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Caderno - Direito Civil C - 1º Bimestre

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DIREITO CIVIL C
Paulo Bona Fides
1º Bimestre
17/04/2013
(Aula 1)
“Esperar o Clóvis chegar, pois ele vai acertar alguma coisa em termos de imagem”.
BIBLIOGRAFIA:
GOMES, Orlando. Direito e Ideologia. Novos temas de direito civil. P. 1-13.
LORENZETI, Ricardo. Tratado de los contratos. Parte geral.
MARTINS, Fernando Rodrigues Direito Civil, Ideologia e pobreza: Temas Relevantes do Direito Civil contemporâneo: reflexões sobre os 10 anos do Código Civil. Atlas 2012.
ROPPO, Enzo. O contrato. Almedina, 2009.
AVALIAÇÕES
6 de Junho
25 de Julho
26 de Setembro
05 de Dezembro
Percepção equivocada do Direito Civil:
Imaginar que o Direito Civil é matéria dos ricos, do filho legítimo, de quem tem bens, de quem tem capital.
É o Código Civil que regulamenta nosso dia-a-dia e não a constituição, ele é o “direito das gentes”. O Direito Civil não é o direito das elites, ele faz parte da vida de todos, e é tão penetrado no nosso dia-a-dia que acabamos nem percebendo sua presença. Não podemos mais ter essa visão rancorosa e arcaica do Direito Civil, nossa visão deve ser diversa daquela do passado.
Contrato: Ideologia; Pobreza; Direito civil; Código civil.
Todos os institutos do direito civil tem uma fonte ideológica aparente e outra falsa, temos várias fontes ideológicas. Quando abrimos a carta constitucional de cada pais, descobrimos qual a ordem ideologia lendo as primeiras partes. Existe uma tutela patrimonialista em favor dos sujeitos de direitos mas também existe a chamada “função”, em relação ao direitos contratual acontece a mesma coisa, a CF não fala de contrato ela fala em “livre iniciativa”, desde a modernidade jurídica o contrato é o instrumento da livre iniciativa.
O Direito sempre sofre fortes influencias sem sua estrutura, principalmente no pilar ideológico, “o moderno no direito, o contrato moderno, o contrato clássico, é o contrato originado no séc. XVII, que se consagra com o Código Frances de 1804.
A Modernidade acaba, a sociedade percebe que o homem não é o centro das coisas, passamos para a Pós-modernidade.
As Obrigações são estáveis no tempo, mas além disso, também são dotadas de eficácia espacial, as obrigações que vemos na França, no Brasil, nos EUA, etc. são quase Idênticas, então quando compramos uma calça no Brasil ou na França é do mesmo jeito. São figuras que foram se globalizando pelo mundo inteiro, hoje até a china e o Japão usam o Código Civil.
Para os contratos das relações internar, ele guarda uma grande relatividade histórica e espacial, então os problemas que afligem a Argentinas são muito diferentes dos problemas do Brasil. Comprar uma calça lá ou no Brasil é a mesma coisa.
RELATIVIDADE HISTÓRICA DO CONTRATO: Diz respeito de seu contexto histórico e espacial (não é o mesmo que princípio da relatividade histórica dos [efeitos] contrato).
19/04/2013
(Aula 2)
Hoje trataremos da ideologia e da historicidade com relação a matéria de pobreza.
Vivemos umas espécie de modelo contratual, e por incrível que parece, existe um modelo que tenta ser dominante, o qual nós herdamos do Direito Francês. 
O que é um contrato?
O contrato é um Negócio Jurídicos, um acordo de vontades que produz efeitos jurídicos, que serão de três ordens: modificar, constituir ou extinguir um interesse.
Um acordo entre partes para produção de efeitos.
Quem atribuiu a vontade aos sujeitos? 
A revolução francesa é muito importante pois ela dá vontade a quem queria contratar, todos queremos ser proprietários e não possuidores. O Código Civil Francas diz “Você, burguês, agora tem vontade contratual para comprar a propriedade do aristocrata decadente”. O código napoleônico deu a legitimação da propriedade. Antes o aristocrata a recebia em concessão. Criou-se uma legitimação para que a nova classe pudesse ser proprietária.
HISTORICIDADE DO CONTRATO
A Estabilidade obrigacional é a cada dia desafiada por novos contratos.
“O contrato muda a sua disciplina, as suas funções, e a sua p´ropria estrutura segundo o contexto econômico-social em que esta inserido” (ROPPO, p. 24).
O contrato muda sua estrutura e sua função de acordo com o contexto econômico e social no qual está inserido. Estou dizendo que existe o contrato baseado no acordo de vontade, mas existem muitos outros modos de contratos.
	A MODERNIDADE CONTRATUAL
Começou na Holanda.
DO STATUS AO CONTRATO
Outra percepção muito importante do DC vem da “Lei de Maine”, o sociólogo Henry Summer, apresenta a passagem do status familiar para o status contratual. Percebeu-se que de fato as pessoas eram mais importantes inseridas em um contexto contratual do que no contexto familiar. Estamos falando de uma sociedade de massa, de consumo em massa.
O Pai de família emancipa um de seus subordinados para poder contratar também.
Por que a capacidade civil caiu de 21 anos para 18 em 2003? 
Por que passamos a ser contratantes, passamos a nos obrigar, passamos a ser credores e devedores, seremos responsáveis pelos nossos próprios atos, saímos do status familiar e entramos no status contratual, insere-se o sujeito no universo contratual.
	A Emancipação feminina aconteceu em vista de uma percepção liberal de reinserção de pessoas nas relações contratuais, pois quando as mulheres casavam elas sofriam uma regressão de capacidade.
	IDEOLOGIA DO CONTRATUALISMO
O contrato passa a ser o instrumento, através do contrato posso conseguir o que eu não conseguia antes.
“” Isso passou a ser tão importante que extrapola. O Estado passa a ser contrato pela minha vontade, se eu posso contratar eu posso renunciar a minha liberdade por um fator maior chamado sociedade. Isso justifica o próprio Estado e não só a simples compra de uma calça jeans.
CONTRATUALISMO POLÍTICO
Se eu posso contratar um Estado, o que eu não posso contratar? Essa era a grande ferramenta do ponto de vista da Economia e dos Mercados.
	CONTRATO E IDEOLOGIA
Se pararmos pra pensar, todos conhecem as relações de consumo, pois nós consumimos todo dia.
O CDC, apesar do nome, não é um Código, é uma Lei. Não é um código pois não trata apenas de relações de consumo. O Código de Defesa de Consumidor não é de defesa do consumidor, ele é o Código de Defesa das relações de consumo, pois se o fornecedor puder ele te deixa sem roupa, ele aniquila com você, quem é você perante uma grande empresa? Ex: A TAM vendia passagens a estrangeiros por R$ 200,00 e para brasileiros por R$ 1.200,00, já era, comprou pagou...
