações são capazes de compreende-las. 
2) Determinação das opiniões sobre os fatos: conhecer o que as pessoas pensam 
ou acreditam que os fatos sejam. 
Conteúdo - quatros tipos de objetivos: 
3) Descoberta de planos de ação: descobrir, por meio das definições individuais 
dadas, qual a conduta adequada em determinadas situações, a fim de prever qual 
seria a sua. 
4) Motivos conscientes para opiniões, sentimentos, sistemas ou condutas: 
descobrir quais fatores podem influenciar as opiniões, sentimentos e condutas e 
por quê. 
Padronizada ou Estruturada: entrevistador segue um roteiro previamente 
estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são pré-determinadas. 
Objetivo: obter dos entrevistados, respostas às mesmas perguntas, permitindo 
que todas sejam comparadas com o mesmo conjunto de perguntas. 
 
Despadronizada ou não-estruturada: o entrevistador tem liberdade para 
desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma 
forma de poder explorar mais amplamente uma questão. 
 14
Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma 
conversação informal. 
 
Painel: Consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas 
pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos. 
As perguntas devem ser formuladas de diversas maneiras, para que o 
entrevistado não distorça as respostas com essas repetições. 
 
 
Vantagens da Entrevista 
•Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou 
alfabetizados. 
•Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, 
formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de 
estar sendo compreendido. 
•Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o 
entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações, 
gestos, etc. 
•Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes 
documentais e que sejam relevantes e significativos. 
•Há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser 
comprovadas, de imediato, as discordâncias. 
• Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico. 
 
Limitações da Entrevista 
•Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes. 
•Incompreensão, por parte do informante, do significado das perguntas, da 
pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretação. 
•Possibilidade do entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, 
pelo questionador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, idéias, opiniões, etc. 
•Disposição e ou motivação do entrevistado em dar as informações necessárias. 
•Retenção de alguns dados importantes, receando que sua identidade seja 
revelada. 
•Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de dados. 
•Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada. 
 
PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA 
•Planejamento da entrevista: deve ter em vista o objetivo a ser alcançado; 
•Conhecimento prévio do entrevistado: objetiva conhecer o grau de familiaridade 
com o assunto; 
•Oportunidade da entrevista: marcar com antecedência a hora e o local, para 
assegurar-se de que será recebido; 
•Condições favoráveis: garantir ao entrevistado o segredo de suas confidências e 
de sua identidade; 
•Contato com líderes: espera-se obter maior entrosamento com o entrevistado e 
maior variabilidade de informações; 
•Conhecimento prévio do campo: evita desencontros e perda de tempo; 
 15
•Preparação específica: organizar roteiro ou formulário com as questões 
importantes. 
 
 
 
DIRETRIZES DA ENTREVISTA 
 
Contato Inicial: o pesquisador deve entrar em contato com o informante e 
estabelecer uma conversação amistosa, explicando a finalidade da pesquisa, seu 
objeto, relevância e ressaltar a necessidade de sua colaboração; 
Formulação de Perguntas: as perguntas devem ser feitas de acordo com o tipo 
de entrevista. 
Para não confundir o entrevistado, deve-se fazer uma pergunta de cada vez e, 
primeiro, as que não tenham probabilidade de ser recusadas. 
Registro de Respostas: as respostas se possível devem ser anotadas no 
momento da entrevista, para maior fidelidade e veracidade das informações. O 
uso do gravador é ideal, se o informante concordar com sua utilização. O registro 
deve ser feito com as mesmas palavras que o entrevistado usar, evitando resumi-
las; 
Término da Entrevista: agradecimento num ambiente de cordialidade, para que o 
pesquisador, se necessário, possa voltar e obter novos dados, sem que o 
informante se oponha a isso. A aprovação por parte do informante é importante. 
 
Entrevista devem atender aos seguintes requisitos: 
Validade: comparação com a fonte externa de outro entrevistador, observando as 
dúvidas, incertezas e hesitações demonstradas pelo entrevistado; 
Relevância: importância em relação aos objetivos da pesquisa; 
Especificidade e clareza: referência a dados, data, nomes, lugares, quantidade, 
percentagens, prazos, etc. com objetividade. A clareza dos termos colabora na 
especificidade; 
Profundidade: está relacionada com os sentimentos, pensamentos e lembranças 
do entrevistado, sua intensidade e intimidade; 
Extensão: amplitude da resposta. 
 
