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Material de Aula - Serviços Públicos

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SERVIÇOS PÚBLICOS
→ A doutrina, ao conceituar serviço público, adota três critérios distintos:
● ORGÂNICO ou SUBJETIVO – considera a pessoa jurídica prestadora da atividade: serviço público é aquele prestado pelo Estado;	
● FORMAL – considera o regime jurídico: serviço público é aquele disciplinado pelo regime de direito público 
● MATERIAL– considera a atividade exercida: serviço público é aquele que tem por objetivo atender as necessidades coletivas.
	Obs.: Os três critérios precisam estar presentes para caracterizar um serviço público.
1 - Conceito:
	É toda atividade, oferecida aos administrativos pela Administração ou por seus delegados, considerada pelo ordenamento como socialmente relevante e, por isso, submetida ao regime predominantemente público.
- Princípios que regem a prestação do serviço público (art. 6º, § 1º, Lei nº 8987/95)
a) REGULARIDADE → dispõe que o serviço seja prestado sempre com as mesmas qualidades e especificações, salvo na hipótese de atualização e melhoria de suas técnicas.
b) CONTINUIDADE → é correlato ao princípio da regularidade, impedindo a paralização, a interrupção total da prestação do serviço. A Lei nº 8987/95 prevê no seu art. 6º, § 3º as hipóteses de interrupção da prestação sem configurar violação ao referido princípio (situação de emergência ou após prévio aviso; inadimplemento do usuário considerado o interesse da coletividade – não caracteriza violação do princípio da continuidade). 
c) EFICIÊNCIA → exige que o Poder Público se atualize com os novos processos tecnológicos, de modo que a execução seja a mais proveitosa possível com o menor dispêndio (gasto, custo). Deve prestar o melhor serviço com o menor custo.
d) GENERALIDADE (universalidade) → a prestação do serviço deve ser estendida ao maior número de pessoas possível, possuindo direitos subjetivos à sua obtenção todos os usuários que atenderem as condições para sua utilização. O usuário para poder exigir a utilização do serviço tem que atender condições para poder usufruir do serviço público. 
e) ATUALIDADE ou MODERNIDADE → é correlato ao princípio da eficiência, impondo à administração que a técnica empregada na prestação do serviço esteja compatível com o estágio de desenvolvimento tecnológico vigente a época da sua prestação.
f) SEGURANÇA → a prestação do serviço não pode colocar em risco a integridade física dos usuários nem da coletividade.
g) TRANSPARÊNCIA → o usuário possui o direito de receber da Administração Pública bem como do concessionário todas as informações para a defesa de seus interesses individuais ou coletivos. 
h) MODICIDADE → as tarifas pagas pelos usuários para a utilização do serviço devem ser menos oneroso possível, permitindo assim que o maior número de pessoas tenha acesso ao referido serviço. O lucro que a concessionária deve ter para prestar o serviço deve ser o menor possível, o suficiente para ressarcir o que ele gastou para prestar o serviço e um pequeno lucro, por isso o concessionário não pode alterar as tarifas por si só, precisa de autorização do poder público.
i) CORTESIA → os usuários devem ser tratados com educação e respeito.
– Classificação:
a) Quanto à possibilidade de delegação: (existem alguns serviços públicos que o Estado pode transferir a execução, outros que não).
- DELEGÁVEIS → são aqueles que admitem a transferência da execução para um particular. Esses serviços são definidos pela CF. 
Ex.: Energia elétrica, transporte coletivo.
- INDELEGÁVEIS → são aqueles que não admitem a transferência da execução para um particular dada a necessidade de ser mantida a supremacia estatal na sua prestação.
Ex.: O exercício da função jurisdicional, defesa do território nacional, segurança pública. 
b) Quanto aos destinatários: 
- SERVIÇOS COLETIVOS (uti universi) → é aquele que atinge a um número indeterminado de pessoas, não se consegue identificar imediatamente aquele que está usufruindo do serviço. São custeados pela Administração Pública com os recursos que ela disponha, não podem ser exigidos judicialmente, são oferecidos de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração.
