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ATPS-PROJETOS DE PESQUISA EM SERVICO SOCIAL

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL 
PROJETOS DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL
Acadêmicos:
 Adelane Maria Tavares RA:352894
Adriano do Vale Cardoso RA: 378571
Gisele Pereira Manso RA: 378594
Letícia A. F. de Alcântara RA: 351271
 Luana Mayara M. de Souza RA:402380
Ricardo Lucas Moreira RA: 377550
TEORIA E METODOLOGIA INTERPRETANDO AS QUESTÕES SOCIAIS, COM A INTERFERÊNCIA DA ASSISTENCIA SOCIAL NA SOCIEDADE.
DOCENTE: MA. ANA LÚCIA A. ANTONIO
CERES
NOVEMBRO/2014
APRESENTAÇÃO
Este presente trabalho é sobre a produção de um Projeto de pesquisa que tem objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso, a prática do Assistente Social junto às famílias de instituições educacionais públicas, em busca da aproximação da realidade educacional, verificação de parcerias existentes entre instituição educacional, família e corpo discente. Tendo em vista os objetivos pretendidos, utilizaremos como método de coleta de dados, inicialmente, a observação simples, e posteriormente entrevista com perguntas abertas e fechadas. Abordaremos alguns familiares do grupo discente e assistentes sociais. Este estudo se propõe a analisar as políticas públicas dentro das demandas do servico social com o titulo: O papel do assistente social junto às famílias nas instituições educacionais. O projeto desenvolvido basear-se-á nos seguintes autores:
ALVES(2010);GOUVÊA(2005);IAMAMOTO(2001);MARTINELLI(1995);MOTA(2003);OLVEIRA(2010);PESSANHA(2011);PIANA(2009);REIS(2001);RIOS(1999);SANTOS(2012)& SILVA(2006).
1 - CIÊNCIA, METODOLOGIA E TRABALHO CIENTÍFICO 
(Ou tentando escapar dos horrores metodológicos) MATTOS (2011)
De acordo com o texto abordado, ciência é uma forma peculiar de produção de conhecimento objetivo. Considera-se termo científico tudo aquilo que é constatado com base em provas e em evidências. Segundo a concepção popular, a ciência não dá margem à subjetividade, tudo tem que ser alicerçado em provas.
No entanto, o conhecimento científico nessa visão, atribuiria a todos. É nesse sentido, que ouvimos repetidamente frases como “a ciência demonstra isso”, “ou cientistas verificam que”. Consequentemente, a imagem da ciência ainda é predominante no senso comum, e é de um método capaz de mostrar aparências ocultas da realidade impenetráveis aos mortais, a não ser através da prática científica. Sendo assim, competiria ao método científico, o benefício de abordar a realidade, de divulgar as suas regularidades e leis. Ou seja, aceitar o método científico seria a melhor forma de chegar à verdade, de desvendar para além das meras opiniões, o que de fato acontece na realidade.
Contudo, vale lembrar que a ciência é algo, que é construído por seres humanos e que a objetividade que tanto caracteriza os estudos científicos, muitas vezes nasce da subjetividade, de estudos em grupos, da curiosidade, dos medos e dos anseios.
O ser humano em sua essência tem o hábito de divergir em pontos de vista, de analisar uma mesma coisa através de vieses diferentes.
Às vezes, os métodos de pesquisas utilizados não condizem com a realidade onde estão sendo aplicadas, ou pelo menos não seria o melhor para o tempo e o espaço onde estão sendo inseridos. Principalmente quando o assunto pesquisado é o comportamento humano, que depende da cultura e da sociedade. Por isso, por mais científico que sejam os trabalhos, faz-se necessário observar os aspectos além desse contexto.
Para o conhecimento científico, foi necessário romper com o senso comum, as vezes utilizando, desenvolvendo um vocabulário exotérico, bem como ferramentasteóricas e práticas investigativas por vezes bem distantes do senso comum, buscando dar seguimento à as aspirações de ir além dos pares; contudo faz-se necessário uma outra ruptura, que permita retornar ao senso comum, resgatando a clareza das ideias, para que o conhecimento seja apropriado e, contribuam para a transformação desejada. 
