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capitulo 1Enfermagem Em Doenças Transmissiveis

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2
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM DOENÇAS 
TRANSMISSÍVEIS
Danielle Saraiva Tuma dos Reis
Irene de Jesus Silva
INTRODUÇÃO
Tanto a concepção quanto a prática da as-
sistência de enfermagem prestada aos portadores 
de doenças transmissíveis estão atreladas ao avan-
ço do conhecimento científico e aos significados 
atribuídos pela sociedade à saúde e à doença, ao 
longo da história da humanidade. A história das 
doenças transmissíveis é descrita desde a época 
das grandes epidemias que assolaram a Europa, 
como a lepra e a peste negra. Essas doenças eram 
compreendidas sob duas concepções: a ontológi-
ca, como algo externo ao homem, que não fazia 
parte da natureza humana e sua origem poderia 
ser natural ou sobrenatural, representada como 
um castigo dos deuses para a impureza espiritual 
humana, e a dinâmica, resultante de um desequi-
líbrio ou uma desarmonia entre as forças vitais, 
que compreendia um processo ocorrido no inte-
rior do homem, talvez advindo de um desarranjo 
do equilíbrio dos quatro humores presentes no 
planeta: a terra, o ar, a água e o fogo (CANGUI-
LHEM, 2006).
Nessa época, a assistência à saúde funciona-
va muito precariamente, pois pobres, inválidos e 
doentes eram abrigados em hospitais como pere-
grinos e recebiam cuidados exercidos por leigos, 
principalmente religiosos e, paradoxalmente, por 
proscritos que pagavam penitência. Por sua vez o 
cuidado propriamente com os doentes era exerci-
do pelos familiares nos seus domicílios. O hospi-
tal passou a ser um local de assistência aos doen-
tes, quando impulsionado pelo desenvolvimento 
do capitalismo industrial. De abrigo aos excluídos 
da sociedade à nova formulação, o hospital so-
freu modificações, apesar das condições de higie-
ne precárias e a prática de enfermagem realizada 
ainda de forma muito rudimentar (FOUCAULT, 
1976).
Relatos sobre o início das práticas de isola-
mento pela enfermagem são escassos. Em 1863, 
Florence Nightingale, fundadora da escola de en-
fermeiras em Londres e reconhecida como mar-
co na chamada “enfermagem moderna”, estabe-
leceu as primeiras recomendações sistematizadas 
relacionadas ao cuidado do paciente, enfatizando 
a necessidade de limpeza do ambiente hospitalar. 
Em consonância com os conhecimentos produ-
zidos até aquele momento, os ensinamentos de 
Nightingale concebiam a transmissão de doenças 
por substâncias do corpo e a intervenção voltava-
-se para o ambiente hospitalar, como cuidados 
em relação ao ar puro, luz, calor, limpeza, enfa-
tizando a necessidade de separação dos doentes 
infectados dos não infectados (NIGHTINGALE, 
1860).
Somente mais tarde, com o estabelecimen-
to de uma causa microbiológica da doença, pela 
demonstração experimental feita por Pasteur e 
Koch, entre 1877 a 1897, houve novas possibili-
dades de formulações teóricas e intervenções so-
bre a questão do controle das doenças transmis-
síveis. O desenvolvimento nos conhecimentos da 
bacteriologia, da imunologia e da epidemiologia 
propiciaram a formulação dos conceitos relacio-
nados ao microrganismo produtor de infecção 
e doença. Definiram-se, ainda, as propriedades 
dos hospedeiros e estabeleceram-se explicações 
sobre modos de transmissão, isto é, vias e condi-
ções pelas quais os microrganismos penetram no 
2 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
organismo, conhecidas como “cadeia epidemio-
lógica” (CZERESNIA, 1997).
Quanto à ocorrência das doenças transmissí-
veis, novas doenças foram introduzidas, a exem-
plo da aids e de outras que apresentam elevada 
velocidade de disseminação. Doenças “antigas”, 
como a cólera e a dengue, ressurgiram, e ende-
mias importantes, como a tuberculose e as me-
ningites, continuam persistindo, fazendo com que 
esse grupo de doenças represente um expressivo 
problema de saúde pública. Esse cenário reflete 
as transformações sociais ocorridas no mundo a 
partir da década de 70, com fatores que contribu-
íram para o delineamento do atual perfil epide-
miológico das doenças transmissíveis em todo o 
mundo (MARTINS, 2009; BRASIL, 2009).
No Brasil, diversos estudos sobre a situação 
de saúde da população apontam para a ocorrên-
cia, no final do século XX, de declínio nas taxas 
de mortalidade devido às doenças infecciosas 
e parasitárias (DIP) e, em especial, às doenças 
transmissíveis, para as quais se dispõe de medidas 
de prevenção e controle. Por outro lado, embora 
a tendência verificada para a morbidade por esse 
grupo de causas seja igualmente decrescente, a 
sua velocidade de queda não apresenta a mesma 
intensidade observada na mortalidade. Exem-
plos: a mortalidade por DIP, em 1930, era res-
ponsável por 45,7% de todos os óbitos do país, o 
que continuou decrescendo ao longo das décadas 
seguintes; no período de 2000 a 2007, ainda se 
mantinham em torno de 8,4% e em 2008 foi de 
4,8%; nas regiões Norte (6,5% em 2008) e Nor-
deste (5,0% em 2008), os valores são ainda mais 
elevados (MARTINS, 2009; BRASIL, 2009; BRA-
SIL, 2010). 
Esses fatores agregam-se ao surgimento de 
novas doenças ou novas formas de manifestação 
das doenças na população, aumento na severi-
dade, causado pelo surgimento de novas cepas 
patogênicas, ampliação da resistência aos anti-
microbianos e persistência de problemas como 
a desnutrição e doenças endêmicas, a exemplo 
da tuberculose (MARTINS, 2009). Para tanto, é 
necessário compreender a cadeia epidemiológica 
das doenças transmissíveis no que diz respeito ao 
correto diagnóstico e tratamento dos pacientes, 
associada ao encaminhamento e adoção das me-
didas de controle indicadas em tempo hábil, para 
desempenhar importante papel na redução de 
uma série de morbidades.
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
Segundo o modelo da tríade epidemiológi-
ca, para que haja infecção é necessário haver um 
agente específico, um meio ambiente propício à 
transmissão e um hospedeiro suscetível. A inte-
ração desses três elementos é representada pela 
cadeia epidemiológica, com a qual se tenta orde-
nar a sequência dos principais aspectos biológi-
cos envolvidos nos eventos que levam à doença. 
O desenvolvimento de uma infecção ocorre em 
um processo cíclico que depende de seis compo-
nentes (Desenho 1.2): agente infeccioso ou pa-
tógeno, reservatório para o desenvolvimento do 
patógeno, porta de saída do reservatório, meios 
ou veículos de transmissão, porta de entrada para 
o hospedeiro e hospedeiro suscetível (PEREIRA, 
2003; BRUNNER; SUDDARTH, 2005).
Nas doenças transmissíveis, a febre amarela, 
que é um exemplo da cadeia epidemiológica, pos-
sui um ciclo silvestre da doença, devido à trans-
missão do vírus entre macacos, através da picada 
de determinadas espécies de mosquitos infectados. 
Em algumas ocasiões, o homem entra no círculo, 
quando é infectado pelo mosquito, o que pode dar 
início a uma nova cadeia de transmissão, inter-hu-
mana, também intermediada por mosquitos (PE-
REIRA, 2003). Os esforços do profissional para 
controlar a infecção devem ser dirigidos à quebra 
da cadeia de infecção, a fim de impedir seu desen-
volvimento (POTTER; PERRY, 2009).
AGENTE INFECCIOSO
Os agentes infecciosos são organismos pa-
togênicos que incluem as bactérias, fungos, vírus, 
3Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
riquétsias, protozoários e helmintos. A invasão 
do corpo por patógenos ou microrganismos cau-
sa infecção capaz de dar origem à doença, através 
de lesão celular local, liberação de toxinas ou in-
dução de reações antígeno-anticorpo. Entretanto 
o organismo possui suas próprias defesas contra 
infecções, mas, caso isso não aconteça, a infecção 
pode causar sérias complicações e até mesmo a 
morte (POTTER; PERRY, 2009).
Os patógenos podem se originar de fontes 
endógenas, como a flora comensal endógena ou 
residente da qual o paciente é portador, adere à 
superfície da pele e não é removida com simples 
lavagem;e de fontes exógenas ou transitórias que 
têm aquisição recente através de objetos anima-
dos ou inanimados dentro do hospital (AGUIAR; 
LIMA; SANTOS, 2008).