OBSERVAÇÃO 
É uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos 
na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver 
o ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar 
 
Fase exploratória: informações iniciais sobre alguns aspectos da realidade e 
sobre o conhecimento científico acumulado 
Finalidade: criar condições para a elaboração do projeto. 
 1 - Observa-se meticulosamente a literatura. 
 2 - Observa-se preliminarmente o campo. 
Fase de campo 
 16
 17
 A observação é aplicada sistematicamente para colher todas as 
informações necessárias para o exercício de refutação/afirmação das conjecturas 
apresentadas pela hipótese. 
 
Finalidade: criar condições para a validação empírica das hipóteses. 
 
 
OBSERVAÇÃO: VANTAGENS 
 
••PPoossssiibbiilliittaa mmeeiiooss ddiirreettooss ee ssaattiissffaattóórriiooss ppaarraa eessttuuddaarr uummaa aammppllaa vvaarriieeddaaddee ddee 
ffeennôômmeennooss;; 
••EExxiiggee mmeennooss ddoo oobbsseerrvvaaddoorr ddoo qquuee aass oouuttrraass ttééccnniiccaass;; 
••PPeerrmmiittee aa ccoolleettaa ddee ddaaddooss ssoobbrree uumm ccoonnjjuunnttoo ddee aattiittuuddeess ccoommppoorrttaammeennttaaiiss 
ttííppiiccaass;; 
•• DDeeppeennddee mmeennooss ddaa iinnttrroossppeeccççããoo oouu ddaa rreefflleexxããoo;; 
••PPeerrmmiittee aa eevviiddêênncciiaa ddeeddaaddooss nnããoo ccoonnssttaanntteess ddoo rrootteeiirroo ddee eennttrreevviissttaass oouu ddee 
qquueessttiioonnáárriiooss.. 
 
OBSERVAÇÃO: LIMITAÇÕES 
••OO oobbsseerrvvaaddoo tteennddee aa ccrriiaarr iimmpprreessssõõeess ffaavvoorráávveeiiss oouu ddeessffaavvoorráávveeiiss nnoo 
oobbsseerrvvaaddoorr;; 
••AA ooccoorrrrêênncciiaa eessppoonnttâânneeaa nnããoo ppooddee sseerr pprreevviissttaa,, oo qquuee iimmppeeddee,, mmuuiittaass vveezzeess,, oo 
oobbsseerrvvaaddoorr ddee pprreesseenncciiaarr oo ffaattoo;; 
••FFaattoorreess iimmpprreevviissttooss ppooddeemm iinntteerrffeerriirr nnaa ttaarreeffaa ddoo ppeessqquuiissaaddoorr;; 
••AA dduurraaççããoo ddooss aaccoonntteecciimmeennttooss éé vvaarriiáávveell:: ppooddee sseerr rrááppiiddaa oouu ddeemmoorraaddaa ee ooss 
ffaattooss ppooddeemm ooccoorrrreerr ssiimmuullttaanneeaammeennttee.. 
Meios utilizados: * Observação não-estruturada (assistemática) 
 * Observação estruturada (sistemática) 
•Participação do observador: * Observação não-participante 
 * Observação participante 
Número de observações: * Observação individual 
 * Observação em equipe 
•Lugar onde se realiza: * Observação efetuada na vida real (campo) 
 * Observação efetuada em laboratório 
 
 
Observação Assistemática 
 (= ocasional; simples; não estruturada) 
- -Consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o 
pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas 
diretas. 
- O êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador, de sua 
perspicácia, discernimento, preparo e treino. 
- Ficar atento, pois as vezes há uma única oportunidade para estudar um 
certo fenômeno; outras vezes estas oportunidades são raras. 
- 
Observação sistemática 
 (= planejada, estruturada, controlada) 
- -Realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos 
preestabelecidos. Deve ser planejada com cuidado e sistematizada. 
- O observador sabe o que procura e o que carece de importância em 
determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e 
eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. 
- Vários instrumentos podem ser utilizados: quadros, anotações, escalas, 
dispositivos mecânicos, etc. 
- Observação não-participante-O pesquisador toma contato com a realidade 
estudada, mas sem interagir-se a ela: permanece de fora. 
- Presencia o fato, mas não participa dele, não se deixa envolver pelas 
situações; faz mais o papel de espectador. Isto porém não quer dizer que a 
observação não seja consciente, dirigida, ordenada para um fim. 
- Observação participante-Consiste na participação real do pesquisador. Ele 
se incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um 
membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais 
deste. 
- Enfrenta-se grandes dificuldades para manter a objetividade pelo fato de 
exercer influência no grupo. O objetivo inicial é ganhar confiança do grupo, 
sem ocultar sua missão, mas, em certas circunstâncias, há mais vantagem 
no anonimato. 
 