Síntese: são aqueles prestados a um grupo indeterminado de pessoas, de acordo com as prioridades da Administração e em conformidade com os recursos de que disponha. Não criam vantagens individuais, sendo impossível ser exigidos judicialmente já que não geram direito subjetivo. Devem ser custeados pelo Estado através dos impostos. Não podem ser dados em concessão, ou seja, devem ser prestados diretamente pelo próprio Estado.
Ex.: Iluminação pública, calçamento de ruas. 
Obs: Imposto é um serviço desvinculado diferente da taxa que é um produto vinculado, deve ser utilizado para o fim ao qual foi cobrado. 
- SERVIÇOS SINGULARES (uti singuli) → é aquele que se consegue identificar exatamente quem está sendo beneficiado pelo serviço. O Poder Judiciário pode impor ao Estado o dever de prestar o serviço. 
Síntese: são aqueles que possuem destinatários individualizados, geram direito subjetivo quando o particular comprova possuir condições técnicas de recebê-los, podendo ser concedidos e custeados pela cobrança de taxas.
Ex.: Energia elétrica domiciliar, telefonia, gás canalizado. 
Obs.: O que se paga a AMPLA é uma tarifa, se o serviço fosse prestado diretamente pelo Estado se pagaria uma taxa (ex.: taxa de bombeiros). 
c) Quanto ao objeto:
- SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS → são aqueles em que o Estado executa para atender as necessidades internas da Administração.
Ex.: Publicação dos atos oficiais no órgão oficial.
- SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA → são aqueles prestados para utilização direta do indivíduo. 
Ex.: Energia elétrica, saneamento básico. 
OBS.: Todos os entes federativos possuem competência para prestar serviços públicos. Assim, sob a ótica federativa os serviços podem ser federais, estaduais, distritais ou municipais. Existem alguns serviços que podem ser prestados por todos os entes federativos, sendo chamados de serviços comuns (art. 23 CF - ex.: saúde, educação, defesa do meio ambiente). Entretanto, existem alguns serviços que só podem ser prestados por um ente federativo específico, são os chamados serviços privativos. 
 	Serviços privativos:
União: emissão de papel moeda, polícia marítima e aérea (art. 21, VII e XXII, CF)
Estados: serviço de distribuição de gás canalizado (art. 25, § 2º, CF)
Municípios: transporte público intermunicipal (art. 30, III e V, CF)
	Se a determinada pessoa federativa foi dada competência para instituir um serviço, caberá a esta mesma entidade o dever de fiscalizar, regulamentar e controlar a sua prestação. 
– Serviço Centralizado/Serviço Descentralizado 
→ Serviço centralizado é aquele através do qual o próprio Estado presta (executa) o serviço, sendo ao mesmo tempo o titular e o prestador (relacionado com os serviços indelegáveis). Já o serviço descentralizado é aquele em que a Administração Pública transfere a execução do serviço para que o execute com mais perfeição e autonomia (relacionado com os serviços delegáveis – o titular é o Estado e o executor é uma terceira pessoa). A descentralização do serviço pode ocorrer por duas formas: OUTORGA ou DELEGAÇÃO. Na outorga, o Estado formaliza o processo de descentralização por meio de lei, ou seja, cria uma entidade da Administração Pública Indireta e a ela transfere o dever de executar o serviço (Ex.: CEDAE, correio) (Sempre vai se dar mediante lei). Já a delegação ocorrerá por meio de contrato administrativo (concessão de serviço público - Ex.: AMPLA, Água do Paraíba) ou ato administrativo (permissão de serviço público – Ex.: Taxista).
- Concessão de Serviço Público –
→ Base Constitucional: art. 175 CF;
→ É o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública (poder concedente) transfere a pessoa jurídica ou a consórcio de empresas (concessionário) a execução de certo serviço, remunerado pelo sistema de tarifas pagas pelos usuários; (o lucro é tirado atravésdas tarifas pagas pela população)
→ Base legal: Lei nº 8987/95
→ Características do contrato de concessão:
Exigência de prévia licitação na modalidade concorrência – art. 2º, II, Lei nº 8987/95;
Concessionário assume a prestação do serviço público por sua conta e risco; 
Prazo determinado;
Bilateral: Gera direito e obrigações para ambas as partes;
Formal: Tem que ser escrito;
Intuito personae: o contrato é personalíssimo. A execução do serviço não pode ser transferida, não pode haver uma subcontratação, porém, o art. 26 da Lei nº 8987/95 admite a subcontratação, só que para que possa haver a subcontratação é necessário autorização expressa do poder concedente e exige prévia licitação na modalidade concorrência;
Comutativo: não há álea, cada parte contratante já sabe de antemão quais são seus direitos e obrigações. 
