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Caderno - Direito Empresarial A - 1º Bimestre

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DIREITO EMPRESARIAL A
Marcial Carla
1º Bimestre
17/04/2013
(Aula 1)
A professora vai deixar o plano de aula com toda a disciplina, metodologia e avaliações.
No plano temos basicamente três partes:
Parte geral: Direito subjetivo (propriedade empresarial e concorrência)
Direito societário Parte Geral e Especial
Introdução aos títulos de crédito.
INTRODUÇÃO
O Direito Emp. Tem peculiaridades, ele tem muito cunho prático e é ligado com
Ele nasce da necessidade dos empresários e deve de alguma forma fazer com que a natureza econômica progrida.
Exemplo: LIMITAÇÃO DA RESPONSÁBILIDADE DOS SÓCIOS (limitada, anônima), por que ela é limitada? Gera segurança para os sócios, mas para os credores? Quando se fala em limitação ele não terá que pagar, eles perderão o que investiram na sociedade. São esses valores que iram garantia o crédito dos credores. Os bens da sociedade não podem se confundir com os imóveis do sócio. Assim como não se pode usar um bem da sociedade para pagar a dívida de um sócio não se pode usar o bem de um sócio para pagar a dívida da sociedade. Os sócio sabem até aonde serão responsabilizados (menos na relação trabalhista tributaria). Se não fosse pela limitação de responsabilidade as pessoas não investiriam. A limitação de responsabilidade serve de incentivo
(Não brotou do nada).
A Ascenção da economia Brasileira chama o Direito Empresarial, é um motivo para essa matéria se tornar cada vez mais importante.
Nos países que existem a common law, nos países desenvolvidos, a rule of low designa as relações privadas, por que? Pois gera riqueza. Nos países desenvolvidos. Menos estado fornecedor e mais a sociedade fornecedora do que é necessário e de forma acessível a todos.
Objeto: As formas que o empresário usa para a prática da atividade econômica. Forma de organização associativa.
Art. 966/CC: Conceitua Empresário.
É um profissional que exerce uma atividade econômica organiza de produção ou circulação de Bens ou Serviços.
Nem toda atividade econômica organizada é empresarial, uma associação e fundações ou certas sociedade, não se enquadram no conceito, são empresas não empresarias. O maior escritório que existe, com advogado, contador, economista não se enquadra no conceito de empresa.
O profissional autônomo ou associado que vai produzir ou fazer circular bens e serviços.
Curso Avançado de Direito Empresarial
OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL. RELAÇÃO COM AS DEMAIS DISCIPLINAS. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL.
Economia: 
Direito Administrativo:
HISTÓRICO
Para a professora tanto faz se usar a palavra comercial ou empresarial, mas o conceito é o de empresário. O importante é que saibamos que as palavras comerciante e empresário não são sinônimas.
O direito comercial surge e se desprende do direito civil no Século XII, com o surgimento das cidades. É um direito que foi criado pelas necessidades dos comerciantes e aplicado pelas corporações de oficio aos comerciantes. Ele surge como um direito classista, criado, aplicado e voltado aos comerciantes, no século XII com o enfraquecimento do regime feudal.
Essas cidades vão crescendo por causa das trocas, surge o dinheiro, o Estado está se reorganizando, porém as cidades estavam sem um poder centralizado, para criar as normas e julgar os casos concretos. Os cônsules aplicavam as normas, semelhante a um tribunal administrativo, porém era formal de mais, e não existiam muitas regras, porém eles compilavam os costumes para decidir as lides. Era o costume aplicado pela própria organização dos comerciantes. Nasce da necessidade e da prática, não é um direito artificial, posto.
OBJETO
Objeto: As formas que o empresário usa para a prática da atividade econômica. Forma de organização associativa.
Um dos códigos que influenciou o mundo todo e existe até hoje é o Código Comercial Francês de 1807, que foi acompanhado por Napoleão. Ele é um código que praticamente só repete as compilações, ele não inova, ele só elimina as corporações oficio, que poderiam competir com o Estado sob o fundamento de que elas não eram isonômicas.
18/04/2013
(Aula 2)
RELAÇÃO COM AS DEMAIS DICIPLINAS
COM O DIREITO CIVIL
Ele se relaciona com todos as matérias e principalmente com o Direito Civil, o Código Civil de 2002 atraiu para si a matéria do empresário, o que ele fez também foi ampliar o objeto.
A figura do Comerciante surgiu na idade média como um intermediário na venda de bens, e por que não era de serviços? Por que não existiam serviços. Como era feita a intermediação na venda de bens imóveis? Como era o corretor do Feudos? Não existia.
O DC surgiu e se manteve até recentemente como intermediário no comércio de bens móveis. Antes as construtoras, imobiliárias eram classificadas como sociedades civis, não eram considerados empresas, eram tratadas pelo direito civil.
O DE continua muito próximo do direito civil, ambos são direitos privados, ambos são civil law. O DE tem autonomia em relação ao DC, e por que ele tem autonomia? 
Cientificamente: Autônomo pois tem objeto próprio e método próprio.
COM O DIREITO TRIBUTARIO
Como grande parte da arrecadação tributária provem da atividade empresarial existe um vínculo entre direito tributário e direito comercial.
COM O DIREITO TRABALHISTA
Você vai compreender que a empresa vai além dos interesses dos sócios, quando ela é aberta é por interesse dos sócios, mas como uma empresa gera empregos e isso é importante para o país. O que é mais importante, proteger o trabalhador ou a vaga de trabalho? É melhor manter o empregado ou o empresário?
COM DIREITO ECONÔMICO
Esse é o direito que une o conceito de Direito Empresarial e de Direito Público. Como um ramo que estuda a intervenção do Estado na Economia (relações privadas). Para evitar o abuso dos privados, o Estado intervém em negociações privadas e diz se pode ou não pode. Em geral não é necessária a autorização do Estado, porém algumas operação precisão do Aval do Estado, por meio do CADE, essa intervenção serve para evitar abusos. No regime anterior o CADE devia se manifestar antes ou depois da operação, agora com a modificação da lei só pode ser antes. Mas isso é a exceção.