Observação individual 
- É uma técnica de observação realizada por um pesquisador. Nesse caso, a 
personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas 
inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. 
 
Observação em equipe 
- É mais aconselhável do que a individual, pois o grupo pode observar a 
ocorrência por vários ângulos. 
- Pode-se realizar de diferentes formas: todos observam o mesmo ou cada 
um observa um aspecto; constituir uma rede de observadores, distribuídos 
por cidades, região, etc. 
- Observação na vida real-Normalmente as observações são feitas no 
ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, 
espontaneamente, sem a devida preparação. 
- A melhor ocasião para o registro é o local onde o evento ocorre. Isto reduz 
as tendências seletivas e a deturpação na reevocação. 
 
Observação em laboratório 
- -Aquela que tenta descobrir a ação e a conduta, que teve lugar em 
condições cuidadosamente dispostas e controladas. 
- É importante estabelecer condições o mais próximo do natural, que não 
sofram influências indevidas. 
- O uso de instrumentos adequados possibilita a realização de observações 
mais refinadas do que aquelas proporcionadas apenas pelos sentidos. 
 18
 
Campo de Observação 
- Serve para selecionar, limitar e identificar o que vai ser observado; 
- Só se define o campo com a definição de um problema que se pretende 
responder; 
- Deve abranger: a população, as circunstâncias, o local; 
- Deve ainda ser dividido em partes: unidades de observação. 
Unidades de Observação 
Unidade de observação é um modo de classificar conceitos, distinguindo e 
agrupando mentalmente as variáveis que existem na realidade. 
- são pessoas, grupos, objetos, atividades, instituições e acontecimentos dos 
quais a pesquisa versa , agrupadas por possuírem características em 
comum, sendo selecionados de acordo com o planejamento da observação. 
 
 Obs.: nos estudos epidemiológicos estas unidades podem ser denominadas de 
variáveis em estudos (dependentes e independentes). 
 
LEVIN, Jack “Estatísticas aplicada a ciência humanas” 20 ed., São Paulo, 
HARBRA, 1987. 
RUIZ, João Álvaro “Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos” São 
Paulo, Atlas, 1979. 
 
 
Questionário 
É uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado 
de questões apresentado por escrito as pessoas. 
Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por 
um portador; depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo. 
 
VANTAGENS 
 
• Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados. 
• Atinge maior número de pessoas simultaneamente. 
• Abrange uma área geográfica mais ampla. 
• Obtém respostas mais rápidas e precisas. 
• Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato. 
• Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas. 
•Há menos risco de distorção, pela não influencia do pesquisador. 
•Há mais tempo para responder e em hora mais favorável. 
•Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do 
instrumento. 
 
DESVANTAGENS 
 
•Percentagem pequena dos questionários que voltam; 
•Grande número de perguntas sem respostas; 
 19
•Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas; 
•Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas; 
•A dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma 
uniformidade aparente; 
•Na leitura de todas as perguntas, antes de responde-las, pode uma questão 
influenciar a outra; 
•A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização; 
•O desconhecimento das circunstâncias em que foram preenchidas torna difícil o 
controle e a verificação; 
•Exige um universo mais homogêneo. 
 
