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PROCESSO CIVIL 1 JURISDIÇÃO, AÇÃO, PROCESSO Anotações pessoais com base nas aulas UNICURITIBA PROF HENRY KAMINSKI

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JURISDIÇÃO 
O que é a jurisdição e qual é o meio utilizado pelo estado para desempenho da função jurisdicional? 
É um poder dever do estado,de aplicar o direito ao caso concreto solucionando o conflito de interesses, gerando a pacificação social e 
resguardando a autoridade da lei e do ordenamento jurídico. 
Atividade estatal exercida por orgão que se superpõe aos titulares do interesse em conflito dentro do processo. 
E é através do processo que referido orgão fará a aplicação da norma jurídica pertinente ao caso. 
 
SÃO CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO 
 
1. SUBSTITUTIVIDADE: A jurisdição é substitutiva da vontade dos litigantes. A atividade jurisdicional se impõe a 
vontade dos litigantes, substituindo a vontade das partes pela vontade funcional do estado. 
Estado impõe de forma OBRIGATÓRIA e COMPULSÓRIA. 
Estado força o cumprimento de OBRIGAÇÃO 
 
2. ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO: O objetivo é que se materialize a jurisdição. 
A criação da jurisdição pelo estado visou garantir que as normas de direito material contidas no ordenamento jurídico, efetivamente 
conduzam aos resultados enunciados. 
Ex: Inquilinato – quando deixa de pagar o aluguel ocorre o despejo. 
Que se alcançe na experiência concreta aqueles precisos resultados práticos que o direito material preconiza e determina. 
 
3. LIDE: (Carnelutti) É Conflito de interesses caracterizado pela existência de uma pretensão resistida. 
A existência da LIDE é uma característica constante na atividade jurisdicional. Afinal é a existência de um conflito que leva o interessado a se 
dirigir ao juíz e pedir-lhe uma solução. 
É importante que se diga que o conceito de Lide em Carnelluti é de mão dupla: existe interesse e pretensão resistida de ambos os lados. 
 
4. INÉRCIA: Os orgãos jurisdicionais são inertes, cabe ao interessado provocar o judiciário. 
É Inerente aos orgãos jurisdicionais, deve-se buscar meios alternativos para pacificação social. Quando não 
tem efeitos, provoca-se a tutela jurisdicional. 
 É necessário Bater na porta do judicíario, para pedir resolução de conflitos, já que 
sendo inertes não podem solucionar conflitos sem que os interessados queiram. 
 
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A experiência nos ensina que, quando o próprio juíz toma iniciativa do processo, ele se vincula 
psicologicamente, e não terá neste caso condições para julgar com imparcialidade. 
 
5. DEFINITIVIDADE: (artigo 5º XXXVI CF) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada. 
 Os atos jurisdicionais e somente eles são suscetíveis de se tornarem imutáveis. 
 Coisa Julgada: Imutabilidade dos efeitos de um sentença. 
 Não sendo possível a repropositura de ação versando sobre o mesmo fato ou direito, salvo ação recisória Art 485 CPC 
QUANTO A IMUTABILIDADE DOS ATO 
 Atos jurídicos: São imutáveis , para evitar que o conflito seja eterno. 
Atos legislativos : Não são imutáveis – Pois as leis mudam, prova disso é a mudança das leis e os novos ordenamento 
jurídicos. Ex Novo CPC 
Atos administrativos: Não são imutáveis, “Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. 
AÇÃO RECISÓRIA 
 É uma ação autonoma de impugnação que pode ser proposta até 2 anos, do transito em julgado daquela 
sentença de mérito. 
Art. 485 CPC e NCPC 966 ( Decisão de mérito) 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida. 
quando. 
I – se verificar que proferida por força de prevaricação, concussão ou 
corrupção 
do juiz; 
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente 
incompetente; 
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da 
parte 
vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de 
fraudar a lei; 
IV – ofender a coisa julgada; 
V – violar manifestamente norma jurídica; 
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo 
VII – obtiver, o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova 
cuja 
existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe 
assegurar 
pronunciamento favorável; 
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir o fato 
inexistente 
ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo 
indispensável, 
em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre 
o qual 
o juiz deveria ter pronunciado. 
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a 
decisão 
transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: 
I – nova propositura da demanda; ou 
II – admissibilidade do recurso correspondente. 
§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da 
decisão. 
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por 
outros participantes 
do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios 
praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da 
lei.
 
COISA JULGADA FORMAL: Falta alguns requisitos, não analisa o mérito, e não pode mais ser rediscutida naquela ação (sem 
resolução de mérito), pode propor uma nova ação. 
COISA JULGADA MATERIAL: Imutável ,preencheu todos os requisitos , analisa o mérito, e extingue com resolução de mérito. Não é 
possível repropor ação. 
Mérito: Direito material violado. 
 
PRINCÍPIOS INERENTES A JURISDIÇÃO 
 INVESTIDURA: A JURISDIÇÃO SÓ SERÁ EXERCIDA POR QUEM TIVER REGULARMENTE INVESTIDO NA AUTORIDADE DE JUÍZ 
SEM TER SIDO REGULARMENTE INVESTIDO NA CONDIÇÃO DE JUÍZ, NINGUÉM PODERÁ EXERCER A FUNÇÃO JURISDICIONAL. 
 