COM DIREITO ADMINISTRATIVO
Nesse direito estudamos as relações do estado usando seu “ius imperium”, que é o interesse público. Os contratos administrativos são realizados entre administração pública e empresas. Existem também as sociedades de economia mista. 
COM DIREITO CONSTITUCIONAL
Ex: Art. 170/CF, aquele que estabelece os princípios da ordem econômica, esse princípio é voltado ao empresário.
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
Hoje se questiona muito as fontes. Os positivista não gostam das fontes formais. A língua portuguesa foi muito sensível ao adotar esta palavra, que transmite a ideia de início, nascimento, surgimento, começo.
MATERIAIS
Envolvem aspectos sociais, aspectos econômicos que levaram ao surgimento das próprias fontes formais. Conduziram ao próprio surgimento do direito comercial. Mas aos positivistas elas não interessam
FORMAIS
Aqui posso inserir as leis e outras categorias de normas, também insiro aqui a jurisprudência, a doutrina, os princípios gerais do direito.
Quanto as leis do Direito E: For o CC, tem a lei das SAS, a lei que regulamenta empresas em recuperação e falências, as normas que disciplinam contratos empresarias específicos (leis das franquias, leis das concessões). Tenho regulamentos do banco central, instruções normativas e outras mais.
Temos que intender que trabalhamos com profissionais sobre a ótico do lucro e do risco. Pode alguém se arrepender se levar prejuízo? Pode alguém vender a empresa e ela gerar muito lucro e depois o vendedor se arrepender de ter vendido? Não.
A Sadia por exemplo, quando dava lucro pela compra e venda de moeda estrangeira ninguém reclamava, e quando o dólar caiu e ela quebrou os investidores entraram com ação contra os administradores por causa do prejuízo, os quais não foram condenados.
FATORES ECONOMICOS E SOCIAIS
No início da Idade Média os feudoscomeçam a desmantelar-se e as cidade começam a virar o polo do comércio, a resolução de lides.
FATORES POLÍTICOS
Surgiu como movimento classista pois o Estado não estava organizado para tomar para si essa organização. O DE surgiu compilado pelos comerciantes devido a fraqueza das organizações Estatais. Os instrumento normativos da época não estavam aptos a facilitar as relações empresários, por isso teve que ser criado um direito próprio.
DIREITO COMERCIAL SUBJETIVO
DIREITO COMERCIAL OBJETIVO
Tem a ver com a transição do DE das corporações para o DE codificado. O Napoleão teve preocupação em extinguir (e vedar seu funcionamento) as corporações de oficio e tomar para o estado a exclusividade de atividade legislativa. (Essas corporações poderiam ter virado arbitragem). Houve a Objetivação do Direito Comercial, o Direito que era aplicado ao comerciante, ele começa a ser visto e aplicado a ato de comercio, de modo que afasta a subjetividade da disciplina, pois direito aplicado ao comerciante é aplicado a uma pessoa, quando aplicado a atividade (comércio) ela se aplica a todos. Tinha por finalidade tirar o direito de exceção, o direito de algumas pessoas, ele passou a ser aplicado a todos.
Probleminha: O que é ato de comércio?
O que eu faço para saber se essas normas são aplicadas a determinados atos ou não?
Atos de comércio, vamos buscar “o que são” ou “quais são”? Resolveram buscar quais são, porém essa categoria é inesgotável, pois se elencarmos todos os atos comerciais, hoje de tarde algum empresário vai criar um ato novo. Então, agora, Atos comerciais são os atos realizados pelo comerciante, e comerciante é o que faze da mercancia profissão habitual. Em 1850 quando saiu o nosso código comercial, o regulamente 737 previa os tribunais de comércio, que foram vigente de 1850 a 1875 e para dizer quais as lides que se submetiam quais lides se submetiam a esses tribunais. Não conseguiram objetivar o direito comercial, com foco no comerciante, e logo surgiu o empresário, agora a aplicação voltou a ser subjetiva. Há uma nova subjetivação do Direito Empresarial, agora na figura do empresário.
24/04/2013
(Aula 3)
DIREITO COMERCIAL NO BRASIL
4 e 5
Ele tem um marco muito importante que foi o CC de 1850, embora sendo de 1850 ficou vigente em grande parte até o novo código civil, ele foi sendo modificado, claro. Mas ele não foi totalmente revogado, continua vigente a parte que trata do Direito Marítimo. Não diz respeito a disciplina mas está vigente. Não houve uma unificação do direito privado, em parte há uma disciplina comum, por exemplo a aparte que trata dos contratos, temos uma unificação nessa parte. Que no CC/02 tem um livro que trata da empresa, se não fosse a especificidade do direito comercial. Por que há um livro próprio? São as especificidade do Direito Empresarial. Existem muitas leis especiais que não estão no código civil (concorrência, sociedades anônimas, recuperação e falências), que são as leis extravagantes. Houve uma unificação parcial (e não total).
6. CARACTERIZAÇÃO DO EMPRESÁRIO. NOÇÃO DE EMPRESA. TEORIA DE ASQUINI. Empresa no Código Civil Brasileiro. NOÇÃO DE EMPRESÁRIO. EXCEÇÕES. EMPRESA AGRÁRIA.
Na subjetividade Art. 966/CC-02, é o conceito de empresário e não de empresa. Esse livro era pra ser o livro da atividade econômica, e na tramitação do código mudou, nós esperamos encontrar o conceito de empresa. 
Empresa: como atividade 
Atividade econômica organizada. Atividade relacionada com a econômica, organizada pois esse é o papel do empresário, ele toma os meios de produção e organiza para o exercício dessa atividade.
ASQUINI: Ele define as várias definições de empresa. Pode ser vista no sentido subjetivo, no sentido objetivo, no sentido funcional e no sentido corporativo. Ele tirou essa síntese da lei, do Código Civil Italiano de 1942, inclusive com alguns defeitos.
Empresa:
Subjetivo: sinônimo de empresário, ou seja, a atividade é tomada pelo sujeito.
