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Fisiologia Humana - Resumo apostilas

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Fisiologia Humana – Resumo das apostilas:
 Fisiologia 1/E:
1 - O Coração:
O coração bombeia sangue das veias, com baixa pressão (a partir do ventrículo direito para as Aa. Pulmonares para a hematose), e das artérias, com alta pressão (a partir do ventrículo esquerdo para a A. Aorta em busca dos tecidos corporais).
O débito cardíaco é controlado tanto intrinsecamente, quanto extrinsecamente, pelos Nn. Autônomos e hormônios circulantes, juntamente com o diâmetro dos vasos sanguíneos.
- Estrutura do coração:
O coração se localiza no mediastino, sendo este desviado para frente e para a esquerda. A base se encontra em posição superior, de onde saem os grandes vasos e o ápice inferior.
Anatomia Básica:
Valva tricúspide – Direita
Valva bicúspide – Esquerda
Obs.: A principal função das valvas é evitar o refluxo de sangue, visto que isso pode provocar um edema pulmonar.
Veias pulmonares E (superior e inferior)
Veias pulmonares D (superior, média e inferior)
Cordas Tendíneas
Mm. Papilares
Seio coronário
Tipos celulares encontrados no coração:
 Células contráteis.
Células condutoras (células musc. especializadas) – Distribuem as cargas elétricas dentro do coração.
– Eletrofisiologia Cardíaca:
O tecido cardíaco apresenta características elétricas distintas. As células miocárdicas, por exemplo, podem se despolarizar espontaneamente (automatismo). Esta despolarização espontânea gera um potencial (ou pré-potencial) para marca-passo, sendo causada pela redução da permeabilidade ao K+ e aumento da permeabilidade de Ca++ e Na+. Este fenômeno ocorre geralmente no Nodo Sinoatrial, este atuando como um marca-passo natural do coração. 
O tecido fibroso forma o limite entre os átrios e os ventrículos não possui junções comunicantes, isolando, assim, eletricamente os átrios dos ventrículos, fazendo com que estes funcionem independentemente.
O potencial de ação do M. Ventricular é produzido pela variabilidade de permeabilidade aos íons, gerando assim 5 fases:
Fase 0 – Despolarização rápida, gerada pelo aumento da permeabilidade ao Na+ (através dos canais rápidos de Na+, depende de voltagem).
Fase 1 – Pequena recuperação (em direção ao potencial de repouso da membrana), gerada pelo aumento da permeabilidade ao Ca++, enquanto a permeabilidade ao Na+ diminui.
Fase 2 (Platô) – Continuada permeabilidade aumentada de Ca++.
Fase 3 – Repolarização, gerada pelo aumento da permeabilidade ao K+ e redução da permeabilidade ao Ca++ (este é ressequestrado pelo retículo sarcoplasmático).
Fase 4 – Potencial de repouso da membrana, gerado pela alta permeabilidade ao K+.
	A atividade de marca-passo é estimulada pelos Nn. Simpáticos e inibida pelos Nn. Parassimpáticos, e através de neurotransmissores. 
O neurotransmissor simpático, Norepinefrina age por meio de receptores β adrenérgicos, aumentando a frequência cardíaca, através do aumento de permeabilidade ao Na+. A acetilcolina age nos receptores muscarínicos, diminuindo a frequência cardíaca, através do aumento da permeabilidade ao K+.
1.2.1– Coordenação da Atividade Elétrica Cardíaca:
O nodo Sino Atrial normalmente inicia a despolarização, onde o impulso elétrico se propaga célula a célula. Os átrios, através dos discos intercalados, impulsionam o sangue para as valvas atrioventriculares, cujos tecidos nodais possuem lenta condução, que retardam a passagem da onda de despolarização para os ventrículos, permitindo, assim, que a contração atrial se complete antes da contração ventricular se iniciar.
Após o Nodo Atrioventricular, a onda de despolarização passa pelo Feixe de Hiss Comum, pelos ramos e para cada ventrículo, a partir das fibras de Purkinje.
(Iniciam-se no Nodo Sinoatrial -> Fibras internodais atriais -> Nodo atrioventricular (condução mais lenta para assegurar que os ventrículos tenham tempo suficiente para que se encham de sangue) -> Fixe de Hiss (condução extremamente rápida) -> Fibras de Purkinje (contração ventricular).).