Questionário PROCESSO DE ELABORAÇÃO 
•O pesquisador deve conhecer bem o assunto para poder dividi-lo, organizando 
para cada objetivo específico, as perguntas específicas. 
•O questionário deve iniciar com perguntas gerais, chegando pouco a pouco às 
específicas, e colocar no final as questões de fato, para não causar insegurança. 
•O questionário deve ser limitado em extensão e em finalidade: 
Muito longo- causa fadiga e desinteresse; 
Muito curto- corre o risco de não oferecer suficientes informações. 
Deve conter de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 minutos para ser 
respondido. É claro que este número não é fixo: varia de acordo com tipo de 
pesquisa e dos informantes. 
•Deve ser acompanhado por instruções definidas e notas explicativas, para que o 
informante tome ciência do que se deseja dele.• O aspecto material e a estética também devem ser observados: tamanho, 
facilidade de manipulação, espaço suficiente para as respostas, a disposição dos 
itens, de forma a facilitar a computação dos dados. 
 
 
 
Questionário CLASSIFICAÇÃO DAS PERGUNTAS 
 
Perguntas Abertas e ou livres e não limitadas: são as que permitem ao 
informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões. 
Vantagens: investigações mais profundas e precisas; Desvantagens: dificulta a 
resposta ao próprio informante, que deverá redigi-la, na tabulação, no tratamento 
estatístico e na interpretação. A análise é difícil, complexa, cansativa e demorada. 
 
Perguntas Abertas: 
Exemplo: 
1) Qual é a sua opinião sobre o esporte de rendimento? 
2) O que você sabe sobre radicais livres e o exercício físico? 
 
Perguntas Fechadas: são aquelas que o informante escolhe sua resposta entre 
duas opções: sim ou não. 
Exemplo: 
1)Você pratica esporte regularmente? 
 20
 � sim 
 � não 
 
Perguntas de Múltipla Escolha: São perguntas fechadas, mas que apresentam 
uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. 
A técnica de escolha múltipla é facilmente tabulável e proporciona uma exploração 
em profundidade quase tão boa quanto a de perguntas abertas. 
Perguntas de Múltipla Escolha: perguntas com mostruário (as respostas possíveis 
estão estruturadas junto à pergunta, devendo o informante assinalar uma ou 
várias delas). 
Ex.: Quão satisfeito você está com a sua saúde? 
 � muito insatisfeito 
 � insatisfeito 
 � nem satisfeito e nem insatisfeito 
 � satisfeito 
 � muito satisfeito 
 
Perguntas de Múltipla Escolha: Combinação de respostas de múltipla escolha 
com as respostas abertas, possibilitando mais informações sobre o assunto, sem 
prejudicar a tabulação. 
Ex.: Qual (s) as atividade física que você pratica? 
 � caminhada 
 � esportes em geral 
 � dança 
 � ginástica 
 � Outra. Qual?...................................... 
 
Perguntas de fato: dizem respeito a questões concretas, fáceis de precisar; 
portanto referem-se a dados objetivos: idade, sexo, profissão, domicílio, estado 
civil ou conjugal, religião, etc. Geralmente não se fazem perguntas diretas sobre 
casos em que o informante sofra constrangimento. 
Ex.: 
1) Qual é a sua profissão? 
 
Perguntas de ação: referem-se a atitudes ou decisões tomadas pelo indivíduo. 
São objetivas, às vezes diretas demais, podendo, em alguns casos, despertar 
certa desconfiança por parte do informante, influindo no seu grau de sinceridade. 
Devem ser redigidas com bastante cuidado. 
Ex.: 
1) O que você fez de atividade física no final de semana? 
 � nenhuma atividade física 
 � caminhada 
 � joguei voleibol 
 � Outro Qual? ______________ 
 
 
Perguntas de opinião: representam a parte básica da pesquisa. 
 21
Ex.: 
1) Você acha que o cigarro? 
 � é prejudicial à saúde 
 � não afeta a saúde 
 � Não tem opinião 
 
 
QUANTO AO OBJETIVO, as perguntas podem ser: 
 
Perguntas de opinião: representam a parte básica da pesquisa. 
Ex.: 
1) Você acha que o cigarro? 
 � é prejudicial à saúde 
 � não afeta a saúde 
 � Não tem opinião 
 
Perguntas de ou sobre intenção: Tentam averiguar o procedimento do indivíduo 
em determinadas circunstâncias. Não se pode confiar na sinceridade da resposta; 
entretanto, os resultados podem ser considerados aproximativos. É um tipo de 
pergunta em grande escala nas pesquisas pré-eleitorais. 
Ex.: 
1) Nas eleições diretas para presidente, em quem você votará? 
 
 
GRUPO FOCAL 
A técnica grupo focal, isto é que existe um foco, um tópico a ser explorado. 
 