Objetivo: Aqui a Empresa é tomara em seu conceito patrimonial (que nós chamaremos de estabelecimento [fundo de comércio]) É o conjunto dos bens organizados pelo empresário para a prática empresarial. Agora “empresa é só isso?”. Não é. Essa parte patrimonial é muito importante, é muito difícil imaginar uma atividade empresarial sem bens. Por exemplo: Entrei com uma execução, foi penhorada a empresa, não foi, foram empenhorados os bens da empresa (ou as cotas dos sócios). O patrimônio envolve ativo e passivo, o patrimônio é maior que o estabelecimento. Há bens que integram o patrimônio e não integram o estabelecimento empresarial, depende da finalidade.
Funcional: Empresa como atividade: Não há o que substitua esse termo, quando seu vô pergunta “Qual sua empresa? O que você faz?”. Atividade é um movimento organizado, um movimento dinâmico.
Corporativo: Relação existente entre empresário e seus trabalhadores.
*Pra nós o melhor é usar Empresa como “Atividade”. Em uma petição temos que ser mais técnicos possíveis. Infelizmente o DE não teve sua importância valorizada, tanto que nos concursos de magistratura não tem DE no concurso.
“Tem professores que falam “é tutela antecipada ou nada” (tudo ou nada), pois como é um negócio muito dinâmico, pode ocorrer que se a causa é justa e não for aplicada na hora a emresa pode falir.
Conceito de empresário:
Art. 966/CC-02: Pode ser pessoa física e pessoa jurídica. Se for pessoa física pode ser empresário individual ou a EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada).
Temos as organizações societárias, e as sociedades simples.
Empresário (CC): Atividade econômica organizada na produção ou circulação de bens e serviços.
Quando falo em empresário estou falando tanto em pessoa física quanto jurídica, por isso as vezes se fala em empresa física e empresa jurídica.
Esse conceito de empresário é o objeto do nosso estudo
7. NÃO EMPRESARIEDADE E ATIVIDADE ECONOMICA.
Muito embora se fale que atividade econômica organizada é empresaria existem atividades economicamente organizadas que não são empresa. Aqui temos a situação de empresas não empresárias. A própria lei retira seu caráter empresarial, naturalmente elas seriam atividades empresariais, mas a lei a retira.
25/04/2013
(Aula 4)
O nosso direito retira a empresariedade de algumas empresas. Por força do Art. 966/CC-02. Teve o grande mérito de trazer ao direito empresarial atividade que estavam fora do direito empresarial. Na idade média não existia prestação de serviços, não existiam também transação de imóveis, até que percebeu-se que elas também fazem parte da atividade econômica. Agora a palavra empresa inclui atividades que estavam fora do objeto do direito empresarial. O próprio código civil estabeleceu EXCEÇÕES, posso ter uma atividade que seja de produção e serviço, que seja organizada que não será considerada empresarial. Por exemplo, advogados e contadores. Isso pela previsão do Parágrafo único do Art. 966/CC, “Estão excluídas da empresariedade as atividades intelectuais, (...) salvo se essas atividades caracterizarem elemento de empresa.
Conclusões (2): 
1- Atividade intelectual não será considerada empresaria.
O artigo não fala nada, não diz que ela tem que organizada. 
Qual é a atividade que não é intelectual? Por mais organizadas que sejam, não são consideradas empresariais. A diferença não está no nível de organização, a diferença não está na busca do lucro.
2- temos a Exceção da exceção. Salvo se caracterizar elemento de empresa.
Não existe conceito legal de elemento empresa, mas em síntese uma atividade intelectual que se considera empresa é quando faça parte de uma atividade maior. Atividades intelectuais que a pessoalidade seja preponderante.
O advogado nunca será um empresário pois ele é exclusivo por força de lei.
Exemplo: uma clínica médica será empresarial ou não empresarial? Depende: Se a pessoa vai em uma clínica que não importe qual seja o médico, ou seja, sem a pessoalidade ela pode ser considerada uma empresa.
QUAL O PROBLEMA DESSA PARÁGRAFOÚNICO?
Já começa por um problema. Por exemplo, seu credor quer pedir a falência de uma empresa, ai você responde “depende”, primeiro tenho que ver se é empresa ou não, se estiver registrado na junta ou cartório de títulos e documentos, registro gera uma presunção relativa, ai eu tenho que verificar e provar se é uma empresa ou não é, dai eu provo que é empresa e eles provam que não é empresa.
Na Itália profissionais liberais, não podem constituir sociedades com limitação de responsabilidade dos sócios. Lá faz sentido, no Brasil não, pois aqui isso é permitido. Na Itália eles querem preservar a responsabilidade pessoal, a responsabilidade do arquiteto, responsabilidade do médico, etc.
Na opinião da professora essa clausula não devia existir.
O Projeto de código que tramita no congresso mantém a distinção e tira a palavra “profissional”. Esse projeto foi elaborado pelo professor da PUC-SP, Emanuel Coelho. “Fabio Lhoa” vai adiante, porém o concelho de projetos imobiliários estão trabalhando para não ser aprovado. Se aprovar ou não o projeto ou não, não importa, o que importa é que o debato veio a tona. Esse novo código não revoga as leis extravagantes, ele não causa uma mudança significativa, ele diz que o projeto dele é princípio-lógico. A má-fé e a boa-fé do direito empresarial e do direito civil são diferentes. O que eles querem dizer que contrato empresarial e contrato trabalhista são diferentes por exemplo.
Além das não empresariedades do parágrafo único do 966, ainda temos não empresariedade no art. 982 e 983. 
Segundo a exceção (Art. 982), são as cooperativas, serão consideradas não empresariais independe mente de seus objetos, que na verdade são sociedades, que são excluídas da empresariedade por lei. Até mercados que estejam organizados em cooperativa.
Terceira exceção (Art. 983), sociedade regulada por lei especial e por elas excluídas da empresariedade. (Caso dos advogados).