1.2.2– Eletrocardiografia:
Eletrocardiograma é o registro do fluxo de corrente causada pela atividade elétrica do coração, onde este dá uma visão do fluxo de corrente durante o ciclo cardíaco registrado em relação ao tempo. 
A onda P representa a despolarização atrial, o complexo QRS representa a despolarização ventricular e a onda T a repolarização ventricular.
1.3- Fisiologia do Miocárdio:
	As células miocárdicas contêm numerosas mitocôndrias para manter a produção de energia, cuja é obtida 99% do metabolismo aeróbico, em repouso.
1.3.1- Mecânica Miocárdica:
	O potencial de ação miocárdico precede a contração, onde esta começa somente após a entrada de Ca++.
	Durante o potencial de ação, a célula do músculo ventricular não consegue iniciar um segundo potencial de ação (período refratário absoluto).
1.4- Atividade Mecânica do Coração:
	O pericárdio, bolsa fibrosa que reveste o coração, contém líquido que age como lubrificante para reduzir o atrito durante os movimentos associados à contração. Essa bolsa também ajuda a evitar superextensão dos ventrículos durante o enchimento. Porém, o acúmulo anormal de líquido (pericardite) impede a expansão dos ventrículos durante o enchimento, diminuindo assim o débito cardíaco.
1.4.1- Pequena circulação:
Ventrículo D -> A. Tronco pulmonar (A> pulmonar D e E)-> Capilares pulmonares -> (Hematose) -> Vv. Pulmonares -> Átrio E -> Ventrículo E.
1.4.2- Grande circulação:
Ventrículo E. -> A. aorta (várias ramificações) -> (Todos os tecidos) -> (Retorno venoso, após as trocas gasosas) -> V. cava (superior e inferior) -> Átrio D -> Ventrículo D.
1.4.3- Ciclo Cardíaco:
	Os eventos elétricos são responsáveis por ativar os eventos mecânicos do ciclo cardíaco.
	A alça de pressão-volume ventricular relaciona a mecânica miocárdica à função do coração. Os eventos dessa alça de pressão-volume ventricular são idênticos aos do ciclo cardíaco.
	O volume diastólico final é o sangue que fica no ventrículo após o fechamento das valvas atrioventriculares, cerca de 140 ml no adulto. / 120 a 130 ml. (Professor)
	O volume sistólico final é o volume residual no ventrículo, depois do fechamento da valva aórtica ou pulmonar, cerca de 70ml no adulto. / 50 a 60 ml. (Professor)
	O débito sistólico é o volume de sangue ejetado pela contração ventricular, cerca de 70 ml no adulto.
	O sopro é um som cardíaco anormal, gerado pelo fluxo turbulento do sangue.
1.4.4- Débito Cardíaco:
	O débito cardíaco é o volume de sangue bombeado pelo coração a cada minuto, e pode ser calculado como o débito sistólico multiplicado pela frequência cardíaca. Logo, fatores que alterem o débito sistólico ou a frequência cardíaca, afetarão o débito cardíaco. 
	Geralmente, o débito cardíaco gira em torno de 5L/min. (70 ml/batimento x 72batimentos/min.).
1.5- Regulação Neural e Hormonal do coração:
	A frequência espontânea intrínseca da despolarização do Nosso AS é de 90 a 100batimentos/min., sendo modulada por estímulos dos nervos autônomos.
	O N. Vago direito, com acetilcolina inerva o nodo AS. Esta lentifica a despolarização do Nodo AS, diminuindo, assim, a frequência cardíaca. O N. Vago esquerdo inerva o Nodo AV, no qual a acetilcolina diminui a velocidade da transmissão de impulsos. As áreas nodais apresentam atividade acetilcolinasterase elevada, logo estas removem rapidamente a acetilcolina da corrente.
	O Plexo epicárdico direito (originado pelos Nn. Espinais de C7 a T6, chamado também de Nn. Simpáticos Cardíacos) com Norepinefrina inerva o Nodo SA. Este neurotransmissor aumenta a frequência cardíaca. O Plexo Epicárdico esquerdo inerva o Nodo AV, no qual a Norepinefrina aumenta a velocidade de condução.