O Consumidor deve ser protegido pois se deixar os consumidores acabam. Protege-se o consumidor para proteger as empresas. Pois se deixar o banco suga todo o que o consumidor tem de uma vez só, assim ele vai sugando aos poucos.
Sempre quando é feita uma lei, tem algo por trás, se ela for boa de mais desconfie.
IDEOLOGIA DA “LIBERDADE DE CONTRATAR”
“Você tem liberdade de contratar, abuse dela”. 
Code Napoleon – art. 1134 “os contratos legalmente formados têm força de lei para aqueles que celebram”. Aquilo que a gente ouve “o contrato faz leis para as partes” está errado, hoje só quem faz lei é o legislador, o máximo que as partes podem é renunciar a direitos disponíveis, não vale mais o “pacta sunt servanda”.
Pacta Sunt Servanda: Nesse pacto o que as partes contratam é obrigatório, nesse princípio nem o juiz pode alterar o contrato. Não estamos fazendo apologia ao descumprimento do contrato, nós devemos observar o contrato e cumprir nossas obrigações, mas até que ponto?
Do status ao contrato: “quid it contractuel dit juste”. “Só o contratante é um homem juto”. O contrato ainda cria uma possibilidade de justiça. Justo é o contratante.
A justiça contratual acontece no momento que eu contrato, os seus efeitos não importam. (esse é o conceito MODERNO)
DIREITO E ECONOMIA
A economia trabalha com o critério de eficiência.
É permitido não cumprir o contrato em observância a eficiência do mercado?
O contrato contempla um conteúdo ético da “palavra empenhada”, não sendo dado ao devedor optar por não cumprir e pagar a clausulapenal.
Hoje a parte pode escolher se deseja cumprir o contrato ou pagar a clausula penal, ela define o que é mais EFICIENTE para ela. Não é moralmente incorreto não cumprir o contrato e pagar a clausula penal.
(Art. 421)
	Principio x
PONDERAÇÃO
A luz do pacta sunt servanda não é possível rever o contrato, eu falo que vou cumpri o contrato, o juiz não pode revê-lo e dizer que ele é excessivamente oneroso.
IDEOLOGIA DO DIREITO ENQUANTO TEORIA CIENTIFICA
Neste momento o jusnaturalismo atua juntamente com a racionalidade, ele diz “você é o dono de suas razões”, está dizendo que você pode correr todos os riscos que quiser.
Positivismo jurídico: Dispensa juízo apriorístico ao próprio Direito posto, valorizando a estrutura e a neutralidade. Não se importam com as funções das regras.
Socialismo jurídico: Diz que o direito não tem essa força normativa, pois essa estrutura normativa é influenciada pela economia, o que interessa é o direito do juiz e não o direito do legislador (que é neutra e estruturada).
Pós positivismo: A constituição enquanto lei eficaz, 
Subordinou-se a autonomia privada aos objetivos unitários da produção nacional (GOMES, p. 9).
O movimento fascista Italiano criou a funcionalização dos institutos jurídicos. O inicio da funcionalização social teve início na Itália Fascista, mas só o pezinho, hoje já mudou de ponta.
DIREITO E POBREZA
Todos fazem partes das relações contratuais, ricos e pobres. O cara que dorme na rua acorda de manhã e compra uma cachaça. Embora no direito pareça não haver pobreza ela está também presente. Embora não seja muito estudada no direito.
A pobreza é uma estatística, aceitável ou inaceitável.
Por que estamos falando disso? Por causa que a constituição fala em erradicar a pobreza e diminuir as desigualdades. O Contrato é o maior instrumento de radicalização da pobreza, ele serve para transferir propriedade dos pobres para os ricos. Não precisamos estudar a pobreza, basta pensarmos nela.
POBREZA E SOLIDARIEDADE
A CF determinar que teremos um tratamento solidário, somos solidários, a SJ não é igual a SC, mas sim a emancipação social e jurídica, tratar de instrumento que venha a emancipar pessoas mais ou menos abastadas. Estamos falando em emancipação social por.
POBREZA EM SENTIDO JURÍDICO
Significa o não acesso ou negação aos direitos fundamentais do cidadão. Quando queremos fazer um resgate dos “pobres”, estamos falando de pessoas que não tem acesso aos direitos humanos, os direitos fundamentais trabalhistas, não podemos esquecer que o trabalhador é também um contratante.
Reflexão: No contexto do CDC será consumidor e fornecedor. No CC são contratantes, eles são iguais. Imagine como eram as decisões antes do CDC... Nós não queremos um tratamento igual, nós somos mimados pelo Estado, pois economicamente não nos sentimos iguais as grandes empresas.
O CC em conjunto com a CF tem um acerto bastante generoso para fazermos a proteção da pessoa humano e resgatarmos da pessoa jurídica essa natureza humana.
Dignidade da pessoa humana: é um assunto tão sensível que estão usando para legitimar qualquer coisa. Não pode ser assim... Estamos pensando na concretização dos direito fundamentais e não em um direito tão macro.
CC e EMANCIPAÇÃO
24/04/2013
(Aula 3)
6.1.2 NOÇÃO DE CONTRATO
Por que trabalhamos com noção e não conceito? Definir e descrever uma relação ou um contrato é. Reduzir a uma forma tudo o que nós sabemos é difícil, um conceito é uma síntese de um conhecimento.
BREVES NOTAS HISTÓRICAS
Direito Romano
Roppo trabalha a noção de contrato relacionado com a economia.
No direito Romano se começava com a Stipulatio, que tinha aspecto formal, o modo de estabelecer estabelecer eram pautada pelo formalismo, por formas específicas, gestos específicos. Existem aspectos formais na vida dessa sociedade dotadas de efeito jurídico, por exemplo a consumação do casamento pelo corte do bolo.
O contrato liberal desprendeu-se da forma, os atos jurídicos tem forma excepcionais. A palavra verbalizada era mais importante que a palavra escrita na França medieval, que era o país mais ignorante do mundo.
Negotia: Contrato típicos que pela importância social eram dotados com força jurídica. Servia para alguns negócios típicos, como por exemplo negócio de obras de arte.
O Romano era muito pragmático, somente com Justiniano encontra-se o contrato inominado, aqui a grande revolução dessa época.
Common Law
Não havia uma figura privada de contrato, a ofense a uma obrigação era tratada como ex delito (delito)
No Brasil
Com o Código Comercial de 1850 retificamos alguns contratos que já eram experimentados, o Código Comercial, primeiro texto codificado voltado a, dentre outros fins, regular os atos de comércio e contratos comerciais.