2 - CONCEITO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Para produzirmos um trabalho acadêmico (artigo, monografia, tese, dissertação, relatório de estágio e etc), precisamos utilizar várias técnicas cientificas, e uma destas técnicas, é a pesquisa bibliográfica. Realizam-se diversas leituras, em várias fontes diferentes, produzindo resumos, resenhas e fichamentos. Depois, dos dados coletados, inicia-se a fase da transcrição dos dados que servirá como base para fundamentar os argumentos, e explicar os fatos, não perdendo de vista o objeto de estudo.
A referência bibliográfica, tão importante e necessária em uma pesquisa, principalmente quando falamos das pesquisas voltadas para o campo educacional, é um conjunto de elementos descritivos que possibilita a identificação individualizada de uma citação no corpo do texto.
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. Na produção de um trabalho científico, é comum realizarmos citações dos conceitos de diversos autores sobre o tema que estamos escrevendo, ou melhor, pesquisando.
A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros periódicos, documentos mimeografados ou fotocopiados, mapas, imagens, manuscritos, etc.
Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.
Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na vida profissional de professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final.
2.1 - METODOLOGIA
Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.
A metodologia consiste em uma reflexão acerca do conjunto de métodos lógicos e científicos. No princípio foi concebida como uma parte da lógica que se ocupava das formas particulares do pensamento e da sua aplicabilidade. Atualmente, apesar de tudo, não se aceita que a metodologia seja relegada exclusivamente para o âmbito da lógica, já que os métodos se aplicam a distintos campos do saber.
Cada área possui uma metodologia própria. A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo ensino-aprendizagem. Os principais métodos de ensino usados no Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de Maria Montessori).
2.2 - METODOLOGIA CIENTÍFICA
É a disciplina que trata do método científico. É a estrutura das diferentes ciências, e se baseia na análise sistemática dos fenômenos e na organização dos princípios e processos racionais e experimentais. Permite, por meio da investigação científica, a aquisição do conhecimento científico.
2.3 - METODOLOGIA DE ENSINO
A metodologia de ensino é uma expressão que teve a tendência de substituir a expressão "didática", que ganhou uma conotação pejorativa por causa do caráter formal e abstrato dos seus esquemas que não estão bem inseridos em uma verdadeira ação pedagógica. Assim, a metodologia de ensino é a parte da pedagogia que se ocupa diretamente da organização da aprendizagem dos alunos e do seu controle.
2.4 - METODOLOGIA E TCC
A metodologia do trabalho científico, por exemplo, para a realização de um trabalho de conclusão de curso (vulgarmente denominado TCC),é a parte em que é feita uma descrição minuciosa e rigorosa do objeto de estudo e das técnicas utilizadas nas atividades de pesquisa.
2.5 - RESUMO CRÍTICO DO TEXTO:
O texto aborda, sobre a função social da família, e a função e atuação do serviço social nessa demanda. Observa-se que o conceito de família tem sofrido mudanças significativas ao longo do tempo, e que essas mudanças foram influenciadas pelo comportamento da sociedade como um todo. Logo, a família é vista como uma consequência do tempo e da sociedade onde estão inseridas. Observa-se que a instituição familiar tem sofrido exclusões sociais devido a vários fatores como o capitalismo, etnia, deficiência física entre outros. Essas questões sociais servem como a matéria prima do serviço social. Os assistentes sociais têm a desafiadora função de servir de mediador entre o indivíduo dentro da família e a sociedade.
O assistente social deve dar às famílias a autoestima mostrando que os indivíduos são importantes e que fazem parte de uma sociedade, e que têm direitos e deveres dentro da mesma, garantindo que sejam cumpridos em sua plenitude.
O trabalho de assistência social deve transpor barreiras, quebrar preconceitos, de toda natureza seja ela de cor, de raça, de orientação sexual, de classe social, entre outros, contribuindo assim, para o desenvolvimento da sociedade como um todo. 
