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1
GRAMÁTICA
E X E R C Í C I O S
Apostila elaborada tendo por base:
• Manual de Redação da Presidência da República, 
2002.
• ALVES, Viviane & MOURA, Glória. Fundamentos 
da Redação Oficial. Brasília: Vesticon, 2010.
• KASPARY, J. Adalberto. Redação Oficial, Normas e 
Modelos. 17ª ed. Porto Alegre: Edita, 2004. 
• MARTINS, Dileta Silveira & ZILBERKNOP, Lúbia 
Scliar. Português Instrumental. 28ª ed. São Paulo: 
Editora Atlas, 2009.
• NETO, Serafim da Silva. Introdução ao estudo da 
língua portuguesa no Brasil. 5ª ed. Rio de Janeiro: 
Presença/INL, 1986.
• Apostila Redação Oficial e Correspondências 
Administrativas no Serviço Público (Cened – Uni-
dade de Aperfeiçoamento e Qualificação)
• Apostila Curso de Redação Oficial Básica. Elabo-
ração: Janaína de Aquino Ferraz, Ormezinda M. 
Ribeiro Aya, Elda A. Oliveira Ivo, Paula Cobucci e 
Flávia M. Pires. 
• Exercícios criados pela Professora Mestra Viviane 
Faria
• Sites:
 – www.brasilescola.com/redacao
 – www.mundovestibular.com.br 
 – www.wikipédia.org
• Provas de concursos públicos (com as referências 
devidas).
“Escrever um texto exige, 
além da correção gramatical, 
estabelecer ligações de sen-
tido que o tornem entendível e 
agradável de ler.”
Profa.: Nelly Carvalho
blogdoeurico6ano.blogspot.com
O QUE É REDAÇÃO OFICIAL?
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a 
maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos 
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do 
Poder Executivo.
REDAÇÃO OFICIAL
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoali-
dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, 
formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atri-
butos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: 
“A administração pública direta, indireta ou fundacional, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
cia (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios 
fundamentais de toda administração pública, claro está que 
devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comuni-
cações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer 
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou 
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido 
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são 
requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um 
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade 
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Além de atender à disposição constitucional, a forma 
dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas 
para sua elaboração que remontam ao período de nossa 
história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – 
estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 
1822 – de que se ponha, ao final desses atos, o número de 
anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi 
mantida no período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, 
uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-
-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir 
uma única interpretação e ser estritamente impessoais e 
uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações 
oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um 
único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas 
comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de 
expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto 
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea 
(o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comu-
nicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, 
como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês 
de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, 
por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações ofi-
ciais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado 
da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio 
século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a 
primeira edição do Manual.
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Acrescente-se, por fim, que a identificação que se 
buscou fazer das características específicas da forma ofi-
cial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se 
proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma 
forma específica de linguagem administrativa, o que colo-
quialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é 
antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se 
caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão 
burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida 
e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comu-
nicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâ-
metros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da 
literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.
Apresentadas essas características fundamentais da 
redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada 
uma delas.
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS
IMPESSOALIDADE
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer 
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: 
a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; e c) 
alguém que receba essa comunicação. No caso da redação 
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou 
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser-
viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto 
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário 
dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, 
ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes 
da União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que 
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica-
ções oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem 
comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente 
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em 
nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-
-se, assim, uma desejável padronização, que permite que 
comunicações elaboradas em diferentes setores da Admi-
nistração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, 
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, 
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. 
Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma 
homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se 
o universo temático das comunicações oficiais se restringe a 
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural 
que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
Desta forma, não há lugar na redação oficial para 
impressões pessoais, como as que, por exemplo, cons-
tam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de 
jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve 
ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade 
de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais 
contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária 
impessoalidade.
A LINGUAGEM DOS ATOS E COMUNICAÇÕES OFICIAIS
A necessidade de empregar determinado nível de lin-
guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, 
do próprio caráter público desses atos e comunicações; de 
outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos 
como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras 
para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento 
dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elabo-
ração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se 
dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é ade informar com clareza e objetividade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos 
federais devem ser compreendidas por todo e qualquer 
cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o 
uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não 
há dúvida que um texto marcado por expressões de circula-
ção restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o 
jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância 
entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente 
dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de 
costumes, e pode eventualmente contar com outros ele-
mentos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, 
a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores 
responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incor-
pora mais lentamente as transformações, tem maior voca-
ção para a permanência, e vale-se apenas de si mesma 
para comunicar.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes 
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, 
em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determi-
nado padrão de linguagem que incorpore expressões extre-
mamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, 
não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico 
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de lingua-
gem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade 
com que a empregamos.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter 
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de 
clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto 
da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em 
que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se 
emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários 
do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do 
uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de 
que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou 
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idios-
sincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se 
atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a sim-
plicidade de expressão, desde que não seja confundida com 
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão 
culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos 
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios 
da língua literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente 
um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão 
culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá 
preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será 
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obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, 
mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a 
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão 
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá 
sempre sua compreensão limitada.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em 
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscrimi-
nado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o voca-
bulário próprio a determinada área, são de difícil entendi-
mento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se 
ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações 
encaminhadas a outros órgãos da administração e em expe-
dientes dirigidos aos cidadãos.
FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO
fadafeliz.wordpress.com
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, 
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já men-
cionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão 
culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade 
de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida 
quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de 
tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que 
isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no pró-
prio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à 
necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a admi-
nistração federal é una, é natural que as comunicações que 
expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse 
padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente 
para todas as características da redação oficial e que se 
cuide, ainda, da apresentação dos textos.
A clareza, o uso de papéis uniformes para o texto defi-
nitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a 
padronização. 
CONCISÃO E CLAREZA
A concisão é antes uma qualidade do que uma caracte-
rística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue trans-
mitir um máximo de informações com um mínimo de pala-
vras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental 
que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o 
qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto 
depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se per-
cebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessá-
rias de ideias.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao 
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de 
empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. 
Não se deve de forma alguma entendê-la como economia 
de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens 
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-
-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, 
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe 
em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamen-
tais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o 
sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem 
também ideias secundárias que não acrescentam informa-
ção alguma ao texto, nem têm maior relação com as funda-
mentais, podendo, por isso, ser dispensadas.
Clareza e Determinação das Normas – O princípio 
da segurança jurídica, elemento fundamental do Estado de 
Direito, exige que as normas sejam pautadas pela precisão 
e clareza, permitindo que o destinatário das disposições 
possa identificar a nova situação jurídica e as consequên-
cias que dela decorrem. Devem ser evitadas, assim, as for-
mulações obscuras, imprecisas, confusas ou contraditórias.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi-
cial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. 
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita ime-
diata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é 
algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das 
demais características da redação oficial. Para ela concor-
rem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter-
pretações que poderia decorrer de um tratamento persona-
lista dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de 
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de 
circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a 
imprescindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os exces-
sos linguísticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que 
se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável 
releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém 
principalmente da falta da releitura que torna possível sua 
correção.
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, 
se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que 
nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O 
domínio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrên-
cia de nossa experiência profissional muitas vezes faz com 
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem 
sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise 
os termos técnicos, o significadodas siglas e abreviações e 
os conceitos específicos que não possam ser dispensados.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A 
pressa com que são elaboradas certas comunicações quase 
sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à 
redação de um texto que não seja seguida por sua revisão.
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, 
diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável 
repercussão no redigir.
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1. (CESPE) Assinale a opção em que o fragmento de ofício 
apresenta inadequações quanto ao padrão exigido em cor-
respondência oficial.
1) Vimos informar que o Ministério da Agricultura e 
do Abastecimento publicou portaria, assinada em 
28/12/1999, declarando como zona livre de febre 
aftosa parte do Circuito Pecuário Centro-Oeste, 
formado pelo Distrito Federal e regiões do Mato 
Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná.
2) Esclarecemos, na oportunidade, que as regras 
estabelecidas para erradicar a aftosa no Centro-
-Oeste foram aprovadas pelos governos estadu-
ais da região, pelo governo federal e pela cadeia 
produtiva. Tais regras estão em conformidade com 
aquelas determinadas pelo Escritório Internacional 
de Epizootia.