Quarta exceção (Art. 971). O Empresário rural pode optar por se registrar na junta e ser empresaria, ou ser sociedade rural e registrar nos títulos e documentos Empresário rural por opção e não ser empresarial. As cooperativas financeiras também é regulamentada pelo banco central, então as cooperativas não importa o objeto não serão empresas. A lógica italiana só existe na advocacia, aqui a responsabilidade é empresaria.
Qual as diferenças entre empresa e empresa não empresária?
Recuperação e Falência
Local de Registro
Tributação
8. DISCIPLINA DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL NO CÓDIGO CIVIL. EMPRESÁRIO REGULAR. EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI).
Empresário individual, no sentido de que tem uma atividade individual, porém não tem personalidade jurídica. O que significa que as dívidas da empresa são dividas dele, que as dividas dele são dívidas da empresa, porém o empresário individual tem CNPJ e tem a tributação de pessoa jurídica, mas por EQUIPARAÇÃO a pessoa jurídica. Logo ele te o CPF que ele usa pra alugar, casar e etc, e tem CNPJ que ele utiliza para seus negócios. VANTAGENS: Não existia a EIRELI, tem que ter uma matrícula na junta empresarial, tem os requisitos no Artigo 968, para o Empresário Individual. O empresário individual tem CNPJ mas não constitui PESSOA JURIDICA. Na hora de declarar o Imposto de Renda para ele vale mais a pena se declarar como Empresário Individual. Quando for entrar com uma ação é melhor entrar contra a pessoa física.
A nossa lei, no Art. 967 gera uma dúvida “é obrigatória a inscrição do empresário na junta”. “O empresário que faz da prática de uma atividade sua atividade profissional”, ele é empresário? Na realidade ele é empresário, vão se aplicar as leis mais severas e eles, o empresário não registrado é um empresário irregular, ou “de fato”, a ele se aplicam as normas de Direito Empresarial mais severas e não se aplicam as normas mais benéficas. Esse é o Estimulo para o registro. A lei fala da obrigatoriedade para fins de regularidade, não é uma obrigatoriedade no sentido de causar uma nulidade. O empresário só é regular se for registrado., mas não é o fato de ele não ser registrado que retira sua característica de empresário.
ART. 968
Inscrição do Empresário Individual. Inovação de 2008, esse empresário pode pedir a transformação para Sociedade. O Empresário queria um sócio ele demorava muito, isso atrapalhava pelo tempo e pela troca do CNPJ.
ART. 969
O Empresário Individual pode ter filiais. Significa que ele pode ter diferentes locais aonde atua, deve ter o registro em cada estado que atue e é bom por causa do CNPJ, que tem barra um (-1) e barra dois (-2) que pode trazer algum benefício em termos de controle financeiro.
ART. 970
Que se refere a algo que já está na CF, tratamento favorecido a Empresário de pequeno porte e Empresário Agrário.
ART. 971
Diz que (só) o rural pode escolher. Por que isso? Por causa de LOBI (bancadas). 
CAPACIDADE
Ela é estudada no Direito Civil, é um conceito de DC, porém a capacidade que me refiro agora é a capacidade empresarial, tem pessoas que tem plena capacidade civil e não tem capacidade empresaria, para ter capacidade empresária é necessário ter capacidade civil.
Capacidade de direito: aptidão para contrariar direitos e obrigações frente ao ordenamento jurídico (todos tem, basta nascer com vida).
A capacidade de fato: efetivo exercício de contrair direito e obrigações (relativamente e absolutamente incapaz, temos o critério da idade e doenças graves)
Capacidade empresarial: (ART. 972) Tem que ter capacidade civil e não pode ser impedido. Juiz pode? Não. Presidente pode? Não. Preso pode? Não. Oftalmologista pode ter ótica? Não. O Falido não tem até que prescrevam as responsabilidades. Exemplo: A Dilma viaja e compra mercadorias para revender com lucro, ela é empresaria? Sim. Ela é regular? Não.
ART. 973
À Dilma, valem os atos? Sim. Só que a pessoa se sujeita a sanções, próprias do cargo. Ela pode sofrer um Impitman. Os atos valem.
01/05/2013
Feriado
02/05/2013
Professora não veio
08/05/2013
(Aula 6)
Continuaremos da Disciplina do Empresário Individual...
Recapitulando...........
Empresário Individual e Empresa Individual são coisas bem diferentes. A figura do empresário individual é muito velha, e o maior número de registro é de empresários individuais.
1º Empresário Individual não tem personalidade jurídica, tem o regime tributário semelhante e é passível de registro. Por não ter personalidade jurídica não há distinção patrimonial. Em uma Ação todo o seu patrimônio será afetado. Tem que ter capacidade: que pode ser excluída por força de lei ou pode ser excluída por sentença judicial, a pessoa pode exercer o comércio de fato, mas irregularmente e estará sujeito a tudo que é ruim. Partindo daqui....
A professora comentou um Art. que é muito importante, é o Art. 974, o qual permite separar o patrimônio pessoal do patrimônio empresarial. Cada pessoa tem um patrimônio, conceitualmente é o conjunto de bens, porém o Art. 974 pela primeira vez reconheceu alguém de ter dois patrimônio, é o incapaz que herda uma empresa.
Exemplo: José da Silva comércio de veículos, ele morre e deixa para o único filho incapaz, antes disso a empresa devia ser liquidada e vendida. Por que antes um menor um incapaz não poderia dar sequência a uma empresa? O menor não poderia agir empresarialmente mesmo que alguém administrasse a Empresa para ele, não era possível pois se pretendia proteger o patrimônio do menor, a intenção era afastar o risco da atividade empresaria do patrimônio do incapaz
Agora veio o Art. 974 e autorizou ao incapaz a ter uma empresa, por sentença judicial o juiz pode apreciar se é conveniente e oportuno que o incapaz herde aquele negócio. Por que agora o incapaz pode herdar uma empresa desde que assistido, representado, etc? Para garantir a continuidade da atividade empresarial. O problema é que antes protegia-se o patrimônio do menor, porém perdia-se postos de empregos, tributos, etc. ESSE ERA O PRIMEIRO CASO DE UMA PESSOA QUE TINHA DOIS PATRIMONIOS ANTES DA EIRELI.Essa foi uma solução encontrada para proteger o patrimônio do menor e continuar com a atividade empresarial. O 974 foi importante para o princípio da unidade patrimonial, foi um dos argumentos usados para a criação da EIRELI, o que existia antes era o bem impenhorável de família, que já era um esboço dessa distinção de patrimônio. 
