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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA- UDESC CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DESPORTO-CEFID DISCIPLINA: METODOLOGIA DE PESQUISA 1PROF. DRª GIOVANA ZARPELLON MAZO PROJETO DE PESQUISA "Pesquisa é o conjunto de atividades intelectuais tendentes à descoberta de novos conhecimentos" (MONTEIRO & SAVEDRA, 2001, p. 61). •Trata-se de um exame cuidadoso, metódico, sistemático e em profundidade, visando descobrir dados, ou ampliar e verificar informações existentes com o objetivo de acrescentar algo novo à realidade investigada. Natureza do trabalho científico: •É responsável pelo avanço científico e tecnológico nas diferentes áreas do conhecimento. •Caracteriza-se por ser uma atividade que exige organização, disciplina e criatividade. •O pesquisador realiza um recorte da realidade, rompe com o conhecimento vulgar e constrói novas teorias ou confronta as já existentes, estabelecendo relações significativas. A ética na investigação • Honradez no trabalho de produção científica: Refere-se à atitude do investigador de identificar as idéias de outros autores, assinalando a fonte de onde as retirou. Caso contrário, configura-se como uma apropriação indébita de idéias. • Amor à verdade: Refere-se à atitude, por parte do investigador / pesquisador, de busca da neutralidade ao (expor os fenômenos e suas causas, não deixando que fatores subjetivos encubram a verdade dos fatos. • A modéstia: Refere-se à atitude do pesquisador em relação à própria produção ou à alheia. O auto-elogio ou o menosprezo à produção alheia ferem a ética. • A ciência a serviço do homem: Toda investigação deveria estar relacionada a uma tentativa de melhorar a vida do homem, individual ou socialmente. • A preservação da identidade dos sujeitos-alvo da pesquisa: Diz respeito ao uso de nomes ou imagens sem as respectivas autorizações. • O sigilo profissional: Tem a ver com a preservação da identidade das pessoas-alvo da pesquisa. Fonte: Dusilek (1982) Disciplina de Metodologia de Pesquisa Profª Drª Giovana Zarpellon Mazo 1 O PROJETO DE PESQUISA O que é? Constitui-se no plano de trabalho da pesquisa. Finalidade: definir os rumos que o investigador deve tomar segundo suas questões de estudo, impedindo desperdício de tempo e custo elevado da pesquisa. Esse plano deve responder às seguintes perguntas: •O quê? •Por quê? •Para quê? •Para quem? •Onde? •Quando? Como? Com quê? Deve conter o ordenamento metódico daquilo que o pesquisador pretende realizar. Todo projeto é formado de partes: •Tema ou assunto da pesquisa (que responde o que investigar). •Problema a ser investigado. •Questões de estudo ou questões norteadoras - que devem ser respondidas quando o pesquisador desenvolver a pesquisa. •Justificativa (por quê?). •Objetivos: geral e específicos (para quê). •Revisão de literatura e ou Fundamentação teórica. •Metodologia - que responde ao como, com quem, para quê, onde etc. da pesquisa. •Referências. •Cronograma de atividades - o cronograma só aparece no Projeto de pesquisa. TEMA Trata-se do momento da seleção do fato, fenômeno ou assunto merecedor da pesquisa. Leva-se em consideração alguns aspectos: a) é de interesse científico? b) é um assunto que se deseja provar ou resolver? c) é possível de ser investigado? d) existe material bibliográfico sobre o assunto escolhido? e) o pesquisador tem familiaridade com o tema? f) que tempo o pesquisador tem disponível e que recurso possui para realizar a investigação? A delimitação do tema Procure delimitar o tema. Para tanto, associe ao seu tema um fenômeno/um fato, uma idéia e decomponha-os em temas específicos. Exemplo: Tema geral: Nível de Atividade Física Tema específico: O nível de atividade física de mulheres idosas 2 Observação: Há necessidade de uma revisão da literatura já existente sobre o tema específico escolhido para verificar: •a relevância (ou seja, a contribuição social e científica), •a viabilidade (ou seja, se há disponibilidade de tempo, material e recursos humanos) •e se o tema é original. As teses já produzidas, a Internet, as trocas com pesquisadores ou professores ligados ao assunto poderão ser de grande valia. O problema O que é? É uma questão não resolvida, que pode referir-se: • a alguma lacuna do conhecimento ou metodológica; • a alguma dúvida em relação a uma afirmação que é aceita pelo senso comum; • à vontade de testar, de pôr à prova uma suposição; • à vontade de compreender e investigar uma situação do cotidiano. O problema Formular um problema é dizer de maneira explícita, operacional, qual a dificuldade que existe, delimitando seu campo de investigação e apresentando suas características. Cuidados na elaboração do problema - delimitação • redigir apontando a relação entre dois fenômenos. • ser formulado como uma pergunta, expressa de maneira clara e precisa, delimitando o campo de investigação. • representar o quê será estudado. • especificar em que situação a pesquisa ocorrerá, qual é o foco a que está dirigida. Exemplos: Qual o nível de atividade física de mulheres idosas participantes de Grupos de Convivência de Idosos em Florianópolis, SC, Brasil? A hipótese O que é? • Significa suposição. Supõe-se a relação entre dois fenômenos (entre duas variáveis), sendo que, quando uma influencia a outra, o fenômeno se evidencia. •• É uma formulação possível de solução de um determinado problema. •• Deve partir de conhecimentos prévios sobre o tema, sustentada em adequada revisão de literatura a respeito do tema. Somente assim haverá a possibilidade de fundamentar a relação entre as variáveis. •• Uma hipótese caracteriza-se por ser "uma verdade provisória", uma afirmação que se faz acerca de algo desconhecido, que surge a partir do problema construído. •• A hipótese é formulada em uma sentença afirmativa. . Dependendo do tipo de pesquisa, pode-se substituir a hipótese por questões de estudo ou questões norteadoras 3 Hipóteses Exemplos: H0 A maioria das mulheres idosas participantes de Grupos de Convivência de Idosos em Florianópolis, SC, Brasil é do nível menos ativo. H1 A maioria das mulheres idosas participantes de Grupos de Convivência de Idosos em Florianópolis, SC, Brasil é do nível mais ativo. Questões de estudo •São questões resultantes do desdobramento de um problema. •São várias as questões que, se respondidas, permitem clarificar o problema. ••As questões funcionam como roteiro da pesquisa. ••É útil correlacionar as questões de estudo com a metodologia (coleta de dados e tratamento dos dados). ••Se o pesquisador orientar-se por suas questões de estudo para formular os tópicos da pesquisa, isto favorecerá bastante o seu caminhar. Os objetivos •Responde ao que se quer saber sobre o assunto escolhido. Para que saber? Que dados investigar? Que recursos se irá utilizar para colher os dados? ••Natureza dos objetivos: Ajudam a identificar a natureza da pesquisa e a delimitar a investigação. ••Nos projetos destinados à resolução de problemas, procede-se à apresentação do objetivo geral e específicos. Função dos objetivos: •Esclarecer o desempenho visado. • Guiar a solução e organização dos conteúdos. • Orientar a seleção e a organização dos procedimentos. • Guiar a seleção dos recursos. • Permitir maior precisão na avaliação dos resultados. • Comunicar o que se espera alcançar. A formulação dos objetivos. • Os objetivos são formulados utilizando-se os verbos no tempo ínfinítívo. 