Com o Código Civil/16 surgiu uma concorrência com o Código Comercial, em 2002 houve a incorporação dos contratos comerciais e incorporação de novos contratos atípicos.
“Comentário Paralelo: Existe uma proposta absurda de um Novo Código Comercial, o modelo Código é o modelo de lei quanto Código, sempre falamos em Código de Napoleão, etc. Só pelo modelo de Código, esse tipo de projeto lei tem os olhos voltados para 200 anos atrás”.
CONCEITO CLASSICO
Contrato conforme o sistema positivo
O CC/02 não faz nenhum tipo de descrição do que seja o contrato.
O BGB diz que as relações obrigacionais podem decorrer de lei ou de contrato, ele tem fórmulas abstratas.
O BGB diz que o contrato se estende por:
Declaração de intenção negocial
Transação legal
Contrato
Relação obrigacional Contratual
Transações no BGB
No BGB temos duas transações, temos o princípio da separação e o princípio da abstração, então a parte alienante tem só “direito contrário” a quem alienou e não a terceiro.
No brasil temos uma única transação. Nosso sistema é causal, nós observamos a causa.
O BGB era o grande diploma que competia com o Código Civil brasileiro, de 1808 a 1896, quase sem anos dentre a criação do código e a sua promulgação.
Internacionalização dos contratos
Temos diversas fontes que trabalham em sincronia sobre os contratos. Qual a relação entre a Convenção de Viena e o Código Civil ainda que ela não seja aplicada a nossas relações Inter privadas. Temos princípio no CDC que protegem a parte mais vulnerável e podemos utiliza-los
Constitucionalização dos contratos
Isso inicia um debate sobre a constitucionalização do direito privado e a constitucionalização dos contratos, surge um debate muito importante sobre direitos humanos e direito contratual. O que tem haver? Um cineasta Alemão promove um filme, e ele era um dos agentes da publicidade política de Hitler, ele era um anti-semita declarado. Resolveram boicotar o filme dele, ele entrou na justiça e ganhou em todas as instancias, o debate que surgiu foi, “se ele tem o direito de mostrar a ideia em um filme, eu posso mostrar minha ideia contrária e fazer campanha contrária ao filme”. Discussão contratual discutindo matéria constitucional, o Canotilho tem um artigo bem bacana sobre esse assunto. 
A vontade embate com os Direitos Fundamentais. Por exemplo os portugueses que locaram um prédio e instalaram antes para captar a novela portuguesa, no contrato de locação era proibido a instalação de tais equipamentos, e os portugueses argumentaram que eles tinham o direito constitucional da informações, então a clausula que proibida a instalação dos equipamentos é inválida.
Efeitos horizontais indiretos (Mittelbare Drittwirkung): eficácia horizontal dos direitos fundamentais nas relações Inter privadas.
STJ e direitos fundamentais
Como nosso STJ enfrenta estas questões?
A) Nulidade de cláusula de contrato que permite a prisão civil de depositário civil, em contrato de alienação fiduciária em garantia...
B) Impossibilidade de corte do fornecimento de serviços essenciais a pessoa em estado de miserabilidade. Por exemplo a Copel, o monopolista pode cobrar pelas suas próprias razões. O Monopolista pega e gira a chave e pronto, nós não podemos vender umcarro e ir na casa da pessoa e pegar o carro de volta, isso é furto.
Do contrato clássico ao contemporâneo DESTINATÁRIO
Clássico: burguês, livre, formal e abstratamente igual e descontextualizado do seu meio social. Aqui o destinatário é um só.
Contemporâneo: o sujeito concreto, eticamente localizado, dotado de igualdade substancial. O sujeito destinatário do contrato: Pluraliadde subjetiva, temos várias sujeitos. Um dos pilares do Dto brasileiro, queremos um sujeito concreto e não abstrato.
OS FUNDAMENTOS DO LIBERALISMO FRANCÊS
25/04/2013
(Aula 4)
Contrato é sempre ligado a uma ideologia, sempre é ligado há uma vertente, por exemplo a vertente econômica.
-> Ler na exposição de motivos do Código Civil a parte dos contratos. Que estabelece o contraste entre o CC/16 e o CC/02. A premissa é com o sujeito localizado, o código não descreve “Essa tal pessoa é o sujeito”. O sujeito é ideologicamente construído, não obstante o legislador estabelece a lei sobre o sujeito localizado. Ele estabelece cláusulas gerais, Por der 421, 113, entre muitos outros. 
As normas abstratas são janelas abertas para a realidade, que fica a escolha do juiz. Essa técnica que vem predominar nos momentos centrais da legislação é pela análise concreta 
Temos dificuldade em identificar esse sujeito, o CDC por exemplo, que é mais contemporâneo, especifica o sujeito tutelado.
O problema do código é que o modelo de “Códigos” impede a escolha de sujeitos, esse modelo de Código pressupõe uma certa igualdade.
Nós queremos a intervenção do Estado em nosso favor, nós não queremos que tudo seja um grande ringue e “vocês que se virem”. Queremos um Estado Social, de certa formas, nós intendemos que a igualdade escraviza e a lei liberta (pensamento do século XIX).
O legislador, por não poder olhar nos olhos de todo mundo, delega ao juiz a competência de analisar cada caso, reconhecendo seu próprio fracasso.
O cc/16 não tinha hipóteses de nulidade de clausulas, isso devido a autonomia da vontade, o “pacta sunt servanda”. No cc/02 temos nulidade de clausulas, que são pautadas nos princípios gerais, por exemplo a boa-fé. São instrumentos oferecidos ao magistrado para, até o CC/02 o juiz não tinha esses podes, o liberalismo, na França o juiz era aristocrata, eles falavam que ele é a boca da lei. Hoje em dia é melhor confiar no juiz do que no legislador, você já viram como é o nosso congresso?
DO CONTRATO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO
O Estado social tem como característica a intervenção na nossa vida enquanto sujeito de direito, não é uma preocupação só dos contornos do Estado. Isso começa com a constituição de Weimar em 1919, foi um texto constitucional que durou por dois anos. 
CF/88: surge o elenco de temas, por exemplo o direito de família, que tenta intervir em nossa esfera privada.
AUTONOMIA DA VONTADE
É muito importante entender a diferença da autonomia da vontade da autonomia privada. No contexto de estado social a autonomia da vontade além da vontade subjetiva deve ser tutelada pelo direito.
IMPORTANTE!
O contrato como acordo de interesses opostos.
O contrato como acordo de cooperação. O princípio da boa-fé não me permite radicalizar a pobreza, não me permite me aproveitar do outro, não permite que o egoísmo do contratante não venha a tona. Eu tenho que satisfazer meus interesses existenciais e a outra parte também. 