O grupo focal pode abordar: 
 
• Um tema específico, a fim de captar as diferentes visões sobre o mesmo; 
• Um grupo, a fim de captar sua visão de mundo ou determinados temas; 
• Ou ambos, tem e grupo, quando pretende entender em profundidade um 
comportamento dentro de um grupo determinado. 
 
Fases da técnica: 
Fase 1 
•Convite aos participantes em potencial 
•Preparação do encontro 
 
Fase 2 
• O encontro 
• Mapeamento dos participantes 
 
Fase 3 
•Transcrição das fitas, compilação dos dados, sempre observando a postura e 
influência do facilitador nas respostas obtidas. 
 
 22
HISTÓRIA DE VIDA 
 
Busca compreender o desenvolvimento da vida do sujeito investigado e traçar com 
ele uma biografia que descreve sua trajetória até o momento atual. 
 
Técnicas utilizadas: 
 
• História oral 
• História temática 
 
REDE DE RELAÇÕES 
É um conjunto específico de vínculo entre um conjunto específico de pessoas. 
As características desse conjunto podem ser usadas para interpretar o 
comportamento social das pessoas envolvidas. 
 
Ao pesquisador, interessa: 
 
•Organização dessas redes, 
• Os intercâmbios realizados (formais e informais, explícitos ou implícitos) 
• As formas de troca socialmente aceitáveis, à medida que essa informação 
permite o entendimento da estrutura social na qual se realizam. 
 
ELABORAÇÃO DE DESENHOS 
 
Esta técnica consiste em propor aos pesquisados que 
representem graficamente uma determinada situação ou concepção. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO/ORDENAÇÃO DE FOTOS OU GRAVURAS 
 
Consiste na apresentação, aos informantes, de um n° determinado de fotos de 
pessoas em situação diferentes ou com diversas condições físicas ( pessoas mais 
gordas e mais magras, mais altas e mais baixas, mais simples e mais sofisticadas, 
mais modernas e mais antigas), solicitando que o informante as coloquem em 
ordem quanto ao estado de saúde, por exemplo. 
 
DOCUMENTOS 
Seleção dos aspectos de interesse junto à fonte documental. 
 
DIÁRIO DE CAMPO 
 
•Antigamente eram cadernos de capa dura onde se registravam todas as 
observações necessárias para a pesquisa. 
•Atualmente os registros são feitos no computador, por programas de recepção e 
gerenciamento de dados. 
 23
•O "diário de campo eletrônico, é um registro fiel e detalhado de cada visita de 
campo, independente do fato de terem sido usadas 
•outras técnicas de pesquisa. 
•Muitas vezes, são as informações do diário de campo que nos 
•dão subsídios para analisar os dados coletados de outra forma. 
 
OUTROS TIPOS DE INSTRUMENTOS 
•Avaliação Neuro Muscular 
•Avaliação da Flexibilidade 
•Avaliação Antropométrica 
•Avaliação Cardiorrespiratória 
•Outras Avaliações 
 
AVALIAÇÃO NEURO-MUSCULAR 
- dinamômetro (mede a força de preensão manual); 
- teste abdominal; 
- salto vertical (mede indiretamente a força muscular dos membros 
inferiores); 
- teste de impulsão horizontal (mede indiretamente a força muscular de 
membros inferiores); 
- teste de flexão de braços 
- outros 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE 
Testes lineares (os que caracterizam por expressar os seus resultados em uma 
escala de distância): 
- Sentar e alcançar (medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores 
dos membros inferiores); 
- Extensão de tronco e pescoço (medir a capacidade de extensão do tronco e do 
pescoço); 
- Afastamento lateral dos membros inferiores (medir a amplitude do afastamento 
lateral dos membros inferiores). 
Testes adimensionais (constituem-se na interpretação dos movimentos articulares, 
comparando-os com uma folha de gabarito). 
- Flexiteste (método de avaliação passiva máxima de vinte movimentos articulares 
corporais, estuda o movimento das articulações do tornozelo, quadril, tronco, 
punho, cotovelo e ombro. Oito movimentos são feitos em membros inferiores, três 
no tronco, sendo os nove restantes nos membros superiores); 
Testes angulares (aqueles que possuem resultados expressos em ângulos 
(formados entre dois segmentos que se opõem na articulação). 
- Goniometria (avaliar a amplitude máxima de movimentos). 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
- Peso corporal; 
- Estatura; 
 24
- Comprimento tronco cefálico (distanciaentre o ponto mais alto da cabeça e o 
apoio da bacia, estando o avaliado sentado); 
- Envergadura (é a distância entre o dactylion direito e o esquerdo); 
- Diâmetros ósseos (medida biométrica realizada entre dois pontos simétricos os 
não, situados em planos perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo). 
Composição corporal: 
- Dobras cutâneas; 
- medidas de circunferência; 
- medidas de perimetria (algumas partes do corpo podem diagnosticar o %G = 
perimetria para homens: punho e abdômen; perimetria para mulheres: abdômen e 
glúteos); 
- IMC (indicado para diagnosticar excesso de peso e desnutrição) 
- outros 
 