Nas diversidades do mundo capitalista do século XXI, onde a rotina frenética, muitas vezes submete as pessoas ao que chamamos de vulnerabilidade social, entra a “missão” dos assistentes sociais, que é garantir os direitos da família e seus membros, buscando a proteção destes bem como a sua emancipação.
3 - PROJETO DE PESQUISA
3.1 - FICHAMENTO:
O papel do assistente social junto às famílias nas instituições educacionais.
O tema Gestão Social tem sido evocado nos últimos anos para acentuar a importância das questões sociais para os sistemas-governo, sobretudo na implementação de políticas públicas, assim como para os sistemas-empresa no gerenciamento de seus negócios. Trata-se de justificar a presença do Estado mínimo na atenção focalizada, através de políticas sociais, e, ao mesmo tempo, de fomentar, flexibilizando, as relações de trabalho e de produção dos agentes econômicos. Em ambos os casos, o que se tem observado é uma teoria e prática de gestão social muito mais coerente com a gestão estratégica do que aquelas consentâneas com sociedades democráticas e solidárias.
Política Pública pode ser entendida como um curso de ação do Estado, orientado por determinados objetivos, refletindo ou traduzindo um jogo de interesses.
Abaixo segue algumas diretrizes no campo das políticas públicas:
• Violência – Criação de programas que atendam mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, incluindo atenção integral (jurídica, psicológica e médica) e criação de abrigos. Formulação de políticas que articulem medidas na área da assistência e da segurança pública, incluindo a aplicação de medidas repressivas e preventivas mais efetivas.
• Saúde – Implantação efetiva do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) com o desenvolvimento de ações de atenção à saúde em todas as etapas da vida da mulher, incluindo cuidados com a saúde mental e ocupacional, ações voltadas ao controle de doenças sexualmente transmissíveis, de prevenção do câncer e na área do planejamento familiar, de forma a superar a concentração dos programas exclusivamente na saúde materno-infantil.
• Educação – Garantia de acesso à educação, reformulação de livros didáticos e de conteúdos programáticos, de forma a eliminar referência discriminatória à mulher e propiciar o aumento da consciência acerca dos direitos das mulheres. Capacitação de professores e professoras para a inclusão da perspectiva de gênero no processo educativo. Extensão da rede de creches e pré-escolas.
• Geração de emprego e renda (combate à pobreza) – Apoio a projetos produtivos voltados à
capacitação e organização das mulheres, à criação de empregos permanentes para o segmento feminino da população e ao incremento da renda familiar. Inclusão de atividades voltadas à população feminina em programas de geração de emprego e renda. Garantia de acesso a crédito para a criação ou continuidade de pequenos negócios e associações. Incorporação por esses programas da perspectiva de superação da divisão sexual do trabalho.
3.2 - PROBLEMATIZAÇÃO
O contexto social em que a profissão emerge é regido por imensos conflitos de classe e contradições advindas do enfrentamento do capital trabalho, fruto de grandes desigualdades nas relações sociais, o que gerou a chamada questão social. Nesse contexto o serviço social foi chamado a atuar nesse enfrentamento da desigualdade social, pois desenvolveu uma característica pratica-operativo de cunho intervencionista. 
O período entre a década de 1980 e 1990(REIS, 2001, p.388) foi determinante para o serviço social, pois há um fortalecimento da profissão através do projeto profissional e suas diretrizes norteadoras: o Código de Ética Profissional do assistente social, Lei de Regulamentação da Profissão, a proposta de Diretrizes gerais para o curso de serviço social, que expressam o projeto ético político.
Tanto nas realizações das pesquisas, na prática profissional e no que é de sua competência, o projeto ético político da profissão garante que a ética seja o valor central e que, através da subjetividade nela existente, se veja a relação social existente com a política e com objetividade não se permita que fatores moralistas históricos a ultrapassem.
Um dos maiores desafios da profissão é a articulação entre a prática profissional e a realidade, pois há um distanciamento entre teoria, prática e a construção de estratégias técnico-operativas para o exercício da profissão. 