	Temperaturas elevadas e esforço também podem agir, diretamente, sobre o Nodo AS, aumentando também a frequência cardíaca.
	Os gases sanguíneos podem alterar direta ou indiretamente a função cardíaca. A hipóxia grave deprime diretamente a função miocárdica, devido a acidose que reduz a liberação de Ca++ pelo retículo sarcoplasmático. Indiretamente a hipóxia moderadacausa ativação do sistema nervoso simpático e aumenta a frequência cardíaca. A hipercapnia moderada (aumento de CO2 no sangue arterial) leva, também, a ativação simpática e aumenta a frequência cardíaca.
1.6- Pontos Principais:
1.6.1- O Nodo AS, no átrio direito, atua como região de marca-passo cardíaco ao gerar, espontaneamente, uma onda de despolarização que se propaga de modo sequencial pelos átrios e ventrículos.
1.6.2- A despolarização miocárdica permite a entrada de Ca++, que desencadeia uma contração do miocárdio de forma coordenada.
1.6.3- O volume de sangue, bombeado pelo coração durante a contração, é o débito sistólico. O débito cardíaco é o produto do débito de volume sistólico pela frequência cardíaca.
1.6.4- A regulação extrínseca baseia-se na atividade dos Nn. Simpáticos e parassimpáticos.
2- Sistema Pulmonar:
	Os pulmões são os responsáveis por fazer a troca gasosa entre os tecidos e a atmosfera (alvéolos) e estes se localizam na cavidade torácica. A captação de oxigênio é necessária para a manutenção do metabolismo aeróbico e o gás carbônico liberado é subproduto deste metabolismo.
	A troca gasosa é feita por difusão, onde esta direciona o O2 dos alvéolos para o sangue e o CO2 do sangue para os alvéolos. Também por difusão o oxigênio é transportado. Este se difunde dos capilares teciduais, pelo líquido intersticial, pelas membranas celulares, pelo citoplasma, até chegarem às mitocôndrias. O dióxido de carbono chega aos alvéolos da mesma forma, seguindo o caminho invertido.
	Os alvéolos são interconectados com tecido elástico, de maneira que a insuflação de um alvéolo ajuda a expandir os alvéolos adjacentes. O surfactante alveolar reduz a tensão tecidual gerada pela interface ar-água. Este também é essencial na manutenção alveolar já que evita seu colapso e seu colabamento.
	O baixo nível de CO2 nas vias aéreas causa constrição na musculatura lisa bronquiolar, direcionando a respiração para os alvéolos mais bem perfundidos.
	A respiração é controlada pelos sensores centrais e periféricos de CO2 e pelos sensores periféricos de O2. Receptores pulmonares de estiramento também inibem, reflexamente, a inspiração, evitando assim a superinflação pulmonar. Os hormônios podem interferir indiretamente, visto que controlam o músculo liso bronquiolar. A histamina e a acetilcolina contraem os bronquíolos, processo gerado durante o choque anafilático. A epinefrina e Norepinefrina dilatam os bronquíolos. Além disso, estruturas superiores do sistema nervoso central produzem controle respiratório adicional, durante um exercício. 
	O Pulmão participa ainda de 2 ações endócrinas importantes. Em seu endotélio capilar existe uma enzima de conversão da angiostensina que catalisa a formação da angiostensina II. Além disso, a histamina liberada durante o choque anafilático é liberado pelos mastócitos pulmonares.
	Nos pulmões existem 3 principais tipos celulares “anexos”: 
- Pneumócito tipo I (participam diretamente na hematose);
- Pneumócito tipo II (produz o surfactante alveolar);
- Macrófagos (células de defesa);
2.1- Mapa Fisiológico do Sistema Pulmonar:
	O volume máximo de ar inspirado é determinado pelo tamanho físico dos pulmões e pela complacência pulmonar. A ventilação normal é menor que a máxima, sendo determinada pela resistência das vias aéreas e pelo gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos. 
	O sistema pulmonar é regulado por um mecanismo de feed back negativo, onde suas variáveis são: pressão parcial de O2 no sangue arterial, pressão parcial de CO2 no sangue arterial e pH tecidual no SNC. Onde, qualquer aumento de CO2 no plasma arterial ou no SNC, ou mesmo uma baixa da pressão de O2 no plasma arterial estimula a ventilação.