No contrato clássico tínhamos uma preocupação com a estrutura do contrato. Hoje o contrato é estrutura + função. Nos preocupamos agora com a função do contrato, 
Vamos imaginar que o nosso contrato não é só estrutura, vamos imaginar que temos também uma função, o contrato sempre teve e sempre terá uma função econômica, é instrumento de atribuição proprietária (Batielona). Temos uma função social também, o contrato como instrumento de equalização social, como instrumento de cooperação jurídica.
CONCEITO PÓS-MODERNO DE CONTRATO
Não existe um conceito de contrato, mas certos conceitos de contrato, por termos vários modelos de contratos.
02/05/2013
(Aula 5)
6.1.1 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Teoria das obrigações contratuais
ESCOLA FRANCESA
É uma visão voltada para o código francês, Ele acaba sendo um elemento no livro das obrigações, essa é uma das razões para termos estudado as fontes obrigacionais.
O contrato por sua vez, no direito francês, inserido no parte de atos jurídicos 
Atos jurídicos: decorrem da vontade humana. São aqueles que se contrariam aos fatos jurídicos, 
Fatos jurídicos: não decorrem da vontade humana.
Dentro da concepção francesa somos levados a pensar o contrato como ato jurídico. Temos uma crítica da própria escola francesa que não gosta do contrato visto em uma categoria abstrata. Começamos com a abstração e depois vamos indo para os casos concretos.
Estudamos a partir das espécies e não do gênero. A partir da espécie se faz a distinção de outras categorias jurídicas. Um contrato 
BGB
O Código civil alemão desenvolveu subcategorias chegando a categoria da teoria geral do negócio jurídico. 
O Brasil passou por dois momentos, teoria do ato jurídico e teoria do negócios jurídico, o CC/16 se apoiava no código civil Francês, o atual código adota a teoria do negócio jurídico, a partir do Art. 104/CC. 
O Art. 104 do Código traz a parte geral do negócios jurídico. Preciso conhecer os elementos de validade e eficácia, assim sendo essa passagem é muito importante. 
Na época venceu a teoria do Negócio Jurídico, o que não é isento de críticas. Francisco Amaral do Intério e Inconsistente, não a nada mais distante da nossa realidade concreta do que a teoria adotada pelo BGB.
Livro Carnaval tributário.
CONTRATO E NEGÓCIO JURÍDICO
Não há quem discuta se um contrato é um negócios jurídico, o que distingue um negócio jurídico de outros negócios são as duas partes.
A dualidade é muito importante.
O Códice Civile traz uma “parte” que traz todas as categorias dos contratos, como se não fosse necessário observar a parte geral. O contrato é a teoria mais ampla do negócio jurídico.
CARACTERISTICAS DO GENERO CONTRATUAL
Se você abre o CC, você perceberá que existem vários tipos contratuais, que são do direito Civil ou do Direito Empresarial. Farei uma aplicação do sistema uniforme, não poderei ter princípios dissonantes aplicados aos contratos. Junqueira de Azevedo denominava os contratos empresariais como contratos de lucro, os contratos civis são os existenciais. O fato é que a partir de uma teoria geral deve ter uma análise uniforme, por isso a proposta de criar um código comercial, para romper com a parte social do contrato.
A.
B. Atipicidade: enquanto os direitos reais são todos tipificados pelos códigos, o direito das obrigações e o direito dos contratos decorre das necessidades concretas. Decorre da minha necessidade funcional, o que eu preciso estabelecer.
C. Quando tenho uma parte geral eu economizo leis, tenho um uso mais racional da legislação. Tenho que me socorrer de leis que venham regulamentar situações concretas.
CONTRATO VS. NEGÓCIO JURIDICO
É possível por em conflito negócio jurídico e contrato? Contrato enquanto espécie e contrato como gênero. A teoria do negócio jurídico repouso sobre a vontade abstrata, se pauta na necessidade concreta. Qual de fato é a vontade?
TEORIA DA VONTADE
É o centro da teoria do negócio jurídico. Quando o Código Brasileiro adota a teoria do negócio jurídico em contraste com a do ato jurídico. Essa teoria diz que tudo que se contrata sem vontade será nulo. Art. 422.
Quando a pessoa age em erro, coação, etc, o que existe é a anulabilidade e não a nulidade. Há uma ponderação da vontade nesse caso do negócio jurídico. 
Como admitir no negócio jurídico uma aceitação em silêncio.
Objetivação das relações jurídicas, por meio da qual as ações não são mais por atos absolutamente voluntários. Aonde está a vontade nos negócio.
EXISTE UMA TEORIA GERAL DOS CONTRATOS?
Princípios do direito contratual. Do clássico ao contemporâneo.
Boa-fé e seu conteúdo variável, que é dotada deaspecto subjetivo e objetivo, são de conteúdo volátil.
O princípio da boa-fé era um princípio abstrato, pois ele não era geral. Hoje ele é um princípio geral (Art. 113) e além do mais, dizem que o princípio deixou de ser princípio e passou a ser clausula geral (Art. 422). Isso é uma mera escolha doutrinária, os princípios estáveis são aqueles que o legislador adota, a boa-fé já era utilizada muito antes de estar no código civil. Os princípios não tem a mesma importância nos diferentes ramos do Direito Civil. Os princípios tem uma certa linearidade e uma certa verticalidade. 
NA ORDEM LEGISLATIVA
O nosso código civil não adota na sua exposição de motivos os princípios, ele preferiu denominar esses “valores” de diretrizes. São as diretrizes da sociedade, eticidade, operabilidade.
Eticidade: queremos romper com as outras escolas, ela está voltada ao caso concreto.
Sociedade: superar o caráter individualista.
Operabilidade: no sentido de facilitar sua aplicação.
Princípios concretos: Função Social Boa-fé, vedação do contrato sobre herança.
CC (TITULO V)
DOS CONTRATOS EM GERAL
O Código Civil vigente criou a Seção “Preliminares”. A princípio essa parte da teoria geral em preliminares. 
Art. 421 função social
22 boa fé
23 e 24 contrato de adesão
24 nulidade
25 direito de contratar relações atípicas
26 vedação a contratação de herança de pessoa viva.
O professor acha que os princípios são aplicados no caso concreto. Na LICC, quando fala em diretrizes, está falando em valores, que tenho a concretude a partir desses valores.
08/05/2013
(Aula 6)
6.1.4 O CONTRATO NOS PLANOS DA EXISTENCIA, VALIDADE E EFICÁCIA
Devemos fazer uma investigação para saber se o contrato é existente válido ou eficaz. Não só o contrato como um todo, mas uma única clausula pode ser inexistente, invalida ou ineficaz.