Diversas características do agente são impor-
tantes na manifestação ou não do processo in-
feccioso, no organismo do hospedeiro, tais como 
infectividade, patogenicidade e virulência. Varia-
ções na composição genética do agente podem 
também alterar profundamente as manifestações 
do processo infeccioso, como as diferentes cepas 
de uma mesma espécie as quais variam em sua 
capacidade de produzir doença. Por exemplo: 
Tratamento com 
doenças adjacentes
Identificação dos
pacientes de alto 
risco
AGENTE INFECCIOSO
 - Bactérias
 - Fungos
 - Vírus
 - Riquétsias
 - Protozoários RESERVATÓRIOS- Pessoas
 - Equipamento
 - Água
Identificação rápida e
exata dos organismos
PORTA DE SAÍDA
 - Excreções
 - Secreções
 - Pele
 - Gotículas
MEIOS DE TRANSMISSÃO
 - Contato direto
 - Gotículas
 - Aerossóis
 - Veículo comum
 - Vetor
PORTA DE ENTRADA
- Mucosa
 - Trato GI
 - Trato GU
 - Trato respiratório
 - Ruptura cutânea
Técnica
asséptica
Cuidado do cateter
Cuidado da ferida
Lavagem das mãos
Esterilização
Precauções
padronizadas Controle do
fluxo de ar
Manuseio de 
alimento
Isolamento
Descarte de lixo e
resíduos
Controle de
excreções e
secreções
Lavagem
das mãos
Desinfecção/
esterilização
Saúde do empregado
Condições sanitárias
ambientais
HOSPEDEIRO
SUSCETÍVEL
- Imunossupressão
- Diabetes
- Cirurgia
- Queimaduras
- Idosos
Desenho 1.2 - Cadeia Epidemiológica e as intervenções de profissionais de saúde para quebrar a cadeia de transmissão da infecção.
Fonte: Brunner e Suddarth (2005).
4 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
uma das hipóteses para explicar a variação regio-
nal das manifestações clínicas da doença de Cha-
gas repousa na existência de diferentes cepas de 
tripanossomas. Mutações genéticas, por sua vez, 
fazem com que recursos já disponíveis, como as 
vacinas contra a gripe, deixem de ser eficazes para 
os vírus mutantes (PEREIRA, 2003).
RESERVATÓRIO
O reservatório é o termo empregado para 
pessoa, vegetal, animal, substância ou localização 
que forneça nutrição para os microrganismos e 
possibilite a dispersão adicional do organismo. As 
infecções podem ser evitadas ao se eliminar os 
organismos etiológicos do reservatório pela ma-
nutenção da saúde do indivíduo, boas práticas de 
higiene, condições sanitárias ambientais adequa-
das, métodos de desinfecção e esterilização de ar-
tigos e equipamentos, entre outros (BRUNNER; 
SUDDARTH, 2005).
PORTA DE SAÍDA
Uma vez que os microrganismos encontram 
um local para multiplicar-se e desenvolver-se, de-
vem encontrar uma porta de saída para penetrar 
em um hospedeiro e causar doença. Os microrga-
nismos podem externar-se em vários locais, como 
a pele e membranas mucosas, tratos respiratório, 
gastrointestinal, reprodutor e corrente sanguínea, 
através de excreções, secreções e gotículas (POT-
TER; PERRY, 2009).
O tempo, durante o qual os agentes aban-
donam o hospedeiro, representa o “período de 
transmissibilidade”, variável para cada doença, 
mas que pode ser conhecido pela observação de 
grupos de pacientes. A duração desses períodos 
permite fixar a extensão do isolamento requerido 
aos pacientes para que se evite ou se limite a pro-
pagação da infecção (PEREIRA, 2003).
MEIOS DE TRANSMISSÃO 
Os microrganismos podem ser transmitidos 
do reservatório ao hospedeiro por uma das cinco 
vias: contato, gotículas, aerossóis, veículo comum 
e vetor. Algumas doenças infecciosas tendem a 
ser transmitidas mais comumente através de mo-
dos específicos. Mais de uma via pode servir às 
vezes de transmissão do agente patogênico du-
rante um único episódio, e esse mesmo agente 
pode ser transmitido por diferentes vias em di-
ferentes ocasiões, conforme descrito no Quadro 
1.2 (AGUIAR; LIMA; SANTOS, 2008; GOMES; 
COUTO, 2004; RICHTMANN, 2008).
PORTA DE ENTRADA
Os organismos podem entrar no corpo de um 
indivíduo pelas mesmas vias que usam para sair, 
através da mucosa, trato gastrointestinal, trato ge-
niturinário, respiratório ou ruptura cutânea. Por 
exemplo: quando agulhas contaminadas penetram 
na pele do paciente, os organismos se alojam no 
corpo; ou a obstrução do fluxo urinário, através 
de um cateter urinário, permite que os organismos 
penetrem na uretra (POTTER; PERRY, 2009).
HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL
Para que aconteça a infecção, o hospedeiro 
deve ser suscetível (não possuir imunidade para 
determinado patógeno). A infecção prévia ou a 
administração de vacina podem tornar o hospe-
deiro imune (não suscetível) à infecção adicional 
por um agente. Muitas infecções são evitadas 
por causa da defesa imune humana vigorosa. 
Embora a exposição a microrganismos, poten-
cialmente infecciosos, ocorra essencialmente em 
uma base constante, os sistemas imunes elabora-
dos, geralmente, evitam a ocorrência da infecção 
(AGUIAR; LIMA; SANTOS, 2008; BRUNNER; 
SUDDARTH, 2005).
Por outro lado, o hospedeiro pode atuar 
como portador, ou seja, albergar um agente in-
feccioso sem desenvolver a infecção. O estado de 
portador pode ocorrer nas infecções inaparentes 
(portador são), no período de incubação da doen-
ça, na fase de convalescença e mesmo após a con-
valescença (portador crônico) (PEREIRA, 2003).
5Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
MEDIDAS DE CONTROLE
São consideradas medidas de controle ou 
preventivas todas aquelas utilizadas para evitar as 
doenças ou suas consequências e interromper o 
processo da doença que já se instalou no organis-
mo humano (PEREIRA, 2003).
Para evitar que uma infecção se desenvolva 
ou se dissemine, o profissional deve reduzir os 
números e tipos de microrganismos transmiti-
dos aos locais em potencial para infecção, eli-
minar os reservatórios de infecção, controlar as 
portas de entrada ou de saída e evitar ações que 
transmitam microrganismos (POTTER; PERRY, 
2009).
A assistência de enfermagem atua nas di-
versas medidas preventivas contra as doenças 
transmissíveis, as quais, segundo Pereira (2003), 
se classificam em medidas inespecíficas e especí-
ficas; prevenção primária, secundária e terciária; 
cinco níveis de prevenção, com sua terminologia 
própria; e as medidas universais, seletivas e indi-
vidualizadas.
Visando a enfocar os períodos da história 
natural da doença, das propriedades do agente 
infeccioso, da resistência do hospedeiro e dos fa-
tores do meio ambiente, procurou-se direcionar, 
neste capítulo, as ações de enfermagem às medi-
das de prevenção primária, secundária e terciária, 
com ênfase ao controle dos componentes da ca-
deia epidemiológica.
A prevenção primária desenvolve-se no pe-
ríodo de pré-patogênese da história natural das 
doenças, período em que a perfeita interação en-
tre agente, hospedeiro e meio ambiente favorece 
a manutenção da saúde do indivíduo, correspon-
dendo, assim, à fase em que não ocorre doença 
no homem. Nessa fase, as medidas de promoção 
visam a nortear um padrão de vida compatível 
para a manutenção da saúde, enquanto as me-
didas de proteção específica têm como objetivo 
“quebrar um dos elos da cadeia epidemiológica”, 
conforme descritos abaixo (LEAVELL; CLARK, 
1978).
Tão logo o processo da doença seja detec-
tado, no início de patogênese, deve-se fazer a 
Mecanismo Definições e exemplos Agentes Infecciosos 
Contato Transferência de microrganismo por toque/ manipulação de reservatório
Direto Pessoa a pessoa (toque, beijo, contato sexual etc) HIV, Hepatites A e B, estafilococos etc.
Indireto
Fômites (instrumentos cirúrgicos, curativos, 
brinquedos transferidos de boca em boca, bolsas 
coletoras de urina etc.)
Hepatite B, CMV, pseudomonas,estafilococos etc.
Gotículas
Partículas grandes e pesadas expelidas por 
hospedeiro infectado, em contato próximo 
(< 90 cm) (tosse, espirro)
Influenza, caxumba, rubéola, estreptococos, 
pertussis etc.