2.2- Estrutura e função do Sistema Respiratório:
	O pulmão direito é dividido em 3 lobos e o esquerdo em apenas 2. 
	A passagem do ar se dá através da cavidade nasal, onde passa pelos meatos sofrendo turbilhonamento, o que o faz umidificar e aquecer, faringe, traqueia, carina, brônquios principais e secundários (segmentares), bronquíolos e alvéolos, onde finalmente ocorre a hematose.
2.2.1- Vias aéreas superiores e laringe:
	O material particulado que entra pelas vias aéreas e se precipita em contato com a camada de muco, através do fluxo de ar turbulento. Além disso, os pelos do nariz ajudam a filtrar partículas maiores. A boca é menos eficaz em aquecer, filtrar e umidificar o ar durante a respiração.
	O reflexo do espirro é desencadeado pela irritação das passagens nasais.
2.2.2- Vias aéreas inferiores:
	Os alvéolos é a estrutura especializada para as trocas gasosas. Seu epitélio consiste em pneumócitos I e II. Os Pneumócitos tipo II produzem o surfactante alveolar, responsável por evitar a colabação e o colapso por aumento de pressão destes alvéolos.
2.3- Ventilação:
2.3.1- Volumes pulmonares e complacência (distensibilidade):
	A distensibilidade pulmonar só é possível devido à existência de fibras elásticas e do surfactante alveolar nos pulmões.
A ventilação pulmonar é dividida em 4 volumes:
- Volume de reserva inspiratória (diferença entre a inspiração normal e a máxima); Cerca de 3L a mais.
- Volume corrente (quantidade de ar que se move durante uma expiração normal e tranquila); Cerca de 0,5L.
- Volume de reserva expiratória (diferença entre a expiração normal e a forçada); Cerca de 1,1L.
- Volume residual (quantidade de ar remanescente nos pulmões depois da expiração máxima); Cerca 1,2L.
	Capacidade inspiratória (volume corrente + reserva inspiratória) – 3,5L
	Capacidade residual funcional (reserva expiratória + volume residual) – 2,3L
	Capacidade vital (reserva expiratória + volume corrente + reserva inspiratória) – 4,6L
	Capacidade pulmonar total (capacidade vital + volume residual) – 5,6L
2.4- Trocas Gasosas:
	As trocas gasosas ocorrem por difusão. Do ar inspirado, 79% é nitrogênio, 21% é oxigênio, 0,5% vapor d´água, 0,04% dióxido de carbono.
2.5- Circulação Pulmonar:
	Os pulmões recebem todo o débito do ventrículo direito. Consequentemente, o fluxo sanguíneo pulmonar é igual ao débito cardíaco, cerca de 5L/min. 
	Nos pulmões, diferentemente do coração, a hipóxia causa vasoconstrição, o que permite que o fluxo sanguíneo pulmonar seja desviado para regiões mais bem ventiladas. Este é o principal mecanismo de balanceamento da perfusão pulmonar e da ventilação alveolar.
2.6- Regulação da função pulmonar:
	Os centros neurais de controle respiratório estão localizados na ponte e no bulbo, estes geram o padrão básico da atividade inspiratório.
	A respiração é controlada por reflexos de feed back negativo. A pressão de oxigênio e de gás carbônico são detectadas no sangue arterial por quimioceptores dos corpos aórticos e carotídeo.
2.6.1- Regulação do O2 sanguíneo: 
	A baixa pressão de O2 arterial estimula, de modo reflexo, a atividade respiratória. Inversamente, o aumento da pressão de CO2, estimula os quimioceptores periféricos e aumenta a ventilação. Este é o regulador dominante da respiração.
2.6.2- Controle integrado da respiração:
	Reflexos adaptativos são ativados durante o exercício físico ou durante a ativação do sistema nervoso simpático. Além disso, a hipotensão e o aumento da temperatura corporal estimulam a respiração.
2.6.3- Mecanismos pulmonares na regulação ácido-básica:
	A eliminação do CO2 ácido é diretamente proporcional à ventilação. A hiperventilação gera alcalose respiratória e a hipoventilação leva a acidose respiratória. Distúrbios acidobásicos provenientes mesmo de causas não respiratórias, alteram a respiração, já que o Ph está intimamente ligado aos quimioceptores, especialmente os do SNC. Logo, a produção metabólica excessiva de ácido pode ser compensada pelo aumento da ventilação. Da mesma maneira, a alcalose metabólica pode ser compensada pela diminuição da ventilação.