O Código Civil trabalha somente com validade e eficácia, a existência é pressuposta na teoria da validade e da eficácia.
IMPORTANTE!: “Todos os contratos são negócios jurídicos, nem todo negócio é contrato. Testamente é espécie de negócio, assunção de dívida é negócio, mas não são contratos”
CONTRATO E NEGÓCIOS JURÍDICO
Elemento: É tudo que entra na composição de alguma coisa.
Os elementos estão no Art. 104.
Elementos do contrato: São aqueles do Art. 104 e outros inerentes ao próprio negócio (decorrem da natureza do negócio).
Por exemplo: Não é possível celebrar um contrato de negócio sem a tradição, sem a entrega da coisa, não posso ir depositar o dinheiro na conta e esquece-lo em casa.
Outro exemplo: Contrato de permuta em que só uma das partes entregue a coisa, pode ser um contrato de doação, mas não será de permuta.
Elementos naturais: Aqueles que as partes não precisam dispor, não há necessidade de expressa menção.
Por exemplo: A clausula contra vício oculto ou redibitório. Não é preciso contratar a cláusula de garantia. É um elemento natural do contrato que decorre da lei.
Por exemplo: Na transmissão da posso imobiliária, ocorre aquilo que chamamos de evicção, o vendedor tem que garantir que o adquirente da coisa terá a coisa. Se o sujeito adquiriu uma coisa, e se o possuidor perde a coisa, o comprador é responsável pela coisa.
Elementos acidentais: São aqueles adicionados ao contrato, esse sim decorre da vontade das partes. Eles não aparecem por força da lei, não implicam a invalidade ou inexistência do negócio. Tem como efeito a eficácia ou ineficácia do negócio. São os mais relevantes do contrato, quando falamos em elementos natural ou essencial falo de algo que não decorre da vontade das partes, aqui (acidentais) estou diante do que as partes contratam, pode ocorrer que tenha ou não eficácia, é importante lembrar que contrato é celebrado para ter eficácia, quando o contrato é celebrando ninguém está preocupado com a validade, o que eles querem é o efeito, ninguém quer saber se ele existe, se ele é válido, se é azul ou verde, as pessoas querem saber dos efeitos. Geralmente o que se discute cai em eficácia, raramente cai em validade.
Condição suspensiva VS. Condição potestativa.
Termo, condição ou encargo: Leia o livro do Francisco Amaral
PLANO DE EXISTÊNCIA
PLANO DA VALIDADE
Artigo 104, precisamos de
I – Agentes capazes
II – Objeto Ilícito, possível, determinado ou determinável
III – forma prescrita ou não defesa em lei
Aqui entre o elemento vontade, a vontade que é o pilar da autonomia vontade, ela subjaz a todos esses elementos de validade.
Requisitos de validade:
Manifestação de vontade: É o meio pelo qual a vontade se manifesta, não basta exigir um sujeito, é necessário um sujeito, uma vontade e que ela seja manifestada.
- Expressa, tácita, presumida ou pelo silêncio qualificado (Francisco Amaral).
Sujeito declarante: Os emitentes da declaração de vontade, que são duas (Art. 427), a partir da oferta e a aceitação. Temos duas declarações de vontade.
Objeto: O objeto não é a coisa, é um dar, fazer ou não fazer.
Forma: É o veículo de exterioração da vontade, que pode ser mimica, escrita ou oral.
A vontade foi manifestada mediante erro, não toca na validade do contrato, toca na eficácia, houve vontade manifestada? Houve, então o negócio existe.
06/05/2013
(Aula 7)
A validade não tem um quadro no plano da existência, porém ela está presente em todo o sistema.
A Nulidade e Anulabilidade dependerá dos fatos, dependerá do caso concreto. Nem toda a hipótese de nulidade ou anulabilidade está prevista no código. O nosso código anota dois princípios que são os de “Não há nulidade sem texto” e “não há nulidade sem prejuízo”, a ideia do código Frances era criar um código Civil e total, por exemplo: o casamento de 200 anos atrás entre casais do mesmo sexo, como resolver esses problemas?
Aqui surge a inexistência.
A Inexistência é a solução doutrinária da incapacidade do legislador de prever a nulidade ou anulabilidade, por isso não está prevista no código.
Boa-fé: Tem inúmeras funções, A boa-fé seria um elemento de validade ou eficácia no seu sentido estrutural? A boa-fé seria um elemento de validade do contrato? O Contrário da Boa-fé objetiva é a má-fé.
Violação positiva de crédito: é a violação dos acessórios do contrato.
Não confunda boa-fé com função social do contrato, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Existência -> Validade -> Eficácia
O que pode acontecer na Existência é a inexistência, no plano da Validade o que acontece é a Nulidade e Anulabilidade, estamos indo do abstrato para o mais concreto, no plano da Eficácia temos um dever, que se não foi cumprido gera inadimplemento, mora, etc.
Vontade: A vontade deve ser manifesta e livre. Vícios de consentimento (erro, dolo, coação). Esses vícios se opõe a livre manifestação da vontade, quando me deparo com esses vício me deparo com a anulabilidade.
Capacidade: é a capacidade civil, porém poucos de nós temos legitimidade, as partes devem ser capazes e eventualmente legitimas. Essa é a hipótese do inquilino que não pode vender a coisa alugada.
Objeto: Precisa ser idôneo, determinado ou indeterminado. Art. 426/CC, veda a possibilidade de alienação de herança de pessoa vida, então essa cláusula serve para diminuir a ambição na herança.
Forma: prescrita ou não defesa em lei, existem formas que vem da essência, sua inobservância leva a nulidade. O importante é a Forma da substância do contrato. A regra está no consenso e não na forma, a Forma é a exceção. Tudo aquilo que tenha transferência de propriedade ou oneração, sempre que algo “proprietário” existir provavelmente existirá forma prescrita em lei.´
As hipóteses de nulidade estão previstas no Art. 166/CCB. É o oposto do 104.
PLANO DA EFICÁCIA (Art. 121 a 137/CCB)
Aqui trabalhamos com os elementos acidentais e essencialmente com termo e condição.
Elementos acidentais
Termo, condição (condição suspensiva ou extintiva) e encargo
GLAGLIANO. Novo curso de direito civil. Contratos.
VENOSA. 
6.1.3 CONTRATO E OPERAÇÕES ECONOMICAS; PROPRIEDADE; EMPRESA
O contrato é um fenômenosocial, e temos uma ligação do direito civil e outros ramos do direito e outros saberes fora do direito.