Ex: O arbitro é a ele concedida a jurisdição por escolha das partes – sentença arbitral. 
 
 ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO: Estabelece limitações territoriais a autoridade do juíz. 
Os juízes só têm autoridade nos limites territoriais do estado. 
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Juízes distribuidos em comarcas ( Justiças Estaduais) ou seções judiciárias (Justiça Federal) cada juíz só exerce sua autoridade nos limites 
do território sujeito por lei a sua jurisdição. 
 
 CARTA ROGATÓRIA: Entre países distintos deverá vir traduzida, é um pedido dirigido ao orgão jurisdicional de outro país de 
colaboração na prática de um determinado ato processual. 
 CARTA PRECATÓRIA: Dentro do país , solicitação de um juíz para outro juíz de mesma hierarquia. 
 CARTA DE ORDEM: Ordem de um tribunal superior para um tribunal ou juíz inferior (o tribunal encaminha aos subordinados. 
 
 TOMAR A TERMO: POR NO PAPEL 
 
 
 INDELEGABILIDADE: O estado segundo critérios próprios estabeleceu uma divisão do trabalho ou seja, a função jurisdicional a 
determinadas causas.Logo não pode o juíz transferir a outro a competência para conhecer dos processos que a constituição lhe atribuiu, 
isto é, não pode delegar funções a outro orgão. 
TJ da região conflito de competências – Juízes estaduais resolvem 
Juízes Federais – Tribunal Regional Federal (TRF) 
Juíz Estadual X Juíz Federal – Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
 POSITIVO - Quando dois ou mais juízes ambos entendem que são competentes. 
 NEGATIVO - Quando dois ou mais juízes ambos entendem que não são competentes. 
 INEVITABILIDADE: Ambas as partes estão perando o estado juíz em uma situação de sujeição (independente de sua vontade) portanto 
não há possibilidade de evitar que sobre elas e sobre sua esfera de direito, se exerça a autoridade estatal.Estado Juíz 
 
 
Autor Réu As parte não tem como evitar = Sujeição ex: Um quer o divorcio o outro não,mesmo não 
querendo estará divorciado. 
 INAFASTABILIDADE: Art 5º inciso XXXV CF.,Uma vez provocado não tem o estado como deixar de atender o apelo do autor ou 
autora.( sendo este procedente ou improcedente). Também chamado de controle jurisdicional garante a todos o acesso ao poder 
judiciário o qual não pode deixar de atender a quem venha a juízo deduzir uma pretensão fundada no direitoe pedir uma solução 
para ela. 
Não pode o júiz, a pretexto de lacuna ou obscuridade da lei escusar-se de proferir decisão. (CPC art 126.) 
 
 JUÍZ NATURAL: Ninguém pode ser privado de julgamento por um juíz imparcial e independente, indicado pelas normas 
constitucionais e legais. 
 INÉRCIA: Os orgãos jurisdicionais são inertes e cabe ao interessado provocar o judiciário. 
 
 
PODERES INERENTES A JURISDIÇÃO 
1. Poder jurisdicional 
2. Poder de policia art 445 CPC e 360 NCPC 
 O poder de policia é condicionado ao juíz para que ele possa exercer com autoridade e eficiência o 
poder jurisdicional. 
 Manter a ordem e o decoro na audiência 
 Ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente 
 Requisitar quando necessário, a força policial. 
PROCESSO DE AÇÃO ACUSATÓRIO 
 Ação penal- esfera cível (Nosso sistema brasileiro) 
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 Há um equilibrio entre o poder do juíz e a necessidade de provocação das partes, no processo de ação a garantia da 
imparcialidade do juíz , do contraditório e da publicidade. 
 Processo de partes com separação de funções 
 Processo em contraditório 
 Público e oral 
 Presunção de inocência: acusado permanece em liberdade 
 Juíz passivo e atividade probatória exercida pelas partes 
PROCESSO INQUISITIVO/ INQUISITÓRIO 
Somente escrito, não há garantia do contraditório,o poder do juíz prevalesse sobre a provocação das partes. 
 Concentração das funções de acusar e julgar no inquisidor 
 Não há contraditório 
 Secreto e escrito 
 Acusado objeto que permanece preso para ser torturado 
 Juíz ativo e monopoliza a atividade probatória 
 
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO 
CRITÉRIO: Destingue o exercício da função jurisdicional de acordo com a justiça competente. 
 O juízo pode ser incompetente não o júiz 
 O juíz só pode ser SUSPEITO OU IMPEDIDO. 
IMPEDIMENTO: São proibições impostas ao juíz de funcionar em determinadas causas – art.134 CPC 
SUSPEIÇÃO: Configura-se por circunstâncias em que o juíz tem o dever de se afastar da causa, pois se não o fizer livremente a 
parte poderá arguir sua suspeição – art.135 PC 
 