4 Os objetivos Existem verbos que admitem interpretaçõesamplas para formular a intenção do pesquisador. Estes verbos são utilizados para se formular o objetivo geral: •Analisar •Verificar •Detectar •Diagnosticar •Avaliar •Propor •Descrever •Desenvolver •Aperfeiçoar •Compreender Existem verbos que admitem poucas interpretações. Utiliza-se esses verbos para formular os objetivos específicos: Aplicar Distinguir Numerar Identificar Contextualizar Classificar Comparar Conceituar Relacionar Exemplificar Traduzir Os objetivos Deve-se formular somente um objetivo geral que expresse a natureza da investigação e objetivos específicos que definirão os fins da investigação, para nortear os passos. Aconselha-se a formular o objetivo geral a partir do que se define no problema. Aconselha-se a formular os objetivos específicos a partir das questões de estudo (ou questões norteadoras). Essa prática de formulação de objetivos específicos poderá ajudar ao pesquisador, quando for elaborar sua revisão de literatura. É a partir de cada objetivo específico, ou mesmo de cada questão de estudo, que será realizado o movimento da investigação. 5 Na verdade, esses "subtemas" dos objetivos, futuramente, serão desenvolvidos, em profundidade, nos capítulos da pesquisa. O conjunto desses objetivos específicos deverá atender ao que foi proposto no objetivo geral, e, conseqüentemente, ao problema formulado. Os objetivos específicos deverão ser organizados respeitando-se uma seqüência lógica que favoreça o desenvolvimento da pesquisa. Classificação de pesquisas: O autor Antonio Carlos Gil Classifica as pesquisas com base em seus objetivos em: • Pesquisas Exploratórias; • Pesquisas Descritivas; • Pesquisas Explicativas; Com relação aos procedimentos técnicos utilizados, o autor classifica e faz, em seu livro, um delineamento de cada uma delas. A classificação é a seguinte: • Pesquisa bibliográfica; • Pesquisa documental; • Pesquisa experimental; • Pesquisa ex-pos facto; • Estudo de coorte; • Levantamento; • Estudo de campo; • Estudo de caso; • Pesquisa ação; • Pesquisa participante. Variáveis de pesquisa O que são variáveis? São características que são medidas, controladas ou manipuladas em uma pesquisa. Diferem em muitos aspectos, principalmente no papel que a elas é dado em uma pesquisa e na forma como podem ser medidas. Pesquisa "Correlacional" X Pesquisa "Experimental” Pesquisa correlacional (Levantamento) o pesquisador não influencia (ou tenta não influenciar) nenhuma variável, mas apenas as mede e procura por relações (correlações) entre elas, como pressão sangüínea e nível de colesterol. 6 Dados da pesquisa correlacional podem ser apenas "interpretados" em termos causais com base em outras teorias (não estatísticas) que o pesquisador conheça, mas não podem provar causalidade. Pesquisa "Correlacional" X Pesquisa "Experimental” Pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador manipula algumas variáveis e então mede os efeitos desta manipulação em outras variáveis; Por exemplo, aumentar artificialmente a pressão sangüínea e registrar o nível de colesterol. A análise dos dados em uma pesquisa experimental também calcula "correlações" entre variáveis, especificamente entre aquelas manipuladas e as que foram afetadas pela manipulação. Dados experimentais: relações causais (causa e efeito) entre variáveis. Por exemplo, se o pesquisador descobrir que sempre que muda a variável A então a variável B também muda, então ele poderá concluir que A "influencia" B. Variáveis dependentes e variáveis independentes. Aplicam-se principalmente à pesquisa experimental Variáveis independentes são aquelas que são manipuladas. Algumas variáveis são manipuladas, e, neste sentido, são "independentes" dos padrões de reação inicial, intenções e características dos sujeitos da pesquisa (unidades experimentais). Ex.: dois métodos de ensino de uma habilidade motora estão sendo comparados, então o método de ensino é uma variável independente (também chamada de experimental ou de tratamento) Variáveis dependentes e variáveis independentes.Variáveis dependentes são apenas medidas ou registradas. Espera-se que outras variáveis sejam "dependentes" da manipulação ou das condições experimentais. Ou seja, elas dependem "do que os sujeitos farão" em resposta. Ex.: Na comparação de dois métodos de ensino, a medida da habilidade é a variável dependente, é o produto. Variáveis Interveniente: variável que terão que ser controladas para não interferir no resultado. Ex.: a presença de outras pessoas na coleta de dados. Variáveis estranhas: aparece e não tem como controlar. Ex.: chove no dia da aplicação do método de ensino e da medida da habilidade motora. Níveis de Mensuração As variáveis diferem em "quão bem" elas podem ser medidas, isto é, em quanta informação seu nível de mensuração pode prover. 7 Variáveis nominais permitem apenas classificação qualitativa. Elas podem ser medidas apenas em termos de quais itens pertencem a diferentes categorias, mas não se pode quantificar nem mesmo ordenar tais categorias. Por exemplo, pode-se dizer que 2 indivíduos são diferentes em termos da variável A (sexo, por exemplo), mas não se pode dizer qual deles "tem mais" da qualidade representada pela variável. Exemplos típicos de variáveis nominais são sexo, raça, cidade... Variáveis ordinais: permitem ordenar os itens medidos em termos de qual tem menos e qual tem mais da qualidade representada pela variável, mas ainda não permitem que se diga "o quanto mais". Exemplo típico de uma variável ordinal é o status sócio-econômico das famílias residentes em uma localidade: sabe-se que média-alta é mais "alta" do que média, mas não se pode dizer, por exemplo, que é 18% mais alta. Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar em postos os itens que estão sendo medidos, mas também quantificar e comparar o tamanho das diferenças entre eles. Por exemplo, temperatura, medida em graus Celsius constitui uma variável intervalar. Pode-se dizer que a temperatura de 40C é maior do que 30C e que um aumento de 20C para 40C é duas vezes maior do que um aumento de 30C para 40C. Exemplos: Nominal: sexo, raça, consumo de álcool (sim, não), gostar de matemática, ... Ordinal: classe social, grau de instrução, consumo de álcool (pouco, médio, muito), ... Discreta: número de filhos, número de reprovações em matemática, número de copos de álcool consumidos,... Contínua: estatura, nota na prova de matemática, quantidade de álcool consumido, ... O que é amostragem? A amostragem é um campo da estatística bastante sofisticado que estuda técnicas de planejamento de pesquisa para possibilitar inferências sobre um universo a partir do estudo de uma pequena parte de seus componentes, uma amostra. O que é amostra? 8 A definição de uma amostra envolve premissas que dizem respeito às características do evento estudado, dos fatores que exerçam influência sobre este evento e da análise que se pretenda fazer. Portanto, antes de definir o tamanho da amostra, o pesquisador deverá ocupar-se das definições de um planejamento amostral, cujas características serão particulares para cada estudo. População = N Conjunto de elementos que se deseja abranger no estudo considerado. Podem ser sujeitos ou unidade física. Devem ser precisamente definidos. Amostra = n •Subconjunto dos elementos da população. •Pedaço da população. Plano de amostragem 1º) Objetivos do estudo 2º) população a ser amostrada (pesquisada) Ex.: atletas de alto nível do voleibol 3º) Parâmetros a serem estimados Ex.: Medidas antropométricas 4º) Unidadede amostragem 5º) Forma de seleção: •Aleatória (sorteio) •Não-aleatória (intencional) 6º) Tamanho da amostra Exemplo População do Estudo: Todos os alunos matriculados na academia de musculação. N=450 alunos Plano Amostral: observar sobre a perda de peso. Faz-se uma análise nas fichas de trabalho, para verificação do objetivo de cada aluno, selecionando apenas os que querem perder peso. Amostra: Dentre os avaliados selecionou-se 150 mulheres e 40 homens. n=190 alunos Técnicas de Amostragem Amostragem probabilística (aleatória) – a probabilidade de um elemento da população ser escolhido é conhecida. Amostragem não-probabilística (intencional): não se conhece a probabilidade de um elemento da população ser escolhido para participar da amostra. Amostragem Probabilística (aleatórias) 9 1 – Amostra aleatória simples 2 – Amostragem sistemática 3 – Amostragem estratificada 4 – Amostragem estratificada proporcional 5 – Amostragem por conglomerado 1 – Amostra aleatória simples Processo mais elementar e freqüentemente Faz-se uma lista da população e sorteiam-se os elementos que farão parte da amostra. Ex.: Com o objetivo de verificar a incidência da obesidade em estudantes do curso de E.F. da UDESC, deseja-se extrair uma amostra aleatória simples de tamanho 200. N=1000 n=200 1)associa-se cada elemento da população a um nº 2)Extração de uma amostra al. simples de tamanho n=200 3)Tomar 200 números aleatórios do conjunto (01,02,.....200). Os estudantes associados com esses nºs formarão a amostra. Usar a tabela dos nºs aleatórios. 2 – Amostra aleatória sistemática Variação da amostra aleatória simples quando a população está ordenada segundo algum critério (fichas, listas telefônicas, etc). a = N/n Sempre se sorteia um nº entre 1 e o resultado de “a” p/ ver o nº de início.a = 1000/200 = 5 Sorteia-se um nº entre 1 e 5 . Digamos que o nº sorteado foi 3, então inicia-se pela ficha 3, a amostra terá um intervalo de 5 em 5 a partir da ficha nº 3,8,13,18,23 assim sucessivamente. 3 – Amostragem Estratificada •Um conhecimento prévio sobre a população é necessário •A população é dividida em subgrupos (estratos) •Os estratos devem ser mais homogênios (internamente) que a população toda. •Sobre os estratos, realizam-se seleções aleatórias. 4 – Amostragem Estratificada Proporcional Usada quando a população divide-se em sub-populações(estratos) razoavelmente homogêneos. Variáveis de estratificação são: idade, sexo, classe social, etc Estrato Proporção na N Tamanho do subg. Masc. 30/50=0,60(60%) np=0,60x10=6 (sorteio) 10 Fem. 20/50=0,40(40%) np=0,40x10=4 N=50, quero uma amostra de n=10 Selecionar aleatoriamente proporcional por estrato 5 – Amostragem por conglomerado •A população é dividida em subpopulações distintas (conglomerados). •Resultados menos precisos •Custo bem menor •Não exige uma lista de todos elementos da população: ideal quando os elementos da população estão dispersos sobre grandes territoriais •Fração de amostragem: n/N elementos (fração da população que será efetivamente observada -aleatória) Realizada em 1º OU 2º estágios: 1º Estágio: Seleção de conglomerados de elementos (aleatório) Ex:: Para selecionar uma amostra de academias de uma cidade: tomar as academias como conglomerados. 2º Estágio: •Observam todos os elementos dos conglomerados selecionados no 1º estágio (aleatório) Ou •Nova seleção, tomando amostras de elementos dos conglomerados extraídos no 1° estágio (aleatória). 2º Estágio: Ex:: Para selecionar uma amostra de academias de musculação de Florianópolis: •Tomar as academias como conglomerados. •Pegar todos os participantes das academias ou fazer uma seleção aleatória dos sujeitos. Academias de Florianópolis : musculação 1)Sorteia-se 3 academias (A). População= 190 pessoas 2)Para satisfazer a fração de amostragem de 50% em cada academia, selecionar: A=25 B=40 C=30 pessoas Amostragem Não-Probabilística (intencional) 1 – Amostra acidental 2 – Amostra intencional 3 – Amostragem por cotas 1 – Amostra acidental 11 Amostra formada por elementos que vão aparecendo. Ex. Pesquisa de opinião Ex: Diagnosticar quais as sugestões de música para as aulas de ginástica nas academias de Florianópolis. As pessoas que freqüentarem as aulas de ginástica durante a semana da pesquisa farão parte da amostra. 2 – Amostra intencional Amostra escolhida intencionalmente por algum critério. Ex: Estes indivíduos foram selecionados por atenderem alguns pré-requisitos estabelecidos: - todos objetivam perda de peso; - todos já praticam musculação por pelo menos 6 meses; - estão na faixa etária de 18 a 21 anos de idade. 