3) Como é do conhecimento de Vossa Excelência, o 
Ministério da Agricultura e do Abastecimento enca-
minhou relatório ao Escritório internacional de Epi-
zootia, pedindo o reconhecimento do Circuito Pe-
cuário do Centro-Oeste como zona livre de aftosa.
4) Lembramos que, em 1992, técnicos do Ministério 
da Agricultura e das secretarias estaduais de agri-
cultura modificaram as estratégias de combate à 
febre aftosa, visando à erradicação dessa doença. 
As ações foram regionalizadas, tendo por base os 
Circuitos Pecuários, e foi incorporada, como ele-
mento principal, a participação da comunidade in-
teressada em todas as fases do programa.
5) É importante esclarecer vocês que as ações de 
campo daquele Programa Nacional de Erradicação 
de Febre Aftosa, que eu já falei, são executadas 
diretamente pelas secretarias estaduais de agricul-
tura ou órgãos a elas vinculado. São 2.332 escritó-
rios locais distribuídos em todo país para as ações 
de vigilância epidemiológica.
GABARITO: 5
2. (CESPE) Julgue se os itens subsequentes estão gra-
maticalmente corretos e adequados para a correspon-
dência oficial.
1) Se a integração de sistemas, possibilitada pela tec-
nologia da informação, propiciou a realização da 
várias transações à distância, ela ainda não inte-
grou o sistema bancário às aplicações de comércio 
eletrônico e muito menos à outras transações no 
âmbito do governo, como a gente gostaria de ver.
2) O emprego de uma rede de comunicação segu-
ra e com processos padronizados de liquidação, 
que venha a ser utilizada em prol dos clientes dos 
bancos, poderá ser o grande salto a ser dado em 
termos de serviços no Brasil. Para o lojista, a van-
tagem seria o uso de um conector único, ou de um 
reduzido número de conectores para realizar as 
transações.
3) Esclarecemos ainda que, com o Sistema de Paga-
mentos Brasileiro (SPB), operado pelo Banco Cen-
tral segundo padrões internacionais, ingressamos 
no grupo de países em que transferências de fun-
dos interbancárias podem ser liquidadas em tempo 
real, em caráter irrevogável e incondicional.
4) Vimos informar que a Rede do Sistema Financeiro 
Nacional é uma estrutura de base de dados, im-
plementada por meio de tecnologia de rede, que 
foi criada com a finalidade de suportar o tráfego 
de mensagens entre as instituições financeiras, as 
câmaras e os prestadores de serviços de compen-
sação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Na-
cional e o Banco Central.
GABARITO: E, E, E, E
3. (CESPE) Cada um dos itens abaixo apresenta trechos 
de texto que devem ser julgados quanto a sua adequação 
a correspondências oficiais.
1) Vimos informar que as inscrições para o Concurso 
Público de Provas e Títulos para o Cargo de Ana-
lista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, 
das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo 
do edifício-sede desta companhia. Estamos que-
rendo pontualidade na entrega dos documentos.
2) A seleção para o cargo de que trata este edital 
compreenderá o exame de habilidades e conheci-
mentos, mediante a aplicação de provas objetivas 
e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório 
e classificatório.
GABARITO: E, C
4. (CESPE) A fixação dos fechos para comunicações ofi-
ciais foi regulada pela Portaria n. 1 do Ministério da 
justiça, em 1937 e, após mais de meio século de vi-
gência, foi regulada pelo Decreto n. 100.000, de 11 de 
janeiro de 1991, que aprovou o Manual de Redação 
da Presidência da República. A respeito das normas 
de redação oficial fixadas por esse manual, julgue os 
itens subsequentes.
1) Fere o princípio da impessoalidade o seguinte 
trecho de um memorando: Esclareço, ainda, em 
especial aos que atuam no Departamento de Pes-
soal, que não concebo que um ato normativo de 
qualquer natureza seja redigido de forma obscura, 
que dificulte ou impossibilite sua compreensão. 
Frise-se que fico deveras irritado quando um do-
cumento oficial não pode ser entendido por todos 
os cidadãos. 
2) O principal objetivo da edição do Manual de Re-
dação da Presidência da República foi sistema-
tizar as características da forma oficial de redigir 
visando-se à criação de uma forma específica de 
linguagem burocrática que consagrasse expres-
sões e clichês do jargão burocrático.
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3) Mantido o nível de formalidade adequado às co-
municações oficiais, deve-se, na introdução de um 
ofício, preferir a forma Comunico a Vossa Senho-
ria à forma Tenho a honra de informar a Vossa 
Senhoria.
GABARITO: C, E, C
5. (CESPE) Considerando que os trechos a seguir cons-
tituam segmentos, não necessariamente sequenciais, 
de um ofício, julgue-os quanto à correção gramatical, 
condição essencial aos documentos da comunicação 
oficial.
1) Conforme é do conhecimento de V. Sa, a primei-
ra fiscalização avaliou o serviço de atendimento 
ao usuário de três órgãos públicos e resultou em 
acórdão proferido pelo TCU. A segunda fiscaliza-
ção, julgada por outro acórdão, verificou a atuação 
desses mesmos órgãos no acompanhamento da 
qualidade dos serviços prestados.
2) O TCU identificou que aspectos fundamentais re-
lativos a qualidade da prestação de serviços para 
os usuários não são devidamente tratados por três 
órgãos públicos. Constatou-se também lacunas 
na regulamentação, fragilidades nos processos 
de fiscalização desenvolvidos pelos órgãos e falta 
de efetividade das sanções impostas às empresas 
prestadoras de serviços. Segundo a auditoria, tam-
bém não há priorização de políticas efetivas para 
educação do usuário.
3) Esclarecemos, ainda, que o relatório aprovado 
pelo Acórdão 1.021/2012, no último dia 18, infor-
mam que determinados órgãos não concretizaram 
a maior parte do próprio plano de ações elaborado 
para cumprir as deliberações do Tribunal. Quase 
sete anos após a primeira decisão, apenas 47% 
das recomendações do TCU foram implementa-
das. Do acórdão posterior, somente 15% das re-
comendações foram implementadas e 27% das 
determinações efetivamente cumpridas.
4) O TCU fixou prazo para que um novo plano de tra-
balho para implementação das determinações seja 
elaborado e recomenda aos órgãos que aprimorem 
a coordenação entre as suas diversas áreas e con-
siderem a possibilidade de sancionar com maior 
rigor as empresas prestadoras de serviços que não 
tratarem adequadamente as reclamações encami-
nhadas à própria ouvidoria.
5) A presidência e o conselho diretor de cada órgão 
em apreço estão sendo alertados de que as deter-
minações e recomendações ainda não cumpridas 
ou implementadas dependem fundamentalmente 
de suasatuações, sendo, portanto, de responsabi-
lidade direta do respectivo corpo dirigente. O TCU 
continuará a acompanhar as medidas adotadas por 
esses órgãos para melhoria da prestação dos ser-
viços públicos. Nova fiscalização deverá ser con-
cluída no prazo de um ano.
6) Vimos informar que o Tribunal de Contas da União 
(TCU), em sua missão de avaliar o desempenho de 
vários órgãos públicos, constatou que alguns deles 
não estão cumprindo totalmente determinações e 
recomendações expedidas em duas fiscalizações 
referentes à qualidade dos serviços públicos por 
eles prestados.
GABARITO: C, E, E, C, C, C
6. Tendo-se em vista a importância da IMPESSOALI-
DADE na Redação oficial, reescreva as sentenças a 
seguir, eliminando todas as marcas de pessoalidade/
subjetividade:
a. Eu percebi que nessa época a escola passou por 
grandes alterações. Novos métodos de ensino fo-
ram implantados.
b. Eles consideram que conceitos como consciência 
crítica e social, criatividade e respeito a valores co-
munitários tornaram-se vivos na prática da escola.
c. O sábio presidente do conselho optou pela não uti-
lização do uniforme.
d. Entendo que é correto que regras e normas sejam 
elaboradas e reflitam a necessidade do grupo.