 
ESPECIAL E COMUM 
 
ESPECIAL: Militar 128-124 
 Eleitoral 118-121 
 Trabalhista 111-16 
COMUM: Estadual 
 Federal 
Objeto: Penal busca pretensão punitiva , Cível busca pretensão na área cível como um dano moral. 
POSIÇÃO E HIERARQUIA DOS ORGÃOS DOTADOS DE JURISDIÇÃO 
INFERIOR: Em regra se inicia no fórum, aquela exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem o processo desde de o ínicio 
(Competência originária) 
SUPERIOR: Tribunais reconhecer recursos, alterar decisões , princípio do duplo grau de jurisdição. 
Exercida pelos orgãos que recebem os recursos proferidos pela jurisdição inferior. 
STF – É onde cabe a última decisão. 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA ( É IMUTÁVEL) 
É caracterizada pela presença de LIDE conflito de interesses qualificado pela existência de uma pretensão resistida. 
Existem duas partes AUTOR e RÉU 
E o juíz analisa o mérito e produz coisa julgada material. 
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A existência da ameaça ou violação de um ato ilícito é 
pressuposto fundamental de atuação da jurisdição 
contenciosa. 
2- É marcada pela existência de partes em pólos 
antagônicos: de um lado o autor, pretendendo obter uma 
resposta judicial ao conflito de interesses; do outro, o réu, a 
pessoa que a pretensão da tutela jurisdicional é formulada. 
3- Na jurisdição contenciosa, existem partes, processo 
judicial e sentença traumática, em que favorece a uma das 
partes, em detrimento da outra, sempre existindo 
litigiosidade. 
4- Ela é substitutiva, no sentido de que substitui a vontade 
dos litigantes, e a sentença proferida pelo juiz é obrigatória 
para as partes. 
Assim também explica o caráter substitutivo da jurisdição 
contenciosa Cássio Scarpinella Bueno (2008, p.249): 
A jurisdição é substitutiva da vontade dos litigantes 
(independentemente de que sejam eles) porque a decisão a 
ser proferida pelo Estado-juiz é imperativa a eles, de 
observância compulsória, obrigatória e, se for o caso, até 
mesmo forçada. 
Reforça também esse entendimento Fredier Didier Jr. 
(2008, p. 72): “Consiste na circunstância de o Estado, ao 
apreciar o pedido, substituir a vontade das partes, 
aplicando ao caso concreto a ‘vontade’ da norma jurídica. 
Em verdade, trata-se do verdadeiro critério diferencial 
dessa função estatal”. 
5- Na jurisdição contenciosa existe a imperatividade, em 
que para realizar adequadamente o resultado de dirimir o 
conflito e buscar a paz social, o magistrado, mediante o 
devido processo legal, imporá resultado 
independentemente da anuência dos litigantes. 
6- Na imutabilidade, a sentença prolatada pelo Estado –juiz 
se torna imutável, no sentido de não poder ser mais alvo de 
uma nova discussão por qualquer pessoa, inclusive o 
próprio magistrado. 
 
