Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anhanguera Educacional Campus Pirituba Serviço Social Tecnologias da informação e da comunicação, Leitura e produção de texto, desenvolvimento pessoal e profissional Francislene Cipriano Juliana Campori Bergstros Julio Cesar Galves Gomes Mangini MosqueiroMaria Aparecida da Silva Rita de Cássia Pereira Lima Roberta de Almeida Franco Desafio Profissional Tutora Eletrônica Alessandra Figueiredo São Paulo 25/05/2015 Francislene Cipriano Juliana Campori Bergstros Julio Cesar Galves Gomes Mangini MosqueiroMaria Aparecida da Silva Rita de Cássia Pereira Lima Roberta de Almeida Franco Desafio Profissional São Paulo 2015 Introdução Buscar um serviço com qualidade e eficiência é o objetivo de toda empresa privada, já que ao alcançar esse patamar essa companhia estaria também, automaticamente, revertendo essa prestação de serviços em lucro. Mesmo não tendo o lucro como objetivo final, os órgãos públicos têm cada vez primados por um serviço de qualidade. O que não se pode confundir é a lógica de produção capitalista com a dinâmica de atendimento público, ainda mais no que tange ao atendimento da assistência social. Por isso os indicadores de qualidade, que muitas vezes estão atrelados à qualidade, de uma empresa privada não pode servir como parâmetros para uma mensuração de qualidade de um serviço público e social. Pensando na melhoria do atendimento do CRAS, a gestora do posto em questão solicitou proposta de utilização de tecnologias da comunicação e da informação para a melhoria no atendimento daquele posto. A equipe fez uma pesquisa da literatura e uma visita a uma unidade do CRAS com o fim de propor a equipe de tecnologia da informação (ti) um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis com o fim de reverter o baixo índice de pontuação que essa unidade tem ficado em relação as outras da Rede. É de extrema importância que se pense nas características do serviço oferecido, como também de sua equipe, que terá papel fundamental para que a implantação de resultados satisfatórios. Para tanto foi proposto um rigoroso programa de capacitação, além da conscientização e acompanhamento provisório, demonstrando e proporcionando um melhor resultado final Justificativa Segundo Montaño (2009) a prática profissional do assistente social, como atividade de campo, é fonte da teoria que se comunicam numa dinâmica dialética. Considerando que a prática do assistente social tem sua relevância não somente à situação atendida, como também é fundamental a essa dialética, é mais do que natural que se busque a utilização das tecnologias da informação não somente para instrumentalizar um atendimento ou localização dos dados dos usuários, sendo extremamente importante a possibilidade de qualificação, tabulação e que rápidas estatísticas de quadros comparativos dentro da Rede com o fim de subsidiar não somente o atendimento, como já dito, mas também a eterna dinâmica das Ciências Sociais, que seja a tese, síntese e antítese, ou seja a dialética sem fim. Conforme Mendes & Bernadete (2014) “as bases de sustentação teórico- metodológica do Serviço Social manifestam-se sob as mais diversas expressões, sendo a pós-graduação, a pesquisa e a produção do conhecimento algumas delas”, sendo a mais importante base para a pesquisa a prática profissional como principal pilar. O povo brasileiro tem a imagem de ser criativo e adaptável, por isso pensa se que a articulação entre o Serviço Social e a tecnologia pode se dar tranquilamente, inclusive podendo ser exemplo no mundo, nesse sentido afirma Mendes & Almeida (2014): Nesta perspectiva, as tecnologias sociais têm emergido no cenário brasileiro como um movimento de "baixo para cima", que se caracteriza pela capacidade criativa e organizativa de segmentos da população em gerar alternativas para suprir as suas necessidades e/ou demandas sociais. Não se constituem, ainda, em políticas públicas, mas vêm obtendo um reconhecimento crescente no que se refere à sua capacidade de promover um novo modelo de produção da ciência e da aplicação da tecnologia em prol do desenvolvimento social. (p.2) Portanto essas autoras muito bem sugerem que a características de nossa cultura e habilidades, temos grandes condições de articular os instrumentais tecnológicos em prol da demanda social que ora se instaura nessa unidade que requisita essa intervenção. Não há que se falar em avanço na prestação de serviços públicos sócio assistenciais sem uma articulação com as tecnologias da informação e da comunicação, como muito bem afirmou Piropo e amaral (2015): Os avanços tecnológicos contemporâneos vêm sendo incorporados às diversas vertentes sociais e trazendo importantes contribuições na prestação da assistência qualificada. Tais avanços têm como elementos centrais um conjunto de tecnologias sustentadas por fundamentos na microeletrônica, nas telecomunicações e na informática, denominada Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Pois, pensando se nas característica e especificidades