Uma forma de trazer a intervenção profissional para arealidade é produzir conhecimento e, através da pesquisa, análises precisas das condições subjetivas e objetivas da realidade, além de ações políticas decorrentes dos compromissos firmados. Quando a pesquisa é qualificada e capacitada, ela se torna uma possibilidade de respostas mais efetivas no trato social condizente com os princípios norteadores da profissão, pois, através de pesquisas quantitativas e qualitativas, encontramos, com base em dados e conhecimento, a plenitude que busca a profissão.
Diante disto, o tema pesquisado visa um aprofundamento com a dialética existente entre serviço social, família e educação, através do estudo do papel do assistente social junto às famílias no campo educacional.
Pode-se afirmar que o papel fundamental da Educação é o acesso ao conhecimento para que as pessoas tenham possibilidade de participar das políticas e lutar pela igualdade de direitos. No campo da Educação, o Serviço Social trabalha com as expressões da Questão Social, na luta pela igualdade e ampliação da defesa dos direitos sociais em uma relação de parceria com a família, integrando-a a esse espaço.
A educação é um direito social a ser garantido pelo Estado a toda sociedade. Nesse sentido, é o espaço de inclusão e inserção social.
No espaço escolar, vivenciam-se situações variadas, em algumas delas são evidenciadas as consequências das más políticas governamentais, que podem ser excludentes. A escola pública fundamentalmente abriga pessoas de classes sociais distintas, que agem de modo distinto, pensam de forma diferente, possuem condições de vida diferentes.Representa desta forma, o lugar de debate, onde não deve existir preconceito, valorização das diferenças, além do enfrentamento da realidade e direcionamento para alcance de muitas conquistas. Além disso, a escola é o primeiro grupo social ao qual pertencemos, logo após nossa família. Também é fonte de conhecimento e educação, onde o corpo discente é a razão de sua existência,e lugar em que se desenvolvem opiniões acerca do mundo do qual pertencemos, e que se mostra tão cruel no tocante as desigualdades sociais.
Segundo Oliveira (2010, p.12), o grande desafio apresentado ao assistente social na sociedadecontemporânea é incentivar a capacidade investigativa para compreender a realidade, na perspectiva de viabilizar projetos que proporcionem a efetivação dos direitos dos usuários.
Nesse sentido, no interior do espaço educacional, devemos lutar pela ampliação e consolidação dos direitos sociais negados pela sociedade capitalista, pois a escola recebe e expressa às desigualdades sociais.
Ao refletir sobre as questões que surgem no cotidiano escolar, a escola passa a necessitar de profissionais preparados para realizarem o enfretamento dessas mesmas questões de forma conjunta. O assistente social é o profissional capacitado para articular as diferentes políticas, objetivando levar os sujeitos a pensar a realidade com múltiplas possibilidades, além de incentivar a participação popular na busca pela efetivação dos direitos sociais.
Quintão (2005) destaca a presença do assistente social na área da educação desde a década de 1930, portanto, desde a origem dos processossócio-históricos constitutivos da profissão. Porém, é a partir da década de 1990, com o amadurecimento do projeto ético-político profissional, que se visualiza no Brasil um considerável aumento do Serviço Social na área.
A escola, segundo Quintão (2005), além de seu papel pedagógico, socializador e de formação, compreende conflitos, limites, esperança e possibilidades sociais. A escola recebe e expressa às contradições da sociedade advindas do sistema capitalista. O Serviço Social, nesse contexto, contribui com as Políticas Públicas de Educação e enfrentando os desafios que se apresentam para a elevação do rendimento escolar, a efetivação da escola como espaço de inclusão social e a formação cidadã das crianças e jovens. 
Ao Assistente Social cabe segundo Gouvêa (2005), estabelecer contatos com as famílias e o Conselho Tutelar Regional, promover cursos para pais e professores acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente, e acompanhar e encaminhar casos que dependem de intervenções que não lhe cabem.
André Michel dos Santos (2012) considera que o Serviço Social no contexto escolar tem a finalidade de garantir ao aluno o direito à cidadania, buscando atendimento e acompanhamento individualizado. Ao profissional também cabe promover a democracia, através de abertura de espaço a participação e envolvimento da família. Este envolvimento é uma das principais atribuições do assistente social.