Art. 974 § 3º II, integralização do capital só ocorre quando todos os sócio pagarem o que prometeram, acontece que enquanto o capital não estiver totalmente integralizado o sócio é responsável, quando termina de pagar não é mais responsável. Por isso o capital deve estar integralizado, pois incapaz não pode ser responsável.
SOCIEDADE ENTRE CONJUGUES (Art. 977/CCB)
Diz que pessoas casadas podem ser sócios, desde que não sejam casados pelo regime de comunhão universal e nem separação obrigatória.
História: Antes do Código Civil não era expresso se podiam ou não formar sociedade, o entendimento predominantes permitia a sociedade, por causa dos usos e costumes. Veio o código civil e disse: Pode, mas não pode se for regime universal, o que aconteceu? Existiam milhares de casais casados em comunhão universal e sócios, o que fazer? A Junta de registros comerciais JRC. Solução: As sociedades que já existiam continuam sendo regulares, só não se permite o registro de novas sociedades. Por que a sociedade entre conjugues foi polemica? 
A e B tinham 100 de patrimônio, 50 de cada um, eles trouxeram tudo para a empresa Y, agora A tem 10% das cotas e B tem 90% das cotas, B saia da empresa e transferia para C os 90%, quando na verdade era 50%, isso servia para burlar o sistema que proibia a separação. Mas quem quer fraudar frauda de qualquer forma.
Art. 978, diz que o empresário casado não precisa da outorga oxória ou navital para a venda de bens imóveis associados ao exercício da atividade empresarial. Em última análise, o empresário que tem o imóvel que a empresa atua, tem também o imóvel aonde a empresa está instalada. NÃO USE ESSE DISPOSITIVO (dica da fessora). Aqui gera uma discução ruim para o comprador, pois na separação um diz “aa, eu não assinei”, então o melhor é pegar a assinatura dos dois para evitar conflitos.
Art. 980, diz que é preciso averbar na junta comercial sentenças homologatória de separação judicial do empresário.
09/05/2013
(Aula 7)
Só pra fechar a aula de ontem... Art. 1156/CCB.
EIRELI. NOÇÃO. PERSONALIDADE JURÍDICA. CONSTITUIÇÃO. OBJETO E REGISTRO.
Foi uma inovação trazida em 2011, a organização de um empresário na forma de uma empresa, mas é constituída somente pelo empresário. Havia um problema prático: Só se reconhecia personalidade jurídica para sociedades, e as vezes o empresário não queria ter sócios, então, ou ele abria uma sociedade com sócios de palha, com 99% das cotas do pai e 1% cotas do filho ou agia como empresário particular na forma que vimos antes. Por que não lutar com esse problema?
Os sistemas Italiano e Frances admitem a sociedade de uma pessoa só, o sistema brasileiro optou por personificar o empresário individual. O que a lei fez? Ela deu uma nova nomenclatura, temos o empresário individual e a empresa individual, qual sigla é EIRELI, a qual é reconhecida a personalidade jurídica e limitação da responsabilidade do empresário, isso sem sócio.
- A EIRELI exige um capital social mínimo, alguém hoje ainda opta por empresariedade individual em vez de empresa individual por esse motivo.
Quando falamos em empresa individual estamos falando no sentido de atividade. O que a gente tem é uma atividade personificada, o mais próximo disso é a fundação, que não é constituída por pessoas, é um conjunto patrimonial voltado a uma atividade a qual se personifica.
Por que algumas “coisas” tem personalidade e outras não? Só por causa da lei. A pessoa que nasce já tem personalidade, já a personalidade jurídica é reconhecida pois o ordenamento jurídico assim deseja. 
Art. 980-A: Para constituir a EIRELI precisa-se de um capital mínimo de 100 vezes o valor do salário mínimo. A EIRELI pode ter firma ou denominação, o empresário individual. Deve-se usar a expressão EIRELI no final. § 2º uma pessoa só pode constituir uma única EIRELI, só pode ter uma, ele pode ser sócio de outra sociedade, mas só pode constituir uma EIRELI. § 3º A EIRELI pode surgir de uma sociedade que passe a ser unilateral, admite-se a passagem da Limitada para a EIRELI. § 4º é o que menciona a limitação da responsabilidade, o que o dispositivo previa que os bens da empresa não se confundem com os bens do naturais do empresário.
O que prevalece é o entendimento de que a EIRELI é feita para pessoa física. 
Pode a EIRELI ser constituída por pessoa jurídica? A professora diz que não, pois o CCB não fala nada, alguns chegaram a dizer que pessoa jurídica pode constituir EIRELI e sem limite.
Subsidiária e integral: é a possibilidade de uma limitada ou uma SA de constituírem outra sociedade. É pra servir como uma forma de especialização da sociedade. Uma época a Copel era Copel SA, e surgiu uma lei que cada ramos deveria ser responsável por uma atividade, uma empresa focada só na distribuição uma focada só na importação, etc.
Não é contrato, é uma declaração unilateral.
A possibilidade de EIRELI de não ser empresa. O empresário pode registrar uma EIRELI que não é empresa devido ao PU do Art. 966/CCB. Se ela é registrada na junta é empresária, se é registrada nos títulos é empresa.
9. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. CARCATERÍSITCAS. ELEMENTOS. TRANSFERÊNCIA. DISCIPLINA NORMATIVA. 
ESTABELECIMENTO. NOÇÃO. ELEMENTOS. DISCIPLINA JURÍDICA. ALIENAÇÃO. FORMALIDADES. CRÍTICA.
Estabelecimento Empresarial ou Fundo de Comércio, no Código Civil é Estabelecimento. 