CONTRATO E OPERAÇÃO ECONOMICA (Livro do Enzo Roppo)
A ideia principal do Enzo Roppo é que o contrato reflete uma realidade exterior ao seu próprio conteúdo jurídico, tem uma função instrumental. 
O contrato se manifesta no fenômeno econômico proporcionado pela contratação. A objeção do professor é referente a operação econômica.
A concepção econômico-social do contrato precede ao seu conteúdo jurídico.
Econômico versus jurídico
Se servindo do contrato alguém celebrou uma operação econômica muito vantajosa. A pessoa não conhece o conteúdo jurídico do contrato, só sabe dos resultados econômicos. Isso é o que falamos sobre a forma, se a forma fosse sempre necessária a maioria dos contratos seriam inválidos.
“Distraídos venceremos”, são com essas pessoas que nós iremos trabalhar, trabalharemos com problemas contratuais, um empresário quando celebra um contrato não leva um advogado, ele quer acertar preço, condições e apertar a mão da outra pessoa, veja como é diferente do casamento.
A concepção jurídica do contrato se refere a nós, advogado e juízes, não aos leigos.
CONTRATO E OPERAÇÃO PATRIMONIAL
No direito Italiano o contrato só é valido se tiver operações patrimonial, não existir efeito patrimonial significa dizer que o contrato não vale.
No Brasil existem autores que falam que deve ter efeitos patrimoniais, porém não existe nenhuma razão social que exija de fato uma operação patrimonial. A patrimonialidade no Código Civil Italiano está ligado a troca, uma doação não seria operação patrimonial, no direito Brasileiro não é assim. Temos que levar em conta as diferenças sociais e culturais de cada cultura.
A patrimonialidade no brasil não é um requisito, por exemplo, uma doação não deixa de ser válida pois é desconstituída dessa troca patrimonial.
CONTRATO E PROPRIEDADE
A luz do direito Francês, a propriedade era o centro do direito, o contrato é um instrumento de circulação de riquezas, da transferência de patrimônio. Com mobilização e a desmaterialização da riqueza temos uma repaginação dos contratos. Falamos dos bens imateriais, dos bens intangíveis, há a desmaterialização das coisas, estamos falando das ideias que tem um grande valor.
Novos direitos: Marcas, patentes, investimentos, títulos de crédito, o contrato de trabalho.
No momento atual, a relação entre contrato e propriedade existe, mas o contrato passa a ter uma outra importância.
Contrato e títulos aquisitivos: precisamos do título + tradição. (Títulos aquisitivos são contrato de compra e venda, permuta, cessão de direito, doação, usufruo, etc.)
Tradição: é a transferência ou transcrição
Art. 1267
CONTRATO E EMPRESA
Também por influência do Direito Italiano empresa é atividade econômica, ... . O direito Brasileiro repousa sua fundamentação do direito Italiano.
O contrato é a fonte, a sociedade se origina no contrato, ser sócio significa contratar a sociedade. Serve também de instrumento de circulação dos produtos e riquezas empresariais.
ITURRASPE. Contratos.
ROPPO. O contrato.
15/04/2013
(Aula 8)
Faltei
16/04/2013
(Aula 9)
PRINCIPIOS DO DIREITO CONTRATUAL
PRINCIPIOS CLÁSSICOS
Vigente até hoje, são princípios que decorrem da modernidade, e tem sua origem no processo de codificação francesa. 1804-1896. Não sofreu nenhum tipo de mudança na base ideológica nesse período de codificação, o BGB fechou o século XIX e não inaugurou o século XX, ele tinha os olhos voltados para o passado, para o Estado Liberal. Por isso temos a impressão de que o direito dos contratos sempre continua o mesmo.
DOGMA DA VONTADE
Quem contrato é justo. Esse poder de contratar produzido no dogma da vontade se assenta no Estado Liberal. Temos um regência legal regulamentada pela constituição, uma constituição liberal que regule somente a vida do Estado. A máxima desse Estado em prol do cidadão é a conservação da VONTADE. Tudo poderia ser contratado, menos aquilo que vai de encontro a liberdade contratual.
AUTONOMIA DA VONTADE
Que tem um caráter individualista e liberal, tem uma conotação dotada de poder normativo estatal limitada pelo ordenamento jurídico, que é a possibilidade assumir riscos conforme seus interesses. É um pode concedido ao indivíduo para que ele possa exercer seus interesses. É autonomia da vontade para negócios e atos jurídicos.
AUTONOMIA PRIVADA
A passagem do Estado Liberal para o Estado Social, a Autonomia da vontade virou Autonomia Privada. Qual a diferença entre essas duas autonomias? Autonomia privada é dotada de poder estatal, o governo concede para as partes um “espaço” no qual podem fazer o que quiserem, temos aqui um Estado que observe, que tutela, atribui efeito ou não a aquele ato de autonomia privada. Na autonomia da vontade o Estado não interferia em nada. Também chamada de Autonomia Estatal. 
A nossa esfera privada é residual, cada vez mais temos menos autonomia. Os dispositivos contidos na lei são irrenunciáveis, se nós observarmos bem as relações privadas perceberemos um achatamento da nossa autonomia, talvez esse achatamento leve melhor em consideração a nossa posição de vulneráveis. Porém existem espaços que não podem e não precisam da intervenção do Estado, a relação entre contrato e família. 
A maioria dos autores diz que existe um limite a autonomia privada, o professor tem uma leitura um pouco diferente, parece que a autonomia privada não é um limite, ela tem seu fundamento no Art. 60/CF, parece que a cada edição de texto constitucional ela tem um conteúdo, a CF não é um limite a autonomia privada, Aqui tenho a CF lá tenho a autonomia privada. O Nalin acredita na pessoalidade, temos uma personalidade inviolável, que nem o Estado e nem o outro pode interferir. Por exemplo o caso de biografias não autorizadas, todos, até a pessoa mais famosa do mundo tem privacidade. Quando alguém posta uma foto pelado no facebook, ele está tentado renunciar um direito que é inalienável.
LIBERDADE e IGUALDADE são princípios, DERIVADOS: 
LIBERDADE CONTRATUAL: 
É aquilo que nos remete a liberdade de contratar ou não, o texto do Art. 421 está errado. “A liberdade de contratar” seria a “liberdade contratual”.
SE: Se você quiser ir a praia, você terá que pagar pedágio, se você tiver carro terá que pagar o seguro obrigatório.
QUEM: Se eu quiser água é Sanepar, se eu quiser luz é Copel. Se eu quiser banco privado, daqui uns dias só existirá Bradesco e Itaú.
O QUE: 
Temos uma certa restrição na liberdade contratual, ou ela deixa de existir ou ela é profundamente relativizada, isso é chamado de “crise do contrato”. Do ponto de vista social e econômico o contrato vai muito bem, obrigado, mas do ponto de vista jurídico está sendo um problema. Liberdade pouco existe.