Segundo Sarti (2007), falar em família, no século XXI, implica referenciar as mudanças em seus padrões de relacionamento, tornando mais difícil ter um padrão delimitado. A família contemporâneacomporta variadas formações com sentidos diversos.
A noção de família é definida em torno de um eixo moral, traçados por fronteiras sociológicas, segundo o princípio de obrigação, dando fundamento que direcionam as relações.
Embora seja a família uma constituição histórica, seu interior é composto por singularidades. A família constrói sua própria história. Cabe ao assistente social trabalhar com essas particularidades, de forma a otimizá-las, para um melhor desempenho da profissão.
A busca pela aproximação da família ao contexto escolar se torna, segundo Oliveira (2010), uma das principais demandas do assistente social, pois inúmeros são os problemas sociais que permeiam a vida familiar contemporânea, a violência, o desemprego, a pobreza as drogas e tantos outros, afetam diretamente a família, e consequentemente o desempenho do aluno na escola.
As instituições família e escola devem atuar juntas para promoverem o pleno desenvolvimento dos alunos. 
Segundo SILVA, (2006, p.8):
A família no aspecto social, econômico e cultural, é responsável, pela formação da personalidade de seus filhos, enquanto a escola tem o papel de complementar essa formação, no sentido de ampliar seus conhecimentos de formar cidadãos reflexivos e ativos. Não existe um começo e um fim para cada responsabilidade, mas pelo contrario, a escola deve vir ampliar essa educação familiar para juntas, escola e família caminharem até que o indivíduo possa seguir independente.
O Serviço Social tem a função de contribuir para o fortalecimento dos laços entre a escola e as famílias, formando uma parceria queintegre o processo educacional.
O assistente social, a partir de sua formação, é o profissional capaz de realizar essa escuta diferenciada da realidade dos sujeitos, possibilitando uma prática interventiva que vai além do ambiente escolar. A sua atuação permite a democratização do espaço escolar, disponibilizando um atendimento em rede para os alunos e suas famílias de forma a fornecer condições necessárias para efetivação da cidadania.
Pessanha (2011) considera que o trabalho do Assistente Social na educação requer uma postura interventiva, que se direcione para o desenvolvimento do aluno enquanto sujeito formador de opinião, que pode transformar seu cotidiano e ser responsável pelos seus atos, que pode ser construtor da sua própria realidade, sendo assim participantes ativos de sua história.
A contribuição do assistente social, nesse espaço, ganha concreticidade a partir de sua dimensão educativa e política, com o objetivo de fornecer aos sujeitos as condições necessárias para efetivação de sua cidadania.
Para que a atuação profissional se dê de forma efetiva, é necessário que o assistente social delimite seu campo de atuação, de forma a esclarecer quais são suas atribuições e competências, junto às famílias, alunos e equipe pedagógica.
Segundo o Parecer Jurídico 23/00 de 22 de outubro de 2000, do CFESS, ao assistente social está sendo solicitado:
Colaborar de forma consistente e efetiva com o processo de planejamento, de elaboração e de implementação da política educacional, das seguintes formas: no enfrentamento dos fatores sociais, culturais e econômicos queinterferem no processo educacional; na cooperação da efetivação da educação como direito e como elemento importante à cidadania; na elaboração e execução de programas de orientação sócio-familiar, visando prevenir a evasão, a qualidade do desempenho do aluno; na realização da pesquisa sócio-econômica e familiar para caracterização da população escolar; na participação em equipes interdisciplinares (e/ou multidisciplinares), através da elaboração de programas e projetos que objetivem orientar, prevenir e intervir nas realidades: da violência, do uso de drogas, do alcoolismo, de doenças infecto-contagiosas e demais questões de saúde pública; na realização dos instrumentais técnico-operativos como: visitas domiciliares, estudos e pareceres sociais, plantões sociais, atendimentos diversos para a intervenção na realidade educacional; na busca da integração das políticas sociais como a saúde, educação, assistência social, a atenção às crianças, ao adolescente, ao jovem, à terceira idade e outras, com vistas ao encaminhamento e ao atendimento das necessidades do trinômio: família, escola e comunidade; na possibilidade de uma formação e qualificação permanentes junto aos profissionais da educação, visando ampliar as práticas pedagógicas no atendimento às demandas do cenário nacional e globalizado; na produção de estudos acadêmicos, materializando os conhecimentos teóricos e metodológicos das experiências e das reflexões do Serviço Social e da Educação; na prestação da assessoria às equipes profissionais da área da educação; na supervisão e na coordenação de grupos de estágio emServiço Social na área da educação; na inserção do profissional nos espaços de educação formal (escola) e não-formal (projetos sócio-educativos).