Por Aerossóis
Partículas pequenas e leves carreadas pelo ar e 
que podem ficar em suspensão aérea por longos 
períodos
Sarampo, tuberculose, varicela
Veículo
Substância que mantém o microrganismo vivo até 
inoculação/ingestão do hospedeiro (água, sangue, 
fezes, alimentos, medicamentos, etc.)
Salmonela, HIV, hepatites B, C e A, cólera, 
legionela etc.
Vetor
Artrópedes que transmitem agentes infecciosos 
por picadas ou depósito destes sobre a pele ou 
alimentos (mosquitos, moscas, etc.)
Malária, febre amarela, dengue etc.
Quadro 1.2 - Definições e exemplos dos mecanismos de transmissão.
Fonte: Richtmann (2008).
6 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
prevenção secundária, por meio de diagnóstico 
precoce e tratamento imediato. Quando o pro-
cesso de patogênese houver progredido e a do-
ença, avançado além de seus primeiros estágios, 
a prevenção secundária deve ser continuada, 
por meio de tratamento adequado, para evitar 
sequelas e limitar a invalidez. Mais tarde, quando 
o defeito e a invalidez se tiverem fixado, pode-se 
aplicar a prevenção terciária, através de reabilita-
ção (LEAVELL; CLARK, 1978).
Recentemente, surgiu outro nível de preven-
ção, a prevenção quaternária, também designada 
de prevenção da iatrogenia, a qual visa, por um 
lado, evitar ou atenuar o excesso de interven-
cionismo médico associado a atos médicos ina-
propriados e, por outro, fornecer aos pacientes 
a informação necessária para poderem tomar 
decisões autônomas, sem falsas expectativas, co-
nhecendo as vantagens e as desvantagens dos 
métodos diagnósticos ou terapêuticos propostos. 
Assim a prevenção quaternária deve ser desenvol-
vida continuamente e em paralelo com a ativida-
de clínica, de modo a evitar o uso desnecessário 
e o risco das intervenções médicas (ALMEIDA, 
2005; HESPANHOL; COUTO; MARTINS, 2008; 
JAMOULLE, 2000).
PRECAUÇÕES BASEADAS NA 
TRANSMISSÃO
As doenças transmissíveis representam um 
problema de abrangência mundial, constituindo 
uma das principais causas de morbidade e letali-
dade. Além da magnitude relacionada ao pacien-
te, há a problemática de igual importância do pro-
fissional da área da saúde, que está em risco ocu-
pacional permanente. Se a exposição é uma pre-
missa constante, tanto para profissionais quanto 
para pacientes, medidas de intervenção têm sido 
propostas para minimizar tal situação, e uma das 
estratégias previstas refere-se à implementação 
das precauções baseadas na transmissão ou iso-
lamento em doenças transmissíveis usadas para o 
controle de patógenos (MELO et al., 2006; POT-
TER; PERRY, 2009).
Visando padronizar as precauções para o 
isolamento de pacientes com infecções e doenças 
transmissíveis, os CDC’s dos Estados Unidos pu-
blicaram vários manuais desde 1970, conforme 
descrição no Quadro 2.2. Recentemente foi lan-
çado novo manual que manteve a terminologia 
de precauções-padrão e precauções baseadas na 
forma de transmissão (NICHIATA et al., 2004; 
SIEGEL et al., 2007).
1970 1975 1983 1987 1996
1- Isolamento total ou 
estrito
2- Isolamento 
respiratório
3- Isolamento 
protetor ou reverso
4- Precauções 
entéricas
1- Isolamento estrito
2- Isolamento 
respiratório
3- Isolamento protetor 
ou reverso
4- Precauções entéricas
5- Precauções com 
pele/feridas
6- Precauções com 
secreções
7- Precauções com 
sangue
1- Isolamento estrito
2- Isolamento 
respiratório
3- Isolamento para 
tuberculose
4- Precauções entéricas
5- Isolamento de 
contato
6- Precauções com 
secreções e drenagem
7- Precauções com 
sangue e fluidos 
corporais
1- Isolamento estrito
2- Isolamento 
respiratório
3- Isolamento para 
tuberculose
4- Precauções 
entéricas
5- Isolamento de 
contato
6- Precauções 
universais (PU)
1- Precauções-padrão 
(PP)
2- Precauções 
baseadas na forma 
de transmissão:
2.1- Precauções por 
aerossóis
2.2- Precauções por 
gotículas
2.3- Precauções por 
contato
Quadro 2.2 - Categorias de isolamento/precauções, segundo o ano de publicação das recomendações (Brasil, 1970 a 1999).
Fonte: Nichiata et al. (2004).
7Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
As precauções-padrão passaram a incorpo-
rar as precauções universais e o isolamento para 
substâncias corpóreas, devendo ser adotadas em 
estabelecimentos de saúde, durante a assistência 
a qualquer paciente com processo infeccioso e/
ou suspeita de contaminação, sempre que houver 
possibilidade de exposição a fluidos corporais, se-
creções e excreções, com ou sem sangue, à pele 
com solução de continuidade e às membranas 
mucosas (RICHTMANN, 2008). 
Para as precauções-padrão, são considera-
dos o uso de equipamentos de proteção indivi-
dual como barreiras para evitar a contaminação 
(máscaras, luvas, avental, óculos protetores), as 
vacinas e, principalmente, a medida mais antiga 
e eficiente, a higienização das mãos com água e 
sabão (MELO et al., 2006; NEVES et al., 2006).
Em conjunto com as precauções-padrão, 
foram estabelecidas as precauções baseadas na 
transmissão, indicadas para pacientes comprova-
damente infectados, ou suspeitos de sê-los, com 
patógenos altamente transmissíveis ou epidemio-
logicamente importantes para os quais medidas 
adicionais às precauções-padrão são necessárias 
para interromper a transmissão nos hospitais. 
Há três tipos de precauções baseadas na trans-
missão: precauções aéreas, por gotículas e por 
contato. Usadas isoladamente ou combinadas, 
pressupõem sempre o uso simultâneo das pre-
cauções-padrão (GOMES; COUTO, 2004; NI-
CHIATA et al., 2004).
PRECAUÇÕES COM CONTATO
As precauções com contato visam impedir o 
risco de transmissão de agentes epidemiologica-
mente importantes, por contato direto ou indireto. 
Este tipo de transmissão envolve o contato pele a 
pele e a transferência física proveniente de indiví-
duo infectado ou colonizado por microrganismo 
para um hospedeiro suscetível, tal como ocorre 
quando o profissional muda o paciente de posição, 
dá-lhe banho ou realiza atividades de atendimento 
que exigem o contato físico. Pode ocorrer também 
entre dois pacientes, pelo contato das mãos. Den-
tre as doenças que são transmitidas por contato, 
incluem-se: as gastroenterites, o impetigo, a pedi-
culose, a escabiose, o herpes simples, o zóster, a 
furunculose infantil, a difteria cutânea e a hepatite 
A. Para este tipo de precauções, é indicada a utili-
zação de luvas e avental, quarto privativo ou coorte 
quando os pacientes apresentarem a mesma doen-
ça (NICHIATA et al., 2004; RICHTMANN, 2008; 
SIEGEL et al., 2007).
PRECAUÇÕES AÉREAS
As precauções aéreas são indicadas para re-
duzir o risco de transmissão de agentes infeccio-
sos veiculados pelo ar (partículas residuais pe-
quenas, com 5 mm ou menos), provenientes de 
gotículas evaporadas e que podem permanecer 
em suspensão no ar por longo período de tempo 
ou de partículas de poeira contendo um agente 
infeccioso. Os microrganismos carregados dessa 
forma podem ser dispersos para longe, pelas cor-
rentes de ar e podem ser inalados ou depositados 
em um hospedeiro suscetível, dentro do mesmo 
quarto ou à longa distância do paciente-fonte, de-
pendendo dos fatores ambientais. Por esse mo-
tivo, exige-se um quarto privativo com pressão 
negativa em relação ao corredor e filtragem deste 
ar, antes da circulação em outras áreas, devendo 
manter a porta fechada. As precauções aéreas 
aplicam-se aos patógenos conhecidos que podem 
ser assim transmitidos, o que inclui o bacilo da 
tuberculose, o vírus do sarampo e o da varicela. 
Nesse tipo de precaução, indica-se o uso de más-
caras especiaiscom maior poder de filtragem, a 
N95, e quando houver possibilidade de contato 
com secreções, usar aventais e máscaras (RICHT-
MANN, 2008; SIEGEL et al, 2007).