O Direito teve que se adaptar ao mercado, como sustentar a legalidade se não posso escolher se vou contratar, se não posso escolher com quem contratar. Se eu tenho a iniciativa, se eu tenho o impulso de contratar isso já supre a vontade contratual.
PRINCIPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS = LEI (PACTA SUNT SERVANDA)
A força obrigatória do contrato, o pacto deve ser observado, o pacto deve ser cumprido. Como vou dizer que o contrato não é obrigatório? O contrato faz lei entre as partes, só o contrato obriga.
PRINCIPIO DO CONSENSUALISMO
Segue a mesma linha do dogma da vontade. O contrato passa da formalidade para ter uma roupagem consensual. A lei disse o seguinte: não precisamos de formula, não precisamos de texto escrito, o mero consenso gera efeitos negociais. Art. 109/CC: Por declaração de vontade posso contratar os efeitos do contrato e a forma do contrato. Esmagadoramente nosso contratos são consensuais, a exceção são os formais. Temos vários graus de formas e solenidades.
RELATIVIDADE DOS EFEITOS DO CONTRATO
Decorre da mesma ideia de que o contrato faz lei entre as partes. O Negócio obriga, mas só obriga quem declarar vontade. É relativo aos sujeitos contratantes, só.
QUALO PAPEL DO JUIZ? Diante de um contrato que faz leis entre as partes.
O papel do juiz é fazer valer o contrato, o papel do juiz com base nesses princípios. O papel do juiz é o de conservação do contrato, não há matéria sobre cláusulas nulas, desde que o objeto seja licito e possível tudo pode ser contratado.
22/05/2013
(Aula 10)
Começamos falando da eficácia dos princípios e falamos de princípios clássicos e modernos, hoje falaremos dos princípios pós-modernos, esse assunto é uma transição histórica, os princípios são constituídos no século XXVIII e baseados na autonomia da vontade são os princípios clássicos. 
Sobre tudo em vista da Revolução industrial esses princípios já não servem mais a um figurino social e figurino econômico, os princípios clássicos já não atendem mais aquela realidade. Hoje os novos princípios não tem nada de novos, a pós-modernidade não cria nada de novo, ela rediscute a realidade, rediscute a modernidade.
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS, PÓS-MODERNIDADE PRINCIPIOLÓGICA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
O princípio da dignidade humana existe primordialmente no direito constitucional. 
Nessa frase compreende-se que o direito civil está abarcado no direito constitucional, se ele é um princípio de todo o direito ele também será um principio do direito civil. 
Kant diz que é um valor, também pode ser um dever jurídico
O principio da dignidade umana é um dever positivo de se tratar cada sujeito como um fim em si e, sobretudo, um dever jurídico negativo de não tratar sujeito – nenhum fim em si – como objeto – como um puro e simples instrumento (não trata-lo como um instrumento a determinado fim).
Temos formas de relacionamento humana que não são contratos (sucessão, filiação) e relacionamentos que são contratos, e todos eles estão permeados pelos princípios constitucionais.
Dignidade e relação jurídica
A relação jurídica fundamental design, uma relação de reconhecimento do outro (alter), do respeito ao outro como pessoa humana.
Temos que ter na nossa cabeça o C que é uma relação jurídica digna que deve ter a primazia do contratante (FACHIN p.15), a pessoa do contratante deve vir em primeiro lugar, não a quantidade de dinheiro que ele quer ganhar, isso é secundário. 
A prioridade é o sujeito de dinheiro contratante, o bem da vida vem depois. Então repito: Antes a pessoa, depois o patrimônio.
Não é muito mais fácil só verificar se a casa foi paga e se foi entregue? Sim. Porém continuamos com 1,5 milhões de Brasileiros vivendo na Europa. É muito mais fácil seguir as escolas Americanas e Europeias que já estão formadas e são escritas por autores milionários, se você quiser pode seguir a corrente mas como diz o ditado, só peixe morto segue a corrente, os vivos nadam ao contrário.
O contrato é uma forma de relacionamento social e relacionamento jurídico.
Contrato e cooperação
Como o contrato pode ser reescrito? Hoje não existem nem autores Europeus que neguem o caráter cooperativo dos contratos.
O contrato é uma relação jurídica de cooperação, então quando o Estado diz que você tem autonomia. O princípio da liberdade contratual só pode ser exercido se eu tratar a pessoa como um fim em si mesma, e não como instrumento.
O princípio da vinculatividade só existe desde que exista o respeito ao outro.
Do período moderno para o período Pós-moderno só passa o que passa pelo filtro constitucional, o princípio é o mesmo mas ele passa por um filtro.
Igualdade e prisão civil:
O credor não pode lançar mão de mecanismos que atentem contra a dignidade da pessoa humana para ver seu crédito pago – prisão de depositário infiel. A exceção é a prisão civil do devedor de alimentos, a constituição assim o faz, pois também há outra pessoa que tem dignidade e não tem capacidade para sobreviver sozinha, são duas pessoas, há aqui uma proporcionalidade entre valores, estamos diante de uma exceção por força da proporcionalidade de duas pessoas de direito, nãos nos casos dos alimentos decorrentes de responsabilidade civil ou de dívida contratual.
A paralização de serviços essenciais (água, energia), alguém miserável consome que quantidade de energia? Mas alguém tem que pagar! Sim, mas já pagamos muita coisa, bolsa não sei o que, auxilio não sei o que, o que é um pouco de energia? O governo não paga nada, ele só pega o dinheiro e repasse, isso quando não fica com uma fatia.
Como pensar dano moral da pessoa jurídica? Existe a sumula 27 do STF.
O outro problema é o super-endividamento, A pessoa tinha que pagar um valor de R$ 30 em 160 prestações que vira R$ 100, ai a pessoa paga 10 e não consegue mais pagar, ai renegocia essa dívida de R$ 100 vira R$ 150 para pagar em 200 prestações, a pessoa torna-se um escravo.
JUSTIÇA CONTRATUAL
Da justiça contratual clássica para a contemporânea:
Do pacta sunt servanda para a equidade ou equilíbrio do contrato.
Princípio de conteúdo aberto, relativo a outro ou outros princípios e valores jurídicos.
23/05/2013
(Aula 11)
EQUILIBRIO CONTRATUAL
Os sujeitos são civilmente e empresarialmente iguais, porém o consumidor é desigual, pois ele é vulnerável. Não temos como definir um único modelo de contrato, o contrato continua sendo uma reserva do possível. A intervenção do juiz é flexível, o pior é aquele juiz que julga tudo com base no código do consumidor, ou aquele que julga tudo com base no código civil, elas são flexíveis, deve-se julgar levando todos em conta.