 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (NÃO É IMUTÁVEL) 
Já existe um acordo entre as partes não há presença de LIDE , ao invés de AUTOR E RÉU TEMOS PARTES. E o estado vai somente 
homologar a decisão, por um juíz. 
Porém não produz coisa julgada MATERIAL apenas FORMAL. 
1- É visada a constituição de situações jurídicas novas. 
2- Não existe uma lide, ou seja, não há conflito de interesses entre duas pessoas, mas apenas um negócio jurídico, com 
a efetiva presença do juiz. 
3- Não existe uma sentença, mas um pronunciamento judicial de administração de interesse privado com relevante 
repercussão pública. 
4- Nessa jurisdição não é conveniente falar em partes, mas interessados, pois essa denominação deixa transparecer que 
as pessoas estão em posições antagônicas, o que não é verdade em se tratando de jurisdição voluntária. 
5- A doutrina também diz ser impróprio falar em ação, pois esta é definida como o direito que a parte possui de buscar 
o efetivo exercício da atividade jurisdicional. Assim também diz Ada Pellegrini Grinover et. al. (2003, p.156): “Além 
disso, pressupondo-se não se tratar de atividade jurisdicional, seria impróprio falar em ação, pois esta se conceitua 
como o direito (ou poder) de provocar o exercício da atividade jurisdicional, não administrativa”. 
6- Outro ponto importante falado pela doutrina é que no caso de jurisdição voluntária não existe processo, e sim 
procedimento, visto que isso só seria possível nos casos de jurisdição contenciosa. Entende também Ada Pellegrini 
Grinover et. al. (2003, p.156): “Fala a doutrina, por outro lado, em procedimento, e não processo, pois este seria 
também ligado ao exercício da função jurisdicional contenciosa e da ação”. 
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7- Nessa jurisdição, o magistrado não aplica a controvérsia existente entre duas partes, substituindo a vontade delas, há 
atos de vontade dos interessados, em que existem negócios jurídicos privados que serão administrados pelo Poder 
Judiciário. Por isso não há o que se falar em imutabilidade das decisões judiciais, pois as decisões em jurisdição 
voluntária só produzem coisa julgada formal e não material, fazendo com que se admita que a discussão da matéria no 
âmbito de um processofindo seja apreciada dentro de outra demanda judicial, que revisite os mesmos elementos da 
ação finda. Também leciona neste mesmo assunto Cássio Scarpinella Bueno (2008, p.256): 
No âmbito da jurisdição voluntária, o juiz não aplica o direito controvertido no caso concreto, substituindo a vontade 
das partes. Pratica, bem diferentemente, atos integrativos da vontade dos interessados, de negócios jurídicos privados, 
que, nestas condições, passam a ser administrados ( e, neste sentido amplo, tutelados) pelo Poder Judiciário. Por isto 
mesmo é que os autores negam à jurisdição voluntária que as decisões proferidas pelo Estado-juiz tornem-se imutáveis, 
isto é, revistam-se de coisa julgada. 
8- O princípio da inércia ou dispositivo, presente no artigo 2º do Código de Processo Civil (Nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais) é repetido pelo artigo 1.104, 
no caso da jurisdição voluntária. Mas, esse princípio encontra algumas exceções, ou seja, existe casos em que o 
magistrado pode agir de ofício por conta de sua função ser meramente administrativa, como no caso da arrecadação de 
bens de herança jacente (art. 1.142); da exibição de testamento (art. 1.129); da arrecadação de bens do ausente (art. 
1.160); no depósito das coisas vagas (art. 1.171). 
9- O princípio da adstrição, da congruência, da correlação, da correspondência, da simetria, entre outros, previsto nos 
artigos 128 e 460 do CPC, significa dizer que o magistrado, no momento em que proferir a sentença só pode 
estabelecer aquilo que foi pleiteado em juízo, sob pena de nulidade da sentença. Conceitua também esse princípio da 
adstrição Misael Montenegro Filho (2007, p. 546): “*...+ estabelecendo que esta não pode ir além do que foi pleiteado 
pela parte em juízo, sob pena de eventual reconhecimento da nulidade do pronunciamento judicial”. 
Os procedimentos de jurisdição voluntária agem de forma contrária ao princípio da adstrição, por permitir que seja 
aplicado o princípio do inquisitivo, ou seja, que o juiz possa tomar decisões contrárias a vontade dos interessados. 
Permite-se também que o juiz decida conforme a equidade, não estando obrigado a observar critério de legalidade 
estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente ou oportuna (art.1.109) e que a sentença 
pode ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias supervenientes. 
10- Pode ocorrer uma controvérsia entre os interessados na jurisdição voluntária, como bem explica Ada Pellegrini 
Grinover et. al. (2003, p.155): 
Num procedimento de interdição, por exemplo, pode o interditando discordar frontalmente do requerente e nessa 
discordância reside a controvérsia. Na jurisdição voluntária, o juiz age sempre no interesse do titular daquele interesse 
que a lei acha relevante socialmente, como, na hipótese figurada, é o interditando. 
Outro exemplo em que explica a presença da contenciosidade na jurisdição voluntária está contido na doutrina de 
Ernane Fidélis dos Santos (2007, p.21): 
O CRITÉRIO PARA DIFERENÇA ENTRE VOLUNTÁRIA E CONTENCIOSA É O MODO PELO QUAL O JUÍZ SE COMPORTA 
DIANTE DO CONFLITO, APENAS SE HOUVER ALGUMA RENÚNCIA DE DIREITOS INDISPONÍVEIS É QUE O JUÍZ VAI 
INTERFERIR. 
 
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO 
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Garantia institucional: Art 99 CF – É assegurada autonomia administrativa e financeira. 
Autonomia Funcional: Art.95 CF – Os Júizes gozam das seguintes garantias: 
I. Vitaciciedade,que, no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício. 
II. Inamovabilidade, Salvo por motivo de interesse público na forma do art 93, VIII 
III. Irredutibilidade de subsídio. 
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
A jurisdição é UNA , mas precisou separar para facilitar a atividade – Delimitação das causas art.92 CF 
I. Supremo Tribunal Federal; 
I. A - O Conselho Nacional de Justiça; 
II. Superior Tribunal de Justiça 
III. Os Tribunais Regionais , Federais e Juízes Federais; 
IV. Os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V. Os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI. Os Tribunais e Juízes Militares; 
VII. Os Tribunais e Juízes do Distrito Federal e Territórios; 
 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
 Compõe-se de 11 ministros; 
 Mais de 35 e menos de 65 anos; 
 De notável saber jurídico e reputação ilibada; 
 Sede Brasília; 
 Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal; 
 Deverá ser brasileiro nato. 
Competência: Guarda da Constituição Federal e também é a utilima palavra nas causas que lhe são submetidas. 
 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) Art. 103 B 
 O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida uma 
recondução. 
 O CNJ não exerce jurisdição, mas é considerado orgão do poder judiciário. 
Competência: Compete ao CNJ o controle da atuação administrativa e financeira do poder judiciário, e também a fiscalização do 
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) Art.104-105 da CF 
 Os ministros do STJ serão nomeados pelo Presidente da República 
 Compõe-se de , no minímo 33 ministros. 
 Poderá ser brasileiro nato ou naturalizado 
 Mais de 35 e menos de 65 anos 
 Notável saber jurídico e conduta ilibada 
Competência: Compete a defesa e a uniformização da interpretação da lei federal. Julga Crimes de autoridades, 
magistrados e políticos; 
O STJ julga crimes comuns praticados por governadores, desembargadores estaduais, federais, eleitorais e trabalhistas, O STJ 
julga também habeas corpus, habeas data ou mandado de segurança, quando o ato ilegal for praticado por governadores, 
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desembargadores ou conselheiros de tribunais de contas, entre outras autoridades. Os habeas corpus e mandados de segurança 
também chegam ao tribunal em recursos, quando o pedido é negado pelos tribunais regionais federais ou de justiça. 
É ainda de responsabilidade do STJ resolver conflitos de competência entre tribunais. Isso ocorre, por exemplo, quando um 
tribunal trabalhista julga matérias que também estão afeitas a uma vara de falências. 
O tribunal julga ainda mandados de injunção e reclamações para preservação de sua própria competência e autoridade e 
homologa sentenças estrangeiras. 
A lista completa de atribuições consta no art. 105 da Constituição Federal. 
 