PRECAUÇÕES COM GOTÍCULAS
As precauções com gotículas são indicadas 
para evitar o risco de transmissão de agentes in-
fecciosos veiculados por vias aéreas, através de 
contato com a conjuntiva e com a mucosa do na-
riz ou da boca de um indivíduo suscetível com 
gotículas de tamanho maior do que 5 mm, ori-
8 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
ginadas de um indivíduo-fonte, sobretudo du-
rante a tosse, o espirro ou a conversa e durante 
a realização de certos procedimentos, como a 
sucção ou a broncoscopia. A transmissão dessas 
gotículas requer um contato mais próximo entre 
o indivíduo-fonte e o receptor, porque não per-
manecem suspensas no ar e, geralmente, se espa-
lham através dele, a uma distância de aproxima-
damente um metro. Por esta razão, recomenda-se 
quarto privativo ou coorte quando os pacientes 
apresentarem a mesma doença. Como exemplo 
de infecções e doenças que exigem essas precau-
ções, têm-se a meningite meningocócica, a me-
ningite por Haemophilus influenzae, as pneumonias 
e as difterias em geral. Como equipamentos de 
proteção individual, é indicado o uso de máscaras 
cirúrgicas e, quando houver contato com secre-
ções, o avental e a luva (NICHIATA et al., 2004; 
RICHTMANN, 2008; SIEGEL et al, 2007).
FUNDAMENTOS DE ISOLAMENTO E 
PRECAUÇÕES
É importante que o profissional esteja sem-
pre atento às técnicas de assepsia clínica quando 
estiver atendendo um paciente em um quarto de 
isolamento. Se o profissional trouxer qualquer tipo 
de material para dentro do quarto, ou deixar um 
objeto em contato com material infectado e então 
tocá-lo ou removê-lo, aumenta o risco de transmi-
tir infecções a outros pacientes ou profissionais. 
A seguir, são descritos alguns fundamentos que 
devem ser adotados durante a prestação da assis-
tência ao paciente com doenças transmissíveis.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos é a medida mais 
importante e eficaz na prevenção e controle da 
transmissão de patógenos. Recentemente, o ter-
mo “lavagem das mãos” foi substituído por “hi-
gienização das mãos”, englobando a higienização 
simples, a higienização antisséptica, a fricção an-
tisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos (AS-
SOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CON-
TROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, 2003; 
NEVES, 2006; BRASIL, 2007).
A higienização simples das mãos tem a fina-
lidade de remover os microrganismos que coloni-
zam as camadas superficiais da pele, assim como 
o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando 
a sujidade propícia à permanência e à prolifera-
ção de microrganismos. O procedimento deve ter 
duração de 40 a 60 segundos e as mãos devem ser 
higienizadas com água e sabonete nas seguintes 
situações (SOUSA; SANTANA, 2009):
•	 quando estiverem visivelmente sujas ou 
contaminadas com sangue ou outros flui-
dos corporais;
•	 ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
•	 antes e após o uso do banheiro;
•	 antes e depois das refeições;
•	 antes de preparar alimentos;
•	 antes de preparar e manipular medica-
mentos;
•	 antes e após contato com pacientes co-
lonizado ou infectado ou infectado por 
Clostridium difficile;
•	 após várias aplicações consecutivas de 
produto alcoólico; 
•	 nas situações indicadas para o uso de pre-
parações alcoólicas. 
Quanto à higienização antisséptica, tem a fi-
nalidade também de reduzir a carga microbiana 
das mãos. A técnica utilizada é a mesma para a 
higienização simples das mãos, substituindo-se o 
sabonete comum por um associado a antissépti-
co, por exemplo: antisséptico degermante. Esses 
produtos associam detergentes com antissépti-
cos e se destinam à higienização antisséptica das 
mãos e à degermação da pele das mãos nas se-
guintes situações (SOUSA; SANTANA, 2009):
•	 nos casos de precaução de contato reco-
mendada para pacientes portadores de 
microrganismos multirressistentes;
•	 nos casos de surtos;
•	 no pré-operatório, antes de qualquer pro-
cedimento cirúrgico (indicado para toda a 
equipe cirúrgica);
9Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
•	 antes da realização de procedimentos in-
vasivos (por exemplo, inserção de cateter 
intravascular central, punções, drenagens 
de cavidades, instalação de diálise, peque-
nas suturas e outros).
A técnica da higienização das mãos é ilustra-
da no Desenho 2.2.
Com relação à fricção das mãos com antis-
séptico (preparações alcoólicas), reduz também a 
carga microbiana das mãos, contudo não há re-
moção de sujidades. A utilização de gel alcoólico, 
preferencialmente a 70%, ou de solução alcoóli-
ca a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir 
a higienização com água e sabonete quando as 
mãos não estiverem visivelmente sujas. O proce-
dimento deve ter duração de 20 a 30 segundos, 
sendo indicado nas seguintes situações (SOUSA; 
SANTANA, 2009):
Desenho 2.2: Técnica de higienização das mãos.
Fonte: Organização Mundial da Saúde, 2008.
Molhe as mãos com água Cubra as mãos com a 
espuma do sabão
Lave as palmas com os 
dedos entrelaçados
Esfregue a base dos dedos 
nas palmas das mãos
Esfregue o dorso com
a palma das mãos
Limpe o polegar esquerdo 
com a palma da mão 
direita e vice-versa
Esfregue novamente as 
palmas das mãos com
a ponta dos dedos
Enxágue todo o sabão
Pronto, suas mãos estão 
completamente limpas!
Use esta mesma toalha 
para desligar a torneira
Enxugue as mãos com 
uma toalha descartável
Esfregue bem as palmas
10 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
•	 após ter contato com o paciente;
•	 antes de realizar procedimentos assisten-
ciais e manipular dispositivos invasivos;
•	 antes de calçar luvas para inserção de dis-
positivos invasivos que não requeiram 
preparo cirúrgico;
•	 após risco de exposição a fluidos corpo-
rais;
•	 ao mudar de um sítio corporal contami-
nado para outro, limpo, durante o cuida-
do ao paciente; 
•	 após ter contato com objetos inanimados 
e superfícies imediatamente próximas ao 
paciente;
•	 antes e após remoção de luvas.
A técnica da fricção das mãos com antissép-
tico (preparações alcoólicas), é ilustrada no De-
senho 3.2.
E a antissepsia cirúrgica das mãos está indi-
cada para a prevenção da infecção de sítio cirúr-
gico, na qual elimina a microbiota transitória da 
pele e reduz a microbiota residente, além de pro-
porcionar efeito residual na pele do profissional 
(SOUSA; SANTANA, 2009).
A Organização Mundial de Saúde (OMS), 
por meio da Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária (ANVISA) e da Organização Pan-Ameri-
cana de Saúde (OPAS), propôs estratégias para 
a higienização das mãos, que recomenda cinco 
etapas para prevenir as infecções relacionadas à 
assistência à saúde e também auxiliar na raciona-
lização do tempo do profissional de saúde quanto 
Desenho 3.2 - Técnica de fricção das mãos com antisséptico (preparações alcoólicas).
Fonte: Organização Mundial de Saúde, 2008.
Aplique o produto numa mão em forma de concha 
para cobrir todas as superfícies
Esfregue as palmas das
mãos, uma na outra
Parte de trás dos dedos nas 
palmas opostas com dedos 
entralaçados
Palma direita sobre o dorso 
esquerdo com os dedos 
entrelaçados e vice-versa
Esfregue o polegar esquerdo em 
sentido rotativo, 
entrelaçado na palma direita 
e vice-versa
Esfregue rotativamente para 
trás e para frente os dedos da 
mão direita na palma da mão 
esquerda e vice-versa
Uma vez secas, as suas 
mãos estão seguras
As palmas das 
mãos com dedos 
entrelaçados
11Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
a essa pratica, conforme Desenho 4.2 (ORGANI-
ZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2008; SOUSA; 
SANTANA; LIMA, 2009).
VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAISOs equipamentos para verificação dos sinais 
vitais, tais como estetoscópio, termômetro e es-
figmomanômetro, devem ser de uso exclusivo 
para isolamentos. Caso isto não seja possível, 
deve-se tomar precauções para evitar a contami-
nação cruzada. O manguito utilizado para medir 
a pressão sanguínea deve ser colocado em um lo-
cal limpo sobre uma toalha de papel, no quarto 
do paciente. Este paciente veste um avental de 
mangas curtas, limpo, que cobre o braço acima da 
fossa antecubital. O profissional coloca o man-
guito sobre o pano fino do avental, para evitar 
o contato direto com a pele do paciente. Após 
medir a pressão sanguínea, retira-se o manguito e 
recoloca-o em lugar seguro e limpo, antes de to-
car o paciente ou qualquer material contaminado. 