Uma década depois da criação do Código do Consumidor iniciou-se a aplicação da igualdade contratual nas relações de consumo. Há uma sumula do STJ que diz que o juiz não pode reconhecer de oficio clausula abusiva em contrato bancário, mas o código civil diz que o juiz pode reconhecer nulidades de oficio, e essa ele não pode, então nem sempre o que está na lei é o que vale.
A vulnerabilidade tem que ser reconhecida no caso concreto, posso ter uma relação de consumo que ninguém é vulnerável. A vulnerabilidade não se limita nas causas de consumo e nas causas trabalhistas.
IGUALDADE CONTRATUAL
Funda-se no reconhecimento da vulnerabilidade contratual.
Gera leis que visam por em equilíbrio jurídico (material e processual) operadores faticamente desiguais, vulneráveis.
V.g. Leis trabalhistas, inquilinato, consumidor.
O contrato em vista da raça, sexo e idade
O preço do prêmio do seguro que a mulher paga é menor que o preço que o homem paga. Essa diferenciação conforme sexo, raça e idade podem ensejar violações ao princípio. Não é possível fazer contratações com essas diferenças, pois isso viola o principio da igualdade.
O princípio da igualdade sempre existiu, mas hoje ele é diferente, também é um princípio moderno que passou para o pós-moderno.
BOA-FÉ OBJETIVA
Boa-fé e CC: Arts: 113, 157 (subjetiva) e 442.
Boa-fé nada mais é que o grande princípios das relações. Quando a diferença entre a Bona fines e a Boa-fé pós moderna? Percebeu-se que dos direitos subjetivos, criação de deveres. A luz do código de 16 a BF era um princípio convocado pelo legislador na medida em que o artigo de lei reclamava, quando o artigo de lei pedia a boa-fé o legislador apresentava a boa-fé no próprio artigo. No Código atual temos a BF como princípio geral, ele está nas disposições gerais da codificação.
O Art. 422 é a boa-fé objetiva e princípio geral. Não exclui o aspecto subjetivo da boa-fé, ele não definiu qual foi a boa-fé, nós que definimos o seu conteúdo, ele não definiu e nem pode definir. Por ex. o Art. 113.
Dizem que esse princípio tem a capacidade de criar deveres. “Deverão guardar”. O Art. 422 é um pouco tímido em falar “na execução contratual”, na verdade a Boa-fé já está presente na fases Pré e Pós-contratual.
O texto do CCB fala “Da formação do contrato”, mas não é esse o momento em que se formado, na verdade ele se forma antes disso. Tirando os contrato de execução instantânea.
Oferta: é a proposta em que o declaratório não é determinado.
Proposta: é a proposta que tem o declaratório determinado.
Funções da boa-fé: interpretação integrativa, correção dabase econômica, limitação ao exercício.
Miguel Reale disse que o Art. 113 é a chave para a interpretação dos negócios jurídicos.
A interpretação integrativa é uma tentativa de leitura do contrato, o juiz pode.
A correção da base econômica, os direitos de rever o contrato vem da boa-fé, a boa-fé tem subprincípios, por exemplo a equidade. Então, equidade, transparência e confiança são subprincípios da Boa-fé.
Os deveres laterais:
Deveres de cuidado, previdência e segurança; aviso e esclarecimento; informação; prestação de contas, colaboração e cooperação; cuidado com a pessoa e o patrimônio da contrapartes
Eles são acessórios, pois ninguém contrato objetivando omissão e segredo, ninguém contrato esperando prestação de contas, Dar, fazer ou não fazer é a obrigação principal, temos as obrigações secundarias, e temos essas que são as obrigações tercearias.
Se a obrigação de Dar, fazer ou não fazer for cumprida e os deveres laterais não eles podem ser buscado judicialmente. Por exemplo o caso de “cuidado com a pessoa e o patrimônio”, então quando inclui-se o nome de alguém no SERASA e isso não estava previsto no contrato a pessoa não pode pedir indenização por ter sido incluída na lista dos maus pagadores.
Não temos um momento específico para saber quando o contrato se forma ou se extingue, na época do CCB/16 tinha formação específica, era como uma fotografia, há uma outra dinâmica inclusive processual em relação a formação do contrato. 
Os tempos do contrato:
Temos pré e pós-contratação. Na relação jurídica pré-contratual há deveres de proteção antes de se formar os deveres de prestação; 
O que é boa-fé?
A boa-fé objetiva é explicado pela doutrina brasileira pelo comportamento do homem médio, o Nalin não gosta disso, pois em um pais desse tamanho, com todas as diferenças. A boa-fé objetiva é uma boa-fé de comportamento, a boa-fé subjetiva é uma crença “Eu acho que estou de boa-fé”. Por isso não existe para a boa-fé objetiva a má-fé objetiva, a má-fé é sempre subjetivo, os dois não convivem juntos.
“É um conceito indeterminado, assentado em clausula geral, que reclama uma coordenação valorativa pelo juiz...”
Subprincípio da confiança:
“Causar confiança é ‘imputável’
O princípio da Boa-fé gera o subprincípio da confiança que gera três subsubprincípios que são:
Venire contra factum proprium, suppressio, surrectio.
Venire: proibição de comportamento contraditório. A pessoa não pode ter uma conduta contraria a sua conduta anterior.
Suppressio: É a perda de um direito por causa do seu não exercício continuado e duradouro. 
Surrectio: O dever de corresponder a uma expectativa apoiada numa conduta continua e duradoura, embora sem previsão contratual ou legal, gera a expectativa ou o direito de ser mantida a tal conduta. 
O livro sobre a boa-fé é o livro do Antônio Menezes Cordeiro – Da boa-fé (que deve ter uma 2000 páginas).
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
Fundamento constitucional: solidariedade constitucional. É um valor ou um princípio dependendo do autor. 
Não tem como dizer que não existe função social do contrato, está no Art. 421. Ai vem a parte do jurista: O que é a função social do contrato? 
Visão reducionista: Não se aplica aos próprios contratantes, só a terceiros. É o mesmo que dizer que só quem não contrata pode sofrer os efeitos sociais do contrato.
Visão mais social: também se aplica aos próprios contratantes. Os efeitos da função social do contrato tem tanto uma projeção externa como interna.
Esses princípios existem sem excluírem os outros, existe por exemplo o da boa-fé objetiva, o princípio da transparência, entre outros, esses princípios não excluem os princípios de proteção do consumidor. 
Bibliográfia: Teoria critica do direito civil- Fachin. Tudo está no livro do Lotufo e no fim do livro do Nalin “do contrato”.

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