2.7- Musculatura da respiração:
2.7.1- Principais: Intercostais externos, Parte intercondral dos intercostais internos e diafragma (inspiração); 
2.7.2- Acessórios: Esternocleidomastóideo,escaleno médio e anterior (inspiração);
2.7.3- Expiração ativa: Intercostais internos (excerto a parte intercondral), reto do abdome, oblíquo interno e externo, transverso do abdome;
2.8- Cinco pontos principais: 
2.8.1- O sistema pulmonar é especializado para absorver O2 e transportá-lo aos tecidos, e para transportar CO2 dos tecidos, de volta aos pulmões, para eliminação pelo corpo.
2.8.2- A troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos é complicada pela organização do aporte de ar como um sistema de “empurra e puxa”, no qual o ar inspirado se mistura ao ar já presente nos pulmões. 
2.8.3- O movimento de gás entre os tecidos e os alvéolos ocorre por difusão ao longo dos gradientes de concentração. Esse fenômeno é facilitado pelo ajuste da ventilação e da perfusão no pulmão, pelas especializações no transporte de hemácias e pelo ajuste da perfusão e consumo metabólico nos tecidos.
2.8.4- O controle respiratório homeostático é centrado basicamente no CO2, sendo que a hipoxia só passa a ser importante quando a pressão de O2 arterial cai abaixo de 60mmhg.
2.8.5- Centros superiores do SNC podem alterar o controle respiratório básico durante o exercício.
3- Sistema Renal e Trato Urinário:
3.1- Estruturas do sistema renal:
	O sistema renal consiste em: rins, ureteres, bexiga e uretra. Os néfrons são a unidade funcional do sistema renal, e ficam nos rins.
	O líquido tubular é um ultrafiltrado de plasma, sendo formado no glomérulo renal.
	O filtrado glomerular passa sucessivamente pela capsula de Bawman, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, segmento de conexão e ducto coletor.
	Os rins recebem cerca de 20% do débito cardíaco. O sangue entra no rim pela artéria renal e, após várias divisões, chega ao glomérulo.
	Os ureteres se originam no hilo renal e conduzem a urina do rim até a bexiga. A bexiga é um órgão distensível. Esta se distende até um grande volume, porém sem gerar muita tensão.
	A uretra se estende da bexiga até a superfície do corpo.
3.2- Função do sistema de eliminação:
	Os rins procuram contrabalancear a excreção de substâncias contra o acúmulo decorrente da ingestão ou de produção.
	O filtrado, geralmente não deve conter células ou proteínas de alto peso molecular, como hemácias, células de defesa, glicose, etc. O processo de reabsorção aumenta a conservação de glicose, de peptídeos e eletrólitos. 
	Quando há excesso de produção de ácido pelo corpo o pH da urina é ligeiramente ácido para manter o corpo em pH constante. As excretas da urina incluem H+, amônio, fosfato e sulfato.
3.3- Regulação da função Renal:
3.3.1- Feed Back Tubologlomerular:
	O controle intrarrenal ocorre por feed back tubologlomerular, onde a quantidade de Na e de Cl que chega ao túbulo distal serve como um sinal para o controle por feed back negativo da filtração glomerular. Logo, a oferta de NaCl, no túbulo distal, é proporcional à filtração glomerular.
	A redução da oferta de Na+ e Cl- dilata a arteríola aferente, aumentando a pressão capilar glomerular, estimulando assim a liberação de renina por estas, levando a formação intrarrenal de angiostensina II. A angiostensina II contrai as arteríolas eferentes, aumentando, assim, a pressão capilar glomerular, restaurando a liberação de Na+ ou Cl- para o túbulo distal.
	A baixa da pressão arterial produz diminuição da filtragem glomerular e do fluxo sanguíneo renal. A baixa da filtragem glomerular, por sua vez, produz dilatação arteriolar mediada pelo feed back tubuloglomerular, restaurando, assim, a filtração glomerular, aumentando, também, o fluxo sanguíneo renal. Consequentemente, a regulação da filtragem glomerular também produz a auto-regulação do fluxo sanguíneo renal.