Assim, o profissional pode levar de volta o man-
guito, com segurança, após ter lavado suas mãos. 
O estetoscópio pode também ser usado dentro 
e fora do quarto de isolamento, contanto que o 
profissional não retire o estetoscópio e coloque-o 
sobre uma superfície contaminada. Após a veri-
ficação dos sinais vitais, o profissional deve lavar 
o diafragma com uma solução desinfetante ade-
quada. A mesma conduta deve ser adotada com o 
termômetro (POTTER; PERRY, 2005).
TRANSPORTE DE PACIENTES 
INFECTADOS
Devem-se limitar o movimento e transporte 
de pacientes infectados com microrganismos vi-
rulentos e garantir que esses pacientes saiam do 
quarto apenas para um propósito essencial, redu-
zindo, assim, a oportunidade de transmissão de 
microrganismos no hospital (GOMES; COUTO, 
2004). 
Cuidados para transportar pacientes:
a) usar barreiras apropriadas, conforme o 
tipo de isolamento: 
- precauções por aerossóis e gotículas – o 
paciente deverá usar máscara cirúrgica 
para reduzir a oportunidade de transmis-
são de microrganismos a outros pacien-
tes, profissionais de saúde e visitas, além 
de diminuir a contaminação do ambiente;
- precauções com contato – é necessário 
manter as secreções do paciente contidas;
b) avisar os profissionais de saúde da área 
para a qual o paciente está sendo levado. 
Aqueles deverão ser avisados da chegada 
do paciente ao local e das precauções a 
serem tomadas para reduzir o risco de 
transmissão;
c) informar o paciente dos meios pelos 
quais ele pode ajudar na prevenção de 
transmissão dos seus microrganismos in-
fectantes para outros pacientes. 
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS 
E ARTIGOS
Os artigos contaminados disponíveis de-
verão ser manuseados de maneira que reduza o 
risco de transmissão de microrganismos e dimi-
nua a contaminação ambiental no hospital. Esses 
artigos ou equipamentos usados devem ser em-
pacotados em recipientes ou sacos. As embala-
gens serão adequadas, se elas forem resistentes e 
Desenho 4.2 - Os cinco momentos para a higienização das mãos.
Fonte: Organização Mundial de Saúde, 2008.
12 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
os artigos colocados nelas não contaminarem o 
lado externo. Do contrário, devem-se usar duas 
embalagens (GOMES; COUTO, 2004).
Cuidados no manuseio de equipamentos e 
artigos:
a) artigos críticos, semicríticos e não críticos 
são limpos e esterilizados ou desinfeta-
dos depois do uso, para reduzir o risco de 
transmissão de microrganismos a outros 
pacientes;
b) roupas de cama contaminadas com mi-
crorganismos patogênicos não apresen-
tam risco de transmissão de doenças, 
desde que sejam manuseadas, transporta-
das e lavadas de uma maneira que evite 
essa transferência a pessoas, pacientes ou 
ambientes. Deve-se evitar movimentos 
bruscos nas trocas de roupas, pois po-
dem provocar a formação de aerossóis 
contendo microrganismos, a seguir, de-
positar a roupa usada em hamper forrado 
com saco plástico;
c) pratos, copos, xícaras e talheres não ne-
cessitam de precauções especiais. Qual-
quer prato e utensílio disponível podem 
ser usados por pacientes em isolamento e 
precauções. A combinação de água quen-
te e detergente, usada em hospitais, é su-
ficiente para descontaminá-los;
d) rotina de limpeza do quarto do paciente 
isolado deve ser feita da mesma maneira 
que no quarto de pacientes não infecta-
dos, procedendo limpeza e desinfecção 
diariamente; e desinfecção terminal ao 
término do isolamento.
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Segundo o Ministério do Trabalho e Empre-
go (BRASIL, 1978), na Norma Regulamentadora 
6 (NR 6), da Portaria 3.214, considera-se equipa-
mento de proteção individual (EPI) todo disposi-
tivo ou produto, de uso individual utilizado pelo 
trabalhador, destinado à proteção de riscos susce-
tíveis de ameaçar a segurança e a saúde no traba-
lho. Os principais EPIs utilizados no atendimento 
ao paciente com doenças transmissíveis consistem 
em aventais ou capotes, luvas, máscara e óculos.
Aventais ou capotes
Diariamente inúmeras células epiteliais des-
prendem-se da pele, sendo que muitas delas le-
vam consigo bactérias. A utilização do avental 
objetiva reduzir a dispersão das bactérias no ar 
(aproximadamente 30%) e evitar o contato da 
pele da equipe com sangue e fluidos corporais 
que possam contaminar a roupa privativa. O 
CDC recomenda troca de avental quando estiver 
visivelmente sujo de sangue ou outro fluido cor-
poral potencialmente infectante, devendo este ser 
impermeável à água e à bactéria. O uso do avental 
ou capote rotineiramente (ex.: na UTI) não é ne-
cessário a menos que um membro do staff esteja 
manipulando o paciente ou itens associados a ele 
(CATANEO et al., 2004; AYLIFFE et al., 2004).
Luvas
As luvas têm a função de proteger o paciente 
das mãos da equipe e proteger a equipe de flui-
dos potencialmente contaminados, com a finali-
dade de reduzir e prevenir o risco de exposição 
ao sangue (CATANEO et al., 2004; LEVIN, et 
al., 2011).
Existem três razões para o uso de luvas, se-
gundo Potter e Perry (2009) e Sousa e Santana 
(2009):
a) reduzir a possibilidade de contaminação 
grosseira das mãos da equipe quando en-
trar em contato com sangue, fluidos cor-
póreos, secreções, excreções, membrana 
mucosa e pele não intacta;
b) reduzir a probabilidade de a equipe trans-
mitir sua flora endógena aos pacientes 
durante a realização de procedimentos 
invasivos ou outros cuidados que envol-
vam membranas mucosas de pacientes e 
pele não intacta;
13Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
c) reduzir a possibilidade de a equipe tor-
nar-se transitoriamente colonizada por 
microrganismos que possam ser transmi-
tidos a outros pacientes. 
Após o contato com qualquer tipo de ma-
terial infectado, o profissional deve trocar as lu-
vas, caso os cuidados com o paciente não tive-
rem sido finalizados. Entretanto, se as ações do 
profissional não envolverem contato direto com 
o paciente, a troca de luvas é desnecessária (POT-
TER; PERRY, 2009).
Máscara e óculos
Vários tipos de máscaras e óculos são usados 
sozinhos ou em combinação para proporcionar 
uma proteção de barreira. Essas proteções são 
usadas durante procedimentos e cuidados com 
pacientes que podem produzir respingos ou 
sprays com sangue, fluidos corpóreos, secreções 
ou excreções, protegendo a membrana mucosa 
dos olhos, nariz e boca de transmissão de pató-
genos (GOMES; COUTO, 2004; LEVIN et al., 
2011).
Uma máscara bem colocada ajusta-se con-
fortável e adequadamente sobre a boca e nariz e 
evita a entrada e saída de patógenos pelas laterais. 
Se a pessoa usa óculos, a borda superior da más-
cara deve estar bem ajustada sob os óculos para 
que eles não fiquem embaçados quando a pessoa 
respirar. Uma máscara úmida é ineficiente e deve 
ser substituída. Uma máscara nunca deve ser reu-
tilizada. Uma regra de segurança, quanto ao seu 
uso, é que deve ser trocada a cada hora. Pacien-
tes e familiares devem ser informados de que a 
máscara pode causar sensação de sufocamentoe, 
ao sentirem tal sensação desconfortável, devem 
deixar o quarto e desprezá-la (CATANEO et al., 
2004; POTTER; PERRY, 2009).
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
O enfermeiro concentra atenção prioritária 
nas áreas administrativa, assistencial, ensino e 
pesquisa, onde realiza planejamento, organiza-
ção, direção e controle das atividades. Elabora 
plano de cuidados utilizando metodologia cientí-
fica, por meio do processo de enfermagem, a fim 
de prestar assistência individualizada (AGUIAR; 
LIMA; SANTOS, 2008; CATANEO et al., 2004). 