dos dados a serem armazenados e acessados com facilidade, foi solicitado a equipe de ti que criasse um programa com eixos de informações que pudessem ser acessadas de acordo com a prerrogativas da senha de acordo com o usuário do sistema, desde a atendente e profissionais do setor administrativos, que somente teriam acesso a consulta de agenda e informações de contato, até o gestor da unidade que teria livre acesso à todos os dados como prerrogativas de administrador do sistema podendo corrigir qualquer dado, cadastrar e editar usuários, ou seja, plena prerrogativa no sistema. Os eixos de dados seriam divididos em: I qualificação civil, com o nome completo, nome civil, endereço, data de nascimentos, constituição familiar, demais documentos e informações pessoais; II Situação familiar, histórico familiar, com detalhamento da dinâmica familiar; III Articulação com a Rede, todo histórico de atendimento da pessoa pela Rede inclusive benefícios recebidos; IV Contexto social, nesse eixo deverá constar as informações do local do sujeito atendido, quanto a moradia, desenvolvimento urbano, questão profissional e demais dados sociais de ordem pessoal e da comunidade; V Situações e informações pessoais de ordem psicossocial com acesso restrito a equipe técnica. Essa divisão por eixos facilitará o acesso dos profissionais de acordo com suas prerrogativas e atribuições. Cada eixo terá uma gama de informações que possam detalhar todas as características que não só possibilitam o fácil acesso às informações necessárias à um melhor atendimento, como também uma melhor continuidade e facilidade em montagem e manejos de dados e estatísticas sociais que facilitem um planejamento de ações e ou estudo/ pesquisa em Serviço Social. Para alimentar o sistema é necessário que se utilizem folhas numeradas para os relatórios de atendimento devendo as folhas coincidirem com as do sistema e quando da inutilização de alguma folha essas deverão constar no sistema como inutilizadas através da assinatura do gestor juntamente com o responsável por aquele numeração. Também foi considerada a questão da familiaridade com o sistema de computadores e redes, para tanto é mister que se crie um programa de capacitação específica para toda a equipe, mas não basta somente dar os instrumentais, é fundamental a conscientização da importância da participação de todos para a otimização do armazenamento, compilação, tabulação e trocade dados, obviamente que sempre preservando a questão do sigilo profissional. Para que se alcance o objetivo esperado esse programa de capacitação deve contar com os profissionais desenvolvedores do software, como pesquisadores e trabalhadores em locais em que a utilização das tecnologias da informação e da comunicação seja plena, inclusive com o intercâmbio de profissionais de outras unidades vistas como mais eficientes, lembrando que quantidade não é sinônimo de qualidade, principalmente no que tange ao atendimento sócio assistencial. Resultados esperados Com a implantação do sistema integrado de informações separadas por eixos qualitativos das informações dos usuários atendidos como dos atendimentos espera se criar relatórios de forma ágil, que possibilitem o acompanhamento do desenvolvimento não só dos atendimentos como também de todo o ambiente social do território atendido pelo CRAS. Considerando que esse sistema possibilita a compilação e acesso as informações, sem que se quebre o sigilo dos usuários ou que possam constrange los por vazamento de informações pessoais. O reconhecimento de padrões visando estudos e estatísticas de cunho preventivo, que é uma das principais vocações do CRAS, também é esperado desse estudo, como aumento de evasão escolar ou diminuição do índice de emprego e renda de determinada região. Nessas duas hipóteses, uma intervenção preventiva articulada com a Rede, possibilitará um sistema preventivo de garantia de direitos, mais eficaz e que gere menos danos à população local. É com essa visão, um tanto quanto utópica, mas cheia de esperanças para uma plena contribuição na atuação na Assistência Social, que esse grupo apresenta a presente proposta, que foi discutida e debatida com a equipe do CRAS em questão, tendo uma parcela da população atendida sido ouvida também, pois somente com o dialogo pleno que se pode avançar em qualquer questão relacionada à questão sócio assistencial, inclusive a tecnológica. Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1995). Fundamentos de metodologia Científica, São Paulo: Atlas, Maciel, A. L. S. & Fernandes, R. M. C.(2011) Tecnologias sociais: interface com as políticas públicas e o Serviço Social, São Paulo: Serv. Soc. Soc. no.105 São Paulo jan./mar. 2011 Mendes, J. M. R. & ; Almeida, B. L. F. (2014). As recentes tendências da pesquisa em Serviço Social, São Paulo: Serv. Soc. Soc. no.120 São Paulo out./dez. 2014 Montaño, C. (2009). A Natureza do Serviço Social, São Paulo: Cortez Setubal, A. A.(2013). Pesquisa em Serviço Social, utopia e realidade, São Paulo: Cortez
Compartilhar