GABARITO: a) Percebemos que nessa época a escola 
passou por grandes alterações. Novos métodos de ensino 
foram implantados. b) Considera-se que conceitos como 
consciência crítica e social, criatividade e respeito a valores 
comunitários tornaram-se comuns na prática da escola. c) 
O presidente do conselho optou pela não utilização do uni-
forme. d) É correto que regras e normas sejam elaboradas e 
reflitam a necessidade do grupo. 
7. (CESPE) Julgue se os trechos nos itens subsequentes 
apresentam linguagem gramaticalmente correta e ade-
quada à redação de correspondências, expedientes e 
documentos oficiais.
1) Não se pode falarem em justiça social sem que to-
dos os brasileiros tenham acesso pleno a leitura 
e aos livros que permitem o desenvolvimento in-
telectual.
2) A leitura é um instrumento para uma nova vida, 
pois ela permite e intensifica o desenvolvimento 
das habilidades essenciais ao pleno exercício da 
cidadania.
3) Educação é fator decisivo pra redução das desi-
gualdades sociais. O analfabetismo perpetua a 
miséria e cria um ciclo vicioso que atravanca o de-
senvolvimento de todo o país.
4) O esforço pela erradicação do analfabetismo deve 
ser visto como uma questão nacional.
5) Para enfrentar o desafio educacional é necessário 
ampliar o investimento em programas de formação 
e de valorização de professores, melhorar o ma-
terial didático, informatizar escolas e garantir que 
toda criança tenha acesso a um ensino público de 
alta qualidade.
GABARITO: E, C, E, C, C
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8. Tendo em vista a necessidade de treinamento na área 
e conforme orientação desse Centro e de acordo com 
mensagem de 20/11/94 no Informativo n. 1.000, e 
considerando ainda a prioridade que tem merecido a 
melhoria de atendimento aos nossos clientes, solicita-
mos o especial obséquio de verificar a possibilidade de 
incluir na pauta dos próximos cursos, ainda que para 
o próximo semestre, os funcionários abaixo indicados 
para o treinamento de Atendente de Público, se possí-
vel com prioridade.
Sem mais para o momento e certos de sua habitual 
presteza e atenção para com as postulações deste 
Posto, desde já agradecemos, colocando-nos à sua 
inteira disposição para quaisquer informações que se 
fizerem necessárias no sentido de termos atendido 
nosso pleito, com a brevidade possível.
O texto acima infringe as normas exigidas de um texto 
oficial porque:
a. é ambíguo.
b. utiliza-se de linguagem prolixa.
c. não se utiliza do padrão culto da linguagem.
d. não respeita, reiteradamente, as regras gramati-
cais da norma culta.
e. é redigido de forma obscura, de modo que não é 
possível compreender o que se solicita.
GABARITO: b
9. Assinale os itens considerados apropriados quanto à 
redação de um documento oficial.
a. Adote como norma a ordem direta: sujeito - verbo - 
complementos.
b. Excesso de palavras, expressões rebuscadas e 
jargões técnicos fora do contexto, em alguns mo-
mentos, dão mais expressividade ao que se quer 
dizer.
c. Muitas vezes, o preciosismo é de extrema impor-
tância, no texto oficial, principalmente quando o 
seu destinatário ocupa uma posição hierárquica 
superior à sua.
d. Elimine o que é supérfluo. Seja objetivo. As gerên-
cias não têm tempo para ficar meditando sobre o 
que você quer dizer.
e. Não tenha pressa ao redigir. Gaste seu tempo para 
que o leitor/receptor economize o dele.
f. Ao redigir deve-se buscar o paralelismo, a regên-
cia, as concordâncias e o termo no seu sentido 
mais específico.
g. O texto tem como princípio a concisão, quando as 
idéias apresentam-se numa ordem lógica, sem mu-
danças bruscas no rumo do pensamento.
h. São princípios do texto oficial a formalidade e a pa-
dronização, que possibilitam a imprescindível uni-
formidade dos textos.
i. Na revisão de um documento, é preciso levar em 
conta principalmente o conteúdo da mensagem, 
esquecendo-se por completo, do receptor/leitor.
j. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscu-
ros e de erros gramaticais devem ser aceitos, em 
sinal de respeito, se quem assina o documento é 
uma pessoa investida há muito tempo no cargo.
GABARITO: a, d, e, f, g, h
10. (ESGRANRIO) Apenas uma das palavras abaixo, em 
destaque, está grafada de acordo com a ortografia ofi-
cial. Assinale-a.
a. Não havia funcionários na sessão de registros.
b. A produtividade das minas de ouro superou as 
espectativas.
c. Foi preciso analizar cuidadosamente a biodiversi-
dade local.
d. Conclui-se que a detalhes demais naquele levan-
tamento.
e. Foram descobertos privilégios na concessão de 
licenças.
GABARITO: E
11. (CESPE) Ao escrever um texto, determinado profissio-
nal produziu a frase: “A inflação é a maior inimiga da 
Nação. É meta prioritária do governo eliminá-la.” 
Insatisfeito, ele a reescreveu da seguinte maneira: “A 
inflação é a maior inimiga da Nação; logo, é meta prio-
ritária do governo eliminá-la.”
Acerca dessa situação, julgue os próximos itens.
a. Ao reescrever a frase, o referido profissional preo-
cupou-se com a coesão textual.
b. O profissional poderia substituir “eliminá-la” por 
eliminar-lhe, e, dessa forma, a frase estaria mais 
bem formulada e de acordo com a escrita padrão.
 � No que concerne às qualidades essenciais do tex-
to, julgue os itens seguintes.
c. Se, em um texto de redação oficial, aquele que o 
escreve ou revisa decidir usar o trecho “Durante o 
ano de 2008”, em vez de “Neste ano”, estará tor-
nando o texto menos conciso.
d. A substituição da expressão “o mesmo” por “o tex-
to”, em “A secretária redigiu um memorando. Espe-
ro que o mesmo agrade aos interessados”, tornaria 
esse trecho mais claro e preciso.
e. A frase “O jornal deu a notícia em primeira mão” 
ficaria mais precisa se a forma verbal “deu” fosse 
substituída por publicou, que é mais específica 
para o contexto.
f. No trecho “Era um excelente médico. Todos os 
seus pacientes o adoravam”, o uso do termo clien-
tes no lugar de “pacientes” seria mais adequado, 
pois imprimiria mais precisão à frase.
GABARITO: C, E, C, C, C, E
12. (CESPE) Considerando os princípios de redação de 
expedientes, julgue os itens a seguir.
1) O tratamento que deve ser dado aos assuntos que 
constam das comunicações oficiais deve ser im-
pessoal: todavia, são estimuladas as impressões 
individuais de quem comunica.
2) Com a finalidade de padronização, à redação de 
comunicações oficiais foram incorporados proce-
dimentos rotineiros ao longo do tempo, como as 
formas de tratamento e de cortesia e a estrutura 
dos expedientes.
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3) Os expedientes oficiais cuja finalidade precípua é 
informar com clareza e objetividade, empregando 
a linguagem adequada, têm caráter normativo, es-
tabelecem regras para a conduta dos cidadãos ou 
regulam o funcionamento dos órgãos públicos.
4) A concisão, sinônimo de prolixidade, é uma quali-
dade de qualquer texto técnico e uma característica 
de texto oficial, que exige do redator essencialmen-
te conhecimento do assunto sobre que escreve, 
uma vez que raramente há tempo disponível para 
revisar o texto.
5) O domínio da redação de expedientes oficiais é 
aperfeiçoado em decorrência da experiência pro-
fissional; muitas vezes a prática constante faz que 
o assunto se torne de conhecimento generalizado.
GABARITO: E, C, C, E, E
13. Levando em consideração as características da cor-
respondência oficial, julgue os itens abaixo.
1) A padronização dos expedientes resulta em preju-
dicial impessoalidade.
2) Impessoalidade significa o servidor/funcionário/
empregado elaborar uma comunicação em nome 
do serviço público, evitando impressões pessoais.
3) A concisão é a qualidade que consiste em comu-
nicar uma ideia/pensamento com o mínimo de pa-
lavras.
4) Nas comunicações oficiais a norma gramatical está 
acima de tudo, até mesmo da simplicidade, para 
garantir o tom cerimonioso dos atos públicos.
5) Observa-se a linguagem culta sem deixar de em-
pregar os termos técnicos próprios da administra-
ção pública, o chamado jargão burocrático.