AVAL. DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 
- Testes de Pista: Teste de Cooper, Teste de 1.000m, 
- Teste de 2.400m, Teste de 12 m na piscina, Teste de 9 m... 
- Testes em Banco 
- Testes em Cicloergômetro 
- Testes em Esteira Ergométrica, ... 
 
 
Medidas do estado de saúde e medidas de resultados de saúde: alguns 
requisitos exigíveis 
 
Duas das propriedades exigíveis são as que dizem respeito à: sua fiabilidade e 
validade 
 
Fiabilidade: refere-se à estabilidade, ou consistência da informação, ou seja, até 
que ponto a informação é idêntica, quando as medições são realizadas mais do 
que uma vez, ou por mais do que uma pessoa constitui o critério principal para se 
avaliar a qualidade e adequação de uma medida (Politoe Hungler, 1987). 
 
A fiabilidade pode ser testada em relação à: 
• Estabilidade 
• Equivalência 
• Consistência interna 
 
A estabilidade ou fiabilidade teste-reteste é avaliada pela aplicação da medida 
à mesma população, em diferentes pontos do tempo e pela comparação das 
pontuações obtidas. 
 
A equivalência ou fiabilidade inter-observador, diz respeito às comparações 
das pontuações obtidas por uma medida, quando aplicada por dois observadores 
para medir um mesmo fenômeno. 
 
 25
A consistência interna, ou homogeneidade, relaciona-se com o verificar se, 
numa qualquer medida, todas as suas funções, ou sub-escalas, medem a mesma 
característica. Um dos indicadores mais utilizados para análise da consistência 
interna é o alfa de Cronbach. A consistência interna é relevante para medidas que 
contêm itens relacionados com uma única dimensão. 
 
Validade 
A validade de uma medição refere-se à questão de saber até que ponto a 
característica, que o investigador deseja conhecer corresponde à realidade, isto é, 
um instrumento é válido se mede aquilo que é suposto medir (Polito e 
Hungler,1987). 
 
Existem três tipos básicos de validade: 
• de conteúdo 
• de critério e 
• de construção 
 
Validade de conteúdo diz respeito à escolha, adequação, importância e 
representatividade do conteúdo de um instrumento. Avaliar a validade de conteúdo 
envolve, antes de mais, o analisar se todos os conceitos relevantes estão 
representados. 
 
Validade de critério é o grau pelo qual uma determinada medida produz 
resultados, que correspondem aos obtidos pelo uso simultâneo de uma medida 
padrão de ouro (validade concorrente)ou o grau pelo qual é preditiva em relação a 
um resultado, ou acontecimento futuro (validade preditiva) não existem 
verdadeiras medidas do estado de saúde consideradas padrão de ouro. Uma das 
soluções passa por utilizar medidas, que possam ser consideradas quase padrão 
de ouro. 
 
Validade de construção é demonstrada, quando padrões de relações esperados 
são empiricamente observados refere-se à validação de uma teoria, ou seja, à 
confirmação das hipóteses, ou explicações, que advêm da teoria que serve de 
base à medida. 
A validade de construção pode ser testada através dos designados testes de 
validade convergente e de validade discriminante. 
 