 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL (TRF) ART 106 
São orgãos da Justiça Federal; 
I. Os Tribunais Regionais Federais 
II. Os Juízes Federais 
 
TRF 1ª Região - Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, 
Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins 
TRF 2ª Região - Espírito Santo e Rio de Janeiro 
TRF 3ª Região - Mato Grosso do Sul e São Paulo 
TRF 4ª Região - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina 
TRF 5ª Região - Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe 
 
Art 109. Aos juízes Federais compete processar e julgar as causas em que a união entidade autarquica ou empresa 
pública federal forem interessadas nas condições de autoras, rés , assistentes ou oponentes exceto as de falência , as 
de acidentes de trabalho e as sujeitas a Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho. 
 As causas entre estado estrangeiro ou organismo internacional ou município ou pessoa domiciliada ou 
residente no país. 
 TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO Art. 111- 117 CF 
Orgãos são TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO,TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO e JUÍZES DO TRABALHO. 
 Ações oriundas da relação de trabalho abrangidos os entes de direito público externo e da administração 
pública direta ou indireta da união, dos estados do DF e dos municípios. 
 Greves de sindicatos , habeas corpus , habeasdata. 
 27 ministros mais de 35 anos e menos de 65 
 Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional 
 Juízes do trabalho 
 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – JUSTIÇA ELEITORAL Art.118 CF 
 Não há concurso para juízes eleitorais , comporse-a por no mínimo sete membros 
 3 juízes entre o supremo tribunal federal 
 2 juízes dentros os ministros do superior tribunal de justiça 
 Por nomeação do Presidente da República entre os advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral 
indicados pelo STJ. 
 TRE na capital de cada estado, e no DF. 
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 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ART.122 CF 
15 ministros vitalícios nomeados pelo presidente da república , sendo 3 generais oficiais da marinha, 4 dentro os oficiais 
generais do exercito, 3 dentre os oficiais generais da aeronaútica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e 
5 dentre civis. Os civis serão escolhidos pelo presidente da república, 3 advogados e 2 dentre juízes e auditores 
membros do MP e da justiça militar. 
 JUSTIÇA ESTADUAL 
juíz de direito estadual 
residual o que não é das outras é estadual 
 MINISTÉRIO PÚBLICO ART 127 CF 
É um orgão autonomo no Brasil que não integra o PODER JUDICIÁRIO ,O PODER EXECUTIVO e nem O PODER 
LEGISLATIVO. Embora desenvolva suas funções essenciais no processo e perantes os tribunais e juízes. 
Incubindo-lhe a defesa da ordem jurídica do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Garantia institucional e funiconal 
1. Vitaliciedade 2 após dois anos de exercício 
2. Irredutibilidade de subsídio 
3. Inamovibilidade 
 Função: é uma instituição permanentee é essencial à função jurisdicional do estado. 
 ESFERA CIVIL: fiscal da lei custo legis 
O ministério Público será intimado art 178 NCPC 
Em ações recisórias, revisão da coisa julgada , itima-se para propor ação popular. 
Tem prazo em dobro para manifestar-se nos autos 180 NCPC, Pode atuar como parte nos casos de investigação de 
paternidade , para pleitear em beneficio de outro ex. criança 
O MP exercerá o direito de ação vai propor uma ação – atribuição constitucional 
Sociais individuais e indisponíveis ação civil pública. 
O MINISTÉRIO PÚBLICO – COMPREENDE O MP- FEDERAL E O MP QUE ATUA NA JURISDIÇÃO ESPECIAL- TRABALHO 
MILITAL E ELEITORAL. 
 Ministério Público estadual comarca promotor de justiça (jurisdição inferior) Procurador do estado 
 Ministério Público Federal Procurador da república 
 CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Emenda constitucional 45 de 2004) 
Vai fiscalizar o MP Art. 130 A 
CNJ- Controle da atuação administrativa e financeira do poder judiciário. 
O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL- NÃO TEM ESTRUTURA PRÓPRIA É COMPOSTO POR MEMBROS DO MP FEDERAL E DO MP ESTADUAL, O 
PROCURADOR DA REPÚBLICA EXERCE A FUNÇÃO DE PROCURADOR GERAL ELEITORAL PERANTE O ELEITORAL E O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL. 
 