3 – Amostragem Por Cotas Usada quando a população divide-se em sub-populações (estratos) razoavelmente homogêneos, mas escolhidos intencional.. N=50, quero uma amostra de n=10 Estrato Proporção na N Tamanho do subg. Masc. 30/50=0,60(60%) np=0,60x10=6 Fem. 20/50=0,40(40%) np=0,40x10=4 Escolhe 6 masc. e 4 fem. da população, intencional. Por que fazer Amostragem? •Economia: Torna-se mais econômico o levantamento de somente uma parte da população; • Tempo • Confiabilidade: Quando se pesquisa um número reduzido de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando erros nas respostas; • Operacionalidade: É mais fácil realizar operações de pequena escala. Tamanho de uma Amostra •O cálculo do tamanho da amostra é um problema complexo. Conceitos: •Parâmetro: Características específicas dos elementos da população. •Estatística: características descritivas dos elementos da amostra. •Estimativa: valor acusado por certa estatística, considerando uma amostra observada. EXEMPLO: Tamanho de uma amostra aleatória simples. •Na população de atletas de uma equipe, a porcentagem de atletas favoráveis a um programa de treinamento físico é um PARÂMETRO. 12 • Em uma amostra a ser retirada de 100 atletas, a porcentagem de atletas favoráveis ao programa de treinamento físico, é uma ESTATÍSTICA. • Se 60% destes atletas da amostra forem favoráveis, este valor é uma ESTIMATIVA. ERRO AMOSTRAL É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. Para a determinação do tamanho da amostra (n), o pesquisador precisa especificar o Erro Amostral Tolerável, ou seja, o quanto ele admite errar na avaliação dos parâmetros de interesse. Ex: Pesquisa eleitoral, tolera uma erro de 2%. Na verdade aquele candidato que tem 20%, ele tem 20±2% = 18 a 22%. Fórmula para o cálculo do tamanho da amostra Tamanho mínimo da amostra: Sem conhecer o N (população) no = _1_ Eo2 Conhecendo o N (população) n = N. no N+ no N = tamanho da população (nº de elementos da população) n= tamanho da amostra (nº de elementos da amostra) no= primeira aproximação para o tamanho da amostra Eo = erro amostral tolerável Exemplo de cálculo do tamanho da amostra aleatória simples Avaliar a % de atletas de atletismo que recebem patrocínio, em uma determinada população N=200 atletas de atletismo de Florianópolis,SC. Qual o tamanho mínimo de uma amostra, admitindo com alta confiança, que os erros amostrais não ultrapassem 4% (Eo= 0,04)? 1ª aproximação no = 1/ (0,04)2 = 625 atletas 2ª aproximação n = (200) . (625) = 125000 = 152 atletas (200) + (625) 825 Exemplo de cálculo do tamanho da amostra aleatória simples Avaliar a % de praticantes de atletismo, emuma determinada população N=200.000 praticantes de atletismo no Brasil. Qual o tamanho mínimo de uma amostra, admitindo com alta confiança, que os erros amostrais não ultrapassem 4% (Eo= 0,04)? O no é independente do N 13 1ª aproximação (opção apenas por está aproximação) no = 1/ (0,04)2 = 625 praticantes de atletismo 2ª aproximação n = (200.000) . (625) = 623 prat. de atletismo (200.000) + (625) OBS.: É errônea a idéia que para que a amostra seja representativa, deve abranger uma percentagem fixa da população. MARTINS, G.A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Ed. Atlas AS, 2000. BARBETA, P.A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2001. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ENTREVISTA É a técnica em que o pesquisador se apresenta frente ao investigado e lhe formulam perguntas. Objetivo: obtenção de dados que interessam à investigação. Conteúdo - quatros tipos de objetivos: 1) Averiguação dos fatos: descobrir se as pessoas que estão de posse de certas informações são capazes de compreende-las. 2) Determinação das opiniões sobre os fatos: conhecer o que as pessoas pensam ou acreditam que os fatos sejam. Conteúdo - quatros tipos de objetivos: 3) Descoberta de planos de ação: descobrir, por meio das definições individuais dadas, qual a conduta adequada em determinadas situações, a fim de prever qual seria a sua. 4) Motivos conscientes para opiniões, sentimentos, sistemas ou condutas: descobrir quais fatores podem influenciar as opiniões, sentimentos e condutas e por quê. Padronizada ou Estruturada: entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são pré-determinadas. Objetivo: obter dos entrevistados, respostas às mesmas perguntas, permitindo que todas sejam comparadas com o mesmo conjunto de perguntas. Despadronizada ou não-estruturada: o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. 14 Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. Painel: Consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos. As perguntas devem ser formuladas de diversas maneiras, para que o entrevistado não distorça as respostas com essas repetições. Vantagens da Entrevista •Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou alfabetizados. •Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de estar sendo compreendido. •Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações, gestos, etc. •Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e que sejam relevantes e significativos. •Há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser comprovadas, de imediato, as discordâncias. • Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico. Limitações da Entrevista •Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes. •Incompreensão, por parte do informante, do significado das perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretação. •Possibilidade do entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo questionador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, idéias, opiniões, etc. •Disposição e ou motivação do entrevistado em dar as informações necessárias. •Retenção de alguns dados importantes, receando que sua identidade seja revelada. •Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de dados. •Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada. PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA •Planejamento da entrevista: deve ter em vista o objetivo a ser alcançado; •Conhecimento prévio do entrevistado: objetiva conhecer o grau de familiaridade com o assunto; •Oportunidade da entrevista: marcar com antecedência a hora e o local, para assegurar-se de que será recebido; •Condições favoráveis: garantir ao entrevistado o segredo de suas confidências e de sua identidade; •Contato com líderes: espera-se obter maior entrosamento com o entrevistado e maior variabilidade de informações; •Conhecimento prévio do campo: evita desencontros e perda de tempo; 15 •Preparação específica: organizar roteiro ou formulário com as questões importantes. DIRETRIZES DA ENTREVISTA Contato Inicial: o pesquisador deve entrar em contato com o informante e estabelecer uma conversação amistosa, explicando a finalidade da pesquisa, seu objeto, relevância e ressaltar a necessidade de sua colaboração; Formulação de Perguntas: as perguntas devem ser feitas de acordo com o tipo de entrevista. Para não confundir o entrevistado, deve-se fazer uma pergunta de cada vez e, primeiro, as que não tenham probabilidade