→ Direitos dos Usuários: art. 7º, Lei nº 8987/95
→ Obrigações dos Usuários: art. 7º, Lei nº 8987/95
→ Deveres do Poder Concedente: art. 29, Lei nº 8987/95
→ Deveres do Concessionário: art. 31, Lei nº 8987/95
→ Intervenção do Poder Concedente: art. 32, Lei nº 8987/95
Obs.: Buscando assegurar a adequada prestação do serviço público bem como o cumprimento da Lei nº 8987/95 e das normas contratuais, o poder concedente poderá decretar a intervenção na concessionária, assumindo temporariamente a gestão da empresa até que seja normalizada a prestação do serviço. O ato que institui a intervenção é um decreto, que deverá indicar o interventor, o prazo, os objetivos e os limites da medida. Após a decretação da intervenção o poder concedente deverá instaurar um processo administrativo, em um prazo de até 30 dias, para apurar a responsabilidade pela má prestação do serviço, sendo garantido ao concessionário o direito ao contraditório e a ampla defesa. 
→ Extinção do contrato de concessão: 
Término do prazo: extinção de forma natural;
Encampação ou resgate: é a extinção da concessão pela retomada do serviço público pelo poder concedente, dentro do prazo do contrato, motivadas por razões de interesse público. A encampação não é sanção contratual logo, exige pagamento de prévia indenização ao concessionário e só pode ocorrer se houver lei autorizando. 
Caducidade: é a extinção do contrato de concessão por culpa da concessionária 
Rescisão de culpa do poder concedente
Anulação: há uma ilegalidade do contrato
pela falência ou extinção concessionária (é o poder judiciário que decreta a falência e com ela automaticamente o contrato será instinto).
→ Reversão: com a extinção do contrato de concessão para não ocorrer a interrupção do serviço público, o que violaria o princípio da continuidade, os bens do concessionário sejam indispensáveis a manutenção do serviço serão incorporados a propriedade do poder concedente. Para ocorrência da reversão deverá haver previsão no edital da licitação e no contrato administrativo. Se não houver tal previsão, em nome da supremacia do interesse público, a mesma poderá ocorrer desde que o poder público indenize o concessionário. 
- Permissão de Serviço Público –
→ Base Legal: art. 175, CF
→ É o ato administrativo unilateral, discricionário (critérios de conveniência e oportunidade do administrador), intuito personae (não pode haver transferência de serviços) e precário (pode ser extinto a qualquer momento) que realiza, mediante prévia licitação, a delegação temporária da prestação do serviço público. (É vulnerável)
Ex.: Taxista – a qualquer momento a permissão pode ser extinta
Obs.: todo serviço que é transferido mediante concessão pode ser transferidoa através da permissão, basta a empresa querer.
→ Natureza Jurídica:
1ª corrente: contrato de adesão – art. 40 Lei nº 8987/95
2ª corrente: ato administrativo
→ Responsabilidade civil de permissionário: OBJETIVA – art. 37 § 6º, CF, pois, o permissionário é uma pessoa jurídica de direito privado prestador de serviço público (se a prestação do serviço causar dano a terceiro quem será responsabilizado é o permissionário – pessoa que está prestando serviço em nome do Estado).
	Concessão
	Permissão
	- contrato administrativo;
- licitação, modalidade concorrência;
- prazo determinado;
-pessoa jurídica ou um consórcio de empresas;
- não é precária (não pode ser revogado a qualquer instante).
	 Contrato de adesão
 Ato administrativo 
- licitação qualquer modalidade;
- prazo determinado / indeterminado;
- pessoa física ou pessoa jurídica;
- é precária (a qualquer instante o poder público pode retomar a permissão).

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