Validade convergente, quando dois métodos de medição desenhados para medir 
a mesma construção, obtêm resultados similares validade discriminante, quando 
medidas de diferente construção fornecem resultados diferentes 
Poder de resposta uma outra propriedade psicométrica exigível enquanto atributo 
de uma medida, que pretenda medir resultados de saúde poder de resposta à 
mudança diz respeito à capacidade de um instrumento para detectar mudanças ao 
longo do tempo 
 
 26
Razões que podem levar um instrumento a não ter poder de resposta: não conter 
itens relevantes para um grupo particular de doentes incluir muitos itens 
relativamente estáticos incluir muitas questões globais individuais ou o uso, 
apenas, de um pequeno leque de categorias de respostas e,os efeitos de chão e 
de teto. 
 27
Distribuição normal 
Na opinião de muitos pesquisadores e estatísticos, a probabilidade 
de distribuição teórica mais importante em estatística é a chamada "distribuição 
normal". Também referida como "curva normal“ ou "distribuição Gaussiana". 
 
Principais características: 
- É uma distribuição que pode ser completamente descrita por dois 
- parâmetros, a média e a variância; 
- Tem o formato de um sino; 
- É simétrica em relação a média; 
- A média, a mediana e a moda são iguais; 
- É unimodal; 
- Assumindo variância constante, é uma distribuição que se desloca à 1 
- direita se a média aumenta e à esquerda se a média diminui; 
- Sofre achatamento quando a variância aumenta e alongamento quando a 
variância diminui: 
 
Testes Não Paramétricos Testes Paramétricos 
 
Aplicam-se a variáveis qualitativas Aplicam-se a variáveis quantitativas 
 
Teste Mann-Whitney »»»»»»»»» teste “t” amostras independentes 
 
Teste Kruskal-Wallis »»»»»»»»» Anova One-way 
 
Teste de Friedman »»»»»»»»» GLM ou Manova 
 
 
Análise Qualitativa 
 
Aplicativos para microcomputadores facilitam o trabalho: 
•gerenciar e explorar diferentes documentos (entrevistas, notas de campo, 
relatórios, tabelas e gráficos importados de programas de análise de dados 
quantitativos etc.), criar categorias, 
•codificar textos, 
•fazer cruzamentos, uniões, interseções de códigos já criados, 
•armazenar idéias, lembretes e notas sobre os dados, 
•importar e exportar dados para outros programas (editores de texto ou bancos de 
dados), 
•estabelecer padrões de análise para a construção de hipóteses, entre outros 
recursos. 
•Ex.: Folio Views e o NUD*IST. 
 
 
 28
Análise Qualitativa: Análise de Conteúdo 
Fases da Análise de Conteúdo (Bardin, 1979): 
 
Pré-análise: visa operacionalizar e sistematizar as idéias, elaborando um 
esquema preciso de desenvolvimento do trabalho. 
•Leitura superficial do material 
•Escolha dos documentos 
•Análise do material: codificação, categorização e quantificação 
•Tratamento dos resultados 
 
ETAPAS 
1 Definição do universo estudado: delimitação e definição clara 
 
2 Categorização: determinar as dimensões que serão analisadas. Etapa delicada, 
não sendo evidente determinar a priori suas principais categorias. 
Categorias origem: 
•documento objeto da análise 
•conhecimento geral da área 
•atividade que está inserida 
Processo de redução do texto- as muitas palavras e expressões do texto são 
transformadas em poucas categorias. 
 
Categorias devem ser: 
•exaustivas (percorrer todo o conjunto do texto) 
•exclusivas (os mesmos elementos não podem pertencer a diversas categorias) 
•objetivas (característica clara) 
•pertinentes (em relação aos objetivos perseguidos e com o conteúdo tratado) 
 
3 Escolha das unidades de análise 
Escolha das unidades de análise, diferentes enfoques: 
Palavras, tema, personagens e características espaciais ou temporais (Perrien, 
Chéron e Zins, 1984). 
Unidades amostrais, unidades de registro e unidades de contexto (Krippendorff, 
1980). 
 
4 Quantificação: permite o relacionamento das características dos textos 
combinadas ao universo estudado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
FIGURAS 
 
 
7,3
9,9
11,9
13,8
17,4
28,5
11,7
05
10
15
20
25
30
5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º
 
Figura 6. Distribuição dos alunos por série, da Escola General Porphyrio da Paz, de Paulínia, 
Campinas-SP, maio de 1998. 
 