No cenário de doenças transmissíveis, as in-
fecções hospitalares merecem atenção especial 
para prevenção e controle, por intermédio da 
educação, supervisão e aprimoramento da equipe 
de enfermagem, a qual integra a equipe multi-
profissional de saúde e colabora com cuidados, 
a fim de minimizar a incidência, otimizando o 
tempo nas internações e intervenções. A equipe 
de enfermagem deve estar capacitada para cuidar 
desses pacientes por meio das precauções-padrão 
e isolamento, atendendo as políticas governamen-
tais com práticas de enfermagem como monito-
rar as técnicas assépticas, incluindo a higienização 
das mãos; pedir colheita de amostras para cultu-
ra, em qualquer paciente com sinais de infecção 
ou doença transmissível, quando o médico não 
estiver imediatamente disponível; limitar a expo-
sição dos pacientes a infecções provenientes das 
visitas, dos profissionais, de outros pacientes ou 
de equipamentos utilizados para diagnóstico ou 
tratamento; e manter provisões adequadas e se-
guras de equipamentos, fármacos e material para 
a prestação de cuidados (CATANEO et al., 2004; 
MELO et al., 2006).
Ao identificar os problemas de saúde do pa-
ciente, o enfermeiro traça um plano de cuidados 
baseado em sinais e sintomas para a formulação 
dos diagnósticos de enfermagem (DE), segundo 
a taxonomia de North American Nursing Disea-
ses Association (NANDA), considerando as ne-
cessidades humanas básicas e a individualidades 
do paciente. 
A seguir, são apresentados os principais diag-
nósticos de enfermagem – DE, segundo Carpeni-– DE, segundo Carpeni- DE, segundo Carpeni-
to (2011), Nanda (2010) e Souza (2004), que po-
dem estar presentes nos portadores de doenças 
transmissíveis e suas intervenções, considerando 
fatores relacionados às alterações fisiopatológi-
cas, ao tratamento e aos situacionais.
14 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Os diagnósticos de enfermagem (DE) são: 
ansiedade; comunicação verbal prejudicada; con-
fusão aguda e confusão aguda crônica; controle 
ineficaz do regime terapêutico; desesperança; dé-
ficit do volume de líquidos; déficit de autocui-
dado – banho/higiene; déficit de autocuidado 
– vestir-se/arrumar-se; déficit de autocuidado 
– alimentação; distúrbio do autoconceito; diar-
reia; dor aguda e dor crônica; eliminação uriná-
ria prejudicada; fadiga; incontinência intestinal; 
interação social prejudicada; integridade da pele 
prejudicada e integridade tissular prejudicada; 
intolerância à atividade; medo; mobilidade físi-
ca prejudicada, mobilidade no leito prejudicada 
e deambulação prejudicada; mucosa oral preju-
dicada; nutrição desequilibrada; padrão de sono 
perturbado; risco de função respiratória prejudi-
cada, padrão respiratório ineficaz e troca de gases 
prejudicada; risco para infecção e risco de trans-
missão de infecção; termorregulação ineficaz, hi-
pertermia e hipotermia.
Ansiedade
Estado em que o indivíduo ou grupo apre-
senta sentimentos de desconforto (apreensão) e 
ativação do sistema nervoso autônomo em res-
posta a uma ameaça vaga, inespecífica.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar o nível de ansiedade: leve, mo-
derado, severo, pânico;
•	 proporcionar tranquilidade e conforto;
•	 observar quando a ansiedade estiver di-
minuída a ponto de permitir o aprendi-
zado, auxiliar o paciente a reconhecer a 
ansiedade de forma a iniciar a resolução 
de problemas;
•	 explorar intervenções que diminuam a 
ansiedade, como jogos educativos, mú-
sica, aromaterapia, exercícios de relaxa-
mento, interrupção de pensamentos, hi-
droterapia, solicitando ou encaminhando 
a profissionais especializados, quando 
necessário.
Comunicação verbal prejudicada
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em alto risco de apresentar, diminuição da capa-
cidade de falar, embora possa entender os outros.
Intervenções de enfermagem:
•	 identificar métodos alternativos através 
dos quais o paciente possa comunicar 
suas necessidades básicas, através de blo-
co de papel, sinais com as mãos, piscar 
dos olhos;
•	 consultar um fonoaudiólogo no ínicio do 
regime de tratamento. 
 Confusão aguda e confusão aguda crônica
Confusão aguda: estado em que existe o sur-
gimento abrupto de um conjunto de distúrbios 
globais e oscilantes de consciência, orientação, 
ciclo de sono-vigilância e comportamento psico-
motor.
Confusão aguda crônica: estado em que o in-
divíduo apresenta uma deterioração irreversível, 
duradoura e/ou progressiva do intelecto e da per-
sonalidade.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar fatores causadores e contri-
buintes para a confusão;
•	 promover comunicação que contribua 
para o senso de integridade da pessoa;
•	 proporcionar estímulo sensorial suficien-
te e significativo;
•	 observar o paciente para determinar o 
comportamento habitual;
•	 garantir o conforto físico e a manutenção 
das necessidades básicas de saúde (exemplo: 
eliminação, nutrição, banho, uso do vaso sa-
nitário, higiene, vestuário, segurança).
Controle ineficaz do regime terapêutico
Padrão em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, dificuldade na integração 
à vida diária de um programa para o tratamento 
da doença e de suas sequelas e para a redução das 
situações de risco (exemplo: falta de segurança e 
poluição).
15Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
Intervenções de enfermagem:
•	 identificar os fatores causadores ou con-
tribuintes que impedem o controle eficaz 
e os fatores que influenciam o aprendi-
zado;
•	 explicar que as mudanças no estilo de 
vida e o aprendizado são necessários para 
ser integrados ao tratamento;
•	 encaminhar aos serviços comunitários 
para prosseguimento ao atendimento.
Desesperança
Estado emocional duradouro, subjetivo, no 
qual o indivíduo não vê alternativas ou escolhas 
pessoais disponíveis para a solução de problemas 
em seu benefício.
Intervenções de enfermagem:
•	 transmitir empatia para promover a verba-
lização de dúvidas, medos e preocupações;
•	 identificar o risco de suicídio;
•	 auxiliar a identificação de fontes de espe-
rança (exemplo: relacionamentos e cren-
ças);
•	 criar um ambiente no qual é encorajada a 
expressão espiritual;
•	 ensinar o paciente a antecipar as experi-
ências agradáveis de cada dia (exemplo: 
caminhar);
•	 auxiliar o paciente a reconhecer que é 
amado, importante na vida de outros;
•	 estimular o paciente a compartilhar suas 
preocupações com outras pessoas com 
problemas e/ou doenças semelhantes e 
que tiveram experiências positivas;
•	 permitir ao paciente tempo e oportuni-
dades para refletir sobre o significado do 
sofrimento, da morte e do ato de morrer.
Déficit do volume de líquidos
Estado no qual o indivíduo experimenta au-
mentada retenção de líquidos e edema.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar a ingesta dietética e os hábitos 
que podem contribuir para a retenção de 
fluidos;
•	 encorajar o paciente a diminuir a ingesta 
de sal;
•	 investigar a evidência de edema periférico 
ou venoestase;
•	 manter a extremidade edemaciada, eleva-
da acima do nível do coração, sempre que 
possível (exceto se houver contraindica-
ção por insuficiência cardíaca).
Déficit de autocuidado – banho/higiene
Estado emque o indivíduo apresenta capa-
cidade prejudicada para realizar ou completar as 
atividades de banho/higiene dele mesmo.
Intervenções de enfermagem:
•	 manter aquecido o banheiro, estabelecen-
do com o paciente a temperatura preferi-
da da água;
•	 proporcionar privacidade durante a roti-
na do banho;
•	 colocar todo equipamento para o banho 
ao alcance do paciente;
•	 providenciar equipamento auxiliar neces-
sário para a mobilidade, como: cadeira ou 
banco no chuveiro; barras de apoio e piso 
antiderrapante no banheiro; e ducha ma-
nual do chuveiro.
Déficit de autocuidado – vestir-se/arrumar-se
Estado em que o indivíduo apresenta capa-
cidade prejudicada para realizar ou completar as 
atividades de vestir-se e arrumar-se. 
Intervenções de enfermagem:
•	 promover a independência no vestir-se 
pela prática contínua sem auxílio;
•	 escolher roupas folgadas, com mangas e 
pernas largas e com fechamento anterior;
•	 permitir tempo suficiente para o vestir-se 
e o despir-se, por ser tarefa fatigante;
•	 planejar a atividade de vestir-se e arru-
mar-se com o paciente;
•	 colocar as roupas na ordem em que de-
vem ser vestidas;
•	 encorajar o paciente a usar roupas co-
muns ou especiais em lugar de roupas de 
dormir;
16 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
•	 proporcionar privacidade para a rotina de 
vestir-se;
•	 estabelecer para o paciente com déficit 
visual, local conveniente para as roupas;
•	 adaptar o ambiente para melhor realizar 
a tarefa; e anunciar-se, verbalmente, antes 
de entrar e sair da área de vestir-se.