ADVOCACIA ART.133 CF 
Advogado: bacharel em direito,regularmente inscrito na OAB. 
Pode atuar em nome do seu cliente tanto judicialmente quanto extrajudicialmente,através de procuração mandato. 
O advogado tem a capacidade POSTULATÓRIA 
Lembrando que nos juízados especiais não é necessário advogado. 
Juízado Estadual –40 salários Mínimos 
Federais – 60 Salários Mínimos 
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Código de ética da OAB – Lei 8.906/94 
150 NCPC Os auxiliares da Justiça 
 Escrivão 
 Chefe de secretária 
 Oficial de justiça 
 Perito 
 Depositário 
 Administrador 
 Interprete 
 Tradutor 
 Conciliadores 
 Mediadores judiciais, permanentes e eventuais. 
Diretamente ligados ao juízo: Escrivão, Escrevente ,Oficial de Justiça. 
Eventuais: Perícia,Tradutor, Interprete. A atuação será apenas em alguns casos. 
 
AÇÃO 
Direito de ação: é o direito constante da lei, cujo nascimento depende da manifestaçaõ de nossa vontade.Tem como 
escopo a obtenção da prestação jurisdicional do estado, visando diante da fática-jurídica nela formulada a aplicação da 
lei.É um direito subjetivo ( depende da provocação) 
Há casos em que por se instaurar um conflito de interesses, este poderá ser levado ao judiciário. 
Logo AÇÃO, JURISDIÇÃO e PROCESSO formam o trinomio do fenomeno da resolução dos conflitos de interesse. 
 A AÇÃO provoca a jurisdição que será exercida através de um complexo de atos, denominado de PROCESSO 
(Moacyr Amaral). 
O direito de ação é direito Público( tem como destinatário o estado), subjetivo( depende da provocação)e abstrato( O 
direito existe independente do autor ter ou não razão). Regulado pelo CPC. (Luiz Rodrigo Wambier/Tallamini) 
Direito público subjetivo: Contra estado – que detém a jurisdição em face do réu. 
Art 2 NCPC – Princípio dispositivo art. 5º inciso XXXV 
 O processo se materializa nos autos, mas o processo em sí é imaterial. 
Requisitos mínimos para que o judiciário se debruce sob a mesma (Enrico Libman) 
O Forúm tem uma espécie de porteiro que atua separando o que 
É possível e o que não é possível propor em ação. 
 
 
Pressupostos Processuais 
Condição da ação: 1. PO – Possibilidade Júridica do Pedido. 
 2. LE – Legitimidade – ex locador ação de despejo 
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 3. IN – Interesse 
Impossibilidade: Ex cobrar dívida de jogo, cobrar dívidas de drogas. 
 Processo série de atos 
Possibilidade jurídica: deve expressar a pertinência do pedido, se o pedido está previsto em lei é por que não é proibido. 
Ainda que não encartado no ordenamento júridico por falta de previsão legal nem por isso se pode considerar que o pedido é 
impossível. 
Legitimidade: Deve-se analisar a legitimidade ativa e a legitimidade passiva , isto é deve-se conferir se o autor e o réu são 
efetivamente as partes que podem litigar. 
A legitimidade assegura que o contraditório será estabelecido entre as pessoas certas. Art 17 NCPC. 
De acordo com o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".Assim, o princípio do contraditório é um corolário do princípio do devido processo legal, e significa que todo acusado terá o 
direito de resposta contra a acusação que lhe foi feita, utilizando, para tanto, todos os meios de defesa admitidos em direito.O contraditório é, portanto, a opinião contrária daquela 
manifestada pela parte oposta da lide. 
Para litigar em juízo é preciso ter interesse e legitimidade. 
Excessão: art 17 NCPC – Ministério Público subst processual , sindicato. 
Interesse: O interesse de agir tem como base o binomio necessidade e utilidade, isto énecessidade de atuação jurisdicional em 
prol da obtenção de uma utilidade. 
Ex: contrato de locação encerrado , obter utilidade despejo de encerrou o contrato e parte não deixou o imóvel. 
 NCPC MUDOU DEIXANDO APENAS INTERESSE E LEGITIMIDADE E A POSSIBILIDADE JURÍDICA DA AÇÃO ESTARIA 
NO MÉRITO SEGUNDO ALGUNS DOUTRINADORES. 
ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA AÇÃO 
Partes: AUTOR E RÉU 
São aqueles que participam do contraditório perante o estado juíz (Art.319 NCPC) 
1- Causa de pedir- Fatos e fundamentos jurídicos da ação , deve descrever os fatos que tem relevância para causa. 
FATO+ FUNDAMENTO JURÍDICO. 
2- Pedir 
3- Pedidos 
 
 remota – (os fatos) – deve descrever os fatos que tem relevância para a causa. Cada fato uma nova causa de 
pedir, que poderá ensejar uma nova ação (ex. vários adultérios pode ensejar várias causas de pedir, sem que 
se caracteriza litispendência ou coisa julgada – as causas de pedir são diferentes) 
 próxima – (os fundamentos) – são as conseqüências jurídicas provocadas por aqueles fatos (ex. na ação de 
indenizaçãoo fundamento é a proibição de não causar dano a outrem) 
 