Para Alves (2010), o assistente social tem como atribuição melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos, favorecer o processo de participação dos sujeitos nos projetos escolares, democratizar as informações e conhecimentos sociais na comunidade escolar, promover pesquisas que visem contribuir com a análise da realidade social dos alunos e das suas famílias, maximizar a utilização dos recursos da comunidade e disponibilizar campos de estágios para contribuir com a formação de novos profissionais.Cabe ao assistente social no contexto escolar a garantia dos direitos já instituídos a partir de políticas públicas, identificar e intervir nas expressões da questão social, fomentar o adentramento da família e da comunidade no espaço escolar. Dessa forma, propor alternativas a problemática social vivida no contexto social contemporâneo, que acabam por interferir diretamente na vida escolar e na qualidade do ensino público.
O assistente social é o profissional capaz de diagnosticar, através da relação entre aluno, família e comunidade, os fatores sociais, culturais e econômicos que permeiam o campo escolar. Visando a participação ampliada dos sujeitos na realidade educacional, promovendo democracia e o exercício da cidadania, reconhecendo a escola como um espaço social pertencente a toda comunidade, promovendo em ação conjunta à resolubilidade dos problemas como: evasão escolar, indisciplina, repetência, entre outrosvividos na realidade escolar. Dessa forma, dialoga com a consciência dos usuários, pois sua prática é de caráter político educativo, trabalha diretamente com a ideologia, sua atuação incide sobre o modo de viver e de pensar, promovendo a participação ampliada e emancipação dos sujeitos, não somente no campo escolar mais em todas as teias de relações que o envolvem.
3.3 – OBJETIVOS OBJETIVO GERAL
Compreender e refletir sobre a pratica profissional do assistente social e sua relevância social junto às diferentes instituições educacionais, dando enfoque à família como modalidade de intervenção.
3.4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar como o Assistente Social interage com outras profissões e com as famílias, a fim de conhecer as demandas;
Entender o direcionamento da prática profissional, e se esta responde à demanda presente no ambiente escolar;
Identificar problemas de caráter social que possam dificultar a aprendizagem e o relacionamento sadio entre alunos e profissionais da área da educação, de forma a evitar a evasão escolar.
3.5 – JUSTIFICATIVA
Este projeto foi elaborado em face da necessidade de conhecer a realidade da prática profissional do assistente social nas instituições de educação. Visa demarcar a eficiência da prática profissional do assistente social junto às famílias, dado a importância da participação dos membros da comunidade no processo de aprendizagem.
A realização desta pesquisa servirá como ponto esclarecedor de possíveis falhas e omissões, ainda ocultas, no que tange a prática do assistente social junto às famílias e servirá como marco norteador de eventuais mudanças no serviço prestado por assistente social nas instituições de educação a esta população.
3.6 - CONSIDERAÇÔES FINAIS
O desafio proposto por esta ATPS, proporcionou ao grupo a identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social. Realizando pesquisas que auxiliarão na formulação de políticas e ações profissionais. E a capacitação para elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social.
Foram compreendidos que a estrutura de um projeto, em geral é a mesma, o que muda é o foco, como por exemplo, o projeto de intervenção, seu foco é intervir diretamente na realidade, buscando transformá-la; o projeto de construção de trabalho científico pode ser para conclusão de um curso; já o projeto de pesquisa o foco está emanalisar e explicar determinada situação, sem realizar um intervenção direta.
O projeto acima proposto é um desafio que nos impulsiona para buscar sua execução, uma vez que a temática, foi considerada pelo grupo como relevante.