de ser recusadas. Registro de Respostas: as respostas se possível devem ser anotadas no momento da entrevista, para maior fidelidade e veracidade das informações. O uso do gravador é ideal, se o informante concordar com sua utilização. O registro deve ser feito com as mesmas palavras que o entrevistado usar, evitando resumi- las; Término da Entrevista: agradecimento num ambiente de cordialidade, para que o pesquisador, se necessário, possa voltar e obter novos dados, sem que o informante se oponha a isso. A aprovação por parte do informante é importante. Entrevista devem atender aos seguintes requisitos: Validade: comparação com a fonte externa de outro entrevistador, observando as dúvidas, incertezas e hesitações demonstradas pelo entrevistado; Relevância: importância em relação aos objetivos da pesquisa; Especificidade e clareza: referência a dados, data, nomes, lugares, quantidade, percentagens, prazos, etc. com objetividade. A clareza dos termos colabora na especificidade; Profundidade: está relacionada com os sentimentos, pensamentos e lembranças do entrevistado, sua intensidade e intimidade; Extensão: amplitude da resposta. OBSERVAÇÃO É uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver o ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar Fase exploratória: informações iniciais sobre alguns aspectos da realidade e sobre o conhecimento científico acumulado Finalidade: criar condições para a elaboração do projeto. 1 - Observa-se meticulosamente a literatura. 2 - Observa-se preliminarmente o campo. Fase de campo 16 17 A observação é aplicada sistematicamente para colher todas as informações necessárias para o exercício de refutação/afirmação das conjecturas apresentadas pela hipótese. Finalidade: criar condições para a validação empírica das hipóteses. OBSERVAÇÃO: VANTAGENS ••PPoossssiibbiilliittaa mmeeiiooss ddiirreettooss ee ssaattiissffaattóórriiooss ppaarraa eessttuuddaarr uummaa aammppllaa vvaarriieeddaaddee ddee ffeennôômmeennooss;; ••EExxiiggee mmeennooss ddoo oobbsseerrvvaaddoorr ddoo qquuee aass oouuttrraass ttééccnniiccaass;; ••PPeerrmmiittee aa ccoolleettaa ddee ddaaddooss ssoobbrree uumm ccoonnjjuunnttoo ddee aattiittuuddeess ccoommppoorrttaammeennttaaiiss ttííppiiccaass;; •• DDeeppeennddee mmeennooss ddaa iinnttrroossppeeccççããoo oouu ddaa rreefflleexxããoo;; ••PPeerrmmiittee aa eevviiddêênncciiaa ddeeddaaddooss nnããoo ccoonnssttaanntteess ddoo rrootteeiirroo ddee eennttrreevviissttaass oouu ddee qquueessttiioonnáárriiooss.. OBSERVAÇÃO: LIMITAÇÕES ••OO oobbsseerrvvaaddoo tteennddee aa ccrriiaarr iimmpprreessssõõeess ffaavvoorráávveeiiss oouu ddeessffaavvoorráávveeiiss nnoo oobbsseerrvvaaddoorr;; ••AA ooccoorrrrêênncciiaa eessppoonnttâânneeaa nnããoo ppooddee sseerr pprreevviissttaa,, oo qquuee iimmppeeddee,, mmuuiittaass vveezzeess,, oo oobbsseerrvvaaddoorr ddee pprreesseenncciiaarr oo ffaattoo;; ••FFaattoorreess iimmpprreevviissttooss ppooddeemm iinntteerrffeerriirr nnaa ttaarreeffaa ddoo ppeessqquuiissaaddoorr;; ••AA dduurraaççããoo ddooss aaccoonntteecciimmeennttooss éé vvaarriiáávveell:: ppooddee sseerr rrááppiiddaa oouu ddeemmoorraaddaa ee ooss ffaattooss ppooddeemm ooccoorrrreerr ssiimmuullttaanneeaammeennttee.. Meios utilizados: * Observação não-estruturada (assistemática) * Observação estruturada (sistemática) •Participação do observador: * Observação não-participante * Observação participante Número de observações: * Observação individual * Observação em equipe •Lugar onde se realiza: * Observação efetuada na vida real (campo) * Observação efetuada em laboratório Observação Assistemática (= ocasional; simples; não estruturada) - -Consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas diretas. - O êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador, de sua perspicácia, discernimento, preparo e treino. - Ficar atento, pois as vezes há uma única oportunidade para estudar um certo fenômeno; outras vezes estas oportunidades são raras. - Observação sistemática (= planejada, estruturada, controlada) - -Realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. Deve ser planejada com cuidado e sistematizada. - O observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. - Vários instrumentos podem ser utilizados: quadros, anotações, escalas, dispositivos mecânicos, etc. - Observação não-participante-O pesquisador toma contato com a realidade estudada, mas sem interagir-se a ela: permanece de fora. - Presencia o fato, mas não participa dele, não se deixa envolver pelas situações; faz mais o papel de espectador. Isto porém não quer dizer que a observação não seja consciente, dirigida, ordenada para um fim. - Observação participante-Consiste na participação real do pesquisador. Ele se incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais deste. - Enfrenta-se grandes dificuldades para manter a objetividade pelo fato de exercer influência no grupo. O objetivo inicial é ganhar confiança do grupo, sem ocultar sua missão, mas, em certas circunstâncias, há mais vantagem no anonimato. Observação individual - É uma técnica de observação realizada por um pesquisador. Nesse caso, a personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. Observação em equipe - É mais aconselhável do que a individual, pois o grupo pode observar a ocorrência por vários ângulos. - Pode-se realizar de diferentes formas: todos observam o mesmo ou cada um observa um aspecto; constituir uma rede de observadores, distribuídos por cidades, região, etc. - Observação na vida real-Normalmente as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação. - A melhor ocasião para o registro é o local onde o evento ocorre. Isto reduz as tendências seletivas e a deturpação na reevocação. Observação em laboratório - -Aquela que tenta descobrir a ação e a conduta, que teve lugar em condições cuidadosamente dispostas e controladas. - É importante estabelecer condições o mais próximo do natural, que não sofram influências indevidas. - O uso de instrumentos adequados possibilita a realização de observações mais refinadas do que aquelas proporcionadas apenas pelos sentidos. 18 Campo de Observação - Serve para selecionar, limitar e identificar o que vai ser observado; - Só se define o campo com a definição de um problema que se pretende responder; - Deve abranger: a população, as circunstâncias, o local; - Deve ainda ser dividido em partes: unidades de observação. Unidades de Observação Unidade de observação é um modo de classificar conceitos, distinguindo e agrupando mentalmente as variáveis que existem na realidade. - são pessoas, grupos, objetos, atividades, instituições e acontecimentos dos quais a pesquisa versa , agrupadas por possuírem características em comum, sendo selecionados de acordo com o planejamento da observação. Obs.: nos estudos epidemiológicos estas unidades podem ser denominadas de variáveis em estudos (dependentes e independentes). LEVIN, Jack “Estatísticas aplicada a ciência humanas” 20 ed., São Paulo, HARBRA, 1987. RUIZ, João Álvaro “Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos” São Paulo, Atlas, 1979. Questionário É uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentado por escrito as pessoas. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador; depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo. VANTAGENS • Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados. • Atinge maior número de pessoas simultaneamente. • Abrange uma área geográfica mais ampla. • Obtém respostas mais rápidas e precisas. • Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato. • Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas. •Há menos risco de distorção, pela não influencia do pesquisador. •Há mais tempo para responder e em hora mais favorável. •Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento. DESVANTAGENS •Percentagem pequena dos questionários que voltam; •Grande número de perguntas sem respostas; 19 •Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas; •Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas; •A dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma uniformidade aparente; •Na leitura de todas as perguntas, antes de responde-las, pode uma questão influenciar a outra; •A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização; •O desconhecimento das circunstâncias em que foram preenchidas torna difícil o controle e a verificação; •Exige um universo mais homogêneo. Questionário PROCESSO DE ELABORAÇÃO •O pesquisador deve conhecer bem o assunto para poder dividi-lo, organizando para cada objetivo específico, as perguntas específicas. •O questionário deve iniciar com perguntas gerais, chegando pouco a pouco às específicas, e colocar no final as questões de fato, para não causar insegurança. •O questionário deve ser limitado em extensão e em finalidade: Muito longo- causa fadiga e desinteresse; Muito curto- corre o risco de não oferecer suficientes informações. Deve conter de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 minutos para ser respondido. É claro que este número não é fixo: varia de acordo com tipo de pesquisa e dos informantes. •Deve ser acompanhado por instruções definidas e notas explicativas, para que o informante tome ciência do que se deseja dele.• O aspecto material e a estética também devem ser observados: tamanho, facilidade de manipulação, espaço suficiente para as respostas, a disposição dos itens, de forma a facilitar a computação dos dados. Questionário CLASSIFICAÇÃO DAS PERGUNTAS Perguntas Abertas e ou livres e não limitadas: são as que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões. Vantagens: investigações mais profundas e precisas; Desvantagens: dificulta a resposta ao próprio informante, que deverá redigi-la, na tabulação, no tratamento estatístico e na interpretação. A análise é difícil, complexa, cansativa e demorada. Perguntas Abertas: Exemplo: 1) Qual é a sua opinião sobre o esporte de rendimento? 2) O que você sabe sobre radicais livres e o exercício físico? Perguntas Fechadas: são aquelas que o informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim ou não. Exemplo: 1)Você pratica esporte regularmente? 20 � sim � não Perguntas de Múltipla Escolha: São perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. A técnica de escolha múltipla é facilmente tabulável e proporciona uma exploração em profundidade quase tão boa quanto a de perguntas abertas. Perguntas de Múltipla Escolha: perguntas com mostruário (as respostas possíveis estão estruturadas junto à pergunta, devendo o informante assinalar uma ou várias delas). Ex.: Quão satisfeito você está com a sua saúde? � muito insatisfeito � insatisfeito � nem satisfeito e nem insatisfeito � satisfeito � muito satisfeito Perguntas de Múltipla Escolha: Combinação de respostas de múltipla escolha com as respostas abertas, possibilitando mais informações sobre o assunto, sem prejudicar a tabulação. Ex.: Qual (s) as atividade física que você pratica? � caminhada � esportes em geral � dança � ginástica � Outra. Qual?...................................... Perguntas de fato: dizem respeito a questões concretas, fáceis de precisar; portanto referem-se a dados objetivos: idade, sexo, profissão, domicílio, estado civil ou conjugal, religião, etc. Geralmente não se fazem perguntas diretas sobre casos em que o informante sofra constrangimento. Ex.: 1) Qual é a sua profissão? Perguntas de ação: referem-se a atitudes ou decisões tomadas pelo indivíduo. São objetivas, às vezes diretas demais, podendo, em alguns casos, despertar certa desconfiança por parte do informante, influindo no seu grau de sinceridade. Devem ser redigidas com bastante cuidado. Ex.: 1) O que você fez de atividade física no final de semana? � nenhuma atividade física � caminhada � joguei voleibol � Outro Qual? ______________ Perguntas de opinião: representam a parte básica da pesquisa. 21 Ex.: 1) Você acha que o cigarro? � é prejudicial à saúde � não afeta a saúde � Não tem opinião QUANTO AO OBJETIVO, as perguntas podem ser: Perguntas de opinião: representam a parte básica da pesquisa. Ex.: 1) Você acha que o cigarro? � é prejudicial à saúde � não afeta a saúde � Não tem opinião Perguntas de ou sobre intenção: Tentam averiguar o procedimento do indivíduo em determinadas circunstâncias. Não se pode confiar na sinceridade da resposta; entretanto, os resultados podem ser considerados aproximativos. É um tipo de pergunta em grande escala nas pesquisas pré-eleitorais. Ex.: 1) Nas eleições diretas para presidente, em quem você votará? GRUPO FOCAL A técnica grupo focal, isto é que existe um foco, um tópico a ser explorado. O grupo focal pode abordar: • Um tema específico, a fim de captar as diferentes visões sobre o mesmo; • Um grupo, a fim de captar sua visão de mundo ou determinados temas; • Ou ambos, tem e grupo, quando pretende entender em profundidade um comportamento dentro de um grupo determinado. Fases da técnica: Fase 1 •Convite aos participantes em potencial •Preparação do encontro Fase 2 • O encontro • Mapeamento dos participantes Fase 3 •Transcrição das fitas, compilação dos dados, sempre observando a postura e influência do facilitador nas respostas obtidas. 