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DIREITO DIREITO, MORAL E SANÇÃO • Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, pois que Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? (Mateus, 5) • Temos aqui uma regra e uma retribuição (princípio retributivo) para o cumprimento da regra. • O Direito “é um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros” (REALE, 1976, p. 1- 2) • “Com efeito, quando confrontamos uns com os outros os objetos que, em diferentes povos e em diferentes épocas, são designados como ‘Direito’, resulta logo que todos eles se apresentam como ordens de conduta humana”. (KELSEN, 1999, p. 21) • O Direito só existe a partir da experiência jurídica, isto é, na verificação das relações entre os homens (relações intersubjetivas). Ubi societas, ibi jus. Ubi jus, ibi societas. • A conduta do ser humano em sociedade, portanto, é regida por meio de normas. • Ação positiva ou omissão, em relação a outro indivíduo. • Código Penal • Art. 121. Matar alguem: • Pena - reclusão, de seis a vinte anos. • Código Civil • Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. DIREITO É ORDEM COATIVA • As normas sociais “são ordens coativas, no sentido de que reagem contra as situações consideradas indesejáveis, por serem socialmente perniciosas” (KELSEN, 1999, p. 23) • O direito age de forma coativa, estabelecendo sanção em caso de descumprimento. • Sanção é todo e qualquer processo de garantia daquilo que se determina em uma regra. • Se F é, deve ser P • Se não for P, deverá ser S. MORAL • “Ao lado das normas jurídicas, porém, há outras normas que regulam a conduta dos homens entre si, isto é, normas sociais, e a ciência jurídica não é, portanto, a única disciplina dirigida ao conhecimento e à descrição de normas sociais”. (KELSEN, 1999, p. 42) • “normas morais [...] prescrevem uma conduta do homem em face de si mesmo, como a norma que proíbe o suicídio ou as normas que prescrevem a coragem ou a castidade” (KELSEN, 1999, p. 42) • A moral é um fenômeno interno e social. • Interno pois cada indivíduo possui seu autojulgamento. • Social porque a opinião pública pode condenar aquele que não obedece aos preceitos da ordem moral. • Teoria do mínimo ético – Georg Jelinek Moral Direito • Amoralidade parcial do direito – Miguel Reale Direito Moral • Crime de adultério estabelecida pelo Código Penal • Revogação em 2005 • Art. 240 - Cometer adultério: • Pena - detenção, de quinze dias a seis meses. • Teoria do mínimo ético – Georg Jelinek • Crime de corrupção • Criação da Lei de Responsabilidade • Lei Complementar 101/00 • Há campos do direito que não se regulam pela moral • Código de Trânsito Brasileiro • Sinalização • Amoralidade parcial do direito – Miguel Reale • Divisão igualitária de dividendo entre sócios, mesmo que um deles tenha sido ocioso. • Código Civil • Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. DIREITO MORAL • Heteronomia • Coercibilidade • Bilateralidade • Atributividade • Autonomia • Incoercibilidade • Unilateralidade • Não atributiva • O Direito só pode ser distinguido essencialmente da Moral quando[...] se concebe como uma ordem de coação, isto é, como uma ordem normativa que procura obter uma determinada conduta humana ligando à conduta oposta um ato de coerção socialmente organizado, enquanto a Moral é uma ordem social que não estatui quaisquer sanções desse tipo, visto que as suas sanções apenas consistem na aprovação da conduta conforme às normas e na desaprovação da conduta contrária às normas, nela não entrando sequer em linha de conta, portanto, o emprego da força física. (KELSEN, 1999, p. 44)
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