Déficit de autocuidado – alimentação
Estado em que o indivíduo apresenta capaci-
dade prejudicada para alimentar-se. 
Intervenções de enfermagem:
•	 oferecer ambiente fixo, agradável, sem 
distrações para realização das refeições;
•	 manter a temperatura correta dos alimen-
tos (os alimentos quentes e os frios);
•	 proporcionar o alívio da dor, pois ela 
pode afetar o apetite e a habilidade de 
alimentar-se;
•	 proporcionar uma boa higiene oral antes 
e depois das refeições;
•	 encorajar a ingestão de alimentos com as 
mãos, exemplo: pão, frutas, para propor-
cionar-lhe independência;
•	 auxiliar o paciente a servir-se, se necessá-
rio, abrindo as embalagens, os guardana-
pos, os condimentos; cortando a carne; 
passando manteiga no pão.
Distúrbio do autoconceito
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, uma mudança negativa na 
maneira de sentir, pensar ou ver a si mesmo, com 
mudança na imagem corporal, na autoestima.
Intervenções de enfermagem:
•	 estimular o paciente a expressar senti-
mentos, de como sente, pensa ou vê a si 
mesmo;
•	 encorajar o paciente a fazer perguntas 
sobre seu tratamento, progresso e prog-
nóstico;
•	 proporcionar informações confiáveis e 
reforçar informações já fornecidas;
•	 proporcionar privacidade e um ambiente 
seguro;
•	 informar o paciente sobre os recursos 
comunitários disponíveis, se necessários 
(exemplo: centros de saúde mental, gru-
po de autoajuda).
Diarreia
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, passagens frequentes de 
fezes líquidas ou não formadas.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar os fatores causadores/contri-
buintes: alimentação por sonda, exageros 
dietéticos, alimentos contaminados, aler-
gias alimentares, viagem ao exterior, im-
pactação fecal;
•	 administrar mais lentamente, se ocorre-
rem sinais de intolerância gastrintestinal; 
•	 estimular a ingestão de líquidos ricos em 
potássio e sódio (água, suco de maçã);
•	 advertir sobre o uso de líquidos muito 
quentes ou muito frios;
•	 prevenir a transmissão de infecção (lava-
gem das mãos; estocagem, manipulação e 
cozimento adequado dos alimentos; ali-
mentos em piqueniques).
Dor aguda e dor crônica
Dor aguda: estado em que o indivíduo expe-
rimenta e relata a presença de desconforto grave 
ou sensação desconfortável com duração de um 
segundo até menos de seis meses.
Dor crônica: estado em que o indivíduo apre-
senta dor persistente ou intermitente por mais de 
seis meses.
Intervenções de enfermagem:
•	 proporcionar informações corretas para 
reduzir o medo de adição a drogas;
•	 relatar a aceitação do paciente com rela-
ção à dor sentida;
•	 proporcionar ao paciente oportunidades 
para repousar durante o dia e períodos de 
sono ininterrupto durante a noite (deve 
repousar quando a dor estiver diminuída);
•	 discutir com o paciente e com a família os 
17Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
usos terapêuticos de distração, juntamen-
te com outros métodos de alívio da dor;
•	 proporcionar à pessoa o alívio ideal da 
dor com os analgésicos prescritos;
•	 avaliar a eficácia do analgésico após 30 
minutos de sua administração; 
•	 proporcionar ao paciente oportunidades 
para discutir seus medos, raiva e frustra-
ções de forma particular e reconhecer a 
dificuldade da situação.
Eliminação urinária prejudicada
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, disfunção na eliminação 
urinária.
Intervenções de enfermagem:
•	 determinar se existem causas agudas para 
o problema, como ex. incontinência;
•	 encaminhar ao urologista, se for determi-
nada uma causa aguda.
Fadiga
Estado autorreconhecido no qual o indi-
víduo apresenta uma sensação avassaladora de 
exaustão e capacidade reduzida para o trabalho 
físico e mental que não é aliviada pelo repouso.
Intervenções de enfermagem:
•	 explicar as causas da fadiga da pessoa;
•	 permitir a expressão dos sentimentos re-
lativos aos efeitos da fadiga sobre a vida 
do paciente;
•	 auxiliar o paciente a identificar os pontos 
fortes, as capacidades e os interesses;
•	 planejar as tarefas importantes durante os 
períodos de grande energia;
•	 auxiliar o paciente a identificar as priori-
dades e eliminar as atividades não essen-
ciais.
Incontinência intestinal
Estado em que o indivíduo apresenta uma 
mudança nos hábitos intestinais normais caracte-
rizado por eliminação involuntária das fezes.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar os padrões anteriores de elimi-
nação intestinal, a dieta e o estilo de vida;
•	 determinar o estado físico e neurológico 
atual, bem como o nível funcional;
•	 planejar horário apropriado e consistente 
para a eliminação;
•	 posicionar a pessoa deitada sobre o lado 
esquerdo em caso de tetraplegia e usar a 
estimulação digital;
•	 colocar o paciente em posição vertical 
ou sentada, se for funcionalmente capaz; 
usar equipamentos auxiliares, assento 
elevado do vaso, lubrificante e luvas con-
forme apropriado; ensinar as técnicas de 
facilitação intestinal;
•	 ensinar a importância de uma alimenta-
ção com alto teor de fibras e de ingestão 
líquida ideal;
•	 limpar a pele após cada movimento in-
testinal. Proteger a pele íntegra com um 
unguento, creme à base de alumínio. Se 
a pele não estiver íntegra, consultar o en-
fermeiro clínico especialista ou um tera-
peuta em enterostomia;
•	 ensinar o uso apropriado de emolientes 
de fezes e supositórios e os riscos dos 
enemas;
•	 ensinar os sinais e sintomas de impacta-
ção fecal e de constipação;
•	 proporcionar treinamento para os cuida-
dos domésticos para indivíduos que são 
funcionalmente independentes no pro-
grama intestinal.
Interação social prejudicada
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, respostas negativas, insu-
ficientes ou insatisfatórias às interações.
Intervenções de enfermagem:
•	 proporcionar um relacionamento indivi-
dual de apoio; ajudar a identificar como o 
estresse precipita os problemas; apoiar as 
defesas saudáveis;
18 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
•	 auxiliar na identificação de cursos alterna-
tivos de açãoe na análise das abordagens 
que funcionam melhor;
•	 representar situações problemáticas. Dis-
cutir os sentimentos.
Integridade da pele prejudicada e integrida-
de tissular prejudicada
Integridade da pele prejudicada – estado em 
que o indivíduo apresenta ou está em risco de 
apresentar, alteração do tecido epidérmico e/ou 
dérmico.
Integridade tissular prejudicada – estado em 
que o indivíduo apresenta, ou está em risco de 
apresentar, alteração em tecidos da membrana te-
gumentar, da córnea ou da mucosa.
Intervenções de enfermagem:
•	 identificar e avaliar o estágio de desenvol-
vimento da úlcera/lesão;
•	 elaborar um plano para o controle da úl-
cera de pressão;
•	 proteger a superfície da pele saudável e 
massageá-la para estimular a circulação;
•	 lavar a área avermelhada delicadamente 
com sabonete neutro, enxaguar comple-
tamente para remover o sabonete e secar 
sem esfregar;
•	 aumentar a ingesta de proteína e de car-
boidrato para manter um equilíbrio posi-
tivo do nitrogênio; pesar o paciente dia-
riamente e acompanhar o nível de albu-
mina sérica.
Intolerância à atividade
Redução na capacidade fisiológica do pacien-
te para tolerar as atividades no grau desejado ou 
exigido.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar a resposta do indivíduo à ati-
vidade;
•	 aumentar gradualmente a atividade;
•	 ensinar métodos de conservação de ener-
gia para as atividades.
Medo
Estado no qual o indivíduo ou grupo apre-
senta um sentimento de perturbação fisiológica 
ou emocional, relacionado a uma fonte identifi-
cável percebida como perigosa.
Intervenções de enfermagem:
•	 falar calmamente; usar declarações sim-
ples, conforme entendimento do pacien-
te; permitir espaço pessoal;
•	 encorajar a expressão dos sentimentos 
(impotência, raiva);
•	 incentivar respostas que reflitam a reali-
dade, discutir os aspectos que sejam ou 
não mudados;
•	 proporcionar uma atmosfera emocional-
mente não ameaçadora;
•	 ensinar técnicas de relaxamento.
Mobilidade física prejudicada, mobilidade 
no leito prejudicada e deambulação prejudi-
cada
Mobilidade física prejudicada – estado em 
que o indivíduo apresenta, ou está em risco de 
apresentar, limitação do movimento físico, em-
bora não esteja imóvel.