HISTOGRAMA 
0
5
10
15
20
25
 
Figura 9. Distribuição das notas na prova de Matemática dos alunos da 5
 30
TABELAS 
 
Tabela 2. Número (n), percentagem (%) e teste do Qui-Quadrado (X²) entre o chefe de família e o seu 
estado civil. Florianópolis, SC, Brasil, 2001. 
Estado Civil 
Casada Solteira Viúva Divorciada 
Separada 
 
X² 
 
Chefe de 
família 
 
n 
 
% 
n % n % n % n % Valor p 
Próprio 
idoso 
Cônjuge 
Parentes 
155 
16 
27 
78.3 
8.1 
13.6 
33 
15 
8 
21.3 
93.8ª 
29.6 
8 
- 
3 
5.2 
- 
11.1 
106 
- 
14 
68.4ª 
- 
51.9 
8 
1 
2 
5.2 
6.3 
7.4 
Total (n e %) 198 100.0 56 28.3 11 5.6 120 60.6 11 5.6 
 
41.2 
 
<0.050 
ª Valor do resíduo ajustado >[2] 
 
Gráfico de dispersão 
 
GRÁFICO DE DISPERSÃO 
 
Gráfico de dispersão 
 
ATITUDE1
908070605040302010
N
O
T
A
12
10
8
6
4
2
0
ESCOLA
 3
 2
 1
Figura 12. Relação entre o desempenho e atitude em relação a Matemática dos 
alunos da 5ª série, por escola 
 
 
 
 
Disciplina de Metodologia de Pesquisa 
Profª Drª Giovana Zarpellon Mazo 
 
 31
 
 
 
Gráficos circulares (torta ou pizza) 
 
3%
22%
40%
35% AF Trabalho
AF Transporte
AF Doméstica
AF Lazer
 
Figura 1. Contribuição percentual das diferentes formas de atividades físicas (AF) em minutos por 
semana (períodos mínimos de 10 minutos contínuos). 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
AZEVEDO, I. B. O prazer da produção científica. Piracicaba, UNIMEP, 1993. 
CARVALHO, M.C.M. (org). Construindo o saber: Técnicas de Metodologia Científica. 
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LUNGARZO, C. O que é ciência. 4ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1992. 
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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normas diversas. Rio de Janeiro, 
ABNT, [s/d]. 
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prático. Petrópolis: Vozes, 2002. 
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São Paulo, Ed. Futura, 2001. 
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1996. 
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Atlas, 1994. 
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1999. 
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Ed. Atlas, 1996. 
MARQUES, M.O. Escrever é Preciso: o princípio da pesquisa científica.4ºed.Ijuí. Ed 
Unijuí, 2001. 
MINAYO, M.C.de S (org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 18º ed. 
Petrópolis. Ed Vozes, 2001. 
 32
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TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo, Ed. Pioneira, 1997. 
RICHARDSON, Roberto J. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3ª ed. revista e 
ampliada. São Paulo, Ed. Atlas, 1999. 
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BRUYNE, Paul de, HERMAN, Jacques & SCHOUTHEETE, Marc de . Dinâmica da Pesquisa 
em Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1977. 
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo, Ed. Cortez, 
1995. 
LIMA, Manolita Correia. A Engenharia de Produção Acadêmica. São Paulo, Ed. Unidas, 
1997. 
NOGUEIRA, Oracy. Pesquisa Social: Introdução às suas Técnicas. São Paulo, Nacional 
EDUSP, 1968. 
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. 30ª ed. Petrópolis, 
Ed. Vozes, 2001 
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa: Ação. São Paulo, Ed. Cortez, 1994. 
 
 
 33
	Técnicas de Amostragem 
	Limitações da Entrevista 
	PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA 
	DIRETRIZES DA ENTREVISTA 
	OBSERVAÇÃO 
	Observação Assistemática 
	Observação sistemática 
	Observação individual 
	Observação em equipe 
	Observação em laboratório 
	VANTAGENS 
	DESVANTAGENS 
	 
	Duas das propriedades exigíveis são as que dizem respeito à: sua fiabilidade e validade 
	Validade 
	Análise Qualitativa 
	ETAPAS 
	Estado Civil
	Próprio idoso 
	Parentes
	27
	GRÁFICO DE DISPERSÃO 
	 Figura 12. Relação entre o desempenho e atitude em relação a Matemática dos

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