GABARITO: E, C, C, E, E
14. Numa mensagem administrativa deve(m) evitar-se:
a. as marcas de pessoalidade;
b. a transparência semântica dos vocábulos;
c. a inteligibilidade do que é veiculado;
d. a concisão da expressão;
e. a clareza expositiva.
GABARITO: a
15. (CESGRANRIO) De acordo com o Manual de Redação 
da Presidência da República, a clareza é a qualidade 
básica de todos os textos oficiais. Para tal, concorrem 
algumas características, EXCETO
a. a formalidade e a padronização, que possibilitam a 
imprescindível uniformidade dos textos.
b. a concisão, que faz desaparecer do texto os exces-
sos linguísticos que a ele nada acrescentam.
c. a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter-
pretações que poderia decorrer de um tratamento 
personalista dado ao texto.
d. o emprego do mínimo de palavras para informar o 
máximo, o que significa eliminar passagens subs-
tanciais do texto para reduzi-lo em tamanho.
e. o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, 
de entendimento geral e por definição avesso a 
vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o 
jargão.
GABARITO: d
16. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presidên-
cia da República, analise as afirmativas a seguir:
I – A concisão é antes uma qualidade do que uma ca-
racterística do texto oficial. Conciso é o texto que 
consegue transmitir um máximo de informações 
com um mínimo de palavras. Para que se redija 
com essa qualidade, é fundamental que se tenha, 
além de conhecimento do assunto sobre o qual se 
escreve, o necessário tempo para revisar o texto 
depois de pronto. É nessa releitura que muitas ve-
zes se percebem eventuais redundâncias ou repe-
tições desnecessárias de ideias.
II – O esforço de sermos concisos atende, basicamen-
te, ao princípio de economia linguística, à mencio-
nada fórmula de empregar o mínimo de palavras 
para informar o máximo. Não se deve de forma al-
guma entendê-la como economia de pensamento, 
isto é, não se devem eliminar passagens substan-
ciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Tra-
ta-se, exclusivamente, de cortar palavras inúteis, 
redundâncias, passagens que nada acrescentem 
ao que já foi dito.
III – A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto 
oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que 
possibilita imediata compreensão pelo leitor. No 
entanto, a clareza não é algo que se atinja por si 
só: ela depende estritamente das demais caracte-
rísticas da redação oficial.
Assinale:
a. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
b. se todas as afirmativas estiverem corretas.
c. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e. se nenhuma afirmativa estiver correta.
GABARITO: b
17. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes 
aos níveis da comunicação.
1) A comunicação acima/ascendente é entendida 
como aquela que se direciona aos superiores hie-
rárquicos e a profissionais de outra instituição.
2) Textos direcionados aos profissionais que traba-
lham sob a gerência/chefia de quem escreve ca-
racterizam-se como textos de nível de comunica-
ção denominado abaixo/descendente.
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3) O profissional, em um texto dirigido a seus superio-
res, ao se referir a ações que ele próprio executa, 
deve utilizar qualquer uma das formas verbais a 
seguir: solicita, propõe, informa, decide, autoriza.
4) Por questão de polidez, quando se dirige a seus 
subordinados, o profissional deve evitar, em seu 
texto, o emprego de palavras como proíbe e ad-
verte.
GABARITO: C, C, E, E
18. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presidên-
cia da República e no Manual de Elaboração de Textos 
do Senado Federal, analise as afirmativas a seguir:
I – Ao elaborar pronunciamentos, proposições legis-
lativas, pareceres, estudos ou notas técnicas, o 
consultor há de ter em mente que o texto a redigir 
deve ser compreendido e aprovado pelo destina-
tário, mesmo porque resulta, quase sempre, de 
solicitação por este formulada. Daí a necessidade 
de uma interação equilibrada e harmoniosa entre a 
Consultoria e quem lhe solicita o trabalho.
II – Se o uso sistemático de figuras de retórica é ad-
missível nas peças literárias e nos discursos, que 
amiúde se utilizam de linguagem refinada e gran-
diloquente, ele se revela inadequado à redação de 
textos técnicos e legais, que devem primar pela 
clareza e objetividade.
III – O princípio constitucional da publicidade, que tam-
bém rege a feitura das leis, está longe de esgotar-
-se na mera publicação do texto, estendendo-se, 
ainda, ao alcance delas por todo e qualquer cida-
dão.
Assinale:
a. se todas as afirmativas estiverem corretas.
b. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c. se somente as afirmativas II e III estiverem corre-
tas.
d. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e. e nenhuma afirmativa estiver correta.
GABARITO: a
19. (CESPE) Com base nas orientações do Manual de 
Redação da Presidência da República, julgue os 
itens subsequentes.
1) O seguinte trecho introdutório de comunicação ofi-
cial atende ao objetivo de mero encaminhamento 
de documento e ao requisito de uso do padrão cul-
to da linguagem: Encaminho, em anexo, para exa-
me e pronunciamento, cópia do projeto de moder-
nização de técnicas agrícolas no estado do Espírito 
Santo.
2) O emprego de vocabulário técnico de conhecimen-
to específico dos profissionais do serviço público 
facilita a elaboração dos textos oficiais e, conse-
quentemente, o seu entendimento pelo público geral.
GABARITO: C, E
20. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presidên-
cia da República e no Manual de Elaboração de Textos 
do Senado Federal, assinale a afirmativa incorreta.
a. Devem-se escolher termos que tenham o mesmo 
sentido e significado em todo o território nacional 
ou na maior parte dele, evitando o emprego de ex-
pressões regionais ou locais.
b. É necessário articular a linguagem comum ou téc-
nica para a perfeita compreensão da ideia veicula-
da no texto.
c. É necessário usar as palavras e expressões em 
seu sentido comum, salvo quando o assunto for de 
natureza técnica, hipótese em que se empregarão 
a nomenclatura e terminologia próprias da área.
d. Preferencialmente deve-se manifestar o pensa-
mento ou a ideia com as mesmas palavras, poden-
do-se empregara sinonímia com propósito estilís-
tico.
e. Deve-se atentar para a construção de orações na 
ordem direta, evitando preciosismos, neologismos, 
intercalações excessivas, jargão técnico, lugares 
comuns, modismos e termos coloquiais.
GABARITO: d
21. (CESPE) A respeito da redação de atos normativos, 
julgue os itens a seguir.
1) Um texto normativo deve dirigir-se sempre a pes-
soas de nível intelectual alto e homogêneo; por-
tanto, para compreender o vocabulário utilizado, 
muitas vezes, o cidadão comum tem de recorrer à 
consulta a dicionário.
2) Um documento a um departamento deve ser um 
texto impecável. No entanto, quem escreve um 
simples recado a um interlocutor com pouca esco-
laridade não precisa estar atento a certos aspectos 
linguísticos, como, por exemplo, a correção grama-
tical.
3) O emissor de uma mensagem, ao incorrer em ina-
dequação vocabular ou rebuscamento, poderá não 
produzir o efeito pretendido no receptor, que, por 
não entender o teor da mensagem, ficará obrigado 
a novos contatos, a novas consultas.
4) Quem escreve deve evitar a tautologia, que consis-
te na repetição de palavras com o mesmo sentido.
5) Em resposta a uma consulta, o redator deve preo-
cupar-se em responder apenas àquilo que lhe foi 
perguntado, sem considerar outras possíveis dúvi-
das do consulente.
6) Na resposta a uma consulta, os aspectos positivos 
de uma situação devem ser apresentados antes 
dos negativos.
GABARITO: E, E, C, C, E, C
22. (FGV) Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso 
de maiúsculas e minúsculas, segundo o Manual de 
Elaboração de Textos do Senado Federal.
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a. Moro na Capital.
b. Procure o Decreto-Lei 292.
c. O governante se comportou como um Nero.
d. Eles estudaram no Colégio Pedro II.
e. Devemos reler O Espírito das Leis, de Montesquieu.
GABARITO: c
eunasciemoitentaesete.blogspot.com
23. (FGV) A respeito do Manual de Redação da Presidên-
cia da República, analise os itens a seguir:
I – A redação oficial deve caracterizar-se pela impes-
soalidade, uso do padrão culto de linguagem, cla-
reza, concisão, formalidade e uniformidade. Além 
disso, incorporam-se os jargões jurídicos.