O grupo compreende que a ação do Assistente Social visa a emancipação e o autodesenvolvimento dos indivíduos. Este profissional atua com diversas demandas, e precisa buscar respostas à essas demandas, as quais devem ser respondidas com o desenvolvimento e a utilização de instrumentos (meios) para atingir seus objetivos, estes instrumentos podem ser: os bens, serviços, benefícios, programas e projetos.
Como é previsto no projeto ético-político profissional as ações do Assistente Social deve promover a garantia dos direitos dos cidadãos e possibilitando a sua autonomia e é através da gestão democrática que o trabalho do Assistente Social pode contribuir com a justiça e a equidade social a favor da universalidade das políticas sociais, orientando seus programas, serviços e projetos e desenvolvendo ações juntamente aos usuários, realizando reuniões, buscando trabalhar as questões verificadas, e outras de acordo com a necessidade da população, sempre buscando meios para que eles mesmos criem os seus valores.
Para tanto é preciso planejamento, organização, pesquisa e estudo para capacitação continuada, visando assim adquirir um melhor e vasto conhecimento da realidade, das demandas presentes nasociedade, enxergando as novas formulações presentes, os contextos históricos e atuais que envolvem a questão social e suas manifestações na sociedade capitalista moderna. Bem como o embasamento teórico-metodológica que está em foco e as contribuições através dos debates dos demais profissionais da área, afim de trazer um novo olhar, sem esquecer do contexto histórico, encontrar novos meios e caminhos para atuação, visando assim encontrar respostas, sendo cada vez mais um profissional propositivo, compromissado com o projete ético político do Serviço Social.
4 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
http://www.scielo.br/pdf/ref/v12n1/21692.pdf, acessado em:25.10.14
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa, acessado em:25.10.14
http://silvanosulzarty.blogspot.com.br/2010/04/pesquisa-bibliografica-transcrevendo.html, acessado em:25.10.14
http://www.significados.com.br/metodologia/, acessado em:25.10.14
http://www.utp.br/normastecnicas/NT_online_2012/modalidades3.html, acessado em:25.10.14
MATTOS, Ruben Araújo. Ciência, Metodologia e Trabalho Científico (Ou tentando
escapar dos horrores metodológicos). In: MATTOS, Ruben Araújo; BAPTISTA, T. W.
F. (Orgs.). Caminhos para análise das políticas de saúde. Disponível em:
<http://www.ims.uerj.br/ccaps/>. Acesso em: 25.10.14
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed.São Paulo: Atlas, 2007. PLT 494.
ABNT. Projeto de Pesquisa e trabalho acadêmico. NBR 15287. Disponível em: www.ulbra.br/bibliotecas/files/abnt2011.pdf. Acesso em:25.10.14
ALVES, Ilza M. S. Desafios e possibilidades de atuação do assistente social: área da educação como espaço sócio- ocupacional. XIII Congresso brasileiro de assistentes sociais. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.cress-sc.org.br/img/noticias/0083_.html Acesso em:25.10.14
GOUVÊA, Maria da Conceição Meireles. O Serviço Social e a Política Pública de Educação. In: O Serviço Social no Espaço Escolar, 2005. Disponível em: http://docentes.ismt.pt/~eduardo/supervisao_estagio/documents/13_ServicoSocialnaEducacao.pdf Acesso em:25.10.14
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5.e. São Paulo: Cortez, 2001. Cap.1: o Serviço Social na contemporaneidade; item 5: o ensino em Serviço Social e a construção de um projeto profissional nas décadas de 1980/90, p.49-57.
MARTINELLI, Maria Lucia. Uma abordagem socioeducacional. In MARTINELLI, Maria Lucia; ON: Maria Lucia Rodrigues; MUCHAIL, Salma Tannus, orgs. O uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber. São Paulo: Cortez, 1995. PT4: o uno e o múltiplo: relações entre as áreas dosaber, texto 2:p.139-151.
MOTA, Ana Elizabete. As dimensões da prática profissional. Presença ética. Recife: UFPE/GEPE, v.3, n.3, p.09-14, dez. 2003.
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