NOÇÃO: Previsto a partir do Art. 1142, é o conjunto dos bens organizados para a pratica profissional. Essa organização decorre exclusivamente da habilidade/capacidade do empresário. É a primeira vez que se tem um conceito de Estabelecimento legal. O que é interessante é que ele é dotado de unidade, e essa unidade é dada pelo empresário.
Exemplo: Imaginemos uma pizzaria, ela vai ter mesas, cadeiras, forno, geladeira, pratos, etc. A unidade é dada pelo empresário, tamanho do forno, quantidade de pratos. Na frente abre outra pizzaria, com mesas, etc. Perceba que esses bens constituídos formam uma unidade. Imagine que o cara vai se aposentar, ele tentará vender uma mesa, uma cadeira? Não, ele vai vender uma organização que dá lucro, que vale bem mais. A organização é imaterial.
O Estabelecimento empresaria organizado pelo empresário tem um valor de organização.
Pode-se vender o Estabelecimento ou cotas da empresa.
Patrimônio VS Estabelecimento: é Ativo e Passivo, Ativo são os diretamente utilizados e não diretamente utilizados. Uma casa na praia pode fazer parte do patrimônio da empresa e não do Estabelecimento. Inclusive as filiais, cada uma tem seu estabelecimento e podem ser vendidas separadamente. Um terreno em Pinhas que está no nome da empresa não faz parte do Estabelecimento.
Art. 1143, existe uma mais-valia, já funciona, já tem clientes, etc.
ELEMENTOS: O estabelecimento comercial é composto por bens corpóreos e incorpóreos, sendo os primeiros vitrines, maquinas, balcões e até em determinada circunstância bens imóveis. Os bens incorpóreos:
**Sobre o imóvel: Existe divergência doutrinária e jurisprudencial. Bem imóvel integra ou não o estabelecimento? A posição da professora é que depende o tipo do negócio, as vezes não é a propriedade do imóvel, as vezes o imóvel locado constitui grande importância, vale mais o contrato de locação do imóvel. Por exemplo posto de gasolina. 
Quando for locação de bem imóvel o bom é ter uma cláusula falando que se “o proprietário retomar o imóvel e abrir a mesma coisa no mesmo lugar, etc.”. O Ponto é um ambiente criado pelo empresário. As vezes o que compõe o Estabelecimento é o contrato do imóvel e não o imóvel propriamente dito.
Se é um tipo de negócio que se “mudar de lugar a clientela vai junto”, e um outro que você entrar pois está nocaminho, muda muito a importância do imóvel.
BENS INCORPÓREOS: Ideias, “No hall”, layout. Por exemplo os contratos, alguém que compra uma pizzaria com contrato de fornecimento de pizzas a uma escola o contrato se transfere junto.
 RELAÇÃO JURIDICA: Um contrato integra o estabelecimento se ele é passível de avaliação. Por exemplo o contrato de fornecimento de pizza para uma escola.
ATRIBUTOS: Clientela e Aviamento. Por que clientela é atributo e não elemento? Pois não é possível vender a clientela, é um atributo, uma vantagem, soma no valor do Estabelecimento mas não um elemento. Aviamento é a perspectiva de lucratividade do Estabelecimento, tem a ver com clientela e é valorada na hora da fixação do preço. Por exemplo, locadora que está em baixa, aplicativos de celular que estão em alta.
DISCIPLINA JURÍDICA: Está concentrada a partir do Art. 1142/CCB.
NATUREZA JURÍDICA DO ESTABELECIMENTO: Existem duas vertentes.
Estabelecimento é uma universalidade de direito. Exemplo: Espólio e massa falida. São universalidades pois a leis diz.
Estabelecimento é uma universalidade de fato. Exemplo: Biblioteca (vende a biblioteca e não vende os livros). São universalidades pois o proprietário quer.
10. ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA. NOME EMPRESARIAL. MARCA E TITULOS DE ESTABELECIMENTO DISCPLINA E PROTEÇÃO JURÍDICA. PROPRIEDADE INTELECTUAL E REGISTROS EMPRESARIAIS.
13/05/2013
(Aula 8)
Aula com o outro professor. Faltei.
15/05/2013
(Aula 9)
Aula com o outro professor. Faltei.
16/05/2013
(Aula 10)
Remember: Vimos que o conceito de estabelecimento está previsto na lei, no Art. 1142/CCB. Universalidade de fato e universalidade de direito. O Empresário que define quais bens serão alocados, que bens serão alocados, o maquinário que será utilizado, o ponto, então, materialmente, quem da organização é o empresário, é mais parecido com uma biblioteca, ele pode escolher se irá vender a unidade biblioteca, que tem um valor de organização ou se irá vender os livros separadamente. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. TRANSFERENCIA. EFEITOS. FORMALIDADES. 
TRANSFERENCIA: Hoje quem aliena um estabelecimento empresarial fica corresponsável com o adquirente do estabelecimento empresarial, e este adquirente segundo a lei, passa a ser responsável pelas dividas, a lei diz: quem compra fica responsável pelas obrigações e quem vende fica responsável por um período.
Fica tudo a livre negociação, 
O estabelecimento geralmente compõe ume grande parte do patrimônio do empresário, que são todos os bens efetivamente utilizados para o desenvolvimento da atividade. Imaginemos que existe a “sociedade Curitiba materiais de construção”, e os empresários resolvem alienar o Estabelecimento, e tem um dos empresários que todo seu patrimônio está no estabelecimento. Se a sociedade Curitiba estiver vendendo bens sem guardar uma quantia necessária para pagar os credores, os credores podem pedir falência, decretada a falência o administrador judicial pedem o desfazimento da venda. Em última análise o empresário é livre para vender o estabelecimento.
EFEITOS
No Art. 1145, se o credor anuiu com a venda depois ele não pode pedir a falência.
Quando uma empresa da certo, geralmente ela gera benefícios para a sociedade humana, produtos bons, baratos, revitalização do bairro, Quando a empresa não dá certo as vezes os credores não recebem, isso são os riscos que vivemos hoje em dia. 