3.3.2- Controle Neural e Hormonal:
	O controle neural ocorre, predominantemente, por constrição, através do sistema nervoso simpático. Estes são ativados por sinais reflexos provenientes dos baroceptores arteriais de alta pressão e receptores cardiopulmonares de baixa pressão. O aumento da atividade simpática renal contrai a arteríola eferente, diminuindo assim o fluxo sanguíneo renal e consequentemente a filtração glomerular.
	Além disso, os nervos simpáticos são um dos fatores que controlam a liberação de renina e o ADH (quando há redução de volume sanguíneo), reduzindo, assim, a perda de líquidos em curto prazo.
	A angiostensina II contrai, preferencialmente a arteríola eferente, mantendo a filtragem glomerular, mesmo quando a pressão arterial se encontra baixa. O bloqueio da formação de angiostensina II em quadros patológicos específicos pode causar insuficiência renal.
3.4- Excreção:
	A produção de urina é relativamente constante. Sua produção é aumentada por atividade nervosa parassimpática e diminuída por atividade nervosa simpática.
	A ativação de nervos aferentes de dor nos ureteres inicia um reflexo ureterorrenal que diminui a produção de urina.
	A atividade parassimpática sobre o músculo detrusor da bexiga produz contração, já que o músculo liso do esfíncter interno se encontra contraído.
As principais substâncias excretadas são: ureia, creatinina e Ac. Úrico. 
	Conforme há o enchimento da bexiga, a tensão da parede atinge seu limiar, iniciando o reflexo de micção. A micção só ocorre, porém, após o esfíncter externo se relaxar voluntariamente. A micção é ainda facilitada com a contração abdominal que comprime ainda mais a parede da bexiga.
3.5- Importância dos Rins no Controle dos Líquidos Corporais:
	Controle do PH e Hidroelétrolítico.
3.6- Quatro Pontos Principais:
3.6.1- As trocas capilar-glomérulo dependem do controle pelo sistema nervoso simpático da resistência da arteríola aferente e do controle, pela angiostensina II, da resistência da arteríola eferente.
3.6.2- A depuração da insulina permite uma medida não invasiva da filtração glomerular, como, também, variações da concentração plasmática de creatinina.
3.6.3- A regulação intrínseca da função renal é produzida pelo feed back tubuloglomerular, pelo o qual o controle por feed back negativo da filtração glomerular ajuda a manter a oferta constante de NaCl ao túbulo distal.
3.6.4- A regulação extrínseca da produção de urina é dada por nervos simpáticos renais e pelos hormônios angiostensina II, aldosterona e ADH e pela pressão arterial.
4- Sistema Gastrointestinal:
	Os conteúdos ingeridos passam pela boca, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso e sai do corpo através do ânus. Outros órgãos também atuam no sistema gastrointestinal como glândulas exócrinas. Podem ser listados: As próprias glândulas salivares, o fígado, juntamente com a vesícula biliar e o pâncreas. A barreira gastrointestinal representa uma barreira através da qual os nutrientes devem ser absorvidos. Após a absorção de nutrientes, o sangue desse sistema é conduzido até o fígado, onde são processados, antes de entrar na circulação geral. O fígado, então, age como um grande sistema imunológico e detoxificante.
	O bolo alimentar é movimentado após a deglutição através de contrações peristálticas. A chegada dessas ondas faz com que os esfíncteres se relaxem, permitindo a passagem do conteúdo gastrointestinal.
	As secreções gastrointestinais lubrificam esse quimo e ajudam a digerir os alimentos. A boca secreta amilase salivar, o estômago secreta HCL, o fígado secreta bile (armazenada na vesícula biliar) e o pâncreas suco pancreático (exocrinamente) e insulina e glucagon (endócrinamente).
	A velocidade e a intensidade do esvaziamento gástrico se ajustam à capacidade do processamento do duodeno. O principal papel da regulação intrínseca é limitar a passagem da dieta ingerida para o duodeno a uma quantidade que possa ser completamente digerida e absorvida. Logo, o estômago é um órgão de armazenamento e o duodeno é o principal sítio de digestão e absorção. 
	A regulação extrínseca se dá através da inervação. Os nervos simpáticos contraem os vasos sanguíneos do sistema gastrointestinal, o que geralmente faz diminuir as secreções glandulares, inibindo também o peristaltismoe consequentemente contraindo determinados esfíncteres. 