Mobilidade no leito prejudicada – estado em 
que o indivíduo apresenta, ou está em risco de 
apresentar, limitação de movimentos na cama. 
Deambulação prejudicada – estado em que o 
indivíduo apresenta, ou está em risco de apresen-
tar, limitação para andar.
Intervenções de enfermagem:
•	 providenciar mobilização progressiva;
•	 ensinar o paciente os exercícios de for-
talecimento, exercícios de amplitude de 
movimentos, cuidados com equipamen-
tos auxiliares (muletas, cadeira de rodas, 
próteses) e precauções de segurança, e 
pedir a ele que os demonstre;
•	 explicar que a deambulação segura é um 
movimento completo, envolvendo os sis-
temas musculoesquelético, neurológico e 
cardiovascular, bem como fatores cogni-
tivos;
19Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
•	 orientar e encaminhar a serviço e profis-
sional especializado quando necessário.
Mucosa oral prejudicada
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, lesões na cavidade oral.
Intervenções de enfermagem:
•	 orientar e discutir a importância da higie-
ne oral diária, principalmente em pacien-
tes com risco de estomatite; e orientar 
sobre os exames dentários periódicos, se 
necessário;
•	 avaliar a habilidade do paciente para reali-
zar a higiene oral;
•	 realizar a higiene oral do paciente incons-
ciente ou com risco de aspiração;
•	 fazer com que o paciente descreva ou de-
monstre o regime de cuidados doméstico 
antes da alta hospitalar.
Nutrição desequilibrada
Estado em que o paciente apresenta, ou está 
em risco de apresentar, ingesta ou metabolismo 
inadequado dos nutrientes para as necessidades 
metabólicas, com ou sem perda de peso.
Intervenções de enfermagem:
•	 explicar a importância da nutrição ade-
quada;
•	 ensinar o paciente a usar temperos que 
ajudem a melhorar o sabor e o aroma dos 
alimentos (suco de limão, hortelã, canela, 
cravo da índia, manjericão, salsa, se pu-
der);
•	 encorajar o paciente a fazer refeições com 
outras pessoas em área comum;
•	 planejar o atendimento de forma que 
procedimentos desagradáveis ou doloro-
sos não ocorram antes das refeições;
•	 organizar um plano de cuidados para re-
duzir ou eliminar odores nauseantes;
•	 orientar o paciente a manter uma boa hi-
giene oral;
•	 oferecer pequenas refeições para reduzir 
a sensação de estômago distendido;
•	 organizar as refeições de forma que os 
nutrientes com mais proteínas/calorias 
sejam servidos quando o paciente tiver 
mais apetite;
•	 ensinar o paciente com pouco apetite a 
comer alimentos secos ao levantar;
•	 tentar os suplementos industrializados 
em suas diversas formas (líquidos, pós e 
pudins);
•	 para pacientes com transtorno alimentar: 
estabelecer metas de ingestão com o pa-
ciente, médico e nutricionista.
Padrão de sono perturbado
Estado em que o indivíduo apresenta, ou está 
em risco de apresentar, uma mudança na quanti-
dade ou na qualidade do seu padrão de repouso 
que interfira no estilo de vida desejado.
Intervenções de enfermagem:
•	 reduzir o ruído no local promovendo o 
menor número de procedimento durante 
o sono;
•	 orientar o paciente a limitar a ingestão de 
líquidos à noite e urinar antes de deitar;
•	 estabelecer atividades diurnas (caminha-
da, fisioterapia), limitando o tempo de 
sono ao dia;
•	 investigar com o paciente, com a família 
ou com os pais a rotina habitual para dor-
mir;
•	 limitar a ingestão de bebidas com cafeína 
após o meio da tarde;
•	 proporcionar conforto e registrar as 
ações de enfermagem.
Risco de função respiratória prejudicada, 
padrão respiratório ineficaz e troca de gases 
prejudicada
Risco de função respiratória prejudicada – 
estado em que o indivíduo está em risco de apre-
sentar uma ameaça à passagem de ar através do 
trato respiratório e à troca de gases (O2 e CO2) 
entre os pulmões e o sistema vascular.
20 Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia
Padrão respiratório ineficaz – estado em que 
o indivíduo apresenta perda real ou potencial da 
ventilação adequada, relacionada a uma alteração 
no padrão respiratório.
Troca de gases prejudicada – estado em que 
o indivíduo apresenta diminuição real ou poten-
cial da passagem de gases entre os alvéolos pul-
monares e sistema vascular.
Intervenções de enfermagem:
•	 investigar o alívio ideal da dor com um 
período mínimo de fadiga ou depressão 
respiratória;
•	 aumentar a atividade gradualmente, in-
centivando a mudança de decúbito e de-
ambulação; e estabelecer um regime para 
a permanência fora do leito, em uma ca-
deira;
•	 encorajar os exercícios de respiração pro-
funda e de tosse controlada, cinco vezes 
por hora;
•	 ensinar o indivíduo a usar um aparelho 
para soprar ou espirômetro de incentivo 
de hora em hora, quando desperto, com 
acompanhamento da fisioterapia;
•	 monitorar a frequência respiratória e car-
díaca;
•	 auscultar o campo pulmonar a cada 8 ho-
ras; aumentar a frequência se houver alte-
rações nos sons respiratórios;
•	 explicar que uma pessoa pode aprender 
a superar a hiperventilação por meio do 
controle consciente da respiração, mes-
mo quando sua causa for desconhecida;
•	 instruir o paciente a consultar seu médico 
e fisiatra sobre um programa de exercícios 
a longo prazo; encaminhar a programas 
especializados de reabilitação cardíaca.
Risco para infecção e risco de transmissão de 
infecção
Risco para infecção – estado em que o indi-– estado em que o indi- estado em que o indi-
víduo está em risco de ser invadido por agenteoportunista ou patogênico (vírus, fungo, bactéria) 
de fontes endógenas ou exógenas.
Risco de transmissão de infecção – estado em 
que o indivíduo apresenta risco de transferir um 
agente patogênico ou oportunista para outros.
Intervenções de enfermagem:
•	 identificar os indivíduos em risco de in-
fecção hospitalar; 
•	 observar as manifestações clínicas de in-
fecção, comunicá-las e registrá-las;
•	 minimizar a entrada de microrganismo 
nos indivíduos através de medidas de 
proteção, como: higienizar as mãos; res-
tringir os procedimentos invasivos (son-
da vesical, sonda nasogástrica, ventilação 
mecânica) e quando necessário, utilizar 
técnica asséptica;
•	 limitar as visitas, quando apropriado;
•	 instruir o indivíduo e a família quanto às 
causas, aos riscos e ao contágio de infec-
ção; 
•	 proteger o indivíduo imunodeficiente de 
infecções através de barreiras protetoras; 
•	 comunicar a presença de doenças trans-
missíveis aos órgãos competentes;
•	 preconizar medidas de isolamento para 
doenças transmissíveis, orientando em 
conjunto com o serviço de controle de 
infecção hospitalar (SCIH); 
•	 orientar e explicar ao paciente o tipo e a 
necessidade da instalação do isolamento 
em doenças transmissíveis, conforme os 
fundamentos de isolamento e precaução;
•	 administrar a terapia antimicrobiana de 
forma racional.
Termorregulação ineficaz, hipertermia e hi-
potermia
Termorregulação ineficaz – estado em que o 
indivíduo apresenta, ou está em risco de apresen-
tar, incapacidade de manter a temperatura normal 
do corpo.
Hipertermia – estado em que o indivíduo 
apresenta, ou está em risco de apresentar, uma 
elevação sustentada da temperatura do corpo, 
oral, acima de 37,8 °C, ou retal, acima de 38,8 °C.
21Assistência de Enfermagem em Doenças Transmissíveis
Hipotermia – estado em que o indivíduo 
apresenta, ou pode apresentar, uma redução sus-
tentada da temperatura corporal, inferior a 35,5 
ºC retal, devido à maior vulnerabilidade a fatores 
externos.
Intervenções de enfermagem:
•	 regular temperatura e controle do am-
biente e a monitoração dos sinais vitais;
•	 estimular pacientes com hipertermia so-
bre a importância de manter ingestão 
adequada de líquidos (no mínimo 2.000 
ml/dia, se não houver contraindicação 
por doença cardíaca ou renal), prevenin-
do a desidratação;
•	 orientar o paciente com hipertermia a re-
duzir a exposição prolongada a ambien-
te frio e a usar mais roupas pela manhã, 
quando o metabolismo está no ponto 
mais baixo. 
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