No Art. 1146, o adquirente se responsabiliza pelas dividas de antes de adquirir se contabilizadas (livro do Fábio Tocas – Trespasso sobre o estabelecimento empresarial). Por que? As dívidas da Sociedade C são da Sociedade C, por que cargas d’água as dividas passaram para a sociedade Y? As dividas continuam sendo da sociedade C mesmo tendo vendido o estabelecimento, a lei faz uma confusão, dando subjetividade ao estabelecimento.
É mais garantido que alguém compre as cotas, do que comprar o estabelecimento empresarial e começam surgir discussões sobre dividas. Tem gente que compra a empresa e faz vários contratos para descaracterizar o estabelecimento.
Quando alguém vende um estabelecimento, elas podem convencionar se quem vendeu a empresa pode rivalizar e abrir concorrência na frente, do outro dia, porém se eles forem omissos o Art. 1147 diz que são 5 anos, a área de abrangência é a zona de influência da empresa. Pode ser num bairro, numa rua, numa cidade, num Estado.
Art. 1148, o contrato de fornecimento de pizza, pode ser revogado a não ser que quando você fez o contrato com a pizzaria que se você vendesse o estabelecimento o contrato de fornecimento continua, isso aumenta os ativos da empresa, a valoriza. O contrato precisa ser escrito, averbado na junta comercial e precisa ser sumarizado, para garantir a eficácia perante terceiros.
INSTITUTOS COMPLEMENTARES REGISTRO. NOÇÃO. FUNÇÃO. DISCIPLINA. MODALIDADES. ESTRUTURA. FORMALIDADES.
NOÇÃO: Os registros existem para proporcionar a sociedade humana a publicidade, segurança, cadastro, qualquer um de nós pode ir ali na junta comercial e requerer uma certidão integral (com fundadores, capital social, ata da assembleia geral, não precisa ter motivo, é só ir lá e pegar), a empresa não é uma caixa preta. 
FUNÇÃO: O Registro Público existe para garantir o acesso a essa informação. 
DISCIPLINA: A Lei 8934/94 (Lei de registros empresariais), que foi regulamentada pelo decreto 1800/96. A Lei é de 94, o CC é de 2002 e essa lei já falava em empresa, ela foi precursora nessa ideia.
Dualidade: Sociedade empresária á na junta, se for não empresária e na civil. Nós iremos trabalhar somente os empresários.
Código Civil: Quem deve requerer o registro de atos e documentos sujeitos a registro? Art. 1151 diz: a pessoa que é obrigada por lei ou um sócio ou qualquer interessado.
Art. 1153
MODALIDADES: 
Matrícula: Estaremos fazendo referência a alguns atos específicos Art. 32 da lei, esses mencionados ali são auxiliares do comércio, esses tradutores juramentados entram por concurso público e são matriculados na junta, eles são pagos pelo empresário, mas a junta comercial da fé pública a ele. 
Arquivamento: Estatuto, contrato social, atas, documentos de extinção de empresas. Consórcio. 
As empresas internacionais podem abrir uma subsidiária que será brasileiras, ou podem pegar somente uma autorização para ela funcionar por consórcio. Art. 33, nome empresaria é diferente da marca, o nome empresarial tem valor, mas a nossa lei proíbe que ele seja negociado separadamente. 
ESTRUTURA: 
DNRC: 
Competência do DNRC: Art. 4º. Esse Órgão acaba ganhando um certa autonomia, quando se diz que o DNRC prevalece sobre a lei, ele ganha uma autonomia em determinadas matérias, pois é esse órgão que mais entende sobre Direito Empresarial. Art. 6º da lei registral. A Professora recomenda sempre olhar a jurisprudência para descobrir qual a competência, pois ela é hibrida, é federal e estadual.
22/05/2013
(Aula 11)
REGISTROS EMPRESARIAIS
Quem vai trabalhar com Direito Empresaria tem que saber como funcionam as juntas comerciais e o processo de registro como um todo.
ESTRUTURA
Posso estar me referindo a: 
Nome empresarial, envolvem o nome empresaria, a propriedade empresarial e os registros empresariais.
Propriedade industrial (marcas, patentes, indicação de procedência, indicações geográficas) e posso estar fazendo referência aos 
Registro empresariais propriamente ditos (as juntas são Estaduais e se submetem a administração estadual, questão da organização da junta é estadual, se for material é federal) Esse documento será analisado, se houver um vício insanável a junta indefere, se for algo que possa ser sanado a junta pode abrir prazo para que as exigências sejam cumpridas: matricula, arquivamento, auto indicação. Se tudo estiver correte ele é submetido a análise da junta e estão no Art. 41 da Lei 8934-94.
OS atos passiveis de registro devem ser levados para o registro no prazo de 30 dias da sua assinatura. Art. 36 de Registros Mercantis. Vamos supor que elaboramos uma assembleiageral e seja dia 21 de maio, o prazo é de trinta dias para arquivar o ata, se for levado no prazo correto ela retroage ao dia da realização da assembleia, se passar do prazo também pode ser registrada, porém gera efeitos somente no dia em que for registrada. Não é ilegal, mas os dias são diferentes. Se é algo que pode ter os efeitos controlado, pode ser definido um prazo, por exemplo o administrado atual administrará até dia x. PARA O TERCEIRO PRODUZIRA EFEITOS DESDE O REGISTRO, mesmo que algo tenha sido considerado na ata.
Estrutura da junta comercial: 
Requisitos gerais: Art. 9º e Art. 11º.
As juntas tem a estrutura prevista no Art. 9º, essa é a procuradoria da junta, quando tem MP junto as juntas, ele libera promotores, a maior parte desses cargos são nomeados pelo governador, ela tem uma organização paritária, ela tem políticos, comerciantes, empresários, etc. por isso temos algumas vagas que exigem categorias profissionais mediante lista. O tamanho das juntas depende de fixação Estadual, entre 11 e no máximo 23 vogais, no Art. 11 prevê que podem ser vogal, brasileiro que tenham todos os deveres civis e políticos, que não tenham cometido alguns crimes, ter sido registrado como sócio de empresa por mais de 5 anos.