II – A transparência do sentido dos atos normativos, 
bem como sua inteligibilidade, são requisitos do 
próprio Estado de Direito: é inaceitável que um tex-
to legal não seja entendido pelos cidadãos.
III – Além de atender à disposição constitucional, a for-
ma dos atos normativos obedece a certa tradição. 
Há normas para sua elaboração que remontam 
ao período de nossa história imperial, como, por 
exemplo, a obrigatoriedade de que se aponha, ao 
final desses atos, o número de anos transcorridos 
desde a Independência. Essa prática foi mantida 
no período republicano.
Assinale:
a. se somente os itens I e III estiverem corretos.
b. se nenhum item estiver correto.
c. se todos os itens estiverem corretos.
d. se somente os itens II e III estiverem corretos.
e. se somente os itens I e II estiverem corretos.
GABARITO: d
24. (CESPE) Sobre a redação de textos oficiais, julgue o 
próximo item.
1) As comunicações oficiais devem ser padronizadas 
e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem 
é imprescindível.
GABARITO: E
25. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes à 
correspondência oficial.
1) A redação oficial, ou seja, a maneira pela qual o 
Poder Público redige os atos normativos e comu-
nicações, caracteriza-se pela linguagem formal e 
pela padronização e uniformidade dos documentos 
emitidos.
GABARITO: C
26. A redação oficial deve ser isenta da interferência da 
individualidade de quem a elabora. É necessário ex-
plicitar, desenvolver, esclarecer, precisar os termos 
técnicos, o significado das siglas e abreviações e os 
conceitos específicos que não possam ser dispensa-
dos. A revisão atenta exige tempo. A pressa quase 
sempre compromete a clareza. Não se deve proceder 
à redação de um texto que não seja seguida por sua 
revisão, já que a publicidade e a impessoalidade são 
princípios fundamentais de toda Administração Públi-
ca e essas características devem igualmente nortear a 
elaboração dos atos e comunicações oficiais. Em vista 
disso, tem-se também a necessidade de se empregar 
determinado nível de linguagem nos atos e expedien-
tes oficiais. 
Tendo tais princípios por referência, julgue os itens.
1) De acordo com o uso que se faça tanto da língua 
escrita como da falada, ela compreende diferentes 
níveis. Por exemplo, em uma carta a um amigo, 
pode-se empregar determinado padrão de lingua-
gem que reúna expressões extremamente pesso-
ais ou coloquiais; em um parecer, é natural que se 
empregue um vocabulário técnico correspondente. 
2) O enunciador de um texto sempre deve escolher a 
variação linguística mais adequada à situação em 
que fala ou escreve, ou seja, ao contexto. E o leitor 
competente percebe essa adequação.
3) Nos textos oficiais, por seu caráter impessoal, por 
sua finalidade de informar com o máximo de clare-
za e concisão, admite-se tanto o uso da variedade 
culta da língua quanto da variedade coloquial.
4) Em um texto oficial, há, portanto, que se observar 
as regras da gramática formal e o emprego de um 
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do 
idioma. A necessidade de uso da escrita culta na 
redação oficial exige preciosismo na linguagem, o 
que, aliás, é uma qualidade no texto. 
5) Como enfatiza o Manual de Redação da Presi-
dência da República, a linguagem culta situa-se 
“acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sin-
táticas regionais, dos modismos vocabulares, das 
idiossincrasias linguísticas, permitindo que todos 
os cidadãos possam compreender a mensagem”.
GABARITO: C, E, E, E, C
27. (CESPE) Em relação às exigências da redação de cor-
respondências oficiais, julgue os itens que se seguem.
1) O trecho a seguir está adequado e correto para 
compor um memorando: Nos termos do “Progra-
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ma de modernização e informatização da Agência 
Nacional de Saúde Suplementar”, solicito a Vossa 
Senhoria a instalação de dois novos computado-
res no setor de protocolo para atender à demanda 
e melhorar a qualidade dos serviços prestados ao 
público. 
2) O trecho a seguir está adequado e correto para 
compor um ofício: Viemos informar que vamos es-
tar enviando oportunamente os relatórios solicita-
dos via email, com todas as informações referentes 
ao desenvolvimento das auditorias citadas.
GABARITO: C, E
28. Em 2002, devido à Lei Complementar n. 95, de 26 
de fevereiro de 1998, ao Decreto no 4.176, de 28 de 
março de 2002, e a outras alterações constitucionais 
ocorridas nesse período, ocorreu a segunda edição do 
Manual de Redação da Presidência da República.
Tendo esse Manual e seu uso nos órgãos públicos por 
referência, julgue os seguintes itens.
1) Muitos manuais de redação utilizados em órgãos 
públicos respaldam-se no Manual de Redação da 
Presidência da República, principalmente no que 
tange à parte da legislação nacional, porém não há 
uma coincidência de padronização em todos os as-
pectos textuais. 
2) Uma vez atendidas às principais imposições le-
gais, os órgãos públicos usufruem de autonomia 
na composição de certas normas para redigir seus 
atos e expedientes oficiais. Existem, portanto, 
quando comparados documentos de diversos ór-
gãos, algumas diferenças de diagramação ou de 
estrutura nos seus expedientes.
3) É necessário que o escritor atente-se para a pa-
dronização específica do órgão no qual trabalha, 
deixando de lado as regras estabelecidas pelo Ma-
nual. 
4) Quando se verifica as características específicas 
de algumas comunicações oficiais, deve-se atentar 
para o modelo original apresentado pelo Manual 
e verificar se esse se constitui uma possibilidade 
textual, já que o mais importanteé aquele utilizado 
pelo órgão local.
GABARITO: C, C, E, E
29. “Não se concebe que um ato normativo de qualquer 
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte 
ou impossibilite sua compreensão” (Manual de reda-
ção da presidência da República, 2ª. ed. 2002).
Segundo esse segmento, assinale a alternativa que 
NÃO colabora para a obscuridade de uma mensagem 
é:
a. a ambiguidade de certos termos;
b. a troca de uma palavra por um sinônimo;
c. a confusão entre parônimos;
d. a excessiva inversão de termos;
e. o emprego de vocabulário incomum.
GABARITO: b
30. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi-
dência da República, julgue os itens seguintes, refe-
rentes a adequação da linguagem, formato e caracte-
rísticas da correspondência oficial.
1) Formalidade de tratamento, clareza datilográfica, 
correta diagramação do texto e utilização de papéis 
de mesma espécie são necessárias para a unifor-
midade das comunicações oficiais.
2) Na redação oficial, a impessoalidade refere-se ao 
emprego adequado de estruturas formais, como a 
utilização de pronomes de tratamento para deter-
minada autoridade, à polidez e à civilidade no en-
foque dado ao assunto que se pretende comunicar. 
3) Nas comunicações oficiais, o agente comunicador 
é o serviço público, e o assunto relaciona-se às 
atribuições do órgão ou da entidade que comunica, 
devendo a correspondência oficial estar isenta de 
impressões individuais do remetente do documen-
to, para a manutenção de certa uniformidade entre 
os documentos emanados de diferentes setores da 
administração.
GABARITO: C, E, C
31. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi-
dência da República, julgue os itens seguintes.
1) Não é permitido, na redação de documento oficial, 
o uso de linguagens escritas típicas de redes 
sociais na Internet, haja vista que são variedades 
de uso restrito a determinados grupos e círculos 
sociais. 
1) No que se refere ao emprego de consoantes, o re-
ferido manual apresenta o termo “extensão” como 
ato ou efeito de “estender”, apesar da diferença de 
grafia. 
2) O domínio do padrão culto da língua é fator sufi-
ciente para garantir a concisão no texto redigido 
— qualidade inerente aos documentos oficiais —, 
evitando-se, desse modo, a necessidade de revi-
são textual. 
GABARITO: C, C, E
32. (CESPE) Acerca da redação de correspondências ofi-
ciais, julgue os itens seguintes.
1) A redação oficial, maneira como atos e comuni-
cações são elaborados pelo poder público, deve 
orientar-se por princípios dispostos na Constituição 
Federal, tais como impessoalidade e publicidade.
GABARITO: C
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33. (CESPE) Acerca das características gerais dos diver-
sos tipos de comunicação oficial, julgue os itens se-
guintes.