22 HISTÓRIA DE VIDA Busca compreender o desenvolvimento da vida do sujeito investigado e traçar com ele uma biografia que descreve sua trajetória até o momento atual. Técnicas utilizadas: • História oral • História temática REDE DE RELAÇÕES É um conjunto específico de vínculo entre um conjunto específico de pessoas. As características desse conjunto podem ser usadas para interpretar o comportamento social das pessoas envolvidas. Ao pesquisador, interessa: •Organização dessas redes, • Os intercâmbios realizados (formais e informais, explícitos ou implícitos) • As formas de troca socialmente aceitáveis, à medida que essa informação permite o entendimento da estrutura social na qual se realizam. ELABORAÇÃO DE DESENHOS Esta técnica consiste em propor aos pesquisados que representem graficamente uma determinada situação ou concepção. CLASSIFICAÇÃO/ORDENAÇÃO DE FOTOS OU GRAVURAS Consiste na apresentação, aos informantes, de um n° determinado de fotos de pessoas em situação diferentes ou com diversas condições físicas ( pessoas mais gordas e mais magras, mais altas e mais baixas, mais simples e mais sofisticadas, mais modernas e mais antigas), solicitando que o informante as coloquem em ordem quanto ao estado de saúde, por exemplo. DOCUMENTOS Seleção dos aspectos de interesse junto à fonte documental. DIÁRIO DE CAMPO •Antigamente eram cadernos de capa dura onde se registravam todas as observações necessárias para a pesquisa. •Atualmente os registros são feitos no computador, por programas de recepção e gerenciamento de dados. 23 •O "diário de campo eletrônico, é um registro fiel e detalhado de cada visita de campo, independente do fato de terem sido usadas •outras técnicas de pesquisa. •Muitas vezes, são as informações do diário de campo que nos •dão subsídios para analisar os dados coletados de outra forma. OUTROS TIPOS DE INSTRUMENTOS •Avaliação Neuro Muscular •Avaliação da Flexibilidade •Avaliação Antropométrica •Avaliação Cardiorrespiratória •Outras Avaliações AVALIAÇÃO NEURO-MUSCULAR - dinamômetro (mede a força de preensão manual); - teste abdominal; - salto vertical (mede indiretamente a força muscular dos membros inferiores); - teste de impulsão horizontal (mede indiretamente a força muscular de membros inferiores); - teste de flexão de braços - outros AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE Testes lineares (os que caracterizam por expressar os seus resultados em uma escala de distância): - Sentar e alcançar (medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros inferiores); - Extensão de tronco e pescoço (medir a capacidade de extensão do tronco e do pescoço); - Afastamento lateral dos membros inferiores (medir a amplitude do afastamento lateral dos membros inferiores). Testes adimensionais (constituem-se na interpretação dos movimentos articulares, comparando-os com uma folha de gabarito). - Flexiteste (método de avaliação passiva máxima de vinte movimentos articulares corporais, estuda o movimento das articulações do tornozelo, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro. Oito movimentos são feitos em membros inferiores, três no tronco, sendo os nove restantes nos membros superiores); Testes angulares (aqueles que possuem resultados expressos em ângulos (formados entre dois segmentos que se opõem na articulação). - Goniometria (avaliar a amplitude máxima de movimentos). AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA - Peso corporal; - Estatura; 24 - Comprimento tronco cefálico (distanciaentre o ponto mais alto da cabeça e o apoio da bacia, estando o avaliado sentado); - Envergadura (é a distância entre o dactylion direito e o esquerdo); - Diâmetros ósseos (medida biométrica realizada entre dois pontos simétricos os não, situados em planos perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo). Composição corporal: - Dobras cutâneas; - medidas de circunferência; - medidas de perimetria (algumas partes do corpo podem diagnosticar o %G = perimetria para homens: punho e abdômen; perimetria para mulheres: abdômen e glúteos); - IMC (indicado para diagnosticar excesso de peso e desnutrição) - outros AVAL. DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA - Testes de Pista: Teste de Cooper, Teste de 1.000m, - Teste de 2.400m, Teste de 12 m na piscina, Teste de 9 m... - Testes em Banco - Testes em Cicloergômetro - Testes em Esteira Ergométrica, ... Medidas do estado de saúde e medidas de resultados de saúde: alguns requisitos exigíveis Duas das propriedades exigíveis são as que dizem respeito à: sua fiabilidade e validade Fiabilidade: refere-se à estabilidade, ou consistência da informação, ou seja, até que ponto a informação é idêntica, quando as medições são realizadas mais do que uma vez, ou por mais do que uma pessoa constitui o critério principal para se avaliar a qualidade e adequação de uma medida (Politoe Hungler, 1987). A fiabilidade pode ser testada em relação à: • Estabilidade • Equivalência • Consistência interna A estabilidade ou fiabilidade teste-reteste é avaliada pela aplicação da medida à mesma população, em diferentes pontos do tempo e pela comparação das pontuações obtidas. A equivalência ou fiabilidade inter-observador, diz respeito às comparações das pontuações obtidas por uma medida, quando aplicada por dois observadores para medir um mesmo fenômeno. 25 A consistência interna, ou homogeneidade, relaciona-se com o verificar se, numa qualquer medida, todas as suas funções, ou sub-escalas, medem a mesma característica. Um dos indicadores mais utilizados para análise da consistência interna é o alfa de Cronbach. A consistência interna é relevante para medidas que contêm itens relacionados com uma única dimensão. Validade A validade de uma medição refere-se à questão de saber até que ponto a característica, que o investigador deseja conhecer corresponde à realidade, isto é, um instrumento é válido se mede aquilo que é suposto medir (Polito e Hungler,1987). Existem três tipos básicos de validade: • de conteúdo • de critério e • de construção Validade de conteúdo diz respeito à escolha, adequação, importância e representatividade do conteúdo de um instrumento. Avaliar a validade de conteúdo envolve, antes de mais, o analisar se todos os conceitos relevantes estão representados. Validade de critério é o grau pelo qual uma determinada medida produz resultados, que correspondem aos obtidos pelo uso simultâneo de uma medida padrão de ouro (validade concorrente)ou o grau pelo qual é preditiva em relação a um resultado, ou acontecimento futuro (validade preditiva) não existem verdadeiras medidas do estado de saúde consideradas padrão de ouro. Uma das soluções passa por utilizar medidas, que possam ser consideradas quase padrão de ouro. Validade de construção é demonstrada, quando padrões de relações esperados são empiricamente observados