 
 
PEDIDO – Saber pedir, o pedido serve como um paramêtro a atividade do juíz, por outro lado todo o provimento que o 
autor vem a juízo pedir refere-se a determinado objeto ou bem da vida. 
 é o objeto da ação, a matéria sobre a qual incidirá a atuação jurisdicional. Divide-se em: 
 
I) IMEDIATO - é o provimento jurisdicional pedido (ex. a condenação, declaração ou constituição de alguma coisa) 
II) MEDIATO - é o bem da vida pedido (ex. o valor de uma indenização , importância em dinheiro ,telefonia pagar algo). 
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Proposta a ação, até a citação do réu é possível alterar livremente o pedido e a causa de pedir. Depois da citação até o 
saneador é possível alterar desde que tenha anuência do réu. Após o saneamento não se admite mais qualquer 
alteração. 
Conexão e Continência 55 NCPC – 4 semestre 
AUTOR: É aquele que em nome próprio ou mediante representação vêm a juízo , para expor sua pretensão e formular o 
pedido diante da jurisdição. 
RÉU: Aquele em direção a quem o autor formulou o pedido de tutela jurisdicional, ou seja aquele que se vê envolvido pelo 
pedido feito pelo autor. 
 CAUSA DE PEDIR: Fato mais fundamento jurídico , o direito brasileiro adota quanto a causa de pedir doutrina , substanciação , 
a causa de pedir é constituída pelo fato fundamento jurídico a eles aplicado. 
 Não adotamos individualização – Segundo esta teoria a causa de pedir é somente fundamento jurídico. 
Ex. fundamento de direito ou fundamento juridico, causa de pedir remota. Aquilo que gerou o direito sem o qual não haveria 
direito. 
Ex. contrato de locação 
O que levou ao judiciário? Fundamento de fato 
Falta de pagamento causa de pedir próxima. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO 
CRITÉRIO/ NATUREZA/ PROVIMENTO JURISDICIONAL 
 Se a ação consiste na aspiração a determinado provimento jurisdicional, a classificação de real relevância para a 
sistemática científica do direito processual civil deve ser a que leva em conta a espécie e natureza de tutela que se pretende do 
órgão jurisdicional. 
 
 a) ação de conhecimento- provimento de mérito 
 b) ação de execução- provimento de satisfação 
 
 AÇÃO DE COGNIÇÃO/CONHECIMENTO: 
A ação de cognição provoca a instauração de um processo de conhecimento, analisa-se o direito violado ou ameaçado, dando-se 
conhecimento da existência ou inexistência de tal. 
 AÇÃO DE EXECUÇÃO: 
 A ação de execução, ou execução forçada, é a que gera o processo de execução, no qual o órgão judicial desenvolve 
a atividade material tendente a obter, coativamente, o resultado prático equivalente àquele que o devedor deveria ter realizado 
com o adimplemento* da obrigação.( Busca-se a realização concreta da satisfação do exequente). 
 
 
Classificação trinária da ação de conhecimento chiovenda 
a) ação condenatória - a que busca não apenas a declaração do direito subjetivo material do autor, mas também a formulação de 
um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu (sanção). Tende à formação de um título executivo; 
 
b) ação constitutiva – É dirigida a modificação extinção ou alteração de um direito ou relação jurídica existente. 
 
c) ação declaratória - aquela que se destina apenas a declarar a certeza da existência ou inexistência de um direito de alguém. 
 
 
 Duas classificações segundo Pontes de Miranda: 
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Mandamental: O autor visa obter sentença em que o juíz envie uma ordem cujo descumprimento por quem o receba 
configura crime de desobediência passivel de sanção 330 CP (Mandado de Segurança). 
Executiva: Lato Sensu – O autor visa que este provimento jurisdicional de conhecimento tenha capacidade executória 
possibilitando, de qualquer outra providência a entrega do bem. 
 
PROCESSO 
PROCEDERE –MARCHA –CAMINHADA 
Processo - Procedimento 
Representa uma soma de atos realizados para exposição do litígio. 
PROCESSO: conhecimento, execução 
PROCEDIMENTO: comum, especial 
 