	A absorção desses alimentos se dá nos intestinos (delgado e grosso). O conteúdo não absorvido e as secreções deixam o corpo pelo ânus.
4.1 Motilidade Gastrointestinal:
	A motilidade gastrointestinal se dá, após a deglutição, de maneira completamente involuntária, porém coordenada. Essa coordenação é necessária já que a contração simultânea das camadas musculares circulares e longitudinal não gera movimento do bolo alimentar.
	O peristaltismo é o principal meio de movimentação do bolo alimentar e posteriormente do quimo. O peristaltismo é uma onda de contração organizada que impulsiona o conteúdo em um mesmo sentido (aboral).
	A mastigação mistura o alimento com o muco salivar, o que subdivide o alimento e expõe o amido ao processo digestivo, logo, facilita o processo digestório.
	A entrada do bolo alimentar na faringe desencadeia o processo de deglutição, através da estimulação de receptores táteis. A onda peristáltica (única) força a passagem do alimento do esfíncter esofágico superior para o esôfago. Após a passagem do alimento, o esfíncter esofágico inferior se contrai evitando o refluxo do conteúdo gástrico.
	No estômago, o alimento fica armazenado, sem ser misturado, no corpo do estômago por até 1hr. Durante esse período, os alimentos são separados de acordo com a sua densidade, provocando uma sequencia de esvaziamento. São passados em sequencia do estômago para o duodeno: líquidos, sólidos e, por fim, lipídios.
	Após o alimento ingerido ser misturado às secreções gástricas, este passa a se chamar quimo. Durante a passagem do quimo para o duodeno o esfíncter pilórico se relaxa, deixando apenas uma pequena quantidade passar e se contrai novamente, evitando ainda regurgitação do conteúdo duodenal de volta ao estômago.
	O controle de feed back negativo produz o balanceamento da intensidade e da velocidade de entrada de quimo e da capacidade do duodeno de digerir e absorver este. O duodeno e o jejuno são os principais locais de digestão e absorção de nutrientes. Logo, esta é a etapa mais demorada do processo digestivo, onde o quimo leva de 2 a 4 horas para se mover através dos 5 metros de intestino delgado.
	O intestino grosso reabsorve sair e água, através de todas as suas partes (ceco, colo ascendente, colo transverso e colo descendente). Logo, o aumento da motilidade diminui a absorção de água, podendo causar diarreias ou fezes aquosas. O inverso acontece quando há comprometimento da motilidade (constipação). 
	Antes da defecação o reto se enche depois da movimentação da massa. Enquanto este se enche, o esfíncter anal interno se relaxa e o esfíncter anal externo se contrai por um mecanismo reflexo. O enchimento do reto causa urgência em defecar, porem o ato só acontece de forma voluntária, através do relaxamento do esfíncter externo e do músculo puborretal. A defecação é facilitada, ainda, pelo aumento da pressão abdominal.
4.2- Secreções Gastrointestinais:
	As secreções gastrointestinais digerem os alimentos para facilitar a digestão e absorção, sendo reguladas por uma série de feed back hormonais e neurais, o que evita autodigestão. A amilase digere carboidratos, proteases, proteínas e lípase, lipídios.
	O ácido gástrico pode lesar o duodeno e, por isso, o pâncreas secreta HCO3-, que neutraliza o ácido gástrico, protegendo, então, a mucosa duodenal. 
4.3- Cinco Pontos Principais:
4.3.1- A principal função do sistema gastrointestinal é a de digerir e absorver a dieta. A dieta mista contém formas complexas de carboidratos, proteínas e gorduras que são degradadas antes de serem absorvidas.
4.3.2- Em geral, o esfíncter pilórico separa os componentes de armazenamento do estômago dos componentes digestivos.
4.3.3- O conteúdo gastrointestinal deve ser absorvido através da camada de células epiteliais ou sairão do corpo, nas fezes.
4.3.4- A regulação intrínseca é feita pelos Nn. Entéricos e pelo controle de feed back negativo, por meio da liberação de vários hormônios gastrointestinais.
4.3.5- A regulação extrínseca é feita, basicamente, pelo ramo parassimpático do sistema nervoso autônomo.

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