1) Comunicações oficiais, utilizadas para a comu-
nicação entre órgãos do serviço público ou entre 
órgãos do serviço público e o público em geral, po-
dem ser emitidas tanto pela administração pública 
quanto pelos cidadãos.
GABARITO: E
34. (CESPE) Julgue os itens a seguir com base nas pres-
crições do Manual de Redação da Presidência da 
República para a elaboração de correspondências 
oficiais. 
1) O trecho a seguir estaria gramaticalmente correto e 
adequado para constituir parte de um ofício: Tenho 
a maior honra de encaminharmos ao TCE/RO, por 
meio desta mensagem, os demonstrativos geren-
ciais da aplicação mensal e acumulada das recei-
tas resultantes de impostos e transferências cons-
titucionais em ações e serviços públicos de saúde 
referente ao mês de maio do exercício corrente.
2) O trecho a seguir apresenta-se gramaticalmen-
te correto e adequado para constituir parte de 
um ofício: Vimos informar que já expirou o prazo 
para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do 
primeiro quadrimestre do exercício corrente, para 
municípios com mais de 50.000 habitantes. As ad-
ministrações municipais têm dez dias para justificar 
o atraso na publicação.
3) O trecho a seguir estaria correto e adequado para 
constituir parte de um memorando: Segue cópia do 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 
município XYZ referente ao segundo bimestre do 
exercício corrente.
GABARITO: E, C, C
35. (CESPE) À luz das orientações constantes no Manual 
de Redação da Presidência da República, julgue os 
itens a seguir.
1) A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua 
e o requisito de impessoalidade são incompatíveis 
com o emprego da linguagem técnica nas comuni-
cações oficiais.
2) Admite-se o registro de impressões pessoais na re-
dação oficial, desde que o assunto seja de interes-
se público e expresso em linguagem formal. 
3) A concisão, que consiste no respeito ao princípio 
da economia linguística, é uma característica fun-
damental em telegramas, modalidade dispendiosa 
de comunicação.
GABARITO: E, E, C
36. (FUNCAB – com adaptações) O princípio constitu-
cional da Administração Pública que a obriga a tratar 
todos os administrados sem discriminações benéficas 
ou detrimentosas é o da:
a. impessoalidade.
b. legalidade.
c. concisão.
d. uniformidade.
e. formalidade.
GABARITO: a
37. (FUNCAB) Assinale a opção INCORRETA com relação 
ao uso do verbo na construção da frase.
a. Mais de uma pessoa faltou à reunião marcada na 
semana passada.
b. Poucos de nós aceitarão a decisão sem contestar.
c. Sucedeu naquela época acontecimentos inexplicá-
veis.
d. Deve fazer uns dez anos que o diretor foi demitido.
e. Cem milhões de dólares é muito dinheiro para este 
projeto.
GABARITO: d
(CESPE) A democracia já não se reduz a uma esperança, não 
é mais uma questão, não é apenas um direito, não é somente o 
apanágio de uma cidade ilustrada como Atenas, ou de um grande 
povo como o romano: é mais, é tudo nas sociedades modernas. 
De mera previsão, converteu-se em fato; de opinião controversa, 
transformou-se em realidade viva; deixou de ser puro direito para 
ser direito e força; passou de simples fenômeno local a lei univer-
sal e onipotente. 
Enquanto alguns discutem ainda se ela deve ser, já ela 
é. Como o crescer silencioso, mas incessante, do fluxo 
do oceano, sobe e espraia-se calada, mas continua-
mente. Cada onda que se aproxima, e recua depois, 
estende os limites do poderoso elemento. Os espíritos 
que não veem muito deixam-se dormir, entretanto, re-
costados indolentemente à margem que as águas não 
tardarão em invadir, porque a enchente cresce linha a 
linha sem que a percebam, e, como a onda retrocede 
sempre, parece-lhes que, retrocedendo, perdeu todo 
o terreno vencido. Embora alguma onda mais impe-
tuosa, como que os advertindo, jogue de longe sobre 
eles a espuma. Riem dela, porque a veem retrair-se 
logo após; persuadidos de que têm subjugado o oce-
ano quando mandam pelos seus serviçais antepor-lhe 
a cautela de algum quebra-mar que dure pela vida de 
uma ou duas gerações. Cuidam ter desse modo se-
gurado a sua casa e o futuro dos filhos. Mas o frágil 
anteparo, minado pela ação imperceptível das águas, 
esboroa-se um bom dia, malogrando-lhes os cálculos, 
quando não mais que isso. 
A aristocracia teve a sua época e passou. A realeza 
teve a sua, e extinguiu-se também. Chegou a vez da demo-
cracia, e esta permanecerá para sempre. Por quê? Porque 
a aristocracia era a sujeição de todos a poucos, era o pri-
vilégio, a hereditariedade, que, na propriedade individual, 
é legítima, por ser consequência do trabalho, mas que, em 
política, é absurda, porque exclui do governo a vontade dos 
governados e submete o merecimento à incapacidade. A 
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realeza também era o privilégio, ainda mais restrito, mais 
concentrado, personificado em um indivíduo, circunscrito a 
uma família. A democracia, essa é a negação das castas, 
das exclusões arbitrárias, e a consagração do direito: por 
isso,não morre.
Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa.
Vol. I (1865-1871), tomo I, p. 19-20. Internet:
<www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações).
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísti-
cos do texto acima.
38. A linguagem empregada no texto é adequada à corres-
pondência oficial, com exceção da utilizada no segun-
do parágrafo, em que predomina a conotação.
GABARITO: E
39. (CESPE) Com base nas regras de redação de corres-
pondências oficiais, julgue o item que se segue.
1) A linguagem desse tipo de texto deve ser formal, 
impessoal, clara e concisa, características decor-
rentes da submissão dos documentos oficiais aos 
princípios da administração pública.
GABARITO: C
skinfiless.blogspot.com
NÚMEROS
As datas precisam ser escritas por extenso, da seguinte 
forma: 2 de maio de 1991. Como se vê, o dia deve vir escrito 
por algarismo arábico, sem ser precedido por zero: 2 e não 
02. Quando se tratar de primeiro dia do mês, deve-se uti-
lizar o algarismo 1 seguido do símbolo de número ordinal: 
Por exemplo, 1º de junho de 1991; a indicação do ano, ao 
contrário do número das leis, não deve conter ponto entre a 
casa do milhar e da centena: 1991 e não 1.991; Contraria-
mente, ao designar o número do texto legal (leis, decretos, 
portarias etc.) deve haver separação por ponto: Lei n. 4.860, 
de 26 de novembro de 1965.
Os numerais devem ser escritos observando-se estes 
dois casos: se o número a ser escrito é composto por uma 
só palavra, então devem ser escritos por extenso: quinze, 
trezentos, mil, etc. Quando, porém, for constituído de mais 
de uma palavra, deve ser grafados em algarismos 25, e não 
vinte e cinco; 141 e não cento e quarenta e cinco. Aplica-
-se a mesma regra para numerais que indiquem porcenta-
gem. A diferença é que, sendo por extenso, a expressão “por 
cento” será grafada por extenso: quinze por cento, cem por 
cento. Se, porém, a escrita do número for com algarismo, 
deve então vir com o símbolo “%”: 142%, 57%. O Manual 
de Redação da Presidência da República ainda dispensa a 
grafia por extenso após a indicação em algarismos: 25% e 
não 25% (vinte e cinco por cento).
Os valores monetários devem ser expressos em alga-
rismos, seguidos da indicação, por extenso, entre parênte-
ses: R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
SIGLAS, ACRÔNIMOS E ABREVIATURAS: DEFINIÇÃO E USO
No nosso dia a dia, percebemos o uso de palavras na 
forma reduzida em textos, placas, documentos oficiais etc. 
Esse fenômeno é um recurso percebido nas diversas lín-
guas existentes como uma forma de economia linguística, 
que visa a facilitar a memorização de conceitos com nomes 
normalmente longos e cujo uso demasiado nos textos torna-
-se cansativo, entre outros motivos. Vejam alguns exemplos: 
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
nal), UNESCO (United Nations Educational, Scientific and 
Cultural Organisation), FARC (Fuerzas Armadas Revolucio-
narias de Colômbia), Sr. (Senhor), Radar (Radio Detecting 
and Ranging).