O processo de conhecimento é a fase em que ocorre toda a produção de provas, a oitiva das partes e testemunhas, 
dando conhecimento dos fatos ao juiz responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso concreto, com 
o proferimento da sentença. Segue o rito ordinário ou sumário. Se as partes não pedirem provas o juíz pode pedir de ofício. 
O processo executivo, que é o objeto específico deste trabalho, restringe-se a atos necessários à satisfação do direito 
do credor e, consequentemente, a compelir o devedor a adimplir a obrigação, seja de pagar quantia, entregar coisa, fazer ou 
não fazer. 
Para que se proponha um processo de execução, deve existir em um primeiro plano o não cumprimento de uma obrigação 
assumida, assim a tutela executiva busca a satisfação ou realização de um direito já acertado ou definido em título judicial ou 
extrajudicial, a fim da eliminação de uma crise jurídica de inadimplemento. 
Na execução, o Estado atua como substituto, promovendo uma atividade que competia ao devedor exercer: a 
satisfação da prestação a que tem direito o credor. Somente quando o obrigado não cumpre voluntariamente a obrigação é que 
tem lugar a intervenção do órgão judicial executivo. Dai a denominação de "execução forçada", adotada pelo Código de 
Processo Civil, no art. 566, à qual se contrapõe a ideia de "execução voluntária" ou "cumprimento" da prestação, que vem a ser 
o adimplemento. 
ATIVIDADES DO PROCESSO 
 
A atuação executiva do estado é prevalentemente material, isto é busca-se um resultado pratico ou 
fisicamente concreto. Ex.Retirada de um bem do patrimonio do devedor e entrega ao credor. 
 
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA 
 
PETIÇÃO INICIAL: A petição inicial é o instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o 
processo. Nela, o interessado formula sua pretensão, o que acaba por limitar a atividade jurisdicional, pois o juiz não pode 
proferir sentença de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do 
demandado. 
A rigor não é a petição inicial em sí mesma o pressuposto processual de existência do processo mas a presença do 
autor. 
JURISDIÇÃO: Orgão devidamente investido de jurisdição, a parte deve formular o pedido a orgão jurisdicional investido dos 
poderes inerentes a jurisdição. 
CITAÇÃO: Primeiro momento em que da ciencia as partes Réu de que existe uma ação tramitando contra ele. 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: O advogado tem capacidade postulatóra para praticar atos técnicos dentro de um processo. 
Dentre eles fazer a PETIÇÃO INICIAL ,CONTESTAÇÃO, RECURSO. 
 
FASES DO PROCESSO 
POSTULATÓRIA: Postular- invocar a tutela jurisdicional 
SANEAMENTO: saneamento do processo é quando o juiz verifica sua correta instrução e o atendimento aos 
pressupostos processuais (legitimidade= quem pode processar, ser autor da ação; interesse= necessidade e 
adequação do processo à situação e possibilidade jurídica do pedido= se o que se pede é garantido pelo Direito). 
INSTRUTÓRIA: Onde são produzidas as provas. 
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DECISÓRIA: Onde decide 
 
Capacidade processual: Uma criança é sujeito de direitos mas não tem capacidade processual – está é exercidada pela mãe. 
Capacidade de Agir : Sujeito de direitos realiza negócios jurídicos. 
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE – APTA 
PETIÇÃO INICIAL VALIDA: preenche todos os requisitos que a lei conseidera indispensáveis para que a petição inicial produza 
efeitos. 
JURISDIÇÃO: orgão jurisdicional: competente e que tenha um juíz imparcial 
CITAÇÃO: Válida 
CAPACIDADE E LEGITIMIDADE PROCESSUAL. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS 
Não pode ter sobpena de o juíz não conseguir analisar o mérito 
Coisa julgada material- não pode com resolução de mérito. 
 
LITISPENDÊNCIA: Ocorre quando há duas ações identicas A e B uma é a antiga ainda não julgada e a 
outra mais nova. Neste caso a mais nova é extinta e a mais velha continua em tramitação. 
PEREMPÇÃO: O processo é abandonado por 3 vezes consecutivas por uma período maior que 30 dias. 
Não há manifestação no processo, neste caso não poderá propor novamente a ação contra o réu. 
 
 
 
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL 
 
 Estado juíz 
 
Postulação linear 
 
 Autor Réu 
 
CITAÇÃO VALIDA: AR ENTREGUE, VIA OFICIAL DE JUSTIÇA, JUÍZ EQUIDISTANTE DAS PARTES. 
CONSIDERAÇÃO PROPOSTA UMA AÇÃO QUANDO A PETIÇÃO INICILA FOR PROTOCOLADA, MAS O RÉU PRECISA SER DEVIDAMENTE CITADO , 
O PROCESSO E A RELAÇÃO JURÍDICA SOMENTE ESTÁ COMPLETA DEPOIS DA CITAÇÃO DO REÚ. ART. 312 NCPC
 
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SUJEITOS: 
AUTOR -> INVOCA E APRESENTA PRETENSSÃO 
JUÍZ-> EQUIDISTANTE DAS PARTES 
RÉU-> SE SUBORDINA ÔNUS DE SE DEFENDER 
 
LITISCONSORCIO: Figuram em uma lide várias pessoas vinculadaspelo direito material questionado, é caracterizado pela 
existência de mais de um autor ou mais de um réu. 
 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: SÃO REQUISITOS QUE DEVEM SER PREENCHIDOS PARA QUE O PROCESSO 
SE CONSTITUA, E DESENVOLVA REGULARMENTE E VALIDAMENTE 
 
Ana Paula Karpinski Osório – Processo Civil 1 Professor Henry Kaminski UNICURITIBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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