refere-se à validação de uma teoria, ou seja, à confirmação das hipóteses, ou explicações, que advêm da teoria que serve de base à medida. A validade de construção pode ser testada através dos designados testes de validade convergente e de validade discriminante. Validade convergente, quando dois métodos de medição desenhados para medir a mesma construção, obtêm resultados similares validade discriminante, quando medidas de diferente construção fornecem resultados diferentes Poder de resposta uma outra propriedade psicométrica exigível enquanto atributo de uma medida, que pretenda medir resultados de saúde poder de resposta à mudança diz respeito à capacidade de um instrumento para detectar mudanças ao longo do tempo 26 Razões que podem levar um instrumento a não ter poder de resposta: não conter itens relevantes para um grupo particular de doentes incluir muitos itens relativamente estáticos incluir muitas questões globais individuais ou o uso, apenas, de um pequeno leque de categorias de respostas e,os efeitos de chão e de teto. 27 Distribuição normal Na opinião de muitos pesquisadores e estatísticos, a probabilidade de distribuição teórica mais importante em estatística é a chamada "distribuição normal". Também referida como "curva normal“ ou "distribuição Gaussiana". Principais características: - É uma distribuição que pode ser completamente descrita por dois - parâmetros, a média e a variância; - Tem o formato de um sino; - É simétrica em relação a média; - A média, a mediana e a moda são iguais; - É unimodal; - Assumindo variância constante, é uma distribuição que se desloca à 1 - direita se a média aumenta e à esquerda se a média diminui; - Sofre achatamento quando a variância aumenta e alongamento quando a variância diminui: Testes Não Paramétricos Testes Paramétricos Aplicam-se a variáveis qualitativas Aplicam-se a variáveis quantitativas Teste Mann-Whitney »»»»»»»»» teste “t” amostras independentes Teste Kruskal-Wallis »»»»»»»»» Anova One-way Teste de Friedman »»»»»»»»» GLM ou Manova Análise Qualitativa Aplicativos para microcomputadores facilitam o trabalho: •gerenciar e explorar diferentes documentos (entrevistas, notas de campo, relatórios, tabelas e gráficos importados de programas de análise de dados quantitativos etc.), criar categorias, •codificar textos, •fazer cruzamentos, uniões, interseções de códigos já criados, •armazenar idéias, lembretes e notas sobre os dados, •importar e exportar dados para outros programas (editores de texto ou bancos de dados), •estabelecer padrões de análise para a construção de hipóteses, entre outros recursos. •Ex.: Folio Views e o NUD*IST. 28 Análise Qualitativa: Análise de Conteúdo Fases da Análise de Conteúdo (Bardin, 1979): Pré-análise: visa operacionalizar e sistematizar as idéias, elaborando um esquema preciso de desenvolvimento do trabalho. •Leitura superficial do material •Escolha dos documentos •Análise do material: codificação, categorização e quantificação •Tratamento dos resultados ETAPAS 1 Definição do universo estudado: delimitação e definição clara 2 Categorização: determinar as dimensões que serão analisadas. Etapa delicada, não sendo evidente determinar a priori suas principais categorias. Categorias origem: •documento objeto da análise •conhecimento geral da área •atividade que está inserida Processo de redução do texto- as muitas palavras e expressões do texto são transformadas em poucas categorias. Categorias devem ser: •exaustivas (percorrer todo o conjunto do texto) •exclusivas (os mesmos elementos não podem pertencer a diversas categorias) •objetivas (característica clara) •pertinentes (em relação aos objetivos perseguidos e com o conteúdo tratado) 3 Escolha das unidades de análise Escolha das unidades de análise, diferentes enfoques: Palavras, tema, personagens e características espaciais ou temporais (Perrien, Chéron e Zins, 1984). Unidades amostrais, unidades de registro e unidades de contexto (Krippendorff, 1980). 4 Quantificação: permite o relacionamento das características dos textos combinadas ao universo estudado 29 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS FIGURAS 7,3 9,9 11,9 13,8 17,4 28,5 11,7 05 10 15 20 25 30 5ª 6ª 7ª 8ª 1º 2º 3º Figura 6. Distribuição dos alunos por série, da Escola General Porphyrio da Paz, de Paulínia, Campinas-SP, maio de 1998. HISTOGRAMA 0 5 10 15 20 25 Figura 9. Distribuição das notas na prova de Matemática dos alunos da 5 30 TABELAS Tabela 2. Número (n), percentagem (%) e teste do Qui-Quadrado (X²) entre o chefe de família e o seu estado civil. Florianópolis, SC, Brasil, 2001. Estado Civil Casada Solteira Viúva Divorciada Separada X² Chefe de família n % n % n % n % n % Valor p Próprio idoso Cônjuge Parentes 155 16 27 78.3 8.1 13.6 33 15 8 21.3 93.8ª 29.6 8 - 3 5.2 - 11.1 106 - 14 68.4ª - 51.9 8 1 2 5.2 6.3 7.4 Total (n e %) 198 100.0 56 28.3 11 5.6 120 60.6 11 5.6 41.2 <0.050 ª Valor do resíduo ajustado >[2] Gráfico de dispersão GRÁFICO DE DISPERSÃO Gráfico de dispersão ATITUDE1 908070605040302010 N O T A 12 10 8 6 4 2 0 ESCOLA 3 2 1 Figura 12. Relação entre o desempenho e atitude em relação a Matemática dos alunos da 5ª série, por escola Disciplina de Metodologia de Pesquisa Profª Drª Giovana Zarpellon Mazo 31 Gráficos circulares (torta ou pizza) 3% 22% 40% 35% AF Trabalho AF Transporte AF Doméstica AF Lazer Figura 1. Contribuição percentual das diferentes formas de atividades físicas (AF) em minutos por semana (períodos mínimos de 10 minutos contínuos). BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, I. B. O prazer da produção científica. Piracicaba, UNIMEP, 1993. CARVALHO, M.C.M. (org). Construindo o saber: Técnicas de Metodologia Científica. Campinas, Papirus, 1988. ECO. U. Como se faz uma tese. 11a ed., São Paulo, Perspectivas, 1993. HOSSNE, W.S. Experimentação com seres humanos. São Paulo, Atlas, 1990. LUNGARZO, C. O que é ciência. 4ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1992. SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 20a ed., São Paulo, Cortez, 1998. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normas diversas. Rio de Janeiro, ABNT, [s/d]. BAUER, M.W.; GASKELL G. Pesquisa qualitativa com texto imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. DENCKER, Ada de Freitas & DA VIÁ, Sarah C. Pesquisa Empírica em Ciências Humanas. São Paulo, Ed. Futura, 2001. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª ed. São Paulo, Ed. Atlas, 1996. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4ª ed. São Paulo, Ed. Atlas, 1994. LOPES, Maria Immacolata V. Pesquisa em Comunicação. 4ª ed. São Paulo, Loyola, 1999. 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