Como vemos, existe mais de um mecanismo para a 
redução de palavras. Cardero (2006, p.1) registra que, com 
o avanço dos meios eletrônicos de comunicação, as formas 
reduzidas são utilizadas em larga escala. Araújo e Gomez 
(2007, p.3) assinalam a existência de formas reduzidas com 
frequência em vários artigos na área de cardiologia, como 
AVE (Acidente Vascular Encefálico), HÁ (Hipertensão Arte-
rial).
O processo de formação de termos por meio de redu-
ção de algumas das suas partes é denominado redução. 
Nesse processo, há a construção de abreviações, abreviatu-
ras, acrônimos e siglas.
Segundo Antônio Houaiss (1967, p.122), abreviações 
são reduções braquigráficas, de valor circunstancial, variá-
vel de obra para obra, de autor para autor, em função da 
frequência de certos vocábulos empregado, reduzidos por 
economia. A abreviação é o processo pelo qual a forma de 
uma palavra se reduz, tornando-se uma unidade mais facil-
mente memorizável e utilizável. Por exemplo: otorrino por 
otorrinolaringologista, ou adj. por adjetivo.
As abreviaturas seguem os mesmo princípios que as 
abreviações com a diferença de serem formas fossiliza-
das, com base em Houaiss (1967, p.152). Elas podem estar 
representadas por letras maiúsculas e minúsculas. Por 
exemplo: Sr. Para senhor.
Os acrônimos são palavras formadas pela combinação 
de segmentos de palavras que compõem um nome ou título. 
Alguns estudiosos de língua afirmam que é uma unidade for-
mada de letras ou grupos de letras, que se pronunciam como 
uma palavra, isto é, tem estrutura silábica própria da língua 
na qual se forma. Sendo assim, acrônimos não somente as 
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estruturas formadas por segmentos, mas também as estru-
turas formadas pelas letras iniciais dos termos compostos, 
desde que sejam pronunciadas com um padrão silábico da 
língua. Por exemplo: Bradesco para Banco Brasileiro de 
Descontos S.A. 
As siglas são unidades formadas pela combinação das 
letras iniciais de várias palavras que constituem uma expres-
são, conforme Cabré (1993), quer dizer, as siglas caracte-
rizam-se pelo fato de serem unidades construídas a partir 
da junção das iniciais de palavras que, por si, constitui uma 
denominação.
Em geral, as siglas correspondem aos nomes intitu-
lativos, oficiais, nacionais ou internacionais, normalmente 
longos, cujo uso repetitivo em textos e nos discursos torna-
-se enfadonho, cansativo e pouco econômico, com base em 
Houaiss (1967, p.168), fato bastante frequente no mundo 
moderno, pode funcionar como ‘palavra’, independente-
mente do idioma.
Ao analisar siglas e acrônimos, segundo o que foi 
exposto, verificamos traços muito similares, mas não equi-
valentes, entre esse tipo de unidade. Como traço distin-
tivo, podemos destacar o aspecto fonológico, pois o fato 
de algumas siglas possuírem padrão silábico da língua em 
que são usadas, classificam-nas também como acrônimos. 
Por exemplo: ONU (Organização das Nações Unidas), SIG 
(Setor de Indústrias Gráficas) são considerados acrônimos 
quanto ao aspecto fonológico, por se adequarem ao padrão 
silábico do português, mas, se classificados considerando 
o aspecto gráfico, serão siglas por terem a formação com-
posta pelas letras iniciais de cada elemento do termo com-
posto.
Agora que você sabe a diferenças entre SIGLAS, 
ACRÔNIMOS e ABREVIATURAS, nós indicamos como 
estas devem ser registradas em documentos oficiais:
• em geral, não se coloca ponto nas siglas e acrônimos;
• grafam-se em caixa alta as siglas: FGTS (Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço), DOU ( Diário Ofi-
cial da União);
• grafam-se em caixa alta e em caixa baixa os acrô-
nimo: Cohab (Companhia de Habitação Popular), 
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis, Embrapa (Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
• siglas e acrônimos devem vir precedidos de res-
pectivo significado e de travessão em sua primeira 
ocorrência no texto (ex.: Diário Oficial do Estado – 
DOE).
Fazemos a ressalva de que embora haja a distinção 
entre estas formas de redução, muitas vezes, o uso se 
impõe à regra, desse modo é aconselhado que o servidor 
faça uma pesquisa e verifique como os nomes reduzidos, 
sejam siglas, sejam acrônimos ou abreviaturas estão regis-
trados na terminologia oficial.
LEI COMPLEMENTAR N. 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998
historiofobia.blogspot.com
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a 
consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único 
do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para 
a consolidação dos atos normativos que menciona.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 
Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A elaboração, a redação, aalteração e a conso-
lidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Comple-
mentar.
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complemen-
tar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos 
normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem 
como, no que couber, aos decretos e aos demais atos de 
regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.
Art. 2º (Vetado)
§1º (Vetado)
§2º Na numeração das leis serão observados, ainda, os 
seguintes critérios:
I – as emendas à Constituição Federal terão sua nume-
ração iniciada a partir da promulgação da Constituição;
II – as leis complementares, as leis ordinárias e as leis 
delegadas terão numeração sequencial em continuidade às 
séries iniciadas em 1946.
CAPÍTULO II
DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO 
E ALTERAÇÃO DAS LEIS
Seção I
Da Estruturação das Leis
Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:
I – parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a 
ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação 
do âmbito de aplicação das disposições normativas;
II – parte normativa, compreendendo o texto das 
normas de conteúdo substantivo relacionadas com a maté-
ria regulada;
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III – parte final, compreendendo as disposições per-
tinentes às medidas necessárias à implementação das 
normas de conteúdo substantivo, às disposições transitó-
rias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de 
revogação, quando couber.
Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúscu-
los, propiciará identificação numérica singular à lei e será 
formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo 
número respectivo e pelo ano de promulgação.
Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres 
que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma 
de título, o objeto da lei.
Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição 
competente para a prática do ato e sua base legal.
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei 
e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes 
princípios:
I – excetuadas as codificações, cada lei tratará de um 
único objeto;
II – a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou 
a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;
III – o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de 
forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento 
técnico ou científico da área respectiva;
IV – o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por 
mais de uma lei, exceto quando a subsequente se destine a 
complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta 
por remissão expressa.
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa 
e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se 
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em 
vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena 
repercussão.
Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, 
esta deverá indicar expressamente as leis ou disposições 
legais revogadas.
Seção II
Da Articulação e da Redação das Leis
Art. 10. Os textos legais serão articulados com obser-
vância dos seguintes princípios:
I – a unidade básica de articulação será o artigo, indi-
cado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal 
até o nono e cardinal a partir deste;
II – os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em 
incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e 
as alíneas em itens;
III – os parágrafos serão representados pelo sinal grá-
fico “§”, seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal 
a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a 
expressão “parágrafo único” por extenso;
IV – os incisos serão representados por algarismos 
romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por 
algarismos arábicos;
V – o agrupamento de artigos poderá constituir Subse-
ções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o 
de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a 
Parte;
VI – os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão gra-
fados em letras maiúsculas e identificados por algarismos 
romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte 
Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expres-
sas em numeral ordinal, por extenso;
VII – as Subseções e Seções serão identificadas em 
algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas 
em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;
VIII – a composição prevista no inciso V poderá também 
compreender agrupamentos em Disposições Preliminares, 
Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.
Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com 
clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse 
propósito, as seguintes normas:
I – para a obtenção de clareza:
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido 
comum, salvo quando a norma versar sobre assunto téc-
nico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria 
da área em que se esteja legislando;
b) usar frases curtas e concisas;
c) construir as orações na ordem direta, evitando pre-
ciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o 
texto das normas legais, dando preferência ao tempo pre-
sente ou ao futuro simples do presente;
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, 
evitando os abusos de caráter estilístico;
II – para a obtenção de precisão:
a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a 
ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir 
que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance 
que o legislador pretende dar à norma;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio 
das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia 
com propósito meramente estilístico;
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que con-
fira duplo sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e sig-
nificado na maior parte do território nacional, evitando o uso 
de expressões locais ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado 
o princípio de que a primeira referência no texto seja acom-
panhada de explicitação de seu significado;
f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no 
texto, a números e percentuais;
III – para a obtenção de ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação – subseção, 
seção, capítulo, título e livro – apenas as disposições rela-
cionadas com o objeto da lei;
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único 
assunto ou princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos com-
plementares à norma enunciada no caput do artigo e as 
exceções à regra por este estabelecida;
d) promover as discriminações e enumerações por 
meio dos incisos, alíneas e itens.