Organização paritária 12º: 
FORMALIDADE
JUNTAS COMERCIAIS
Introdução do último tópico da matéria desse bimestre.
CONCORRÊNCIA:
É um tema que tem decorrência da propriedade industrial, as empresas tem o direito de patentear invenções. Por que toda propriedade industrial envolve uma delimitação da propriedade, uma empresa pode usar a patente de outra empresa? Pode, é só pagar os royaltes. Potentes podem ser vendidas. Tenho as delimitações da propriedade intelectual. De um lado tenho limitações e de outro liberdades, isso delimita a livre inciativa. O Estado interfere nas limitações e nas liberdades. Imaginem um grupo de empresários que se unem para evitar a instalação de algum novo concorrente, isso é ilícito, isso afeta direta ou indiretamente os empresários e consumidores, e é para evitar esses danos ao consumidor que se regulamenta a concorrência.
23/05/2013
(Aula 12)
CONCORRÊNCIA
Sistema de Defesa da Concorrência
No Art. 173/CF, Você percebe que o Estado só vai agir economicamente de forma direta, nesse artigo justifica a existência das Empresas Estatais. Como regra o Estado não pode agir. A atividade privada é necessária pois o Estado sozinho não consegue dar conta de tudo. Dois sonhos do Empresário: ter lucro e o monopólio. Ele quer pedir o preço que bem intender, ele quer que o concorrente quebre.
Só um ou só outro não dá certo, se for só o Estado não dá certo, se for só o liberalismo não da certo. Se não houver intervenção do Estado no privado.
PROTEÇÃO EMPRESA-EMPRESA
Vai proteger o concorrente dos concorrente, mas no fim acaba protegendo quem está no fim da cadeia, que é o consumidor.
O que prepondera no direito comercial? A defesa de concorrência de Empresa-consumidor ou empresa-empresa? A empresa-empresa, pois o consumidor já está amparado pelo código do consumidor e o PROCON, as empresas só tem defesa no direito concorrencial.
No Brasil temos normas de intervenção para preservar a concorrência, por exemplo o CADE, que não deixa uma empresa (Nestle e Garoto) se unirem e ter o monopólio do mercado. É tão livre que é necessário intervenção, se fosse permito um produto original e falsificado concorressem em pé de igualdade isso seria ruim para todos, para o produtor e para o consumidor, pois o falsificado pode ser de pior qualidade.
A lei 12529/11. Diferenças, Agora a intervenção do CADE tem que ser ANTES do negócio. Na lei anterior o CADE podia intervir ANTES e DEPOIS, imagina a SADIA funcionando com prédios e funcionários e o negócio ter de ser desfeito.
A preservação do sistema de concorrência é de interesse da coletividade.
(Oferta hostil: é quando uma empresa anuncia que vai comprar a outra mas sem proposta).
CADE
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. O CADE tem um tribunal administrativo, uma superintendência geral e um departamento de estudos econômicos.
O CADE é constituído por um presidente e seis conselheiros. Imagine a corrupção, seis pessoas julgado a fusão de duas gigantes multinacionais, as pessoas devem se sobrepor a essa pressão. Existem os requisitos da lei mas são escolhidos por livre nomeação do presidente da republico, daí que algumas fusões serão aprovadas e outas não. É também político. 
Infrações a concorrência
Quando abordamos as condutas infracionais são condutas consideradas ILÍCITAS, são condutas abusivas. Uma empresa comprar a outra não é ilícito, ilícito é os empresários se unirem para impedir uma outra concorrente de se instalar.
Condutas empresariais que podem gerar riscos para o mercado, proibir a conduta em si ou proibir em razão dos efeitos negativos que essa conduta irá produzir. 
Ex: proibir a conduta em sim: proibir que fornecedores forneçam para determinado empresário.
Ex: só será proibido SE não houver outro fornecedor nessa área.
O pais que primeiramente desenvolveu o sistema de concorrência foi os EUA, o mais liberal. Regular os efeitos em vez das condutas. As condutas são reguladas pela Boa-Razão.
No direito brasileiro temos um misto.
As sanções as infrações econômicas atingem a TODOS, Art. 31. As infrações à ordem econômica são de corresponsabilização.
Art. 32, quando as empresas formam grupos há a solidariedade da responsabilidade sobre crimes contra o sistema econômico. Elas integram o mesmo grupo, mas são empresas distintas, tudo isso com a ideia de deixar a lei muito forte.
Art. 34, p.ú. Fala da falência, o que responde pela dívida da sociedade é o patrimônio da sociedade e não dos sócios, porém se for uma infração à ordem econômica, se a empresa que cometeu crime for a falência a lei prevê a DESCONSIDERAÇÃO da pessoa jurídica a tinge os sócios.
Art. 36 caput. A Infração a ordem econômica independe de culpa, independe de elemento subjetivo. “Há eu não queria”. Não precisa provar culpa. É responsabilidade objetiva. Os efeitos podem ter acontecido ou podem ser potenciais.
Nos incisos temos os efeitos.
Mercado Relevante: Por exemplo: algo que se come de manhã cedo, você compra o que come de manhã na padaria e no mercado, se um dia o mercado está fechado e você vai no posto significa que eles estão no mesmo ramo, isso é mercado relevante. E como eu sei se várias empresas estão no mesmo mercado relevante? Se você compra na panificadora e ela está fechada e você compra em outro lugar.
Mercado relevante de pão e mercado relevante de café da manhã, depende como é o mercado para determinar se há impacto ou não. A lei menciona domínio de mercado relevante. Pergunta? O CADE pode estabelecer os percentuais.
Concentrações empresariais
Condutas contracionistas.
Penalidades: previstas a partir do Art. 37 da lei, pois tem multa sobre o faturamento bruto da empresa. Pode ir de 1 décimo a 20% do faturamento. Multas que podem ir até 20 bilhões de reais. Em caso de reincidência multas em dobro. Tem penas relacionadas a publicidade.

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