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Meios Alternativos de Pacificação Social

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MEIOS ALTERNATIVOS DE PACIFICAÇÃO SOCIAL 
AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E ARBITRAGEM NO DIREITO MODERNO
1 – DA AUTOTUTELA
Apesar da enérgica repulsa à autotutela como meio ordinário para a satisfação de pretensões em benefício do mais forte ou astuto, para casos excepcionalíssimos a própria lei abre exceções à proibição.
Direito de retenção (CC, arts. 578, 644, 1219, 1433, II, 1434)
Desforço imediato (CC 1210, §1º)
A auto-executoriedade das decisões administrativas; Ex: prisões em flagrante (CPP, 301)
E OS ATOS QUE, EMBORA TIPIFICADOS COMO CRIME, SEJAM REALIZADOS EM LEGÍTIMA DEFESA OU ESTADO DE NECESSIDADE (CP, arts. 24-25; CC, arts. 188, 929 e 930)
2 – AUTOCOMPOSIÇÃO
De um modo geral, pode-se dizer que é admitida sempre que não trate de direitos tão intimamente ligados ao próprio modo de ser da pessoa (vida, incolumidade física, liberdade, honra, propriedade intelectual, intimidade), que a sua perda a degrade a situações intoleráveis.
Sendo disponível o interesse material, admite-se a autocomposição, em qualquer de suas três formas clássicas:
Podem ser tanto endo como extraprocessual. 
Transação
Submissão ART. 269 CPC
Desistência
Estímulo de autocomposição: tentativa de conciliação feita pelo juiz entre as partes, sendo a mediação a técnica de aproximação para conciliação. (art. 125 IV, 277, 331 e 448 CPC, art. 847 e 850 CLT, art. 21, 22, 72 e 76 da Lei 9099/95)
3 – ARBITRAGEM
O juízo arbitral é delineado no Brasil da seguinte forma: Convenção de arbitragem (compromisso entre as partes ou cláusula compromissória inserido em um contrato)
Limitação aos litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis
Restrições a eficácia da cláusula compromissória inserida em contratos de adesão
Capacidade das partes; possibilidade de as partes escolherem o direito material a ser aplicado na arbitragem
Desnecessidade de homologação judicial da sentença arbitral
Possibilidade de controle jurisdicional ulterior, a ser provocado pela parte;
Os árbitros não podem realizar a execução de suas próprias sentenças nem impor medidas coercitivas.
4–CONTROLE JURISDICIONAL INDISPENSÁVEL
Em certas matérias não se admitem exceções a regra da proibição da autotutela, nem é, em princípio, permitida a autocomposição para a imposição da pena.
As pretensões necessariamente sujeitas a exame judicial para que possam ser satisfeitas são aquelas que se referem a interesses regidos por normas de extrema indisponibilidade, como as penais e as não-penais (dir. de família)
Absoluta proibição da aplicação de qualquer pena sem a realização de um processo (nulla poena sine judicio)
Esse princípio pode ser encarado sob dois aspectos: a) proibição da autotutela do estado
b) proibição de autocomposição (Transação entre estado e acusado, ou submissão voluntária desse)
Exceção: 
A LEI 9.099 VEIO INTRODUZIR NO SISTEMA UM NOVO MODELO CONSENSUAL PARA A JUSTIÇA CRIMINAL, POR INTERMÉDIO DE QUATRO MEDIDAS DESPENALIZADORAS (mediadas penais ou processuais alternativas que procuram evitar a pena de prisão)
Penas alternativas – restritivas de direito ou multa
Art. 74 p. único, 76; 88; 89 Lei nº 9.099

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