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Seção III
Da Alteração das Leis
Art. 12. A alteração da lei será feita:
I – mediante reprodução integral em novo texto, quando 
se tratar de alteração considerável;
II – na hipótese de revogação;
III – nos demais casos, por meio de substituição, no 
próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dis-
positivo novo, observadas as seguintes regras:
a) não poderá ser modificada a numeração dos dispo-
sitivos alterados;
b) no acréscimo de dispositivos novos entre precei-
tos legais em vigor, é vedada, mesmo quando recomendá-
vel, qualquer renumeração, devendo ser utilizado o mesmo 
número do dispositivo imediatamente anterior, seguido de 
letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas 
forem suficientes para identificar os acréscimos;
c) é vedado o aproveitamento do número de disposi-
tivo revogado, devendo a lei alterada manter essa indicação, 
seguida da expressão “revogado”;
d) o dispositivo que sofrer modificação de redação 
deverá ser identificado, ao seu final, com as letras NR mai-
úsculas, entre parênteses.CAPÍTULO III
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E 
OUTROS ATOS NORMATIVOS
cristiandrovas.wordpress.com
Seção I
Da Consolidação das Leis
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações 
e em coletâneas integradas por volumes contendo matérias 
conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com 
a Constituição Federal, a Consolidação das Leis Federais 
Brasileiras.
Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já con-
solidada, todas as leis e decretos-leis de conteúdo norma-
tivo e de alcance geral em vigor serão reunidos em coletâ-
neas organizadas na forma do artigo anterior, observados os 
prazos e procedimentos a seguir:
I – os órgãos diretamente subordinadas à Presidência 
da República e os Ministérios, no prazo de cento e oitenta 
dias, contado da vigência desta Lei Complementar, proce-
derão ao exame, triagem e seleção das leis complementa-
res, delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados com 
as respectivas áreas de competência, agrupando e consoli-
dando os textos que tratem da mesma matéria ou de assun-
tos vinculados por afinidade, pertinência ou conexão, com 
indicação precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa 
ou implicitamente revogados;
II – no prazo de noventa dias, contado da vigência 
desta Lei Complementar, as entidades da administração 
indireta adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados 
com a sua competência, as mesmas providências determi-
nadas no inciso anterior, remetendo os respectivos textos ao 
Ministério a que estão vinculadas, que os revisará e reme-
terá, juntamente com os seus, à Presidência da República, 
para encaminhamento ao Congresso Nacional nos sessenta 
dias subseqüentes ao encerramento do prazo estabelecido 
no inciso I;
III – a Mesa do Congresso Nacional adotará todas 
as medidas necessárias para, no prazo máximo de cento 
e oitenta dias a contar do recebimento dos textos de que 
tratam os incisos I e II, ser efetuada a primeira publicação da 
Consolidação das Leis Federais Brasileiras.
Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legis-
latura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá a atua-
lização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, 
incorporando às coletâneas que a integram as emendas 
constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções pro-
mulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, 
ordenados e indexados sistematicamente.
cvj.sc.gov.br
Seção II
Da Consolidação de Outros Atos Normativos
Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presi-
dência da República e os Ministérios, assim como as enti-
dades da administração indireta, adotarão, em prazo esta-
belecido em decreto, as providências necessárias para, 
observado, no que couber, o procedimento a que se refere 
o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a consolidação 
dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos 
normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas 
áreas de competência, remetendo os textos consolidados à 
Presidência da República, que os examinará e reunirá em 
coletâneas, para posterior publicação.
Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do 
início do primeiro ano do mandato presidencial, promoverá a 
atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, 
incorporando aos textos que as integram os decretos e atos 
de conteúdo normativo e geral editados no último quadriê-
nio.
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CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada 
mediante processo legislativo regular não constitui escusa 
válida para o seu descumprimento.
Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo 
de noventa dias, a partir da data de sua publicação.
Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 
177º da Independência e 110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Iris Rezende
E X E R C Í C I O S
crismapsbento.blogspot.com
1. (FGV) Com base no Manual de Elaboração de Textos 
do Senado Federal, analise as orientações a seguir:
I – Grafam-se por extenso os numerais expressos 
num único vocábulo e em algarismos aqueles que 
exigem mais de uma palavra para serem veicula-
dos. A mesma regra é válida para as percentagens, 
utilizando-se a expressão “por cento” ou o símbolo 
“%” conforme o numeral seja veiculado por uma 
ou mais palavras. O símbolo, entretanto, deve vir 
grafado imediatamente depois do algarismo, sem 
qualquer espaço em branco.
II – Especificamente para a transcrição de numerais 
acima do milhar, pode-se recorrer tanto à aproxi-
mação do número fracionário quanto ao desdobra-
mento dos termos numéricos: 23,6 milhões ou 23 
milhões e 635 mil.
III – Para maior garantia, os valores monetários devem 
ser expressos em algarismos seguidos da indica-
ção da quantia, por extenso, entre parênteses: R$ 
25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Se o valor men-
cionado estiver localizado no final da linha, não o 
separe: coloque o cifrão em uma linha e o numeral 
na seguinte.
Assinale:
a. se somente as orientações I e III estiverem corretas.
b. se todas as orientações estiverem corretas.
c. se somente as orientações I e II estiverem corretas.
d. se somente as orientações II e III estiverem corretas.
e. se nenhuma orientação estiver correta.
GABARITO: b
2. (CESPE) Com relação a elementos estruturais de ex-
pedientes e textos normativos oficiais, julgue os itens 
subsequentes.
1) Em texto normativo, os artigos são a unidade bá-
sica para apresentação, divisão ou agrupamentos 
de assuntos; os parágrafos são disposições secun-
dárias de um capítulo, as quais explicam ou mo-
dificam a disposição principal, expressa no caput.
GABARITO: E
3. (FGV) Com base no Manual de Elaboração de Textos do Se-
nado Federal, analise as afirmativas a seguir:
I – Tanto gráficos, gravuras, ilustrações, fotografias, 
figuras, esquemas, tabelas e quadros constantes 
dos textos, como idades, datas, escores de jogos, 
veredictos e contagem de votos devem ser nume-
rados com algarismos arábicos.
II – Nenhum numeral leva hífen, incluindo postos e 
graduações da hierarquia militar e da diplomacia.
III – Não se inicia período com algarismo arábico, de-
vendo o número ser grafado por extenso, indepen-
dentemente de ser cardinal ou ordinal.
Assinale:
a. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c. se nenhuma afirmativa estiver correta.
d. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e. se todas as afirmativas estiverem corretas.
GABARITO: a
4. (FGV) A respeito das regras para grafia de numerais, 
com base no Manual de Elaboração de Textos do 
Senado Federal, analise os itens a seguir.
I – Não se inicia período com algarismo arábico, de-
vendo o número ser grafado por extenso, indepen-
dentemente de ser cardinal ou ordinal.
II – Grafam-se por extenso os numerais expressos 
num único vocábulo e em algarismos aqueles que 
exigem mais de uma palavra para serem veicula-
dos.
III – Nas datas escritas por extenso, indicam-se o dia e 
o ano em algarismos arábicos e o mês pelo nome 
correspondente. Nas abreviadas, os três elemen-
tos são expressos em algarismos arábicos e apa-
recem separados por hífen ou barra.
Assinale:
a. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c. se nenhuma afirmativa estiver correta.
d. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e. se todas as afirmativas estiverem corretas.
GABARITO: e
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5. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presi-
dência da República e ao Manual de Elaboração de 
Textos do Senado Federal, analise as afirmativas a 
seguir:
I – No caso de minuta de proposição legislativa, a es-
crita dos numerais obedece ao disposto no art. 11, 
II, f, da Lei Complementar 95, de 26 de fevereiro

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